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A NEGLIGÊNCIA DAS INFECÇÕES HOSPITALARES: COMO TORNAR O

ASSUNTO DE CONHECIMENTO PÚBLICO, E DIMINUIR A INCIDÊNCIA DE


CASOS.

THE NEGLIGENCE OF HOSPITAL INFECTIONS: HOW TO MAKE THE SUBJECT OF


PUBLIC KNOWLEDGE AND REDUCE THE INCIDENCE OF CASES.

LA NEGLIGENCIA DE INFECCIONES HOSPITALARIAS: CÓMO HACER OBJETO DE


CONOCIMIENTO PÚBLICO Y REDUCIR LA INCIDENCIA DE CASOS.

DA SILVA; Indridy Clara, RAMOS; Pedro Henrique Silva, DE SOUZA; Rafaella Silva, DE
ALMEIDA; Sarah Tamily Santos e BARBOSA; Thiago Silva. Estudantes do 2° ano de Ciências
da Natureza, do Colégio Estadual Duque de Caxias.

SIQUEIRA; Vladimir de Arantes, Professor orientador.

RESUMO
Este trabalho aborda A NEGLIGÊNCIA DAS INFECÇÕES HOSPITALARES: COMO
TORNAR O ASSUNTO DE CONHECIMENTO PÚBLICO, E DIMINUIR A INCIDÊNCIA DE
CASOS. Tal problemática consiste no aumento dos casos de doenças em redes de saúde e
na negligência que muitas vezes o Poder Público possui com o assunto. Essa questão se
justifica no fato de pouco ser falado sobre o tema, e pelo descuido que diversos pacientes
e familiares sofrem pela falta de investimentos, mesmo as doenças hospitalares fazendo
parte de inúmeras áreas de saúde, sejam públicas, ou privadas. O objetivo central desta
pesquisa é, apresentar problemáticas vistas nos hospitais, e como as mesmas são
preocupantes, trazendo a importância da discussão do tema na atualidade e expondo, de
maneira científica, os dados e informações necessários analisandos a partir das doenças
hospitalares mais ocorrentes, as formas de prevenção, o descaso visto -em grande parte-
nas redes de saúde quanto ao cuidado que as mesmas devem ter principalmente
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relacionado a IRAS e a escassez de políticas públicas, para que haja a melhoria necessária.
Com isso, espera-se dar ao assunto sua devida austeridade, e tentar amenizar os casos,
tornando o tema de conhecimento geral. Para isso, foram empregados os seguintes
procedimentos; A pesquisa bibliográfica, por meio de livros, artigos científicos e dados
numéricos, tornando a metodologia mista. Esse intento será fundamentado mediante ao
estado da arte. O estudo comprovou que muito não é falado sobre o tema, e que o
aumento de casos comprova que o quadro atual deve mudar.

Palavras-chave: Infecções hospitalares. Negligência. Políticas Públicas. Aumento.


Casos.

ABSTRACT
This work approaches THE NEGLIGENCE OF HOSPITAL INFECTIONS: HOW TO
MAKE THE SUBJECT OF PUBLIC KNOWLEDGE, AND REDUCE THE INCIDENCE OF CASES.
This problem consists of the increase in cases of diseases in health networks and the
negligence that the Public Power often has with the subject. This question is justified by
the fact that little is said about the subject, and by the negligence that many patients and
family members suffer due to the lack of investments, even hospital illnesses being part
of numerous health areas, whether public or private. The central objective of this
research is to present problems seen in hospitals, and how they are worrying, bringing
the importance of discussing the topic today and exposing, in a scientific way, the
necessary data and information analyzed from the most frequent hospital diseases, forms
of prevention, the negligence seen -to a large extent- in the health networks regarding
the care that they should have mainly related to sepsis and the scarcity of public policies,
so that there is the necessary improvement. With this, it is expected to give the subject its
due austerity, and try to soften the cases, making the subject of general knowledge. For
this, the following procedures were employed; Bibliographical research, through books,
scientific articles and numerical data, making the methodology mixed. This intent will be
based on the state of the art. The study proved that much is not said about the subject,
and that the increase in cases proves that the current situation must change.

