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BÁSICO CONCURSOS

Prefeituras

Língua Portuguesa

Interpretação de texto.................................................................................................... 1
Ortografia oficial............................................................................................................. 5

Língua Portuguesa
Acentuação gráfica......................................................................................................... 6
Pontuação...................................................................................................................... 9
Emprego das classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, pronome, verbo,
advérbio, preposição e conjunção: emprego e sentido que imprimem às relações que
estabelecem................................................................................................................... 13
Vozes verbais: ativa e passiva....................................................................................... 25
Colocação pronominal.................................................................................................... 26
Concordância verbal e nominal...................................................................................... 28
Regência verbal e nominal............................................................................................. 30
Crase.............................................................................................................................. 33
Sinônimos, antônimos e parônimos. Sentido próprio e figurado das palavras.............. 34
Exercícios....................................................................................................................... 36

Apostila gerada especialmente para: Secretaria Linda 066.342.559-03


Interpretação de texto

Definição Geral
Embora correlacionados, esses conceitos se distinguem, pois sempre que compreendemos adequadamen-
te um texto e o objetivo de sua mensagem, chegamos à interpretação, que nada mais é do que as conclusões
específicas. Exemplificando, sempre que nos é exigida a compreensão de uma questão em uma avaliação, a
resposta será localizada no próprio no texto, posteriormente, ocorre a interpretação, que é a leitura e a conclu-
são fundamentada em nossos conhecimentos prévios.

Compreensão de Textos
Resumidamente, a compreensão textual consiste na análise do que está explícito no texto, ou seja, na
identificação da mensagem. É assimilar (uma devida coisa) intelectualmente, fazendo uso da capacidade de
entender, atinar, perceber, compreender. Compreender um texto é apreender de forma objetiva a mensagem
transmitida por ele. Portanto, a compreensão textual envolve a decodificação da mensagem que é feita pelo
leitor. Por exemplo, ao ouvirmos uma notícia, automaticamente compreendemos a mensagem transmitida por
ela, assim como o seu propósito comunicativo, que é informar o ouvinte sobre um determinado evento.

Interpretação de Textos
É o entendimento relacionado ao conteúdo, ou melhor, os resultados aos quais chegamos por meio da as-
sociação das ideias e, em razão disso, sobressai ao texto. Resumidamente, interpretar é decodificar o sentido
de um texto por indução.
A interpretação de textos compreende a habilidade de se chegar a conclusões específicas após a leitura de
algum tipo de texto, seja ele escrito, oral ou visual.
Grande parte da bagagem interpretativa do leitor é resultado da leitura, integrando um conhecimento que
foi sendo assimilado ao longo da vida. Dessa forma, a interpretação de texto é subjetiva, podendo ser diferente
entre leitores.

Exemplo de compreensão e interpretação de textos


Para compreender melhor a compreensão e interpretação de textos, analise a questão abaixo, que aborda
os dois conceitos em um texto misto (verbal e visual):
FGV > SEDUC/PE > Agente de Apoio ao Desenvolvimento Escolar Especial > 2015
Português > Compreensão e interpretação de textos
A imagem a seguir ilustra uma campanha pela inclusão social.

“A Constituição garante o direito à educação para todos e a inclusão surge para garantir esse direito também
aos alunos com deficiências de toda ordem, permanentes ou temporárias, mais ou menos severas.”

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A partir do fragmento acima, assinale a afirmativa incorreta.
(A) A inclusão social é garantida pela Constituição Federal de 1988.
(B) As leis que garantem direitos podem ser mais ou menos severas.
(C) O direito à educação abrange todas as pessoas, deficientes ou não.
(D) Os deficientes temporários ou permanentes devem ser incluídos socialmente.
(E) “Educação para todos” inclui também os deficientes.

Comentário da questão:
Em “A” o texto é sobre direito à educação, incluindo as pessoas com deficiência, ou seja, inclusão de pes-
soas na sociedade. = afirmativa correta.
Em “B” o complemento “mais ou menos severas” se refere à “deficiências de toda ordem”, não às leis. =
afirmativa incorreta.
Em “C” o advérbio “também”, nesse caso, indica a inclusão/adição das pessoas portadoras de deficiência
ao direito à educação, além das que não apresentam essas condições. = afirmativa correta.
Em “D” além de mencionar “deficiências de toda ordem”, o texto destaca que podem ser “permanentes ou
temporárias”. = afirmativa correta.
Em “E” este é o tema do texto, a inclusão dos deficientes. = afirmativa correta.
Resposta: Logo, a Letra B é a resposta Certa para essa questão, visto que é a única que contém uma afir-
mativa incorreta sobre o texto.
Compreender um texto trata da análise e decodificação do que de fato está escrito, seja das frases ou das
ideias presentes. Interpretar um texto, está ligado às conclusões que se pode chegar ao conectar as ideias
do texto com a realidade. Interpretação trabalha com a subjetividade, com o que se entendeu sobre o texto.
Interpretar um texto permite a compreensão de todo e qualquer texto ou discurso e se amplia no entendi-
mento da sua ideia principal. Compreender relações semânticas é uma competência imprescindível no merca-
do de trabalho e nos estudos.
Quando não se sabe interpretar corretamente um texto pode-se criar vários problemas, afetando não só o
desenvolvimento profissional, mas também o desenvolvimento pessoal.

Busca de sentidos

Para a busca de sentidos do texto, pode-se retirar do mesmo os tópicos frasais presentes em cada parágra-
fo. Isso auxiliará na apreensão do conteúdo exposto.
Isso porque é ali que se fazem necessários, estabelecem uma relação hierárquica do pensamento defendi-
do, retomando ideias já citadas ou apresentando novos conceitos.
Por fim, concentre-se nas ideias que realmente foram explicitadas pelo autor. Textos argumentativos não
costumam conceder espaço para divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas entrelinhas. Deve-se
ater às ideias do autor, o que não quer dizer que o leitor precise ficar preso na superfície do texto, mas é funda-
mental que não sejam criadas suposições vagas e inespecíficas.

Importância da interpretação
A prática da leitura, seja por prazer, para estudar ou para se informar, aprimora o vocabulário e dinamiza o
raciocínio e a interpretação. A leitura, além de favorecer o aprendizado de conteúdos específicos, aprimora a
escrita.

Uma interpretação de texto assertiva depende de inúmeros fatores. Muitas vezes, apressados, descuida-
mo-nos dos detalhes presentes em um texto, achamos que apenas uma leitura já se faz suficiente. Interpretar
exige paciência e, por isso, sempre releia o texto, pois a segunda leitura pode apresentar aspectos surpreen-
dentes que não foram observados previamente. Para auxiliar na busca de sentidos do texto, pode-se tam-
bém retirar dele os tópicos frasais presentes em cada parágrafo, isso certamente auxiliará na apreensão do

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conteúdo exposto. Lembre-se de que os parágrafos não estão organizados, pelo menos em um bom texto, de
maneira aleatória, se estão no lugar que estão, é porque ali se fazem necessários, estabelecendo uma relação
hierárquica do pensamento defendido, retomando ideias já citadas ou apresentando novos conceitos.
Concentre-se nas ideias que de fato foram explicitadas pelo autor: os textos argumentativos não costumam
conceder espaço para divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas entrelinhas. Devemos nos ater às
ideias do autor, isso não quer dizer que você precise ficar preso na superfície do texto, mas é fundamental que
não criemos, à revelia do autor, suposições vagas e inespecíficas. Ler com atenção é um exercício que deve
ser praticado à exaustão, assim como uma técnica, que fará de nós leitores proficientes.

Diferença entre compreensão e interpretação


A compreensão de um texto é fazer uma análise objetiva do texto e verificar o que realmente está escrito
nele. Já a interpretação imagina o que as ideias do texto têm a ver com a realidade. O leitor tira conclusões
subjetivas do texto.
Detecção de características e pormenores que identifiquem o texto dentro de um estilo de época

Principais características do texto literário


Há diferença do texto literário em relação ao texto referencial, sobretudo, por sua carga estética. Esse tipo
de texto exerce uma linguagem ficcional, além de fazer referência à função poética da linguagem.
Uma constante discussão sobre a função e a estrutura do texto literário existe, e também sobre a dificul-
dade de se entenderem os enigmas, as ambiguidades, as metáforas da literatura. São esses elementos que
constituem o atrativo do texto literário: a escrita diferenciada, o trabalho com a palavra, seu aspecto conotativo,
seus enigmas.
A literatura apresenta-se como o instrumento artístico de análise de mundo e de compreensão do homem.
Cada época conceituou a literatura e suas funções de acordo com a realidade, o contexto histórico e cultural e,
os anseios dos indivíduos daquele momento.

Ficcionalidade: os textos baseiam-se no real, transfigurando-o, recriando-o.

Aspecto subjetivo: o texto apresenta o olhar pessoal do artista, suas experiências e emoções.

Ênfase na função poética da linguagem: o texto literário manipula a palavra, revestindo-a de caráter artístico.

Plurissignificação: as palavras, no texto literário, assumem vários significados.

Principais características do texto não literário


Apresenta peculiaridades em relação a linguagem literária, entre elas o emprego de uma linguagem con-
vencional e denotativa.
Ela tem como função informar de maneira clara e sucinta, desconsiderando aspectos estilísticos próprios
da linguagem literária.
Os diversos textos podem ser classificados de acordo com a linguagem utilizada. A linguagem de um texto
está condicionada à sua funcionalidade. Quando pensamos nos diversos tipos e gêneros textuais, devemos
pensar também na linguagem adequada a ser adotada em cada um deles. Para isso existem a linguagem lite-
rária e a linguagem não literária.
Diferente do que ocorre com os textos literários, nos quais há uma preocupação com o objeto linguístico
e também com o estilo, os textos não literários apresentam características bem delimitadas para que possam
cumprir sua principal missão, que é, na maioria das vezes, a de informar. Quando pensamos em informação,
alguns elementos devem ser elencados, como a objetividade, a transparência e o compromisso com uma lin-
guagem não literária, afastando assim possíveis equívocos na interpretação de um texto.
Compreender um texto trata da análise e decodificação do que de fato está escrito, seja das frases ou das
ideias presentes. Interpretar um texto, está ligado às conclusões que se pode chegar ao conectar as ideias
do texto com a realidade. Interpretação trabalha com a subjetividade, com o que se entendeu sobre o texto.

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Interpretar um texto permite a compreensão de todo e qualquer texto ou discurso e se amplia no entendi-
mento da sua ideia principal. Compreender relações semânticas é uma competência imprescindível no merca-
do de trabalho e nos estudos.
Quando não se sabe interpretar corretamente um texto pode-se criar vários problemas, afetando não só o
desenvolvimento profissional, mas também o desenvolvimento pessoal.

Busca de sentidos

Para a busca de sentidos do texto, pode-se retirar do mesmo os tópicos frasais presentes em cada parágra-
fo. Isso auxiliará na apreensão do conteúdo exposto.
Isso porque é ali que se fazem necessários, estabelecem uma relação hierárquica do pensamento defendi-
do, retomando ideias já citadas ou apresentando novos conceitos.
Por fim, concentre-se nas ideias que realmente foram explicitadas pelo autor. Textos argumentativos não
costumam conceder espaço para divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas entrelinhas. Deve-se
ater às ideias do autor, o que não quer dizer que o leitor precise ficar preso na superfície do texto, mas é funda-
mental que não sejam criadas suposições vagas e inespecíficas.

Importância da interpretação
A prática da leitura, seja por prazer, para estudar ou para se informar, aprimora o vocabulário e dinamiza o
raciocínio e a interpretação. A leitura, além de favorecer o aprendizado de conteúdos específicos, aprimora a
escrita.

Uma interpretação de texto assertiva depende de inúmeros fatores. Muitas vezes, apressados, descuida-
mo-nos dos detalhes presentes em um texto, achamos que apenas uma leitura já se faz suficiente. Interpretar
exige paciência e, por isso, sempre releia o texto, pois a segunda leitura pode apresentar aspectos surpreen-
dentes que não foram observados previamente. Para auxiliar na busca de sentidos do texto, pode-se tam-
bém retirar dele os tópicos frasais presentes em cada parágrafo, isso certamente auxiliará na apreensão do
conteúdo exposto. Lembre-se de que os parágrafos não estão organizados, pelo menos em um bom texto, de
maneira aleatória, se estão no lugar que estão, é porque ali se fazem necessários, estabelecendo uma relação
hierárquica do pensamento defendido, retomando ideias já citadas ou apresentando novos conceitos.
Concentre-se nas ideias que de fato foram explicitadas pelo autor: os textos argumentativos não costumam
conceder espaço para divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas entrelinhas. Devemos nos ater às
ideias do autor, isso não quer dizer que você precise ficar preso na superfície do texto, mas é fundamental que
não criemos, à revelia do autor, suposições vagas e inespecíficas. Ler com atenção é um exercício que deve
ser praticado à exaustão, assim como uma técnica, que fará de nós leitores proficientes.

Diferença entre compreensão e interpretação

A compreensão de um texto é fazer uma análise objetiva do texto e verificar o que realmente está escrito
nele. Já a interpretação imagina o que as ideias do texto têm a ver com a realidade. O leitor tira conclusões
subjetivas do texto.

Gêneros Discursivos

Romance: descrição longa de ações e sentimentos de personagens fictícios, podendo ser de comparação
com a realidade ou totalmente irreal. A diferença principal entre um romance e uma novela é a extensão do tex-
to, ou seja, o romance é mais longo. No romance nós temos uma história central e várias histórias secundárias.

Conto: obra de ficção onde é criado seres e locais totalmente imaginário. Com linguagem linear e curta,
envolve poucas personagens, que geralmente se movimentam em torno de uma única ação, dada em um só
espaço, eixo temático e conflito. Suas ações encaminham-se diretamente para um desfecho.

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Novela: muito parecida com o conto e o romance, diferenciado por sua extensão. Ela fica entre o conto e o
romance, e tem a história principal, mas também tem várias histórias secundárias. O tempo na novela é basea-
da no calendário. O tempo e local são definidos pelas histórias dos personagens. A história (enredo) tem um
ritmo mais acelerado do que a do romance por ter um texto mais curto.

Crônica: texto que narra o cotidiano das pessoas, situações que nós mesmos já vivemos e normalmente é
utilizado a ironia para mostrar um outro lado da mesma história. Na crônica o tempo não é relevante e quando
é citado, geralmente são pequenos intervalos como horas ou mesmo minutos.

Poesia: apresenta um trabalho voltado para o estudo da linguagem, fazendo-o de maneira particular, refle-
tindo o momento, a vida dos homens através de figuras que possibilitam a criação de imagens.

Editorial: texto dissertativo argumentativo onde expressa a opinião do editor através de argumentos e fatos
sobre um assunto que está sendo muito comentado (polêmico). Sua intenção é convencer o leitor a concordar
com ele.

Entrevista: texto expositivo e é marcado pela conversa de um entrevistador e um entrevistado para a ob-
tenção de informações. Tem como principal característica transmitir a opinião de pessoas de destaque sobre
algum assunto de interesse.

Cantiga de roda: gênero empírico, que na escola se materializa em uma concretude da realidade. A cantiga
de roda permite as crianças terem mais sentido em relação a leitura e escrita, ajudando os professores a iden-
tificar o nível de alfabetização delas.

Receita: texto instrucional e injuntivo que tem como objetivo de informar, aconselhar, ou seja, recomendam
dando uma certa liberdade para quem recebe a informação.

Ortografia oficial

— Definições
Com origem no idioma grego, no qual orto significa “direito”, “exato”, e grafia quer dizer “ação de escrever”,
ortografia é o nome dado ao sistema de regras definido pela gramática normativa que indica a escrita correta
das palavras. Já a Ortografia Oficial se refere às práticas ortográficas que são consideradas oficialmente como
adequadas no Brasil. Os principais tópicos abordados pela ortografia são: o emprego de acentos gráficos que
sinalizam vogais tônicas, abertas ou fechadas; os processos fonológicos (crase/acento grave); os sinais de
pontuação elucidativos de funções sintáticas da língua e decorrentes dessas funções, entre outros.  

Os acentos: esses sinais modificam o som da letra sobre a qual recaem, para que palavras com grafia
similar possam ter leituras diferentes, e, por conseguinte, tenham significados distintos.  Resumidamente, os
acentos são agudo (deixa o som da vogal mais aberto), circunflexo (deixa o som fechado), til (que faz com que
o som fique nasalado) e acento grave (para indicar crase).

O alfabeto: é a base de qualquer língua. Nele, estão estabelecidos os sinais gráficos e os sons representa-
dos por cada um dos sinais; os sinais, por sua vez, são as vogais e as consoantes.  

As letras K, Y e W: antes consideradas estrangeiras, essas letras foram integradas oficialmente ao alfabeto
do idioma português brasileiro em 2009, com a instauração do Novo Acordo Ortográfico. As possibilidades da
vogal Y e das consoantes K e W são, basicamente, para nomes próprios e abreviaturas, como abaixo:  
– Para grafar símbolos internacionais e abreviações, como Km (quilômetro), W (watt) e Kg (quilograma).
– Para transcrever nomes próprios estrangeiros ou seus derivados na língua portuguesa, como Britney,
Washington, Nova York.  

