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Apost1 2014
Apost1 2014
Escola de engenharia
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
ENG 01111
BIBLIOGRAFIA
1- INTRODUÇÃO
2.1- CONCRETO
frequência Sn Sn
abcissa que mede
a resistência de maior
frequência
curva de Gauss
fci (MPa)
fcj
frequência
3 1
fci
sendo δ = Sn/fcj
1/2
Eci = αE 5600 fck (MPa) para fck de 20MPa a 50 MPa
3 1/3
Eci = 21,5x10 αE (fck /10 + 1,25) (MPa) para fck de 55MPa a 90 MPa
Ecs = αi Eci
Para tensões de compressão menores que 0,5fc e tensões de tração menores que
fct pode-se considerar ν = 0,2 e Gc = Ecs / 2,4.
εc
εc2 εcu
Na falta de ensaios, o valor de fct médio ou característico pode ser avaliado por
meio das equações seguintes:
2/3
Para concretos do grupo I ( C20 a C50): fct,m = 0,3 fck (MPa)
Para concretos do grupo II (C55 a C90): fct,m = 2,12 ln (1 + 0,11 fck) (MPa)
2.2- AÇO
2.2.1 Categorias
Segundo a NBR 6118 item 8.3 “nos projetos de estruturas de concreto armado
deve ser utilizado aço classificado pela NBR 7480 com o valor característico da
resistência de escoamento nas categorias CA-25, CA-50 e CA-60. Os diâmetros e seções
transversais nominais devem ser os estabelecidos na NBR 7480”.
A nomenclatura é função do valor característico da tensão de escoamento fyk. Por
0 ≤ ε ≤ ε → σ =E ε
sd yd sd cs sd
ε ≤ ε ≤ 10%0 → σ =f
yd sd sd yd
εcu εyd ϕ εs
εyd 10‰
fyd
fyd fyk
tgϕ = Ecs = → Ecs = 2,1× 105 MPa → fyd =
ε yd γs
1- AÇÕES
Embora exista uma norma brasileira de ações e segurança nas estruturas, NBR
8681, a NBR 6118, no capítulo 11, altera alguns itens desta norma. Portanto, o texto
apresentado a seguir foi retirado do capítulo 11 da NBR 6118.
Na análise estrutural deve ser considerada a influência de todas as ações que
possam produzir efeitos significativos para a segurança da estrutura em exame, levando-
se em conta os possíveis estados limites últimos e os de serviço. As ações a considerar
classificam-se de acordo com a NBR 8681 em: permanentes, variáveis e excepcionais.
Ações permanentes diretas: são constituídas pelo peso próprio da estrutura e pelos
pesos dos elementos construtivos fixos e das instalações permanentes. Consideram-se
como permanentes os empuxos de terra e outros materiais granulosos quando forem
admitidos não removíveis.
Ações variáveis diretas são constituídas pelas cargas acidentais previstas para o
uso da construção, pela ação do vento e da chuva, devendo-se respeitar prescrições
feitas por normas brasileiras específicas.
As cargas acidentais devem ser dispostas nas posições mais desfavoráveis para o
elemento estudado, ressalvadas as simplificações permitidas por normas brasileiras
específicas e correspondem a:
- cargas verticais de uso da construção;
- cargas móveis, considerando o impacto vertical;
- força longitudinal de frenação ou aceleração;
- vento;
- água.
Ações variáveis indiretas: são constituídas por variações uniformes e não uniformes de
temperatura e ações dinâmicas.
As ações são quantificadas por seus valores representativos, que podem ser:
a) os valores característicos
b) valores convencionais excepcionais, que são os valores arbitrados para as ações
excepcionais;
c) valores reduzidos, em função da combinação de ações.
Para obter o valor de cálculo das ações nas combinações normais, majora-se o
valor representativo das ações, obtendo-se a denominada ação de cálculo (O sub-índice
d vem do inglês: design)
Fd = γf Fk → Fd = 1,4 Fk
4- ESTÁDIOS DE FLEXÃO
fck
ΙΙΙ
ΙΙ
Ιb
Ιa
0 εr ε
ftk
ESTÁDIO I
ESTÁDIO Ib: Aumentando a carga de ensaio, admite-se que antes de atingir o estádio II
as tensões de tração passam por um estágio onde é ultrapassada a fase linear-elástica,
sem ruptura do concreto. Comportamento não linear na zona tracionada com diagrama
curvo.
O projeto no estádio I não é econômico, pois para não ser ultrapassada a tensão
admissível do concreto à tração (que é muito pequena), devem-se ter dimensões muito
grandes para a seção transversal. O dimensionamento é feito empregando-se
diretamente as expressões da Resistência dos Materiais aplicadas à seção
homogeneizada, sem desprezar a resistência do concreto à tração.
ESTÁDIO II
Corresponde à fase em que a resistência à tração do concreto foi ultrapassada,
mas estando o concreto ainda no regime elástico linear na zona comprimida. As fissuras
ESTÁDIO III
Corresponde a fase onde o concreto comprimido não obedece mais a Lei de
Hooke, apresentando comportamento plástico (não linearidade na zona comprimida).
