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Aula 01 - Fatores Climáticos
Aula 01 - Fatores Climáticos
Arquitetura e urbanismo
Multivix Vila Velha
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
UNIDADE 01 Conforto Lumínico
UNIDADE 02
Luz natural – Espectro da Radiação Solar
Luz Natural e Geometria solar – inter-relação entre as grandezas
UNIDADE 03
UNIDADE 04
UNIDADE 05
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
UNIDADE 01
UNIDADE 04
Determinação Gráfica dos dispositivos de proteção solar
UNIDADE 05
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
UNIDADE 01
UNIDADE 02
UNIDADE 02
UNIDADE 03
UNIDADE 02
UNIDADE 03
UNIDADE 04
Satisfação:
sentimento de bem-estar, percepção
de um balanço positivo entre
expectativas e realizações;
CONCEITOS BÁSICOS
Ambiental:
Meio ambiente
Lugar que habitamos
Nossa casa, nossa cidade
Conforto Ambiental:
Tornar confortável para os seres
humanos em vários âmbitos o ambiente
em que vivemos, trabalhamos e nos
relacionamos. O habitat Humano
CONCEITOS BÁSICOS
CONCEITOS
Habitabilidade:
É a capacidade do abrigo fornecer 3
condições:
1. Segurança
2. Amparo às inclemências do meio
ambiente
3. Facilitar a vida socioeconômica
Pode ser definida através de 3 elementos:
1. Ser humano
2. Meio ambiente
3. Construção
CONCEITOS
Sustentabilidade:
• Capacidade de atender às necessidades do presente, sem comprometer a possibilidade das
futuras gerações de atenderem suas próprias necessidades;
Arquitetura Bioclimática
• Aquela que se adapta a seu ambiente físico, socioeconômico e cultural, utilizando materiais
autóctones, técnicas e formas tradicionais, que favorecem a integração visual e reduzem o
impacto ambiental;
Arquitetura / Design Passivo
• A arquitetura passiva aproveita os meios naturais para o aquecimento ou resfriamento das
edificações, utilizando assim menos energia elétrica para prover maior conforto térmico aos
ambientes.
O QUE É
SUSTENTABILIDADE?
Tríade da sustentabilidade
DESAFIOS
1. Garantir a disponibilidade de recursos
naturais:
• Renováveis: respeitar a velocidade de
renovação, artificialmente ou não (Ex.: madeira,
peixes);
• Não-renováveis: utilizá-los de forma a garantir
que as tecnologias alternativas sejam
desenvolvidas a tempo de substituí-los quando
escassos. (Ex.: petróleo);
2. Não Ultrapassar os
limites da Biosfera para
assimilar resíduos e
poluição;
3. Reduzir a pobreza no
mundo;
DESAFIOS
SUSTENTABILIDADE
Desenvolvimento Econômico Insustentável
Grandes desequilíbrios foram gerados.
Exemplo disso é que os EUA consomem um terço da energia existente no
mundo;
20% da população mundial, localizada nos países industrializa dos do
hemisfério norte, consomem 80% da energia;
E emitem de 75 a 80% dos gases responsáveis pelo efeito estufa que
provoca o aquecimento da atmosfera.
SUSTENTABILIDADE
A ocupação dos espaços pelo homem teve muitas vezes como
único sustentáculo do desenvolvimento desejado, o meio ambiente,
que foi através dos tempos sofrendo vários tipos de agressões e
se deteriorando.
Este meio ambiente construído, hoje, requer uma reversão desse
processo para que possa tornar sustentável, capaz de
proporcionar melhor qualidade de vida às pessoas que dele
dependem;
CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL
Os conceitos aplicados às construções sustentáveis tiveram início em1987, como
relatório feito na Noruega e intitulado: “Nosso futuro comum”.
Este documento abriu espaço para uma nova área da Arquitetura, que discute
uma interação do homem como entorno, utilizando os recursos naturais disponíveis,
preservando o planeta para as gerações futuras, baseado na soluções:
a) socialmente justas,
b) economicamente viáveis,
c) ecologicamente corretas e
d) culturalmente aceitas.
