Revisão de Órgãos e Atos Jurisdicionais
A função jurisdicional compete ao Poder Judiciário. A jurisdição como função
"expressa o encargo que têm os órgãos estatais de promover a pacificação de conflitos
interindividuais, mediante a realização do direito justo e através do processo”.
Formatos de órgãos jurisdicionais
- Singulares: São os que atuam e decidem através de um único agente, que é seu chefe
ou representante. Exemplos: Varas e Juizados Especiais.
- Colegiados: São aqueles que atuam ou decidem pela manifestação conjunta de seus
membros. Não prevalece a vontade individual ou decisões isoladas de seus membros,
mas sim a vontade conjunta, emanada por meio de deliberações aprovadas pela maioria.
No mínimo 3 magistrados irão resolver a lide. Quando há empate na decisão, ocorre o
voto de minerva, ou seja, prevalecerá a vontade do mais antigo.
Atos Jurisdicionais
São os atos praticados pelo juiz, que exercem sua jurisdição, resolvendo as lides, dentro
do processo.
Atos dos órgãos jurisdicionais do 1° grau
Art. 203 - Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões
interlocutórias e despachos.
§ 1º Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o
pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à
fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução.
§ 2º Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que
não se enquadre no § 1º.
§ 3º São despachos todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo, de
ofício ou a requerimento da parte.
 SENTENÇAS - têm natureza decisória (extinção da ação) – Art. 485 e 487,
CPC.
 DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS - têm natureza decisória (Não
oportunizam a extinção da ação) - não levam ao 485 e 487, CPC.
 DESPACHOS – atos não decisórios (Não tem como funcionalidade julgar) –
Movimentação processual que o magistrado exerce.
Atos dos órgãos jurisdicionais do 2° Grau
 ACÓRDÃO – art. 204, CPC: é o julgamento colegiado proferido pelos
tribunais. Nesse caso, todos ou a maioria dos julgadores devem entrar em
acordo para que a decisão seja aprovada.
 DECISÃO MONOCRÁTICA – art. 1011, I, CPC autorizo o relator, após o
recebimento da apelação, a decidir monocraticamente o recurso nas hipóteses
do art. 932, III e V.
OBS: Na decisão monocrática o processo poderá: ser extinto ou continuar em
andamento.
Art. 932 - Incumbe ao relator:
III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha
impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida;
V - depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar provimento ao
recurso se a decisão recorrida for contrária a:
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do
próprio tribunal;
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal
de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou
de assunção de competência;
 DESPACHO – Art. 203, §3°
Recursos
• Conceito: é o remédio voluntário (só há recurso se a parte quiser) e idôneo (deve ter
previsão legal) a ensejar, dentro do mesmo processo, a reforma, a invalidação, o
esclarecimento ou a integração de decisão judicial que se impugna.
• Principais finalidades dos recursos:
 Reforma: refazer o que está errado.
 Invalidação: invalidar o processo.
 Esclarecimento: Esclarecer o que o juiz declarou.
 Integração: quando a decisão do juiz não está integra (completa).
• Fundamento jurídico: respeitar o princípio do duplo grau de jurisdição. Com isso
houve a necessidade da criação dos recursos.
• Natureza jurídica: É um ato processual (coisas que as partes fazem dentro do
processo).
 Sistema recursal brasileiro Recursos de atos de órgãos [colegiados
1. Agravo Interno (CPC): Seu objetivo é agravar a decisão tomada pelo relator
do processo. Este recurso é utilizado para impedir que a decisão do relator, a
qual é tomada de forma individual, venha dar abertura a recursos futuros a
serem impetrados.
2. Embargos de Declaração (CPC);
3. Recurso Especial (CPC): tem por escopo garantir a uniformidade de
interpretação e de aplicação das normas federais
4. Recurso Extraordinário (CPC): tem como objetivo enfrentar questões
constitucionais, sendo interposto em caráter excepcional. Ou seja, quando o
acórdão contrariar a Constituição.
5. Agravo em recurso especial (CPC)
Obs: Recursos são criados em lei para corrigir erros; 6. Agravo em recurso extraordinário (CPC)
7. Agravo Ordinário (CPC)
Obs²: Pararecursos são instrumentos que não são recursos, mas são usados como se
8. Embargos de Divergência (CPC): consolidar a segurança jurídica que devem
fossem.
possuir os julgamentos do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de
Recursos de atos de órgãos singulares Justiça, uniformizando a interpretação e a explicação do direito.
9. Correição parcial (Regimentos dos tribunais);
1. Agravo de Instrumento (CPC): interposto, em regra, contra decisões
interlocutórias, que tem como objetivo evitar que danos graves e irreversíveis Pararecursos
sejam causados a uma das partes. 1. Ação autônoma de impugnação: surgem como remédios disponibilizados
2. Apelação (CPC): é o recurso cabível, por via de regra, contra sentenças pela lei para que as partes possam provocar o juízo ou instância superior a
proferidas pelo juízo de um processo. É através dela que a parte irá atacar, reexaminarem decisão anterior e reformá-la, no todo ou em parte, caso
impugnar e discordar da decisão do julgador durante a lide. necessário. Exemplo: Habeas Corpus.
3. Embargos de Declaração (CPC): poderá ser usado quando a decisão possuir 2. Incidente recursal: é uma questão controversa secundária e acessória que
erro material, omissão, obscuridade ou contradição. surge no curso de um processo e que precisa ser julgada antes da decisão do
4. Embargos infringentes (LEF): são recursos manejados exclusivamente pelo mérito da causa principal. Esses “Incidentes” veiculam a discussão de questões
réu a fim de desafiar acórdão de segunda instância (em sede de apelação, de direito que se repetem em vários processos ou que tenham grande
recurso em sentido estrito ou agravo em execução) desfavorável a seu repercussão social, cuja decisão se torna obrigatória, devendo ser reproduzida
interesse, que julgou o feito de forma não unânime. A finalidade desse recurso em todos os demais casos que discutem o mesmo tema.
é de ampliação do julgamento, haja vista que seu conhecimento implica no 3. Sucedâneo recursal: são institutos, que a despeito de não serem considerados
chamamento de mais dois desembargadores para reanalisar o recurso, recursos, acabam, ainda que indiretamente, fazendo as vezes dos mesmos,
compondo uma turma de 5 julgadores. propiciando, assim, a anulação, a reforma ou ainda a ineficácia de uma decisão
5. Correição parcial (Regimentos dos tribunais): objetiva sanar error in judicial.
procedendo, sendo cabível quando não há previsão de recurso específico na
legislação processual penal, e seu julgamento prescinde de inclusão em pauta Principais ações autônomas de impugnação
6. Recurso inominado (Juizados especiais): mesma finalidade da apelação, 1. Mandado de Segurança;
contudo, só será usado em Juizados Especiais. 2. Ação de reclamação;
3. Ação rescisória.
4.
 Principais incidentes recursais Reformatio in pejus
1. IAC (Incidente de assunção de competência): é um incidente processual por consiste no agravamento da situação jurídica do réu em face de recurso interposto
meio do qual ocorre redirecionamento da competência de julgamento, de um exclusivamente pela defesa.
órgão colegiado fracionário (Câmara, Turma ou Seção, por exemplo), para
outro. Exemplo: Casos de danos morais. A pessoa consegue uma indenização de R$ 10000,00
2. IRDR (Incidente de demandas repetitivas): relaciona-se com a existência de reais, contudo, acredita fielmente que pode conseguir mais e, com isso, entra com
demandas repetitivas em um determinado órgão de julgamento. Desse modo, é recurso. O valor é analisado novamente e diminui para R$ 20000 reais.
cabível quando houver, simultaneamente – ou seja, é um rol cumulativo e não - Observação do professor: questão de ordem pública: o Estado, por interesse, pode
alternativo: “advogar” para outra parte. O recorrido não se manifestou, aí o estado se manifesta,
a) efetiva repetição de processos que contenham controvérsia sobre a deixando a situação mais favorável para ele e piorando a situação do que recorreu.
mesma questão unicamente de direito;
b) risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica. - Natureza jurídica: Ônus recursal → A partir do momento que recorre, a parte está
3. IUJ (Incidente de uniformização de jurisprudência): Cirlene Zimmermann sujeita ao risco.
alerta que a revogação do IUJ aconteceu porque o CPC de 2015 não previa o
- Litigância de má fé: quando é comprovado que a parte entrou com recurso para ganhar
procedimento e, ainda, em razão da disciplina estabelecida por esta lei quanto
tempo, é aplicada uma multa.
à transcendência do recurso de revista. Para a autora, os temas estão
intrinsecamente ligados. Limites dos Recursos
 Limites Objetivos: está ligado ao objeto, ou seja, trata do assunto a ser
Principais sucedâneos recursais discutido e qual o limite dessa discussão.
1. Pedido de reconsideração
 Limites Subjetivos: está ligado ao sujeito, ou seja, a quem o recurso irá
2. Reexame necessário
beneficiar ou prejudicar.
Consequência desse sistema recursal para o processo Limite Objetivo
1. Afeta a celeridade processual, deixando o processo mais lento; • Em regra, o recurso só irá discutir os assuntos que foram apontados pelo recorrente.
2. O novo CPC possui muitos recursos.
Exemplo: em uma ação anulatória de consignado em que o recorrente pede,
Nomenclatura das partes no recurso adicionalmente, com a concessão de danos materiais e morais. Nessa situação, a parte
1. Genéricas: Recorrente/ Recorrido; fez três pedidos ao juiz (anulação, dano material e dano moral). HIPÓTESE: O juiz, no
2. Específicas: momento da sentença, só concedeu a anulação e o dano material. O autor irá entrar com
a) Dos 4 Agravos: Agravante/ Agravado; uma apelação, requerendo também o dano moral (esse será o limite objetivo deste
b) Da Apelação: Apelante/ Apelado; recurso, pois, só irá ser discutido o assunto do dano moral).
c) Dos 3 Embargos: Embargante/ Embargado.
HIPÓTESE ²: Caso o juiz, nessa mesma situação, não concedesse nem os danos
Principais funções dos recursos materiais e nem morais. O autor entrar com recurso somente para a obtenção do dano
 Jurídica: Corrigir erros causados pelo juiz, garantindo dessa forma o duplo material, nessa hipótese, ocorrerá a preclusão do dano moral.
grau de jurisdição;
- Preclusão: impedimento de se usar determinada faculdade processual civil, seja pela
 Política: Preservação de poder (do Estado).
não utilização dela na ordem legal, seja por ter-se realizado uma atividade que lhe é
Exemplo: Se uma decisão ferir uma lei federal, o recurso vai para o STJ;
incompatível, seja por ela já ter sido exercida.