Com o aumento da carga, chega-se a ruptura final da peça. As cargas são consideráveis,
as fissuras aumentam e a deformação da armadura cresce de forma não linear em
relação à solicitação devido ao escoamento.
5.1- Hipóteses
Segundo a norma brasileira NBR 6118 item 17.2, uma seção de concreto armado,
submetida a solicitações normais, alcança o Estado Limite Último, Estádio III, por
esmagamento do concreto na zona comprimida ou por deformação plástica excessiva do
aço, limitada em εs = 10‰ no alongamento.
Solicitações normais são esforços solicitantes que originam tensões normais sobre
a seção transversal, ou seja, momento fletor e esforço normal.
O estudo de seções de concreto armado no Estado Limite Último de Resistência é
feito com base nas seguintes hipóteses:
- Manutenção da seção plana (hipótese de Bernoulli): as deformações normais
específicas são, em cada ponto da seção transversal, proporcionais à sua distância à
linha neutra.
- Solidariedade perfeita entre os materiais: a deformação da armadura é igual a do
concreto adjacente.
- A resistência do concreto à tração é desconsiderada.
d’ As’
x
h d
LINHA NEUTRA
As
5.3.1 – Concreto
εc αcfcd/0,9αcfcd
0,85fcd
x y = λx
d
LN
ε1
As
Figura II-3: Relação Constitutiva para o concreto: (a) Variação das deformações;
(b) Diagrama retangular parábola Retângulo; (c) Diagrama retangular.
B
εc
d’ As’ x23
2 xlim
LN
- Domínio 5: Compressão não uniforme, sem tração. A linha neutra não corta a seção.
Neste domínio, a deformação última do concreto é variável, sendo igual a εc = εc2 e na
compressão uniforme e εc = εcu na flexo-compressão (linha neutra tangente à seção).
εc
x
Md LN
d
d-x
As ε1
εc ε
= 1
x d- x
1.1- DOMÍNIO 2
1.2- DOMÍNIO 3
O valor de xlim, além de ser dependente do valor de εcu que depende do valor do fck,
também é dependente do valor de εyd (deformação do aço relativa ao início do patamar
de escoamento, Fig. II-4, que depende da tensão de escoamento do aço fyd). Desta
forma, para cada de tipo de concreto e de aço ter-se-á um valor de xlim
ε =
f yd
→ x lim =
ε cu Es
d
f yd + ε cu E s
yd
Es
1.3- DOMÍNIO 4
No domínio 4 o concreto rompe (εc = εcu) sem que o aço escoe (ε1 < εyd). O
intervalo de valores possíveis de x é determinado substituindo-se os valores de ε1 e εc na
expressão de compatibilidade de deformações, resultando
xlim < x ≤ d
Esta situação deve ser evita, pois, além de não ser econômica (pouco
aproveitamento do aço), a peça rompe sem que ocorram grandes deformações.
O valor da armadura mínima visa prevenir uma situação que pode ocorrer quando
as dimensões da seção transversal (seja por motivos construtivos ou arquitetônicos) são
maiores do que aquelas que seriam necessárias pelo dimensionamento devido à
solicitação. Estas peças, quando submetidas às cargas de serviço, funcionam no Estádio
I; ou seja, a tensão máxima na região tracionada não atinge o valor característico da
resistência à tração. Um excesso de carga pode fazê-las passar do Estádio I para o
Estádio II. Para evitar a possibilidade de uma ruptura brusca do bordo tracionado quando
da passagem do Estádio I para o II, deve-se colocar junto ao bordo tracionado uma
armadura mínima capaz de assegurar à peça uma resistência à flexão no Estádio II igual
àquela que possuía no Estádio I.
A armadura mínima de tração deve ser determinada, segundo a NBR6118 item
17.3.5.2.1, pelo dimensionamento da seção a um momento fletor mínimo dado pela
expressão a seguir, respeitada a taxa mínima absoluta 0,150 %:
As,min = ρmin Ac
Tabela III-1 - Taxas mínimas de armadura de flexão para vigas
(tabela 17.3 da NBR6118)
Valores de ρmin*=(As,min/Ac) %
fck 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90
Retangular 0,150 0,150 0,150 0,164 0,179 0,194 0,208 0,211 0,219 0,226 0,233 0,239 0,245 0,251 0,256
* Os valores de ρmin estabelecidos nesta tabela pressupõem o uso de aço CA-50,
γc = 1,4 e γs = 1,15. Caso esses fatores sejam diferentes, ρmin deve ser recalculado.
As máx = As + As' = 4% Ac
d
Md h
linha neutra
As As
Fst = As fyd
b
Figura III-2: Dimensionamento à flexão.
