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ECONOMIA I - 2023

Prof. Msc. Cristina Elena Bernardi Iaroszeski


1º Semestre
1º Ciclo
Conceitos e
Fundamentos da
Economia

Em nosso dia-a-dia deparamo-nos


com inúmeras questões
econômicas:
► Aumento de Preços
► Períodos de crises ou
crescimento da economia
► Desemprego
► Diferenças salariais
► Déficit governamental
► Elevação de impostos
► Etc.
Esses temas são discutidos Entretanto, é necessário
habitualmente pelos obter conhecimentos mais
cidadãos comuns que têm sólidos sobre os problemas
opiniões formadas sobre as que circundam a economia
medidas que o Estado deve e por isso, devemos traçar o
adotar. objetivo da Economia.

O Objetivo do estudo da Ciência Econômica é


analisar os problemas econômicos e formular
soluções para resolvê-los, de forma a
melhorar nossa qualidade de vida.
► Etimologicamente, a palavra economia
deriva do grego oikonomía (de oikos,
casa; nomos, lei).
► No sentido original, seria a
O que é “administração
posteriormente
da
foi
casa”,
associada
que
à
“administração da coisa pública”.
Economia? ► Em palavras mais simples, Economia é
a ciência social que estuda como a
sociedade administra recursos
produtivos (fatores de produção)
escassos.
Economia é a ciência social que estuda de que
maneira a sociedade decide (escolhe) empregar
recursos produtivos escassos na produção de bens
e serviços, de modo a distribuí-los entre as várias
pessoas e grupos da sociedade, a fim de satisfazer
as necessidades humanas.
Como ciência social, a economia faz parte das ciências
humanas, pois envolvem juízo de valor e,
consequentemente, acarretam várias correntes de
pensamento econômico.
Os recursos produtivos ou fatores de produção (mão de
obra, terra, capital, matéria-prima, etc.) são limitados.
Contudo, as necessidades humanas são ilimitadas e
Objetivos e sempre se renovam, em razão do crescimento
populacional e pela elevação do padrão de vida.
Independentemente do seu desenvolvimento, nenhum
importância país consegue dispor de todos os recursos dos quais
necessita.

do estudo. Tem-se o problema da escassez: recursos limitados x


necessidades humanas ilimitadas. Em razão da escassez
de recursos é que a sociedade deve escolher entre as
alternativas de produção e de distribuição dos resultados
da atividade produtiva entre os vários grupos da
sociedade.
Portanto, a economia visa alocar recursos produtivos
ilimitados, de forma a atender ao máximo às
necessidades humanas.
De modo geral, há uma escassez de recursos diante das
necessidades ilimitadas e renovadas constantemente,
impondo a necessidade de decidir quais necessidades
serão satisfeitas.
Assim, surge o objeto da ciência econômica: o estudo da
escassez e dos problemas relacionados à escassez.
É da escassez de recursos ou
fatores de produção, associada às
necessidade ilimitadas do homem
que surgem os problemas
Questões econômicos fundamentais:
fundamentai
s ✔ O que e quanto produzir?
✔ Como produzir?
✔ E para quem produzir?

A forma como a sociedade resolve


seus problemas econômicos
depende da forma de organização
econômica de cada nação.
► Produção de bens e serviços empregando-se recursos
produtivos.
► Podem ter usos alternativos que são utilizados para
produzir diferentes produtos. Ex: produtor rural que
produz em suas terras soja ou milho; empresa
automobilística que produz caminhões ou tratores.
► Como os recursos que essas empresas dispõem são
limitados, nem sempre a produção de todos os bens

Do que
pode ser aumentada ao mesmo tempo, no curto prazo.
► A necessidade humana vem da sensação de carência ou
do desejo de obter algum produto. As necessidades
humanas básicas são: alimentação, vestuário,

trata a lei ►
transporte, educação e cultura, saúde, segurança e
lazer.
As necessidades são limitadas pela renda do indivíduo,

da ►
ou seja, as quantidades demandadas dos diferentes
bens são limitadas pela renda dos indivíduos.
Como as necessidades são ilimitadas, os consumidores,
baseados em sua renda, estabelecem prioridades para
escassez? ►
seus gastos.
A escassez ocorre porque as necessidades humanas
excedem a capacidade de produção possível com a
utilização dos recursos limitados disponíveis.
► A lei da escassez analisa a utilização dos recursos
escassos, escolhendo entre usos alternativos, para
produzir bens e serviços úteis para a satisfação das
necessidades dos consumidores.
► A decisão de o que produzir é
influenciada pelas
necessidades dos
consumidores, ou seja, pela
demanda. O nível de renda
da população também
influencia quais produtos ela
irá consumir.
► Portanto, dada a escassez de
O que recursos de produção, a
sociedade terá de escolher,
produzir? dentro do leque
possibilidades de produção,
de

quais produtos serão


produzidos e as respectivas
quantidades a serem
fabricadas;
► O quanto produzir é a decisão de
qual quantidade de cada um dos
produtos será produzida. Essa
quantidade é fixada pela
interação entre a oferta
(produtor) e a demanda (mercado
consumidor), ou seja, quanto
mais pessoas quiserem comprar
um produto, mais ele será
produzido.
► A quantidade consumida
Quanto (demanda) também é
influenciada pelo nível de renda e
a quantidade produzida (oferta)
produzir? pela escassez
produtivos.
dos recursos

► A sociedade terá de escolher


ainda quais recursos de produção
serão utilizados para a produção
de bens e serviços, dado o nível
tecnológico existente.
► O para quem produzir inclui a
definição de quais setores
serão beneficiados pelos
resultados da produção,
determinando o acesso das
pessoas a um conjunto de
bens ou serviços, de acordo
com os níveis de renda.
► Do ponto de vista das
empresas a decisão de para
Para quem quem produzir é tomada em
função da expectativa de
produzir? obter lucro, ou seja, como
utilizar os recursos que ela
tem disponível para aumentar
seu lucro.
► Por exemplo, uma empresa
automobilística pode escolher
entre produzir carros
populares ou carros de luxo
ou, ainda, uma combinação
desses dois tipos de produto.
A economia tem uma forte relação com outras
áreas do conhecimento científico:
► Economia e História: Os sistemas econômicos
são condicionados pela evolução histórica e
também afetam o desenrolar da história.
Alguns importantes períodos históricos são
associados a fatores econômicos, como os
Economia e ciclos do ouro e da cana-de-açúcar no Brasil,
e a Revolução Industrial, a quebra da Bolsa
de Nova York (1929), a crise do petróleo, que
sua relação ►
alteraram profundamente a história mundial.
Economia e Política: A organização política e
institucional da sociedade influencia na
com outras atividade econômica, pois, a política fixa as
instituições sobre as quais a atividade
econômica será desenvolvida.
ciências ► Economia e Geografia: Qualquer atividade
econômica tem um componente espacial,
como por exemplo, os custos de transporte
acesso a recursos, etc. A Geografia nos
permite avaliar fatores muito úteis à análise
econômica, como as condições
geoeconômicas dos mercados, a
concentração espacial dos fatores produtivos,
a localização de empresas e a composição
setorial da atividade econômica.
► Economia, Moral, Justiça e Filosofia: antes da revolução industrial a atividade
econômica era vista como parte integrante da Filosofia, Moral e Ética. Era orientada
por princípios morais e de justiça. Não existia ainda um estudo sistemático das leis
econômicas, e predominavam princípios como a lei da usura, o conceito de preço
justo (discutidos, dentre outros filósofos, por São Tomás de Aquino).