Exemplo ²: Se uma decisão ferir a constituição, o recurso vai para o STF.
• Única exceção: Reformatio in pejus: nessa situação, o Estado pode discutir um
assunto que não tenha sido levado a discussão pelo recorrente, desde que, seja uma
questão de ordem pública.
Exemplo: o dano moral. Mesmo que não tenha sido pedido no recurso poderá ser
discutido, por se tratar de uma questão de ordem pública, nesse caso, poderá o tribunal
discuti-lo de ofício.
HIPÓTESE ³: Caso o autor tenha conseguido os três pedidos (anulação, dano material e
dano moral), mas tenha observado que o valor do dano moral veio muito baixo.
Supondo que o ele recorreu, mas não observou que seu direito tinha sido prescrito (a
prescrição ocorre 5 anos a partir do último desconto), nesse caso, ao invés de conceder
aumento do dano moral, o juiz, retira. Ou seja, não só não teve aumento, como também
ficou sem nada (REFORMATIO IN PEJUS).
Obs: Prescrição é uma questão de ordem pública.
Limite Subjetivo
Em regra, o recurso só irá beneficiar o recorrente e só irá prejudicar o recorrido.
Obs: Existem riscos que podem ocorrer caso o recurso seja usado de forma errônea:
 Recorrer sem motivo: Litigância de má-fé. Pena pecuniária.
 O outro risco é o reformatio in pejus.
• Únicas exceções: Litisconsórcio unitário e reformatio in pejus.
Exemplo: Em caso de ser um litisconsórcio unitário, se uma das partes recorrer e
ganhar, as outras partes irão ser beneficiadas também, mesmo que não tenham
recorrido. Contudo, caso o direito esteja prescrito e uma das partes recorrer, todos os
litisconsortes irão perder (reformatio in pejus).
Classificação dos recursos quanto a vinculação
- Critério utilizado: vinculação.
- Ocorre quando houver sucumbência recíproca.
A sucumbência recíproca corresponde aos casos em que o pedido processual traz mais
de uma decisão, declarando que uma das partes venceu um caso, mas perdeu outro.
Seria uma espécie de empate no processo, em que houveram duas decisões e os dois
lados são considerados vencedores de uma ação enquanto são perdedores pela outra
reclamatória.
• São classificadas em:
 Independentes: Ocorre quando as duas partes recorrerem ao mesmo tempo.
Nessa situação, o recurso de uma parte não está vinculado ao recurso da outra
parte.
 Dependente: quando uma parte só recorre após observar que a outra parte
recorreu. Nessa situação, o recurso da parte que recorreu posteriormente, estará
vinculado ao recurso da parte que recorreu primeiro, ou seja, caso a parte que
recorreu primeiro desista do recurso, o outro recurso será cancelado.
Obs: O acessório segue a sorte do principal.
Art. 997. Cada parte interporá o recurso independentemente, no prazo e com
observância das exigências legais.
§ 1º Sendo vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá aderir
o outro.
§ 2º O recurso adesivo (aquele que é feito posteriormente – Acessório) fica subordinado
ao recurso independente, sendo-lhe aplicáveis as mesmas regras deste quanto aos
requisitos de admissibilidade e julgamento no tribunal, salvo disposição legal diversa,
observado, ainda, o seguinte:
I - será dirigido ao órgão perante o qual o recurso independente fora interposto, no
prazo de que a parte dispõe para responder;
II - será admissível na apelação, no recurso extraordinário e no recurso especial;
III - não será conhecido, se houver desistência do recurso principal ou se for ele
considerado inadmissível.
Principais efeitos dos recursos
- As consequências que o recurso irá trazer para o ato jurisdicional.
1. Básico ou obstativo: o ato do juiz será analisado novamente, evitando o
trânsito em julgado da decisão. Caso o recurso não tenha sido utilizado, ocorre
a preclusão.
Obs: Todos os recursos possuem esse efeito.
2. Devolutivo: é a devolução da matéria impugnada à apreciação do Tribunal.
Obs: Nem sempre por outro órgão ou por outro órgão superior.
a) Caso, na sentença, tenha obscuridade, contradição, omissão, erro
material, poderá ser usado o embargo de declaração. Nessa situação, a
matéria será analisada novamente pelo mesmo juiz.
 Obs: São cabíveis embargos de declaração contra qualquer decisão
judicial para: esclarecer obscuridade ou eliminar contradição; suprir
omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz
de ofício ou a requerimento; corrigir erro material (art. 1.022 do CPC
c/c ART. 48 DA LEI 9.099/95).
b) Em juizados especiais, quando for utilizado o recurso inominado, a
matéria será analisada pela turma recursal (esse órgão é composto por
três juízes, ou seja, não é superior ao primeiro).
“É a manifestação do princípio dispositivo, impedindo que o tribunal conheça
matéria que não foi objeto de pedido do recorrente. O recurso interposto
devolve ao tribunal ad quem a matéria efetivamente impugnada. O Tribunal só
pode julgar o que estiver contido nas razões de recurso, nos limites do pedido
de nova decisão (tantum devolutum quantum appellatum)” (JUNIOR, Nelson;
NERY, Rosa).
3. Expansivo: quando do julgamento do recurso é proferida decisão mais
abrangente do que o reexame da matéria impugnada.
Art. 509. O recurso interposto por um dos litisconsortes a todos aproveita,
salvo se distintos ou opostos os seus interesses.
Parágrafo único. Havendo solidariedade passiva, o recurso interposto por um
devedor aproveitará aos outros, quando as defesas opostas ao credor Ihes
forem comuns.
- Ocorre em qualquer recurso com litisconsórcio unitário.
4. Interruptivo: O efeito interruptivo suspende o prazo para a interposição de
outros recursos. Os embargos de declaração possuem o efeito interruptivo, de
acordo com a leitura do artigo 538, do Código de Processo Civil, ou seja,
apenas após a publicação da decisão dos embargos é que voltam a ser contados
os prazos para os demais recursos, como se não tivessem iniciados.
- Princípio da unirrecorribilidade (ou unicidade ou singularidade recursal)
prevê que “para cada decisão, será cabível um único recurso”, ou, mais
precisamente (e esse nos parece um conceito mais preciso), “a parte
inconformada não poderá ingressar com dois recursos simultâneos versando
sobre a mesma matéria”. Assim, “o princípio, na verdade, busca atender às
exigências de operacionalidade do sistema recursal, evitando a acumulação de
impugnações sob o mesmo fundamento”
Obs: Ocorre somente me embargos de declaração/ divergências.
5. Substitutivo: é a substituição da decisão recorrida pela decisão do julgamento
do recurso nos limites da impugnação. Ou seja, o ato jurídico atacado é
substituído pelo novo.
Contudo, são necessários dois requisitos para a existência do efeito
substitutivo:
i) O recurso deve ser conhecido e julgado pelo mérito;
ii) A decisão deve compreender toda a matéria impugnada, no caso de
impugnação parcial, o efeito substitutivo irá operar nos limites do
efeito devolutivo.
6. Suspensivo: Suspende a execução. Ou seja, impede que a decisão recorrida
produza seus efeitos até o reexame da matéria, de acordo com Nelson Nery
Junior, a execução do comando da decisão ficará obstada até transitar em
julgado a decisão que apreciar o recurso interposto.
A regra geral estabelece o efeito suspensivo dos recursos, salvo quando a lei
indicar o contrário, conforme disposto nos artigos 497 e 520 do CPC:
Art. 497. O recurso extraordinário e o recurso especial não impedem a
execução da sentença; a interposição do agravo de instrumento não obsta o
andamento do processo, ressalvado o disposto no art. 558 desta Lei.
Art. 520. A apelação será recebida em seu efeito devolutivo e suspensivo.
Será, no entanto, recebida só no efeito devolutivo, quando interposta de
sentença que:
I - homologar a divisão ou a demarcação;
II - condenar à prestação de alimentos;
III - (Revogado pela Lei nº 11.232, de 2005)
IV - decidir o processo cautelar;
V - rejeitar liminarmente embargos à execução ou julgá-los improcedentes;
VI - julgar procedente o pedido de instituição de arbitragem.
VII - confirmar a antecipação dos efeitos da tutela;
Art. 1.012. A apelação terá efeito suspensivo.
§ 1º Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos
imediatamente após a sua publicação a sentença que:
I - homologa divisão ou demarcação de terras;
II - condena a pagar alimentos;
III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do
executado;
IV - julga procedente o pedido de instituição de arbitragem;
V - confirma, concede ou revoga tutela provisória;
VI - decreta a interdição.
§ 2º Nos casos do § 1º, o apelado poderá promover o pedido de cumprimento
provisório depois de publicada a sentença.
 § 3º O pedido de concessão de efeito suspensivo nas hipóteses do § 1º poderá
ser formulado por requerimento dirigido ao:
I - tribunal, no período compreendido entre a interposição da apelação e sua
distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-
la;
II - relator, se já distribuída a apelação.
§ 4º Nas hipóteses do § 1º, a eficácia da sentença poderá ser suspensa pelo
relator se o apelante demonstrar a probabilidade de provimento do recurso ou
se, sendo relevante a fundamentação, houver risco de dano grave ou de difícil
reparação.
7. Translativo: está presente nos casos em que o legislador autoriza o órgão ad
quem a julgar além do que consta na matéria debatida em sede recursal (fora
do que consta nas razões e contra razões), impossibilitando as partes de alegar
os vícios presentes, de acordo com os artigos 515, § 1º ao 3º e 516, ambos do
CPC:
Art. 515. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria
impugnada.
§ 1o Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as
questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que a sentença não as tenha
julgado por inteiro.
§ 2o Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz
acolher apenas um deles, a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos
demais.
§ 3o Nos casos de extinção do processo sem julgamento do mérito (art. 267), o
tribunal pode julgar desde logo a lide, se a causa versar questão
exclusivamente de direito e estiver em condições de imediato julgamento.
