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Universidade Federal da Paraíba

Centro de Energias Alternativas e Renováveis


Departamento de Engenharia de Energias Renováveis

Ramon Correia Lima César


Orientador: Profª. Dr. Marçal Rosas Florentino Lima Filho

Relatório de Eficiência Energética

João Pessoa - PB
Agosto, 2023
Ramon Correia Lima César
Orientador: Profª. Dr. Marçal Rosas Florentino Lima Filho

Relatório de Eficiência Energética

Relatório para avaliação de conhecimentos


adquiridos na disciplina de Eficiência Energé-
tica em Construções.

Universidade Federal da Paraíba – UFPB


Centro de Energias Alternativas e Renováveis – CEAR
Departamento de Engenharia de Energias Renováveis – DEER

João Pessoa - PB
Agosto, 2023
Lista de ilustrações

Figura 1 – Prédio da Residência Objeto de Estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5


Figura 2 – Rosa dos Ventos da Cidade de João Pessoa . . . . . . . . . . . . . . . . 6
Figura 3 – Diagnóstico de Conforto - João Pessoa . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
Sumário

1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.1 Considerações Iniciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.2 Caracterização Geral do Objeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.3 Escopo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

2 VISTORIA TÉCNICA E ANÁLISE BIOCLIMÁTICA . . . . . . . . . 6


2.1 Vistoria Técnica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.2 Análise Bioclimática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

3 SOLUÇÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

4 CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
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1 Introdução

1.1 Considerações Iniciais


O presente trabalho consiste na elaboração de um relatório, simulando uma presta-
ção de serviço que realize o diagnóstico seguido de propostas de soluções para os problemas
levantados no tocante a eficiência energética em uma residência. Tal estudo tem como
objetivo desenvolver os conceitos de eficiência energética por meio de uma aplicação
prática, capaz de avaliar o rendimento e compreensão dos conteúdos trabalhados ao longo
da disciplina.

1.2 Caracterização Geral do Objeto


Com o fim de facilitar a condução deste relatório ao longo da disciplina, a residência
do aluno será usada para realizar a simulação. Desta forma, listamos as características
gerais do objeto de estudo:

• País: Brasil

• Cidade: Cabedelo

• Bairro: Intermares

• Tipo: Apartamento (quinto andar)

• Posição: Nascente (Leste)

• Coordenadas: -7.039347,-34.839559

• Quantidade de quartos: 4

• Tamanho: 250 m2
Capítulo 1. Introdução 5

Figura 1 – Prédio da Residência Objeto de Estudo

Fonte: Google.

1.3 Escopo
O presente relatório irá focar em desenvolver um diagnóstico sobre conforto na
residência e, com base dados bioclimáticos da cidade, aliado a este diagnóstico, trazer
propostas de soluções energeticamente eficientes para problemas que envolvem o desconforto
climático na rotina dos moradores.
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2 Vistoria Técnica e Análise Bioclimática

2.1 Vistoria Técnica


Nesta seção, daremos enfoque na análise técnica da residência, ou seja, pontos de
vantagem e desvantagem em relação ao conforto do usuário e eficiência energética.
Primeiramente, é preciso ressaltar o forte benefício da posição privilegiada do
apartamento. Na cidade de João Pessoa, a posição nascente, na maioria dos casos, é a mais
desejada para se morar, uma vez que o vento, durante maior parte do ano, varia entre as
direções sudeste, leste e sul (SOUZA, 2010). Tal característica favorável ao conforto se
aplica, inclusive, a todos os apartamentos do prédio, visto que todos são voltados para o
leste, resultando na diminuição do uso de ventilação artificial e condicionamento de ar.
Ainda sobre pontos positivos, o terreno imediatamente a frente do prédio é composto por
uma praça pública, que faz com que haja menor interdição no fluxo de vento. Além disso, o
apartamento também possui uma varanda com portas largas e bom tamanho de janela na
maioria dos quartos, logo, todos estes fatores corroboram para o bem estar dos moradores.

Figura 2 – Rosa dos Ventos da Cidade de João Pessoa

Fonte: (SOUZA, 2010).

Por outro lado, é importante levar em consideração a idade da edificação em questão.


O prédio foi construído entre os anos de 1998 e 1999, dessa forma, devemos atentar para a
deterioração ao longo dos anos, mais especificamente, o desgaste das instalações elétricas
de todo o edifício. Instalações elétricas em geral, no decorrer do tempo, tendem a perder
sua eficiência, ou seja, as fiações passam a contribuir com maiores fugas de correntes e
Capítulo 2. Vistoria Técnica e Análise Bioclimática 7

intensificação do Efeito Joule, resultando em perdas energéticas para os consumidores do


local bem como em aumento do risco de acidentes (FUMAGALLI, 2015).
Ademais, vale observar o fato de que o dimensionamento de consumo energético
adotado em um projeto de 25 anos de idade, torna-se naturalmente defasado em relação
a realidade de consumo energético atual. Mesmo que a eficiência de equipamentos e
eletrodomésticos tenha aumentado nas últimas décadas, o consumo dos usuários brasileiros
em geral, aumenta a cada ano. Assim, o aumento da carga de eletricidade requerida pelos
moradores, faz com que as instalações elétricas tornem-se inadequadamente dimensionadas,
realidade tal que também corrobora com a diminuição da eficiência energética como um
todo (FUMAGALLI, 2015).