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Keywords: Hospital infections. Negligence. Public policy. Increase. Cases.

RESUMEM

Este trabajo aborda LA NEGLIGENCIA DE LAS INFECCIONES HOSPITALARIAS:


CÓMO HACER EL TEMA DE CONOCIMIENTO PÚBLICO Y REDUCIR LA INCIDENCIA DE
CASOS. Este problema consiste en el aumento de casos de enfermedades en las redes de
salud y la negligencia que muchas veces tiene el Poder Público con el tema. Esta pregunta
se justifica por el hecho de que se habla poco sobre el tema, y por la negligencia que
sufren muchos pacientes y familiares por la falta de inversiones, siendo incluso las
enfermedades hospitalarias parte de numerosas áreas de salud, ya sean públicas o
privadas. El objetivo central de esta investigación es presentar los problemas que se ven
en los hospitales y cómo son preocupantes, trayendo la importancia de discutir el tema
en la actualidad y exponer, de manera científica, los datos e información necesarios
analizados de las enfermedades hospitalarias más frecuentes, formas de prevención, la
negligencia observada -en gran medida- en las redes de salud respecto de la atención que
deberían tener relacionada principalmente con la sepsis y la escasez de políticas públicas,
para que haya la mejora necesaria. Con ello se espera darle al tema su debida austeridad,
y tratar de suavizar los casos, haciéndolos tema de conocimiento general. Para ello, se
emplearon los siguientes procedimientos; Investigación bibliográfica, a través de libros,
artículos científicos y datos numéricos, haciendo la metodología mixta. Esta intención se
basará en el estado del arte. El estudio demostró que no se habla mucho sobre el tema y
que el aumento de casos demuestra que la situación actual debe cambiar.

Palabras clave: Infecciones hospitalarias. Negligencia. Políticas públicas.


Aumentar. Casos.

1. Introdução

É notório que todos os seres humanos precisem frequentar locais de saúde como:
hospitais, postos de saúde, UBSs e entre outros pelo menos uma vez na vida. Nesse

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sentido, todos estão sujeitos a contraírem infecções hospitalares, contudo, poucos
cidadãos entendem, de fato, como isso ocorre, os riscos e como evitá-los. Por conta
dessa lacuna informacional, e outros fatores (como o descaso Governamental) há o
aumento dos casos e óbitos por essa questão. Desse modo, a presente pesquisa surgiu na
necessidade de discutir sobre, trazendo o “lado feio” da medicina, que muitos não
observam.
Por conseguinte, tem-se como objetivo gerar uma conscientização populacional e
fornecer informações, dados e métodos que amenizem o quadro atual. Nessa
perspectiva, espera-se dar ao assunto sua devida austeridade, e tentar diminuir os casos,
mostrando o quanto o tema é relevante para a comunidade. Por isso, a pesquisa
produzida traz a relevância da discussão acerca das doenças hospitalares mais ocorrentes
e suas prevenções, problematizando o trabalho acadêmico. Ao longo da pesquisa, deseja-
se que o leitor perceba que pequenos gestos como lavar as mãos e protocolos de
segurança básicos podem salvar vidas, e como esse assunto está presente no dia a dia de
todos. Ademais, almeja-se também que o Estado tenha um olhar mais preocupante e
crítico para a problemática e que a população cobre dos governantes esses cuidados.
A pesquisa foi elaborada através do estudo bibliográfico por meio de artigos
científicos disponíveis no “Google Acadêmico”, “Scielo”, livros físicos e online. Foi feito
um levantamento de dados com base em documentários, filmes, séries, livros, artigos, leis
e dados numéricos que exploram, de maneira verossímil, o tema. O uso de informações
tanto qualitativas (por meio de obras bibliográficas) quanto quantitativas (dados
estatísticos, por exemplo), tornou a pesquisa com uma abordagem mista. Por fim, ao
decorrer do processo de construção do trabalho acadêmico, foram reunidos dados com o
objetivo de colaborar para a aprendizagem e solução de questões referente a esse
conteúdo.
A pesquisa versará sobre autores como: MATT MCCARTHY (2016), na ideia do dia a
dia em hospitais, trazendo o lado da razão e emoção, utilizando no seu livro “Os segredos
que os médicos não contam” da sinceridade para retratar a realidade dos pacientes;
MARCIO MARANHÃO (2014), que aborda no seu livro “Sob Pressão”, que inclusive ganhou
uma adaptação cinematográfica produzida pela rede televisiva “Globo”, de maneira
completa e visceral o cotidiano do SUS (Sistema Único de Saúde) e ANA CLAUDIA

