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Limites Apostila
Limites Apostila
LIMITES ...................................................................................................................................... 1
1. INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................1
Definição 1. Definição de Limite .............................................................................................................. 7
TEOREMA 1 (TEOREMA DA UNICIDADE):............................................................................................... 7
2. PROPRIEDADES OPERATORIAS DOS LIMITES .............................................................. 9
3. PROPRIEDADES OPERATÓRIAS DOS LIMITES (Quadro Resumo)............................. 12
4. PROPRIEDADE DE SUBSTITUIÇÃO DIRETA .................................................................. 13
5. CÁLCULO DE LIMITES E EXPRESSÕES INDETERMINADAS ....................................15
6. LIMITES INFINITOS .............................................................................................................. 17
Definição 2. Limite Infinito (+∞) ........................................................................................................... 17
Definição 3. Limite Infinito (−∞) ........................................................................................................... 18
TEOREMA 2 (limites infinitos):..................................................................................................................... 18
TEOREMA 3 (limites infinitos):..................................................................................................................... 19
Definição 4. Assíntota Vertical. .............................................................................................................. 23
7. LIMITES NO INFINITO ......................................................................................................... 24
Definição 5. Limite no infinito (+∞) ...................................................................................................... 24
Definição 6. Limite no infinito (−∞) ...................................................................................................... 25
TEOREMA 4 (limites no infinito): ................................................................................................................. 25
Definição 7. Assíntota Horizontal. .......................................................................................................... 26
8. LIMITES INFINITOS NO INFINITO.................................................................................... 29
Limites de 𝒙𝒏 quando 𝒙 → ±∞ ...................................................................................................................... 29
TEOREMA 5: (TEOREMA DO CONFRONTO): ......................................................................................... 31
9. LIMITES FUNDAMENTAIS .................................................................................................. 32
10. RESUMO SOBRE LIMITES ............................................................................................... 38
CONTINUIDADE ...................................................................................................................... 40
Definição 8. Função Contínua - Continuidade em um ponto: ................................................................. 41
Definição 9. Continuidade: ..................................................................................................................... 41
Definição 10. Continuidade em um conjunto: ........................................................................................ 43
11. PROPRIEDADES ................................................................................................................. 43
12. PROPOSIÇÃO ...................................................................................................................... 43
TEOREMA 6: Limite na função composta ..................................................................................................... 46
TEOREMA 7: Continuidade na Função Composta ........................................................................................ 46
13. TIPOS DE DESCONTINUIDADES ....................................................................................47
Definição 11. Descontinuidade evitável ou removível ........................................................................... 47
Definição 12. Descontinuidade essencial ................................................................................................ 47
TEOREMA 8: Teorema do valor intermediário (TVI) ................................................................................... 48
Apostila de Cálculo 1
Profs: Andrea Morgado, Camila Costa, Joseane Porto, Mauricio Braga
LIMITES
1. INTRODUÇÃO
𝑓(𝑥) = 𝑠𝑒 𝑥 ≠ 1, 𝑎 = 1
−1 𝑠𝑒 𝑥 = 1
2) 𝑎 = 1 ⟶ 𝑓(1) = −1
3) a)
x 𝒚 = 𝒇(𝒙)
Através da tabela podemos verificar que para
1,2 3,2
1,1 3,1 valores de x maiores, mas muito próximos de
1,01 3,01
1, a função 𝑓(𝑥) se aproxima de 3. Isso
1,001 3,001
1,0001 3,0001 sugere que que quando 𝑥 tende a 1 pela
1,00001 3,00001
direita, 𝑦 tende a 3.
⋮ ⋮
1,0000...01 3,0000...01
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Apostila de Cálculo 1
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3.b)
x 𝒚 = 𝒇(𝒙) Para valores de x menores, mas muito
0,9 2,9
próximos de 1, podemos verificar que 𝑓(𝑥)
0,99 2,99
0,999 2,999 se aproxima de 3. Isso sugere que, quando x
0,9999 2,9999
tende a 1 pela esquerda, y tende a 3.
0,99999 2,99999
0,999999 2,999999
⋮ ⋮
3.c) Através do gráfico de f (e das tabelas dos itens a e b), podemos verificar que quando x se
aproxima de 1, tanto por valores maiores (direita) quanto por valores menores (esquerda) do
que 1, temos que y tende a 3.
Observe que 𝑓(1) ≠ 3, porém podemos tornar o valor de 𝑓(𝑥) tão próximo quanto quisermos
de 3 ao escolhermos x próximo o suficiente de 1. Simbolicamente:
𝑙𝑖𝑚 𝑓(𝑥) = 𝑙𝑖𝑚 𝑓(𝑥) = 𝑙𝑖𝑚𝑓(𝑥) = 3
→ → →
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𝑓(𝑥) = 𝑥 − 2𝑥 − 3, 𝑎 = 2
1) 𝐷(𝑓) = ℝ
2) 𝑎 = 2 ⟶ 𝑓(2) =?
𝑓(2) = 2 − 2(2) − 3
= 4−4−3
= −3
3) a)
x 𝒚 = 𝒇(𝒙) Através da tabela podemos verificar que para
2,1 -2,79 valores de x maiores, mas muito próximos de
2,01 -2,9799
2,001 -2,997999 2, 𝑓(𝑥) se aproxima de −3. Ou seja, quando
2,0001 -2,99979999 x tende a 2 pela direita, y tende a −3.
2,00001 -2,999979999
2,000001 -2,9999979999
⋮ ⋮
3.b) Para valores menores, mas muito próximos
x 𝒚 = 𝒇(𝒙)
1,9 -3,19 de 2 podemos verificar que 𝑓(𝑥) se aproxima
1,99 -3,0199 de −3, mas nunca é igual a −3. Ou seja,
1,999 -3,001999
1,9999 -3,00019999 quando x tende a 1 pela esquerda, y tende a
1,99999 -3,0000199999 −3.
1,999999 -3,000001999999
⋮ ⋮
3.c) Através do gráfico da f (e das tabelas dos itens a e b), podemos verificar que quando x se
aproxima de 2 por valores maiores (direita) e por valores menores (esquerda) do que 2, y tende
a −3.
