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UNIDADE 02

CONFORTO TÉRMICO
Conforto ambiental I
Arquitetura e Urbanismo
MULTIVIX Vila Velha
CONFORTO TÉRMICO
IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DO CONFORTO TÉRMICO:
 Satisfação do homem ou seu bem estar em se sentir termicamente confortável;
 Performance humana – melhor rendimento;
 Conservação de energia.

Mas o que é Conforto Térmico?


“Condição da mente que expressa satisfação com o meio
térmico” (ASHRAE).
CONFORTO HIGROTÉRMICO

Sensação vivenciada pelo organismo quando em condições


ambientais de temperatura e de umidade tais que, considerando
fatores próprios como idade, vestimenta e atividade, não precisa
fazer uso de seus sistemas termorreguladores, para manter sua
temperatura na faixa dos 36.5 C.
CONFORTO TÉRMICO
 O homem é um animal homeotérmico;
 Seu organismo é mantido a uma temperatura interna
sensivelmente constante.
 Essa temperatura é da ordem de 36,5 C, sendo 32 C o
limite inferior e 42 C o limite superior para sobrevivência,
em estado de enfermidade.
 A energia térmica produzida pelo organismo humano
advém de reações químicas internas, realizadas em
atividades como a ingestão de alimentos e líquidos, ou a
respiração.
 Esse processo de produção de energia interna a partir
de elementos combustíveis orgânicos é denominado
metabolismo.
CONFORTO TÉRMICO
 O organismo, através do metabolismo, adquire energia.
 Cerca de 20% dessa energia é transformada em
potencialidade de trabalho.
 Então, termodinamicamente falando, a “máquina humana” tem
um rendimento muito baixo.
 A parcela restante, cerca de 80%, se transforma em calor, que
deve ser dissipado para que o organismo seja mantido em
equilíbrio.
 Não somos eficientes energeticamente!
CONFORTO TÉRMICO
Reação ao Frio
 Quando as condições ambientais proporcionam
perdas de calor do corpo além das necessárias
para a manutenção de sua temperatura interna
constante, o organismo reage buscando reduzir as
trocas térmicas e perdas e aumentar as
combustões internas;
CONFORTO TÉRMICO
Reação ao Calor
 Quando as perdas de calor são inferiores às
necessárias para a manutenção de sua temperatura
interna constante, o organismo reage
proporcionando condições de troca de calor mais
intensa entre o organismo e o ambiente e reduzindo
as combustões internas.
CONFORTO TÉRMICO
As Trocas Térmicas entre o homem e seu entorno

1) M – Metabolismo, ou a produção de calor interno do corpo face a


determinada atividade. Pode ser incrementada pela ingestão de
alimentos e líquidos.

2) R – Trocas por radiação: Entre o Sol e o corpo, entre o corpo e a


abóbada celeste, entre o corpo e os demais corpos (paredes, etc.)

3) C – Trocas por condução: contato. Entre o corpo e toda superfície


em que ele toca.

4) Cv – Trocas por convecção: Entre o corpo e o ar que está em seu


contato direto.

5) E – trocas por evaporação/sudação: Eliminação do calor pela


troca pulmonar, na expiração e através da pele, pelos poros.
As trocas térmicas ocorrem todo
o tempo e podem mudar de
sentido – de perda para ganho
de calor – segundo haja
mudança:
 Local (Sai de um lugar quente
e entra no ar condicionado);
 Momento (dia/noite);
 Vestuário (em função da
resistência térmica da
vestimenta);
 Atividade (taxa metabólica).
CONFORTO TÉRMICO
O PAPEL DA VESTIMENTA
A vestimenta representa uma barreira para as
trocas de calor por convecção (Corpo x Ar).
A vestimenta, que mantém uma camada,
mínima que seja, de ar parado, dificulta as
trocas por convecção e radiação.
Em clima seco, vestimentas adequadas podem
manter a umidade advinda do organismo pela
transpiração (“Loucura do deserto”).
A vestimenta funciona com o isolante térmico
que Mantém, junto ao corpo, uma camada de ar
mais aquecido ou menos aquecido.
O PAPEL DA VESTIMENTA
 A vestimenta reduz o ganho de calor relativo à
radiação solar direta e as perdas em condições de
baixo teor de umidade.
 Reduz, também, a sensibilidade do corpo às
variações de temperatura e de velocidade do ar.
 Sua resistência térmica depende do tipo de
tecido, da fibra e do ajuste ao corpo.
 A pele troca calor por condução, convecção e
radiação com a roupa, que por sua vez troca calor
com o ar (condução, convecção e radiação).
Iclo: índice de Resistência Térmica

clo – vem do
inglês
clothing
ATIVIDADE FÍSICA
 Quanto maior a atividade física maior será
o calor gerado pelo metabolismo;
 É importante o arquiteto saber a função de
sua arquitetura, de forma a prever o nível de
atividade realizada no seu interior;
 Por exemplo: Academias de ginástica, é
recomendável maior ventilação (tanto para
higiene quanto para arrefecimento) pois o
nível de atividade física é alto;
 Em salas de aula é importante dosar os
fluxos ventilação, para não atrapalhar na
atenção e ou fazer os papéis voarem.
W/m² = Watt por metro quadrado.