Art. 516. Ficam também submetidas ao tribunal as questões anteriores à
sentença, ainda não decididas. O efeito translativo está atrelado na maior parte
às matérias de ordem pública, isto é, questões onde existe o interesse público, e
tal interesse é mais importante ao Estado do que entre as partes, casos em que
devem ser conhecidas ex officio pelo magistrado e cuja matéria não incide a
preclusão.
Procedimento Recursal
- Conceito: é o caminho que o recurso irá seguir.
- Juízos recursais:
 Juízo A QUO: é aquele de instância inferior, de onde veio o processo ou
aquele de cuja decisão se recorre (onde “nasce” o recurso).
 Juízo AD QUEM: em regra, é o tribunal de instância superior para onde se
encaminha o processo, ou seja, para quem se recorre.
Obs: Regra: o juízo “a quo” e o “ad que” acontecem em dois órgãos distintos, sendo o
órgão “ad quem” superior ao “a quo”.
Exceções:
 Quando o recurso utilizado é o embargo de declaração: nesse caso, o efeito
devolutivo ocorre para o mesmo órgão (mais precisamente, o mesmo juiz).
 Quando o recurso utilizado é o inominado (juizados especiais): nesse caso,
juízo “ad quem” não é um órgão superior ao juízo “a quo”. Ocorre nas turmas
recursais (sua composição é de juízes singulares).
Obs: Em regra, a ação (processo) irá se iniciar nas varas:
 Federais: a competência será das varas federais em todo processo em que a
união fizer parte (interesse).
 Estadual: resto.
Principais atos no juízo “a quo”
a) Protocolização: é o ato de dar entrada com o recurso.
- ocorre a conclusão: quando o processo é encaminhado para o juiz.
- Segue-se o princípio do contraditório, ou seja, a outra parte deve ser ouvida
(por esse motivo ocorre a próxima etapa)
b) Intimação do apelado: para informar o apelado sobre o recurso, para que ele
apresente sua resposta.
- Ou, caso ocorra sucumbência recíproca, o apelado que inicialmente não tinha
entrado com recurso, após a ciência do recurso do apelado, poderá entrar com
um recurso adesivo.
- após isso, o processo fica concluso para despacho (volta para o juiz, para que
este de prosseguimento para a próxima etapa).
c) Juízo de retratação: nessa etapa, existe a possibilidade do juiz admitir seu
erro.
- Possibilidades:
 Caso haja a retratação do juiz: o recurso será extinto, pois não há mais
a necessidade de uma reexame pelo juízo “ad quem” (o recurso perde
sua finalidade). O juiz, então, irá proferir uma nova sentença, com a
finalidade de substituir a sentença anterior.
Obs: proferida a nova sentença, a outra parte poderá entrar com um
novo recurso, caso se sinta lesada.
  Caso não haja a retratação do juízo, seguirá para a próxima etapa.
d) Remessa para o juízo ad quem.
Principais atos no juízo “ad quem”
1. Distribuição: nessa fase, será determinado o órgão competente. Essa escolha
pode ser: livre (regra) ou dirigida (exceção).
- Exemplo de dirigida: quando no mesmo processo já tiver sido utilizado um
recurso (em um ato anterior), o novo recurso irá ser julgado pelo órgão
prevento.
- Após a escolha do órgão competente, ficará concluso para despacho, ou seja,
irá para o gabinete do relator, para que se possa passar para o próximo ato.
2. Decisão monocrática: quando o relator toma uma decisão sozinho.
- Possibilidades de acontecimentos:
 Quando houver ausência de pressupostos de admissibilidade (art. 932,
III, CPC) – Extinção do recurso.
 Poderá julgar o mérito, se a decisão recorrida estiver de acordo com
os dispositivos presentes no art. 932, V, CPC.
 Poderá ou não conceder efeito suspensivo.
Caso der andamento ao recurso, seguirá para o próximo ato.
3. Vistas ao MP: o Ministério Público irá analisar se existe interesse público na
lide.
 caso exista: atuará como fiscal do direito e, ainda, irá emitir um
parecer (uma mera opinião), que servirá como indicador para o órgão
que está julgando.
 Caso o interesse seja meramente privado: o MP devolverá para o
Relator, afirmando que não existe interesse público.
4. Inclusão na pauta: é incluído na agenda de julgamentos (o dia que ocorrerá).
5. Intimação: com a finalidade de informar, os interessados, sobre o dia que
ocorrerá o julgamento.
6. Sessão de julgamento (atos):
 Relatório: momento em que o relator fará um resumo do processo.
 Sustentação oral: momento em que o advogado irá apresentar seus
motivos.
 Votos: 1 do relator e 2 dos Membros/ Vogais (1° Membro e 2°
Membro)
- Possibilidade de resultados:
 Resultado unânime: quando os Membros seguem o voto do relator
(3x0).
 Resultado da maioria: quando um dos Membro possui um voto
contrário (2x1).
 Resultado da maioria: quando a decisão do 1° Membro é contraria a
do relator e o 2° Membro segue o voto do 1° (1x2).
Obs: Nas duas possibilidades em que o resultado é pela maioria, existe a
possibilidade de ampliação do julgamento, ou seja, outros julgadores irão
se juntar na votação (técnica de ampliação do colegiado – art. 942, CPC).
Art. 942. Quando o resultado da apelação for não unânime, o julgamento
terá prosseguimento em sessão a ser designada com a presença de outros
julgadores, que serão convocados nos termos previamente definidos no
regimento interno, em número suficiente para garantir a possibilidade de
inversão do resultado inicial, assegurado às partes e a eventuais terceiros o
direito de sustentar oralmente suas razões perante os novos julgadores.
- Terminado o julgamento, o processo ficará concluso para despacho, irá
retornar para o relator, para este dar prosseguimento aos atos.
7. Acórdão: Existe duas possibilidades de redator:
 O redator será o próprio relator (regra);
 Caso o 2° Membro siga o voto do 1° Membro, o redator poderá ser o
1° Membro (exceção).
8. Intimação do acórdão: com a finalidade de notificar as partes sobre a decisão
do acórdão. Havendo a necessidade, a outra parte poderá entrar com um novo
recurso.
Sessão de julgamentos - Etapas
1. Pressupostos de admissibilidade recursal: será analisado, durante a sessão
de julgamento, se existe ausência de pressupostos de admissibilidade.
 caso haja ausência: o recurso será extinto.
 Caso esteja tudo certo, o órgão julgador passará para a próxima etapa.
- Responsáveis: Relator e Colegiado.
- Exemplos: observar se a entrada do recurso foi dada no prazo correto, ou
ainda, se houve o pagamento das custas.
 - Sinônimo: Juízo de admissibilidade recursal. b) Conheceu do recurso e acolheu a preliminar: Significa dizer que todos os
- Alternativas: pressupostos de admissibilidade estavam presentes, contudo, existiam falhas no
 Não conhecer do recurso: significa que está faltando algum requisito processo. → Extinção do recurso.
de admissibilidade.
 Conhecer do recurso: essa etapa está “ok”. c) Conheceu do recurso, rejeitou a preliminar e deu provimento (total): Significa
2. Preliminares recursais: nessa etapa, será verificado as questões formais, ou dizer que todos os pressupostos estão presente e não possui nenhuma falha no processo,
seja, se existem falhas no processo. como é total, o apelante ganhou.
- Responsável: somente o colegiado. d) Conheceu do recurso, rejeitou a preliminar e deu provimento parcial: Significa
- Exemplo: examinar se o processo está prescrito. dizer que todos os pressupostos estão presente e não possui nenhuma falha no processo,
- Alternativas: como é parcial, o apelante ganhou, mas não tudo.
 Acolhimento: significa dizer que foi aceito, por exemplo, que o
processo está prescrito. e) Conheceu do recurso, rejeitou a preliminar e negou provimento: O apelado
Exemplo: O tribunal acolheu a preliminar de prescrição (quer dizer ganhou.
que a prescrição realmente existe).
- SIMPIFICAÇÃO:
 Rejeição: quando não há nada errado.
Exemplo: O tribunal rejeitou a preliminar de prescrição (quer dizer a. Deu provimento.
que não existe prescrição). b. Negou provimento.
3. Mérito recursal: será decidido quem de fato está correto, ou seja, vai verificar
se o apelante tem razão ou não. (essa etapa só acontece após a verificação das Pressupostos de admissibilidade recursal
etapas anteriores). São os requisitos (obrigatórios e que acontecem antes do recurso) cumulativos (ou seja,
- Responsáveis: relator e colegiado. devem ser atendidos todos ao mesmo tempo) e, em regra, são positivos (que devem
- Alternativas: estar no presente), para que um ato processual seja admitido como sendo um recurso e
 Provimento: quer dizer que o apelante tem razão (o juiz errou no se prossiga com as outras duas etapas do julgamento do recurso (o exame das
procedimento do mérito). preliminares recursais e o exame do mérito recursal).
- Pode ser total ou parcial; caso haja omissão, se pressupõe que é Principais classificações (critério)
total.
 Improvimento: não concorda com o recorrente. • Genéricos: são os pressupostos exigidos de todos os recursos.

Obs: Nas decisões monocráticas, também são apreciadas pelo relator as questões 1  Genéricos objetivos: que se referem ao recurso (objeto).
e 3. 1. Cabimento: o recurso deve ser previsto em lei (idôneo).
2. Adequação: para cada tipo de decisão judicial, existe um recurso que
Elementos da decisão recursal se adeque a ela.
1. Identificação: são os dados do processo. - Segundo o princípio da unirrecorribilidade, também chamado de
2. Relatório: é o resumo do processo. unicidade do recurso ou singularidade, para cada decisão a ser
3. Fundamentação: fontes do direito. Votos do relator e dos membros. atacada, há um único recurso próprio e adequado previsto no
4. Dispositivo: o resultado da decisão. ordenamento jurídico.
5. Encerramento: Local, data e assinatura de quem realizou (relator) Assim, em regra, não é possível a utilização de mais de um recurso
Redação do dispositivo para impugnar a mesma decisão, sob pena do segundo recurso não ser
a) Não conheceu do recurso: Significa que o tribunal verificou ausência de conhecido, por preclusão consumativa.
pressupostos de admissibilidade. → Extinção do recurso Obs: não há exceção para a regra desse princípio.
3. Competência: precisa direcionar o recurso para o juízo “ad quem”
competente.
4. Tempestividade: diz-se tempestivo o recurso quando oferecido
dentro do prazo estabelecido em lei. Trata-se de pressuposto recursal
atinente à regularidade da interposição que, em uma outra ótica, se
liga à preclusão.