► Economia e Estatística: A análise dos indicadores é utilizadas em todos os domínios


da economia.
► Economia e Matemática: Alguns dos comportamentos humanos podem ser
modelizados.
► Economia, Física e biologia: A construção do núcleo científico inicial da Economia
começou a partir das chamadas concepções organicistas (biológicas) e mecanicistas
(físicas). Segundo o grupo organicista, a Economia se comportaria como um órgão
vivo. Daí se utilizarem termos como órgãos, funções e circulação na teoria
econômica. Já para o grupo mecanicista, as leis da Economia se comportariam como
determinadas leis da Física. Daí advêm termos como equilíbrio, fluxos, estoques,
estática, dinâmica, aceleração, velocidade, forças e outros.
► Predominou uma concepção humanística, que coloca em plano superior os móveis
psicológicos da atividade humana.
Economia e Direito
► Em função do expressivo avanço da liberalização dos mercados, tanto do
comércio quanto das finanças internacionais, o papel regulador do governo
vem ganhando mais importância, com a finalidade de garantir a defesa da
concorrência e os direitos dos consumidores.
► O papel do Estado é promover o bem estar da sociedade, tanto do ponto de
vista econômico quanto jurídico.
► O direito tem uma perspectiva mais objetiva, pois tem a finalidade de regular
o comportamento humano, enquanto que a economia procura estudar como o
ser humano toma suas decisões e se comporta em um mundo de recursos
escassos e suas consequências.
► A relação existente da Economia com o Direito: do ponto de vista econômico é
analisar o comportamento dos produtores e consumidores, quanto às suas
decisões de consumir e produzir; e, do ponto de vista jurídico o foco reside nos
agentes das relações de consumo (consumidor/fornecedor).
► Ao se estudar o estabelecimento comercial e o papel
do empresário, na visão econômica ressalta o papel
do administrador na organização dos fatores de
produção (capital, trabalho, terra e tecnologia),
combinando-os de modo a diminuir seus custos e
aumentar seus lucros. Na visão jurídica (Direito
Comercial) existem várias concepções que enfatizam
que o estabelecimento comercial é um sujeito de
direitos distinto do comerciante, com seu patrimônio
elevado à categoria de pessoa jurídica, com
capacidade de adquirir e exercer direitos e
obrigações.
► “As relações econômicas estão condicionadas a um
arcabouço de normas jurídicas, editados por um
Estado soberano, para um certo povo, em um
determinado território”
► •“... É impossível imaginar-se uma sociedade
moderna funcionando sem a existência de um
sistema jurídico, com suas normas, tribunais e
sanções legítimas.” (Vasconcellos e Garcia)
► Economia internacional: Analisa as relações econômicas
entre residentes e não residentes do país, as quais
envolvem transações com bens e serviços e transações
financeiras.

► Desenvolvimento econômico: Preocupa-se com a


melhoria do padrão de vida da coletividade ao longo do
tempo. O enfoque é também macroeconômico, mas
centrado em questões estruturais e de longo prazo
(como progresso tecnológico, estratégias de
crescimento).
Análise Econômica do Direito

► Nas ciências naturais e sociais, o conhecimento evolui


geralmente circunscrito a um paradigma específico, vigente
em um dado momento histórico, dentro do qual os
pesquisadores normalmente não questionam os pressupostos
sobre os quais trabalham, pois têm o objetivo de melhora e
expandir o conhecimento existente dentro desse arcabouço
teórico da sociedade científica.
► A análise econômica do direito procura compreender
adequadamente a teoria econômica com a finalidade de
expandir o alcance do direito, principalmente com relação
às suas consequências.
Jusnaturalismo
► Os gregos associaram ao direito uma natureza dúplice, parte decorrente da
opinião dos homens e dela dependente e, parte decorrente da própria natureza
e, portanto universal e independente da opinião dos homens.
► Com a queda do Império Romano, o paradigma jusnaturalista desaparece e
ressurge na Idade Média.
► Nesse período, o fundamento do direito natural ora se assentava na razão ou na
natureza, ora em deus.
► Aqui não existe diferença entre análise positiva (o que é) e normativa (o que
deve ser) do direito, uma vez que se uma lei contradiz o direito natural, não
decorre da razão (natureza) ou de deus (intelecto divino), e assim, não é justa e
por essa razão não é direito.
► Aqui a discussão jurídica será em torno das características de valores morais e
éticos do observador, intérprete ou aplicador, salvo se este acreditar em uma
norma moral universalista, o que é cada vez mais raro em uma sociedade que se
deseja e reconhece pluralista e multivalorativa.
Juspositivismo
► No século XVIII Kant propõe a total separação entre direito e a moral, onde a
ciência do direito tem a finalidade de estudar leis exteriores gerais garantidas
por uma sanção estatal. Afastando-se das questões morais (o que é justiça)
preocupando-se com a norma escrita, pois só elas revelam a vontade geral.
► Surge no século XIX, como uma decorrência do aparecimento e sucesso das
ciências naturais em explicar o mundo a partir do positivismo (Comte), com o
objetivo de aplicar à sociedade os métodos das ciências naturais, pois eles
seriam os únicos capazes de fornecer respostas verdadeiras aos problemas
humanos e sociais.
► Primeiro reflexo: demonstrar que a história não é fruto da razão, pois o homem
é um ser individual e variável de acordo com a sua história. Assim, não há
direito universal. O direito é fruto de um processo histórico que como todos os
fenômenos sociais, varia no tempo e no espaço.
► Juspositivismo: estudar o direito de um ponto de vista
científico, tal como efetivamente é e não como deveria
ser, consolidando a distinção entre análise positiva (o
que é) e normativa (o que deve ser) do direito.
► Os juspositivistas entenderam ser necessário estabelecer
objeto próprio a norma, onde o direito seria:
► O resultado de uma ação volitiva humana
► Independente da moral ou de outros campos do
conhecimento
► E seria um sistema lógico fechado e coerente de regras
da qual a decisão jurídica sempre decorreria de forma
lógica e autônoma do direito posto.
► No século XX, sob a influência de Kelsen, o juspositivismo
passa a entender que o direito é uma ciência social pura e
simplesmente normativa. O ordenamento jurídico passa a
fazer distinção entre a análise positiva e normativa do
direito o identificando como um instrumento de mudança
social.
POSITIVO NORMATIVO

