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PETROLOGIA

 SEDIMENTAR  E  SEDIMENTOLOGIA  

Ambiente  Eólico  

Paulo  Legoinha  

@  Joaquim  Simão  

LEG  
FCT-­‐UNL  
O   ambiente   desérEco   é   representado   por   uma   região   desprovida   ou   com   vegetação   muito  
rarefeita   e   pobre,   que   impede   a   fixação   de   qualquer   fauna   mais   importante.   Em   geral,   a   taxa  
de   evaporação   potencial   excede   a   taxa   de   precipitação   pluvial   e,   consequentemente,   o  
vento   cons?tui   um   dos   agentes   geológicos   mais   efe?vos   nos   processos   de   erosão   e  
sedimentação.  
Predomina   o   intemperismo   Csico   das   rochas,   mas   nem   sempre   o   ambiente   desér?co   é  
sinónimo  de  sedimentação  eólica,  pois  muitos  desertos  são  pedregosos  (stony  deserts).  

@Joaquim  Simão  
Stony  Desert  
@  Andrew  Panshin  

Deserto  rochoso,  Austrália  


As  correntes  oceânicas  

h+p://en.wikipedia.org/wiki/Ocean_current  
Desertos de baixas latitudes  
Três  Epos  extremos  de  desertos:  
 
Deserto   polar   ou   frio   -­‐   Caracterizado   por   coberturas   perenes   e   muito   espessas   (até   1   a   2   km  
ou  mais)  de  gelo  e  intenso  frio,  como  na  Antar?da  ou  Groenlandia.  Ocorre  em  alta  laEtude,  
onde   quase   toda   umidade   atmosférica   acha-­‐se   congelada   e,   portanto,   indisponível   para   o  
crescimento  das  plantas  (Stone,  1967:239).  
 
Deserto  quente,  de  ventos  alísios  ou  subtropical  -­‐  Em  geral  esta  situado  entre  as  la?tudes  15  
graus  a  30  graus  ao  norte  ou  ao  sul  do  Equador,  isto  é,  nas  proximidades  dos  trópicos  de  
Cancer  e  do  Capricórnio.  Há  predominancia  de  alta  pressão  e  baixa  pluviosidade  (200  a  300  
mm/ano)  como,  por  exemplo,  no  deserto  de  Gobi.  
 
Deserto  costeiro  (ou  litoral)  –  Normalmente  atribuído  a  interferência  de  correntes  oceânicas  
(ocean  currents)  frias,  como  a  Corrente  de  Humboldt,  que  dá  origem  ao  deserto  costeiro  do  
Perú.  
 
Outros  ?pos  de  desertos  incluem,  por  exemplo,  o  deserto  orográfico  (orographic  desert)  ou  
deserto   de   sombra   pluvial   (rain-­‐shadow   desert),   que   ocorre   atrás   de   uma   cadeia  
montanhosa,   que   deflete   o   ar   húmido   para   cima   e   rumo   ao   sotavento,   como   em   Atacama  
(Chile).  
Depósitos eólicos

• Depositos eólicos predominam em desertos (principalmente a


baixas latitudes, mas nalguns casos em altas latitudes), e são também
importantes ao longo de zonas litorais (dunas costeiras) ou em
associação com mantos de gelo (loess).

• O Ar é um fluído de baixa densidade e viscosidade; por isso, são


necessárias altas velocidades de fluxo (vento) para possibilitar o
transporte de sedimento.

• Os depósitos eólicos são, geralmente, textural e mineralogicamente


maduros, devido ao transporte selectivo de grãos com tamanhos
específicos e à importância da colisão entre grãos.
Depósitos eólicos

• Dunas de areia são as morfologias mais comuns; a sua geometria e


estruturas sedimentares dependem fundamentalmente do acarreio sedimentar
e da direção predominante do vento.

• Geralmente, grandes conjuntos (>~5 m) apresentando estratificação


cruzada têm origem eólica.

• Corpos tabulares de areia eólica formam-se quando o acarreio sedimentar


é limitado e caracterizam-se pela estratificação planar; a vegetação pode
contribuir para a formação de dunas.

• Loess (quando consolidado, loessito) é um sedimento predominantemente


siltítico, homógeneo, muito bem calibrado, depositado a partir de material em
suspensão (poeiras do deserto) – “loess” quente”; o “loess frio” está
geralmente associado com mantos gelados que fornecem grande quantidade de
material (farinha glacial).
Dunas  e  ripples  
Corpos tabulares de areia eólica  
Dimensão  de  morfologias  eólicas  em  função  do  comprimento  de  onda  e  da  granulometria  
Loess  frio  

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