Simbolicamente:
𝑙𝑖𝑚 𝑓(𝑥) = 𝑙𝑖𝑚 𝑓(𝑥) = 𝑙𝑖𝑚𝑓(𝑥) = −3
→ → →
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3.d) Quando x cresce ilimitadamente (ou seja,
x 𝒚 = 𝒇(𝒙)
quando x tende a mais infinito), podemos
10 77
100 9797 observar que y também cresce
1000 997997
ilimitadamente. Sendo assim, podemos dizer
10000 99979997
100000 9999799997 que quando x tende a mais infinito (+∞), y
⋮ ⋮
tende a mais infinito (+∞).
3.e) Quando x decresce ilimitadamente (ou seja,
x 𝒚 = 𝒇(𝒙)
quando x tende a menos infinito), podemos
-10 117
-100 10197 observar que y cresce ilimitadamente. Sendo
-1000 1001997
assim, podemos dizer que quando x tende a
-10000 100019997
-100000 10000199997 menos infinito (−∞), y tende a mais infinito
-1000000 1000001999997
(+∞), ou seja, quando
⋮ ⋮
𝑥 ⟶ −∞, 𝑦 ⟶ +∞.
𝑥 + 2, 𝑥 ≤ 3
𝑓(𝑥) = , 𝒂=𝟑
2𝑥 − 4, 𝑥 > 3
1) 𝐷(𝑓) = ℝ
2) 𝑎 = 3 ⟶ 𝑓(3) =?
𝑓(3) = 3 + 2 = 5
3) a)
x 𝒚 = 𝒇(𝒙)
Através da tabela podemos verificar que para
3,1 2,2
3,01 2,02 valores de x maiores, mas muito próximos de
3,001 2,002 3, 𝑓(𝑥) se aproxima de 2. Ou seja, quando x
3,0001 2,0002
3,00001 2,00002 tende a 3 pela direita, y tende a 2.
3,000001 2,000002
⋮ ⋮
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3.b)
x 𝒚 = 𝒇(𝒙)
Para valores menores, mas muito próximos
2,9 4,9
2,99 4,99 de 3 podemos verificar que 𝑓(𝑥) se aproxima
2,999 4,999
de 5, mas nunca é igual a 5. Ou seja, quando
2,9999 4,9999
2,99999 4,99999 x tende a 3 pela esquerda, y tende a 5.
2,999999 4,999999
⋮ ⋮
3.c) Através do gráfico da f (e das tabelas dos itens a e b), podemos verificar que quando x se
aproxima de 3 por valores maiores (direita) do que 3, y tende a 2, e quando x se aproxima de
3 por valores menores (esquerda) do que 3, y tende a 5. Ou seja, quando x tende a 3 não
podemos afirmar para qual valor y está tendendo.
Dessa forma, o limite da 𝑓(𝑥) não existe quando 𝑥 → 3. Simbolicamente:
𝑙𝑖𝑚 𝑓(𝑥) ≠ 𝑙𝑖𝑚 𝑓(𝑥) ⟹ 𝑙𝑖𝑚𝑓(𝑥) não existe (∄)
→ → →
3.d)
Quando x cresce ilimitadamente, podemos
x 𝒚 = 𝒇(𝒙)
10 16 observar que y também cresce
100 196
ilimitadamente. Sendo assim, podemos dizer
1000 1996
10000 19996 que quando x tende a mais infinito (+∞), y
100000 199996
tende a mais infinito (+∞).
1000000 1999996
⋮ ⋮ Ou seja, 𝑥 ⟶ +∞, 𝑦 ⟶ +∞.
3.e)
Quando x decresce ilimitadamente, podemos
x 𝒚 = 𝒇(𝒙)
-10 -8 observar que y decresce ilimitadamente.
-100 -98
Sendo assim, podemos dizer que quando x
-1000 -998
-10000 -9998 tende a menos infinito (−∞), y tende a
-100000 -99998
menos infinito (−∞), ou seja, quando
-1000000 -999998
⋮ ⋮ 𝑥 ⟶ −∞, 𝑦 ⟶ −∞.
Intuitivamente, dada uma função 𝑓(𝑥) e um ponto 𝑎, dizemos que o limite a direita desta
função é 𝐿 quando 𝑥 tende à 𝑎 pela direita (𝑥 → 𝑎 ) se a medida que 𝑥 se aproxima de 𝑎 pela
direita (isto é, valores maiores que 𝑎), os valores de 𝑓(𝑥) se aproximam de 𝐿. Simbolicamente:
𝑙𝑖𝑚 𝑓(𝑥) = 𝐿
→
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Da mesma forma, dizemos que o limite a esquerda da função é 𝑀 quando 𝑥 tende à 𝑎
pela esquerda (𝑥 → 𝑎 ) se, a medida que 𝑥 se aproxima de 𝑎 pela esquerda (isto é, valores
menores que 𝑎), os valores de 𝑓(𝑥) se aproximam de 𝑀. Simbolicamente:
𝑙𝑖𝑚 𝑓(𝑥) = 𝑀
→
No caso em que 𝐿 = 𝑀, ou seja, os limites laterais são iguais, dizemos que existe o limite
de 𝑓(𝑥) quando 𝑥 tende a 𝑎 e escrevemos:
𝑙𝑖𝑚𝑓(𝑥) = 𝐿 = 𝑀
→
Quando os limites laterais são distintos, dizemos que não existe o limite de 𝑓(𝑥)
quando 𝑥 tende a 𝑎.
Exemplo:
Dada a função: 𝑓(𝑥) = , com 𝐷(𝑓) = ℝ − {𝟏}, calcular lim 𝑓(𝑥) e lim 𝑓(𝑥).
→ →
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lim 𝑓(𝑥) = 5
→
lim 𝑓(𝑥) = 5
→
Observamos que à medida que 𝑥 fica cada vez mais próximo de 1, 𝑓(𝑥) torna-se cada vez
mais próximo de 5. Isto é, |𝑓(𝑥) − 5| pode-se tornar tão pequeno quanto desejarmos, quando
|𝑥 − 1| é suficientemente pequeno.
Para essas pequenas diferenças usamos dois símbolos: 𝜀 (epsilon) e 𝛿 (delta).
Assim, definimos:
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uma vez que |𝐿 − 𝑓(𝑥)| = |𝑓(𝑥) − 𝐿 |.
Logo, |𝐿 − 𝐿 | < 𝜀, ∀𝜀 > 0 e, portanto, 𝐿 = 𝐿 .
