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UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Ana Caroline da Silva


Daniel Souza de Oliveira
Felipe Macedo de Faria
Haroldo de Macedo
Leandro Rodrigues
Patrícia Paula Santos Cariolatto
Rafael Dias de Melo
Thaise Yumie Tomokane

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Modelagem Matemática na Educação de Jovens e Adultos – EJA

São Paulo
2023
UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Ana Caroline da Silva


Daniel Souza de Oliveira
Felipe Macedo de Faria
Haroldo de Macedo
Leandro Rodrigues
Patricia Paula Santos Cariolatto
Rafael Dias de Melo
Thaise Yumie Tomokane

Modelagem Matemática na Educação de Jovens e Adultos – EJA

Monografia apresentada, como exigência


parcial para a obtenção do grau de
Licenciado em Matemática, na
Universidade Virtual do Estado de São
Paulo, sob a orientação da Professora Esp.
Danielle Aparecida de Fátima Carvalho.

São Paulo
2023
Ana Caroline da Silva
Daniel Souza de Oliveira
Felipe Macedo de Faria
Haroldo de Macedo
Leandro Rodrigues
Patricia Paula Santos Cariolatto
Rafael Dias de Melo
Thaise Yumie Tomokane

Modelagem Matemática na Educação de Jovens e Adultos – EJA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência parcial para a obtenção do grau
de Licenciado em Matemática da Universidade Virtual do Estado de São Paulo

Aprovado em de de 2023.

________________________________
Profa. Esp Danielle Aparecida de Fátima Carvalho
Universidade Virtual do Estado de São Paulo
Orientadora

________________________________
Prof. ????
Universidade Virtual do Estado de São Paulo
Coordenador do Curso de Licenciatura em Matemática

São Paulo
2023
RESUMO

SILVA, Ana Caroline da; OLIVEIRA, Daniel Souza de; FARIA, Felipe Macedo de;
MACEDO, Haroldo de; RODRIGUES, Leandro; CARIOLATTO, Patricia Paula Santos;
MELO, Rafael Dias de; TOMOKANE, Thaise Yumie. Modelagem Matemática na Educação
de Jovens e Adultos – EJA. 2023. 10 f. Trabalho de Conclusão de Curso Licenciatura em
Matemática - Universidade Virtual do Estado de São Paulo – 2023.

A educação de jovens e adultos (EJA) enfrenta vários desafios e um dos fatores que dificultam
a aprendizagem desse público-alvo é a forma como o conteúdo é apresentado em sala de aula.
Pensando nessa temática, esse trabalho tem por objetivo explorar a abordagem utilizada no
ambiente escolar, especificamente nas aulas de matemática, a fim de propor uma reflexão e
sugerir uma forma de modelagem matemática que possa ser eficaz na aprendizagem desses
estudantes. Para tanto, foram consultadas informações obtidas através de questionários e
entrevistas com os alunos, também através de um bate-papo com docentes da área e pesquisas
bibliográficas sobre o assunto, sendo assim, possível chegar a solução para a problemática
encontrada. Portanto, pode se afirmar que a implementação do trabalho trará mais eficiência na
aquisição do conhecimento adquirido pelos alunos.

Palavras-chave: EJA; Educação; Modelagem; Matemática.


ABSTRACT

SILVA, Ana Caroline da; OLIVEIRA, Daniel Souza de; FARIA, Felipe Macedo de;
MACEDO, Haroldo de; RODRIGUES, Leandro; CARIOLATTO, Patricia Paula Santos;
MELO, Rafael Dias de; TOMOKANE, Thaise Yumie. Mathematical Modeling in Youth and
Adult Education – EJA. 2023. 10 f. Completion of Coursework Degree in Mathematics -
Virtual University of the State of São Paulo – 2023.