É DEVE SER

FATOS VALORES

OBJETIVO SUBJETIVO

DESCRITIVO PRESCRITIVO

CIÊNCIA ARTE

VERDADEIRO/FALSO BOM/RUIM
O que é Economia?
► É a ciência que estuda o comportamento
humano como uma relação entre fins e
meios escassos que possuem usos
alternativos.
► É um método de pesquisa sobre o
comportamento humano, um conjunto de
instrumentos analíticos.
► Aplicação da teoria da
economia, em especial a
microeconomia e da economia
do bem-estar social, para se
tentar compreender, explicar e
O que é a prever as implicações fáticas
do ordenamento jurídico, bem
como da sua racionalidade.
Análise ► Compreensão do que é a norma
jurídica, qual a sua
Econômica racionalidade e as diferentes
consequências decorrentes da
adoção dessa ou daquela regra
do Direito? (AED positiva).
► Auxiliará a escolher entre as
possíveis alternativas, escolher
a mais eficiente (AED
normativa).
analisar os atos e os fatos sociais tais
quais eles ocorrem, sem utilizar
juízos de valor, estuda os fatos
sociais, observa-os
sistematicamente, e a partir dessa
análise e descrição cientificamente
elaborada são formulados os
princípios gerais, as leis da
economia, as teorias e os modelos
econômicos.

► Economia Normativa: se ocupa de


utilizar os princípios, leis e teorias
para produzir modificações e propor
um direcionamento ao curso natural
da economia: são as políticas
econômicas. A economia normativa
está fortemente vinculada à política,
à ideologia e ao sistema de valores.
Macroeconomia /
Microeconomia

► Microeconomia ou Teoria de Formação de Preços: examina a formação de preços


em mercados específicos, ou seja, como consumidores e empresas interagem no
mercado e como decidem os preços e a quantidade para satisfazer a ambos
simultaneamente. Com a Microeconomia, podemos analisar os mercados de
petróleo, de soja, de mão de obra para o setor financeiro etc.
► Macroeconomia: Estuda a determinação e o comportamento dos grandes agregados
nacionais, como o produto interno bruto (PIB), o investimento agregado, a
poupança agregada, o nível geral de preços, entre outros. Seu enfoque é
basicamente de curto prazo (ou conjuntural). E com Macroeconomia, podemos
destacar o funcionamento do mercado de bens e serviços, do mercado de trabalho
como um todo, e dos mercados financeiro e cambial.
► Atualmente, entender de economia e compreender como funcionam os mercados,
em suas reais dimensões, problemas e implicações em termos de bem-estar social,
econômico e político, nos auxilia nas tomadas de decisões.
Macroeconomia, renda e emprego,
juros, aluguéis, dividendos e salários

► Os economistas entendem macroeconomia como sendo a


área de estudo da estrutura e do desempenho das
economias e das políticas que os governos utilizam para
tentar influir nesse desempenho, ou seja, interferir nos
seus principais indicadores: produto, emprego e preço.

► No início do século XXI, a abordagem dos economistas


tem-se dirigido à Nova Economia, à tecnologia da
informação, ao ajuste externo e interno, à globalização dos
mercados etc. Assistimos às evidências do impacto dessas
mudanças no nosso dia a dia, às vezes, sem nos
preocuparmos muito com as consequências.
► Para medir o desemprego, ou seja, a saúde do mercado de trabalho
fazemos uso da taxa de desemprego.
► Emprego é o numero de pessoas que têm trabalho e desemprego é o
numero de pessoas que não têm trabalho, mas que estão à procura
dele.
► Empregados mais os desempregados que estão procurando emprego
formam o que chamamos de força de trabalho. Assim, a taxa de
desemprego é a razão entre este e a força de trabalho.
► Novamente, ao observarmos a questão do ponto de vista individual, a
inovação tecnológica causa desemprego. Contudo, ao mesmo tempo
em que destrói, ela cria novos produtos, empresas, atividades
econômicas e empregos.
► Em outras palavras, a inovação tecnológica, embora modifique o
nível de emprego, não determina, a priori, seu resultado.
► Generalizando, os vários argumentos, tais como rigidez no
mercado de trabalho, altos encargos trabalhistas, salários
nominais rígidos etc., são facilmente refutáveis e não
determinam, a princípio, o nível de emprego.
► Então, estar ou não empregado não é uma mera escolha
individual.
► O aumento do nível de emprego ocorre quando a taxa de expansão
da economia supera o aumento da produtividade do trabalho (que
significa um mesmo indivíduo passar a produzir mais no mesmo
espaço de tempo, fruto de inovações tecnológicas).
► O crescimento econômico deve ser capaz de gerar cadeiras
suficientes para compensar as perdas e ainda absorver os jovens
ingressantes no mercado de trabalho.
► Contudo, verifica-se duas variáveis que, de fato, determinam, a
priori, a quantidade de cadeiras existentes na economia: o
crescimento econômico e a produtividade do trabalho.
► Em suma, a verdadeira explicação para o desemprego é
justamente a estagnação do crescimento econômico.
► A política econômica não pode ser vista como um conjunto de
procedimentos estanques e isolados, mas, sim, abrangendo uma
das partes integrantes da política pública.
► Situa-se no campo da Economia Normativa, por se sustentar não
apenas no conhecimento positivo da Economia, mas também em
juízos de valor, decorrentes de posições filosóficas e culturais
assumidas pelos formuladores.
Objetivos da política econômica:
1. Crescimento da produção e do emprego;
2. Controle da inflação;
3. Equilíbrio nas contas externas; e
4. Melhor distribuição da renda gerada no país.

► Os operadores da política econômica estão concentrados


em apresentar melhorias na saúde da economia.
► Os instrumentos utilizados para avaliar e acompanhar o
estado de saúde do sistema econômico são as taxas de
crescimento do produto, as taxas de desemprego e a sua
extensão, bem como a evolução dos indicadores que
medem o nível de preço.
► É por isto que os macroeconomistas precisam conhecer e
acompanhar estes indicadores, fundamentais para avaliar com mais
precisão o desempenho da economia. Somente assim, poderão dizer
se as políticas econômicas estão alcançando seus objetivos.
► O crescimento econômico é expresso usualmente por intermédio do
acompanhamento de algumas variáveis, traduzidas em indicadores.
► As análises macroeconômicas tomaram impulso com o
desenvolvimento da chamada contabilidade nacional, ou seja, de um
instrumental capaz de mensurar a totalidade das atividades
econômicas praticadas em um determinado período de tempo.
► O crescimento econômico está entre as metas* dos formuladores da política
econômica e refere-se à expansão da produção do país, uma quantidade maior
de bens e serviços à disposição da sociedade.
► Se observarmos o comportamento da economia de um determinado país,
facilmente notaremos que as atividades econômicas oscilam com o decorrer do
tempo.
► Para medir as oscilações referidas, entre os vários tipos de indicadores, um dos
mais representativos desta performance é o Produto Interno Bruto (PIB)*,
calculado trimestralmente e que deve ser acompanhado com atenção.
► O PIB faz uma radiografia de toda a atividade econômica. Com ele podemos
avaliar o sucesso da economia no melhoramento dos padrões de vida da
sociedade
PRODUTO
INTERNO BRUTO