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Relação som X grafia: confira abaixo os casos mais complexos do emprego da ortografia correta das pala-
vras e suas principais regras:

«ch” ou “x”?: deve-se empregar o X nos seguintes casos:


– Em palavras de origem africana ou indígena. Exemplo: oxum, abacaxi.  
– Após ditongos. Exemplo: abaixar, faixa.
– Após a sílaba inicial “en”. Exemplo: enxada, enxergar.
– Após a sílaba inicial “me”. Exemplo: mexilhão, mexer, mexerica.   

s” ou “x”?: utiliza-se o S nos seguintes casos:


– Nos sufixos “ese”, “isa”, “ose”. Exemplo: síntese, avisa, verminose.
– Nos sufixos “ense”, “osa” e “oso”, quando formarem adjetivos. Exemplo: amazonense, formosa, jocoso.
– Nos sufixos “ês” e “esa”, quando designarem origem, título ou nacionalidade. Exemplo: marquês/marque-
sa, holandês/holandesa, burguês/burguesa.
– Nas palavras derivadas de outras cujo radical já apresenta “s”. Exemplo: casa – casinha – casarão; análise
– analisar.

Porque, Por que, Porquê ou Por quê?


– Porque (junto e sem acento): é conjunção explicativa, ou seja, indica motivo/razão, podendo substituir o
termo pois. Portanto, toda vez que essa substituição for possível, não haverá dúvidas de que o emprego do
porque estará correto. Exemplo: Não choveu, porque/pois nada está molhado.  
– Por que (separado e sem acento): esse formato é empregado para introduzir uma pergunta ou no lugar de
“o motivo pelo qual”, para estabelecer uma relação com o termo anterior da oração. Exemplos: Por que ela está
chorando? / Ele explicou por que do cancelamento do show.  
– Porquê (junto e com acento): trata-se de um substantivo e, por isso, pode estar acompanhado por artigo,
adjetivo, pronome ou numeral. Exemplo: Não ficou claro o porquê do cancelamento do show.  
– Por quê (separado e com acento): deve ser empregado ao fim de frases interrogativas. Exemplo: Ela foi
embora novamente. Por quê?  

Parônimos e homônimos

– Parônimos: são palavras que se assemelham na grafia e na pronúncia, mas se divergem no significado.
Exemplos: absolver (perdoar) e absorver (aspirar); aprender (tomar conhecimento) e apreender (capturar).

– Homônimos: são palavras com significados diferentes, mas que divergem na pronúncia. Exemplos: “gos-
to” (substantivo) e “gosto” (verbo gostar) / “este” (ponto cardeal) e “este” (pronome demonstrativo).

Acentuação gráfica

— Definição
A acentuação gráfica consiste no emprego do acento nas palavras grafadas com a finalidade de estabe-
lecer, com base nas regras da língua, a intensidade e/ou a sonoridade das palavras. Isso quer dizer que os
acentos gráficos servem para indicar a sílaba tônica de uma palavra ou a pronúncia de uma vogal. De acordo
com as regras gramaticais vigentes, são quatro os acentos existentes na língua portuguesa:

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– Acento agudo: Indica que a sílaba tônica da palavra tem som aberto. Ex.: área, relógio, pássaro.

– Acento circunflexo: Empregado acima das vogais “a” e” e “o”para indicar sílaba tônica em vogal fechada.
Ex.: acadêmico, âncora, avô.

– Acento grave/crase: Indica a junção da preposição “a” com o artigo “a”. Ex: “Chegamos à casa”. Esse
acento não indica sílaba tônica!

– Til: Sobre as vogais “a” e “o”, indica que a vogal de determinada palavra tem som nasal, e nem sempre
recai sobre a sílaba tônica. Exemplo: a palavra órfã tem um acento agudo, que indica que a sílaba forte é “o”
(ou seja, é acento tônico), e um til (˜), que indica que a pronúncia da vogal “a” é nasal, não oral. Outro exemplo
semelhante é a palavra bênção.  

— Monossílabas Tônicas e Átonas


Mesmo as palavras com apenas uma sílaba podem sofrer alteração de intensidade de voz na sua pronún-
cia. Exemplo: observe o substantivo masculino “dó” e a preposição “do” (contração da preposição “de” + artigo
“o”).  Ao comparar esses termos, percebermos que o primeiro soa mais forte que o segundo, ou seja, temos
uma monossílaba tônica e uma átona, respectivamente. Diante de palavras monossílabas, a dica para identifi-
car se é tônica (forte) ou fraca átona (fraca) é pronunciá-las em uma frase, como abaixo:
“Sinto grande dó ao vê-la sofrer.”
“Finalmente encontrei a chave do carro.”

Recebem acento gráfico:  


– As monossílabas tônicas terminadas em: -a(s) → pá(s), má(s); -e(s) → pé(s), vê(s); -o(s) → só(s), pôs.
– As monossílabas tônicas formados por ditongos abertos -éis, -éu, -ói. Ex: réis, véu, dói.

Não recebem acento gráfico:


– As monossílabas tônicas: par, nus, vez, tu, noz, quis.
– As formas verbais monossilábicas terminadas em “-ê”, nas quais a 3a pessoa do plural termina em “-eem”.
Antes do novo acordo ortográfico, esses verbos era acentuados. Ex.: Ele lê → Eles lêem leem.
Exceção! O mesmo não ocorre com os verbos monossilábicos terminados em “-em”, já que a terceira pessoa
termina em “-êm”. Nesses caso, a acentuação permanece acentuada. Ex.: Ele tem → Eles têm; Ele vem → Eles
vêm.

Acentuação das palavras Oxítonas


As palavras cuja última sílaba é tônica devem ser acentuadas as oxítonas com sílaba tônica terminada em
vogal tônica -a, -e e -o, sucedidas ou não por -s. Ex.: aliás, após, crachá, mocotó, pajé, vocês. Logo, não se
acentuam as oxítonas terminadas em “-i” e “-u”. Ex.: caqui, urubu.

Acentuação das palavras Paroxítonas


São classificadas dessa forma as palavras cuja penúltima sílaba é tônica. De acordo com a regra geral,
não se acentuam as palavras paroxítonas, a não ser nos casos específicos relacionados abaixo. Observe as
exceções:
– Terminadas em -ei e -eis. Ex.: amásseis, cantásseis, fizésseis, hóquei, jóquei, pônei, saudáveis.
– Terminadas em -r, -l, -n, -x e -ps. Ex.: bíceps, caráter, córtex, esfíncter, fórceps, fóssil, líquen, lúmen, réptil,
tórax.  
– Terminadas em -i e -is. Ex.: beribéri, bílis, biquíni, cáqui, cútis, grátis, júri, lápis, oásis, táxi.
– Terminadas em -us. Ex.: bônus, húmus, ônus, Vênus, vírus, tônus.  
– Terminadas em -om e -ons. Ex.: elétrons, nêutrons, prótons.
– Terminadas em -um e -uns. Ex.: álbum, álbuns, fórum, fóruns, quórum, quóruns.  

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– Terminadas em -ã e -ão. Ex.: bênção, bênçãos, ímã, ímãs, órfã, órfãs, órgão, órgãos, sótão, sótãos.  

Acentuação das palavras Proparoxítonas


Classificam-se assim as palavras cuja antepenúltima sílaba é tônica, e todas recebem acento, sem exce-
ções. Ex.: ácaro, árvore, bárbaro, cálida, exército, fétido, lâmpada, líquido, médico, pássaro, tática, trânsito.

Ditongos e Hiatos
Acentuam-se:
– Oxítonas com sílaba tônica terminada em abertos “_éu”, “_éi” ou “_ói”, sucedidos ou não por “_s”. Ex.:
anéis, fiéis, herói, mausoléu, sóis, véus.
– As letras “_i” e “_u” quando forem a segunda vogal tônica de um hiato e estejam isoladas ou sucedidas por
“_s” na sílaba. Ex.: caí (ca-í), país (pa-ís), baú (ba-ú).
Não se acentuam:
– A letra “_i”, sempre que for sucedida por de “_nh”. Ex.: moinho, rainha, bainha.
– As letras “_i” e o “_u” sempre que aparecerem repetidas. Ex.: juuna, xiita. xiita.
– Hiatos compostos por “_ee” e “_oo”. Ex.: creem, deem, leem, enjoo, magoo.

O Novo Acordo Ortográfico


Confira as regras que levaram algumas palavras a perderem acentuação em razão do Acordo Ortográfico
de 1990, que entrou em vigor em 2009:

1 – Vogal tônica fechada -o de -oo em paroxítonas.


Exemplos: enjôo – enjoo; magôo – magoo; perdôo – perdoo; vôo – voo; zôo – zoo.

2 – Ditongos abertos -oi e -ei em palavras paroxítonas.


Exemplos: alcalóide – alcaloide; andróide – androide; alcalóide – alcaloide; assembléia – assembleia; as-
teróide – asteroide; européia – europeia.

3 – Vogais -i e -u precedidas de ditongo em paroxítonas.


Exemplos: feiúra – feiura; maoísta – maoista; taoísmo – taoismo.

4 – Palavras paroxítonas cuja terminação é -em, e que possuem -e tônico em hiato.


Isso ocorre com a 3a pessoa do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo. Exemplos: deem; lêem –
leem; relêem – releem; revêem.

5 – Palavras com trema: somente para palavras da língua portuguesa. Exemplos: bilíngüe – bilíngue; enxá-
güe – enxágue; linguïça – linguiça.

6 – Paroxítonas homógrafas: são palavras que têm a mesma grafia, mas apresentam significados diferen-
tes. Exemplo: o verbo PARAR: pára – para. Antes do Acordo Ortográfico, a flexão do verbo “parar” era acentua-
da para que fosse diferenciada da preposição “para”.
Atualmente, nenhuma delas recebe acentuação. Assim:
Antes: Ela sempre pára para ver a banda passar. [verbo / preposição]
Hoje: Ela sempre para para ver a banda passar. [verbo / preposição]

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Pontuação

— Visão Geral
O sistema de pontuação consiste em um grupo de sinais gráficos que, em um período sintático, têm a fun-
ção primordial de indicar um nível maior ou menor de coesão entre estruturas e, ocasionalmente, manifestar as
propriedades da fala (prosódias) em um discurso redigido. Na escrita, esses sinais substituem os gestos e as
expressões faciais que, na linguagem falada, auxiliam a compreensão da frase.
O emprego da pontuação tem as seguintes finalidades:
– Garantir a clareza, a coerência e a coesão interna dos diversos tipos textuais;
– Garantir os efeitos de sentido dos enunciados;
– Demarcar das unidades de um texto;
– Sinalizar os limites das estruturas sintáticas.

— Sinais de pontuação que auxiliam na elaboração de um enunciado

Vírgula

De modo geral, sua utilidade é marcar uma pausa do enunciado para indicar que os termos por ela isolados,
embora compartilhem da mesma frase ou período, não compõem unidade sintática. Mas, se, ao contrário, hou-
ver relação sintática entre os termos, estes não devem ser isolados pela vírgula. Isto quer dizer que, ao mesmo
tempo que existem situações em que a vírgula é obrigatória, em outras, ela é vetada. Confira os casos em que
a vírgula deve ser empregada:

• No interior da sentença
1 – Para separar elementos de uma enumeração e repetição:

ENUMERAÇÃO
Adicione leite, farinha, açúcar, ovos, óleo e chocolate.
Paguei as contas de água, luz, telefone e gás.

REPETIÇÃO
Os arranjos estão lindos, lindos!
Sua atitude foi, muito, muito, muito indelicada.

2 – Isolar o vocativo

“Crianças, venham almoçar!”

“Quando será a prova, professora?”


3 – Separar apostos

“O ladrão, menor de idade, foi apreendido pela polícia.”


4 – Isolar expressões explicativas:

“As CPIs que terminaram em pizza, ou seja, ninguém foi responsabilizado.”


5 – Separar conjunções intercaladas

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“Não foi explicado, porém, o porquê das falhas no sistema.”
6 – Isolar o adjunto adverbial anteposto ou intercalado:

“Amanhã pela manhã, faremos o comunicado aos funcionários do setor.”

“Ele foi visto, muitas vezes, vagando desorientado pelas ruas.”


7 – Separar o complemento pleonástico antecipado:

“Estas alegações, não as considero legítimas.”


8 – Separar termos coordenados assindéticos (não conectadas por conjunções)

“Os seres vivos nascem, crescem, reproduzem-se, morrem.”


9 – Isolar o nome de um local na indicação de datas:

“São Paulo, 16 de outubro de 2022”.


10 – Marcar a omissão de um termo:

“Eu faço o recheio, e você, a cobertura.” (omissão do verbo “fazer”).

• Entre as sentenças
1 – Para separar as orações subordinadas adjetivas explicativas
“Meu aluno, que mora no exterior, fará aulas remotas.”
2 – Para separar as orações coordenadas sindéticas e assindéticas, com exceção das orações iniciadas
pela conjunção “e”:
“Liguei para ela, expliquei o acontecido e pedi para que nos ajudasse.”
3 – Para separar as orações substantivas que antecedem a principal:

“Quando será publicado, ainda não foi divulgado.”


4 – Para separar orações subordinadas adverbiais desenvolvidas ou reduzidas, especialmente as que an-
tecedem a oração principal:

Reduzida Por ser sempre assim, ninguém dá atenção!


Desenvolvida Porque é sempre assim, já ninguém dá atenção!

5 – Separar as sentenças intercaladas:

“Querida, disse o esposo, estarei todos os dias aos pés do seu leito, até que você se recupere por comple-
to.”

• Antes da conjunção “e”


1 – Emprega-se a vírgula quando a conjunção “e” adquire valores que não expressam adição, como conse-
quência ou diversidade, por exemplo.

“Argumentou muito, e não conseguiu convencer-me.”


2 – Utiliza-se a vírgula em casos de polissíndeto, ou seja, sempre que a conjunção “e” é reiterada com com
a finalidade de destacar alguma ideia, por exemplo:

“(…) e os desenrolamentos, e os incêndios, e a fome, e a sede; e dez meses de combates, e cem dias de
cancioneiro contínuo; e o esmagamento das ruínas...” (Euclides da Cunha)
3 – Emprega-se a vírgula sempre que orações coordenadas apresentam sujeitos distintos, por exemplo:

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“A mulher ficou irritada, e o marido, constrangido.”

O uso da vírgula é vetado nos seguintes casos: separar sujeito e predicado, verbo e objeto, nome de adjunto
adnominal, nome e complemento nominal, objeto e predicativo do objeto, oração substantiva e oração subordi-
nada (desde que a substantivo não seja apositiva nem se apresente inversamente).

Ponto
1 – Para indicar final de frase declarativa:

“O almoço está pronto e será servido.”


2 – Abrevia palavras:

– “p.” (página)

– “V. Sra.” (Vossa Senhoria)


– “Dr.” (Doutor)
3 – Para separar períodos:
“O jogo não acabou. Vamos para os pênaltis.”

Ponto e Vírgula
1 – Para separar orações coordenadas muito extensas ou orações coordenadas nas quais já se tenha uti-
lizado a vírgula:

“Gosto de assistir a novelas; meu primo, de jogos de RPG; nossa amiga, de praticar esportes.”
2 – Para separar os itens de uma sequência de itens:
“Os planetas que compõem o Sistema Solar são:

Mercúrio;

Vênus;

Terra;

Marte;

Júpiter;

Saturno;

Urano;
Netuno.”

Dois Pontos
1 – Para introduzirem apostos ou orações apositivas, enumerações ou sequência de palavras que explicam
e/ou resumem ideias anteriores.

“Anote o endereço: Av. Brasil, 1100.”

“Não me conformo com uma coisa: você ter perdoado aquela grande ofensa.”
2 – Para introduzirem citação direta:

“Desse estudo, Lavoisier extraiu o seu princípio, atualmente muito conhecido: “Nada se cria, nada se per-
de, tudo se transforma’.”

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3 – Para iniciar fala de personagens:

“Ele gritava repetidamente:


– Sou inocente!”

Reticências
1 – Para indicar interrupção de uma frase incompleta sintaticamente:

“Quem sabe um dia...”


2 – Para indicar hesitação ou dúvida:

“Então... tenho algumas suspeitas... mas prefiro não revelar ainda.”


3 – Para concluir uma frase gramaticalmente inacabada com o objetivo de prolongar o raciocínio:

“Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se nas faces duns longes cor-de-rosa...” (Cecília -
José de Alencar).
4 – Suprimem palavras em uma transcrição:

“Quando penso em você (...) menos a felicidade.” (Canteiros - Raimundo Fagner).

Ponto de Interrogação
1 – Para perguntas diretas:
“Quando você pode comparecer?”
2 – Algumas vezes, acompanha o ponto de exclamação para destacar o enunciado:
“Não brinca, é sério?!”

