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DATA: 04/09/2023

1. No estupro de vulnerável, não possui violência ou grave


REGISTRO NÃO AUTORIZADO DA INTIMIDADE ameaça como no estupro simples;
SEXUAL (Art. 216-B) 2. No estupro simples, não existe autor mediato, ora todos
precisam ter consciencia e vontade, aqui não falamos de autor
É crime de mera conduta? Formal? imediato, mas sim de co-autor do autor imediato. Diferente do
estupro de vulnerável, caracterizado no art. 217, que a conduta
Diferença de mera conduta com crime formal. crimosa os autores poderão ser imediato e mediato;

R: a doutrina majoritária entende como um crime formal Obs: Autor imediato aquele que executa a conduta criminosa.
admitindo tentativa, mas possui divergências, a doutrina Autor mediato é o mandante.
minoritária entende como crime formal.

3. Violência e grave ameaça?


A questão da montagem?
4. Relativização da vulnerabilidade
A mera montagem, ainda que não envolva registro sexual real
ou ato libidinoso da vítima, a mesma pena incumbe nesses O menor de 14 anos, não tem essa relativização da
casos. Portanto, o bem jurídico aqui seria a imagem e não a vulnerabilidade, contudo, algumas situações que faz essa
dignidade ou liberdade sexual. diferenciação.

Obs: o caput fala de registros sem montagem, mas o §-unico


inclui-se a montagem de vídeo ou aúdio. Sendo que o aúdio 5. Erro de tipo
alterado tem que ser de vídeo.
O erro inescusável se exclui o dolo e a culpa. No escusável só
se exclui o dolo e aculap permanece, mas não existe estupro
ESTUPRO DE VULNERÁVEL (Art. 217-A) de vulnerável na modalidade culpável.

1. Bem jurídico tutelado: trata da dignidade sexual, pois Em erro de tipo temos o escusável ou dolosa. Entretanto, no
segundo o legislador não estamos falando de indivíduos que estupro ed vulnerável não existe a modalidade culposa.
possam se auto determinarem (liberdade sexual) sexualmente
(menores de 14 anos ou enfermidade ou deficiencia mental)
6. Forma qualificada
Críterios utilizados pelo legislador para determinar quem
é vulnerável ou não: O momento em que o agente cometeu a conduta é muito
importante, já que como não há violência e grave ameaça o
A. Critério biológico: menores de 14 anos. Considerado momento o momento da qualificação é de difícil percepção.
como um mal necessário, já que não o houvesse abriria espaço
para a discricionariedade ora a subjetividade. Ex: prolapço, cepse

Crítica minoritária: porque com 14 anos um adolescente


pode sofrer medida sócio-educativa por cometer um crime, CORRUPÇÃO DE MENORES (art. 218)
porque é considerado vulnerável para praticar atos sexuais.
Portanto, a crítica feita é que o legislador tirou dos eu 1. Bem jurídico
subjetivo esse critério da idade.
O bem jurídico tutelado é a dignidade sexual do menor. A
SÚMULA 593, STJ : é irrelavante o eventual consentimento crítica feita é de que núcleo vrerbal é induzir a satisfazer a
da vítima, experiência sexual pretérita, existência de namoro lascivia de outrem, ora para satisfazer a libido de outrem, não
consentido não afasta a vulnerabilidade absoluta da vítima. O necessariamente chegue a um fim com ato libidinoso.
posicionamento do STJ é que não flexibilização da súmula,
mas há ainda a prática da flexibilização em decisões judiciais,
dado o contexto social. 2. Sujeito ativo passivo

Por exemplo, uma menor de 14 anos, “casada”, e possui um A: qualquer pessoa que induziu o menor
filho com um maior de 18 anos. A jovem possui contexto P: menor de 14 anos
social de família pobre, assim como sua família e o seu
suposto “marido” é seu único provedor financeiro. 3. Tipo objetivo

Obs: O tipo penal tutela o seguinte delito: “outrem” manda


B. Biopscicológico: pessoas com deficiencia mental ou com uma criança se fantasiar para satisfazer a lascivia/libido de
enfermidade. outra pessoa (pessoa determinda).

Diferença entre
2. Tipo objetivo:
A. Induzir:
Diferença de estupro (art. 213):
B. Instigar:

C. Auxiliar:

4. Tipo subjetivo

Composto pelo dolo. Se o agente disser que não sabia a idade


da víitma é erro de tipo. Isto é, o agente deve saber que a
vítima era menor de 14, do contrário estará em erro de tipo.

5. Consumação e tentativa

A consumação ocorre quando o menor é convencido a


satisfazer a lascivia de outrem, isto é, é o covencimento do
menor, mas não precisa necessariamente chegar a satidfação.
A tentativa seria não conseguir induzir a criança.

O crime é denominado como material, com consumação é de


convencer a menor. Assim, cabe tentativa, ainda que seja de
difícil alcance.

CRÍTICA: a doutrina mais conservadora entende que esse é


um tipo penal inútil, pois se fizer ato libidinoso é estupro de
vulnerável. Pois se for algo realmente mais grave, caberia o
estupro de vulnerável.

SÓ SERÁ COBRADO CRIMES SEXUAIS, CRIMES


CONTRA FAMÍLIA NÃO SERÁ COBRADO.

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