•Refere-se ao valor de mercado


de todos os bens finais e serviços
produzidos pelos residentes de
um país em determinado período.
O PIB mede o fluxo de reais na
economia do país, e é
reconhecido como a mais
importante variável de fluxo na
economia.
•Fonte: Lacombe (2004).
► Se a produção de bens e serviços de um país
cresce mais rapidamente do que a taxa de
crescimento da população, em média, a produção
por pessoa deve aumentar.
► Contudo, o que importa para as pessoas é o valor
real da moeda, traduzido no poder de compra da
sua renda (salários, juros e aluguéis).
► Onde estiver ocorrendo um processo de mudança
de preços (inflação ou deflação), vamos falar em
PIB real. Portanto, o PIB real deve ser
compreendido como uma medida de produto
que leva em conta as alterações dos preços e
não pode ser desprezada.
Inflação
► Definição: Inflação é um aumento contínuo, generalizado e desigual do
nível geral de preços, ou seja, uma perda progressiva do poder de compra
da moeda (FEIJÓ, Carmem Aparecida... [et. al.]. Para entender a conjuntura
econômica. Barueri: Minha Editora, 2008, p. 129.)
► Portanto, é necessário cada vez mais moeda para se comprar a mesma
quantidade de bens e serviços, pois se trata de uma alta generalizada de
preços.
► Pode ocorrer da seguinte forma:
1. DEMANDA = muita procura ou pouca oferta.
2. CUSTOS = aumento excessivo de preços de bens insubstituíveis.
3. INERCIA = por ajustes após cessar os aumentos da demanda ou dos custos.
O DINHEIRO PERDE
INFLAÇÃO O SEU VALOR
CONTINUAMENTE
► A Inflação elevada impede o
crescimento de um país. Cria
desemprego.
► Aumenta o número de pobres e
miseráveis.
Os ► Aumenta a criminalidade.
► Impede o crescimento do PIB
Malefícios impedindo o aumento do bem
estar geral da sociedade.
da Inflação ► Se um PIB cresce de tamanho, a
tendência é que você se veja com
um carro e uma casa que, alguns
anos atrás custavam duas ou mais
vezes o que você podia pagar.
► Um PIB que cresce 7% ao ano
duplica em dez anos. Crescendo a
5% ao ano, demora 15 anos.
CONCLUSÃO:
INVESTIR EM UM PAÍS ASSIM NÃO É INTERESSANTE.

► Crescendo a um ritmo (brasileiro) de 1,7% (média


dos anos 80), a Economia demora pouco mais de
50 anos para dobrar.
► Acontece que a população aumenta. Há
necessidade de mais escolas, empregos, saúde,
etc., coisas difíceis de obter sem crescimento.
Estagflação

É a estagnação
econômica com inflação.
Ela ocorre quando há,
paralelamente, taxas
significativas de inflação
e recessão econômica,
com desemprego.
Evolução do Pensamento Econômico e
as Principais Escolas

FISIOCRATA CLÁSSICA NEOCLÁSSICA

SOCIALISTA KEYNEISIANA
► Houve uma época em que os governantes de nações
importantes acreditavam que a riqueza do país
dependia da quantidade de metais preciosos
acumulados pelo país.
► Em outro período acreditava-se que qualquer
intervenção na economia seria nociva, pois
interromperia a competição e prejudicaria o
bem-estar da sociedade.
► O pensamento dominante e defendido em cada
período indicou as ações dos governantes e medidas
de política econômica adotadas pelos mesmos.
► É importante conhecer o pensamento econômico
vigente em cada um desses períodos para que
possamos entender as visões de economistas, algumas
vezes divergentes, sobre as soluções dos problemas
econômicos.
Na Antiguidade

► Aristóteles (384-322 a.C.): primeiras referências à economia


em seus estudos sobre aspectos de administração privada e
sobre finanças públicas.
► Platão (427-347 a.C): algumas considerações de ordem
econômica em seus escritos.
► Xenofonte (440-335 a.C.): aparentemente cunhou o termo
economia (oikonomia), no sentido de gestão de bens privados.
► Roma não deixou escrito notável. A maioria dos trabalhos estão
permeados de questões referentes a justiça e a moral.
► A lei da Usura, a moralidade em relação a juros altos e o que
deveria ser um lucro justo são os exemplos mais conhecidos.
► Mercantilismo é a teoria e prática
econômica que defendiam, do século
XVI a meados do XVII, o fortalecimento
do estado por meio da posse de metais
preciosos, do controle governamental da
economia e da expansão comercial.
► Para a consecução dos objetivos
mercantilistas, todos os outros
interesses deviam ser deixados à
segundo plano: a economia local tinha
que se transformar em nacional e o
lucro individual desaparecer quando
assim conviesse ao fortalecimento do
Mercantilism ►
poder nacional.
Alcançar a abundância de moeda era um
dos objetivos básicos dos mercantilistas,
o já que, a força do estado dependia de
suas reservas monetárias. Se uma nação
não dispunha de minas, tinha de buscar
o ouro necessário em suas colônias ou,
adquiri-lo por meio do comércio, o que
exigia um saldo favorável da balança
comercial – ou seja, que o valor das
exportações fosse superior ao das
importações.
► Não tinham como finalidade o desenvolvimento da manufatura
nacional, mas sim, a maior acumulação possível de metais
nobres.
► O mercantilismo foi o instrumento que assegurou as condições
econômicas e financeiras necessárias para garantir a expansão
dos estados absolutistas europeus.
► Foi durante o mercantilismo que iniciou-se o emprego de
sistemas de contabilidade e acompanhamento das contas de
receitas e despesas do estado, a criação de uma fiscalização
centralizada e a adoção de leis que desestimulassem a
importação de bens improdutivos e de grande valor.

► Os principais promotores e representantes do mercantilismo


foram:
Jean-Baptiste Colbert da França – Ministro da Fazenda de
Luís XIV
Jean Bodin da França
Antoine de Montchrestien da França...
► Inicia-se o desenvolvimento das
explicações para os fenômenos
econômicos.
► Fisiocracia = regras da natureza
► Somente a terra e tudo o que viesse da
natureza era considerado fator
econômico produtivo.
► A concepção natural de excedente.
Conforme esta teoria, apenas efetua
trocas o homem que dispõe de produtos
“superfluos” (excesso sobre a
subsistência), por meio dos quais virá a

Fisiocracia obter o que melhor lhe convier. É


sempre excesso de bens em relação à
subsistência, que assume a forma
derivada de rendimento e
(indiretamente) de tributos.
► Os empresários viveriam de “rendas
incertas” e os assalariados, de “renda
certa”, estabelecida pelo custo de
subsistência, ou por algo aproximado a
preço de oferta da força de trabalho
(abraçando o custo de reprodução da
mão-de-obra e outros fatores).
► Excedente pode ser considerado excesso de produção sobre os
custos diretos e indiretos de subsistência. Se subsistência é
consumo de produtos agrícolas, o excedente é excesso de produção
agrícola sobre insumos e subsistência.
► Finalmente, a teoria agrícola do excedente assenta-se na suposição
de que apenas o trabalho agrícola é produtivo, no sentido de ser
capaz de gerar excedente sobre os custos.