Ponto de Exclamação
1 – Após interjeição:
“Nossa Que legal!”
2 – Após palavras ou sentenças com carga emotiva
“Infelizmente!”
3 – Após vocativo
“Ana, boa tarde!”
4 – Para fechar de frases imperativas:
“Entre já!”

Parênteses
a) Para isolar datas, palavras, referências em citações, frases intercaladas de valor explicativo, podendo
substituir o travessão ou a vírgula:
“Mal me viu, perguntou (sem qualquer discrição, como sempre)
quem seria promovido.”

Travessão
1 – Para introduzir a fala de um personagem no discurso direto:
“O rapaz perguntou ao padre:

— Amar demais é pecado?”

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2 – Para indicar mudança do interlocutor nos diálogos:

“— Vou partir em breve.

— Vá com Deus!”
3 – Para unir grupos de palavras que indicam itinerários:

“Esse ônibus tem destino à cidade de São Paulo — SP.”


4 – Para substituir a vírgula em expressões ou frases explicativas:

“Michael Jackson — o retorno rei do pop — era imbatível.”

Aspas
1 – Para isolar palavras ou expressões que violam norma culta, como termos populares, gírias, neologis-
mos, estrangeirismos, arcaísmos, palavrões, e neologismos.

“Na juventude, ‘azarava’ todas as meninas bonitas.”

“A reunião será feita ‘online’.”


2 – Para indicar uma citação direta:

“A índole natural da ciência é a longanimidade.” (Machado de Assis)

Emprego das classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, pronome, verbo,


advérbio, preposição e conjunção: emprego e sentido que imprimem às relações que
estabelecem

— Definição
Classes gramaticais são grupos de palavras que organizam o estudo da gramática. Isto é, cada palavra
existente na língua portuguesa condiz com uma classe gramatical, na qual ela é inserida em razão de sua fun-
ção. Confira abaixo as diversas funcionalidades de cada classe gramatical.

— Artigo
É a classe gramatical que, em geral, precede um substantivo, podendo flexionar em número e em gênero.

A classificação dos artigos

Artigos definidos: servem para especificar um substantivo ou para referirem-se a um ser específico por já
ter sido mencionado ou por ser conhecido mutuamente pelos interlocutores. Eles podem flexionar em número
(singular e plural) e gênero (masculino e feminino).

Artigos indefinidos: indicam uma generalização ou a ocorrência inicial do representante de uma dada es-
pécie, cujo conhecimento não é compartilhado entre os interlocutores, por se tratar da primeira vez em que
aparece no discurso. Podem variar em número e gênero.
Observe:

NÚMERO/GÊNERO MASCULINO FEMININO EXEMPLOS


Preciso de um pedreiro.
Singular Um Uma
Vi uma moça em frente à casa.

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Localizei uns documentos antigos.
Plural Umas Umas
Joguei fora umas coisas velhas.

Outras funções do artigo

Substantivação: é o nome que se dá ao fenômeno de transformação de adjetivos e verbos em substantivos


a partir do emprego do artigo. Observe:  

– Em “O caminhar dela é muito elegante.”, “caminhar”, que teria valor de verbo, passou a ser o substantivo
do enunciado.

Indicação de posse: antes de palavras que atribuem parentesco ou de partes do corpo, o artigo definido
pode exprimir relação de posse. Por exemplo:
“No momento em que ela chegou, o marido já a esperava.”
Na frase, o artigo definido “a” esclarece que se trata do marido do sujeito “ela”, omitindo o pronome posses-
sivo dela.

Expressão de valor aproximado: devido à sua natureza de generalização, o artigo indefinido inserido antes
de numeral indica valor aproximado. Mais presente na linguagem coloquial, esse emprego dos artigos indefini-
dos representa expressões como “por volta de” e “aproximadamente. Observe:
“Faz em média uns dez anos que a vi pela última vez.”
“Acrescente aproximadamente umas três ou quatro gotas de baunilha.”

Contração de artigos com preposições


Os artigos podem fazer junção a algumas preposições, criando uma única palavra contraída. A tabela abai-
xo ilustra como esse processo ocorre:

PREPOSIÇÃO
de em a per/por
singular o do no ao pelo
plural os dos nos aos pelos
ARTIGOS masculino
singular a da na à pela
DEFINIDOS
plural as das nas às pelas
feminino
singular um dum num
plural uns duns nuns
ARTIGOS masculino
singular uma duma numa
INDEFINI-
DOS plural umas dumas numas
feminino

— Substantivo
Essa classe atribui nome aos seres em geral (pessoas, animais, qualidades, sentimentos, seres mitológicos
e espirituais). Os substantivos se subdividem em:

Próprios ou Comuns: são próprios os substantivos que nomeiam algo específico, como nomes de pessoas
(Pedro, Paula) ou lugares (São Paulo, Brasil). São comuns os que nomeiam algo na sua generalidade (garoto,
caneta, cachorro).

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Primitivos ou derivados: se não for formado por outra palavra, é substantivo primitivo (carro, planeta); se
formado por outra palavra, é substantivo derivado (carruagem, planetário).

Concretos ou abstratos: os substantivos que nomeiam seres reais ou imaginativos, são concretos (cavalo,
unicórnio); os que nomeiam sentimentos, qualidades, ações ou estados são abstratos.  

Substantivos coletivos: são os que nomeiam os seres pertencentes ao mesmo grupo. Exemplos: manada
(rebanho de gado), constelação (aglomerado de estrelas), matilha (grupo de cães).  

— Adjetivo
É a classe de palavras que se associa ao substantivo para alterar o seu significado, atribuindo-lhe caracteri-
zação conforme uma qualidade, um estado e uma natureza, bem como uma quantidade ou extensão à palavra,
locução, oração, pronome, enfim, ao que quer que seja nomeado.

Os tipos de adjetivos

Simples e composto: com apenas um radical, é adjetivo simples (bonito, grande, esperto, miúdo, regular);
apresenta mais de um radical, é composto (surdo-mudo, afrodescendente, amarelo-limão).  

Primitivo e derivado: o adjetivo que origina outros adjetivos é primitivo (belo, azul, triste, alegre); adjetivos
originados de verbo, substantivo ou outro adjetivo são classificados como derivados (ex.: substantivo morte →
adjetivo mortal; adjetivo lamentar → adjetivo lamentável).

Pátrio ou gentílico: é a palavra que indica a nacionalidade ou origem de uma pessoa (paulista, brasileiro,
mineiro, latino).  

O gênero dos adjetivos

Uniformes: possuem forma única para feminino e masculino, isto é, não flexionam seu termo. Exemplo: “Fred
é um amigo leal.” / “Ana é uma amiga leal.”  

Biformes: os adjetivos desse tipo possuem duas formas, que variam conforme o gênero. Exemplo: “Menino
travesso.” / “Menina travessa”.

O número dos adjetivos


Por concordarem com o número do substantivo a que se referem, os adjetivos podem estar no singular ou
no plural. Assim, a sua composição acompanha os substantivos. Exemplos: pessoa instruída → pessoas ins-
truídas; campo formoso → campos formosos.

O grau dos adjetivos

Quanto ao grau, os adjetivos se classificam em comparativo (compara qualidades) e superlativo (intensifica


qualidades).

Comparativo de igualdade: “O novo emprego é tão bom quanto o anterior.”  

Comparativo de superioridade: “Maria é mais prestativa do que Luciana.”

Comparativo de inferioridade: “O gerente está menos atento do que a equipe.”   

Superlativo absoluto: refere-se a apenas um substantivo, podendo ser:


– Analítico - “A modelo é extremamente bonita.”
– Sintético - “Pedro é uma pessoa boníssima.”

Superlativo relativo: refere-se a um grupo, podendo ser de:


– Superioridade - “Ela é a professora mais querida da escola.”

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– Inferioridade - “Ele era o menos disposto do grupo.”  

Pronome adjetivo
Recebem esse nome porque, assim como os adjetivos, esses pronomes alteram os substantivos aos quais
se referem. Assim, esse tipo de pronome flexiona em gênero e número para fazer concordância com os subs-
tantivos. Exemplos: “Esta professora é a mais querida da escola.” (o pronome adjetivo esta determina o subs-
tantivo comum professora).

Locução adjetiva
Uma locução adjetiva é formada por duas ou mais palavras, que, associadas, têm o valor de um único adje-
tivo. Basicamente, consiste na união preposição + substantivo ou advérbio.
Exemplos:
– Criaturas da noite (criaturas noturnas).
– Paixão sem freio (paixão desenfreada).
– Associação de comércios (associação comercial).

— Verbo
É a classe de palavras que indica ação, ocorrência, desejo, fenômeno da natureza e estado. Os verbos se
subdividem em:

Verbos regulares: são os verbos que, ao serem conjugados, não têm seu radical modificado e preservam a
mesma desinência do verbo paradigma, isto é, terminado em “-ar” (primeira conjugação), “-er” (segunda conju-
gação) ou “-ir” (terceira conjugação).  Observe o exemplo do verbo “nutrir”:
– Radical: nutr (a parte principal da palavra, onde reside seu significado).
– Desinência: “-ir”, no caso, pois é a terminação da palavra e, tratando-se dos verbos, indica pessoa (1a,
2a, 3a), número (singular ou plural), modo (indicativo, subjuntivo ou imperativo) e tempo (pretérito, presente ou
futuro). Perceba que a conjugação desse no presente do indicativo: o radical não sofre quaisquer alterações,
tampouco a desinência. Portanto, o verbo nutrir é regular: Eu nutro; tu nutre; ele/ela nutre; nós nutrimos; vós
nutris; eles/elas nutrem.

– Verbos irregulares: os verbos irregulares, ao contrário dos regulares, têm seu radical modificado quando
conjugados e /ou têm desinência diferente da apresentada pelo verbo paradigma. Exemplo: analise o verbo di-
zer conjugado no pretérito perfeito do indicativo: Eu disse; tu dissestes; ele/ela disse; nós dissemos; vós disses-
tes; eles/elas disseram. Nesse caso, o verbo da segunda conjugação (-er) tem seu radical, diz, alterado, além
de apresentar duas desinências distintas do verbo paradigma”. Se o verbo dizer fosse regular, sua conjugação
no pretérito perfeito do indicativo seria: dizi, dizeste, dizeu, dizemos, dizestes, dizeram.

— Pronome
O pronome tem a função de indicar a pessoa do discurso (quem fala, com quem se fala e de quem se fala),
a posse de um objeto e sua posição. Essa classe gramatical é variável, pois flexiona em número e gênero. Os
pronomes podem suplantar o substantivo ou acompanhá-lo; no primeiro caso, são denominados “pronome
substantivo” e, no segundo, “pronome adjetivo”. Classificam-se em: pessoais, possessivos, demonstrativos,
interrogativos, indefinidos e relativos.

Pronomes pessoais
Os pronomes pessoais apontam as pessoas do discurso (pessoas gramaticais), e se subdividem em prono-
mes do caso reto (desempenham a função sintática de sujeito) e pronomes oblíquos (atuam como complemen-
to), sendo que, para cada caso reto, existe um correspondente oblíquo.

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CASO RETO CASO OBLÍQUO
Eu Me, mim, comigo.
Tu Te, ti, contigo.
Ele Se, o, a , lhe, si, consigo.
Nós Nos, conosco.
Vós Vos, convosco.
Eles Se, os, as, lhes, si, consigo.

Observe os exemplos:
– Na frase “Maria está feliz. Ela vai se casar.”, o pronome cabível é do caso reto. Quem vai se casar? Maria.  
– Na frase “O forno? Desliguei-o agora há pouco. O pronome “o” completa o sentido do verbo. Fechei o que?
O forno.
Lembrando que os pronomes oblíquos o, a, os, as, lo, la, los, las, no, na nos, e nas desempenham apenas
a função de objeto direto.  

Pronomes possessivos
Esses pronomes indicam a relação de posse entre o objeto e a pessoa do discurso.

PESSOA DO DIS-
PRONOME
CURSO
1a pessoa – Eu Meu, minha, meus, minhas
2 pessoa – Tu
a
Teu, tua, teus, tuas
3a pessoa– Seu, sua, seus, suas

Exemplo: “Nossos filhos cresceram.” → o pronome indica que o objeto pertence à 1ª pessoa (nós).

Pronomes de tratamento
Tratam-se termos solenes que, em geral, são empregados em contextos formais — a única exceção é o
pronome você. Eles têm a função de promover uma referência direta do locutor para interlocutor (parceiros de
comunicação). São divididos conforme o nível de formalidade, logo, para cada situação, existe um pronome
de tratamento específico. Apesar de expressarem interlocução (diálogo), à qual seria adequado o emprego do
pronome na segunda pessoa do discurso (“tu”), no caso dos pronomes de tratamento, os verbos devem ser
usados em 3a pessoa.

PRONOME USO ABREVIAÇÕES


Você situações informais V./VV
Senhor (es) e Sr. Sr.a (singular) e Srs. , Sra-
pessoas mais velhas
Senhora (s) .s. (plural)
Vossa Senhoria em correspondências e outros textos redigidos V. S.a/V.Sas
altas autoridades, como Presidente da República,
Vossa Excelência V. Ex.a/ V. Ex.as
senadores, deputados, embaixadores
Vossa Magnificência reitores das Universidades V. Mag.a/V. Mag.as
V.A (singular) e V.V.A.A. (plu-
Vossa Alteza príncipes, princesas, duques ral)
Vossa Reverendíssi- sacerdotes e religiosos em geral V. Rev. m.a/V. Rev. m. as
ma
Vossa Eminência cardeais V. Ex.a/V. Em.as
Vossa Santidade Papa V.S.

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Pronomes demonstrativos
Sua função é indicar a posição dos seres no que se refere ao tempo ao espaço e à pessoa do discurso –
nesse último caso, o pronome determina a proximidade entre um e outro. Esses pronomes flexionam-se em
gênero e número.

PESSOA DO DIS-
PRONOMES POSIÇÃO
CURSO
Os seres ou objetos estão próximos da pessoa
1a pessoa Este, esta, estes, estas, isto.
que fala.
Os seres ou objetos estão próximos da pessoa
2a pessoa Esse, essa, esses, essas, isso.
com quem se fala.
Aquele, aquela, aqueles, aque-
3a pessoa Com quem se fala.
las, aquilo.

Observe os exemplos:
“Esta caneta é sua?”

“Esse restaurante é bom e barato.”

Pronomes Indefinidos
Esses pronomes indicam indeterminação ou imprecisão, assim, estão sempre relacionados à 3ª pessoa do
discurso. Os pronomes indefinidos podem ser variáveis (flexionam conforme gênero e número) ou invariáveis
(não flexionam). Analise os exemplos abaixo:
– Em “Alguém precisa limpar essa sujeira.”, o termo “alguém” quer dizer uma pessoa de identidade indefinida
ou não especificada).
– Em “Nenhum convidado confirmou presença.”, o termo “nenhum” refere-se ao substantivo “convidado” de
modo vago, pois não se sabe de qual convidado se trata.
– Em “Cada criança vai ganhar um presente especial.”, o termo “cada” refere-se ao substantivo da frase
“criança”, sem especificá-lo.
– Em “Outras lojas serão abertas no mesmo local.”, o termo “outras” refere-se ao substantivo “lojas” sem
especificar de quais lojas se trata.
Confira abaixo a tabela com os pronomes indefinidos:

CLASSIFICAÇÃO PRONOMES INDEFINIDOS


Muito, pouco, algum, nenhum, outro, qualquer, certo, um, tanto, quanto, bastante,
VARIÁVEIS
vários, quantos, todo.
INVARIÁVEIS Nada, ninguém, cada, algo, alguém, quem, demais, outrem, tudo.

Pronomes relativos
Os pronomes relativos, como sugere o nome, se relacionam ao termo anterior e o substituem, sendo impor-
tante, portanto, para prevenir a repetição indevida das palavras em um texto. Eles podem ser variáveis (o qual,
cujo, quanto) ou invariáveis (que, quem, onde).
Observe os exemplos:
– Em “São pessoas cuja história nos emociona.”, o pronome “cuja” se apresenta entre dois substantivos
(“pessoas” e “história”) e se relaciona àquele que foi dito anteriormente (“pessoas”).
– Em “Os problemas sobre os quais conversamos já estão resolvidos.” , o pronome “os quais” retoma o
substantivo dito anteriormente (“problemas”).

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CLASSIFICAÇÃO PRONOMES RELATIVOS
VARIÁVEIS O qual, a qual, os quais, cujo, cuja, cujos, cujas, quanto, quanta, quantos, quantas.
INVARIÁVEIS Quem, que, onde.

Pronomes interrogativos
Os pronomes interrogativos são palavras variáveis e invariáveis cuja função é formular perguntas diretas e
indiretas. Exemplos:
“Quanto vai custar a passagem?” (oração interrogativa direta)
“Gostaria de saber quanto custará a passagem.” (oração interrogativa indireta)

CLASSIFICAÇÃO PRONOMES INTERROGATIVOS


VARIÁVEIS Qual, quais, quanto, quantos, quanta, quantas.
INVARIÁVEIS Quem, que.