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QUINTANA ARANTES (2019), trazendo em sua obra “A morte é um dia que vale a pena
viver” uma outra visão sobre a saúde pública e a maneira como a sociedade á enxerga.
Este artigo apresenta a investigação realizada na seguinte estrutura:
Primeiro, inicia-se com a introdução, com objetivos que contemplam a pesquisa e
como ela está relacionada com o tema.
Segundo, apresenta-se a metodologia utilizada levando em conta os aspectos que
foram utilizados na coleta de informações.
Terceiro, contempla-se a fundamentação teórica de autores renomados que versam
sobre o assunto.
Quarto, discute-se os dados pesquisados na bibliografia escolhida apresentando as
considerações finais dos autores à temática inicial.

2. Metodologia

A metodologia da pesquisa realizada foi mista, lidando com aspectos quantitativos


e qualitativos para a mesma, na qual o instrumento utilizado foram artigos científicos já
produzidos, dados do CREMEPE de 2015 e leitura de livros referentes ao assunto. O
principal referencial foi o artigo cientifico produzido em 2004 pela Doutora em
Enfermagem Neusa de Queiroz Santos, cujo título é “A resistência bacteriana no contexto
da infecção hospitalar” que aborda as infecções em diversas áreas da saúde, alertando os
profissionais sobre as mesmas.
As palavras chaves durante a pesquisa, utilizadas para a consulta foram:
Medicina; Infecção; Negligência Estatal; Casos de infecção hospitalar. O recorte
bibliográfico utilizado para a pesquisa foi: “Infecções Hospitalares” que trouxe certa de
20 resultados, entre eles, optou-se pelo o uso da fundamentação teórica dos seguintes
autores; MATT MCCARTHY (2016), que oferece uma visão da vida em hospitais que
dispensa mistificações, ao mesmo tempo em que enfatiza o paradoxo processo de tornar-
se um médico: como aprender a salvar vidas em um emprego em que não é possível
falhar? O autor também valoriza o aprofundamento do contato com pacientes e os
cuidados hospitalares que todos devem ter para se tornarem um profissional ainda mais
preparado; MARCIO MARANHÃO (2014), trazendo o relato de quem está na frente de

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batalha, em plantões sucessivos, sem descanso, sem segurança e salário digno,
atendendo em hospitais arruinados, vivendo o drama das emergências do Brasil. Ele revê
sua formação profissional, quando operou em CTIs despreparados e até em enfermarias e
corredores, desafiando a precariedade das emergências; ANA CLAUDIA QUINTANA
ARANTES (2019), uma das maiores referências sobre Cuidados Paliativos no Brasil, e
autora que aborda o tema da finitude sob um ângulo surpreendente, além de trazer em
uma obra “A morte é um dia que vale a pena viver”, realidades sobre o SUS (Sistema
Único de Saúde) que geralmente não são discutidas na sociedade. Além disso, foram
utilizados outros autores como fundamentação teórica também.
Ao decorrer da presente pesquisa, foram reunidos dados, fatos e
argumentações que buscaram compreender mais sobre o tema, aprofundando no
mesmo e tentando solucionar as problemáticas e questões supracitadas ao longo do
projeto. Entendendo o quanto é um assunto pouco falado e de pouco conhecimento
populacional, além de se ter um certo descaso com uma vertente tão importante da área
da saúde. Tendo isso em vista, o trabalho pretende trazer essas informações e fazer com
que o leitor adquira um conhecimento sobre o tema.