met = Unidade de medida que representa o


valor de metabolismo;

O metabolismo mais baixo é alcançado com


a pessoa dormindo (0,7 met) e o mais alto
durante esforços extremos, esportes,
geralmente 10 met.

FONTE: Norma ISSO 7730/2005


VARIÁVEIS DO Segundo Lamberts, Dutra e Pereira (2014):

CONFORTO “O conforto térmico sempre foi um conceito subjetivo,


TÉRMICO pois diversos são os fatores e variáveis que
influenciam no bem estar térmico das pessoas no meio
que se encontram”
VARIÁVEIS DO
CONFORTO TÉRMICO
As condições de conforto térmico são função,
portanto, de uma série de variáveis.
O conforto higrotérmico pode ser obtido
através do equilíbrio dinâmico entre as
necessidades do corpo e a oferta do seu
entorno.
Em função do nível de atividade desenvolvida
e da vestimenta requerida pela atividade, estas
respostas se tornam mais ou menos
facilitadoras para o organismo na obtenção
deste equilíbrio.
Para avaliar então as condições de conforto, o
indivíduo deve estar apropriadamente vestido
e sem problemas de saúde ou de aclimatação.
VARIÁVEIS DO CONFORTO TÉRMICO
 Assim, o rendimento de qualquer atividade, está diretamente ligado as
condições higrotérmicas do seu entorno. E os parâmetros mais significativos
para estas condições são:
o metabolismo, que varia de acordo com a atividade exercida;
 a vestimenta, pela alteração das trocas e resistência as trocas entre a
superfície da pele e o entorno;
 a temperatura do ar ambiente, pelo efeito convectivo;
 a umidade relativa do ar circundante, facilitando ou dificultando a
evaporação;
 velocidade do ar próxima ao corpo, pelo seu papel nas trocas convectivas.
CONFORTO TÉRMICO
As trocas térmicas entre o homem, a edificação e seu entorno:
MECANISMOS DE
TROCAS TÉRMICAS
Como ocorrem as trocas térmicas?
 Corpos em temperaturas diferentes: os
corpos mais “quentes” PERDEM calor para os
mais “frios” (calor sensível).
 Mudança de estado de agregação: a água
por exemplo muda de estado, do líquido
para o gasoso. (Calor latente: )
 Calor Sensível ou específico: provoca
mudança da temperatura não do estado.
 Calor Latente: a energia térmica faz os
corpos mudarem de estado.
MECANISMOS DE TROCAS TÉRMICAS
Tipos de Trocas Térmicas:
1. Trocas Térmicas Secas
Trocas de calor que envolvem variação de temperatura
(Convecção, radiação e condução);
2) Trocas Térmicas úmidas
Trocas térmicas que envolvem água (Evaporação e Condensação);
AS TROCAS TÉRMICAS
ENTRE O HOMEM E A
CONSTRUÇÃO
R – Trocas por radiação: entre o Sol e a
construção, entre a abóbada celeste e a
construção, entre o corpo e as paredes, entre
as faces internas das paredes.
C – Trocas por condução: contato entre o
corpo e toda superfície em que ele toca,
através das paredes.
Cv – Trocas por convecção: Entre o corpo e o
ar que está em seu contato direto, entre o ar
e as paredes (externa e internamente).
TROCAS POR RADIAÇÃO
Construção x Entorno
 Acontecem entre dois corpos que não se tocam, que estejam em temperaturas
distintas, na forma de cessão de calor do mais quente para o menos quente, em função
das propriedades óticas dos dois elementos até que ambos estejam na mesma
temperatura.