— Advérbio
É a classe de palavras invariável que atua junto aos verbos, aos adjetivos e mesmo aos advérbios, com o
objetivo de modificar ou intensificar seu sentido, ao adicionar-lhes uma nova circunstância. De modo geral, os
advérbios exprimem circunstâncias de tempo, modo, lugar, qualidade, causa, intensidade, oposição, aprova-
ção, afirmação, negação, dúvida, entre outras noções. Confira na tabela:

CLASSIFICAÇÃO PRINCIPAIS TERMOS EXEMPLOS


Bem, mal, assim, melhor, pior, de-
pressa, devagar. “Coloquei-o cuidadosamente no berço.”
ADVÉRBIO DE
MODO Grande parte das palavras terminam
em “-mente”, como cuidadosamente, “Andou depressa por causa da chuva”
calmamente, tristemente.
“O carro está fora.”
ADVERBIO DE LU- Perto, longe, dentro, fora, aqui, ali, lá “Foi bem no teste?”
GAR e atrás.
“Demorou, mas chegou longe!”
“Sempre que precisar de algo, basta cha-
ADVÉRBIO DE TEM- Antes, depois, hoje, ontem, amanhã mar-me.”
PO sempre, nunca, cedo e tarde.
“Cedo ou tarde, far-se-á justiça.”
“Eles formam um casal tão bonito!”
ADVÉRBIO DE IN- Muito, pouco, bastante, tão, demais, “Elas conversam demais”
TENSIDADE tanto.
“Você saiu muito depressa”
Sim e decerto e palavras afirmativas “Decerto passaram por aqui”
ADVÉRBIO DE AFIR- com o sufixo “-mente” (certamente,
realmente). Palavras como claro e “Claro que irei!”
MAÇÃO positivo, podem ser advérbio, depen-
dendo do contexto. “Entendi, sim.”
“Jamais reatarei meu namoro com ele.”
Não e nem. Palavras como negativo,
ADVÉRBIO DE NE- nenhum, nunca, jamais, entre outras, “Sequer pensou para falar.”
GAÇÃO podem ser advérbio de negação, con-
forme o contexto.
“Não pediu ajuda.”

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“Quiçá seremos recebidas.”
Talvez, quiçá, porventura e palavras
ADVÉRBIO DE DÚ- que expressem dúvida acrescidas do “Provavelmente sairei mais cedo.”
VIDA sufixo “-mente”, como possivelmente.
“Talvez eu saia cedo.”
“Por que vendeu o livro?” (oração interro-
gativa direta, que indica causa)
Quando, como, onde, aonde, donde,
por que. Esse advérbio pode indicar “Quando posso sair?” (oração interrogati-
ADVÉRBIO DE IN- va direta, que indica tempo)
circunstâncias de modo, tempo, lugar
TERROGAÇÃO e causa. É usado somente em frases
interrogativas diretas ou indiretas. “Explica como você fez isso.”
(oração interrogativa indireta, que indica
modo).

— Conjunção
As conjunções integram a classe de palavras que tem a função de conectar os elementos de um enunciado
ou oração e, com isso, estabelecer uma relação de dependência ou de independência entre os termos ligados.
Em função dessa relação entre os termos conectados, as conjunções podem ser classificadas, respectivamente
e de modo geral, como coordenativas ou subordinativas. Em outras palavras, as conjunções são um vínculo en-
tre os elementos de uma sentença, atribuindo ao enunciado uma maior mais clareza e precisão ao enunciado.

Conjunções coordenativas: observe o exemplo:


“Eles ouviram os pedidos de ajuda. Eles chamaram o socorro.” – “Eles ouviram os pedidos de ajuda e cha-
maram o socorro.”

No exemplo, a conjunção “e” estabelece uma relação de adição ao enunciado, ao conectar duas orações
em um mesmo período: além de terem ouvido os pedidos de ajuda, chamaram o socorro. Perceba que não há
relação de dependência entre ambas as sentenças, e que, para fazerem sentido, elas não têm necessidade
uma da outra. Assim, classificam-se como orações coordenadas, e a conjunção que as relaciona, como coor-
denativa.

Conjunções subordinativas: analise este segundo caso:


“Não passei na prova, apesar de ter estudado muito.”
Neste caso, temos uma locução conjuntiva (duas palavras desempenham a função de conjunção). Além
disso, notamos que o sentido da segunda sentença é totalmente dependente da informação que é dada na
primeira. Assim, a primeira oração recebe o nome de oração principal, enquanto a segunda, de oração subor-
dinada. Logo, a conjunção que as relaciona é subordinativa.

Classificação das conjunções


Além da classificação que se baseia no grau de dependência entre os termos conectados (coordenação e
subordinação), as conjunções possuem subdivisões.

Conjunções coordenativas: essas conjunções se reclassificam em razão do sentido que possuem cinco
subclassificações, em função o sentido que estabelecem entre os elementos que ligam. São cinco

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CLASSIFICAÇÃO FUNÇÃO EXEMPLOS
“No safári, vimos girafas, leões e zebras.”
Estabelecer relação de adição (positi- /
Conjunções coorde- va ou negativa). As principais conjun-
nativas aditivas ções coordenativas aditivas são “e”,
“nem” e “também”. “Ela ainda não chegou, nem sabemos
quando vai chegar.”
“Havia flores no jardim, mas estavam
Conjunções coorde- Estabelecer relação de oposição. As murchando.” /
nativas principais conjunções coordenativas
adversativas são “mas”, “porém”,
adversativas “contudo”, “todavia”, “entretanto”. “Era inteligente e bom com palavras, en-
tretanto, estava nervoso na prova.”
“Pode ser que o resultado saia amanhã
Conjunções coorde- Estabelecer relação de alternância. ou depois.” /
nativas As principais conjunções coordena-
tivas alternativas são “ou”, “ou... ou”,
alternativas “ora... ora”, “talvez... talvez”.. “Ora queria viver ali para sempre, ora
queria mudar de país.”
Conjunções coorde- Estabelecer relação de conclusão. As “Não era bem remunerada, então decidi
nativas principais conjunções coordenativas trocar de emprego.” /
conclusivas são “portanto”, “então”,
conclusivas “assim”, “logo”. “Penso, logo existo.”
“Quisemos viajar porque não consegui-
Conjunções coorde- Estabelecer relação de explicação. As ríamos descansar aqui em casa.” /
nativas principais conjunções coordenativas
explicativas são “porque”, “pois”, “por-
explicativas quanto”. “Não trouxe o pedido, pois não havia ou-
vido.”

Conjunções subordinativas: com base no sentido construído entre as duas orações relacionadas, a con-
junção subordinativa pode ser de dois subtipos:  

1 – Conjunções integrantes: introduzem a oração que cumpre a função de sujeito, objeto direto, objeto indi-
reto, predicativo, complemento nominal ou aposto de outra oração. Essas conjunções são que e se. Exemplos:  

«É obrigatório que o senhor compareça na data agendada.”   

“Gostaria de saber se o resultado sairá ainda hoje.”

2 – Conjunções adverbiais: introduzem sintagmas adverbiais (orações que indicam uma circunstância ad-
verbial relacionada à oração principal) e se subdividem conforme a tabela abaixo:

CLASSIFICAÇÃO FUNÇÃO EXEMPLOS


Que e se. Analise:
São empregadas para introduzir a
oração que cumpre a função de su- “É obrigatório que o senhor compareça
Conjunções Integran- jeito, objeto direito, objeto indireto, na data agendada.” e
tes predicativo, complemento nominal ou
aposto de outra oração. “Gostaria de saber se o resultado sairá
ainda hoje.”
Conjunções suborna-
tivas Introduzem uma oração subordinada Porque, pois, por isso que, uma vez que,
que denota causa. já que, visto que, que, porquanto.
causais
Conjunções suborna- Estabelecer relação de alternância.
tivas As principais conjunções coordena- Conforme, segundo, como, consoante.
tivas alternativas são “ou”, “ou... ou”,
conformativas “ora... ora”, “talvez... talvez”..

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Conjunções suborna- Introduzem uma oração subordinada Se, caso, salvo se, desde que, contanto
tivas em que é indicada uma hipótese ou que, dado que, a menos que, a não ser
uma condição necessária para que
condicionais que.
seja realizada ou não o fato principal.
Conjunções suborna- Mais, menos, menor, maior, pior, melhor,
tivas Introduzem uma oração que expressa seguidas de que ou do que. Qual depois
uma comparação. de tal. Quanto depois de tanto. Como, as-
comparativas sim como, como se, bem como, que nem.
Conjunções suborna- Indicam uma oração em que se admi- Por mais que, por menos que, apesar de
tivas te um fato contrário à ação principal, que, embora, conquanto, mesmo que,
concessivas mas incapaz de impedí-la. ainda que, se bem que.
Introduzem uma oração, cujos acon-
Conjunções suborna- tecimentos são simultâneos, conco-
mitantes, ou seja, ocorrem no mesmo À
tivas proporção que, ao passo que, à medida
que, à proporção que.
proporcionais espaço temporal daqueles contidos
na outra oração.
Conjunções suborna-
Introduzem uma oração subordinada Depois que, até que, desde que, cada
tivas vez que, todas as vezes que, antes que,
indicadora de circunstância de tempo. sempre que,
temporais logo que, mal, quando.

Conjunções suborna- Introduzem uma oração na qual é Tal, tão, tamanho, tanto (em uma oração,
tivas seguida pelo que em outra oração). De
indicada a consequência do que foi maneira que, de forma que, de sorte que,
consecutivas declarado na oração anterior. de modo que.
Conjunções suborna-
tivas Introduzem uma oração indicando a A fim de que, para que.
finalidade da oração principal.
finais

— Numeral
É a classe de palavra variável que exprime um número determinado ou a colocação de alguma coisa dentro
de uma sequência. Os numerais podem ser: cardinais (um, dois, três), ordinais (primeiro, segundo, terceiro),
fracionários (meio, terço, quarto) e multiplicativos (dobro, triplo, quádruplo). Antes de nos aprofundarmos em
cada caso, vejamos o emprego dos numerais, que tem três principais finalidades:
1 – Indicar leis e decretos: nesses casos, emprega-se o numeral ordinal somente até o número nono; após,
devem ser utilizados os numerais cardinais. Exemplos: Parágrafo 9° (parágrafo nono); Parágrafo 10 (Parágrafo
10).
2 – Indicar os dias do mês: nessas situações, empregam-se os numerais cardinais, sendo que a única exce-
ção é a indicação do primeiro dia do mês, para a qual deve-se utilizar o numeral ordinal. Exemplos: dezesseis
de outubro; primeiro de agosto.
3 – Indicar capítulos, séculos, capítulos, reis e papas: após o substantivo emprega-se o numeral ordinal
até o décimo; após o décimo utiliza-se o numeral cardinal. Exemplos: capítulo X (décimo); século IV (quarto);
Henrique VIII (oitavo), Bento XVI (dezesseis).

Os tipos de numerais

Cardinais: são os números em sua forma fundamental e exprimem quantidades.


Exemplos: um dois, dezesseis, trinta, duzentos, mil.  
– Alguns deles flexionam em gênero (um/uma, dois/duas, quinhentos/quinhentas).
– Alguns números cardinais variam em número, como é o caso: milhão/milhões, bilhão/bilhões, trilhão/tri-
lhões, e assim por diante.
– Apalavra ambos(as) é considerada um numeral cardinal, pois significa os dois/as duas. Exemplo: Antônio
e Pedro fizeram o teste, mas os dois/ambos foram reprovados.

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Ordinais: indicam ordem de uma sequência (primeiro, segundo, décimo, centésimo, milésimo…), isto é,
apresentam a ordem de sucessão e uma série, seja ela de seres, de coisas ou de objetos.
– Os numerais ordinais variam em gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural). Exemplos:
primeiro/primeira, primeiros/primeiras, décimo/décimos, décima/décimas, trigésimo/trigésimos, trigésima/trigé-
simas.  
– Alguns numerais ordinais possuem o valor de adjetivo. Exemplo: A carne de segunda está na promoção.  

Fracionários: servem para indicar a proporções numéricas reduzidas, ou seja, para representar uma parte
de um todo. Exemplos: meio ou metade (½), um quarto (um quarto (¼), três quartos (¾), 1/12 avos.  
– Os números fracionários flexionam-se em gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural).
Exemplos: meio copo de leite, meia colher de açúcar; dois quartos do salário-mínimo.   

Multiplicativos: esses numerais estabelecem relação entre um grupo, seja de coisas ou objetos ou coisas,
ao atribuir-lhes uma característica que determina o aumento por meio dos múltiplos. Exemplos: dobro, triplo,
undécuplo, doze vezes, cêntuplo.  
– Em geral, os multiplicativos são invariáveis, exceto quando atuam como adjetivo, pois, nesse caso, pas-
sam a flexionar número e gênero (masculino e feminino). Exemplos: dose dupla de elogios, duplos sentidos.

Coletivos: correspondem aos substantivos que exprimem quantidades precisas, como dezena (10 unida-
des) ou dúzia (12 unidades).
– Os numerais coletivos sofrem a flexão de número: unidade/unidades, dúzia/dúzias, dezena/dezenas,
centena/centenas.

— Preposição
Essa classe de palavras cujo objetivo é marcar as relações gramaticais que outras classes (substantivos, ad-
jetivos, verbos e advérbios) exercem no discurso. Por apenas marcarem algumas relações entre as unidades
linguísticas dentro do enunciado, as preposições não possuem significado próprio se isoladas no discurso. Em
razão disso, as preposições são consideradas classe gramatical dependente, ou seja, sua função gramatical
(organização e estruturação) é principal, embora o desempenho semântico, que gera significado e sentido,
esteja presente, possui um valor menor.

Classificação das preposições

Preposições essenciais: são aquelas que só aparecem na língua propriamente como preposições, sem
outra função. São elas: a, antes, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por (ou per, em
dadas variantes geográficas ou históricas), sem, sob, sobre, trás.

Exemplo 1 – ”Luís gosta de viajar.” e “Prefiro doce de coco.” Em ambas as sentenças, a preposição de man-
teve-se sempre sendo preposição, apesar de ter estabelecido relação entre unidades linguísticas diferentes,
garantindo-lhes classificações distintas conforme o contexto.

Exemplo 2 – “Estive com ele até o reboque chegar.” e “Finalizei o quadro com textura.” Perceba que nas
duas fases, a mesma preposição tem significados distintos: na primeira, indica recurso/instrumento; na segun-
da, exprime companhia. Por isso, afirma-se que a preposição tem valor semântico, mesmo que secundário ao
valor estrutural (gramática).

Classificação das preposições

Preposições acidentais: são aquelas que, originalmente, não apresentam função de preposição, porém, a
depender do contexto, podem assumir essa atribuição.  São elas: afora, como, conforme, durante, exceto, feito,
fora, mediante, salvo, segundo, visto, entre outras.
Exemplo: ”Segundo o delegado, os depoimentos do suspeito apresentaram contradições.” A palavra “segun-
do”, que, normalmente seria um numeral (primeiro, segundo, terceiro), ao ser inserida nesse contexto, passou
a ser uma preposição acidental, por tem o sentido de “de acordo com”, “em conformidade com”.  

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Locuções prepositivas
Recebe esse nome o conjunto de palavras com valor e emprego de uma preposição. As principais locuções
prepositivas são constituídas por advérbio ou locução adverbial acrescido da preposição de, a ou com. Confira
algumas das principais locuções prepositivas.

abaixo de de acordo junto a


acerca de debaixo de junto de
acima de de modo a não obstante
a fim de dentro de para com
à frente de diante de por debaixo de
antes de embaixo de por cima de
a respeito de em cima de por dentro de
atrás de em frente de por detrás de
através de em razão de quanto a
com respeito a fora de sem embargo de

— Interjeição
É a palavra invariável ou sintagma que compõem frases que manifestam por parte do emissor do enunciado
uma surpresa, uma hesitação, um susto, uma emoção, um apelo, uma ordem, etc., por parte do emissor do
enunciado. São as chamadas unidades autônomas, que usufruem de independência em relação aos demais
elementos do enunciado. As interjeições podem ser empregadas também para chamar exigir algo ou para cha-
mar a atenção do interlocutor e são unidades cuja forma pode sofrer variações como:
– Locuções interjetivas: são formadas por grupos e palavras que, associadas, assumem o valor de interjei-
ção. Exemplos: “Ai de mim!”, “Minha nossa!” Cruz credo!”.
– Palavras da língua: “Eita!” “Nossa!”
– Sons vocálicos: “Hum?!”, “Ué!”, “Ih…!»

Os tipos de interjeição
De acordo com as reações que expressam, as interjeições podem ser de:

ADMIRAÇÃO “Ah!”, “Oh!”, “Uau!”


