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Reflexões e Atividades

INTRODUÇÃO

O planejamento financeiro é uma ação relevante para qualquer campo da


administração educacional. No âmbito das Unidades Escolares contempladas com
recursos públicos, as propostas devem ser planejadas e organizadas de forma a
contemplar os princípios da transparência da administração pública: legalidade,
publicidade, impessoalidade, eficiência e moralidade.
A gestão democrática, por meio da participação de órgãos colegiados, é uma das
formas de compartilhar responsabilidades e gerenciar de maneira colaborativa as
ações desenvolvidas e planejadas no espaço escolar. Nesse contexto, a
descentralização financeira pode se tornar mais eficiente, via gestão democrática.

O desenvolvimento da escola depende do planejamento das ações pedagógicas,


administrativas e financeiras.
Com relação às demandas pedagógicas, é comum nos debruçarmos sobre os
instrumentos que organizam e direcionam o trabalho como, por exemplo, a
elaboração dos planos de ensino e de aulas.
As áreas administrativas e financeiras também exigem organização e programação
para o sucesso de seus desenvolvimentos. É preciso entender que planejamento
direciona o processo de gestão.

PPP/PDE SEDUC

O Plano de Ação consiste em um instrumento de trabalho com o objetivo de elaborar


ações, destacando os problemas e buscando meios para saná-los de forma que os
objetivos dentro das metas sejam alcançados.
A Instrução Normativa 007/2021/GS/SEDUC estabelece procedimentos para a
descentralização de recursos financeiros destinados às Unidades Escolares - Conselhos
Deliberativos da Comunidade Escolar - CDCE’s da rede pública estadual do Estado de
Mato Grosso, para execução do Projeto Político Pedagógico - PPP-SEDUC.
Considera-se o Projeto Político Pedagógico o instrumento que define e organiza as
atividades e os projetos educativos necessários ao processo de ensino e aprendizagem.
Diante disso, o PPP deverá reunir ações que devem ser executadas durante o exercício,
cuja execução deve ser objeto de acompanhamento permanente pelo CDCE.
A transferência dos recursos Instrução Normativa se dará de forma automática, em
conta específica aberta pelo CDCE da Unidade Escolar.
Os recursos financeiros da unidade escolar serão depositados, em 02 (duas) parcelas.

O Plano de ação bienal e anual devem conter ações que contemplem estratégias e
diretrizes sobre as necessidades da escola e da comunidade escolar.
O PPP é um todo e não tem como separar o planejamento pedagógico do plano de
ação.
Os marcos e o plano de ação devem estar interligados no planejamento. A gestão,
junto com a comunidade, precisa ter esse olhar pedagógico nas ações.

Cada dimensão deve basear-se nos Indicadores de Qualidade da Educação, documento


este que foi desenvolvido pelo UNICEF em 2004, e que tomamos como base para
alinhar à realidade da Rede Estadual de Educação.
Para Camargo e Viana (2015), a descentralização financeira permite que a escola
apresente melhoria no seu funcionamento, viabilidade na realização do seu projeto
político-pedagógico, transparência no uso de recursos, envolvimento da comunidade
escolar em processos de tomadas de decisões conjuntas. Tudo isso com mais agilidade,
visto que o dinheiro fica à disposição da escola para ser executado pelo/a gestor/a da
escola e pelo/a presidente do CDCE.

Programa Dinheiro Direto na Escola – PDDE


O Programa Dinheiro Direto na Escola – PDDE, criado no ano de 1995, também
conhecido pelas entidades participantes como PDDE Básico, atualmente é regido
pela Resolução CD/FNDE/MEC nº 15, de 16 de setembro de 2021.
Ela dispõe sobre as orientações para o apoio técnico e financeiro, fiscalização e
monitoramento na execução do Programa, em cumprimento ao disposto na Lei nº
11.947, de 16 de junho de 2009.