Trabalho não agrícola = Trabalho estéril.

► O objetivo do movimento fisiocrático é o livre comércio,


admitindo-se que o preço de mercado livre é o da ordem natural. E
o preço natural será aquele determinado pela concorrência,
evidenciando a interdependência entre as atividades econômicas.
Porém a agricultura era considerada fecunda e a indústria não.
► Marco: Adam Smith e David Ricardo – as leis
naturais da vida econômica tem como
princípio regulador a livre concorrência
exercida pelos agentes econômicos.
► Tem quatro princípios dominantes:
1. Liberdade de empresa
2. Existência da propriedade privada
Escola 3. Liberdade de conjunto
4. Liberdade de troca que se fundamenta a lei
Clássica ►
da oferta de mercado.
Adam Smith (1723-1790): obra “A riqueza das
Nações” (1776). Entendia que a atuação da
livre concorrência, sem qualquer
interferência, levaria a sociedade ao
crescimento econômico, como que guiada por
uma “mão invisível”.
► A desigualdade é vista como um incentivo ao
trabalho e ao enriquecimento (logicamente
os pobres querem ficar ricos e atingir o nível
das classes ricas e mais beneficiadas), sendo
uma condição fundamental para que as
pessoas se mexam e tentem atingir níveis
melhores de vida.
► A grande contribuição de Adam Smith para o
Pensamento Econômico é exatamente a
chamada “Teoria da Mão Invisível“.
► Todos aplicam o seu capital para que ele renda o mais possível. A
pessoa ao fazer isto não tem em conta o interesse geral da
comunidade, mas sim o seu próprio interesse – neste sentido é
egoísta. O que Adam Smith defende é que ao promover o
interesse pessoal, a indivíduo acaba por ajudar na prossecução
do Interesse Geral e coletivo.
► Acreditava que ao conduzir e perseguir os seus interesses, o
homem acaba por beneficiar a sociedade como um todo de uma
maneira mais eficaz.
► A especialização da força de trabalho, que acompanha o avanço
econômico, e a alocação de força de trabalho entre várias linhas
de emprego, é a principal explicação de Adam Smith para o
desenvolvimento.
► O Modelo Teórico de desenvolvimento econômico de Smith
constituía parte integrante de sua política econômica: ao
contestar o padrão mercantilista de regulamentação estatal e de
controle, apoiava a suposição de que a concorrência maximiza o
desenvolvimento econômico e de que os benefícios do
desenvolvimento seriam partilhados por todos na sociedade.
Os principais discípulos de Adam Smith foram:
► Thomas Robert Malthus (1766-1834): Dizia: “… a potência da população é
infinitamente maior do que a potência da terra na produção de subsistência
para o homem. A população, quando não controlada, cresce a uma taxa
geométrica. A subsistência só cresce a taxa aritmética.
► David Ricardo (1772-1823): Ricardo mostrou as interligações entre expansão
econômica e distribuição da renda. Tratou os problemas do comércio
internacional e defendeu a flutuação livre do câmbio.
► John Stuart Mill (1806-1873): Introduziu na economia preocupações de “justiça
social” que lhe valeram o adjetivo de “clássico da transição” entre a Escola
Clássica e os pensamentos socialista.
► Jean Baptiste Say (1768-1832): Tal como Smith, considera o “mercado”
essencial. Segundo Say a produção realiza-se através de 3 elementos: o
Trabalho, o Capital, Agentes Naturais (por agentes naturais entenda-se a
terra, etc).
► Deu atenção especial ao empresário e ao lucro.
► Subordinou o problema do equilíbrio das trocas diretamente à produção,
tornando-se conhecida sua concepção de que oferta cria a procura
equivalente.
► Início na década de 1870
desenvolvendo-se até as
primeiras décadas do século XX.
► Privilegiam-se os aspectos
macroeconômicos pois a crença
Escola na economia de mercado e em
sua capacidade autorreguladora
fez com que os teóricos
Neoclássic econômicos não se preocupassem
tanto com a política e o
planejamento macroeconômico.
a ► Alfred Marshall (1842-1924):
Livro Princípios de Economia
(1870).
► O comportamento do consumidor
é analisado em profundidade. O
desejo do consumidor de
maximizar sua utilidade
(satisfação no consumo) e o do
produtor de maximizar seu lucro
são a base para a elaboração de
um sofisticado aparato teórico.
► Surgiu na Alemanha e pretendia regular a
distribuição de riqueza e promover reformas de
caráter econômico e social.
► Pretendiam substituir a ordem social baseada na
liberdade individual, na propriedade privada e na
liberdade contratual por uma outra,
Escola fundamentada na propriedade coletivizada dos
meios de produção, pretendiam corrigir as
desigualdades econômicas, dentro de
Socialista formulações igualitárias, em função das
necessidades comuns. Os movimentos e as teorias
socialistas que se opuseram ao individualismo e
desenvolveram-se com doutrinas e programas de
reformas bem diferentes.
► Podemos destacar:
► Karl Marx (1818-1883): fundador do socialismo
científico.
► Opôs-se aos processos analíticos dos clássicos e
às suas conclusões, com base no que Lenin
considerou a melhor criação da humanidade no
século XIX: a filosofia alemã, economia e política
inglesa e o socialismo francês.
► Marx foi um intelectual e revolucionário alemão,
fundador da doutrina comunista moderna.
► Marx afirmava que “o valor da força de trabalho é determinado, como
no caso de qualquer outra mercadoria, pelo tempo de trabalho
necessário à produção e consequentemente à reprodução, desse artigo
especial.” Distingue a história da infraestrutura, que é a técnica, as
condições materiais de produção, a realidade econômica; e a
superestrutura, que é a ideia, a cultura, o direito, a moral, a religião. A
superestrutura comanda a infraestrutura.
► Valor do trabalho e a mais-valia: teoria das mercadorias, ou seja, dos
objetos produzidos pelo trabalho para a venda:
1. O valor dos produtos é determinado pela quantidade de trabalho de
qualidade média necessário para produzi-las;
2. O valor da força de trabalho é determinado pela quantidade desde
necessária para produzir alimentos e outros itens necessários à
subsistência do operário, durante uma jornada de seis horas de
trabalho;
3. O empregador pagará um salário equivalente a seis horas de trabalho;
4. Venda de mercadorias, equivalente a oito horas de trabalho;
5. O operário forneceu duas horas de trabalho não-pagas, que são
apropriadas pelo empregador, constituindo um produto líquido que
Karl Marx chamou de mais-valia;
6. Essa mais-valia constitui a exploração capitalista. O proletariado
recebe um salário menor que o valor das mercadorias produzidas; esse
salário é insuficiente para comprá-las;
7. Considerando ser a classe trabalhadora o mais importante conjunto de
consumidores, apareceriam, inevitavelmente, as crises de
superprodução ou de subconsumo.
► Por sua própria característica, o capitalismo tende a separar as classes
sociais de modo sempre crescente: com o avanço tecnológico, um
número cada vez maior de trabalhadores é rebaixado em suas técnicas,
e passa a realizar operações de rotina e tarefas repetitivas.
► Além disso, a substituição dos homens pelas máquinas faz aumentar o
exército de reserva dos desempregados – consequência do modo de
produção capitalista, que mantém a posição de poder dos capitalistas e
permite abundante oferta de trabalho a salários de subsistência.
► Os próprios capitalistas com a difusão do maquinismo e da dinâmica do
sistema fazem desaparecer os pequenos empresários, ou os de menores
recursos, que também se tornam dependentes dos proprietários dos
meios de produção.
► Trata-se de uma teoria econômica do
começo do século XX, baseada nas ideias
do economista inglês John Maynard
Keynes, que defendia a ação do estado na
economia com o objetivo atingir o pleno
emprego.
Teoria ► Defesa da intervenção estatal na
economia, principalmente em áreas onde
Keyneisian a iniciativa privada não tem capacidade
ou não deseja atuar.