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1. lim (𝑚𝑥 + 𝑏) = 𝑚𝑎 + 𝑏
→
Exemplo:
lim (2𝑥 + 5) = 2 ⋅ 2 + 5 = 9
→
2. lim 𝑐 = 𝑐, 𝑐∈ℝ
→
Exemplo:
lim 2 = 2
→
3. lim 𝑥 = 𝑎
→
Exemplo:
lim 𝑥 = 2
→
Página: 9
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4. lim 𝑐 ⋅ 𝑓(𝑥) = 𝑐 ⋅ lim 𝑓(𝑥)
→ →
Exemplo:
lim5x 5 lim x 5 2 10
x2 x 2
5. lim (𝑓 + 𝑔)(𝑥) = lim 𝑓(𝑥) + lim 𝑔(𝑥) (Se lim 𝑓(𝑥) e lim 𝑔(𝑥) existirem.)
→ → → ⟶ ⟶
Exemplo:
6. lim (𝑓 − 𝑔)(𝑥) = lim 𝑓(𝑥) − lim 𝑔(𝑥) (Se lim 𝑓(𝑥) e lim 𝑔(𝑥) existirem.)
→ → → ⟶ ⟶
7. lim (𝑓 ⋅ 𝑔)(𝑥) = lim 𝑓(𝑥) ⋅ lim 𝑔(𝑥) (Se lim 𝑓(𝑥) e lim 𝑔(𝑥) existirem.)
→ → → ⟶ ⟶
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( ) ( )
8. Se lim 𝑔(𝑥) ≠ 0 então lim ( )
= →
( )
com lim 𝑔(𝑥) ≠ 0 (Se lim 𝑓(𝑥) e
→ → →
→ ⟶
Exemplo:
𝑥 − 4 lim
→
𝑥 −4 2 −4 0
lim = = = =0
→ 𝑥−3 lim𝑥 − 3 2−3 −1
→
9. lim 𝑥 = 𝑎
→
Exemplo:
lim𝑥 = 2 = 8
→
10. lim √𝑥 = √𝑎
→
Exemplo:
lim √𝑥 = √8 = 2
→
Exemplo:
lim 2𝑥 + 4 = lim(2𝑥 + 4) = (2 ⋅ 4 + 4) = √36 = 6
→ →
Página: 11
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1. lim (𝑚𝑥 + 𝑏) = 𝑚𝑎 + 𝑏
→
2. lim 𝑐 = 𝑐, 𝑐∈ℝ
→
3. lim 𝑥 = 𝑎
→
( ) ( )
8. lim ( )
= →
( )
se lim 𝑔(𝑥) ≠ 0
→ →
→
9. lim 𝑥 = 𝑎
→
10. lim √𝑥 = √𝑎
→
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Observemos que o resultado anterior é uma decorrência direta das propriedades operatórias dos
limites. Se 𝑓(𝑥) = 𝑎 𝑥 + ⋯ + 𝑎 𝑥 + 𝑎 é uma função polinomial e 𝑎 é um número real
então:
lim 𝑓(𝑥) =lim 𝑎 𝑥 + ⋯ + 𝑎 𝑥 + 𝑎 = 𝑎 (lim 𝑥) + ⋯ + 𝑎 (lim 𝑥) + 𝑎 = 𝑎 𝑎 + ⋯ +
→ → → →
𝑎 𝑎+𝑎 .
( )
Consequentemente, se 𝑓(𝑥) = ( )
é uma função racional e 𝑎 é um ponto no domínio de 𝑓,
temos que 𝑞(𝑎) é diferente de zero e:
𝑝(𝑥) lim →
𝑝(𝑥) 𝑝(𝑎)
lim 𝑓(𝑥) = lim = =
→ → 𝑞(𝑥) lim 𝑞(𝑥) 𝑞(𝑎)
→
Decorre também da propriedade da substituição direta que se 𝑓 for uma função polinomial ou
racional e 𝑎 estiver no domínio de 𝑓, então:
lim 𝑓(𝑥) = 𝑓(𝑎)
→
Exemplo: Determine:
1) lim 𝑥 + 𝑥 − 6
→
2) lim √−𝑥 + 4𝑥
→
3) lim 3𝑥 + 2𝑥 − 𝑥 + 1
→
4) lim
→
Resolvendo:
1) lim 𝑥 + 𝑥 − 6 = 2 + 2 − 6 = 0
→
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3) lim 3𝑥 + 2𝑥 − 𝑥 + 1 = 3 ⋅ (−2) + 2 ⋅ (−2) − (−2) + 1
→
= 3 ⋅ 16 + 2 ⋅ 4 + 2 + 1
= 48 + 8 + 3 = 59
−3(−2)2 +6 −12+6 −6 2
4) lim = (−2)3 +1
= −8−1
= −9 = 3
→
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A substituição direta para calcular limites é aplicável apenas no caso em que a função em
questão é contínua no ponto o qual queremos determinar o limite (definiremos funções continuas
na próxima sessão). Muitas vezes desejamos calcular lim 𝑓(𝑥) mas 𝑓(𝑎) não está definida, ou,
→
a substituição. Para calcular estes limites a estratégia é transformar 𝑓(𝑥) algebricamente de modo
que na nova expressão de sua lei possamos aplicar o método da substituição direta.
Exemplos:
a) Calcule lim .
→
b) Calcule lim .
→
lim 𝑥 + 4 = −4 + 4 = 0
→
𝑥+4 indeterminação
lim
→ 𝑥 + 𝑥 − 12 lim 𝑥 + 𝑥 − 12 = do tipo:
→
= (−4) − 4 − 12 = 16 − 4 − 12 = 0
Cálculo Algébrico: Iniciando pela transformação algébrica de sua lei e após
aplicando substituição direta temos:
𝑥+4 𝑥+4 1 1
lim = lim = lim =−
→ 𝑥 + 𝑥 − 12 → (𝑥 − 3)(𝑥 + 4) → 𝑥−3 7
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√
c) Calcule lim .
→
Por substituição direta temos: Se aplicarmos diretamente a substituição direta temos uma
indeterminação do tipo 0/0
lim √𝑥 − 3 = √9 − 3 = 3 − 3 = 0
√𝑥 − 3 →
lim indeterminação do tipo:
→ 𝑥−9
lim 𝑥 − 9 = 9 − 9 = 0
→
Cálculo Algébrico: Iniciando pela transformação algébrica de sua lei e após aplicando
substituição direta temos:
√𝑥 − 3 √𝑥 − 3 √𝑥 + 3 𝑥−9 1 1
lim = lim ⋅ = lim = lim =
→ 𝑥−9 → 𝑥 − 9 √𝑥 + 3 → (𝑥 − 9)(√𝑥 + 3) → √𝑥 + 3 6
Observação: Ao calcularmos o limite de uma função 𝑓(𝑥) quando 𝑥 tende ao número real 𝑎,
estamos estudando o comportamento da função 𝑓(𝑥) para valores de 𝑥 próximos mas não iguais
ao ponto 𝑎. Sendo assim, as simplificações feitas no transformismo algébrico das leis das funções
estão corretas uma vez que “dentro” do cálculo do limite dividimos expressões diferentes de zero.