O PDDE possui caráter suplementar e consiste na destinação anual de recursos


financeiros repassados às entidades participantes.
Além do PDDE Básico, regido pela Resolução CD/FNDE/MEC nº 15, de 16 de setembro
de 2021, existem as Ações Integradas, que consistem em programas educacionais
específicos geridos pelas Secretarias do Ministério da Educação – MEC (Secretária de
Alfabetização – Sealf, Secretaria de Educação Básica – SEB e Secretaria de Modalidades
Especializadas – Semesp), mas que seguem os mesmos moldes operacionais do PDDE
Básico nos quesitos: forma de transferência dos repasses, modo de gestão dos
recursos e modo de prestação de contas.

Contudo, cada ação possui finalidades, objetos e públicos-alvo específicos, descritos


em suas próprias resoluções, as quais devem ser estritamente seguidas para a correta
aplicação dos recursos e alcance dos objetivos dos programas.

Planejamento e utilização dos recursos


É natural surgirem dúvidas de onde, como e quando empregar o recurso recebido.
Para dar início a esse processo, é necessário debater com os órgãos colegiados da
escola para a definição de prioridades na utilização dos recursos.
Dessa forma, a ação inicial é reunir toda a comunidade escolar (conselhos, pais/mães,
professores, servidores/as de todos os setores; e, claro, os/as alunos/as) para que
possam decidir coletivamente as prioridades.
É necessário que os/as diretores/as escolares atuem na perspectiva da gestão
democrática; pois, assim, poderão contar com o apoio coletivo de toda a comunidade
escolar.
E a primeira questão a ser considerada é: onde empregar o dinheiro? Para encontrar
esse caminho, é necessário listar todas as demandas que dependem de dinheiro para
serem realizadas na escola. Em seguida, discutir e decidir quais atividades trarão mais
benefícios àquela comunidade. Diante desse levantamento, sinalize as mais urgentes e
necessárias, principalmente aquelas que impactam diretamente na aprendizagem
dos/as alunos/as.
Lembrando que toda decisão deverá ser registrada em ata e assinada pelos/as
representantes presentes.
Definidas as prioridades, é preciso verificar como poderá ser aplicado o recurso. Para
nortear as decisões que serão feitas, é importante atentar-se para a Portaria nº. 448,
na qual está determinada, detalhadamente, a natureza das despesas e dos recursos.
E quando utilizar o recurso? Essa fase é a melhor da execução, pois é quando o
planejamento se efetiva. Porém, é a etapa que exige mais cuidados para você não
incorrer em erros em relação aos gastos e sua prestação de contas futura. Por conta
disso, é necessário fazer um planejamento do uso do recurso.
Após a seleção das prioridades e a confirmação de que aquela atividade está de acordo
com os critérios do programa/projeto é chegado o momento de planejar seu
desenvolvimento, para a execução. Serão elaborados documentos tais como, atas de
reuniões e outros registros.
A realidade da unidade são informações essenciais para que se planeje e elabore
planos e orçamentos robustos e bem direcionados, obtendo assim o resultado
esperado.
Outro detalhe importante que deve ser observado é quanto à execução de alguma
atividade ou à aplicação em um novo projeto com recursos originários especificamente
do PDDE. Essa ação exige, além do cuidadoso levantamento de dados, o também
minucioso registro dos gastos e a guarda os comprovantes de despesas (nota fiscal,
recibos, faturas) para fazer a prestação de contas a SEDUC e ao FNDE.
Lembrando que, enquanto não utilizados na sua finalidade, os recursos do PDE
SEDUC/PDDE e ações integradas serão automaticamente aplicadas no Fundo BB
Renda.

EXECUÇÃO DOS RECURSOS DO PDDE e PDE SEDUC


Os recursos financeiros do PDDE provêm do Tesouro Nacional e estão assegurados no
Orçamento da União. O FNDE realiza transferência financeira às Unidades Executoras
UEx) em contas correntes específicas abertas pelo próprio FNDE.