- Em regra, a maioria dos prazos são de 15 dias;
- Únicas exceções:
 5 dias:
- Agravo interno no mandado de injunção (é o remédio
constitucional cabível para conferir efetividade a direito
fundamental subjetivo cujo exercício foi impedido em razão
da ausência de norma regulamentadora, se presta a provocar
o Poder Judiciário para que, diante da omissão legislativa,
supra a lacuna técnica que impede o exercício do direito)
- Embargos de declaração (possui esse prazo, pois possui
efeito interruptivo e são julgados pelo próprio órgão que
proferiu a decisão).
 10 dias:
- Embargos infringentes (possui finalidade de provocar o
Órgão Colegiado a proferir decisões consensuais, buscando
solução unânime para a controvérsia, só é possível encontrá-
lo previsto na LEF).
- Recurso inominado.
Obs: ainda existem as situações em que existem previsões os casos de
dobra de prazos: Defensoria pública; MP; e Fazenda Pública.
5. Inexistência de ato impeditivo: é um pressuposto negativo (não
pode estar presente). Esses atos impeditivos ocorrem antes de se dar
entrada com o recurso.
Exemplos: cumprimento da sentença (na decisão do juiz constava
que o réu deveria pagar 10000 reais. Após pagar o valor, ou seja,
cumprir a sentença, o réu não poderá mais entrar com recurso) e
acordo. Nesses casos ocorrem a preclusão lógica.
6. Inexistência de ato extintivo: também é um pressuposto negativo,
porém, ocorre depois do recurso.
Exemplos: desistência do recurso e acordo.
7. Fundamentação: momento que será delimitado os assuntos que
serão discutidos no recurso.
-Nomenclatura:
 Genérica: Razões (é a petição do recorrente) / Contrarrazões
(é a petição do recorrido)
 Específicas:
- Agravos: Minuta / Contraminuta.
- Embargos: Artigos / Contra artigos.
8. Capacidade postulatória:
- Exigência em ação: em regra, a ação só pode ser interposta pelo
advogado, mas existem exceções em que não existe a necessidade de
um advogado para iniciar uma ação.
- Exigência no recurso: o recurso só poderá ser feito por meio de
advogado, não havendo exceção.
9. Preparo: é o pagamento das custas.
- Exigência: em regra os recursos serão pago, mas existem as
exceções dos recursos que são gratuitos.
Obs: caso o recorrente não pague o valor completo, será dado a
possibilidade de haver o complemento, caso o recorrente não
complemente o valor que falta, o processo será extinto.
- Cálculo: na teoria, a lei tem uma tabela que prevê os valores dos
recursos. Na prática, o PJe já calcula o valor.
- A pessoa que paga: em regra, deverá ser pago. Contudo, algumas
pessoas não precisam pagar, é o caso das pessoas hipossuficientes
(justiça gratuita).
- Em que momento pagar: em regra deverá ser pago antes de se
recorrer. Contudo, existe a exceção nos recursos inominados, em que
o pagamento poderá ser feito até 48 horas após de ter sido dado
entrada no recurso.
- Deserção: é o nome técnico de quando não há o pagamento das
custas. - A deserção pode ocorrer em três momentos:
 Quando não há o pagamento (inexistência);
 Quando não há o complemento do pagamento (inferior);
 Quando há a perda do prazo.
 - Não ocorrerá a deserção: - Recurso extraordinário: decisão que contrariar dispositivo constitucional, ou seja, caso
 Quando ocorrer por assistência judiciária (a pessoa isenta de o acórdão fira a constituição.
pagamento);
 Quando é feito pela Fazenda Pública ou Ministério Público; - Recurso especial quando a decisão recorrida contrariar tratado ou lei federal, ou negar-
 Quando o recurso for gratuito. lhes vigência; julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal e; der
10. Protocolização: é o primeiro ato do procedimento recursal, o de dar a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.
entrada no recurso. Intimação e Prazos Processuais
Intimação: é uma notificação dada a todas as partes envolvidas em um processo
 Genéricos subjetivos: quando alguma ação judicial é tomada. A intimação tem função vital dentro de um
1. Interesse recursal: para se recorrer deverá existir motivo (o motivo é litígio, informando, a todos os interessados, o que está ocorrendo e o que precisa ser
a sucumbência/ perda). feito.
2. Legitimidade recursal:
a. Ativa (quem pode recorrer): Obs: Como para se entrar com recurso é necessário a capacidade postulatória, os
- Qualquer uma das partes que se sentirem prejudicadas com principais destinatários das intimações que tratam sobre o recurso é o advogado, e o
a decisão; meio mais adotado para intimá-lo é o DJeN (um único arquivo para o país todo, que irá
- Os terceiros intervenientes; mostrar todas as intimações).
- Custos juris (o MP atuando como fiscal)
- Os terceiros prejudicados (pode ser o advogado do Prazos Processuais:
vencedor e o assistente recursal).
 O advogado do vencedor poderá se sentir
prejudicado, caso o juiz determine um valor dos
honorários de sucumbência baixo, podendo entrar
com recurso.
 O assistente recursal é aquele que não entrou como
terceiro interveniente, mas entrará no processo para
recorrer, caso se sinta prejudicado. Obs: não entra
na condição de terceiro interveniente, mas sim, de
terceiro prejudicado, pois só entrou no processo
para recorrer.
b. Passiva:
- Regra: o vencedor;
- Exceção: o vencido (quando o advogado vencedor entrar - Regra para a contagem em DIAS:
com recurso).
1. Excluir o termo A QUO.
2. Começar a contar no primeiro dia útil seguinte ao termo A QUO.
• Específicos: são os pressupostos exigidos em alguns recursos. 3. Contar somente os dias úteis (art. 219).
Exemplos: - Termo “A QUO” será:
- Embargos de declaração: só poderá ser usado quando a decisão possuir erro material;  audiência: na data da audiência.
omissão; obscuridade; ou contradição.  carga dos autos: No dia em que o advogado buscar o processo físico.
  carta: data da juntada do AR (aviso de recebimento) - a data de juntada aos
autos do aviso de recebimento, quando a citação ou a intimação for pelo
correio.
 chefe de secretaria: a data de ocorrência da citação ou da intimação, quando
ela se der por ato do escrivão ou do chefe de secretaria.
 DJeN: data da publicação (após disponibilização). Só será considerado
publicado no dia útil seguinte (início do prazo “a quo”).
 hora certa: data da juntada do mandado.
 mandado: data da juntada do mandado (não é o dia que o oficial de justiça cita
ou intima a pessoa, por causa do princípio da publicidade.
 petição: data do envio.
 sessão: data em que corre a sessão.
Obs: Existe uma única possibilidade de prazos para recurso ser em hora, que é o recurso
inominado. Nesse recurso, o pagamento das custas (preparo) pode ser feito até 48 horas
depois da protocolização.
Agravo de Instrumento
- Etimologia: Aggravare (origem em Roma), significa agravar.
- Conceito: É o recurso adequado para algumas decisões interlocutórias (rol
exemplificativo no Art. 1015, CPC), ocorridas em varas (só caberá agravo de
instrumento em juízes singulares), e com função apenas jurídicas (com a finalidade de
corrigir o erro do juiz singular).
Principais pressupostos gerais do Agravo de instrumento
- Cabimento (sua previsão legal): Art. 994, II do CPC.
- Adequação: casos do 1015 e outros previstos em lei.
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem
sobre:
I - tutelas provisórias (Por meio dela, o juízo pode antecipar a tutela que, de outra
maneira, só seria concedida ao final do processo);
Requisitos para poder pedir uma tutela provisória:
1) “Fumus Boni Iuris”: serve para demonstrar que existe a probabilidade de um
direito (aparência).
2) “Periculum in Mora”: Perigo da demora. Serve para identificar situações de
urgência em que a demora na prestação jurisdicional possa afetar de forma
irreparável o direito a ser tutelado.
3) Reversibilidade: A reversibilidade fática traz a ideia de que deve haver a
possibilidade do retorno das coisas ao estado anterior in natura, ao efetivo
estado das coisas anterior. Exemplo: se o magistrado concede uma tutela
antecipatória para derrubar um prédio, o requerido agrava, o magistrado
revoga a tutela, mas o prédio já foi derrubado, obviamente que a tutela é
reversível, em tese, no caso pode ser construído outro prédio.
- Correição Parcial: sua propositura é admitida contra ato ou despacho de juiz de que
não caiba recurso e que importe erro de ofício ou abuso de poder. (Deverá ser prevista:
normalmente disciplinada nos regimentos internos dos tribunais e Códigos locais de
organização judiciária).
- Mandado de Segurança: Sua propositura será cabível quando não houver recurso
cabível e o Tribunal não prevê a correição parcial no seu Regimento Interno.
 Lei n° 12.016/2009:
Art. 1 Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e
certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que,
ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer
violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que
categoria for e sejam quais forem as funções que exerça.
II - mérito do processo;
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem;
IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica;
V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua
revogação; (Assistência judiciária)
Obs: A assistência jurídica de:
 Pessoa física: é necessário somente requerer (deferimento automático);
 Pessoa jurídica: deve haver o requerimento e a comprovação de que
realmente não tem condições de pagar as custas;
 Pessoas formais: basta o requerimento (deferimento automático).
Obs²: Nos caso em que há o deferimento automático, caberá a outra parte impugnar
essa justiça gratuita, se for o caso.
VI - exibição ou posse de documento ou coisa;
VII - exclusão de litisconsorte;
VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio;
IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;
X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à
execução;
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1º;
XII - (VETADO);
XIII - outros casos expressamente referidos em lei.
Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões
interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de
sentença, no processo de execução e no processo de inventário.
- Competência para julgar agravo de instrumento:
 a) Justiça estadual: TJMA por uma de suas câmaras isoladas cíveis (com a
presença de 3 desembargadores cada).
b) Justiça federal: TRF – 1° Região, por uma das turmas (com a presença de 3
desembargadores em cada)
- Tempestividade (o prazo para entrar com agravo de instrumento):
 Regra: 15 dias.
 Exceções: os casos de dobra do prazo.
 Termo A QUO: o prazo para agravar começa quando a pessoa for intimada da
decisão interlocutória da qual quer agravar (dependendo do tipo de intimação).
- Preparo (pagamento das custas):
 Regra: para utilizar o agravo de instrumento, deverá pagar.