Youth and adult education (EJA) faces several challenges and one of the factors that make
learning difficult for this target audience is the way the content is presented in the classroom.
With this theme in mind, this work aims to explore the approach used in the school
environment, specifically in mathematics classes, in order to propose a reflection and suggest a
form of mathematical modeling that can be effective in the learning of these students. To this
end, information obtained through questionnaires and interviews with students was consulted,
also through a chat with teachers in the area and bibliographical research on the subject,
making it possible to reach a solution to the problem encountered. Therefore, it can be stated
that the implementation of the work will bring more efficiency in the acquisition of knowledge
acquired by students.

Keywords: EJA; Education; Modeling; Mathematics.


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................1
2. DESENVOLVIMENTO.........................................................................................................1
2.1 MODELAGEM MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO.......................................................................1
2.2. BREVE HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS ADULTOS NO BRASIL...............................1
2. 3. MODELAGEM MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS ADULTOS..................................1
2.4. BENEFÍCIOS DA MODELAGEM MATEMÁTICA PARA JOVENS ADULTOS..............................1
2.5. DESAFIOS E CONSIDERAÇÕES.............................................................................................1
3. METODOLOGIA..................................................................................................................1
3.1. AMOSTRA E COLETA DE DADOS.........................................................................................1
3.2. ANÁLISE DE DADOS...........................................................................................................1
3.3. AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS..........................................................................................1
3.4. CONSIDERAÇÕES ÉTICAS....................................................................................................1
3.5. CRONOGRAMA....................................................................................................................1
REFERÊNCIAS..........................................................................................................................1
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1. INTRODUÇÃO

A educação é um dos pilares fundamentais para o desenvolvimento social e individual,


desempenhando um papel crucial na formação de cidadãos capazes de enfrentar os desafios de
uma sociedade em constante evolução. No entanto, a educação não possui uma abordagem
única capaz de se adaptar a todos os indivíduos, e os jovens e adultos, em particular,
frequentemente enfrentam barreiras e desafios únicos ao buscarem sua formação acadêmica e
profissional. Este trabalho tem como objetivo explorar a modelagem matemática como uma
ferramenta inovadora e poderosa para melhorar a eficácia da educação de jovens e adultos.
A educação de jovens e adultos é um campo que lida com uma variedade de desafios,
incluindo a diversidade de antecedentes educacionais, experiências de vida e objetivos de
aprendizado. Tradicionalmente, os métodos de ensino podem não atender adequadamente às
necessidades específicas desses alunos, o que pode levar a altas taxas de evasão e insucesso
acadêmico, pois são metodologias precárias criadas para ensino de crianças e adaptadas para o
público da EJA (FONSECA, 2002). Nesse contexto, a modelagem matemática apresenta-se
como uma abordagem que busca compreender, descrever e solucionar problemas do mundo
real por meio do uso de modelos matemáticos. Essa abordagem oferece uma oportunidade
valiosa para personalizar o processo de aprendizado, tornando-o mais relevante, significativo e
envolvente para os jovens adultos, pois aproxima os conteúdos matemáticos com o cotidiano,
ajuda a superar a linearidade da apresentação dos conteúdos e articula os conteúdos com outras
áreas do conhecimento, assim como desenvolve a criticidade frente a aspectos
sociais. (KLÜBER; MUTTI; SILVA, 2015).
A modelagem matemática permite que os educadores desenvolvam estratégias
educacionais que se adaptem às necessidades individuais dos alunos, aproveitando suas
experiências e interesses pessoais. Além disso, essa abordagem pode auxiliar na identificação
precoce de dificuldades de aprendizado e na avaliação do progresso do aluno, contribuindo
para a melhoria contínua da qualidade do ensino.
A modelagem matemática é o processo de criar representações matemáticas de
sistemas, fenômenos ou processos do mundo real, com abordagem em muitas áreas da ciência,
engenharia, economia e outros campos, permitindo a pesquisadores e cientistas estudarem e
compreender melhor o comportamento e as interações de sistemas complexos. Como cita
Bassanezi (2002, p. 20):
Modelagem Matemática é um processo dinâmico utilizado para a
obtenção e validação de modelos matemáticos. E uma forma de abstração e
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generalização com a finalidade de previsão de tendências. A modelagem


consiste, essencialmente, na arte de transformar situações da realidade em
problemas matemáticos cujas soluções devem ser interpretadas na linguagem
usual.