DIRETRIZES PARA CONSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS
1. Eficiência energética; 8. Gestão de resíduos sólidos: Reciclar,
reutilizar e reduzir;
2. Técnicas passivas de condicionamento
térmico; 9. Permeabilidade do solo;
3. Conforto e qualidade interna dos 10. Acessibilidade;
ambientes;
11. Transporte de Massa;
4. Uso adequado e reaproveitamento da
água; 12. Transportes alternativos.
5. Qualidade do ar; 13. Mão-de-obra e fornecedores locais;
6. Usar recursos naturais do entorno; 14. Integração com o entorno.
7. Técnicas ambientais corretas;
CONTEXTO
HISTÓRICO
Desde dos primórdios, o ser humano
já procurava meios de tornar mais
confortável termicamente suas
construções;
Roma Antiga: primeiro sistema de
aquecimento artificial que se tem
notícia;
CONTEXTO
HISTÓRICO
No século VI a importância do acesso
solar foi registrada pelo Imperador
Justiniano, podemos dizer que foi a
primeira legislação ambiental que se
tem notícia.
CONTEXTO
HISTÓRICO
Em climas muito quentes, como na
cidade de Honan na China, as
edificações eram subterrâneas;
A temperatura abaixo do solo é
mais amena, o que compensa os
extremos da temperatura do ar,
muito quente durante o dia e muito
fria á noite.
CONTEXTO
HISTÓRICO
O povo de Mesa Verde nos EUA,
construiu suas habitações protegidas
do sol pela encosta para obter
sombra;
No inverno, a inclinação mais baixa
do sol aquecia as edificações
durante o dia;
E o calor armazenado na rocha
aquecia as habitações durante a
noite;
CONTEXTO
HISTÓRICO
Década de 1970 - Crise do petróleo;
Twh - Terawatt-hora
ONDE SE CONSOME
MAIS ENERGIA?
A maior parte de consumo de energia
elétrica nas residências destina-se às
geladeiras, chuveiros e lâmpadas.
Atualmente os aparelhos de Ar
Condicionado chegam a consumir 20% na
média nacional.
O QUE O ARQUITETO PODE FAZER?
As decisões de projeto influenciam fortemente no
desempenho térmico e energético da edificação;
Quanto mais resfriamos e aquecemos os ambientes
de forma natural, menos energia elétrica gastamos;
O arquiteto deve considerar a adequação do seu
projeto ao clima local, utilizando diversas estratégias
de uso de LUZ NATURAL, RESFRIAMENTO e
AQUECIMENTO PASSIVO.
Utilizar fontes alternativas: EÓLICA, BIOMASSA e
SOLAR (para produção de energia elétrica e
aquecimento de água);
Decisões que visam aumentar a eficiência 5. Vegetação no entorno;
energética das edificações:
6. Painéis e placas isolantes, como o EPS;
Priorizar o uso de materiais e técnicas que
isolem termicamente a edificação, como: 7. Utilizar materias eficientes como o PVC;
• Materiais de baixa transmitância térmica;
8. Entre outros.
• Utilizar cores com baixa absortância solar.
Por exemplo:
ARQUITETO 2.
3.
Vidros duplos;
Telhados verdes;
Residencial,
Residencial, Residencial,
comercial,
Tipologias industrial e
Habitacionais comercial e comercial, misto e
industrial institucional
institucional
Conforto
Arquitetura Passiva, métodos bioclimáticos e condicionantes locais.
Térmico
Métodos de
Documentação, projeto e especificação de materiais
Avaliação
FATORES CLIMÁTICOS
Mudança de ritmo da atividade humana: Clima: condição média do tempo em uma dada
região em longos períodos de tempo;
Automóveis, refrigeração e aquecimento artificiais,
iluminação artificial, poluição do ar e sonora; Macroclima: ou clima regional, que corresponde
ao clima médio ocorrente num território;
Microclima: que corresponde às condições
climáticas de uma superfície realmente pequena.