 Exceção: pessoas hipossuficientes (justiça gratuita) e os órgãos públicos
(Estado).
Aspectos principais do procedimento do Agravo de Instrumento (Arts. 1015-1020)
1. Protocolização: é o momento que é dado entrada com o agravo (nos Tribunais);
2. Distribuição: momento em que será definido o juízo competente e o Relator;
3. Comunicação do agravo:
 Significado: quando é dado entrada no Tribunal é necessário que haja a
comunicação ao juiz da vara (que proferiu a decisão interlocutória);
 Finalidade: Juízo de retratação (funciona como uma forma do juiz rever sua
decisão). Podendo assim: (duas possibilidades)
- Modificá-la, se reconhecer necessidade, encontrando alguma razão que possa
fazer com que ele mude suas fundamentações acerca do julgamento proferido,
resultando no prosseguimento do processo na primeira instância (extinção do
agravo de instrumento).
- Manter a decisão, nesse caso, o agravo de instrumento irá continuar andando.
 Prazo para fazer a comunicação:
- Regra: 3 dias;
- Exceção: 6 dias (prazo dobrado).
- O prazo irá começar a contar a partir do momento da protocolização.
4. Concluso para decisão monocrática: quando o agravo irá para o gabinete do
Relator, para que possa fazer a decisão monocrática. Duas hipóteses:
 Continuidade (vai colocar o agravo para andar): nesse caso, irá decidir se dará
efeito ativo ou efeito suspensivo.
- Efeito ativo: quando o autor tinha solicitado algo para o juiz, e o juiz
indeferiu, por isso o autor agravou. (a possibilidade de o Relator deferir o que
o juiz indeferiu).
- Efeito suspensivo: o Relator pode não deferir o que o juiz singular indeferiu,
mas pode determinar a suspenção do andamento do processo, na vara, até que
o recurso seja julgado no tribunal.
 Extinção do agravo (3 motivos):
- Negar seguimento: quando algum pressuposto estiver ausente.
- Negar provimento: julgamento do mérito antecipado, por estar de acordo com
jurisprudência.
- Considerar prejudicado: quando o juiz mudou a decisão no juízo de
retratação.
5. Intimação do agravado: se fundamento no princípio do contraditório.
6. Vistas ao custos juris: o Ministério Público (na função de fiscal) irá examinar se há a
existência de interesse público:
 Se houver: irá emitir um parecer;
 Se não houver: devolverá o processo para o Relator sem emitir parecer.
7. Conclusão para pauta: significa dizer que os autos do processo estão com o
relator/desembargadores (segundo grau) e serão julgados em breve. Nessa fase, o
Relator irá incluir a pauta na agenda de sessão do tribunal.
8. Intimação da pauta: as pessoas interessadas serão intimadas sobre a data da sessão,
onde o agravo será julgado.
9. Sessão: o dia do julgamento.
10. Conclusão para redação do acórdão: a redação poderá ser redigida pelo relator ou
pelo 1° Membro, dependerá da decisão.
11. Intimação do acórdão: é quando o acórdão é publicado, nesse momento, as partes
terão duas opções:
 Aceitar a decisão do acórdão;
 Recorrer.
Apelação (appellatio)
- Conceito: é o recurso adequado para algumas sentenças e decisões interlocutórias não
agraváveis. Tem apenas função jurídica, ou seja, possui função de corrigir erros
causados pelo juiz, garantindo dessa forma o duplo grau de jurisdição.
Obs: ocorre somente em órgãos singulares.
Sentenças não apeláveis:
1) Execução Fiscal: é o procedimento que a Administração Tributária brasileira utiliza
para a cobrança judicial dos créditos públicos inscritos em dívida ativa. Essa execução é
proposta pela Fazenda Pública.
- Caso em que não cabe apelação: se uma sentença condenar o contribuinte com
um valor inferior a R$ 328,27, não será cabível a apelação, pois segue o raciocínio
do princípio da economia (os custos do recurso serão maior que o preço da
condenação, ou seja, não haverá custo-benefício).
- Qual recurso é adequado para esse caso? Será adequado os embargos
infringentes – Prazo: de 10 dias, como regra. Existe possibilidade de dobra,
exceção.
Obs: só haverá a dobra de prazo, na execução fiscal, quando o contribuinte estiver
sendo representado por Defensor Público ou Similar.
- Competência para julgar os Embargos infringentes: a competência será do
juízo A QUO, o mesmo que proferiu a sentença (como nos embargos de declaração).
2) Juizados Especiais: Juizados Especiais Cíveis e Criminais (lei 0.099/95); Juizados
Especiais Cíveis e Criminais no âmbito da Justiça Federal (lei 10.259/01); e Juizados
Especiais da Fazenda Pública no âmbito dos Estados, do Distrito Federal, dos
Territórios e dos Municípios (lei 12.153/09).
- Não caberá a utilização da apelação nos juizados especiais.
- Qual recurso é adequado para os juizados? Recurso Inominado.
- Prazo: 10 dias, em regra. Existe a possibilidade da dobra em duas situações:
 Quando a pessoa que entrou com o recurso for representada por Defensor
Público ou similar;
 Quando a Fazenda Pública der entrada com o recurso.
- Preparo: poderá haver o pagamento até 48 horas após a interposição do recurso.
- Competência para julgar: será da Turma Recursal.
Decisão interlocutória não agravável
A jurisprudência compreende o Art. 1015 do CPC/2015 como um rol taxativo de
hipóteses de cabimento do Agravo de Instrumento. Com isso, se não houver a previsão
de aplicação do agravo de instrumento, poderá ser aplicado a apelação.
Exemplo: Quando o juiz singular aplicar uma multa de até 2% do valor do pedido/ da
causa, em benefício da União/ Estado, por ausência injustificada de qualquer uma das
partes em audiência de conciliação.
Obs: Caso o faltante estiver apresentado a justificativa, mas mesmo assim foi aplicado a
multa, ele poderá entrar com a apelação.
Principais pressupostos gerais da Apelação
Obs: não existe pressupostos específicos na apelação.
 Cabimento: Art. 994. São cabíveis os seguintes recursos: I - apelação;
 Adequação: somente em dois atos jurisdicionais singulares:
 Decisões interlocutórias não agraváveis;
 Sentenças.
 Competência:
 Justiça estadual: TJMA por uma de suas câmaras isoladas cíveis
(com a presença de 3 desembargadores cada).
 Justiça federal: TRF – 1° Região, por uma das turmas (com a
presença de 3 desembargadores em cada).
 Tempestividade:
 Regra: 15 dias.
 Exceções: os casos de dobra do prazo.
 Termo A QUO: depende de como foi feita a intimação.
 Preparo:
 Regra: para utilizar o agravo de instrumento, deverá pagar.
 Exceção: pessoas hipossuficientes (justiça gratuita) e os órgãos
públicos (Estado).
Principais aspectos do procedimento da apelação
• Protocolização: é o ato de dar entrada com o recurso.
- ocorre a conclusão: quando o processo é encaminhado para o juiz.
- Segue-se o princípio do contraditório, ou seja, a outra parte deve ser ouvida (por
esse motivo ocorre a próxima etapa)
• Intimação do apelado: para informar o apelado sobre o recurso, para que ele
apresente sua resposta.
- Ou, caso ocorra sucumbência recíproca, o apelado que inicialmente não tinha
entrado com recurso, após a ciência do recurso do apelado, poderá entrar com um
recurso adesivo.
- após isso, o processo fica concluso para despacho (volta para o juiz, para que este
de prosseguimento para a próxima etapa).
• Juízo de retratação: nessa etapa, existe a possibilidade do juiz admitir seu erro.
- Possibilidades:
 Caso haja a retratação do juiz: o recurso será extinto, pois não há mais a
necessidade de uma reexame pelo juízo “ad quem” (o recurso perde sua
finalidade). O juiz, então, irá proferir uma nova sentença, com a finalidade
de substituir a sentença anterior.
 Obs: proferida a nova sentença, a outra parte poderá entrar com um novo
recurso, caso se sinta lesada.
 Caso não haja a retratação do juízo, seguirá para a próxima etapa.
• Remessa para o juízo ad quem.
• Distribuição: nessa fase, será determinado o órgão competente. Essa escolha pode
ser: livre (regra) ou dirigida (exceção).
- Exemplo de dirigida: quando no mesmo processo já tiver sido utilizado um recurso
(em um ato anterior), o novo recurso irá ser julgado pelo órgão prevento.
- Após a escolha do órgão competente, ficará concluso para despacho, ou seja, irá
para o gabinete do relator, para que se possa passar para o próximo ato.
• Decisão monocrática: quando o relator toma uma decisão sozinho.
- Possibilidades de acontecimentos:
 Quando houver ausência de pressupostos de admissibilidade (art. 932, III,
CPC) – Extinção do recurso.
 Poderá julgar o mérito, se a decisão recorrida estiver de acordo com os
dispositivos presentes no art. 932, V, CPC.
 Poderá ou não conceder efeito suspensivo.
 Caso der andamento ao recurso, seguirá para o próximo ato.
• Vistas ao MP: o Ministério Público irá analisar se existe interesse público na lide.
 caso exista: atuará como fiscal do direito e, ainda, irá emitir um parecer
(uma mera opinião), que servirá como indicador para o órgão que está
julgando.
 Caso o interesse seja meramente privado: o MP devolverá para o Relator,
afirmando que não existe interesse público.
• Inclusão na pauta: é incluído na agenda de julgamentos (o dia que ocorrerá).
• Intimação: com a finalidade de informar, os interessados, sobre o dia que ocorrerá o
julgamento.
• Sessão de julgamento (atos):
 Relatório: momento em que o relator fará um resumo do processo.
 Sustentação oral: momento em que o advogado irá apresentar seus motivos.
 Votos: 1 do relator e 2 dos Membros/ Vogais (1° Membro e 2° Membro)
- Possibilidade de resultados:
 Resultado unânime: quando os Membros seguem o voto do relator (3x0).
 Resultado da maioria: quando um dos Membro possui um voto contrário
(2x1).
 Resultado da maioria: quando a decisão do 1° Membro é contraria a do
relator e o 2° Membro segue o voto do 1° (1x2).
Obs: Nas duas possibilidades em que o resultado é pela maioria, existe a
possibilidade de ampliação do julgamento, ou seja, outros julgadores irão
se juntar na votação (técnica de ampliação do colegiado – art. 942, CPC).