Bassanezi (2002) lembra ainda que uma boa modelagem implica em fazer previsões,
explicar e entender, participando do mundo real com condições de provocar mudanças,
ressaltando sempre a importância do contexto da aplicabilidade.
Segundo Burak (2019), a modelagem matemática pode ser desenvolvida em cinco
etapas:
1. Escolha do tema;
2. Pesquisa exploratória;
3. Levantamento do(s) problema(s);
4. Resolução do(s) problema(s) e o desenvolvimento do conteúdo matemático no
contexto do tema;
5. Análise crítica da(s) solução(ões)
Neste trabalho, exploraremos as aplicações da modelagem matemática na educação de
jovens adultos, destacando estudos de caso que demonstram o impacto positivo dessa
abordagem. Também examinaremos as potenciais barreiras e desafios que podem surgir ao
implementar a modelagem matemática na educação, e discutiremos estratégias para superá-los.
Em um mundo onde a educação é cada vez mais reconhecida como um motor de
transformação social e econômica, a modelagem matemática representa uma ferramenta valiosa
para aprimorar a experiência educacional dos jovens adultos, capacitando-os a atingir seu pleno
potencial e contribuir de maneira significativa para a sociedade.
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2. DESENVOLVIMENTO

A modelagem matemática é uma abordagem pedagógica que tem sido amplamente


estudada e implementada em contextos educacionais ao redor do mundo. Neste segmento,
vamos explorar as principais conclusões e contribuições dos estudos anteriores relacionados à
aplicação da modelagem matemática na educação de jovens adultos.

2.1 Modelagem Matemática na Educação

A aplicação da modelagem matemática no ensino está enraizada na ideia de que a matemática é


muito mais do que fórmulas e cálculos abstratos. Ela se baseia na criação de modelos que
representam situações reais e no uso da matemática para resolver problemas significativos.
Stillman (2008) ressalta que a modelagem matemática na educação "desperta o interesse dos
alunos, aumenta a compreensão conceitual e promove a aplicação prática do conhecimento
matemático".

2.2. Breve Histórico da Educação de Jovens Adultos no Brasil

A Educação de Jovens e Adultos – EJA, iniciou sua trajetória no Brasil já no período