ALÍVIO “Ah!, “Ufa!”
ANIMAÇÃO “Coragem!”, “Força!”, “Vamos!”
APELO “Ei!”, “Oh!”, “Psiu!”
APLAUSO “Bravo!”, “Bis!”
DESPEDIDA/SAUDAÇÃO “Alô!”, “Oi!”, “Salve!”, “Tchau!”
DESEJO “Tomara!”
DOR “Ai!”, “Ui!”
DÚVIDA “Hã?!”, “Hein?!”, “Hum?!”
ESPANTO “Eita!”, “Ué!”
IMPACIÊNCIA (FRUSTRA-
“Puxa!”
ÇÃO)
IMPOSIÇÃO “Psiu!”, “Silêncio!”
SATISFAÇÃO “Eba!”, “Oba!”

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SUSPENSÃO “Alto lá!”, “Basta!”, “Chega!”

Vozes verbais: ativa e passiva

São três as vozes verbais: Ativa, Passiva e Reflexão.

Voz ativa: apresenta sujeito agente, que pratica a ação expressa pelo verbo, a qual recai em um termo pa-
ciente (objeto direto).

Exemplo

O professor instruiu os alunos sobre o trabalho.

Voz passiva: apresenta sujeito paciente, que recebe a ação expressa pelo verbo.

Exemplo

A igreja foi construída por escravos no século 16.

Voz reflexiva: o sujeito pratica a ação expressa pelo verbo, a qual recai sobre o próprio sujeito.

Exemplo

O cozinheiro cortou-se com a faca.


A voz reflexiva é sempre construída com o verbo acompanhado de pronome obliquo de pessoa igual à que
o verbo se refere.

Pronomes reflexivos
me: a mim mesmo nos: a nos mesmos
te: a ti mesmo vos: a vos mesmos
se: a si mesmo se: a si mesmos  

Voz reflexiva recíproca


Podem indicar a noção de reciprocidade, ação mutua ou correspondida. Os verbos aparecem no plural e
podem vir reforçados por expressões como “um ao outro”, “reciprocamente”, “mutuamente”.

Exemplo

Os dois abraçavam-se apaixonadamente.

Os pronomes oblíquos nas construções reflexivas e reciprocas funcionam, como objeto direto ou objeto in-
direto, dependendo da regência do verbo.

Exemplos

Objeto direto reflexivo

Eu me feri com o martelo.

Objeto indireto reflexivo

Ela se pôs a chorar copiosamente.

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Objeto direto recíproco

Os torcedores abraçavam-se a cada gol marcado.

Objeto indireto recíproco

Deram-se as mãos e aguardaram o resultado.

Formação da Voz Passiva

Existem dois processos: Analítico e Sintético.

Voz Passiva Analítica: Verbo Ser + particípio (-ado / -ido) do verbo principal.

O jogador será substituído.

O agente da passiva geralmente é acompanhado da preposição por, e às vezes de.

A ilha ficou cercada de pássaros.

Pode acontecer ainda que o agente da passiva não esteja explícito na frase: A loja será inaugurada em
breve.
A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar “ser”, pois o seu particípio é invariável.
Observe:

Ele faz o conserto. (presente do indicativo)

O conserto é feito por ele. (presente do indicativo)


Em frases com locuções verbais, o verbo “ser” assume o mesmo tempo e modo do verbo principal da voz
ativa.

Voz Passiva Sintética: verbo na 3ª pessoa, seguido do pronome apassivador “se”:

Ouviram-se as rajadas de vento.

Vendeu-se a última caixa de produtos.


Geralmente, o agente não vem expresso na voz passiva sintética.

Colocação pronominal

A colocação do pronome átono está relacionada à harmonia da frase. A tendência do português falado no
Brasil é o uso do pronome antes do verbo – próclise. No entanto, há casos em que a norma culta prescreve o
emprego do pronome no meio – mesóclise – ou após o verbo – ênclise.
De acordo com a norma culta, no português escrito não se inicia um período com pronome oblíquo átono.
Assim, se na linguagem falada diz-se “Me encontrei com ele”, já na linguagem escrita, formal, usa-se “Encon-
trei-me’’ com ele.
Sendo a próclise a tendência, é aconselhável que se fixem bem as poucas regras de mesóclise e ênclise.
Assim, sempre que estas não forem obrigatórias, deve-se usar a próclise, a menos que prejudique a eufonia
da frase.

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Próclise
Na próclise, o pronome é colocado antes do verbo.
Palavra de sentido negativo: Não me falou a verdade.
Advérbios sem pausa em relação ao verbo: Aqui te espero pacientemente.
Havendo pausa indicada por vírgula, recomenda-se a ênclise: Ontem, encontrei-o no ponto do ônibus.
Pronomes indefinidos: Ninguém o chamou aqui.
Pronomes demonstrativos: Aquilo lhe desagrada.
Orações interrogativas: Quem lhe disse tal coisa?
Orações optativas (que exprimem desejo), com sujeito anteposto ao verbo: Deus lhe pague, Senhor!
Orações exclamativas: Quanta honra nos dá sua visita!
Orações substantivas, adjetivas e adverbiais, desde que não sejam reduzidas: Percebia que o observavam.
Verbo no gerúndio, regido de preposição em: Em se plantando, tudo dá.
Verbo no infinitivo pessoal precedido de preposição: Seus intentos são para nos prejudicarem.

Ênclise
Na ênclise, o pronome é colocado depois do verbo.
Verbo no início da oração, desde que não esteja no futuro do indicativo: Trago-te flores.
Verbo no imperativo afirmativo: Amigos, digam-me a verdade!
Verbo no gerúndio, desde que não esteja precedido pela preposição em: Saí, deixando-a aflita.
Verbo no infinitivo impessoal regido da preposição a. Com outras preposições é facultativo o emprego de
ênclise ou próclise: Apressei-me a convidá-los.

Mesóclise
Na mesóclise, o pronome é colocado no meio do verbo.
É obrigatória somente com verbos no futuro do presente ou no futuro do pretérito que iniciam a oração.
Dir-lhe-ei toda a verdade.
Far-me-ias um favor?

Se o verbo no futuro vier precedido de pronome reto ou de qualquer outro fator de atração, ocorrerá a pró-
clise.
Eu lhe direi toda a verdade.
Tu me farias um favor?

Colocação do pronome átono nas locuções verbais

Verbo principal no infinitivo ou gerúndio: Se a locução verbal não vier precedida de um fator de próclise, o
pronome átono deverá ficar depois do auxiliar ou depois do verbo principal.
Exemplos:
Devo-lhe dizer a verdade.
Devo dizer-lhe a verdade.
Havendo fator de próclise, o pronome átono deverá ficar antes do auxiliar ou depois do principal.
Exemplos:
Não lhe devo dizer a verdade.

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Não devo dizer-lhe a verdade.

Verbo principal no particípio: Se não houver fator de próclise, o pronome átono ficará depois do auxiliar.
Exemplo: Havia-lhe dito a verdade.
Se houver fator de próclise, o pronome átono ficará antes do auxiliar.
Exemplo: Não lhe havia dito a verdade.

Haver de e ter de + infinitivo: Pronome átono deve ficar depois do infinitivo.


Exemplos:
Hei de dizer-lhe a verdade.
Tenho de dizer-lhe a verdade.
Observação
Não se deve omitir o hífen nas seguintes construções:
Devo-lhe dizer tudo.
Estava-lhe dizendo tudo.
Havia-lhe dito tudo.

Concordância verbal e nominal

Visão Geral: sumariamente, as concordâncias verbal e nominal estudam a sintonia entre os componentes
de uma oração.

– Concordância verbal: refere-se ao verbo relacionado ao sujeito, sendo que o primeiro deve, obrigatoria-
mente, concordar em número (flexão em singular e plural) e pessoa (flexão em 1a, 2a, ou 3a pessoa) com o
segundo. Isto é, ocorre quando o verbo é flexionado para concordar com o sujeito.

– Concordância nominal: corresponde à harmonia em gênero (flexão em masculino e feminino) e número


entre os vários nomes da oração, ocorrendo com maior frequência sobre os substantivos e o adjetivo. Em
outras palavras, refere-se ao substantivo e suas formas relacionadas: adjetivo, numeral, pronome, artigo. Tal
concordância ocorre em gênero e pessoa

Casos específicos de concordância verbal

Concordância verbal com o infinitivo pessoal: existem três situações em que o verbo no infinitivo é flexiona-
do:
I – Quando houver um sujeito definido;
II – Sempre que se quiser determinar o sujeito;
III – Sempre que os sujeitos da primeira e segunda oração forem distintos.
Observe os exemplos:
“Eu pedir para eles fazerem a solicitação.”
“Isto é para nós solicitarmos.”

Concordância verbal com o infinitivo impessoal: não há flexão verbal quando o sujeito não for definido, ou
sempre que o sujeito da segunda oração for igual ao da primeira oração, ou mesmo em locuções verbais, com
verbos preposicionados e com verbos imperativos.

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Exemplos:
“Os membros conseguiram fazer a solicitação.”
“Foram proibidos de realizar o atendimento.”

Concordância verbal com verbos impessoais: nesses casos, verbo ficará sempre em concordância com a 3a
pessoa do singular, tendo em vista que não existe um sujeito.
Observe os casos a seguir:
– Verbos que indicam fenômenos da natureza, como anoitecer, nevar, amanhecer.
Exemplo: “Não chove muito nessa região” ou “Já entardeceu.»
– O verbo haver com sentido de existir. Exemplo: “Havia duas professoras vigiando as crianças.”
– O verbo fazer indicando tempo decorrido. Exemplo: “Faz duas horas que estamos esperando.”

Concordância verbal com o verbo ser: diante dos pronomes tudo, nada, o, isto, isso e aquilo como sujeito,
há concordância verbal com o predicativo do sujeito, podendo o verbo permanecer no singular ou no plural:
– “Tudo que eu desejo é/são férias à beira-mar.”
– “Isto é um exemplo do que o ocorreria.” e “Isto são exemplos do que ocorreria.”

Concordância verbal com pronome relativo quem: o verbo, ou faz concordância com o termo precedente ao
pronome, ou permanece na 3a pessoa do singular:
– “Fui eu quem solicitou.» e “Fomos nós quem solicitou.»

Concordância verbal com pronome relativo que: o verbo concorda com o termo que antecede o pronome:
– “Foi ele que fez.» e “Fui eu que fiz.»
– “Foram eles que fizeram.” e “Fomos nós que fizemos.»

Concordância verbal com a partícula de indeterminação do sujeito se: nesse caso, o verbo cria concordân-
cia com a 3a pessoa do singular sempre que a oração for constituída por verbos intransitivos ou por verbos
transitivos indiretos:
– «Precisa-se de cozinheiro.” e «Precisa-se de cozinheiros.”

Concordância com o elemento apassivador se: aqui, verbo concorda com o objeto direto, que desempenha
a função de sujeito paciente, podendo aparecer no singular ou no plural:
– Aluga-se galpão.” e “Alugam-se galpões.”

Concordância verbal com as expressões a metade, a maioria, a maior parte: preferencialmente, o verbo fará
concordância com a 3° pessoa do singular. Porém, a 3a pessoa do plural também pode ser empregada:
– “A maioria dos alunos entrou” e “A maioria dos alunos entraram.”
– “Grande parte das pessoas entendeu.” e “Grande parte das pessoas entenderam.”

Concordância nominal muitos substantivos: o adjetivo deve concordar em gênero e número com o substan-
tivo mais próximo, mas também concordar com a forma no masculino plural:
– “Casa e galpão alugado.” e “Galpão e casa alugada.”
– “Casa e galpão alugados.” e “Galpão e casa alugados.”

Concordância nominal com pronomes pessoais: o adjetivo concorda em gênero e número com os pronomes
pessoais:
– “Ele é prestativo.” e “Ela é prestativa.”
– “Eles são prestativos.” e “Elas são prestativas.”

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Concordância nominal com adjetivos: sempre que existir dois ou mais adjetivos no singular, o substantivo
permanece no singular, se houver um artigo entre os adjetivos. Se o artigo não aparecer, o substantivo deve
estar no plural:
– “A blusa estampada e a colorida.” e “O casaco felpudo e o xadrez.”
– “As blusas estampada e colorida.” e “Os casacos felpudo e xadrez.”

Concordância nominal com é proibido e é permitido: nessas expressões, o adjetivo flexiona em gênero e
número, sempre que houver um artigo determinando o substantivo. Caso não exista esse artigo, o adjetivo deve
permanecer invariável, no masculino singular:
– “É proibida a circulação de pessoas não identificadas.” e “É proibido circulação de pessoas não identifi-
cadas.”
– “É permitida a entrada de crianças.” e “É permitido entrada de crianças acompanhadas.”

Concordância nominal com menos: a palavra menos permanece é invariável independente da sua atuação,
seja ela advérbio ou adjetivo:
– “Menos pessoas / menos pessoas”.
– “Menos problema /menos problemas.”

Concordância nominal com muito, pouco, bastante, longe, barato, meio e caro: esses termos instauram
concordância em gênero e número com o substantivo quando exercem função de adjetivo:
– “Tomei bastante suco.” e “Comprei bastantes frutas.”
– “A jarra estava meia cheia.” e “O sapato está meio gasto”.
– “Fizemos muito barulho.” e “Compramos muitos presentes.”

Regência verbal e nominal

Visão geral: na Gramática, regência é o nome dado à relação de subordinação entre dois termos. Quando,
em um enunciado ou oração, existe influência de um tempo sobre o outro, identificamos o que se denomina
termo determinante, essa relação entre esses termos denominamos regência.

— Regência Nominal
É a relação entre um nome o seu complemento por meio de uma preposição. Esse nome pode ser um subs-
tantivo, um adjetivo ou um advérbio e será o termo determinante.
O complemento preenche o significado do nome, cujo sentido estaria impreciso ou ambíguo se não fosse
pelo complemento.
Observe os exemplos:
“A nova entrada é acessível a cadeirantes.”
“Eu tenho o sonho de viajar para o nordeste.”
“Ele é perito em investigações como esta.”
Na primeira frase, adjetivo “acessível” exige a preposição a, do contrário, seu sentido ficaria incompleto. O
mesmo ocorre com os substantivos “sonho“ e “perito”, nas segunda e terceira frases, em que os nomes exigem
as preposições de e em para completude de seus sentidos. Veja nas tabelas abaixo quais são os nomes que
regem. Veja nas tabelas abaixo quais são os nomes que regem uma preposição para que seu sentido seja
completo.

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REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO A
acessível a cego a fiel a nocivo a
agradável a cheiro a grato a oposto a
alheio a comum a horror a perpendicular a
análogo a contrário a idêntico a posterior a
anterior a desatento a inacessível a prestes a
equivalente
apto a indiferente a surdo a
a
atento a estranho a inerente a visível a
avesso a favorável a necessário a

REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO POR


admiração por devoção por responsável por
ansioso por respeito por

REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO DE


amante sedento
cobiçoso de digno de inimigo de natural de
de de
amigo contemporâneo obrigação seguro
dotado de livre de
de de de de
orgulhoso sonho
ávido de desejoso de fácil de longe de
de de
capaz impossível passível
diferente de louco de
de de de
incapaz possível
cheio de difícil de maior de
de de

REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO EM


doutor em hábil em interesse em negligente em primeiro em
incessante
exato em lento em parco em versado em
em
firme em indeciso em morador em perito em

REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO PARA


apto para essencial para mau para
bastante para impróprio para pronto para
bom para inútil para próprio para

REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO COM


amoroso com compatível com descontente com intolerante com
aparentado com cruel com furioso com liberal com
caritativo com cuidadoso com impaciente com solícito com

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— Regência Verbal
Os verbos são os termos regentes, enquanto os objetos (direto e indireto) e adjuntos adverbiais são os ter-
mos regidos. Um verbo possui a mesma regência do nome do qual deriva.
Observe as duas frases:
I – “Eles irão ao evento.” O verbo ir requer a preposição a (quem vai, vai a algum lugar), e isso o classifica
como verbo transitivo direto; “ao evento” são os termos regidos pelo verbo, isto é, constituem seu complemento.  
II – “Ela mora em região pantanosa.” O verbo morar exige a preposição em (quem mora mora em algum
lugar), portanto, é verbo transitivo indireto.  

REGE
No sentido de / pela
VERBO EXEMPLO
transitividade
PREPOSIÇÃO?
ajudar, dar assistência NÃO “Por favor, assista o time.”
ver SIM “Você assistiu ao jogo?”
Assistir
“Assiste aos cidadãos o direito de protes-
pertencer SIM tar.”
valor, preço NÃO “Esse imóvel custa caro.”
Custar desafio, dano, peso SIM “Dizer a verdade custou a ela.”
moral
fundamento / verbo NÃO “Isso não procede.”
instransitivo
Proceder
“Essa conclusão procede de muito vivên-
origem SIM cia.”
finalidade, objetivo SIM “Visando à garantia dos direitos.”
Visar
avistar, enxergar NÃO “O vigia logo visou o suspeito.”
desejo NÃO “Queremos sair cedo.”
Querer
estima SIM “Quero muito aos meus sogros.”
pretensão SIM “Aspiro a ascensão política.”
Aspirar absorção ou respira- NÃO “Evite aspirar fumaça.”
ção
consequência / verbo “A sua solicitação implicará alteração do
NÃO
Implicar transitivo direto meu trajeto.”
insistência, birra SIM “Ele implicou com o cachorro.”
convocação NÃO “Chame todos!”
“Chamo a Talita de Tatá.”
Chamar Rege complemen- “Chamo Talita de Tatá.”
apelido to, com e sem pre-
posição “Chamo a Talita Tatá.”
“Chamo Talita Tatá.”
o que se paga NÃO “Paguei o aluguel.”
Pagar
a quem se paga SIM “Pague ao credor.”
quem chega, chega
Chegar a algum lugar / verbo SIM “Quando chegar ao local, espere.”
transitivo indireto
quem obedece a algo
Obedecer / alguém / transitivo SIM “Obedeçam às regras.”
indireto
Esquecer verbo transitivo direito NÃO “Esqueci as alianças.”