3. Revisão bibliográfica/ Estado da arte

Segundo dados da CREMEP de 2015, cerca de “500 mil a um milhão de pessoas morram
por ano no mundo, devido à resistência antimicrobiana”. Esse dado citado, foi disponível
um artigo que os mesmos publicaram cujo título era; “Infecção hospitalar: alerta para
salvar vidas”. Nesse artigo, foram mencionados outros dados;
Pesquisa da CREMEP de 2015 (Infecção hospitalar: alerta para salvar vidas);
Pesquisa aponta que 70% dos pacientes internados nas UTI no Brasil recebem
tratamento para algum tipo de infecção. De cada dez, quatro infectados vão a
óbito. As mãos que curam também podem ser responsáveis por quase metade
das mortes por infecções adquiridas em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI)
no país. Pesquisa divulgada pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira
(Amib) mostra que a falta de higienização adequada por parte dos próprios
profissionais de saúde é a principal fonte da temida infecção hospitalar, hoje
denominada “infecção associada aos cuidados de saúde” (às vezes falta deles),
sempre que desenvolvidas após 48 horas de internamento. O estudo aponta que

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37% dos médicos e enfermeiros intensivistas de hospitais públicos e privados em
todo o Brasil não lavam as mãos com a frequência ou da maneira que deveriam e
acabam levando bactérias, vírus e fungos resistentes a pessoas já debilitadas.
Aliadas a isso, a demora no diagnóstico e a falta de recursos contribuem para
uma séria estatística: de cada 10 pacientes infectados numa UTI, quatro vão a
óbito. Um problema que não é exclusivo do Brasil. Estima-se que de 500 mil a um
milhão de pessoas morram por ano no mundo, devido à resistência
antimicrobiana.

Dentro dessas informações é perceptível a gravidade que a falta de cuidados em redes


de saúde causa, podendo levar pacientes ao óbito por algo que pode ser evitado. Dessa
forma, se os Governantes em conjunto com a população darem mais relevância ao
assunto, vidas poderão ser salvas.
Outros dados extremamente fundamentais são os direitos que o cidadão possui
conforme a lei, direitos esses, que muitas vezes são desconhecidos. Um exemplo disso é
que de acordo com a lei brasileira, caso ocorra algum caso de infecção hospitalar por
negligência, para que o Hospital possa vir a ser responsabilizado, é imprescindível a prévia
comprovação da prática de ato ilícito por parte dos médicos. (vide STJ - RESP nº
908359/SC - 2ª Seção - Rel. Min. João Otávio de Noronha, julg. Em 27/08/2008). Constata-
se, pois, que pelo disposto no artigo 14, §4º, do Código de Defesa do Consumidor, é
necessária a comprovação da culpa do médico para que se possa cogitar em
responsabilidade civil por erro médico, e somente depois de comprovada essa culpa é
que se pode pretender responsabilizar o Hospital. Nesse sentido, cabe citar o artigo
produzido por João Paulo Bettega de Albuquerque Maranhão, publicado em 2012 e tendo
como título: “Em casos de infecção hospitalar, se restar comprovado que o hospital
tomou todas as providências de precaução e tratamento, não há como ele ser
responsabilizado”
Segundo João Paulo (2012);
Em casos de infecção hospitalar, se restar comprovado que o hospital tomou
todas as providências de precaução e tratamento, não há como ele ser
responsabilizado.
Ao tomar conhecimento da notícia de que nos últimos seis anos as ações
judiciais decorrentes de erro médico aumentaram mais de 200% em nosso país
(...), primeiramente, cumpre esclarecer que a questão da responsabilidade civil
dos hospitais não é tão simples quanto alguns pretendem fazer parecer. Não se

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pode presumir a culpa do Hospital, ou aplicar a teoria do risco empresarial,
diante das peculiaridades que envolvem a natureza do serviço prestado. [...]
Quando um paciente dá entrada em um Hospital espera-se que este preste os
serviços necessários ao internamento, cabendo ao Hospital fornecer os
equipamentos, os medicamentos e os materiais utilizados durante a internação,
bem como as instalações para a realização de eventual cirurgia.
A obrigação do Hospital, pois, é classificada como sendo “de meio”, cabendo a
ele fornece os meios necessários ao correto atendimento do paciente. Se
entendermos que as obrigações dos médicos são de meio, é inafastável a
conclusão de que quando o Hospital e seus agentes fornecem ao paciente o
tratamento previsto na Ciência Médica, não há que se cogitar da prática de ato
ilícito hábil a ensejar sua responsabilidade civil.