colonial, época em que os jesuítas exerciam ação educativa religiosa, voltada para o ensino da
religião católica para adultos brancos e indígenas.
Segundo Moura (2004), durante o Período colonial, a educação era considerada tarefa
da Igreja e não do Estado e por esse motivo, esteve em poder dos jesuítas por dois séculos, que
estenderam sua influência por toda a colônia, através da fundação de colégios, que difundiam
uma educação clássica, humanista e acadêmica.
A educação de adultos teve seu início com a chegada
dos jesuítas em 1549. Essa educação esteve, durante séculos,
em poder dos jesuítas que fundaram colégios nos quais era
desenvolvida uma educação cujo objetivo inicial era formar
uma elite religiosa (MOURA, 2004, p.26).
Moura (2004), afirma que as primeiras iniciativas de ensino da época, foram
destinadas mais para adultos e adolescentes do que para as crianças, já que na época
predominava o proselitismo religioso, então a ideia central era educar e catequizar seguindo as
normais dos colonizadores portugueses, que necessitavam de mão de obra para atividades
extrativistas e trabalho na lavoura. O trabalho educativo dos jesuítas iniciou-se com os Índios e
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alcançaram os filhos dos proprietários de terras, o intuito era preparar os filhos desses
poderosos, para assumir a ordem religiosa, ou a continuidade da educação nas universidades.
Em 1759, Marquês de Pombal toma a decisão de expulsar os jesuítas, tanto de Portugal
como também das colônias, isso ocasiona na mudança de toda a estrutura educacional ofertada
no país, neste contexto pela primeira vez o Estado assume os encargos da educação, iniciando a
escola pública no Brasil, porém os adultos pobres que tinham interesse em estudar não acharam
espaço nesse novo cenário da educação, a reforma feita por Pombal, tornou a educação um
privilégio para poucos, os mais abastados, já que priorizava o ensino superior.
“com a expulsão dos jesuítas de Portugal e das
colônias em 1759, pelo marquês de pombal toda a estrutura
organizacional da educação passou por transformações. A
uniformidade da ação pedagógica, a perfeita transição de um
nível escolar para outro e a graduação foram substituídas pela
diversidade das disciplinas isoladas. Assim podemos dizer
que a escola pública no Brasil teve seu início com pombal, os
adultos das classes menos abastadas que tinham intenção de
estudar não encontravam espaço na reforma Pombalina”.
(MOURA, 2003, p.27).
Já na época colonial, com a chegada da família real ao Brasil, a educação afim de
atender a interesses da elite da monarquia, volta-se para a criação de cursos superiores, isso
contribui diretamente a fatores que ocasionaram a impulsão da independência política no país,
Moura (2003, p.27) ressalta que “não havia interesse, por parte da elite na expansão da
escolarização básica para o conjunto da população, tendo em vista que a economia tinha como
referencial o modelo de produção agrário”, portanto pouca coisa foi feita pela educação de
jovens e adultos.
Com a chegada da família real no país, o Brasil passa de colônia a sede provisória da
monarquia, para tanto uma nação necessita de leis que regulamente sua autonomia política,
com isso em 1827 é outorgada a constituição imperial que em suas linhas, assegurava a
liberdade e a segurança individual, além da escolarização gratuita e a todos os cidadãos, porém
na prática não foi o que ocorreu.
Art. 179—A inviolabilidade dos direitos civis e
políticos dos cidadãos brasileiros que tem por base a
liberdade à segurança individual e a propriedade é garantida
pela constituição do império entre outras maneiras pela
instituição primária e gratuita a todos os cidadãos. (MOURA,
2003, p.28).
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No período Republicano no cenário educacional não há mudanças significativas, a


educação ofertada ainda mantinha o padrão de privilegiar a elite que dominava o país, o que
contribuiu para o aumento do percentual do analfabetismo entre adultos. Moura (2003, p.31)
afirma que “o modelo educacional continua privilegiando as classes dominantes”.
Em 1834 segundo Aranha (2016), a educação passou a ser responsabilidade das
províncias e houve um direcionamento do ensino para os jovens e adultos, porém os métodos
apresentados eram insuficientes e não tinham qualidade, a desvalorização dos professores que
atuavam nessa modalidade de ensino, já que não eram remunerados e os alunos taxados de
degenerados e ou perigosos, o que não despertava o interesse de novos alunos.
Quase um século depois, nos anos de 1930, o cenário político brasileiro é outro, é
criado um regime militar no governo Getúlio Vargas denominado de Estado Novo, surge o
interesse de se organizar a educação para atender a demanda de produção do país, que se
fortalecia pela grande demanda da política de substituição de importação, alavancada pelas
consequências da Primeira Guerra Mundial.
Em 1934 é criado o Plano Nacional de Educação, que estabelecia como dever do Estado
o ensino primário e integral, gratuito e obrigatório e extensivo para os jovens e adultos, nesse
contexto pela primeira vez foi oficializada a educação de jovens e adultos (STRELHOW,
2018).
Ainda segundo STRELHOW (2018), já em 1937 ocorreu um golpe o que levou esse
avanço a ser substituído pela nova instituição vigente centralizadora, que visava a mão de obra
direcionando o ensino a questão profissional, esse período teve fim em 1945, onde a educação
das camadas populares foi evidenciada tornando-se em um problema da política brasileira.
Foram lançadas campanhas para a erradicação do analfabetismo e embora de suma importância
não obtiveram êxito, somente em 1960 que essas mobilizações trouxeram visibilidade para a
educação de jovens e adultos.
Em 1967 é criado o Mobral com o objetivo de alfabetizar funcionalmente e fomentar a
educação continuada, nesse programa de alfabetização a mesma ficou restrita a aprender a ler e
escrever, não havia interesse em contextualizar ou significar a alfabetização, segundo Medeiros
(1999, p. 189), esse era o sentido político do Mobral, responsabilizar o indivíduo de sua
situação formando uma “pessoa vazia sem conhecimento, a ser socializada pelos programas do
Mobral”.
No ano de 1996 foi criada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB),
através da lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que continua em vigor atualmente, a lei
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garante a oferta de ensino regular para jovens e adultos, com adequações para atender
características e modalidades adequadas as suas necessidades e disponibilidade desses alunos.
Segundo o artigo 4º, inciso VII da LDB (2023)
“O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado
mediante a garantia de:
VII - oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com
características e modalidades adequadas às suas necessidades e
disponibilidades, garantindo-se aos que forem trabalhadores as condições de
acesso e permanência na escola”
Em 2003 o Governo Federal criou o Programa Brasil Alfabetizado, que atualmente
ainda está em vigência e é desenvolvido em todo o território Nacional, em regime de
colaboração entre Distrito Federal, estados e os municípios, tendo atendimento prioritário aos
municípios que apresentam maior índice de analfabetismo, segundo dados do MEC (2023), o
programa atende cerca de 1, 3milhão de jovens e adultos.