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6. LIMITES INFINITOS
Exemplo 1:
lim 𝑓(𝑥) = +∞
→
lim 𝑓(𝑥) = +∞
→
⇓
𝑓(𝑥) = ( lim 𝑓(𝑥) = +∞
→
)
indefinidamente quando x tende a 3. Essa reta pontilhada vertical é chamada assíntota vertical e
será definida posteriormente.
Neste caso o limite não existe (+∞ é apenas uma representação e não um número real),
mas +∞ indica o comportamento dos valores da função 𝑓(𝑥) quando x aproxima-se cada vez
mais de 3.
se para qualquer 𝑁 > 0, existe 𝛿 > 0 tal que 𝑓(𝑥) > 𝑁 sempre que 0 < |𝑥 − 𝑎| < 𝛿.
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Exemplo 2:
lim 𝑓(𝑥) = −∞
→
lim 𝑓(𝑥) = −∞
→
⇓
𝑓(𝑥) = ( lim 𝑓(𝑥) = −∞
→
)
se para qualquer 𝑁 < 0, existe 𝛿 > 0 tal que 𝑓(𝑥) < 𝑁 sempre que 0 < |𝑥 − 𝑎| < 𝛿.
Antes de darmos alguns exemplos, precisamos de dois teoremas que tratam de limites
infinitos.
1 −∞ se 𝑛 for ímpar
lim =
→ 𝑥 +∞ se 𝑛 for par
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( )
lim ( )
= +∞
→
Calculando os Resultado do
Resumo: limites separado, limite do
temos: quociente:
lim 𝑓(𝑥) = 𝑐 > 0
1) O numerador tende a uma constante positiva e o → 𝑓(𝑥)
denominador tende a zero por valores positivos.
lim = +∞
lim 𝑔(𝑥) = 0 → 𝑔(𝑥)
→
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Exemplos:
Calculando os limites Resultado do limite do quociente:
separado, temos:
lim − 4 = −4 < 0 4
−4 → lim = −∞
1) lim → 𝑥−3
→ 𝑥−3 lim 𝑥 − 3 = 0
→
lim − 4 = −4 < 0 4
−4 → lim = +∞
2) lim → 𝑥−3
→ 𝑥−3 lim 𝑥 − 3 = 0
→
−4
Por 1) e 2) observamos que o lim não existe(∄), pois os limites laterais são diferentes.
→ 𝑥−3
lim 𝑥 + 3𝑥 = 10 > 0 𝑥 + 3𝑥
𝑥 + 3𝑥 →
lim = +∞
4) lim → 𝑥 − 5𝑥 + 6
→ 𝑥 − 5𝑥 + 6 lim 𝑥 − 5𝑥 + 6 = 0
→
𝑥 + 3𝑥
Por 3) e 4) observamos que o lim não existe(∄), pois os limites laterais são diferentes
→ 𝑥 − 5𝑥 + 6
lim 1 = 1 > 0 1
1 → lim = +∞
6) lim → 𝑥
→ 𝑥 lim 𝑥 = 0
→
1
Por 5 e 6 observamos que o lim = +∞ , pois os limites laterais são iguais.
→ 𝑥
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A tabela a seguir resume o que acontece com o limite das funções quocientes quando o
numerador tende a infinito e o denominador tende a uma constante:
Calculando os
Resultado do limite do
Resumo: limites separados
quociente:
temos:
Exemplos
Calculando os limites
Resultado do limite do quociente:
separado, temos:
lim ln 𝑥 = −∞ ln 𝑥
ln 𝑥 → lim = −∞
1) lim → 5+𝑥
→ 5+𝑥 lim 5 + 𝑥 = 5 > 0
→
Calculando os limites
Resultado do limite do quociente:
separado, temos:
lim tan 𝑥 = −∞
tan 𝑥 → tan 𝑥
lim = −∞
2) lim 6𝑥
→ 6𝑥 𝜋 →
lim 6𝑥 = 6 = 3𝜋 > 0
→ 2
Calculando os limites
Resultado do limite do quociente:
separado, temos:
lim ln 𝑥 = −∞
→ ln 𝑥
ln 𝑥 lim = +∞
3) lim → 𝑥−3
→ 𝑥−3 lim 𝑥 − 3 = −3 < 0
→
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Devemos ter muito cuidado quando combinamos funções com limites infinitos. Os casos
principais estão resumidos na tabela a seguir. A tabela indica, com um sinal de interrogação, os
casos para os quais não há regra; e então a “operação algébrica” com “∞” não está definida, e é
chamado de indeterminação.
𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙) 𝐥𝐢𝐦 𝒈(𝒙) Função 𝐥𝐢𝐦 𝒉(𝒙)
N° abreviadamente
𝒙→𝒂 𝒙→𝒂 𝒉(𝒙) 𝒙→𝒂
+∞
12. +∞ −∞ 𝑓(𝑥)/𝑔(𝑥) ? , 𝐢𝐧𝐝𝐞𝐭𝐞𝐫𝐦𝐢𝐧𝐚çã𝐨
−∞
𝑘
13. 𝑘>0 0 𝑓(𝑥)/𝑔(𝑥) +∞ = +∞, 𝑘 > 0
0
+∞
14. +∞ 0 𝑓(𝑥)/𝑔(𝑥) +∞ = +∞
0
𝑘
15. 𝑘>0 0 𝑓(𝑥)/𝑔(𝑥) −∞ = −∞, k > 0
0
+∞
16. +∞ 0 𝑓(𝑥)/𝑔(𝑥) −∞ = −∞
0
0
17. 0 0 𝑓(𝑥)/𝑔(𝑥) ? , 𝐢𝐧𝐝𝐞𝐭𝐞𝐫𝐦𝐢𝐧𝐚çã𝐨
0
OBS: lim 𝑔(𝑥) = 0 , significa que g tem limite 0 e g(x)>0 para x suficientemente perto de a,
→
ou seja, o limite é zero e a função se aproxima de zero por valores positivos. O mesmo vale para
𝑙𝑖𝑚𝑔(𝑥) = 0 , sendo g(x)<0.