Ademais, no artigo cientifico produzido pela Doutora em Enfermagem Neusa de


Queiroz Santos, a mesma irá argumentar que essa questão já é algo antigo e que até os
dias atuais ainda há muita ocorrência de casos. Isso nos mostra que apesar de ter surgido
há séculos antes, a problemática não foi resolvida, mesmo os recursos e tecnologia tendo
aumentado, comprovando assim a indiligência que, ainda, assola a sociedade atual.
Para Neusa de Queiroz Santos (2015)
“A infecção hospitalar é um problema tão antigo, quanto os primeiros
estabelecimentos que surgiram, há séculos (325 d. C), com o objetivo de albergar
pessoas doentes. Contudo, mesmo na sociedade antiga, como na moderna, esta
infecção sempre causou impacto e preocupação, na área médica, pelo seu alto
índice de mortalidade.
A introdução de procedimentos para melhorar as condições sanitárias e das
práticas de higiene instituídas nos hospitais, ocorridas no final do século XIX,
reduziram drasticamente as taxas de infecção hospitalar.
Os principais expoentes e líderes desta inquietante batalha do controle da
infecção hospitalar foram Wendel, Holmes, Semmelweis, Nightingale, Pasteur e
Lister.
Todas estas medidas de assepsia, introduzidas nos hospitais, no século XIX,
vieram provar que elas são importantes e muito eficazes na prevenção e
controle da infecção hospitalar. Nos anos subsequentes, estas técnicas
assépticas foram implementadas com outras inovações, como, o uso de luvas,
uso do calor (esterilização) para destruir bactérias, e tornar estéreis
instrumentos cirúrgicos, aventais, propés, máscaras, luvas. Todos estes
materiais, mais o conjunto de medidas de assepsia e de antissepsia, são

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utilizados amplamente nos centros cirúrgicos e demais setores de hospitais no
intuito de reduzir ao máximo as taxas de infecção.
O moderno controle da infecção hospitalar está fundamentado no trabalho de
Ignaz Semmelweis, quando, em 1847, demonstrou a importância da lavagem das
mãos para o controle da transmissão da infecção nos hospitais. Por quase um
século, porém, os esforços para o controle da infecção hospitalar foram de
qualidade irregular.
No início do século XX, a mais importante descoberta científica, na área médica,
que veio contribuir para o controle das infecções bacterianas, entre elas as
hospitalares, foi a da penicilina, antibiótico introduzido durante a segunda
guerra mundial e, posteriormente, seguido pela descoberta de outros
antibióticos.”
Infelizmente, em pleno século XXI, com todo avanço tecnológico, a infecção
hospitalar continua ainda sendo causa de altas taxas de morbidade e
mortalidade em todo o mundo.”

Nesse viés, outra parcela fundamental da pesquisa foram o estudo dos casos mais
recorrentes de doenças hospitalares e como elas ocorrem. Com isso segundo
informações do Grupo CEFAPP as infecções hospitalares que mais aparecem são:
Infecções respiratórias – Pneumonia (mais comum), Infecção urinária, Infecção de pele e
Infecção do sangue – Septicemia. Outrossim, de acordo com um artigo publicado pelo
Hospital Albert Einstein, as maneiras de evitar as IRAS ( Infecções hospitalares são aquelas
relacionadas à assistência à saúde) são as seguintes;
Para o Hospital Albert Einstein
Um hospital deve zelar pela segurança de pacientes e seus familiares. Para que
tudo corra bem é importante a atenção de todos e, inclusive, do próprio
paciente. Para melhores resultados e menor risco de aquisição de Infecção
Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS) com algumas práticas: manter sempre
a melhor higiene possível, principalmente em locais de feridas, cirurgia ou
cateter; cobrar a higiene das mãos antes e após o contato com qualquer ferida
operatória ou cateter; zelar pelos melhores cuidados com os curativos realizados
em feridas operatórias; observar qualquer vazamento de curativos ou cateteres
e comportamento incomum da pele e do organismo.
Os cuidados específicos que o paciente pode ter para evitar cada IRAS estão
detalhados abaixo.
a) Para redução de infecção de sítio cirúrgico, é indicado: controlar as doenças
crônicas, como diabetes, realizando um acompanhamento glicêmico adequado;