2. 3. Modelagem Matemática na Educação de Jovens Adultos

A educação de jovens adultos é um campo que enfrenta desafios específicos devido à


diversidade de experiências educacionais e ao contexto de vida dos alunos. A modelagem
matemática tem se mostrado particularmente eficaz nesse contexto, permitindo que os
educadores adaptem suas abordagens às necessidades individuais dos alunos, criando conexões
entre a matemática e a vida cotidiana, tornando o processo de aprendizagem mais relevante.

2.4. Benefícios da Modelagem Matemática para Jovens Adultos

Estudos anteriores têm destacado uma série de benefícios associados à aplicação da


modelagem matemática na educação de jovens adultos. Esses benefícios incluem o aumento da
motivação e engajamento dos alunos, uma compreensão mais sólida dos conceitos matemáticos
e a capacidade de aplicar a matemática a problemas do mundo real (LESH, 2013). Além disso,
a modelagem matemática ajuda a desenvolver habilidades de resolução de problemas e
pensamento crítico, que são fundamentais para o sucesso acadêmico e profissional dos jovens
adultos.
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2.5. Desafios e Considerações

Embora a modelagem matemática ofereça inúmeras vantagens, também enfrenta


desafios na implementação. Dentre os desafios comuns estão a necessidade de recursos
educacionais adequados, a formação de professores e a adaptação dos currículos(Blum, 2007).
A superação desses obstáculos requer esforços coordenados por parte das instituições
educacionais e dos educadores.
Em resumo, a revisão bibliográfica revela que a modelagem matemática é uma
abordagem poderosa na educação de jovens adultos. Ela oferece uma maneira envolvente e
significativa de ensinar matemática, conectando-a à vida cotidiana e promovendo o
desenvolvimento de habilidades essenciais. No entanto, a implementação bem-sucedida requer
um compromisso contínuo com o desenvolvimento de recursos e a formação de professores, a
fim de superar os desafios associados a essa abordagem pedagógica.
A próxima seção deste trabalho explorará a metodologia usada para investigar a
aplicação da modelagem matemática na educação de jovens adultos, incluindo os métodos de
coleta de dados e análise utilizados.
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3. METODOLOGIA

3.1. Amostra e coleta de dados

Para esta pesquisa, será selecionada uma instituição educacional que atenda a
modalidade de ensino EJA (Educação de Jovens e Adultos), sendo realizado com os
educadores de matemática e alunos. Para obter informações relevantes sobre a aplicação da
modelagem matemática na educação de jovens e adultos, serão utilizados os seguintes métodos
de coleta de dados:

Questionários: Serão elaborados questionários específicos para educadores e alunos.