Tempo: variações diárias das condições
atmosféricas;
Mesoclima ou elementos climáticos: escala
onde se considera com maior detalhe as
influências que as condições locais exercem sobre
as variáveis climáticas;
MICROCLIMA MACROCLIMAIMA
CONFORTO / DESCONFORTO
ILUMINAÇÃO / VENTILAÇÃO
ZONEAMENTO
BIOCLIMÁTICO
A NBR 15220-3 divide o país em 8 zonas
Bioclimáticas;
Define as características principais e as
diretrizes construtivas para cada zona:
o Tamanho de janela
o Sombreamento necessário
o Tipo de parede
o Tipo de cobertura
FATORES CLIMÁTICOS
Antes de traçar o primeiro rabisco do projeto, deve-se ter como premissa o estudo
do clima e do local;
O projeto arquitetônico deve considerar o clima local e suas variáveis;
E os elementos de controle que se alteram ao longo dos anos:
1. Proximidade à água (a terra aquece e esfria mais rapidamente que a água);
2. Altitude (a temperatura do ar tende a diminuir com o aumento da altitude):
3. Barreiras montanhosas e oceânicas;
“Os fatores climáticos atuam de forma intrínseca à natureza, a ação simultânea das
variáveis climáticas terá influência no conforto do espaço arquitetônico construído.”
(LAMBERTS, DUTRA, PEREIRA, 2014, p. 71).
VARIÁVEIS
CLIMÁTICAS
Descrevem as características
gerais de uma região em termos de
sol, nuvens, temperatura, umidade e
precipitações;
Com a degradação do microclima,
as soluções tradicionais de projeto
deixam de responder aos anseios
de seus usuários.
É necessário buscar novas
soluções!
FATORES
CLIMÁTICOS
A busca pelo conforto talvez seja
a primeira sensação procurada
pelo ser humano.
O rompimento deste estado
(ruído, excesso ou falta de calor,
ausência ou excesso de luz);
DESCONFORTO: Incomodo,
Agitação, descontentamento;
FATORES CLIMÁTICOS
Adequar a arquitetura ao clima de um
determinado local significa construir espaços
que possibilitem ao homem condições de
conforto.
É função da Arquitetura:
Amenizar as sensações de desconforto
impostas por climas muito rígidos (calor
excessivos, frio ou ventos);
Propiciar ambientes que sejam, no mínimo,
tão confortáveis como os espaços ao ar
livre em climas amenos.
FATORES
CLIMÁTICOS
É PAPEL DO ARQUITETO:
Fazer da criação de ambientes
naturais parte integrante do
projeto.
Favorecer o contato com a
natureza, com as plantas, com a
vista exterior.
Selecionar materiais de construção
com sensibilidade ecológica, com a
finalidade de manter a
biodiversidade local ou regional
através dos produtos ou materiais
usados.
FATORES
CLIMÁTICOS
FATORES CLIMÁTICOS GLOBAIS
Aqueles que condicionam, determinam e
dão origem ao clima nos seus aspectos
macro ou mais gerais, tais como a
radiação solar, a latitude, a longitude, a
altitude, os ventos e as massas de água e
terra.
FATORES
CLIMÁTICOS
FATORES CLIMÁTICOS LOCAIS
Aqueles que condicionam,
determinam e dão origem ao
microclima, ou ao clima que se
verifica num ponto restrito (cidade,
bairro, rua etc.), como a topografia,
a vegetação e a superfície do solo
natural ou construído.
FATORES
CLIMÁTICOS
ELEMENTOS CLIMÁTICOS
LONGITUDE
A posição de uma localidade “A” sobre
a Terra pode ser especificada a partir
de sua latitude e de sua longitude.
A longitude é medida com relação ao
Meridiano de Greenwich.
A longitude não possui a mesma
importância, pois se refere muito mais à
localização do que ao clima.
LATITUDE, LONGITUDE E ALTURA EM RELAÇÃO AO MAR
ALTITUDE
A altitude está referida ao nível do mar.
É um dos fatores que exerce maior
influência sobre a temperatura, pois ao
aumentar a altura, o ar está menos
carregado de partículas sólidas e líquidas e
são justamente estas partículas que
absorvem as radiações solares e as
difundem aumentando a temperatura do ar.