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... exige um com-
verbo transitivo direito plemento sem e
Informar “Informe o ocorrido ao gerente.”
e indireto, portanto... outro com preposi-
ção
quem vai vai a algum
Ir lugar / verbo transitivo SIM “Vamos ao teatro.”
indireto
Quem mora em algum “Eles moram no interior.”
Morar lugar (verbo transitivo SIM
indireto) (Preposição “em” + artigo “o”).
verbo transitivio di-
Namorar NÃO “Júlio quer namorar Maria.”
reito
verbo bi transitivo (di-
Preferir SIM “Prefira assados a frituras.”
reto e indireto)
quem simpatiza sim-
patiza com algo/ al-
Simpatizar SIM “Simpatizei-me com todos.”
guém/ verbo transitivo
indireto

Crase

Definição: na gramática grega, o termo quer dizer “mistura “ou “contração”, e ocorre entre duas vogais, uma
final e outra inicial, em palavras unidas pelo sentido. Basicamente, desse modo: a (preposição) + a (artigo femi-
nino) = aa à; a (preposição) + aquela (pronome demonstrativo feminino) = àquela; a (preposição) + aquilo (pro-
nome demonstrativo feminino) = àquilo. Por ser a junção das vogais, a crase, como regra geral, ocorre diante
de palavras femininas, sendo a única exceção os pronomes demonstrativos aquilo e aquele, que recebem a
crase por terem “a” como sua vogal inicial. Crase não é o nome do acento, mas indicação do fenômeno de união
representado pelo acento grave.
A crase pode ser a contração da preposição a com:
– O artigo feminino definido a/as: “Foi à escola, mas não assistiu às aulas.”
– O pronome demonstrativo a/as: “Vá à paróquia central.”
– Os pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo: “Retorne àquele mesmo local.”
– O a dos pronomes relativos a qual e as quais: “São pessoas às quais devemos o maior respeito e consi-
deração”.

Perceba que a incidência da crase está sujeita à presença de duas vogais a (preposição + artigo ou prepo-
sição + pronome) na construção sintática.

Técnicas para o emprego da crase


1 – Troque o termo feminino por um masculino, de classe semelhante. Se a combinação ao aparecer, ocor-
rerá crase diante da palavra feminina.
Exemplos:
“Não conseguimos chegar ao hospital / à clínica.”
“Preferiu a fruta ao sorvete / à torta.”
“Comprei o carro / a moto.”
“Irei ao evento / à festa.”

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2 – Troque verbos que expressem a noção de movimento (ir, vir, chegar, voltar, etc.) pelo verbo voltar. Se
aparecer a preposição da, ocorrerá crase; caso apareça a preposição de, o acento grave não deve ser empre-
gado.
Exemplos:
“Vou a São Paulo. / Voltei de São Paulo.”
“Vou à festa dos Silva. / Voltei da Silva.”
“Voltarei a Roma e à Itália. / Voltarei de Roma e da Itália.”
3 – Troque o termo regente da preposição a por um que estabeleça a preposição por, em ou de. Caso essas
preposições não se façam contração com o artigo, isto é, não apareçam as formas pela(s), na(s) ou da(s), a
crase não ocorrerá.
Exemplos:
“Começou a estudar (sem crase) – Optou por estudar / Gosta de estudar / Insiste em estudar.”
“Refiro-me à sua filha (com crase) – Apaixonei-me pela sua filha / Gosto da sua filha / Votarei na sua filha.”
“Refiro-me a você. (sem crase) – Apaixonei-me por você / Gosto de você / Penso em você.”
4 – Tratando-se de locuções, isto é, grupo de palavras que expressam uma única ideia, a crase somente
deve ser empregada se a locução for iniciada por preposição e essa locução tiver como núcleo uma palavra
feminina, ocorrerá crase.
Exemplos:
“Tudo às avessas.”
“Barcos à deriva.”
5 – Outros casos envolvendo locuções e crase:
Na locução «à moda de”, pode estar implícita a expressão “moda de”, ficando somente o à explícito.
Exemplos:
“Arroz à (moda) grega.”
“Bife à (moda) parmegiana.”
Nas locuções relativas a horários, ocorra crase apenas no caso de horas especificadas e definidas: Exem-
plos:
“À uma hora.”
“Às cinco e quinze”.

Sinônimos, antônimos e parônimos. Sentido próprio e figurado das palavras

Visão Geral: o significado das palavras é objeto de estudo da semântica, a área da gramática que se dedica
ao sentido das palavras e também às relações de sentido estabelecidas entre elas.

Denotação e conotação
Denotação corresponde ao sentido literal e objetivo das palavras, enquanto a conotação diz respeito ao
sentido figurado das palavras. Exemplos:
“O gato é um animal doméstico.”
“Meu vizinho é um gato.”

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No primeiro exemplo, a palavra gato foi usada no seu verdadeiro sentido, indicando uma espécie real de
animal. Na segunda frase, a palavra gato faz referência ao aspecto físico do vizinho, uma forma de dizer que
ele é tão bonito quanto o bichano.

Hiperonímia e hiponímia
Dizem respeito à hierarquia de significado. Um hiperônimo, palavra superior com um sentido mais abran-
gente, engloba um hipônimo, palavra inferior com sentido mais restrito.
Exemplos:
– Hiperônimo: mamífero: – hipônimos: cavalo, baleia.
– Hiperônimo: jogo – hipônimos: xadrez, baralho.

Polissemia e monossemia
A polissemia diz respeito ao potencial de uma palavra apresentar uma multiplicidade de significados, de
acordo com o contexto em que ocorre. A monossemia indica que determinadas palavras apresentam apenas
um significado. Exemplos:
– “Língua”, é uma palavra polissêmica, pois pode por um idioma ou um órgão do corpo, dependendo do
contexto em que é inserida.
– A palavra “decalitro” significa medida de dez litros, e não tem outro significado, por isso é uma palavra
monossêmica.

Sinonímia e antonímia
A sinonímia diz respeito à capacidade das palavras serem semelhantes em significado. Já antonímia se
refere aos significados opostos. Desse modo, por meio dessas duas relações, as palavras expressam proximi-
dade e contrariedade.
Exemplos de palavras sinônimas: morrer = falecer; rápido = veloz.
Exemplos de palavras antônimas: morrer x nascer; pontual x atrasado.

Homonímia e paronímia
A homonímia diz respeito à propriedade das palavras apresentarem: semelhanças sonoras e gráficas, mas
distinção de sentido (palavras homônimas), semelhanças homófonas, mas distinção gráfica e de sentido (pala-
vras homófonas) semelhanças gráficas, mas distinção sonora e de sentido (palavras homógrafas). A paronímia
se refere a palavras que são escritas e pronunciadas de forma parecida, mas que apresentam significados
diferentes. Veja os exemplos:
– Palavras homônimas: caminho (itinerário) e caminho (verbo caminhar); morro (monte) e morro (verbo
morrer).
– Palavras homófonas: apressar (tornar mais rápido) e apreçar (definir o preço); arrochar (apertar com força)
e arroxar (tornar roxo).
– Palavras homógrafas: apoio (suporte) e apoio (verbo apoiar); boto (golfinho) e boto (verbo botar); choro
(pranto) e choro (verbo chorar) .
– Palavras parônimas: apóstrofe (figura de linguagem) e apóstrofo (sinal gráfico), comprimento (tamanho) e
cumprimento (saudação).

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Exercícios

1. CEBRASPE/CESPE – 2021 – ESPECIALISTA FEDERAL EM ASSISTÊNCIA À EXECUÇÃO PENAL  


No dia 31 de outubro de 1861, depois de um conturbado processo de construção, que durou cerca de três
décadas, a Bahia inaugurou a sua primeira penitenciária, que recebeu oficialmente o nome de Casa de Prisão
com Trabalho. A instituição foi construída numa área pantanosa, na periferia da cidade de Salvador.
A implantação da penitenciária fazia parte do projeto civilizador oitocentista, e o Brasil acompanhava uma
tendência mundial de modernização do sistema prisional, que teve início na Inglaterra e nos Estados Unidos
no final do século XVIII. As execuções e as torturas em praças públicas, utilizadas para atemorizar a quem
estivesse planejando novos crimes, foram, gradativamente, abandonadas. Entrava em cena a penalidade mo-
derna, que planejava privar o criminoso do seu bem maior — a sua liberdade —, internando-o numa instituição
construída especificamente para recuperá-lo, que recebeu o nome de penitenciária. O seu funcionamento era
regido por normas que seriam aplicadas de acordo com o modelo penitenciário escolhido pelas autoridades,
mas utilizavam-se elementos como o trabalho, a religião, a disciplina, o uso de uniformes e, sobretudo, o isola-
mento como métodos de punição e recuperação.
Dessa forma, esperava-se criar um “novo homem”, que seria devolvido à sociedade com todos os atributos
necessários à convivência social, principalmente para o trabalho. Foi com essa expectativa que os reformado-
res baianos implantaram a Casa de Prisão com Trabalho.

Cláudia Moraes Trindade. O nascimento de uma penitenciária:


os primeiros presos da Casa de Prisão com Trabalho da Bahia (1860-1865). In: Tempo, Niterói, v. 16, n. 30,
p. 167-196, 2011 (com adaptações).
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item que se segue.
Com o uso do artigo definido na contração “do” em “do projeto civilizador oitocentista” (no início do segundo
parágrafo), pressupõe-se que a autora parte do princípio de que os leitores tenham conhecimento prévio acerca
desse projeto.
( ) CERTO
( ) ERRADO

Resposta correta: CERTO


A utilização do artigo definido na contração “do” em “do projeto civilizador oitocentista” no início do segundo
parágrafo pressupõe que a autora assume que os leitores possuam conhecimento prévio sobre esse projeto. A
autora não explana detalhes sobre o projeto nesse fragmento específico, mas utiliza o artigo definido “o”, con-
ferindo um sentido específico à expressão “projeto civilizador oitocentista”.
Isso ocorre porque a autora já abordou esse projeto em uma parte anterior do texto, pressupondo que o
leitor já tenha recebido informações a respeito. Dessa forma, nesse ponto do texto, a expressão assume um
sentido específico.
Portanto, o uso do artigo definido está correto, pois o leitor já possui conhecimento prévio sobre o projeto
mencionado. Caso o artigo indefinido fosse utilizado (“um projeto civilizador oitocentista”), a expressão teria
um sentido genérico, indicando que o projeto seria posteriormente explicado pela autora. O artigo indefinido
indicaria que, nesse ponto do texto, o projeto ainda não era conhecido pelo leitor, sendo apenas “um projeto
qualquer”, indefinido, pois o leitor ainda não teria informações sobre o assunto.

2. FGV - 2021 - AGENTE DE POLÍCIA CIVIL (RN)


A frase abaixo em que há ERRO no emprego ou na ausência do artigo definido é:
(A) Não importa se o gato é preto ou branco, desde que ele pegue os ratos.

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(B) As grandes ideias sempre encontram os homens que as procuram.
(C) As ideias concordam bem mais entre si do que os homens;
(D) Todo o dia em que se trabalha é um dia perdido;
(E) A virtude premeditada é a virtude do vício.

Resposta correta: D
A frase que contém um erro no emprego ou na ausência do artigo definido é a alternativa D: “Todo o dia em
que se trabalha é um dia perdido.” O artigo definido “o” deveria ser utilizado antes da palavra “dia” para indicar
um dia específico em que se trabalha, tornando a frase correta: “Todo o dia em que se trabalha é um dia perdi-
do.” Nas demais alternativas, o emprego do artigo definido está adequado: (A) “o gato”, (B) “as grandes ideias”,
(C) “as ideias”, (E) “a virtude premeditada”

3.. FGV - 2023 - CABO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO


Atenção: o texto a seguir refere-se próxima questão.

“Dessa forma, são apresentados os aspectos que envolvem esse serviço público, como o trabalho da polícia
e o sistema das prisões. Além disso, é evidenciada a política brasileira que se torna um empecilho à garantia
de uma sociedade mais segura. É importante ressaltar que nesse trabalho será evidenciada a violência que
tem como praticantes agentes que delinquem reiteradamente e que são réus de diversos processos penais.”

Assinale a opção que mostra vocábulos que são acentuados em função da mesma regra de acentuação
gráfica.
(A) público / política.
(B) polícia / será.
(C) além / réus.
(D) é / à.

Resposta correta: A
Questão sobre acentuação. Precisamos assinalar a alternativa em que as duas palavras sejam acentuadas
devido à mesma regra.
Assinale a opção que mostra vocábulos que são acentuados em função da mesma regra de acentuação
gráfica.
a)  público / política. - CERTO
De cara, encontramos nossa resposta correta. Ambas as palavras são acentuadas porque são proparoxí-
tonas. Como vocês sabem, todas as proparoxítonas são acentuadas. Vamos fazer a separação silábica das
palavras:
pú.bli.co
po.lí.ti.ca
Logo, correta é a letra A. As demais alternativas estão erradas.

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4. CEBRASPE (CESPE) - 2023 - SOLDADO (CBM TO)
  
Texto 2A1-I
As cidades são como os seres humanos: têm um corpo e têm uma alma. Talvez muitas almas, porque o
corpo é um albergue onde moram muitas almas, todas diferentes em ideias e sentimentos, todas com a mesma
cara. O corpo das cidades são as ruas, as praças, os carros, as lojas, os bancos, os escritórios, as fábricas,
as coisas materiais. A alma, ao contrário, são os pensamentos e os sentimentos dos que nela moram. Há cor-
pos perfeitos com almas feias e são como um violino Stradivarius em mãos de quem não gosta de música e
não sabe tocar. Mas pode acontecer o contrário: um corpo tosco com alma bonita. Aí é como acontecia com
as rabecas do querido Gramanni. Rabecas são violinos rústicos fabricados por artesãos desconhecidos. Mas
o Gramanni era capaz de tocar Bach nas suas rabecas... O mesmo vale para as cidades: cidades bonitas por
fora e com almas feias, cidades rústicas por fora com almas bonitas. Onde se podem encontrar as almas das
cidades? Eu as encontro bonitas nas feiras, nas bancas de legumes e frutas, no mercadão, no sacolão. Esses
são lugares onde acontecem reencontros felizes. Também na feira de artesanato, nos jardins onde há crianças,
nos concertos... Mas elas aparecem assustadoras nas torcidas de futebol e no tráfego... Ah, o tráfego! É nele
que a alma da cidade aparece mais nua. Pensei nisso na semana que passei em Portugal. Lembrei-me que há
lugares onde os motoristas sabem que o pedestre tem sempre a preferência. Eles param para que o pedestre
passe. Um amigo me contou de sua experiência em Munique: desceu da calçada, pôs os pés no asfalto e, para
seu espanto, viu que todos os carros pararam para que ele atravessasse a rua. Sempre que paro meu carro
para que o pedestre passe, percebo a surpresa no seu rosto. Não acredita. É preciso que eu faça um gesto com
a mão para que ele se atreva.
Não é incomum ver um motorista acelerar o carro ao ver um pedestre atravessando a rua. Disseram-me
que existe mesmo um video game cuja sensação está em atropelar os pedestres. As cidades voltarão a ser
bonitas quando os motoristas compreenderem que o natural é andar a pé. Os pedestres devem ter sempre a
preferência.
Rubem Alves. Cidades. In: Ostra feliz não faz pérola. São Paulo:
Editora Planeta do Brasil, 2008 (com adaptações).

No texto 2A1-I, o acento gráfico é o que simboliza a flexão de plural na palavra


(A) “têm”, em “têm um corpo e têm uma alma”.
(B) “pôs”, em “pôs os pés no asfalto”.
(C) “Há”, em “Há corpos perfeitos com almas feias”.
(D) “artesãos”, em “violinos rústicos fabricados por artesãos desconhecidos”.

Resposta correta: A
No texto 2A1-I, o acento gráfico que simboliza a flexão de plural está presente na palavra “têm”, em “têm um
corpo e têm uma alma”. O acento circunflexo na vogal “ê” indica que a forma verbal está flexionada no plural,
concordando com o sujeito plural “as cidades” e indicando a ação de ter um corpo e ter uma alma. Portanto, a
alternativa correta é a letra A. Nas demais alternativas, não há acento gráfico que indique a flexão de plural: (B)
“pôs” é uma forma do passado simples na terceira pessoa do singular, (C) “Há” é uma forma verbal do presente
do indicativo na terceira pessoa do singular e (D) “artesãos” é uma palavra que já é plural por natureza.