→
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(iv)lim 𝑓(𝑥) = −∞
→
Exemplos:
Assíntota Vertical em: Assíntota Vertical em: Assíntota Vertical em: Assíntota Vertical
𝑥=1 𝑥=1 𝑥=1 em: 𝑥 = 1
Uma função pode ter infinitas assíntotas verticais, como é o caso da função 𝑓(𝑥) = tan 𝑥.
𝑓(𝑥) = tan 𝑥
Assíntotas verticais:
𝑥 = (2𝑛 + 1) com 𝑛 ∈ ℤ.
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7. LIMITES NO INFINITO
Exemplo 1:
lim 𝑓(𝑥) = 0
→ ∞
lim 𝑓(𝑥) = 0
𝑓(𝑥) = → ∞
Assíntota vertical:
𝑥=1
Assíntota horizontal:
𝑦=0
Exemplo 2:
lim 𝑔(𝑥) = −2
→ ∞
lim 𝑔(𝑥) = −2
→ ∞
𝑔(𝑥) = −2
Assíntota vertical:
𝑥=0
Assíntota horizontal:
𝑦 = −2
se para qualquer 𝜀 > 0, existe um 𝑁 > 0 tal que se 𝑥 > 𝑁 então |𝑓(𝑥) − 𝐿| < 𝜀.
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se para qualquer 𝜀 > 0, existe um 𝑁 < 0 tal que se 𝑥 < 𝑁 então |𝑓(𝑥) − 𝐿| < 𝜀.
1
lim =0
→ ∞ 𝑥
2𝑥 − 5
𝑎) lim
→ ∞ 𝑥+8
2𝑥 − 3𝑥 + 5
𝑏) lim
→ ∞ 4𝑥 − 2
Para usar o Teorema 4, precisamos dividir o numerador e o denominador por 𝑥 , assim:
0 0 0
2𝑥3 − 3𝑥 + 5 2 3 5
2𝑥 − 3𝑥 + 5 5 2 − 4+ 5 0
lim ⇒ lim 𝑥 ⇒ lim 𝑥 𝑥 𝑥 = =0
→ ∞ 4𝑥 − 2 𝑥→+∞ 4𝑥5 − 2 𝑥→+∞ 2 4
4− 5
𝑥5 𝑥
0
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3𝑥 + 2𝑥 − 1
c) lim
→ ∞ 5 − 4𝑥 + 2𝑥
4𝑥 + 3
d) lim
→ ∞ √5𝑥 − 2
4𝑥 + 3 4𝑥 + 3
4𝑥 + 3 √𝑥 |𝑥|
lim ⇒ lim ⇒ lim
→ ∞ √5𝑥 − 2 → ∞ √5𝑥 − 2 → ∞ 5𝑥 − 2
√𝑥 𝑥
𝑥, se 𝑥 ≥ 0
Lembrando a definição de módulo:|𝑥| = , e como neste caso temos 𝑥 → −∞
−𝑥, se 𝑥 < 0
então 𝑥 < 0, e podemos escrever |𝑥| = −𝑥. Assim:
4𝑥 + 3 4𝑥 + 3 4𝑥 3
|𝑥| −𝑥 +
lim ⇒ lim ⇒ lim −𝑥 −𝑥 ⇒
→ ∞ 5𝑥 − 2 → ∞ 5𝑥 2 → ∞ 2
− 5−
𝑥 𝑥 𝑥 𝑥
0
3
−4 − −4 − 0 −4
𝑥
⇒ lim ⇒ =
𝑥→−∞ 2 √5 − 0 √5
5−
𝑥2
0
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Exemplos:
Determine o domínio, encontre as assíntotas e faça um esboço do gráfico da função:
1−𝑥
𝑓(𝑥) =
𝑥 −4
i) Domínio da 𝑓: 𝑥 − 4 ≠ 0 ⇒ 𝑥 ≠ 4 ⇒ 𝑥 ≠ ±2
𝐷(𝑓) = ℝ − { −2, 2 }
𝑥 − 4 = 0 ⇒ 𝑥 = 4 ⇒ 𝑥 = ±2
Assíntotas Verticais: 𝑥 = 2 e 𝑥 = −2
ii) Assíntota
vertical: Calcular os Calcular os limites do numerador e Resultado do limite do
limites laterais denominador separados: quociente:
(calcular os
lim 1 − 𝑥 = 1 − 4 = −3 < 0 1−𝑥
limites para o →
lim = −∞
1−𝑥 → 𝑥 −4
valor de 𝑥 onde lim
𝒙→𝟐 𝑥 − 4
lim 𝑥 − 4 = 4 − 4 = 0 (𝑨𝟏 )
zera o →
lim 1 − 𝑥 = 1 − 4 = −3 < 0
→ 1−𝑥
1−𝑥 lim = −∞
lim 𝒙→ 𝟐 𝑥 −4
𝒙→ 𝟐 𝑥 − 4 lim 𝑥 − 4 = 4 − 4 = 0 (𝑩𝟐 )
→
0
iii) Assíntota 1−𝑥 1
1−𝑥 −1 0−1
𝑥 𝑥
horizontal: lim ⇒ lim ⇒ lim
4
⇒ = −1 (𝐂)
𝒙→ 𝑥 −4 → 𝑥 −4 → 1−0
1−
(calcular os 𝑥 𝑥
limites 0 0
1−𝑥 1
no infinito) 1−𝑥 −1 0−1
lim ⇒ lim 𝑥 ⇒ lim 𝑥 ⇒ = −1 (𝐃)
𝒙→ 𝑥 −4 → 𝑥 −4 → 4 1−0
1−
𝑥 𝑥
0
Assíntota Horizontal: 𝑦 = −1
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Assíntotas:
iv) Gráfico:
Verticais: 𝑥 = 2 e 𝑥 = −2
Calcular os zeros da função:
Horizontal: 𝑦 = −1
𝑓(𝑥) = 0 ⇒ = 0 ⇒ 1 − 𝑥 = 0 ⇒ √𝑥 = 1 ⇒ |𝑥| = 1 ⇒ 𝑥 = ±1
𝐷(𝑓) = ℝ − { −2, 2 }
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mesma forma, se os valores de 𝑓(𝑥) decrescem infinitamente, ou seja, decrescem sem cota,
quando 𝑥 → +∞ ou 𝑥 → −∞, então escrevemos lim 𝑓(𝑥) = −∞ ou lim 𝑓(𝑥) = −∞.