Segundo o PDDE (BRASIL, 2013, p. 56), as verbas transferidas destinam-se a contribuir,


supletivamente, para a melhoria pedagógica e física das escolas beneficiadas. Os
recursos do PDDE destinados à UEx são de duas naturezas: custeio e capital.

Os recursos do PDDE podem ser empregados para as seguintes finalidades:


 implementação de projeto pedagógico;
 desenvolvimento de atividades educacionais;
 avaliação de aprendizagem;
 pequenos reparos de infraestrutura física da escola para manutenção e
conservação;
 material de consumo;
 material permanente;
 despesas cartorárias.
Fundamentação Legal: Resolução N 15, de 16 de setembro de 2021.

Os recursos do PDDE são transferidos em duas categorias econômicas:


CUSTEIO: o recurso deve ser empregado para cobrir despesas relacionadas à aquisição
de material de consumo (materiais de expediente, limpeza, manutenção e pequenos
reparos etc.) e contratação de serviços (manutenção hidráulica, elétrica, jardinagem
etc.).
CAPITAL: o recurso deve ser empregado na aquisição de materiais permanentes
(eletrodomésticos, equipamentos, computadores, mobiliários etc.).

RECURSO DE CUSTEIO
Os recursos de custeio são destinados a cobrir as despesas relacionadas à aquisição de
materiais de consumo e à contratação de serviços para o funcionamento e para a
manutenção da escola. Como, por exemplo:
RECURSOS DE CUSTEIO - MATERIAIS DE CONSUMO: são os materiais didáticos e
pedagógicos, de expediente, de limpeza utilizados diretamente no trabalho
administrativo, financeiro ou pedagógico da escola e na manutenção da estrutura
física.

 Materiais didáticos e de expediente: papéis diversos, cartolina, E.V.A.,


giz, apagador, calculadora, grampeador, cadernos, canetas diversas, lápis de
escrever ou de cor, carimbos em geral, cartão de memória, cartucho de tinta
para impressora, toner, tintas, livros de ata, livro de ponto, livro de caixa e
tombo, CD e DVD em branco para gravação, fantasias, jogos e brinquedos
pedagógicos (de baixo custo), blocos lógicos, massinha, cones, calendário,
colchonetes, gibis, livros de literatura, desde que não distribuídos pelo
Programa Nacional do Livro Didático, espelhos etc.
 Materiais de limpeza ou de manutenção da estrutura física: produtos de
limpeza, utensílios de cozinha, panelas comuns, lençol, capas, papel higiênico,
papel toalha, caixa organizadora ou para arquivo, caixa de ferramentas (baixo
custo), ferramentas, chuveiro elétrico, ducha, grades de proteção, grama
sintética, mangueira, cimento, materiais de construção diversos etc.

Antes de adquirir quaisquer produtos, busque auxílio junto a Portaria nº 448/2002


para obter mais informações, bem como a classificação da natureza do item a ser
adquirido.

RECURSO DE CAPITAL
O Recurso de capital é a parcela do recurso destinada à aquisição de materiais e de
equipamentos permanentes para uso na Unidade Escolar, que resultem na
substituição ou no acréscimo patrimonial. Como, por exemplo:

RECURSOS DE CAPITAL - Eletrodomésticos, equipamentos de informática, televisores,


projetores, data show, mobiliário, suporte para TV/DVD/Data show, telefone, balança,
bandeiras, banca de passar roupa, bebedouros, purificadores de água, caixa de som,
cama elástica, câmera fotográfica, cavaletes, coleções de livros de estudo,
enciclopédias, dicionários, instrumentos musicais profissionais, HD externo, interfone
ou porteiro eletrônico, microfone, persianas, pista self-service,

Atenção!!!
- Caso ocorra a utilização indevida de recursos de custeio em despesa de capital ou
vice-versa, o ressarcimento aos cofres públicos deve ser providenciado em
conformidade com a Resolução n.15 / 2021, Art. 33.