Art. 942. Quando o resultado da apelação for não unânime, o julgamento terá
prosseguimento em sessão a ser designada com a presença de outros julgadores, que
serão convocados nos termos previamente definidos no regimento interno, em número
suficiente para garantir a possibilidade de inversão do resultado inicial, assegurado às
partes e a eventuais terceiros o direito de sustentar oralmente suas razões perante os
novos julgadores.
- Terminado o julgamento, o processo ficará concluso para despacho, irá retornar
para o relator, para este dar prosseguimento aos atos.
• Acórdão: Existe duas possibilidades de redator:
 O redator será o próprio relator (regra);
 Caso o 2° Membro siga o voto do 1° Membro, o redator poderá ser o 1°
Membro (exceção).
• Intimação do acórdão: com a finalidade de notificar as partes sobre a decisão do
acórdão. Havendo a necessidade, a outra parte poderá entrar com um novo recurso.
Embargos de Declaração (imbarricare)
- Conceito: é o recurso, com função apenas jurídica, as ser interposto de qualquer ato
jurisdicional (qualquer ato praticado pelo juiz, seja em órgão singular ou colegiado),
para o próprio órgão quer o proferiu (efeito devolutivo para o mesmo órgão), de modo a
resolver questão prejudicial à execução do que foi feito (motivos: obscuridade;
contradição; omissão; e erro material) e onde a sua solução substituirá (princípio da
substitutividade: a nova sentença substitui a antiga) a decisão anterior, mantendo a
mesma espécie da decisão anterior.
- Observação sobre o Art. 1.001 do CPC:
Art. 1.001. Dos despachos não cabe recurso.
Esse artigo não é absoluto, pois há a necessidade de uma interpretação teleológica
(buscar respostas nas outras fontes do direito).
Exemplo: Na situação em que o Juiz designa uma audiência de conciliação sem ter
observado os requisitos necessários para que seja designada (Requerimento do autor;
Disponibilidade do direito; Efetividade; e o não requerimento do réu). Nesse caso, o
juiz está prejudicando as partes (contrário ao princípio da celeridade processual). Nessa
hipótese, há duas possibilidade:
  Correição parcial (quando prevista no regimento interno do tribunal): é um
recurso para quando não houver um recurso adequado.
Observação do professor: é um recurso coringa.
 Mandado de segurança.
Obs: e ainda é cabível o embargo de declaração, caso haja um dos quatro motivos.
Pressupostos específicos
1. Erro Material: abrange inexatidões materiais e erros de cálculo e está previsto
no artigo 494, I do Novo CPC. São erros reconhecíveis à primeira vista, que
apesar de ser necessária a correção, não alteram o resultado do julgamento.
Obs do professor: erro de digitação no ato do juiz.
2. Obscuridade: quando a redação da decisão não é suficientemente clara,
dificultando sua compreensão ou interpretação.
3. Contradição: quando o julgado apresenta proposições inconciliáveis,
tornando incerto o provimento jurisdicional.
4. Omissão: quando o julgador deixar de apreciar um argumento, uma prova ou
um pedido apresentado (nesses três caso o julgador caracterizará a omissão).
Principais pressupostos gerais
1. Cabimento: Art. 994, IV;
2. Adequação: todos os atos jurisdicionais do julgador;
Obs: não há limitação para os embargos de declaração, podendo ser utilizado
repetidamente, desde que haja motivo.
Obs²: caso seja utilizado sem motivo, para ganhar tempo (litigância de má-fé),
a parte será penalizada com uma multa de até 2% do valor da causa. O
beneficiário dessa multa será a outra parte.
Obs³: Essa multa será proferida por uma decisão interlocutória ou
monocrática, nessa situação, a parte que se sentir lesada poderá entrar com
apelação, correição parcial ou mandado de segurança (quando em órgão
singular); ou ainda, com agravo interno (quando em órgão colegiado).
3. Competência: mesmo órgão a quo;
4. Tempestividade:
- Regra: 5 (cinco) dias;
- Exceção: dobra de prazo;
- Gera interrupção do prazo de outros recursos (após a apreciação do embargo
de declaração, começa do zero os demais prazos).
5. Preparo: não há.
Finalidade dos embargos de declaração
- Qual é: efeito infringente (irá mudar a decisão, quando houver motivo).
- Também pode ter:
1. Explicativa: serve para explicar o que o julgador quis dizer no seu ato (ocorre
nos casos em que houver obscuridade ou contradição);
2. Integrativo: ocorre quando a decisão não está completa (ocorre quando
houver a omissão do julgador);
3. Pré-questionadora: ocorre quando houver a supressão de instância (quando a
corte de recurso analisa determinada matéria em primeiro lugar, isto é, sem
que tenha sido enfrentada no juízo a quo). Nesse caso, entra-se com embargos
de declaração para se fazer o pré-questionamento desse novo motivo, trazido
pelo tribunal.
Observação do professor: essa finalidade só irá ocorrer em recurso especial
ou em recurso extraordinário.
- O Acórdão que contraria tratado ou lei federal: caberá recurso especial para o
STJ.
- O Acórdão que contraria a CF: caberá recurso extraordinário.
Obs²: O recurso especial/ extraordinário só poderá ser usado quando houver
esse pré-questionamento, para que haja discussão sobre esse assunto novo que
foi trazido pelo tribunal.
Aspectos principais do procedimento
1. Protocolização: ato de dar entrada, nos embargos de declaração é dado a
entrada no mesmo órgão;
2. Conclusão: para que ocorra a decisão inicial do julgador. Possibilidade:
 Negar seguimento: quando não conhecer do recurso.
 Conceder ou não o efeito suspensivo.
 Dar seguimento ao recurso.
3. Intimação do embargo (respeitando o princípio do contraditório)
- Prazo:
 Regra: 5 dias;
 Exceção: dobra do prazo;
 Termo a quo: depende do modo que foi feita a intimação.
4. Vistas ao Ministério Público. Possibilidades:
 Cota: quando não há interesse público;
 Parecer: quando há interesse público.
5. Conclusão: para decisão final, para que seja julgado os embargos de
declaração, proferindo um novo ato jurisdicional.
6. Intimação (possibilitando a entrada de um novo recurso).
Agravo interno
- Conceito: é o recurso a ser interposto de decisão monocrática, em casos de
competência originária ou derivada e com função apenas jurídica.
Obs: A competência pode ser originária (é aquela que decide ações que dão inicio ao
processo) ou derivada (é aquela que julga recursos – que nascem dentro do processo).
- Denominação anterior ao CPC/ 2015: Agravo Regimental. Mudou apenas a
nomenclatura, pois antes esse recurso era previsto apenas nos regimentos dos tribunais.
Com a atualização, esse recurso passou a ser previsto no CPC, mudando dessa forma,
sua nomenclatura.
- Principais pressupostos gerais do Agravo Interno:
  Cabimento: Art. 994. São cabíveis os seguintes recursos: III - agravo interno;
 Adequação: é apropriado contra decisões monocráticas; Sintetizando:
 Competência: é do mesmo colegiado do Relator que proferiu a decisão 1. Protocolização: no colegiado em que o Relator proferiu a decisão monocrática;
monocrática; 2. Conclusão: vai para o relator, para que ocorra o juízo de retratação.
 Tempestividade: Desdobramentos:
- Regra: 15 dias;  Relator se retratou: o recurso é extinto;
- Exceções:  Relator não se retratou: segue o procedimento.
 Nos casos de dobra (Defensor Público e Similares; Ministério 3. Intimação: do agravado, para que exerça o contraditório. Prazos:
Público e Fazenda Pública).  Regra: 15 dias; ou quando for em mandado de injução: 10 dias.
 No Mandado de Injunção: é o remédio constitucional cabível para  Exceção: dobra de prazos.
conferir efetividade a um direito fundamental subjetivo cujo exercício 4. Conclusão: volta para o Relator para ele pôr em banca (o relator não inclui na pauta
foi impedido em razão da ausência de norma regulamentadora. O – agenda de julgamentos – Ele leva o processo para a próxima sessão para que seja
mandado de injunção se presta a provocar o Poder Judiciário para julgado, com a finalidade de agilizar).
que, diante da omissão legislativa, supra a lacuna técnica que impede 5. Sessão: será julgado o agravo interno.
o exercício do direito. Ou seja, é dado entrada com essa ação para que 6. Conclusão: para que o Acórdão seja redigido.
o Poder Judiciário efetive esse direito. 7. Intimação: do Acórdão.
Obs: De acordo com a Lei 13.300/2016, o prazo, para se entrar com
um agravo interno no mandado de injução, é de 10 dias. (princípio da Recurso Especial
especialidade). - Conceito: é o recurso a ser interposto de acórdão (quando o colegiado decide), em
 Termo a quo: no momento que for intimado sobre a decisão monocrática. casos de competência originária ou derivada (é cabível tanto para ações, quanto para
 Preparo: recursos) de tribunal inferior (somente), que descumpra tratado ou lei federal e com
- Regra: terá o preparo; funções jurídica e política (função política serve para preservação de poder. Nesse caso,
- Exceção: é a preservação do poder da legislação federal).
 Quando o agravante beneficiário da assistência judiciária; Obs: os pressupostos específicos são: Tribunal inferior; Descumpra tratado ou lei
 Quando o agravante for o Estado. federal.
- Aspectos do procedimento do Agravo Interno:
Art. 1.021. Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o
respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do
regimento interno do tribunal. - Principais pressupostos gerais:
§ 1º Na petição de agravo interno, o recorrente impugnará especificadamente os  Cabimento: Art. 994. São cabíveis os seguintes recursos: VI - recurso
fundamentos da decisão agravada. especial;
§ 2º O agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado para manifestar-se sobre  Adequação: é apropriado contra acórdão;
o recurso no prazo de 15 (quinze) dias, ao final do qual, não havendo retratação, o  Competência: quem julga é o STJ;
relator levá-lo-á a julgamento pelo órgão colegiado, com inclusão em pauta.  Tempestividade:
§ 3º É vedado ao relator limitar-se à reprodução dos fundamentos da decisão agravada - Regra: 15 dias;
para julgar improcedente o agravo interno. - Exceção: dobra;
§ 4º Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou - Termo a quo: quando o acórdão for intimado.
improcedente em votação unânime, o órgão colegiado, em decisão fundamentada,  Preparo:
condenará o agravante a pagar ao agravado multa fixada entre um e cinco por cento do - Regra: tem que pagar;
valor atualizado da causa. - Exceção:
§ 5º A interposição de qualquer outro recurso está condicionada ao depósito prévio do  Quando o agravante beneficiário da assistência judiciária;
valor da multa prevista no § 4º, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de  Quando o agravante for o Estado.
gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final.
