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Resumo Sistema Cardiovascular – Mariana Prado

GUYTON – 12º EDIÇÃO – CAPÍTULO 9 - O Músculo Cardíaco; o Coração como uma Bomba e a Função das Valvas
Cardíacas

ÁTRIO DIREITO – VEIA CAVA SUPERIOR E INFERIOR

Á.D + V.D – VALVA TRICÚSPIDE

VENTRÍCULO DIREITO – VALVA PULMONAR E


ARTÉRIA PULMONAR

ÁTRIO ESQUERDO – VEIAS PULMONARES

Á.E + V.E – VALVA MITRAL

VENTRÍCULO ESQUERDO – VALVA AÓRTICA E


ARTÉRIA AORTA

FISIOLOGIA DO MÚSCULO CARDÍACO


- 3 tipos de músculo: M. atrial + M. ventricular + Fibras excitatórias e condutoras
- M. atrial e M. ventricular – contração semelhante ao do m. esquelético com maior duração
- Fibras – contração fraca por terem poucas fibras contráteis, têm descargas elétricas rítmicas e automáticas

Potencial de ação no m. cardíaco


- Potencial de ação –> - 105 milivolts até + 20 milivolts
- Potencial em ponta (spike = espigão - pico) inicial ->
Despolarização da membrana por 0,2 s = PLATÔ ->
Repolarização abrupta
- Contração cardíaca dura 15x mais do que a esquelética.

O que Causa o Potencial de Ação Prolongado e o Platô?


- Abertura de canais rápido de sódio e canais de cálcio-
sódio
- Canais de cálcio-sódio são mais lentos e ficam abertos
por mais tempo, o que causa prolongado período de
despolarização e o platô do potencial de ação
- íons cálcio que entram no canal de cálcio-sódio ativa a
contração muscular, durante o platô
- Permeabilidade aos íons potássio pelo influxo
excessivo de cálcio no canal cálcio-sódio

- Saída de íons K+ impede o retorno rápido do


potencial de ação
Fases do potencial de ação do miocárdio
- Fase 0:
- Abertura dos canais rápidos de sódio
- Entrada de Na+ na célula
- Fase 1;
- Fechamento dos canais rápidos de sódio
- Abertura dos canais rápidos de potássio
- Saída dos íons K+
- Fase 2:
- Fechamento dos canais rápidos de potássio
- Abertura dos canais de cálcio-sódio

- Entrada de Ca2+
- Redução da permeabilidade do K+ e saída de K+
- Atinge o platô
- Fase 3:
- Fechamento dos canais de cálcio-sódio
- Abertura dos canais lentos de potássio

- saída de potássio permeabilidade de K+


- Fim do platô e retorno ao potencial de repouso (– 90 milivolts)

Velocidade da Condução do Sinal no Miocárdio


- M. atrial e M. ventricular = 0,3 – 0,5 m/s
- Fibras de Purkinje = 4 m/s

Período Refratário do Miocárdio


- Refratário (desvia) à reestimulação durante o potencial
de ação – ou seja, enquanto estiver no platô não haverá
repolarização
- Período refratário do ventrículo – 0,2 a 0,3 s
- Período refratário do átrio – ½ do ventrículo – 0,15 s
- Período refratário relativo – 0,5 s – Se for um impulso
mais intenso é possível uma contração prematura

ACOPLAMENTO EXCITAÇÃO-CONTRAÇÃO – A
FUNÇÃO DOS ÍONS CÁLCIO E DOS TÚBULOS
TRANSVERSOS
- Acoplamento excitação-contração – mecanismo no qual
o potencial de ação provoca contração das miofibrilas
- Potencial de ação vai despolarizar o túbulo transverso,
que por sua vez despolariza o retículo sarcoplasmático,
que gera a liberação de íons Ca2+
- O Ca2+ catalisa a reação de contração da actina sobre
miosina, através de ligação com a troponina C, TnC, e desativação da troponina inibitória I, TnI.
- Túbulos T cardíaco têm diâmetro 5 x maiores que no M. esquelético
- Fim do platô – bombeamento de cálcio para o R. sarcoplasmático e demais para fora da célula pela Bomba Ca2+ATPase e
Bomba cálcio-sódio.
- Para equilibrar a entrada de sódio pela Bomba cálcio-sódio, há saída de Na+ pela Bomba Na+/K+ATPase.