5. CEBRASPE (CESPE) - 2022 - AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS (PREF PIRES DO RIO)/ASSISTÊNCIA


SOCIAL

O trabalho diário exige uma boa saúde emocional. O equilíbrio das emoções é necessário para que a pes-
soa possa garantir bons resultados no desenvolvimento de qualquer atividade. A autoestima é tão importante
quanto o currículo. Ela influencia o bom desempenho e pode comprometer ou alavancar a produtividade, por

Apostila gerada especialmente para: Secretaria Linda 066.342.559-03


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isso deve ser incentivada dentro e fora da empresa por meio de práticas que promovam a saúde, a motivação
e a satisfação pessoal. Os sinais mais comuns da falta de autoestima no ambiente profissional são o pessimis-
mo, a incapacidade de emitir opiniões, o isolamento social, a falta de fé em si mesmo, o medo de desafios, a
sensação de fracasso, a tendência à procrastinação e a dificuldade de reconhecer os próprios erros.
Internet: <www.servimet.com.br> (com adaptações).

Em relação às ideias e a aspectos linguísticos desse texto, julgue o seguinte item.


As palavras “diário” e “saúde” são acentuadas graficamente de acordo com a mesma regra de acentuação
gráfica.
( ) CERTO
( ) ERRADO

Resposta correta: ERRADO


No texto apresentado, é afirmado que as palavras “diário” e “saúde” são acentuadas graficamente de acordo
com a mesma regra de acentuação gráfica. No entanto, essa afirmação está incorreta.
A palavra “diário” é acentuada na letra “i” de acordo com a regra de acentuação das palavras paroxítonas
terminadas em ditongo crescente “ia” (ex.: dia, melodia). Já a palavra “saúde” é acentuada na letra “u” de acor-
do com a regra de acentuação das palavras oxítonas terminadas em “u” (ex.: baú, céu).
Portanto, as palavras “diário” e “saúde” são acentuadas de acordo com regras diferentes de acentuação
gráfica. Sendo assim, o item é classificado como ERRADO.

6. CEBRASPE (CESPE) - 2023 - ANALISTA DE PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO (SEPLAN RR)/PLANE-


JAMENTO E ORÇAMENTO
  
Texto CB1A1
A governabilidade refere-se à capacidade política de governar, que deriva da relação de legitimidade do Estado
e do seu governo com a sociedade. Está presente quando a população legitima o exercício do poder pelo Estado. A
legitimidade, nesse contexto, deve ser entendida como a aceitação do poder do governo ou do Estado pela sociedade.
Nesse sentido, os cidadãos e a cidadania organizada são a fonte ou a origem principal da governabilidade, ou
seja, é a partir deles (e de sua capacidade de articulação em partidos, associações e demais instituições repre-
sentativas) que surgem e se desenvolvem as condições para a governabilidade plena.
Vinculada à dimensão estatal, governabilidade diz respeito às condições sistêmicas e institucionais
sob as quais se dá o exercício do poder, tais como as características do sistema político, a forma de go-
verno, as relações entre os poderes, o sistema de intermediação de interesses. Representa, assim, um
conjunto de atributos essenciais ao exercício do governo, sem os quais nenhum poder pode ser exercido.
Há três dimensões inerentes ao conceito de governabilidade: capacidade do governo de identificar problemas
críticos e de formular políticas adequadas ao enfrentamento desses problemas, capacidade de mobilizar meios
e recursos necessários à execução e à implantação das políticas públicas e capacidade de liderança do Estado,
sem a qual as decisões se tornam ineficientes. A governabilidade, então, significa que o governo deve tomar de-
cisões amparadas em um processo que inclua a participação dos diversos setores da sociedade, dos poderes
constituídos, das instituições públicas e privadas e dos segmentos representativos da sociedade, para garantir
que as escolhas atendam aos anseios da sociedade e contem com seu apoio na implementação de programas
e projetos e na fiscalização dos serviços públicos.
Sob esse enfoque, significa a participação dos diversos setores da sociedade nos processos decisórios que
dizem respeito às ações do poder público, uma vez que incorpora a articulação do aparelho estatal ao sistema
político de uma sociedade, ampliando o leque possível e indispensável à legitimidade e ao suporte das ações
governamentais em busca de sua eficácia.

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Em resumo, governabilidade refere-se às condições do ambiente político em que se efetivam ou se devem
efetivar as ações da administração, à base de legitimidade dos governos, à credibilidade e à imagem públicas
da burocracia. Desse modo, o desafio da governabilidade consiste em conciliar os muitos interesses desses
atores (na maioria, divergentes) e reuni-los em um objetivo comum (ou em vários objetivos comuns) a ser per-
seguido por todos. Assim, a capacidade de articular-se em alianças políticas e pactos sociais constitui-se em
fator crítico para a viabilização dos objetivos do Estado. Essa tentativa de articulação que a governabilidade
procura é uma forma de intermediação de interesses.

Thiago Antunes da Silva.


Conceitos e evolução da administração pública: o desenvolvimento do papel administrativo, 2017. Internet:
<www.online.unisc.br> (com adaptações).

Acerca das ideias do texto CB1A1, julgue o item que se segue.


O texto é uma descrição dos aspectos relacionados à capacidade política de governar o Estado com mão
forte.
( ) CERTO
( ) ERRADO

6. Resposta correta: ERRADO


Precisamos julgar o item seguinte:
– O texto é uma descrição dos aspectos relacionados à capacidade política de governar o Estado com mão
forte.
O texto descritivo retrata um objeto, um lugar, uma pessoa, etc. É um texto normalmente marcado pelo uso
de muitos adjetivos, pois consiste numa descrição detalhada que faz o leitor imaginar o que é descrito, como
se estivesse vendo uma fotografia. Os textos puramente descritivos são mais raros em provas de concurso.
O mais comum é que a descrição esteja inserida em outros tipos textuais, como numa narração, por exemplo.
O texto em análise não é descritivo, mas predominantemente expositivo, pois apresenta informações e ex-
plicações sobre o conceito de governabilidade (capacidade política de governar). O texto dissertativo-expositivo
trata de um tema determinado, analisando-o, explicando-o, interpretando-o. É marcado pelo uso da linguagem
denotativa, objetividade e impessoalidade. Normalmente possui introdução, desenvolvimento e conclusão. É
importante ter em mente que um texto expositivo tem como objetivo a explicação daquele tema. Não existe a
intenção de convencer o leitor, não há uma tese sendo defendida nesse tipo textual. O autor não inclui suas
opiniões a respeito do tema (impessoalidade).
Assim, item ERRADO.

7. FGV - 2023 - AUDITOR DO ESTADO (CGE SC)/ADMINISTRAÇÃO


  
Observe o seguinte texto:
“A auditoria ambiental é uma ferramenta de gestão ambiental definida pela norma NBR ISO 14.010 como
um “processo sistemático e documentado de verificação, executado para obter e avaliar, de forma objetiva,
evidências de auditoria para determinar se as atividades, eventos, sistemas de gestão e condições ambientais
específicos ou as informações relacionadas a estes estão em conformidade com os critérios de auditoria e
para comunicar os resultados deste processo ao cliente”. Assim, é considerado um procedimento realizado por
profissionais técnicos ou empresas terceirizadas, gerido por um auditor líder e executado por uma equipe pre-
parada, visando avaliar o desempenho e o comprometimento ambiental de empresas e indústrias.” (Auditoria
ambiental – M.C.R.Manzano)
O texto começa por uma definição do que é “auditoria ambiental”.

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Assinale a afirmação incorreta sobre a forma dessa definição.
(A) Uma definição se inicia sempre por um vocábulo de conteúdo geral que, nesse caso, é “ferramenta”.
(B) Após o termo geral, há uma especificação de seu significado que, nesse caso, é “de gestão ambiental”.
(C) Dentro da definição inicial ocorre a presença de uma segunda definição mais específica do termo inicial.
(D) A indicação da norma legal tem a função de garantir a existência desse tipo de auditoria.
(E) Após o texto da segunda definição, há uma maior explicitação dos termos da definição legal.

Resposta correta: D
No texto apresentado, é feita uma definição da “auditoria ambiental” e o objetivo é identificar a afirmação
incorreta sobre a forma dessa definição. Vamos analisar cada alternativa:
(A) Uma definição se inicia sempre por um vocábulo de conteúdo geral que, nesse caso, é “ferramenta”.
Essa afirmação está correta. Nas definições, é comum começar com um termo mais geral que englobe o
conceito a ser definido.
(B) Após o termo geral, há uma especificação de seu significado que, nesse caso, é “de gestão ambiental”.
Essa afirmação está correta. Após o termo mais geral, é comum fornecer uma especificação que delimita o
significado do conceito.
(C) Dentro da definição inicial ocorre a presença de uma segunda definição mais específica do termo inicial.
Essa afirmação está correta. No texto, há uma segunda definição mais específica que se relaciona com a
primeira definição apresentada.
(D) A indicação da norma legal tem a função de garantir a existência desse tipo de auditoria.
Essa afirmação está correta. A menção à norma NBR ISO 14.010 tem o propósito de fornecer um respaldo
legal e estabelecer critérios para a realização da auditoria ambiental.
(E) Após o texto da segunda definição, há uma maior explicitação dos termos da definição legal.
Essa afirmação está correta. Após a definição inicial e a definição mais específica, o texto prossegue com
uma explicação mais detalhada dos termos e critérios presentes na definição legal.
Portanto, todas as afirmações são corretas, exceto a opção (D), que indica que a indicação da norma legal
tem a função de garantir a existência desse tipo de auditoria. A norma NBR ISO 14.010 não tem a função de
garantir a existência da auditoria ambiental, mas sim estabelecer diretrizes e critérios para a realização dessa
auditoria. Sendo assim, a afirmação (D) é a incorreta.

8. FCC - 2023 - TÉCNICO JUDICIÁRIO (TRT 18ª REGIÃO)/ADMINISTRATIVA/AGENTE DE POLICIA JU-


DICIAL
Atenção: Leia o trecho do romance “Esaú e Jacó”, de Machado de Assis, para responder à questão.
Visões e reminiscências iam assim comendo o tempo e o espaço ao conselheiro Aires, a ponto de lhe fa-
zerem esquecer o pedido de Natividade; mas não o esqueceu de todo, e as palavras trocadas há pouco sur-
diam-lhe das pedras da rua. Considerou que não perdia muito em estudar os rapazes. Chegou a apanhar uma
hipótese, espécie de andorinha, que avoaça entre árvores, abaixo e acima, pousa aqui, pousa ali, arranca de
novo um surto e toda se despeja em movimentos. Tal foi a hipótese vaga e colorida, a saber, que se os gêmeos
tivessem nascido dele talvez não divergissem tanto nem nada, graças ao equilíbrio do seu espírito. A alma do
velho entrou a ramalhar não sei que desejos retrospectivos, e a rever essa hipótese, ele pai, estes meninos
seus, toda a andorinha que se dispersava num farfalhar calado de gestos.

(Adaptado de: ASSIS, Machado de. Esaú e Jacó. São Paulo: Companhia das Letras, 2012)

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Um vocábulo também pode ser formado quando passa de uma classe gramatical a outra, sem a modifica-
ção de sua forma. É o que se denomina derivação imprópria. Constitui exemplo de derivação imprópria o termo
sublinhado em:
(A) “andorinha que se dispersava num farfalhar calado de gestos”.
(B) “a ponto de lhe fazerem esquecer o pedido de Natividade”.
(C) “Considerou que não perdia muito em estudar os rapazes”.
(D) “Chegou a apanhar uma hipótese”.
(E) “A alma do velho entrou a ramalhar não sei que desejos retrospectivos”.

Resposta correta: A
Precisamos indicar o termo destacado formado por derivação imprópria, na qual não há uma modificação
na estrutura da palavra, mas apenas uma mudança de classe gramatical. Ex: O cantar dos pássaros me fas-
cina. (originalmente um verbo, mas aqui foi empregado como substantivo, antecedido pelo artigo definido “o”)
Vamos às alternativas?
a)  “andorinha que se dispersava num farfalhar calado de gestos”.
Há derivação imprópria. O termo em negrito é originalmente um verbo, mas foi empregado como substanti-
vo, antecedido do artigo indefinido “um” (preposição em + artigo um = num).
b)  “a ponto de lhe fazerem esquecer o pedido de Natividade”.
Não há derivação imprópria. O termo é de fato um verbo. Não há elementos substantivando essa forma
verbal.
c)  “Considerou que não perdia muito em estudar os rapazes”.
Não há derivação imprópria. O termo é de fato um verbo. Não há elementos substantivando essa forma
verbal.
d)  “Chegou a apanhar uma hipótese”.
Não há derivação imprópria. O termo é realmente um verbo e integra a locução verbal
“Chegou a apanhar”. Vale destacar que o “a” é uma preposição, e não um artigo.
e)  “A alma do velho entrou a ramalhar não sei que desejos retrospectivos”.
Não há derivação imprópria. O termo é realmente um verbo e integra a locução verbal “entrou a ramalhar”.
Vale destacar que o “a” é uma preposição, e não um artigo.
Considerando o contexto, o verbo “ramalhar” significa “murmurar”.

9. FGV – BANCO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO – ANALISTA ECONÔMICO FINANCEIRO - CONTA-


BILIDADE – 2023
AsmarcasdetextualidadecitadasnoprogramadeLínguaPortuguesasãoacoesão,acoerênciaeaintertextualidade.
Observe a seguinte declaração do apresentador Faustão:
“Esse negócio de sucesso é bonito, mas você não vive em função disso. O cemitério está cheio de caras de
sucesso. Quero uma vida mais simples do que um copo d’água”.
Assinale a opção que exemplifica intertextualidade.
(A) Esse negócio de sucesso é bonito.
(B) ...mas você não vive em função disso.
(C) O cemitério está cheio de caras de sucesso.
(D) Quero uma vida mais simples...
(E) ...mais simples do que um copo d’água.

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Resposta correta: C

Comentário: Em “a”: Errado – Aqui há apenas uma afirmação, sem a presença de intertextos.
Em “b”: Errado – Há apenas uma ideia contraditória acrescentada.
Em “c”: Certo – Como se tem a alusão com o seguinte ditado popular: “de boas intenções, o inferno está
cheio”, o autor provavelmente se valeu desse ditado para criar o seu posicionamento em relação ao sucesso.
Em “d”: Errado – Aqui não há menção a outros textos.
Em “e”: Errado – Aqui há apenas uma comparação.
Resposta: Letra C.

10. FGV – MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO – OFICIAL DE PROMOTORIA – 2023
Assinale a frase abaixo que mostra intertextualidade na alusão a outro texto bastante conhecido.
(A) A sociedade hípica está sofrendo de obsolescência galopante.
(B) O céu é o pão de cada dia dos olhos.
(C) Mesmo quando uma ave anda, sente que tem asas.
(D) É impossível ensinar um gato a não pegar passarinhos.
(E) Sirvo-me de animais para instruir os homens

Resposta correta: B

Comentário: Em “a”: Errado  – Se há intertextualidade na frase, o texto certamente não é bem conhecido.
Em “b”: Certo – Faz alusão à célebre oração do Pai Nosso: “o pão nosso de cada dia...”.
Em “c”: Errado – Poderia fazer alusão a algum ditado popular, mas não é o que acontece.
Em “d”: Errado – Também não faz alusão a outra passagem marcadamente bem conhecida.
Em “e”: Errado – Não estabelece relação com outros textos marcadamente bem conhecidos.

11. FGV - 2023 - PROFESSOR (PREF SP)/ENSINO FUNDAMENTAL II E MÉDIO/ARTE  


As questões notacionais da Língua Portuguesa se referem, entre outras coisas, a palavras e expressões
que frequentemente provocam dúvidas em relação à sua ortografia.
A esse respeito, assinale a opção ortograficamente correta.
(A) A cerca de vinte carros enguiçados na avenida.
(B) Os livros foram vendidos há cerca de dez semanas.
(C) Os clientes esperaram o médico a cerca de duas horas.
(D) O padre falou por horas há cerca do pecado original.
(E) Os policiais estavam acerca de cem metros do assaltante.

Resposta correta: B
No contexto da questão, é abordada a questão da ortografia em relação a palavras e expressões que fre-
quentemente geram dúvidas. Vamos analisar cada alternativa e identificar a opção ortograficamente correta:
(A) A cerca de vinte carros enguiçados na avenida.
Essa opção está incorreta. A forma correta seria “Cerca de vinte carros enguiçados na avenida.”
(B) Os livros foram vendidos há cerca de dez semanas.