→ →
Limites de 𝒙𝒏 quando 𝒙 → ±∞
−∞ se 𝑛 for ímpar
lim 𝑥 =
→ +∞ se 𝑛 for par
Exemplo 1:
lim 2𝑥7 = +∞ lim 2𝑥7 = −∞
𝑥→+∞ 𝑥→−∞
Exemplo 2:
0 0 0
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lim 𝑓(𝑥) = lim 𝑎 𝑥 + 𝑎 𝑥 + ⋯+ 𝑎 𝑥 + 𝑎
→ →
𝑎 𝑥 +𝑎 𝑥 + ⋯+ 𝑎 𝑥 + 𝑎
= lim 𝑥
→ 𝑥
𝑎 𝑥 𝑎 𝑥 𝑎 𝑥 𝑎
= lim 𝑥 + + ⋯+ +
→ 𝑥 𝑥 𝑥 𝑥
𝑎 𝑥 𝑎 𝑥 𝑎
= lim 𝑥 𝑎 + + ⋯+ +
→ 𝑥 𝑥 𝑥
𝑎 𝑎 𝑎
= ( lim 𝑥 ) lim 𝑎 + +⋯+ + = lim 𝑎 𝑥
→ → 𝑥 𝑥 𝑥 →
Sendo assim, podemos notar que existe um princípio sobre limites de polinômios
quando 𝑥 → ±∞:
Exemplo 3:
lim 6𝑥 − 3𝑥 + 𝑥 − 8 = lim 6𝑥 = −∞
→ →
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Exemplo 4:
sen 𝑥
Calcule lim .
→ 𝑥
sen 𝑥
Seja 𝑓(𝑥) = 𝑥
. Considerando as funções 𝑔(𝑥) = cos 𝑥 e ℎ(𝑥) = 1, segue que:
𝜋 sen 𝑥
Para 0 < 𝑥 < , temos que: cos 𝑥 ≤ ≤ 1, e portanto 𝑔(𝑥) ≤ 𝑓(𝑥) ≤ ℎ(𝑥).
2 𝑥
𝜋 sen (−𝑥) sen (𝑥)
Para − < 𝑥 < 0, temos que: cos(−𝑥) ≤ ≤ 1 ⇔ cos(𝑥) ≤ ≤ 1, já que
2 −𝑥 𝑥
cos(−𝑥) = cos(𝑥) , pois é uma função par e 𝑠𝑒𝑛(−𝑥) = −𝑠𝑒𝑛(𝑥), pois é uma função ímpar.
Observe que lim (𝑐𝑜𝑠 𝑥) = 1 e lim (1) = 1, logo, lim 𝑔(𝑥) = lim ℎ(𝑥) = 1.
𝑥→0 𝑥→0 𝑥→0 𝑥→0
sen 𝑥
Desta forma, pelo teorema do confronto, podemos concluir que: lim =1.
→ 𝑥
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9. LIMITES FUNDAMENTAIS
Existem alguns limites que são chamados de limites fundamentais. Veremos três limites
fundamentais que, por substituição direta resultam em indeterminações, mas possuem um
resultado conhecido. São eles:
𝑠𝑒𝑛(3𝑥) vamos fazer a seguinte substituição: 𝑢 = 3𝑥. Observe que, quando 𝑥 → 0, então 𝑢 →
0. Assim, podemos reescrever o limite dado em termos de 𝑢 e resolver:
sen(3 𝑥) sen 𝑢
lim = 𝑙𝑖𝑚 =1
→ 3𝑥 → 𝑢
sen(6𝑥)
𝑏) lim
→ 3𝑥
Como neste exemplo temos o argumento do seno diferente do valor do denominador,
antes de fazer a substituição, vamos multiplicar a fração por já que temos 𝑠𝑒𝑛(6𝑥). Assim
ficamos com:
sen(6𝑥) sen(6𝑥) 6 sen(6𝑥) 6 6 sen(6𝑥) sen(6𝑥)
lim = lim ⋅ = lim ⋅ = ⋅ lim = 3 lim
→ 3𝑥 → 2𝑥 6 → 6𝑥 2 2 → 6𝑥 → 6𝑥
Agora, vamos fazer a seguinte substituição: 𝑢 = 6𝑥. Assim, podemos reescrever o limite
dado em termos de 𝑢, e resolver:
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sen(6𝑥) sen 𝑢
3 lim = 3 lim =3⋅1 =3
→ 6𝑥 → 𝑢
𝑠𝑒𝑛(4𝑥)
𝑐) 𝑙𝑖𝑚
→ 𝑠𝑒𝑛(7𝑥)
Neste caso, vamos multiplicar o numerador por e o denominador por assim
teremos:
4𝑥 sen(4𝑥)
𝑠𝑒𝑛(4𝑥) 𝑠𝑒𝑛(4𝑥) ⋅ 4𝑥 4𝑥 ⋅ 4𝑥
lim = lim = lim
→ 𝑠𝑒𝑛(7𝑥) → 7𝑥 → sen(7𝑥)
𝑠𝑒𝑛(7𝑥) ⋅ 7𝑥
7𝑥 ⋅ 7𝑥
sen(4𝑥)
4 lim
→ 4𝑥 4 1 4
= = ⋅ =
7 sen(7𝑥) 7 1 7
lim 7𝑥
→
a) lim 1+
→
1 1
lim 1+ = lim 1+ =𝑒
→ 7𝑥 → 𝑢
b) lim
→
Observando a razão podemos fazer uma analogia com o que temos no 2∘ limite
fundamental. Observe que no 2∘ limite fundamental temos 1 + que pode ser reescrito por
enunciado do exercício. Assim, podemos inverter essa expressão, mas torna-se necessário trocar
o sinal do expoente, como segue abaixo:
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𝑥 𝑥+1
lim = lim
→ 𝑥+1 → 𝑥
Por qual motivo precisamos inverter o sinal do expoente? Esse passo é decorrente de uma
Agora, como temos uma soma no numerador, podemos separar em duas frações, isto é,
𝑥+1 𝑥 1 1
= + = 1+
𝑥 𝑥 𝑥 𝑥
Perceba que lim 1+ é muito parecido com o 2∘ limite fundamental, com exceção
→
do expoente negativo. Para resolver essa questão, vamos recorrer a outra propriedade das
potências: 𝑎 = . Assim,
1 1
1+ =
𝑥 1
1+𝑥
Para resolver esse exemplo precisamos tornar/modificar o nosso enunciado para a forma
do segundo limite fundamental. Para isso, vamos observar a expressão 1 + que está dentro dos
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de forma a não alterar o enunciado original, ou seja, =1× . Para descobrir quais os