CICLO CARDÍACO
- Durante a diástole, a pressão ventricular é baixa e as
válvulas atrioventriculares, mitral à esquerda e
tricúspide à direita, estão abertas.
- A primeira bulha cardíaca ocorre devido ao
fechamento das válvulas AV quando os ventrículos
estão quase cheios.
- Seguido pela sístole ventricular que tem um
aumento na pressão ventricular, e quando a pressão
se iguala à pressão arterial, as válvulas semilunares se
abrem, pulmonar à direita e aórtica à esquerda.
- A segunda bulha cardíaca, B2, ocorre devido ao
fechamento das válvulas semilunares.
- Retorna a fase de diástole ventricular e a pressão
ventricular diminui.

- CICLO CARDÍACO – Intervalo entre o início de um batimento e o início do próximo.


- Início = geração espontânea de impulso elétrico no NODO SINUSAL no Á. D – que se transmite pelo NODO
ATRIOVENTRICULAR para as demais áreas, primeiro para os átrios, depois para os ventrículos.
- Há um retardo de + 0,1 s na passagem do impulso do átrio para o ventrículo, o que dá tempo para contração do átrio e
enchimento do ventrículo, antes da contração ventricular.
- Átrios agem como bomba em escova (primer pump) em relação aos ventrículos.

Diástole e Sístole
- Diástole é o enchimento de sangue, período relaxado.
- Sístole é o período de contração e ejeção do sangue.
- Duração do ciclo cardíaco é o invers0 da frequência cardíaca = CC = 1/FC => CC = 1/72 minuto por batimento = 0,8 s/bat.7
O Aumento da Frequência Cardíaca Reduz a Duração do Ciclo Cardíaco
FC = CC, ou seja, diástole e sístole
- Em frequência muito rápida, não permanece relaxado tempo suficiente para permitir o enchimento completo

Relação do Eletrocardiograma com o Ciclo Cardíaco


- Ondas do eletrocardiograma são voltagens elétricas do
coração
- Onda P = despolarização dos átrios
- As ondas QRS = despolarização dos ventrículos
- Onda T ventricular = repolarização dos ventrículos, surge
pouco antes do final da contração ventricular.

Os Átrios Funcionam como Pré-bombas para os Ventrículos


- 80 % do sangue flui do átrio para o ventrículo antes
da contração atrial
- 20% do sangue é levado pela contração atrial
- Onda A – contração atrial
- Onda C – início da contração ventricular
- Onda V – fim da contração ventricular

FUNÇÃO DOS VENTRÍCULOS COMO BOMBAS


Os Ventrículos se Enchem de Sangue durante a Diástole
- Na sístole ventricular - sangue se acumula nos átrios direito e esquerdo - valvas A-V estão fechadas (tricúspide direita/
mitral esquerda)
- Pressões nos átrios durante a sístole ventricular forçam as valvas A-V a se abrirem = período de enchimento rápido
Ventricular
- 1/3 diástole- enchimento rápido dos ventrículos
- 2/3 diástole – sangue que vem das veias cavas superior e inferior no coração direito, e veias pulmonares no coração
esquerdo passam ao átrio e ao ventrículo diretamente
- 3/3 diástole – contração atrial – impulso ao sangue para os ventrículos

Ejeção de Sangue dos Ventrículos Durante a Sístole - Período de Contração Isovolumétrica (Isométrica)
- Início da contração ventricular, mas ainda insuficiente para abrir as valvas, por isso o volume não se altera e as fibras
musculares se encurtam pouco ou nada.
Período de Ejeção
- Período de saída do sangue dos ventrículos para as artérias aorta (esquerdo) e pulmonar (direito), quando a pressão é
suficiente para abrir as valvas semilunares aórtica (esquerdo) e pulmonar (direito).
- 60% sangue do ventrículo são ejetados na sístole – débito sistólico, o resto é volume sistólico final.
- 1/3 sístole – 70% V de ejeção é ejetado – Período de ejeção rápida
- 2/3 sístole – 30% V de ejeção é ejetado – Período de ejeção lenta

Período de Relaxamento Isovolumétrico (Isométrico)


- Final da sístole – relaxamento repentino com fechamento das valvas semilunares por causa do refluxo e não se altera o
volume
- Pressão volta ao valor diastólico e novo ciclo se inicia