a ► Defesa de ações políticas voltadas para o


protecionismo econômico.
► Contra o liberalismo econômico.
► Defesa de medidas econômicas estatais
que visem à garantia do pleno emprego.
Este seria alcançado com o equilíbrio
entre demanda e capacidade de
produção.
► O Estado tem um papel fundamental de
estimular as economias em momentos de
crise e recessão econômica.
► A intervenção do Estado deve ser feita através do
cumprimento de uma política fiscal para que não
haja crescimento e descontrole da inflação.
► Vale ressaltar que Keynes era contrário à
estatização da economia, como havia ocorrido
nos países socialistas após a Revolução Russa de
1917.
► Ele defendia o sistema capitalista, porém
acreditava que deveria haver ações e medidas de
controle por parte do Estado.
► A obra de John Maynard Keynes em que o
keynesianismo é explanado de forma completa é
a Teoria geral do emprego, do juro e da moeda,
publicado em 1936.
Sistemas
Econômicos
► Pode ser definido como a Estoque de recursos produtivos ou fatores
forma política, social e de produção = trabalho / capital / terra /
econômica pela qual está reservas naturais / tecnologia
organizada uma sociedade.
► É um sistema de organização Complexo de unidades de
da produção, distribuição e
consumo de todos os bens e
produção = empresas
serviços que as pessoas Conjunto de instituições políticas,
utilizam buscando uma jurídicas, econômicas e sociais = base de
melhoria no padrão de vida e organização da sociedade
bem-estar.
► Elementos básicos de um
sistema de produção:
SISTEMA SISTEMA SOCIALISTA (ou
CAPITALISTA economia centralizada /
(ou de planificada): questões
economia de resolvidas por um órgão
mercado):
central de planejamento,
regido pelas
forças de predominando a propriedade
mercado, pública dos fatores de
predominando a produção, chamados de
livre iniciativa e economias de meios de
a propriedade produção (bens de capital,
privada dos terra, prédios, bancos e
fatores de matérias-primas).
produção.
Produção de mercadorias, orientada
para o mercado;

Propriedade privada dos meios de


Capitalismo produção;

- Grande segmento da população que


Característic não pode existir, a não ser que
venda sua força de trabalho no
as mercado;

E o comportamento individualista,
aquisitivo, maximizador, da maioria
dos indivíduos dentro do sistema
econômico.
Valor do trabalho humano no
Capitalismo
► Os produtos têm características físicas particulares, em virtude das
quais se tornam utilizáveis e satisfazem às necessidades humanas.
► Quando a mercadoria é avaliada por seu uso na satisfação de nossas
vidas, diz-se que tem valor de uso.
► Todo o produto do trabalho humano, em todas as sociedades, têm valor
de uso.
► Os produtos têm valor porque podem ser vendidos no mercado, em
troca de dinheiro.
► O dinheiro é desejado porque pode ser trocado por produtos que têm
valor de uso desejado.
► Na medida em que os produtos têm valor, porque podem ser trocados
por moeda, diz-se que tem valor de troca.
► A produção de mercadoria é um meio de adquirir moeda, que pode
ser utilizada na compra dos produtos desejados por seu valor de uso.
► Portanto:

O produto do trabalho
humano são mercadorias,
e a sociedade é
caracterizada como
voltada para a produção
de mercadorias
A sociedade dá a certas pessoas o
direito de determinar como
matérias-primas, ferramentas,
Propriedade maquinaria e prédios destinados à
produção podem ser usados.

Privada dos Primeiramente, cada produtor


meios de individual que possuía uma
propriedade, controlava os meios de
produção.
produção no
Capitalismo No entanto, na evolução do
capitalismo, as coisas se
desenvolveram de modo diferente.
Produtores não são
proprietários no Capitalismo

► A terceira característica é que os produtores não são proprietários dos


meios necessários para a execução de sua capacidade produtiva.
► A propriedade se encontra nas mãos de um pequeno segmento da
sociedade (os capitalistas).
► Um capitalista proprietário não precisava representar qualquer papel
direto no processo produtivo, de modo a controlá-lo, a propriedade lhe
dava esse controle.
► Essa propriedade permitiu ao capitalista apropriar-se do excedente social.
► A propriedade dos meios de produção confere à classe capitalista o poder
pelo qual controla o excedente social, estabelecendo-se como classe
dominante.
O trabalhador no Capitalismo