valores de 𝑛𝑢𝑚 e 𝑑𝑒𝑛 usar, pegamos a fração do enunciado, mas permutando o 3 pelo 𝑥, como
segue abaixo:
1 1 3
𝑛𝑢𝑚 ⇒ 𝑥 = 1 × 𝑥
𝑑𝑒𝑛 3
Note que estamos mostrando que é a mesma coisa que . Portanto, o enunciado não é
alterado e podemos reescreve-lo por 𝑙𝑖𝑚 1+ gora, o enunciado reescrito está muito
→
parecido com a definição do 2∘ limite fundamental, com exceção do expoente, que é −𝑥. Com o
intuito de sanar esse ponto, e para podermos aplicar o 2∘ limite fundamental, é importante
lembrar: (i) que o denominador da fração entre parênteses deve ser o expoente, isto é, o expoente
deve ser ; (ii) precisamos multiplicar esse expoente por um determinado número para que o
−𝑥
3
lim 1+ 1
→ 𝑥 = lim 1+ 𝑥
𝑥→+∞
3
⋅( ) (i), (ii) e o expoente é multiplicado por −3
1
= lim 1 + 𝑥
𝑥→+∞
3
⋅
Propriedade das potências: (𝑎 ) = 𝑎
⎡ 1 ⎤
= lim ⎢ 1 + 𝑥 ⎥
𝑥→+∞ ⎢ ⎥
⎣ 3 ⎦
⋅( )
𝑎 = (𝑎 )
1 Realizando a substituição: 𝑢 =
= lim 1+
𝑢→+∞ 𝑢
e aplicando do 2∘ limite fundamental
=𝑒 Resposta final
1
=
𝑒
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d) lim 1−
→
1 1 2 2
𝑛𝑢𝑚 ⇒ 𝑥 = 1 × − 𝑥 = − 𝑥
−2
𝑑𝑒𝑛
uma vez que o enunciado não é alterado. Observe que a escolha de 𝑢 = − como substituição
2 1
lim 1− = lim 1+ 𝑥
→ 𝑥 → −2
Para aplicar o 2∘ limite fundamental, o expoente deve ser igual o denominador da fração,
ou seja, − . Logo, precisamos multiplicar − por algum valor cujo resultado volte a ser 3𝑥. Esse
valor é −6, pois − ⋅ (−6) = 3𝑥. Lembrando das propriedades e passos do exemplo anterior,
2
lim 1− 1
→ 𝑥 = lim 1+ 𝑥
→ −2
⋅( )
1
= lim 1+ 𝑥
→ −2
⎡ ⎤
1
= lim ⎢ 1 + 𝑥 ⎥
→ ⎢ −2 ⎥
⎣ ⎦
1
= lim 1 +
→ 𝑢
=𝑒
1
=
𝑒
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a) lim
→
b) lim
→
lim = lim , vamos dividir numerador e denominador por 2 , assim ficamos com:
→ →
2 −2 2
−1 2 −1 2 −1 2 −1
lim 2 = lim 2 = lim = lim 2 = 4 lim
→ 𝑥−2 → 𝑥−2 → 𝑥−2 → 𝑥−2 → 𝑥−2
2 2 2
em evidência no denominador.
O próximo passo é fazer uma mudança de variável, procedendo a seguinte substituição:
𝑢 = √𝑥. Quando 𝑥 → 0 então 𝑢 → 0. Assim, podemos reescrever o limite dado em termos
de 𝑢, e resolver:
𝑒 −1 𝑒 −1 1 1 1
lim = lim × = 𝑙𝑛𝑒 − = − 𝑙𝑛𝑒
→ 𝑢(𝑢 − 2) → 𝑢 𝑢−2 2 2
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1- Se 𝑓(𝑥) tende a um limite quando 𝑥 → 𝑎; ou seja, se existe lim 𝑓(𝑥) então o valor do limite
→
é único.
2- O lim 𝑓(𝑥) pode existir mesmo se 𝑓(𝑎) não estiver definido, exemplo:
→
sen (𝑥)
𝑓(𝑥) = , lim 𝑓(𝑥) = 1 e 𝑓(0) não existe.
𝑥 →
3- Limites laterais:
lim 𝑓(𝑥) = 𝐿 se 𝑓(𝑥) tende a 𝐿 quando 𝑥 tende a 𝑎 por valores menores do que 𝑎 (𝑥 tende
→
a 𝑎 pela esquerda).
lim 𝑓(𝑥) = 𝐿 se 𝑓(𝑥) tende a 𝐿 quando 𝑥 tende a 𝑎 por valores maiores do que 𝑎 (𝑥 tende
→
a 𝑎 pela direita).
O limite lim 𝑓(𝑥) = 𝐿 existe se ambos limites laterais existirem e forem iguais.
→
TEOREMA:
a) lim = +∞; 𝑛 ∈ 𝑵∗
→
+∞ se 𝑛 par
b) lim =
→ −∞ se 𝑛 ímpar
( )
O resultado do cálculo do limite lim ( )
será infinito se e somente se:
→
( )
lim P(𝑥) = constante e lim Q(𝑥) = zero ⇒ lim ( )
= ±∞
→ → →
TEOREMA:
Se 𝑛 for inteiro positivo qualquer, então:
a) 𝑙𝑖𝑚 =0 b) 𝑙𝑖𝑚 =0
→ ∞ → ∞
( )
OBS: Quando calculamos: lim devemos dividir o numerador e o denominador pela
→±∞ ( )
maior potência de 𝑥 no denominador.
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∴ 𝑥 = 𝑐 é a Assíntota Vertical.
7- Assíntota horizontal do gráfico da função 𝑓.
A reta 𝑦 = 𝑏 será uma assíntota horizontal se alguma das seguintes alternativas abaixo
acontecer:
a) 𝑙𝑖𝑚 𝑓(𝑥) = 𝑏 b) 𝑙𝑖𝑚 𝑓(𝑥) = 𝑏
→ ∞ → ∞
∴ 𝑦 = 𝑏 é a Assíntota Horizontal.
∞
8- Indeterminações: , ∞, ∞ ⋅ 0, ∞ − ∞, ...