 - Procedimento:
• Protocolização: é o ato de dar entrada com o recurso.
- ocorre a conclusão: quando o processo é encaminhado para o juiz.
- Segue-se o princípio do contraditório, ou seja, a outra parte deve ser ouvida (por
esse motivo ocorre a próxima etapa)
• Intimação do apelado: para informar o apelado sobre o recurso, para que ele
apresente sua resposta.
- Ou, caso ocorra sucumbência recíproca, o apelado que inicialmente não tinha
entrado com recurso, após a ciência do recurso do apelado, poderá entrar com um
recurso adesivo.
- após isso, o processo fica concluso para despacho (volta para o juiz, para que este
de prosseguimento para a próxima etapa).
• Juízo de retratação: nessa etapa, existe a possibilidade do juiz admitir seu erro.
- Possibilidades:
 Caso haja a retratação do juiz: o recurso será extinto, pois não há mais a
necessidade de uma reexame pelo juízo “ad quem” (o recurso perde sua
finalidade). O juiz, então, irá proferir uma nova sentença, com a finalidade
de substituir a sentença anterior.
Obs: proferida a nova sentença, a outra parte poderá entrar com um novo
recurso, caso se sinta lesada.
 Caso não haja a retratação do juízo, seguirá para a próxima etapa.
• Remessa para o juízo ad quem.
• Distribuição: nessa fase, será determinado o órgão competente. Essa escolha pode
ser: livre (regra) ou dirigida (exceção).
- Exemplo de dirigida: quando no mesmo processo já tiver sido utilizado um recurso
(em um ato anterior), o novo recurso irá ser julgado pelo órgão prevento.
- Após a escolha do órgão competente, ficará concluso para despacho, ou seja, irá
para o gabinete do relator, para que se possa passar para o próximo ato.
• Decisão monocrática: quando o relator toma uma decisão sozinho.
- Possibilidades de acontecimentos:
 Quando houver ausência de pressupostos de admissibilidade (art. 932, III,
CPC) – Extinção do recurso.
 Poderá julgar o mérito, se a decisão recorrida estiver de acordo com os
dispositivos presentes no art. 932, V, CPC.
 Poderá ou não conceder efeito suspensivo.
 Caso der andamento ao recurso, seguirá para o próximo ato.
• Vistas ao MP: o Ministério Público irá analisar se existe interesse público na lide.
 caso exista: atuará como fiscal do direito e, ainda, irá emitir um parecer
(uma mera opinião), que servirá como indicador para o órgão que está
julgando.
 Caso o interesse seja meramente privado: o MP devolverá para o Relator,
afirmando que não existe interesse público.
• Inclusão na pauta: é incluído na agenda de julgamentos (o dia que ocorrerá).
• Intimação: com a finalidade de informar, os interessados, sobre o dia que ocorrerá o
julgamento.
• Sessão de julgamento (atos):
 Relatório: momento em que o relator fará um resumo do processo.
 Sustentação oral: momento em que o advogado irá apresentar seus motivos.
 Votos: 1 do relator e 2 dos Membros/ Vogais (1° Membro e 2° Membro)
- Possibilidade de resultados:
 Resultado unânime: quando os Membros seguem o voto do relator (3x0).
 Resultado da maioria: quando um dos Membro possui um voto contrário
(2x1).
 Resultado da maioria: quando a decisão do 1° Membro é contraria a do
relator e o 2° Membro segue o voto do 1° (1x2).
Obs: Nas duas possibilidades em que o resultado é pela maioria, existe a
possibilidade de ampliação do julgamento, ou seja, outros julgadores irão
se juntar na votação (técnica de ampliação do colegiado – art. 942, CPC).
Art. 942. Quando o resultado da apelação for não unânime, o julgamento terá
prosseguimento em sessão a ser designada com a presença de outros julgadores, que
serão convocados nos termos previamente definidos no regimento interno, em número
suficiente para garantir a possibilidade de inversão do resultado inicial, assegurado às
partes e a eventuais terceiros o direito de sustentar oralmente suas razões perante os
novos julgadores.
- Terminado o julgamento, o processo ficará concluso para despacho, irá retornar
para o relator, para este dar prosseguimento aos atos.
• Acórdão: Existe duas possibilidades de redator:
 O redator será o próprio relator (regra);
 Caso o 2° Membro siga o voto do 1° Membro, o redator poderá ser o 1°
Membro (exceção).
• Intimação do acórdão: com a finalidade de notificar as partes sobre a decisão do
acórdão. Havendo a necessidade, a outra parte poderá entrar com um novo recurso.
Recurso Extraordinário
- Conceito: é o recurso a ser interposto de acórdão, em casos de competência originária
ou derivada (é cabível tanto para ações, quanto para recursos) de colegiado, que
descumpra a CF, com repercussão geral (o STF só irá julgar quando houver uma
repercussão que resolva todos os demais problemas que surgirem, em todo o país),
tendo funções jurídica e política.
Obs: Os pressupostos específicos são: Colegiado; acórdão que descumpra a CF; e só
quando houver repercussão geral.
 Principais pressupostos gerais
 Cabimento: Art. 994. São cabíveis os seguintes recursos: VII - recurso
extraordinário;
 Adequação: é apropriado contra acórdão;
 Competência: quem julga é o STF;
 Tempestividade:
- Regra: 15 dias;
- Exceção: os casos de dobra;
- Termo a quo: data da intimação do acórdão.
 Preparo:
- Regra: tem que pagar;
- Exceção:
 Quando o agravante beneficiário da assistência judiciária;
 Quando o agravante for o Estado.
Procedimento
- Mesmo do Recurso especial.
Seção II
Do Recurso Extraordinário e do Recurso Especial
Art. 1.029. O recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos previstos na
Constituição Federal , serão interpostos perante o presidente ou o vice-presidente do
tribunal recorrido, em petições distintas que conterão:
I - a exposição do fato e do direito;
II - a demonstração do cabimento do recurso interposto;
III - as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão recorrida.
§ 1º Quando o recurso fundar-se em dissídio jurisprudencial, o recorrente fará a prova
da divergência com a certidão, cópia ou citação do repositório de jurisprudência, oficial
ou credenciado, inclusive em mídia eletrônica, em que houver sido publicado o acórdão
divergente, ou ainda com a reprodução de julgado disponível na rede mundial de
computadores, com indicação da respectiva fonte, devendo-se, em qualquer caso,
mencionar as circunstâncias que identifiquem ou assemelhem os casos confrontados.
§ 3º O Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de Justiça poderá
desconsiderar vício formal de recurso tempestivo ou determinar sua correção, desde que
não o repute grave.
§ 4º Quando, por ocasião do processamento do incidente de resolução de demandas
repetitivas, o presidente do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de
Justiça receber requerimento de suspensão de processos em que se discuta questão
federal constitucional ou infraconstitucional, poderá, considerando razões de segurança
jurídica ou de excepcional interesse social, estender a suspensão a todo o território
nacional, até ulterior decisão do recurso extraordinário ou do recurso especial a ser
interposto.
§ 5º O pedido de concessão de efeito suspensivo a recurso extraordinário ou a recurso
especial poderá ser formulado por requerimento dirigido:
I – ao tribunal superior respectivo, no período compreendido entre a publicação da
decisão de admissão do recurso e sua distribuição, ficando o relator designado para seu
exame prevento para julgá-lo;
II - ao relator, se já distribuído o recurso;
III – ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, no período
compreendido entre a interposição do recurso e a publicação da decisão de admissão do
recurso, assim como no caso de o recurso ter sido sobrestado, nos termos do art. 1.037 .
Art. 1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o recorrido será
intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual os
autos serão conclusos ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, que
deverá:
I – negar seguimento:
a) a recurso extraordinário que discuta questão constitucional à qual o Supremo
Tribunal Federal não tenha reconhecido a existência de repercussão geral ou a recurso
extraordinário interposto contra acórdão que esteja em conformidade com entendimento
do Supremo Tribunal Federal exarado no regime de repercussão geral;
b) a recurso extraordinário ou a recurso especial interposto contra acórdão que esteja em
conformidade com entendimento do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal
de Justiça, respectivamente, exarado no regime de julgamento de recursos repetitivos;
II – encaminhar o processo ao órgão julgador para realização do juízo de retratação, se
o acórdão recorrido divergir do entendimento do Supremo Tribunal Federal ou do
Superior Tribunal de Justiça exarado, conforme o caso, nos regimes de repercussão
geral ou de recursos repetitivos;
III – sobrestar o recurso que versar sobre controvérsia de caráter repetitivo ainda não
decidida pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça, conforme
se trate de matéria constitucional ou infraconstitucional;
IV – selecionar o recurso como representativo de controvérsia constitucional ou
infraconstitucional, nos termos do § 6º do art. 1.036;
V – realizar o juízo de admissibilidade e, se positivo, remeter o feito ao Supremo
Tribunal Federal ou ao Superior Tribunal de Justiça, desde que:
a) o recurso ainda não tenha sido submetido ao regime de repercussão geral ou de
julgamento de recursos repetitivos;
b) o recurso tenha sido selecionado como representativo da controvérsia; ou
c) o tribunal recorrido tenha refutado o juízo de retratação.
§ 1º Da decisão de inadmissibilidade proferida com fundamento no inciso V caberá
agravo ao tribunal superior, nos termos do art. 1.042.
§ 2º Da decisão proferida com fundamento nos incisos I e III caberá agravo interno, nos
termos do art. 1.021.
Art. 1.031. Na hipótese de interposição conjunta de recurso extraordinário e recurso
especial, os autos serão remetidos ao Superior Tribunal de Justiça.
§ 1º Concluído o julgamento do recurso especial, os autos serão remetidos ao Supremo
Tribunal Federal para apreciação do recurso extraordinário, se este não estiver
prejudicado.
§ 2º Se o relator do recurso especial considerar prejudicial o recurso extraordinário, em
decisão irrecorrível, sobrestará o julgamento e remeterá os autos ao Supremo Tribunal
Federal.