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Essa opção está correta. A expressão “há cerca de” é utilizada para indicar uma estimativa de tempo pas-
sado.
(C) Os clientes esperaram o médico a cerca de duas horas.
Essa opção está correta. A expressão “a cerca de” é utilizada para indicar uma aproximação ou estimativa
de quantidade.
(D) O padre falou por horas há cerca do pecado original.
Essa opção está incorreta. A forma correta seria “O padre falou por horas acerca do pecado original.”
(E) Os policiais estavam acerca de cem metros do assaltante.
Essa opção está incorreta. A forma correta seria “Os policiais estavam a cerca de cem metros do assaltante.”
Portanto, a opção ortograficamente correta é a letra (B): “Os livros foram vendidos há cerca de dez sema-
nas.”

12. FGV - 2023 - CABO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO


Problemas da segurança pública

“Esse trabalho científico se destina a realizar uma análise sobre a situação da segurança pública do Brasil,
enfatizando suas falhas. Sendo abordada a violência que assola o meio social, bem como o sentimento de
impunidade. Dessa forma, são apresentados os aspectos que envolvem esse serviço público, como o trabalho
da polícia e o sistema das prisões. Além disso, é evidenciada a política brasileira que se torna um empecilho
à garantia de uma sociedade mais segura. É importante ressaltar que nesse trabalho será evidenciada a vio-
lência que tem como praticantes agentes que delinquem reiteradamente e que são réus de diversos processos
penais.”

(Jus.com.br / 28-07-2015)

A seguinte palavra empregada no texto mostra duplicidade de formas gráficas igualmente corretas:
(A) análise / análize.
(B) enfatizando / enfatisando.
(C) aspecto / aspeto.
(D) assola / açola.

Resposta correta: C
No texto fornecido, é mencionado que uma palavra apresenta duplicidade de formas gráficas igualmente
corretas. Vamos analisar cada alternativa para identificar qual se enquadra nessa descrição:
(A) análise / análize.
Essa alternativa não apresenta uma duplicidade de formas gráficas corretas. A forma correta é “análise”.
(B) enfatizando / enfatisando.
Essa alternativa não apresenta uma duplicidade de formas gráficas corretas. A forma correta é “enfatizan-
do”.
(C) aspecto / aspeto.
Essa alternativa mostra a duplicidade de formas gráficas igualmente corretas. Ambas as formas “aspecto” e
“aspeto” são aceitas na língua portuguesa.
(D) assola / açola.

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Essa alternativa não apresenta uma duplicidade de formas gráficas corretas. A forma correta é “assola”.
Portanto, a resposta correta é a opção (C): “aspecto / aspeto”. Ambas as formas são aceitas, permitindo
uma variação na grafia da palavra.

13. CESGRANRIO - 2023 - ESCRITURÁRIO (BANRISUL)


  
Implantação do código de ética nas empresas

Desde a infância, estamos sujeitos à influência de nosso meio social, por intermédio da família, da escola,
dos amigos, dos meios de comunicação de massa. Ao nascer, o homem já se defronta com um conjunto de
regras, normas e valores aceitos em seu grupo social. As palavras “ética” e “moral” indicam costumes acumu-
lados — conjunto de normas e valores dos grupos sociais em um contexto.

A ética é um conjunto de princípios e disposições cujo objetivo é balizar as ações humanas. A ética existe
como uma referência para os seres humanos em sociedade, de modo tal que a sociedade possa se tornar cada
vez mais humana. Ela pode e deve ser incorporada pelos indivíduos, sob a forma de uma atitude diante da vida
cotidiana. Mas ela não é um conjunto de verdades fixas, imutáveis. A ética se move historicamente, se amplia e
se adensa. Para entendermos como isso acontece na história da humanidade, basta lembrarmos que, um dia,
a escravidão foi considerada “natural”.
Ética é o que diz respeito à ação quando ela é refletida, pensada. A ética preocupa-se com o certo e com o
errado, mas não é um conjunto simples de normas de conduta como a moral. Ela promove um estilo de ação
que procura refletir sobre o melhor modo de agir que não abale a vida em sociedade e não desrespeite a indi-
vidualidade dos outros.
As empresas precisam desenvolver-se de tal forma que a conduta ética de seus integrantes, bem como os
valores e convicções primários da organização, se tornem parte de sua cultura. Assim, a ética vem sendo vista
como uma espécie de requisito para a sobrevivência das empresas no mundo moderno e pode ser definida
como a transparência nas relações e a preocupação com o impacto das suas atividades na sociedade.

Muitos exemplos poderiam ser citados de empresas que estão começando a valorizar e a alertar seus fun-
cionários sobre a ética. Algumas empresas já implantaram, inclusive, um comitê de ética, o qual se destina à
proteção da imagem da companhia. É preciso, portanto, que haja uma conscientização da importância de uma
conduta ética ou mesmo a implantação de um código de ética nas organizações, pois a cada dia que passa
a ética tem mostrado ser um dos caminhos para o sucesso e para o bem comum, agregando valor moral ao
patrimônio da organização.

O Código de Ética é um instrumento de realização dos princípios, da visão e da missão da empresa. Serve
para orientar as ações de seus colaboradores e explicitar a postura social da empresa em face dos diferentes
públicos com os quais interage. É da máxima importância que seu conteúdo seja refletido nas atitudes das
pessoas a que se dirige e encontre respaldo na alta administração da empresa, que, tanto quanto o último em-
pregado contratado, tem a responsabilidade de vivenciá-lo.
As relações com os funcionários, desde o processo de contratação, desenvolvimento profissional, lealdade
mútua, respeito entre chefes e subordinados, saúde e segurança, propriedade da informação, assédio profis-
sional e sexual, alcoolismo, uso de drogas, entre outros, são aspectos que costumam ser abordados em um
Código de Ética. Cumprir horários, entregar o trabalho no prazo, dar o seu melhor ao executar uma tarefa e
manter a palavra dada são exemplos de atitudes que mostram aos superiores e aos colegas que o funcionário
valoriza os princípios éticos da empresa ou da instituição.
O Código também pode envolver situações de relacionamento com clientes, fornecedores, acionistas, in-
vestidores, comunidade vizinha, concorrentes e mídia. O Código de Ética pode estabelecer ações de respon-
sabilidade social dirigidas ao desenvolvimento social de comunidades vizinhas, bem como apoio a projetos de

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educação voltados ao crescimento pessoal e profissional de jovens carentes. Também pode fazer referência à
participação da empresa na comunidade, dando diretrizes sobre as relações com os sindicatos, outros órgãos
da esfera pública, relações com o governo, entre outras.
Portanto, conclui-se que o Código de Ética se fundamenta em deveres para com os colegas, clientes, pro-
fissão, sociedade e para consigo próprio.

MARTINS,Rosemir. UFPR, 2003. Disponível em: https://acervodigital. ufpr.br. Acesso em: 16 nov. 2022.
Adaptado.

O emprego da vírgula está plenamente de acordo com as exigências da norma-padrão da língua portuguesa
em:
(A) A capacidade do empresário de manter um bom relacionamento entre gerentes, funcionários, clientes e
fornecedores de produtos, é uma das condições para uma organização conseguir o êxito esperado.
(B) A preocupação com o comportamento dos funcionários deve ser constante, para assegurar que eles
tenham seus direitos, garantidos.
(C) O gerente daquela organização admitiu que, durante o período de maior contaminação da pandemia do
coronavírus precisou contratar novos digitadores para realizarem serviços urgentes em sua instituição.
(D) Os administradores da empresa reconheceram a importância de realizarem com muito cuidado, a inspe-
ção em todos os espaços destinados ao atendimento dos clientes.
(E) Os empregados das instituições, considerando o seu compromisso como cidadãos, procuram respeitar
as leis estabelecidas para o bom comportamento no meio social em que vivem.

Resposta correta: E
O emprego da vírgula está plenamente de acordo com as exigências da norma-padrão da língua portuguesa
na alternativa (E):
(E) Os empregados das instituições, considerando o seu compromisso como cidadãos, procuram respeitar
as leis estabelecidas para o bom comportamento no meio social em que vivem.
Nessa alternativa, a vírgula é utilizada corretamente para isolar o adjunto adverbial de tempo “considerando
o seu compromisso como cidadãos”. A vírgula é necessária para separar essa expressão que indica a circuns-
tância em que os empregados das instituições procuram respeitar as leis estabelecidas.
Nas demais alternativas, o emprego da vírgula está incorreto de acordo com a norma-padrão da língua por-
tuguesa. Por exemplo, na alternativa (A), a vírgula após “produtos” não é necessária, pois não há uma quebra
de sentido que justifique sua presença. Nas alternativas (B), (C) e (D), não há problemas de pontuação e as
frases estão corretamente estruturadas sem a necessidade de vírgulas adicionais.

14. VUNESP - 2023 - AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO (TCM SP)/ADMINISTRAÇÃO


  
Texto
Hora do pesadelo

O carnaval de rua veio para ficar. O número de blocos autorizados pela Prefeitura de São Paulo a desfilar
entre os dias 15 de fevereiro e 1o de março chegou a 644, 180 a mais do que no ano passado. Haverá 678
desfiles em cerca de 400 pontos da cidade. São dados que mostram a potência econômica e turística desse
evento para a cidade. Dessa forma, cabe às autoridades competentes cuidar para que um acontecimento dessa
magnitude transcorra da maneira mais tranquila possível, não apenas para os milhares de participantes mas

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também para os que, malgrado não queiram participar da festa, são obrigados a conviver com seus efeitos mais
danosos – sejam as interdições que obrigam moradores a alterar drasticamente sua rotina de deslocamentos,
seja a incivilidade de muitos dos foliões.
O potencial econômico dos desfiles carnavalescos ajuda a explicar o exponencial crescimento dos blocos
e a atração de cada vez mais turistas. Esse gigantismo pode representar ganhos para a cidade, mas é um
enorme desafio para a Prefeitura. A julgar pela experiência dos anos anteriores, o ambiente para os foliões tem
sido em geral satisfatório. O problema é que a Prefeitura tem sido incapaz de oferecer o mesmo tratamento
àqueles – grande maioria – que não estarão nos desfiles. Para estes, o carnaval é a hora do pesadelo, que vem
se tornando mais tétrico a cada ano que passa.
Mais blocos e mais desfiles pela cidade significam mais sujeira, mais barulho, mais ruas fechadas. Pau-
listanos tornam- se reféns dentro de suas próprias casas, tendo de suportar, dia e – principalmente – noite, a
algazarra de foliões que estendem a festa até altas horas, fazendo seu carnaval particular em local público.
Ao mesmo tempo que aceita e estimula a expansão do carnaval de rua na cidade, a Prefeitura tem demons-
trado escassa capacidade para coibir o comportamento selvagem dos que abusam do direito de se divertir na
festa. Mas as vítimas desse descaso começam a reagir.
Um abaixo-assinado de moradores da Vila Leopoldina levou a Prefeitura a desistir de incluir a Avenida Gas-
tão Vidigal, a principal do bairro, no circuito dos blocos. Os moradores disseram que “a região não é servida
por metrô e a extensão da avenida não comporta grandes multidões”. Além disso, “a estrutura de forças de se-
gurança local não comporta eventos dessa magnitude” e “haverá multidões apertadas no calor”, com “barulho,
sujeira, urina e vandalismo”, sem falar no cerceamento do direito de ir e vir e no prejuízo ao comércio – que
inclui a Ceagesp.
A Prefeitura aparentemente aceitou parte dos argumentos, ao dizer que cancelou o desfile na Avenida
Gastão Vidigal “por motivo de organização e otimização dos espaços públicos”. A vitória dos moradores da Vila
Leopoldina é um alento para os paulistanos que se sentem destituídos de sua condição de cidadãos durante o
carnaval – período no qual, para muitos, a lei e as regras de civilidade deixam de valer.

(Editorial, “Hora do pesadelo”. https://opiniao.estadao.com.br. 16.02.2020. Adaptado)

De acordo com a norma-padrão, a organização sintática e o emprego dos sinais de pontuação estão ade-
quadamente atendidos em:
(A) Com 180 blocos a mais do que em 2019, o carnaval de rua de São Paulo, contará com 678 desfiles em
cerca de 400 pontos da cidade.
(B) Já que é um evento com milhares de participantes é comum que, ocorram as interdições que obrigam os
moradores a alterar sua rotina de deslocamentos.
(C) Dia e noite, paulistanos tornam-se reféns em suas próprias casas, tendo de suportar, a algazarra de fo-
liões, que estendem a festa até altas horas.
(D) O ambiente para os foliões, sejam eles cidadãos da cidade ou turistas, julgando-se pela experiência dos
anos anteriores, tem sido em geral satisfatório.
(E) Elaborado por moradores da Vila Leopoldina o abaixo-assinado levou a desistir de incluir a Prefeitura no
circuito dos blocos, a avenida principal do bairro.

Resposta correta: D
A opção correta, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, em relação à organização sintática
e ao emprego dos sinais de pontuação é a alternativa D:
(D) O ambiente para os foliões, sejam eles cidadãos da cidade ou turistas, julgando-se pela experiência dos
anos anteriores, tem sido em geral satisfatório.

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Nessa alternativa, a organização sintática está adequada, com a estruturação das frases e a colocação
dos termos de acordo com as regras gramaticais. Além disso, o emprego dos sinais de pontuação também
está correto. A vírgula é utilizada para separar uma oração subordinada adverbial temporal (“julgando-se pela
experiência dos anos anteriores”) e para isolar o vocativo (“sejam eles cidadãos da cidade ou turistas”). Assim,
a pontuação está adequada e contribui para a clareza e compreensão do texto.
Portanto, a alternativa D atende aos critérios da norma-padrão da língua portuguesa em relação à organiza-
ção sintática e ao emprego dos sinais de pontuação.

15. VUNESP - 2022 - INTÉRPRETE DE LIBRAS (PREF CAMPINAS)/LÍNGUA PORTUGUESA


  
Leia o texto para responder à questão

Uma pesquisa feita com alunos de educação infantil da rede municipal de Jaboatão dos Guararapes, na
região metropolitana do Recife, mostrou que a prática de jogos digitais pode ampliar o aprendizado de leitura e
escrita de crianças de famílias de baixa renda.
Os jogos utilizados foram de consciência fonológica, ou seja, um conjunto de habilidades que envolve: se-
parar sílabas, identificar rimas e palavras que começam com o mesmo som e manipular sons para formar novas
palavras.
Os pesquisadores criaram um programa com 26 atividades lúdicas de consciência fonológica. Já os profes-
sores orientaram o uso dos jogos pelas crianças com tablets ou smartphones de baixo custo.
Ao longo do período de realização do estudo, diversos obstáculos surgiram: greves de educadores e chuvas
que inundaram as ruas onde viviam algumas das crianças. Apesar disso, a equipe de implantação do projeto
conseguiu mitigar outras barreiras, como a falta de tecnologias de informação e comunicação adequadas e a
escassez de profissionais nas escolas.
Um total de 351 alunos de cinco anos participou do estudo. Antes do experimento, as crianças foram avalia-
das para se determinar em que estágio estavam do processo de leitura e escrita de palavras. Depois, as turmas
foram divididas por sorteio em dois grupos: o que utilizou os jogos pedagógicos e o que não utilizou.
“O experimento mostrou que as crianças de famílias mais pobres conseguem aprender até quatro vezes
mais do que quando professores trabalham da forma tradicional”, diz Américo Amorim, administrador e doutor
em educação.

(José Matheus Santos. Crianças aprendem melhor leitura e escrita com jogos pedagógicos digitais, diz es-
tudo. www1.folha.uol.com.br, 06.06.2022. Adaptado)

O vocábulo destacado pode ser flexionado no plural, conforme o que está entre parênteses, mantendo-se a
correção gramatical no seguinte trecho do texto:
(A) … a prática de jogos digitais pode (podem) ampliar o aprendizado de leitura e escrita de crianças de
famílias de baixa renda.
(B) Apesar disso, a equipe de implantação do projeto conseguiu (conseguiram) mitigar outras barreiras….
(C) Os jogos utilizados foram de consciência fonológica, ou seja, um conjunto de habilidades que envol-
ve (envolvem): separar sílabas, identificar rimas…
(D) Uma pesquisa feita com alunos de educação infantil da rede municipal de Jaboatão dos Guararapes, na
região metropolitana do Recife, mostrou (mostraram) que a prática de jogos digitais…
(E) O experimento mostrou que as crianças de famílias mais pobres conseguem aprender (aprenderem) até
quatro vezes mais…

Resposta correta: C

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A resposta correta é a alternativa (C): “Os jogos utilizados foram de consciência fonológica, ou seja, um
conjunto de habilidades que envolve (envolvem): separar sílabas, identificar rimas...”.
Nesse trecho, o verbo “envolver” concorda com o sujeito “um conjunto de habilidades”, que está no singular.
Portanto, a forma flexionada correta é “envolve”, concordando em número com o sujeito. A utilização do plural
“envolvem” estaria incorreta, pois geraria uma discordância de número entre o sujeito e o verbo.
Essa concordância verbal adequada é fundamental para a correção gramatical da frase, garantindo que o
sujeito e o verbo estejam em concordância em número.

Apostila gerada especialmente para: Secretaria Linda 066.342.559-03


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