Os recursos do PPP/PDE SEDUC podem ser empregados para as seguintes finalidades,


considerando a IN 007/2021:
I - Despesas com aquisição de materiais de uso contínuo, de escritório, limpeza,
sanitização e desinfecção, entre outros itens afins;
II - Despesas com prestação de serviços de terceiros, pessoa física, inclusive encargos;
III - Despesas com prestação de serviços de terceiros, pessoa jurídica;
IV - Recursos destinados às despesas com transporte, hospedagem e alimentação da
equipe unidade escolar, quando no suporte técnico às salas anexas e nas ações de
formação continuada.
V - Aquisição de uniformes aos profissionais da nutrição escolar e limpeza da escola;
VI - Ressarcimento de despesas comprovadamente realizadas no desempenho das
atividades voluntárias;
VII - Aquisição de gêneros alimentícios para custeio dos projetos executados na
unidade escolar ou pela unidade escolar;
VIII - Aquisição de materiais e uniformes esportivos para as escolas vocacionadas ao
esporte;
IX - Pagamento de tributos, tarifas bancárias, taxas de cartório, faturas de telefone
quando não integrada ao serviço de internet, bem como, sendo admitidos,
pagamentos de multas, juros ou correção monetária quando decorrerem de quitação
de obrigação tributária acessória.
§ 1º As despesas relativas aos serviços de água e esgotamento sanitário serão
realizadas de forma direta pela Secretaria de Estado de Educação, por meio da
Secretaria Adjunta Administração Sistêmica.
§ 2º As despesas decorrentes de serviços de acesso à internet serão custeadas com
recursos específicos a serem definidos em instrumento normativo próprio, sob
responsabilidade da Secretaria Adjunta de Infraestrutura e Patrimônio.
§ 3º Para regularização do CDCE junto ao Cartório o diretor da unidade escolar poderá
solicitar recursos à Secretaria Adjunta de Gestão Educacional - SAGE / SEDUC, sob
regime de adiantamento, conforme prevê o Decreto Nº20, de 05 de fevereiro de 1999,
que “Dispõe sobre o regime de adiantamento na Administração Direta e Indireta”.

PRESTAÇÃO DE CONTAS

De maneira simplificada, a prestação de contas pode ser definida como a


demonstração do que foi feito com os recursos públicos que foram transferidos a uma
entidade num determinado período.

Trata-se de apresentar à comunidade escolar e aos órgãos competentes os valores


recebidos pela entidade num dado ano, as despesas realizadas nesse período e
eventuais saldos a serem reprogramados para uso no ano seguinte, para demonstrar
se os recursos foram corretamente empregados e se os objetivos do programa e de
suas ações foram alcançados.

2. Em que situações é preciso fazer a prestação de contas?

As entidades devem fazer prestação de contas sempre que:


a) tiverem recebido recursos do PDDE ou de qualquer uma de suas ações naquele ano;
ou
b) tiverem saldos de recursos reprogramados de anos anteriores, ainda que não
tenham recebido novos repasses.
É importante frisar que a prestação de contas é obrigatória mesmo se os recursos
não tiverem sido utilizados naquele período. Nesse caso, basta informar que os
recursos disponíveis não foram utilizados e que serão reprogramados para uso no
ano seguinte.
PRESTAÇÃO DE CONTAS NÃO ENVIADA

Diversas são as consequências para aqueles que se omitem no dever de prestar contas,
sendo as principais:

a) inscrição das entidades e de seus dirigentes em cadastros de inadimplentes;


b) suspensão de repasses do EXCLUSIVAMENTE PARA O PDDE e de suas ações às
entidades;
c) instauração de processo administrativo e, se for o caso, judicial em desfavor dos
responsáveis, com vistas à restituição dos valores (corrigidos monetariamente);
d) impedimento dos responsáveis licitarem ou contratarem com a administração
pública;
e) inabilitação dos responsáveis para exercerem cargo ou função pública, inclusive
cargos eletivos; e
f) penhora de bens dos responsáveis pela omissão, para garantir o ressarcimento dos
valores (corrigidos monetariamente).
Para leitura e reflexão:

A gestão democrática prevê abertura ao diálogo e à democratização das decisões por


meio de colegiados constituídos pela democracia representativa, definições de normas
e ações em suas esferas de atuação.