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evitar o tabagismo antes de qualquer procedimento cirúrgico; tomar banho com
clorexidina degermante como estratégia de descolonização, para redução da
concentração de bactérias em algumas partes do corpo; aderir ao protocolo de
descolonização nasal da bactéria S. aureus; cuidar bem dos curativos realizados
em ferida operatória; manter e cobrar a melhor higiene das mãos antes e após o
contato com a ferida operatória.
b) Para redução de infecção do trato urinário associada a cateter vesical, é
indicado:
manter a bolsa coletora de urina acima do solo; não obstruir o cateter vesical;
ficar atento para vazamentos do sistema e informar para troca; ingerir, caso não
tenha restrição hídrica, 30ml/kg/dia de líquidos; fazer higiene íntima com água
morna e sabonete com pH levemente ácido (semelhante ao da pele); questionar
ao médico sobre o momento da retirada do cateter vesical, sendo melhor
quando for o mais precoce possível; cobrar adequada higiene das mãos antes e
após o contato com o cateter vesical.
c) Para redução de infecção da corrente sanguínea associada a cateter venoso
central, é recomendado: cobrar da equipe a adequada higiene das mãos antes e
após o contato com o cateter venoso central; cobrar da equipe a adequada
desinfecção dos conectores do acesso venoso central antes e depois da
administração de medicamentos; questionar ao médico sobre o momento da
retirada do cateter venoso central, sendo melhor quando for o mais precoce
possível; cuidar bem do curativo do cateter venoso central.

Portanto, percebe-se que as ideias desses autores corroboram para aqueles já citados
durante a pesquisa, são eles MATT MCCARTHY (2016), MARCIO MARANHÃO (2014) e ANA
CLAUDIA QUINTANA ARANTES (2019) que como já foi colocado acreditam que a saúde,
sendo ela pública ou privada, deve investir recursos e tempo para cuidar e amenizar as
infeções hospitalares obtidas a partir da falta de cuidados com a população. Para isso, o
Estado deve fiscalizar e disponibilizar verbas, recursos e profissionais capacitados a fim de
promover a melhora na situação gravíssima de doenças hospitalares contraídas por
escassez de medidas necessárias, tais como; a higienização das mãos, a elaboração e a
aplicação de uma série de protocolos de prevenção, a aplicação de medidas de precaução
e isolamento, o gerenciamento do uso de antimicrobianos, protocolos de limpeza e
desinfecção de superfícies. Além dessas políticas públicas, a população como um todo
deve estar bem informada a respeito dos seus direitos e deveres, e principalmente sobre
a austeridade de se discutir e implantar melhorias que solucionem o problema.

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4. Considerações finais

Levando em consideração os argumentos supracitados, é notório que o primordial


propósito desse trabalho foi de estudar e compreender sobre as infecções hospitalares,
suas causas, casos e como resolver a situação. Como já foi mencionado a situação é
agravante e pequenos gestos que englobem todas as áreas e redes de saúde podem
amenizar o quadro em que a saúde se encontra. É claro que devido à complexidade do
tema, diferentes vertentes e dados que o mesmo possui, pode-se afirmar que a
“complexidade” e detalhamento das doenças infecciosas não permite, nos limites deste
trabalho, apresentar todas as informações sobre o mesmo. Contudo, foi possível,
destacar os pontos essenciais do tema e trazer diversos questionamentos que ainda
podem e devem ser discutidos em sociedade. Desse modo, espera-se que o leitor possua
um olhar diferente a partir da leitura da pesquisa e que entenda a devida importância que
o assunto possui. Ademais, é desejado que os Governantes se preocupem de fato coma
problemática aqui citada. Por fim, faz-se necessário a discussão e implantação de políticas
públicas que disseminem essas informações e solucione o impasse.

Referências

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