40° C 20° C 30° C 30° C


TROCAS POR
RADIAÇÃO
Principais locais de projeto da
construção: Fachadas e coberturas.
TROCAS POR
RADIAÇÃO
A capacidade de um elemento de
absorver a radiação solar – função
de sua camada mais externa - varia
enormemente de um material
construtivo a outro.
Ou seja, a capacidade de absorção
solar varia em função do material
escolhido.
TROCAS POR Meio dia Meio dia

RADIAÇÃO Tarde Manhã Manhã

A capacidade de absorção
solar vai depender também
da geometria dos elementos
arquitetônicos.
Deste modo, Uma laje plana
vai receber mais carga
térmica que um telhado
inclinado, principalmente por
causa da trajetória do sol.
TROCAS POR
RADIAÇÃO
 Também é função do projeto
localizar e dimensionar as
aberturas para melhor aproveitar a
radiação solar nos períodos frios ou
evita-la nos períodos quentes.
 Podemos promover a absorção de
calor pelos pisos e paredes internas
através das aberturas.
TROCAS POR
RADIAÇÃO
Materiais Opacos e Materiais
Translúcidos ou Transparentes

 Alguns materiais mais ou menos


translúcidos, como o vidro, são
capazes de deixar a radiação solar
(visível) atravessá-los, permitindo que
alcance piso e paredes;

 Porém, impede o retorno do calor


(radiação infravermelha) para o meio
ambiente.

 Nos fechamentos transparentes


podem ocorrer os três tipos de trocas
térmicas secas (condução, convecção e
radiação) senda esta ultima a mais
difícil de controlar.
TROCAS POR RADIAÇÃO
 A “luz” vem sempre com o “Calor”;
 Mas podemos utilizar este fator à nosso favor:
Aplicando a radiação intensa em locais que
necessitam de aquecimento e higiene, bem como
iluminação diurna.
Ex.: Banheiros e cozinhas.
TROCAS POR
RADIAÇÃO
Atenção:
Ao escolher os materiais e
elementos arquitetônicos que
vão compor as paredes e as
coberturas é preciso ponderar
a parcela de raios solares que
será ABSORVIDA, REFLETIDA e
TRANSMITIDA (vidros p/ interior
da edificação).
TROCAS POR RADIAÇÃO
Atenção:
Da mesma forma a escolha de um elemento de piso
na trajetória dos raios do sol face a uma fachada
merece ser feita ponderando a parcela que será
absorvida com a que será refletida e incidirá sobre
a mesma.
TROCAS POR RADIAÇÃO
E se usássemos a radiação
junto com os elementos
arquitetônicos como fonte de
aquecimento e de iluminação
natural?
TROCAS POR
RADIAÇÃO
Também podemos usar elementos
vegetais para controlar a radiação
direta do sol!
 E ainda podemos utilizar a
radiação solar para
fornecer energia elétrica e
térmica.
 A melhor orientação e
inclinação dos panos de
telhados receptores das
placas solares são os
virados para o Norte (a sul
do Equador), afastados de
sombras projetadas,
inclinados em função do
local do projeto.
TROCAS POR RADIAÇÃO
TROCAS POR
CONDUÇÃO
 São as responsáveis pelo
“trânsito” do calor no interior dos
elementos construtivos dos
ambientes.
 Propicia a propagação do calor
através de um corpo homogêneo ou
entre camadas distintas de um
corpo em temperaturas diferentes.
 Sempre cedendo calor do está
mais “quente” para o que está mais
“frio”.
TROCAS POR CONDUÇÃO
Através da condução as trocas de calor tendem a homogeneizar a temperatura.

20°C 40°C No fim as duas


edificação estarão
com 30°C =
(40+20)/2
TROCAS POR
CONDUÇÃO
 A escolha dos materiais
constituintes de paredes externas e
coberturas pode alterar o
desempenho de uma edificação e o
conforto térmico final obtido;
TROCAS POR
CONDUÇÃO
A condutividade térmica vai
depender das caraterísticas físicas
e químicas dos materiais.
λ = Condutividade Térmica.
TROCAS POR
CONDUÇÃO
 Quanto maior for o valor da
tabela, tanto maior será sua
capacidade de propagação entre
as superfícies de troca.
 A espessura do material também
fará diferença.
TROCAS POR CONDUÇÃO
A condução térmica de uma parede será, portanto, o resultado da decisão projetual
quanto à espessura a ser utilizada e a condutividade térmica do material escolhido.

10 cm de parede de tijolo maciço conduz 10 cm de viga de aço conduz 4,3


0,07W. W
TROCAS POR CONDUÇÃO
Paredes compostas (camadas de materiais diferentes)
apresentam valores diferenciados de transmitância térmica, em
função das espessuras e condutividades empregadas.