A aplicação dos recursos financeiros repassados para unidade escolar, requer uma
gestão de forma colaborativa e participativa – com finalidades de atender às
demandas da escola.

O diretor é líder local e cabe a ele garantir a cultura colaborativa, a escuta ativa, e
todos os aspectos necessários para se atingir as metas planejadas e o uso das verbas
públicas.

Além do diretor, geralmente, os recursos financeiros da escola são gerenciados por


uma Unidade Executora (UEx) – também, denominada, CDCE- Conselho Deliberativo
da Comunidade Escolar– e seus colegiados.

O compromisso de empregar corretamente verbas públicas deve ser premissa e


compromisso de cada diretor e de todos que fazem parte da escola e do CDCE.
Quando a unidade escolar se propõe a realizar um trabalho por várias e diferentes
mãos, também consegue enfrentar de maneira mais assertiva seus desafios e
problemas cotidianos.

As reuniões precisam ser divulgadas democraticamente, para que todos saibam e as


atas devem ser publicizadas, com cada etapa do processo de uso de verbas públicas.
Há vinculação com a comunidade, quando educadores, em geral, estabelecem
priorizar a escuta ativa e a cultura colaborativa
É imprescindível que o CDCE elabore a prestação de Contas dos recursos recebidos,
por isso é primordial ter cuidado com a organização financeira, balanços, atas
preenchidas com detalhe, assinaturas de todos os membros do CDCE.

Aconselha-se executar recursos financeiros por meio de pesquisas de preço, primando


pela qualidade e preço dos produtos com intuito de demonstrar zelo e transparência
ao usar o dinheiro público.

Além disso, é fundamental ter um lugar na escola, bem visível, em que todos os gastos
estejam fixados em linguagem e local acessível a todos os atores da escola.

1-Assinale V ou F para a afirmativa abaixo:

O diretor é líder local e cabe a ele garantir a cultura colaborativa, a escuta ativa, e
todos os aspectos necessários para se atingir as metas planejadas e o uso das verbas
públicas.

( ) Verdadeiro

( ) Falso

Segue abaixo trecho da Lei 7040/1998 para leitura e reflexão;

Art. 5º Compete ao diretor:

I representar a escola, responsabilizando-se pelo seu funcionamento;

II coordenar, em consonância com o Conselho Deliberativo da Comunidade Escolar, a


elaboração, a execução e a avaliação do Projeto Político Pedagógico e do Plano

de Desenvolvimento Estratégico da Escola, observadas as Políticas Públicas da


Secretaria de Estado de Educação, e outros processos de planejamento;

III coordenar a implementação do Projeto Político Pedagógico da Escola, assegurando


a unidade e o cumprimento do currículo e do calendário escolar;
IV manter atualizado o tombamento dos bens públicos, zelando, em conjunto com
todos os segmentos da comunidade escolar, pela sua conservação;

V dar conhecimento à comunidade escolar das diretrizes e normas emitidas pelos


órgãos do sistema de ensino;

VI submeter ao Conselho Deliberativo da Comunidade Escolar para exame e parecer,


no prazo regulamentado, a prestação de contas dos recursos financeiros

repassados à unidade escolar;

VII divulgar à comunidade escolar a movimentação financeira da escola;

VIII coordenar o processo de avaliação das ações pedagógicas e técnicoadministrativo-


financeiras desenvolvidas na escola;

IX apresentar, anualmente, à Secretaria de Estado de Educação e à comunidade


escolar, a avaliação do cumprimento das metas estabelecidas no Plano de

Desenvolvimento da Escola, avaliação interna da Escola e as propostas que visem à


melhoria da qualidade do ensino e ao alcance das metas estabelecidas;

X cumprir e fazer cumprir a legislação vigente.