O gradiente termométrico do ar é de
aproximadamente 1º C para cada 200m de
altura.
VENTOS
São variações de direção e
velocidade do movimento do ar.
São causados pelas diferenças de
temperatura entre as massas de ar,
o que provoca seu deslocamento da
área de maior pressão (ar mais frio
e pesado) para área de menor
pressão (ar mais quente e leve).
VENTOS
A rosa dos ventos auxilia o
arquiteto durante o projeto,
pois indica a direção e a
velocidade dos ventos, bem
como a época do ano que
ocorrem.
MASSAS DE ÁGUA E DE
TERRA
Os locais com grandes massas de
água tendem a ter menores
oscilações de temperatura durante o
dia.
Pois, o efeito de qualquer corpo de
água sobre seu entorno imediato
reduz as temperaturas extremas
diurnas.
Por isso, grandes massas de água
possuem um efeito estabilizador da
temperatura.
TOPOGRAFIA
As regiões acidentadas possuem os microclimas mais variados.
Cada local possui características próprias. A orientação e a declividade também
influenciam nos índices de radiação solar.
TOPOGRAFIA
A força, direção e umidade dos fluxos de ar são influenciados pela topografia.
Os fluxos de ar podem ser desviados ou canalizados pelas ondulações da
superfície terrestre.
VEGETAÇÃO
A vegetação contribui ao
estabelecimento dos microclimas.
Pois, o próprio processo de
fotossíntese auxilia na umidificação
do ar através do vapor d’água que
libera.
Tende a estabilizar os efeitos do
clima sobre seus arredores, pois
pode reduzir a radiação solar
incidente, a velocidade dos
ventos, auxiliar na redução da
temperatura e favorecer a
manutenção do ciclo oxigênio – gás
carbônico essencial à renovação do
ar.
VEGETAÇÃO
SUPERFÍCIE DO SOLO
TEMPERATURA
É o elemento climático mais conhecido e de fácil medição.
A variação de temperatura na superfície da Terra resulta, basicamente, dos fluxos
das grandes massas de ar e da diferença de recepção da radiação do Sol de local
para local.
Através dos dados climáticos é possível conhecer o comportamento da temperatura
de um determinado local ao longo do ano.
Com esses dados o arquiteto pode identificar os períodos de maior probabilidade
de desconforto e intervir no projeto.
É importante ressaltar que para uma mesma temperatura a sensação de conforto
térmico pode variar em função do vento e da umidade do local.
SENSAÇÃO TÉRMICA
DIAGRAMA DE GIVONI
UMIDADE DO AR
É o elemento climático mais estável ao
longo do dia.
Resulta da evaporação da água dos
mares, rios, lagos e na terra, e da
evapotranspiração dos vegetais.
Quanto maior a temperatura do ar, menor
sua densidade e, em consequência, maior
quantidade de água poderá conter.
Umidade relativa do ar: quando o
conteúdo de vapor no ar é menor que o
máximo permitido para aquela temperatura.
UMIDADE DO AR
Quando o ar está saturado (UR=100%),
qualquer quantidade de vapor de água a
Umidade relativa
mais se condensará, originando a névoa, o
orvalho ou a chuva.
Temperatura
Em locais com ar muito seco os dias tendem
a ser muito quentes e as noites frias.
Já em locais úmidos as temperaturas
tendem a ser atenuadas.
De acordo com as estações, a umidade do
ar varia. Em geral diminui na estação fria e
aumenta na estação quente.
A umidade do ar atua diretamente na capacidade da pele
de evaporar o suor.
Em altas UR (Umidades Relativas) há maior dificuldade da
pele de evaporar o suor, e com isso aumenta a sensação de
desconforto térmico.
UMIDADE DO AR
UMIDADE DO AR
A umidade pode ser modificada nas
escalas mais próximas à edificação na
presença de água ou de vegetação.
Nas proximidades de massas de água
a umidade do ar aumenta, podendo ser
utilizado para refrescar as edificações.
Já com a vegetação a umidade do ar
aumenta pela evapotranspiração.