2.2 Análise Bioclimática


Para realizar a análise bioclimática deste estudo, utilizaremos o software Analy-
sisBIO, da Universidade Federal de Santa Catarina. Este programa faz o uso da carta
psicométrica com, relacionando dados climatológicos de determinada cidade com o conforto
térmico dos habitantes. Assim, tal ferramenta facilita a análise do clima da localização do
estudo, uma vez que gera automaticamente um relatório de cada mês do ano contendo os
índices percentuais correspondentes ao tempo do mês em que usuários se encontram em
conforto térmico naturalmente ou, caso não haja conforto, os percentuais das alternativas
mais adequadas para trazê-los de volta ao bem estar. A partir desses dados, podemos
montar a seguinte tabela com valores médios do ano:

Figura 3 – Diagnóstico de Conforto - João Pessoa

Fonte: Próprio Autor


.

A tabela acima foi feita a partir do relatório gerado pelo AnalysisBio, que utilizou-se
de dados de normais climatológicas da cidade, ou seja, temperaturas e umidades médias
de cada mês. Dessa forma, é necessário enfatizar que tais dados, por serem feitos a partir
de médias climatológicas, tendem a possuir algumas distorções com a realidade prática,
especialmente em relação a proporção de conforto e desconforto. Todavia, as principais
utilidades destas informações para o presente trabalho, serão as soluções adequadas para
a cidade de João Pessoa e seus respectivos percentuais.
Capítulo 2. Vistoria Técnica e Análise Bioclimática 8

Além disso, vale ressaltar que, apesar da localidade deste objeto de estudo se
encontrar na cidade de Cabedelo, por falta de dados mais precisos, é coerente aproximar
as informações climatológicas de João Pessoa às de Cabedelo, uma vez que as duas são
municípios de fronteira uma com a outra
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3 Soluções

Em posse das análises climatológica e de vistoria relatadas no Capítulo 2, podemos


agora trabalhar em algumas possíveis soluções no que tange ao aumento da eficiência
energética aliado ao conforto dos moradores.
Primeiramente, levando em consideração o elevado índice do recurso ventilação
visto na Figura 3, assim como as características positivas do apartamento, devemos frisar
a importância de se utilizar, o máximo possível, a ventilação natural. Tal solução trata-se
de um bom costume por parte dos usuários para permanecer, sempre que possível, com
portas e janelas abertas, maximizando o fluxo de ar e diminuindo o uso de ventilação
artificial ou condicionamento de ar, de forma que decresça a quantidade de energia elétrica
consumida neste segmento.
Entretanto, é preciso atentar para as épocas nas quais tal recurso pode ser compro-
metido. É esperado, na capital paraibana, que, especialmente a partir da metade do mês
de fevereiro até o fim do mês de abril, a umidade anual atinja o seu máximo e a velocidade
dos ventos diminua, de tal forma que o conforto térmico natural se torna bastante raro
para a maioria das pessoas (SPARK, 2023). Assim, durante cerca de três meses todos os
anos, a utilização de recursos artificiais como ventilador e ar-condicionado inevitavelmente
se intensifica. Diante desse cenário, é necessário que os moradores, conscientes das caracte-
rísticas climáticas durante o ano, façam uso destes recursos com inteligência, ativando o
ar-condicionado e ventilador apenas nos horários mais necessários, utilizando-os apenas na
potência necessária para tornar o ambiente agradável, além de compensar o maior gasto
energético nesses meses por reduzir o emprego de tais recursos nos outros períodos do ano.
Ademais, diante da problemática sobre instalações elétricas também feita no
Capítulo 2, recomenda-se que os moradores contratem serviço especializado de técnico
ou engenheiro eletricista para que possa realizar uma análise a fundo das condições das
fiações e equipamentos, e faça substituições e consertos que confiram tanto minimização
das perdas de energia quanto aumento da segurança.
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4 Conclusão

Assim, com os diagnósticos feitos e as soluções propostas podemos concluir que


os moradores do objeto deste estudo possuem o poder maximizar a eficiência energética
do local, sem abrir mão do conforto em suas rotinas. O tomada de consciência das
características do apartamento aliado ao clima da cidade faz com que seja possível o
uso eficiente dos recursos que estão a disposição, como boa disposição de portas, posição
privilegiada, a presença de ar-condicionado e ventiladores, de forma que haja significativa
diminuição nas contas de energia.
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Referências

AMORIM, M. R. Eficiência energética residencial: um estudo de caso. 2020. Disponível em:


<file:///C:/Users/Ramon%20Cesar/Downloads/2020_tcc_mramorim.pdf>. Nenhuma
citação no texto.

FUMAGALLI, J. P. Estudo de caso para eficiência energética em edifícios antigos.


2015. Disponível em: <https://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/10014/3/CT_
COELE_2015_1_10.pdf>. Citado na página 7.

SOUZA, V. S. de. Mapa Climático da Cidade de João Pessoa - PB. Dissertação


(Dissertação de Mestrado) — Universidade Federal da Praíba, 2010. Disponível em:
<https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/tede/289/1/parte1.pdf>. Citado na página
6.

SPARK, W. Clima e condições meteorológicas médias em João Pessoa no ano todo.


2023. Disponível em: <https://pt.weatherspark.com/y/31438/Clima-caracter%C3%
ADstico-em-Jo%C3%A3o-Pessoa-Brasil-durante-o-ano#Figures-SolarEnergy>. Citado
na página 9.

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