Art. 31 Compete ao Conselho Deliberativo da Comunidade Escolar:

I eleger o presidente, bem como o secretário e o tesoureiro;

II criar e garantir mecanismos de participação da comunidade escolar na definição do


Plano de Desenvolvimento Estratégico e do Projeto Político Pedagógico, e

demais processos de planejamento no âmbito da comunidade escolar;

III participar da elaboração, acompanhamento e avaliação do Plano de


Desenvolvimento Estratégico da Escola;

IV participar da elaboração, acompanhamento e avaliação do Projeto Político


Pedagógico da Escola;
V participar da elaboração do calendário escolar e aprova-lo, levando em conta o
mínimo de dias letivos exigidos legalmente;

VI conhecer e deliberar sobre o processo e resultados da avaliação externa e interna


do funcionamento da escola, propondo planos que visem à melhoria do ensino;

VII deliberar, quando convocado, sobre problemas de rendimento escolar, indisciplina


e infringências;

VIII propor medidas que visem a equacionar a relação idadesérie, observando as


possibilidades da unidade de ensino;

IX analisar o desempenho dos profissionais da unidade escolar, tendo assessoria de


uma equipe habilitada na área e sugerindo medidas que favoreçam a superação das
deficiências, quando for o caso;

X acompanhar o processo de distribuição de turmas e/ou aulas da unidade escolar;

XI garantir a divulgação do resultado do rendimento escolar de cada ano letivo, bem


como um relatório das atividades docentes à comunidade;

XII avaliar junto às inst âncias internas, pedagógica e administrativa, o estágio


probatório dos servidores lotados na unidade escolar, de acordo com as normas

constitucionais;

XIII analisar planilhas e orçamentos para realização de reparos, reformas e ampliações


no prédio escolar, acompanhando sua execução;

XIV deliberar sobre a contratação de serviços e aquisição de bens para a escola,


observando a aplicação da legislação vigente quando a fonte de recursos for de

natureza pública;

XV deliberar sobre propostas de convênios com o Poder Público ou instituições não-


governamentais;

XVI acompanhar e fiscalizar a folha de pagamento dos profissionais da educação da


unidade escolar;

XVII divulgar bimestralmente as atividades realizadas pelo Conselho;


XVIII analisar, aprovar, acompanhar e avaliar os projetos a serem desenvolvidos pela
escola;

XIX elaborar e executar o orçamento anual da unidade escolar;

XX deliberar sobre aplicação e movimentação dos recursos da unidade escolar;

XXI encaminhar ao Conselho Fiscal o balanço e o relatório antes de submetêlos à


apreciação da assembléia geral;

XXII encaminhar, quando for o caso, à autoridade competente, solicitação


fundamentada de sindic ância ou processo disciplinar administrativo para o fim de

destituição de diretor, mediante decisão da maioria absoluta do Conselho Deliberativo;

XXIII prestar contas dos recursos que forem repassados à unidade escolar:

a) quando se tratar de recursos públicos, ao Conselho Fiscal, ao Fundo Estadual de


Educação e ao Tribunal de Contas;

b) quando se tratar de recursos de outras fontes, ao Conselho Fiscal e à Assembleia


Geral.

Art. 32 Compete ao presidente:

I representar o Conselho Deliberativo da Comunidade Escolar em juízo e fora dele;

II convocar a Assembleia Geral e as reuniões do Conselho Deliberativo da Comunidade


Escolar e o Conselho Fiscal;

III presidir a Assembleia Geral e as reuniões do Conselho Deliberativo da Comunidade


Escolar;

IV autorizar pagamento e assinar cheques, em conjunto com o tesoureiro e o diretor


da escola.