► Os trabalhadores não possuem matérias-primas nem os implementos com os quais


produz mercadorias.
► O trabalhador somente controla a sua capacidade de trabalho, ou seja, a sua força
de trabalho.
► Para se dedicar à atividade produtiva, tem que vender sua força de trabalho a um
capitalista. Em troca, recebe um salário e produz mercadorias que pertencem ao
capitalista.
► Assim, o capitalismo faz da sua força produtiva humana uma mercadoria em si
mesma (a força de trabalho) e gera um conjunto de condições pelas quais a maioria
das pessoas não pode viver, a não ser que sejam capazes de vender a mercadoria de
que são proprietárias (a força de trabalho) a um capitalista em troca de trabalho.
► Com o salário, compras as mercadorias que eles mesmos produzem e o restante
constitui o excedente social e é retido e controlado pelos capitalistas.
Comportamento individualista
no Capitalismo
► No capitalismo, a maioria das pessoas é motivada por um comportamento
individualista, aquisitivo e maximizador.
► Para melhorar os salários e diminuir a pobreza, passaram a trabalhar mais
horas e mais intensamente para não fazer parte dos trabalhadores
desempregados.
► Passaram a se organizar coletivamente em sindicatos para lutar por
melhores salários.
► O poder de compra do salário vem crescendo lenta e firmemente e, o
capitalismo é obrigado a recorrer cada vez mais a novos tipos de
motivação, para manter a massa de trabalhadores produzindo o excedente
social.
► Um novo ethos social, às vezes chamado consumismo, tornou-se
dominante. Caracteriza-se pela crença de que mais renda, por si só,
sempre significa mais felicidade.
► O comportamento combativo e aquisitivo é caracterizado
pela luta competitiva por fatias maiores do excedente
social.
► O poder do capitalista depende do volume de capital que
ele controla. Sua existência como capitalista depende de
sua capacidade de acumular capital, obtendo mais lucros
e converter seus lucros em mais capital.
► No processo de produção, os capitalistas se apropriam do
excedente produzido, a mais-valia, sob a forma de
mercadorias. E para que essas mercadorias sejam
convertidas em lucro monetário, devem ser vendidas no
mercado.
► Para haver uma procura monetária suficiente para os
capitalistas venderem todas as suas mercadorias, é
preciso uma terceira fonte de demanda: os gastos
crescentes de consumo dos próprios capitalistas.
Conclusão

► O Sistema Capitalista pode também ser chamado de


Economia de Mercado, é regido pelas forças de mercado,
onde predomina a livre iniciativa e a propriedade privada
dos fatores de produção.
► O Sistema Socialista conhecido como Economia
Centralizada ou Economia Planificada onde as questões
econômicas fundamentais são resolvidas por um órgão
central de planejamento. Predominando a propriedade
pública dos fatores de produção chamados nessas
economias de meios de produção, englobando os bens de
capital, terra, bancos, prédios, matérias-primas, etc.
Agentes
Econômicos
► São três os agentes econômicos:

Indivíduo
/ Família

Empresa

Estado
► A Economia como meio para o desenvolvimento de negócios:

O agente • O Homem

A causa • O Consumo
final

O meio • As relações econômicas


A demanda, a oferta, o
mercado e suas estruturas
► Demanda ou procura é a quantidade de bens ou serviços que os agentes
econômicos estariam dispostos e aptos a consumir num determinado
momento, num determinado mercado por diferentes fatores determinantes.
► Bens: podem ser estocados;
► Agentes econômicos: famílias, empresas e governo;
► Requisitos básicos da demanda:
a) Dispostos: ter vontade, querer;
b) Aptos: ter aptidão de compra, poder comprar. Se esses dois requisitos estiverem
presentes (disposição e aptidão), temos uma demanda real ou efetiva. Se, no
máximo, um desses requisitos estiver presente, temos, então, uma demanda
potencial (pode não ter nenhum desses requisitos).
Rosseti afirma que “em sua acepção
primitiva, a palavra mercado dizia
respeito a um lugar determinado
onde os agentes econômicos
realizavam suas transações”.
Para Passos e Nogami, mercado “é
O que é um local onde ou contexto em que
compradores e vendedores de bens,
mercado? serviços ou recursos estabelecem
contato e realizam transações”.
É nesse mercado que funcionam as
duas leis mais conhecidas da ciência
econômica: a lei da procura e a lei
da oferta.
Formação de Preços
► Existe uma série de modelos sobre o comportamento das empresas na
formação de preços de seus produtos. A diferença maior entre esses
modelos está condicionada ao objetivo ao qual a firma se propõe:
maximizar lucros, maximizar participação no mercado, maximizar margem
de rentabilidade sobre os cursos, etc.
► Quanto aos seus objetivos, as empresas defrontam-se com duas
possibilidades principais: maximizar lucro e maximizar mark-up (margem
sobre os custos diretos). Dentro da teoria neoclássica ou marginalista, o
objetivo da firma é sempre maximizar o lucro total.
► Se a empresa aumenta a produção e a recita adicional for maior que o
custo adicional, o lucro estará aumentando e a empresa neste caso, não
encontra seu ponto ideal de equilíbrio. Se a receita adicional for menor
que o custo adicional, o lucro estará caindo e o prejuízo aumentando. A
recita marginal deve ser igualada ao custo marginal.
► As hipóteses do modelo refletem o
funcionamento de um mercado
completamente livre, sem barreiras e
totalmente transparente.
► Hipótese da atomicidade: é um
mercado com infinitos vendedores e
compradores, de forma que um agente
isolado não tem condições de afetar o
preço no mercado. Assim, o preço no
mercado é um dado fixado para
empresas e consumidores;
► Hipótese da homogeneidade: Todas as
firmas oferecem produto semelhante,
homogêneo. Não há diferenças de
embalagem, qualidade nesse mercado;
► Hipótese da mobilidade de firmas
(livre entrada e saída de firmas e
compradores no mercado): mercado
sem barreiras à entrada e saída, tanto
de compradores como de vendedores.
► Hipótese da racionalidade: Os empresários sempre maximizam lucro e
os consumidores maximizam satisfação ou utilidade derivada do
consumo de um bem, ou seja, os agentes agem racionalmente.
► Transparência de mercado: consumidores e vendedores têm acesso a
toda informação relevante, sem custos, isto é, conhecem os preços, a
qualidade, os custos, as receitas e os lucros dos concorrentes;
► Hipótese da mobilidade de bens: Existe completa mobilidade de
produtos entre regiões, o seja, não existem transporte; não considera
a localização espacial de vendedores e consumidores.
► Inexistência de externalidades: representam influências de fatores
externos nos cursos das firmas e na satisfação dos consumidores. No
modelo de concorrência perfeita, supõe-se ainda que não existam
externalidades, ou seja, nenhuma firma influi no custo das demais e
nenhum consumidor afeta o consumo dos demais.
► Hipótese da divisibilidade: é uma hipótese matemática, não essencial,
que objetiva auxiliar a compreensão do funcionamento do modelo,
trabalhando com curvas contínuas e diferenciáveis, facilitando a
utilização dos conceitos marginalistas por mio de técnicas matemáticas
de diferenciação e derivação.
► Demanda é sinônimo de procura. O papel dos preços é orientar a
alocação dos recursos de produção, funcionando como indicador
ou índice de escassez. Os preços são mecanismo de orientação
das atividades econômicas, isto é, dos fluxos da produção e da
renda, ou como índice de conversão de um fluxo real em nominal.
Importância do mercado no sistema econômico
► Sistema de preços: é o conjunto de preços dos bens, serviços e
fatores de produção de um sistema de preços.
► Padrão de vida: é o nível de satisfação alcançado pelas pessoas
que fazem parte de um sistema econômico, quando consomem os
bens e serviços por ele produzidos.
► Alocação de recursos: é a forma como os fatores de produção são
organizados pelo mercado, para que produzam bens e serviços
que atendam às necessidades das pessoas.
Equilíbrio de mercado
► Quando se transfere essa noção de equilíbrio para a análise do
mercado, o balanceamento de forças ocorre entre as forças
básicas do mercado, a oferta e a procura.
Custo de Oportunidade

► Na Economia, o custo de oportunidade exige que seja


analisado o melhor uso alternativo de cada fator de
produção (matéria-prima, insumos básicos, capital físico,
tecnologia, etc) envolvido na produção de bens e serviços.
► Toda decisão envolve a comparação entre custos e
benefícios, mesmo sabendo-se da dificuldade em estimá-los
no momento da tomada de decisão.
► É muito difícil estimar o custo/benefício, mas a resposta
está em um conceito econômico chamado de CUSTOS E
RECEITAS MARGINAIS.
► As empresas como
demandantes compram
os fatores que usam
(serviços e bens) de seus
fornecedores, visando
minimizar os custos
totais da sua produção.