Os questionários serão distribuídos de forma eletrônica, por e-mail ou através de plataformas
online de pesquisa. Os educadores serão questionados sobre seus métodos de ensino,
experiência com modelagem matemática e percepções sobre seu impacto na aprendizagem dos
alunos. Os alunos serão questionados sobre sua experiência com atividades de modelagem
matemática, motivação e compreensão dos conceitos matemáticos.
Entrevistas: Serão conduzidas entrevistas semiestruturadas com educadores e alunos.
As entrevistas serão gravadas e posteriormente transcritas para análise. As perguntas abordarão
tópicos como a integração da modelagem matemática no currículo, desafios enfrentados e
exemplos práticos de aplicação.
Observações: Serão realizadas observações em sala de aula para avaliar como os
educadores incorporam conceitos de modelagem matemática em suas práticas de ensino e
como os alunos interagem com esses conceitos. Serão registradas notas de campo e
observações relevantes durante as sessões de observação.
Análise Documental: Serão analisados documentos institucionais, planos de aula,
materiais didáticos e relatórios de pesquisa relevantes para obter informações contextuais sobre
a implementação da modelagem matemática na educação de jovens adultos.

3.2. Análise de Dados

A análise de dados envolverá a utilização de métodos quantitativos e qualitativos. Os


dados quantitativos provenientes dos questionários serão analisados usando técnicas estatísticas
descritivas, como médias, desvios padrão e testes de correlação. Os dados qualitativos das
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entrevistas, observações e análise documental serão submetidos à análise de conteúdo,


permitindo a identificação de temas e padrões emergentes

3.3. Avaliação dos Resultados

Os resultados da pesquisa serão avaliados à luz dos objetivos do estudo. Os resultados


quantitativos serão apresentados em tabelas e gráficos, enquanto os resultados qualitativos
serão relatados por meio de narrativas. A análise dos resultados permitirá identificar as
percepções, desafios e impactos da aplicação da modelagem matemática na educação de jovens
adultos.

3.4. Considerações Éticas

Todas as etapas da pesquisa serão conduzidas de acordo com princípios éticos de


pesquisa, incluindo obtenção de consentimento informado dos participantes, garantia de
anonimato e confidencialidade dos dados e respeito às normas éticas de pesquisa.
Certificaremos o cumprimento rigoroso das considerações éticas ao longo de todas as fases da
pesquisa.
Essa metodologia abordará a pesquisa sobre a aplicação da modelagem matemática na
educação de jovens adultos de maneira abrangente e sistemática, permitindo uma investigação
rigorosa dos objetivos do estudo.

3.5. Cronograma

A pesquisa será realizada ao longo do segundo semestre de 2023, de acordo com o


seguinte cronograma:

1. Planejamento e preparação: 09/2023


2. Coleta de dados: 09/2023 a 10/2023
3. Análise de dados: 10/2023
4. Avaliação dos resultados: 10/2023 a 11/2023
5. Redação do relatório final: 09/2023 a 11/2023
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REFERÊNCIAS

BASSANEZI, R. C. Ensino-aprendizagem com modelagem matemática, São Paulo: Editora


Contexto, 2002.

BLUM, Werner et al. (Ed.). Modelling and applications in mathematics education: The
14th ICMI study. Boston, MA: Springer US, 2007.

FONSECA, Maria Conceição Ferreira Reis. Educação Matemática de jovens e adultos. Belo
Horizonte, MG: Autêntica, 2002.

KLÜBER, T. E.; MUTTI, G. DE S. L.; SILVA, M. V. DA. Modelagem matemática (MM) na


educação de jovens e adultos (EJA): contribuições a partir de um metaestudo. Revista
Percursos, v. 16, n. 31, p. 83–117, 10 nov. 2015.

LESH, R. et al. (EDS.). Modeling Students’ Mathematical Modeling Competencies.


Dordrecht: Springer Netherlands, 2010.

STILLMAN, G. A.; BLUM, W.; KAISER, G. (EDS.). Mathematical Modelling and


Applications. Cham: Springer International Publishing, 2008.

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