Art. 33 Compete ao secretário:

I auxiliar o presidente em suas funções;

II preparar o expediente do Conselho Deliberativo da Comunidade Escolar;

III organizar o relatório anual do Conselho Deliberativo da Comunidade Escolar;


IV secretariar a Assembleia Geral e as reuniões do Conselho Deliberativo da
Comunidade Escolar;

V manter em dia os registros.

Art. 34 Compete ao tesoureiro:

I arrecadar a receita da unidade escolar;

II fazer a escrituração da receita e despesa, nos termos das instruções que forem
baixadas pela Secretaria de Estado de Educação e as do Tribunal de Contas;

III apresentar, mensalmente, o relatório com o demonstrativo da receita e despesa da


escola ao Conselho Deliberativo da Comunidade Escolar;

IV efetuar pagamentos autorizados pelo Conselho Deliberativo da Comunidade


Escolar;

V manter em ordem e sob sua supervisão os livros, documentos e serviços contábeis


do Conselho Deliberativo da Comunidade Escolar;

VI assinar cheques juntamente com o presidente e o diretor da escola.

Atividade 2

Após leitura, oportunizamos aos conselheiros uma reflexão crítica sobre o papel dos
Conselho e do Gestor diante de suas funções e atribuições, na afirmação abaixo,
podemos identificar como verdadeira (V) ou falsa (F).

“De maneira simplificada, a prestação de contas pode ser definida como a


demonstração do que foi feito com os recursos públicos que foram transferidos a
uma entidade num determinado período. ”

( ) verdadeira

( ) falsa
PDDE

O recurso Federal tem como base a RESOLUÇÃO Nº 15, DE 16 DE SETEMBRO DE 2021,


que dispõe sobre as orientações para o apoio técnico e financeiro, fiscalização e
monitoramento na execução do Programa Dinheiro Direto na Escola – PDDE, em
cumprimento ao disposto na Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009.

Para receber os recursos é preciso estar em dia com a prestação de contas, por isso é
imprescindível ter cuidado com a organização financeira, balanços, atas preenchidas
com detalhe, assinaturas de todos os responsáveis.

Aconselha-se executar recursos financeiros por meio de pesquisas de preço, ou seja,


orçamentos distintos, com intuito de demonstrar zelo e transparência ao usar o
dinheiro público. Além disso, é fundamental ter um lugar na escola, bem visível, em
que todos os gastos estejam fixados em linguagem e local acessível a todos os atores
da escola.

Atividade 3

Diante das informações acima quais as alternativas corretas:

a- Não há necessidade de prestação de contas, o diretor delibera sobre o


recurso.
b- As entidades devem fazer prestação de contas sempre que tiverem
recebido recursos do PDDE ou de qualquer uma de suas ações naquele ano.
c- Devem prestar contas quando tiverem saldos de recursos
reprogramados de anos anteriores, ainda que não tenham recebido novos
repasses.
d- Para recebimento do recurso a escola não precisa estar adimplente com
as prestações.

Alternativas:
1- A, B, C e D
2- A, D
3- B, C
4- C, D

Referências Bibliográficas

FNDE. Resolução nº 15, de 16 de setembro de 2021. Disponível em


https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-n-15-de-16-de-setembro-de-2021-
345482849

FNDE. Resolução nº 16, de 07 de outubro de 2020. Disponível em


https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-n-16-de-7-de-outubro-de-2020-
282473955

Ministério da Fazenda. Portaria n° 448, de 13 de setembro de 2002. Secretaria do


Tesouro Nacional. Disponível em https://sisweb.tesouro.gov.br/apex/f?
p=2501:9::::9:P9_ID_PUBLICACAO:8754

BRASIL. Lei nº 7.040 de 1º de outubro de 1998 do 1.10.1998.

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