Fatores de Produção:
Fatores de ✔ Terra
Produção ✔ Trabalho
✔ Capital
✔ Tecnologia
✔ Capacidade Gerencial
✔ Outros
Terra

•MATÉRIAS PRIMAS
•MINERAIS
•MADEIRA
•VEGETAIS
•PECUÁRIA
•PESCA
•ETC.
Trabalho

•COLETA
•FÍSICO
•INTELECTUAL
Capital
► Na economia, quando se
utiliza a expressão
Capital, significa Capital
Físico, isto é, máquinas
e edifícios
► Investimento se trata do
investimento real , isto
é, a acumulação de
máquinas
(equipamentos, etc.) e
edifícios.

► Tipos de Capital: Capital


Físico e Humano
► Conceito: É um conjunto
de métodos ou técnicas
conhecidos para se
produzir um bem ou
Tecnologia serviço.
► Qualquer melhora de
tecnologia permite
produzir e vender bens
com mais facilidade e
custos diminuídos,
possibilitando às empresas
aumentarem as
quantidades dos bens
ofertados a preços
menores.
► Capacidade Empresarial ou
Gerencial é definida como a
aglutinação dos demais
fatores (terra, capital,
Capacidad trabalho e tecnologia) que
irá possibilitar o suprimento
e de bens e serviços.

Gerencial É fator
fundamental
de produção
para a
sobrevivência e crescimento
das empresas.
► Sem capacidade gerencial as
empresas acabam
encerrando suas atividades
e muitas acabam falindo.
► São os agentes Empresas
encarregados de
produzir e comercializar
os bens e serviços.
► As decisões da empresa
são todas guiadas para o
objetivo de conseguir o Setor
máximo de lucro e mais Setor
Setor
Terciário
Primário
investimentos. Secundário Venda
Matéria-pri serviços e
Indústria
► Assim, pela área de ma bens
imateriais
atividade as empresas
classificam-se em:
► Uma empresa pode atuar em um ou em vários setores de
atividades.

Empresa é a
organização destinada à
produção de bens ou
serviços, tendo como
objetivo principal o
lucro.
Atividades das Empresas:
► Finalidade = Produção
► Objetivo = Maximizar
o lucro ajustando com
a máxima eficiência
os fatores de
produção que
emprega,
minimizando os custos
de produção das
quantidades
ofertadas.
Tipos de Empresas

► Existem quatro tipos de empresa


que são classificadas em função do
tipo de produção:

✔ Agrícola
✔ Industrial
✔ Comercial
✔ Prestadora de Serviços
(financeiros, etc)

OBSERVAÇÃO: Vários autores


consideram o setor comercial como
de prestação de serviços.
► O objetivo principal da
A Empresa empresa consiste em buscar
a maximização dos lucros
e os Lucros para amortizar o
investimento que a originou,
para formar a reserva
financeira para
eventualidades, remunerar
o capital dos investidores e
ter os recursos financeiros
para pagar as suas contas
(salário de funcionários,
matéria-prima, etc).
Lucro
► O Lucro de uma Empresa pode ser
conceituado como a diferença
existente entre as receitas e os Quantidade em Gastos ligados à

Receitas

Custos
custos durante um determinado dinheiro obtida pela produção de bens e
venda de bens e serviços vendidos
período de tempo. serviços produzidos durante um período
durante considerado.
► Esse período de tempo pode determinado Oriundos dos
período de tempo. pagamentos de
também ser chamado de Somatória dos gastos com a
preços de venda de produção e
exercício, exercício fiscal, ano todas as unidades comercialização.
fiscal, exercício financeiro, etc.) negociadas.
Empresa e Tecnologia
► São elementos chave da atividade econômica: conhecimentos técnicos, culturais e
administrativos, capacidade empresarial e capacidade tecnológica, também conhecidos
por técnicas de produção e os meios físicos para transformar os recursos em bens e
serviços que satisfarão as necessidades humanas.
► São as técnicas de produção, em conjunto com a quantidade e qualidade dos recursos
disponíveis que limitam o nível de bem-estar de uma sociedade.
► Assim, a produção pode ser definida como o processo pelo qual um conjunto de fatores
pode ser transformado em produto.
► A tecnologia é um termo utilizado para englobar uma ampla variedade de mudanças
nas técnicas e nos métodos de produção. Ex. milho híbrido, novas e aprimoradas raças
de animais, melhores equipamentos etc.
► Por tecnologia entende-se o estado de conhecimentos técnicos da sociedade em
determinado momento.
► Pode-se entender então que, no caso da empresa, a tecnologia é responsável pela
função da produção/produtividade.
► A tecnologia só é economicamente viável se provocar aumento da produção
proporcionalmente maior do que a elevação do custo total, de tal modo que resulte em
uma redução do custo médio de produção.
Eficiência

► Em linhas gerais, a Economia conceitua eficiência como


meio usado para indicar o emprego da menor quantidade
possível de recursos para obter uma determinada
quantidade de produto.
► Já a eficiência técnica é um método de produção que é
tecnicamente eficiente se a produção obtida é a máxima
possível com os fatores de produção especificados e
utilizados.
► O empresário tem a necessidade de buscar a combinação
dos fatores de produção e o conhecimento da tecnologia é
o primeiro passo, pois, a empresa prima pela máxima
eficiência técnica para atingir seus objetivos.
Eficiência Econômica
► O método de produção eficiente é aquele que permite o menor preço, dado
um conjunto de fatores.
► Geralmente, a eficiência econômica encontra-se aliada à eficiência técnica.
► A eficiência econômica está relacionada à maneira mais equilibrada de usar
os insumos necessários à produção.
► Eficiência econômica é a relação entre o valor de venda de um produto e seu
custo de produção. No contexto da sustentabilidade, a eficiência econômica
está relacionada à maneira mais equilibrada de usar os insumos necessários à
produção e distribuição de serviços e produtos.
► Assim, ser economicamente eficiente é produzir mais, sem desperdício de
recursos, energia e mão de obra.

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