Rsi 0,13 Rse 0,04


Parede Externa
λ (W/mK) Espessura (mm)
Reboco interno 1,150 45
Reboco externo 1,150 45
EPS 0,040 40
Tijolo cerâmico 0,900 90
Total 0,742 220
TROCAS POR CONDUÇÃO Materiais possuem qualidades
para cada clima e projeto.
TROCAS POR
CONVECÇÃO
 As trocas por convecção
acontecem entre o corpo e o ar que
está em seu contato direto, entre o
ar e as paredes (externa e
internamente).
 Acontecem também através da
decisão arquitetônica de
permeabilidade.
TROCAS POR
CONVECÇÃO
 Constituem o recurso mais próximo
ao ser humano, pois intervém
diretamente na capacidade do ser
humano de liberar o calor pela
evaporação nos poros.
 Elas servem também, para
dissipar o calor e a umidade
acumulados nas superfícies internas
da edificação – paredes, pisos e
teto.
 RENOVAÇÃO DO AR!
TROCAS POR
CONVECÇÃO
 Internamente, são as trocas de ar
que garantem a manutenção da
qualidade do ar que respiramos;
 Se a taxa de renovação de ar de
um ambiente é insuficiente para o
tipo de atividade que ali se
desenvolve, o usuário será
prejudicado, a respiração torna-se
menos ativa e há o aparecimento
de uma fadiga prematura e o risco
de contaminação aumenta.
 Síndrome do edifício doente.
TROCAS POR
CONVECÇÃO
 Embora varie em função da
vestimenta, da atividade de
condições metabólicas e da
temperatura circundante, há alguns
valores de velocidades do ar
consideradas como máximas
confortáveis para evitar a sensação
de arrepio, que é uma reação do
corpo à perda de calor acima da
desejada.
 Por isso, o vento pode trazer
sensação de frescor, mas também
de desconforto, à medida que se
torna mais forte do que nossa
necessidade de eliminação de suor.
TROCAS POR
CONVECÇÃO
 Embora no ambiente construtivo as trocas
térmicas por convecção estejam relacionadas ao
ar, é possível a troca com água ou outro fluido,
em geral sobre coberturas e paredes externas.
 Entretanto neste caso, é possível haver uma
umidificação do ar, modificando as condições de
conforto higrotérmico.
TROCAS POR
CONVECÇÃO
 Na Natureza, os principais responsáveis
pelas trocas por convecção são os ventos.
 No exterior, à medida que o ar se aquece,
ele fica mais leve (ou menos denso) e sobe,
cedendo espaço para outra massa de ar mais
frio (e mais denso), vindo de várias direções.
TROCAS POR CONVECÇÃO
 A renovação do ar só acontecerá se
houver uma entrada e uma saída em
cada ambiente, ou conjunto de
ambientes.
 Deve-se garantir a permeabilidade
da construção.
 Ventilação cruzada.
CONCEPÇÃO DE PROJETOS
O projeto de um edificação deve ser concebido com vistas nas estratégias bioclimáticas, deste
modo, podemos dividir os elementos de conforto ao projeto em:
a) Etapa de anteprojeto: o arquiteto analisa as condicionantes físicas e climáticas do terreno
e estabelece estratégias de conforto térmico, acústico e luminoso;
b) Cálculo de carga térmica: na etapa de projeto, e execução arquitetos, engenheiros e
especialistas realizam cálculos para dimensionar os equipamentos utilizados na
edificação;
c) Gestão de energia: No edifício já pronto é necessário que usuários e administradores
devem se atentar para o bom uso das soluções arquitetônicas e economia de energia;
d) Selo ambiental: em todas as fases de projeto, a edificação pode receber um Selo
Ambiental que comprove seu comprometimento com o meio ambiente, a eficiência
energética e o conforto do usuário.
ESTRATÉGIAS
BIOCLIMÁTICAS
 A NBR 15220 prevê várias
estratégias para o conforto térmico
e luminíco das edificações;
 Como já foi visto, a NBR 15220
divide o país em 8 zonas
bioclimáticas;
 Para cada zona existem soluções
que devem ser adotadas pelos
arquitetos em seus projetos.
Transmitância térmica
ESTRATÉGIAS
BIOCLIMÁTICAS Paredes U (w/m²k) Coberturas U (w/m²k)

Projeto de edificação Institucional Paredes


0,74 Cobertura 0,42
no bairro Jardim Camburi, Vitória- externas
ES;
Instituto de Artes Lygia Pape; Laje do
Pilares 0,78 2,13
Transmitância Térmica dos terraço
elementos externos:

Vigas 0,75 Lajes imperm. 0,44

NBR 15220 < 3,6 NBR 15220 < 2,3


ESTRATÉGIAS BIOCLIMÁTICAS
 Além do conhecimento de como traduzir as trocas higrotérmicas para o processo
projetual, é necessário o conhecimento do potencial de seu entorno climático face às
necessidades de seus potenciais usuários para uma correta identificação das trocas
mais interessantes na adequação das edificações.
Neste contexto são apresentados instrumentos complementares de apoio às
decisões projetuais básicas que visam o suporte à atividade de concepção sob o
enfoque do conforto higrotérmico:
1. Diagrama bioclimático de Givoni, para um diagnóstico básico das condições
higrotérmicas do local de implantação e as principais estratégias decorrentes;
2. Diagrama solar (2° bimestre).
DIAGRAMA DE GIVONI
 O diagrama bioclimático foi desenvolvido por B.Givoni em 1960
e readequado às condições de países em desenvolvimento em
1994.
 Recentemente foi objeto de um trabalho de processamento
informático e gerou o programa Analysis Bio (LABEEE).
 É um excelente instrumento de apoio à escolha das estratégias
mais adequadas a serem desenvolvidas quando do processo de
concepção arquitetônica do ponto de vista do conforto
higrotérmico.
Sobre um diagrama
psicrométrico, é traçado
um polígono que agrupa
aqueles valores de
temperatura e umidade
que permitem ao corpo
humano a manutenção de
seu equilíbrio
homeotérmico sem
esforço.
DIAGRAMA DE GIVONI
 Assim ao se marcar no diagrama bioclimático os principais valores de
temperatura e umidade de um local, é possível obter um primeiro diagnóstico
de seu clima e das melhores estratégias de projeto.
 Abaixo do limite inferior de temperatura 18 C, as estratégias envolvem o
aproveitamento da insolação de forma controlada, assim como acima de 29
C, o sombreamento certamente se fará necessário, a ventilação sendo boa
estratégia para os valores superiores de umidade relativa de 80% ou
absoluta de 17g/kg, e quase sempre face a altas temperaturas do ar.
 A escolha das estratégias deve ser feita em função do tipo e do período de
ocupação (meses e horas do dia) previsto pelo Programa, para sua melhor
eficiência.
Dados:
Temperatura mínima: 20°C
Temperatura máxima: 30°C
Umidade Relativa do Ar: 40%
1. Conforto Higrotérmico Diagrama de Vitória-ES
2. Ventilação Temperatura (°C)

3. Resfriamento evaporativo
Pontos marcados
4. Resfriamento passivo para cada dia do
ano.
5. Ar condicionado
6. Umidificação
7. Aquecimento
8. Aquecimento Solar passivo
9. Aquecimento artificial

UR (%)
10. Ventilação + Resfriamento
11. Vent. + resf. + resf.
Evaporativo
12. Resfriamento + Resf.
evaporativo
Temperatura (°C)
1. Conforto Higrotérmico Diagrama de Manaus-AM
2. Ventilação
3. Resfriamento evaporativo
4. Resfriamento passivo
5. Ar condicionado
6. Umidificação
7. Aquecimento
8. Aquecimento Solar passivo
9. Aquecimento artificial
10. Ventilação + Resfriamento
11. Vent. + resf. + resf.
Evaporativo
12. Resfriamento + Resf.
evaporativo
Diagrama de Vitória-ES Diagrama de Manaus-AM
DIAGRAMA DE GIVONI
Algumas considerações para uso:
 Sobre o usuário: a zona de conforto do diagrama foi estabelecida considerando
pessoas já aclimatadas, em situação de repouso ou em atividade mais ou menos
sedentárias, idade e saúde “média”, vestidas com roupas adequadas.
 Sobre a radiação solar direta incidente: a insolação sobre janelas e paredes é
considerada não ocorrente no projeto. É preciso considerar que sua ação será
sempre no sentido do aumento de temperatura interna do ambiente.
 Sobre os limites das estratégias: identifica “zonas” de conforto em função dos
valores gerais que encontramos no local de umidade e temperatura do ar.
 Algumas incorreções quanto a possibilidade real e posição dos limites podem
ocorrer em situações de microclima diferenciado.
DIAGRAMA DE
GIVONI
Situação 01: As estratégias
permitem “corrigir” problemas
de microclima.
O vento tem livre caminho para
se deslocar sobre o espelho
d’água, ao passar sobre ele se
umidifica e se refresca levando
também frescor à edificação.
DIAGRAMA DE
GIVONI
Situação 02: Não foram
aplicadas estratégias de
conforto higrotérmico, deste
modo cria-se um microclima
desfavorável.
O vento sobre a área
pavimentada se aquece por
convecção em contato com o ar
quente sobre o piso, levando
também o ar aquecido para
dentro da edificação.

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