Para calcular 𝑙𝑖𝑚𝑓(𝑥) quando 𝑓(𝑎) não está definida, ou, a 𝑓(𝑥) tem uma indeterminação em
→
𝑥 = 𝑎 devemos transformar 𝑓(𝑥) algebricamente. Esse cálculo algébrico serve para fugir
das indeterminações, transformando 𝑓(𝑥) em uma nova expressão que é definida e é contínua
em 𝑥 = 𝑎 . Assim podemos calcular o limite por substituição.
9- Teorema do confronto: Suponha que, para 𝑥 ≠ 𝑎 (em algum intervalo contendo 𝑎),
A desigualdade 𝑔(𝑥) ≤ 𝑓(𝑥) ≤ ℎ(𝑥) é verdadeira.
Os limites 𝑙𝑖𝑚𝑔(𝑥) e 𝑙𝑖𝑚ℎ(𝑥) existem e são iguais, isto é, 𝑙𝑖𝑚𝑔(𝑥) = 𝑙𝑖𝑚ℎ(𝑥) = 𝐿
→ → → →
Página: 39
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CONTINUIDADE
Observe os gráficos abaixo, e determine o valor de 𝑓(𝑎) e o lim 𝑓(𝑥).
→
𝑓(𝑎) = 𝑏
lim 𝑓(𝑥) = 𝐿
→
𝑓(𝑎) = 𝑏
lim 𝑓(𝑥) = 𝑏
→
Página: 40
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Se uma ou mais de uma dessas condições não forem verificadas em a, a função f será
descontínua em a.
Definição 9. Continuidade:
Exemplo:
Todas essas funções são descontínuas, por quê?
1) 𝑓(𝑎) = 𝑐
2) lim 𝑓(𝑥) não existe
→
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1) 𝑓(𝑎) = 𝑏
2) lim 𝑓(𝑥) não existe
→
Página: 42
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Exemplo:
Exemplo 1) Determine se as funções abaixo são contínuas. Justifique:
a) 𝑓(𝑥) = 𝐷(𝑓) = ℝ − {1}
b) 𝑔(𝑥) = se x ≠ 1 𝐷(𝑔) = ℝ
2 se x = 1
1) 𝑔(1) = 2
𝑥 −1 (𝑥 − 1)(𝑥 + 1)
2) lim 𝑔(𝑥) = lim ⇒ lim ⇒ lim (𝑥 + 1) = 2
→ → 𝑥−1 → (𝑥 − 1) →
11. PROPRIEDADES
Se as funções 𝑓e 𝑔 são contínuas em um ponto 𝑎, então:
1) 𝑓(𝑥) + 𝑔(𝑥) é contínua em 𝑎.
2) 𝑓(𝑥) − 𝑔(𝑥) é contínua em 𝑎.
3) 𝑓(𝑥) × 𝑔(𝑥) é contínua em 𝑎.
( )
4) ( )
é contínua em 𝑎 desde que 𝑔(𝑎) ≠ 0.
12. PROPOSIÇÃO
Página: 43
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2𝑥 + 2, 𝑥<1
𝑓(𝑥) =
5−𝑥 , 𝑥≥1
Como a função muda de lei em 𝑥 = 1, precisamos observar os limites laterais pois para
que lim 𝑓(𝑥) exista, os limites laterais precisam existir e serem iguais. Então, vamos primeiro
→
𝑥 −9
𝑓(𝑥) = , se 𝑥 < 3
𝑥−3
3𝑘 + 3, se 𝑥 ≥ 3
Como ainda não sabemos o valor de 𝑘, não podemos responder no momento se 𝑓(𝑥) está,
ou não, definida em 𝑥 = 3. Assim, precisamos deixar apenas indicado que 𝑓(3) = 3𝑘 + 3.
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( )( )
lim 𝑓(𝑥) = lim = lim = lim (𝑥 + 3) = 3 + 3 = 6
→ → → →
Para que lim 𝑓(𝑥) exista, os limites laterais precisam existir e serem iguais, isto é,
→
𝑓(3) = 3 ⋅ 1 + 3 = 3 + 3 = 6
Como as 3 etapas estão satisfeitas e como foi possível determinar o valor de 𝑘, podemos
afirmar que 𝑓(𝑥) é contínua em 𝑥 = 3.
Exemplo 4) Verifique se a função 𝑓(𝑥) = 𝑡𝑎𝑛 𝑥 é contínua em todo número 𝑎 do seu domínio.
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Se 𝑔(𝑎) = 𝑏 então:
lim (𝑓𝑜𝑔)(𝑥) = lim 𝑓(𝑔(𝑥)) = 𝑓(𝑏) , ou seja,
→ →
4−𝑥 ≥0
−2 ≤ 𝑥 ≤ 2
Página: 46
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=2+2=4
Portanto, 𝑓(𝑥) tem uma descontinuidade
evitável ou removível em 𝑥 = 2.
Obs.: Se a descontinuidade não for removível, ela será uma descontinuidade essencial.
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Exemplo 7) Dada a função f, verifique se a
descontinuidade é removível em x=0.
1
𝑓(𝑥) = 𝑥 𝑠𝑒 𝑥 ≠ 0
2 𝑠𝑒 𝑥 = 0
1) 𝑓(0) = 2
2) lim = +∞
→
1
lim = −∞
→ 𝑥
não existe.
Uma função 𝑦 = 𝑓(𝑥) que é contínua em um intervalo fechado [𝑎; 𝑏] assume cada
valor entre 𝑓(𝑎) e 𝑓(𝑏). Em outras palavras, se 𝑘 é um número entre 𝑓(𝑎) e 𝑓(𝑏), então existe
𝑐 ∈ (𝑎; 𝑏) tal que 𝑓(𝑐) = 𝑘.
No enunciado do TVI a frase “entre 𝑓(𝑎) e 𝑓(𝑏)” deve ser entendida como entre o menor
e o maior deles. As figuras acima ilustram primeiro o caso 𝑓(𝑎) > 𝑓(𝑏) e, em seguida, o caso
𝑓(𝑎) < 𝑓(𝑏). Se tivermos 𝑓(𝑎) = 𝑓(𝑏), então a única opção seria 𝑘 = 𝑓(𝑎) e, neste caso o
teorema claramente é verdadeiro bastando tomarmos 𝑐 = 𝑎 por exemplo.
Página: 48
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Do Teorema do Valor Intermediário temos que existe pelo menos um número 𝑐 em [−1, 0]
tal que 𝑓(𝑐) = 0. Desta forma a equação 𝑥 + 𝑥 + 1 = 0 admite pelo menos uma raiz real
entre −1 e 0.
Página: 49