∑F =0 → A cc α c f cd = A s f yd
∑M As
= 0 → M d = A cc α c f cd (d - 0,5 y)
sendo
ε cu E s
y lim = λ d
f yd + ε cu E s
e
ydutil = 0,36 d para concretos com fck ≤ 50 MPa
αc fcd
Fcc = α c b y fcd
y = λx x
d
Md
linha neutra
As Fst = As fyd
∑F = 0 → 0 = α c b y f cd - A s f yd
∑M As
= 0 → M d = α c b y f cd (d - 0,5 y)
chega-se a
2 Md α c b y f cd
y = d - d2 − e As =
α c b f cd f yd
No caso y > ymax, deve-se projetar armadura dupla. Para isso, fixa-se a
profundidade da zona comprimida em ymax e se introduz uma armadura localizada na
zona comprimida, As’, o mais afastada possível da linha neutra. Esta armadura de
compressão e uma armadura adicional de tração ∆As constituem, quando suas áreas são
multiplicadas por suas resistências, as forças de compressão e tração que formam o
binário capaz de absorver a diferença de momentos ∆Md = Md - Mdlim.
O esquema com as solicitações envolvidas encontra-se na Fig. III-4.
d’ d’ As’σ2
As’ αc bymax fcd As’
d Mdlim d ∆Md
+ d - d’
d - 0,5ymax
As As
As1 fyd ∆As fyd
O momento Mdlim é definido como o momento que pode ser absorvido pela viga no
limite da armadura simples, ou seja, quando y = ymax
∑F =0 → 0 = α c b y max f cd + A s ' σ 2 - A s f yd
ymax - λ d'
ε2 = εcu
ymax
3.2- SEÇÃO T
bf
- bw: largura da alma
- bf: largura da mesa
hf
h
- h: altura total
- hf: altura da mesa
bw
Para o caso onde y < hf a zona comprimida está dentro da mesa, ver Fig. III-6.
Normalmente nestas situações, y < hf < ymax, e necessita-se apenas de armadura
tracionada (armadura simples).
0 = α c b f y f cd - A s f yd
M d = α c b f y f cd (d - 0,5y )
Para o caso onde hf < y ≤ ymax (ver Fig. III-7), apesar da linha neutra estar fora da
mesa, ainda necessita-se apenas de armadura tracionada (armadura simples).
M d = α c b w y f cd (d - 0,5 y) + α c f cd (b f - b w ) h f (d - 0,5h f )
Para o caso onde y > ymax, o procedimento é análogo ao da seção retangular com
armadura dupla. Faz-se, então, o cálculo do momento correspondente a seção T quando
y = ymax , Mdmáx :
∑M As
=0 → M d = M dmax + A s' σ 2 (d - d' )
ymax - λ d'
ε s2 = εcu
ymax
∑F = 0 → 0 = α c b y f cd - A s σ
1
(1)
∑M As =0 → M u = α c b y f cd (d - 0,5 y) (2)
Este sistema não pode ser resolvido diretamente, pois existem duas equações e
três incógnitas:
- y: profundidade da zona comprimida
2) se o valor encontrado para y for y ≤ ylim , σ1 realmente atingiu a tensão de cálculo fyd; o
valor de y calculado está correto e determina-se o valor de Mu substituindo-se y na
equação (2)
3) se o valor encontrado para y for y > ylim, o seu valor não está correto, pois para y > ylim
a tensão na armadura tracionada σ1< fyd σ1 está na parte da reta de Hooke do
diagrama tensão-deformação; assim, a deformação na armadura tracionada é dada
por:
σ
ε1 = 1
Es
ε cu E s (λd - y)
σ
1
=
y
Esta equação, junto com as de equilíbrio (1) e (2) torna o sistema determinado.
Para uma seção retangular com armadura dupla não se sabe se as duas
armaduras atingiram a tensão de cálculo fyd. As equações de equilíbrio, neste caso, são:
∑F = 0 → 0 = α c b y f cd + A s ' σ 2 - A s σ 1 (1)
Este sistema não pode ser resolvido, pois existem mais incógnitas do que
equações. As incógnitas são:
- y: profundidade da zona comprimida
O problema deverá ser arbitrando-se, na equação (1), σ1= σ2= fyd para obter-se o
valor de y. Podem ocorrer três situações:
Neste caso a tensão σ1= fyd e a σ2 ≤ fyd. Para determinar o valor de σ2 deve-se,
inicialmente, obter a deformação da armadura comprimida através da equação de
compatibilidade de deformações para o domínio 2:
-Se ε2 < εyd então a equação abaixo junto com as de equilíbrio (1) e (2) torna o sistema
determinado
0,01 E s (y - λd ′)
σ
2
=
λd − y
Como no caso anterior, a tensão σ1= fyd e a σ2 ≤ fyd. Para determinar o valor de σ2
deve-se, inicialmente, obter a deformação da armadura comprimida através da equação
de compatibilidade de deformações para o domínio 3:
(y - λd ′)
ε2 = ε cu
-Se ε2 < εyd então a equação abaixo junto com as de equilíbrio (1) e (2) torna o sistema
determinado
0,0035 E s (y - 0,8d′)
σ
2
=
y
ε cu E s (λd - y)
σ
1
=
y
ε cu E s (y - λd′)
σ
2
=
y