Volume Diastólico Final, Volume Sistólico Final e Débito Sistólico


- Volume que aumenta na diástole ventricular - enchimento – VOLUME DIASTÓLICO FINAL – 120 ml
- Volume que sai dos ventrículos para artérias – DÉBITO SISTÓLICO – 70 ml
- Volume que fica nos ventrículos – VOLUME SISTÓLICO FINAL – 50 ml
- Pela capacidade de o volume diastólico final e de o volume sistólico final, o débito sistólico pode até 2x

AS VALVAS CARDÍACAS EVITAM O REFLUXO DE SANGUE DURANTE A SÍSTOLE


- Os músculos papilares ligados aos folhetos das valvas A-V pelas cordas tendíneas
- Os m. papilares contraem-se ao mesmo tempo que os ventrículos, não ajudam as valvas a se fechar. Em vez disso, eles
puxam as extremidades das valvas em direção aos ventrículos para evitar que as valvas sejam muito abauladas
para trás, em direção aos átrios, durante a contração ventricular.
- Velocidade da ejeção do sangue através das valvas semilunares é muito maior
que pelas valvas A-V.
- Extremidades das valvas semilunares estão sujeitas a abrasões mecânicas muito
maiores do que as valvas A-V.

- As curvas de pressão no ventrículo direito e na artéria pulmonar são


semelhantes às obtidas no ventrículo esquerdo e na aorta, a não ser pelos
valores das pressões de 1/6 dos equivalentes esquerdos.

Relação entre os Sons Cardíacos e o Bombeamento Cardíaco


- Quando os ventrículos se contraem – 1º som/BULHA= fechamento das valvas A-V. O timbre da vibração = baixo, duração
longa
- Quando as valvas semilunares se fecham, ao final da sístole, ouve-se rápido estalido – 2ºBULHA - por elas se fecharem
rapidamente.

“Diagrama Volume-Pressão” durante o Ciclo Cardíaco; O Trabalho Cardíaco


I – PERÍODO DE ENCHIMENTO
II – CONTRAÇÃO ISOVOLUMÉTRICA
III – PERÍODO DE EJEÇÃO
IV- RELAXAMENTO ISOVOLUMÉTRICO

- As linhas com mesmo volume se referem a isovolumétrica, a 2º e menor é a contração e a 4º e maior é o relaxamento.
- As curvas representam a alteração de volume, a 1º e de baixo é o enchimento e a 3º e de cima é a ejeção.

Conceitos de Pré-carga e Pós-carga


- Pré-carga – grau de tensão do músculo quando ele começa a se
contrair (pressão do músculo antes da contração)
- Pré-carga = pressão diastólica final
- Pós- carga – pressão de saída do sangue do ventrículo para as
artérias
- Pós-carga = pressão sistólica

REGULAÇÃO DO BOMBEAMENTO CARDÍACO


- Regulação cardíaca intrínseca - variações do volume
- Controle da frequência cardíaca e da força de bombeamento pelo
SNA

REGULAÇÃO INTRÍNSECA DO BOMBEAMENTO


CARDÍACO — O MECANISMO DE FRANK-STARLING
- Capacidade intrínseca do coração de se adaptar a volumes crescentes de afluxo sanguíneo - mecanismo cardíaco de Frank –
Starling

- Quanto mais o miocárdio for distendido durante o enchimento, será a força da contração e será a quantidade de sangue
bombeada para a aorta.
Controle do Coração pela Inervação Simpática e Parassimpática
- Estimulação simpática é capaz de o débito cardíaco até seu
dobro ou triplo, além do aumento do débito, originado pelo
mecanismo de Frank-Starling.
- A inibição dos nervos simpáticos pode diminuir o bombeamento
cardíaco.
- Estímulo parassimpático - fibras vagais estão dispersas, em
grande parte, pelos átrios e muito pouco nos ventrículos, o que
reduz um pouco a frequência de batimentos, mas não altera a
força de contração.

EFEITO DOS ÍONS POTÁSSIO E CÁLCIO NO


FUNCIONAMENTO CARDÍACO
De K+ - Dilata o coração e o torna flácido
Reduz a frequência, a força e pode levar a morte.

de Ca2+ - Causa contração espástica – aumento involuntário


de contração muscular

de Ca2+ - fraqueza cardíaca

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