§ 3º Na hipótese do § 2º, se o relator do recurso extraordinário, em decisão irrecorrível,
rejeitar a prejudicialidade, devolverá os autos ao Superior Tribunal de Justiça para o
julgamento do recurso especial.
Art. 1.032. Se o relator, no Superior Tribunal de Justiça, entender que o recurso
especial versa sobre questão constitucional, deverá conceder prazo de 15 (quinze) dias
para que o recorrente demonstre a existência de repercussão geral e se manifeste sobre a
questão constitucional.
Parágrafo único. Cumprida a diligência de que trata o caput , o relator remeterá o
recurso ao Supremo Tribunal Federal, que, em juízo de admissibilidade, poderá
devolvê-lo ao Superior Tribunal de Justiça.
Art. 1.033. Se o Supremo Tribunal Federal considerar como reflexa a ofensa à
Constituição afirmada no recurso extraordinário, por pressupor a revisão da
interpretação de lei federal ou de tratado, remetê-lo-á ao Superior Tribunal de Justiça
para julgamento como recurso especial.
Art. 1.034. Admitido o recurso extraordinário ou o recurso especial, o Supremo
Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de Justiça julgará o processo, aplicando o
direito.
Parágrafo único. Admitido o recurso extraordinário ou o recurso especial por um
fundamento, devolve-se ao tribunal superior o conhecimento dos demais fundamentos
para a solução do capítulo impugnado.
Art. 1.035. O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não conhecerá do
recurso extraordinário quando a questão constitucional nele versada não tiver
repercussão geral, nos termos deste artigo.
§ 1º Para efeito de repercussão geral, será considerada a existência ou não de questões
relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os
interesses subjetivos do processo.
§ 2º O recorrente deverá demonstrar a existência de repercussão geral para apreciação
exclusiva pelo Supremo Tribunal Federal.
§ 3º Haverá repercussão geral sempre que o recurso impugnar acórdão que:
I - contrarie súmula ou jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal;
III - tenha reconhecido a inconstitucionalidade de tratado ou de lei federal, nos termos
do art. 97 da Constituição Federal .
§ 4º O relator poderá admitir, na análise da repercussão geral, a manifestação de
terceiros, subscrita por procurador habilitado, nos termos do Regimento Interno do
Supremo Tribunal Federal.
§ 5º Reconhecida a repercussão geral, o relator no Supremo Tribunal Federal
determinará a suspensão do processamento de todos os processos pendentes, individuais
ou coletivos, que versem sobre a questão e tramitem no território nacional.
§ 6º O interessado pode requerer, ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal de
origem, que exclua da decisão de sobrestamento e inadmita o recurso extraordinário que
tenha sido interposto intempestivamente, tendo o recorrente o prazo de 5 (cinco) dias
para manifestar-se sobre esse requerimento.
§ 7º Da decisão que indeferir o requerimento referido no § 6º ou que aplicar
entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos
repetitivos caberá agravo interno.
§ 8º Negada a repercussão geral, o presidente ou o vice-presidente do tribunal de
origem negará seguimento aos recursos extraordinários sobrestados na origem que
versem sobre matéria idêntica.
§ 9º O recurso que tiver a repercussão geral reconhecida deverá ser julgado no prazo de
1 (um) ano e terá preferência sobre os demais feitos, ressalvados os que envolvam réu
preso e os pedidos de habeas corpus .
§ 11. A súmula da decisão sobre a repercussão geral constará de ata, que será publicada
no diário oficial e valerá como acórdão.
Agravo em Recurso Especial e em Recurso Extraordinário
- Conceito: é o recurso a ser interposto do não conhecimento (quando o presidente do
colegiado diz que falta pressuposto de admissibilidade) de recurso especial ou de
recurso extraordinário, pelo presidente do colegiado de origem, tendo apenas função
jurídica.
Obs: O presidente do colegiado fez uma decisão monocrática.
Obs²: O pressuposto específico está no conceito.
Principais pressupostos gerais
 Cabimento: Art. 994. São cabíveis os seguintes recursos: VIII - agravo em
recurso especial ou extraordinário;
 Adequação: é apropriado contra decisão monocrática do Presidente do
colegiado;
 Competência: do STJ (quando for recurso especial) ou do STF (quando for
recurso extraordinário).
 Tempestividade:
- Regra: 15 dias;
- Exceção: os casos de dobra;
- Termo a quo: data da intimação da decisão monocrática do Presidente.
 Preparo:
- Regra: tem que pagar;
- Exceção:
 Quando o agravante beneficiário da assistência judiciária;
 Quando o agravante for o Estado.
Procedimento
Art. 1.042. Cabe agravo contra decisão do presidente ou do vice-presidente do tribunal - Pressuposto específico: somente de acórdãos e em algumas ações originárias.
recorrido que inadmitir recurso extraordinário ou recurso especial, salvo quando
fundada na aplicação de entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em - Pressupostos gerias:
julgamento de recursos repetitivos.  Cabimento: Art. 994. São cabíveis os seguintes recursos: V - recurso
§ 2º A petição de agravo será dirigida ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal de ordinário;
origem e independe do pagamento de custas e despesas postais, aplicando-se a ela o  Adequação: somente em acórdão;
regime de repercussão geral e de recursos repetitivos, inclusive quanto à possibilidade  Competência: dependerá da origem. Poderá ser do STF ou do STJ.
de sobrestamento e do juízo de retratação.  Tempestividade:
§ 3º O agravado será intimado, de imediato, para oferecer resposta no prazo de 15 - Regra: 15 dias;
(quinze) dias. - Exceção: dobra;
§ 4º Após o prazo de resposta, não havendo retratação, o agravo será remetido ao - Termo a quo: na intimação do Acórdão.
tribunal superior competente.  Preparo:
§ 5º O agravo poderá ser julgado, conforme o caso, conjuntamente com o recurso - Regra: é pago;
especial ou extraordinário, assegurada, neste caso, sustentação oral, observando-se, - Exceção: Assistência gratuita ou quando for o Estado entrando com recurso.
ainda, o disposto no regimento interno do tribunal respectivo.
§ 6º Na hipótese de interposição conjunta de recursos extraordinário e especial, o Embargos de Divergência
agravante deverá interpor um agravo para cada recurso não admitido. - Conceito: é o recurso que tem por finalidade uniformizar os acórdãos (quando há
§ 7º Havendo apenas um agravo, o recurso será remetido ao tribunal competente, e, divergências) dos julgamentos de recursos especiais (STJ) ou extraordinário (STF),
havendo interposição conjunta, os autos serão remetidos ao Superior Tribunal de acabando com as divergência internas (dentro dos próprios tribunais) e atuais. Possui
Justiça. apenas função jurídica.
§ 8º Concluído o julgamento do agravo pelo Superior Tribunal de Justiça e, se for o - Pressupostos específicos: divergência interna e atual.
caso, do recurso especial, independentemente de pedido, os autos serão remetidos ao Exemplo: quando a 1° turma de um tribunal profere um acórdão e a 3° turma do
Supremo Tribunal Federal para apreciação do agravo a ele dirigido, salvo se estiver mesmo tribunal profere outro acórdão, contrariando a decisão da 1° turma.
prejudicado. - Pressupostos gerais:
 Cabimento: Art. 994. São cabíveis os seguintes recursos: IX – Embargos de
Sintetizando: Divergência.
1. Protocolização: é protocolado no órgão em que o Presidente do colegiado realizou a  Adequação: somente em acórdão.
decisão monocrática.
 Competência:
2. Intimação: do agravo (princípio do contraditório). Prazo:
- Acórdão em recurso especial: STJ;
 Regra: 15 dias;
- Acórdão em recurso extraordinário: STF.
 Exceção: Dobra;
 Tempestividade:
 Termo a quo: quando ocorreu a intimação.
- Regra: 15 dias;
3. Remessa: para o STJ ou para o STF.
- Exceção: Dobra;
Obs: se os tribunais superiores acharem que o presidente errou, eles irão julgar o
- Termo a quo: intimação do acórdão.
recurso especial ou extraordinário.
 Preparo:
- Regra: é pago;
- Exceção: Assistência gratuita ou quando for o Estado entrando com recurso.

Recurso Ordinário
- Conceito: é o recurso que garante o duplo grau de jurisdição dos Acórdãos de
algumas ações originárias (aquelas que já iniciam em tribunais) do tribunais inferiores
ou superiores. Possui função apenas jurídica (reparar o dano).
Correição Parcial:
- Conceito: é o coringa dos recursos, por ser usado para qualquer ato jurisdicional do
qual não haja recurso adequado, desde que esteja previsto no regimento interno. Possui
apena função jurídica.
Exemplos: despachos e decisões interlocutórias.
- Em despacho:
Art. 1.001. Dos despachos não cabe recurso.
Esse artigo não é absoluto, pois há a necessidade de uma interpretação teleológica
(buscar respostas nas outras fontes do direito).
Exemplo: Na situação em que o Juiz designa uma audiência de conciliação sem ter
observado os requisitos necessários para que seja designada (Requerimento do
autor; Disponibilidade do direito; Efetividade; e o não requerimento do réu). Nesse
caso, o juiz está prejudicando as partes (contrário ao princípio da celeridade
processual). Nessa hipótese, há duas possibilidade:
 Correição parcial (quando prevista no regimento interno do tribunal): é um
recurso para quando não houver um recurso adequado.
Observação do professor: é um recurso coringa.
 Mandado de segurança.
- Pressuposto específico: deve estar previsto no regimento do tribunal e ocorre somente
quando não há outro recurso adequado.
- Pressupostos gerais:
 Cabimento: regimento do tribunal. Obs: caso não haja previsão, será cabível o
mandado de segurança;
 Adequação: qualquer ato jurisdicional, que não seja possível a utilização de
outro recurso;
 Competência: deve ser observado o regimento;
 Tempestividade:
- Regra: 15 dias;
- Exceção: Dobra;
- Termo a quo: intimação do ato jurisdicional.
 Preparo:
- Regra: é pago;
- Exceção: Assistência gratuita ou quando for o Estado entrando com recurso.
Ação de Reclamação
- Conceito: é uma ação de conhecimento que adota procedimento especial de jurisdição
voluntária (pois não há lide) sendo de competência originária de qualquer colegiado
com a finalidade de preservar a competência deste, evitando a utilização de novo
recurso.
Observação doutrinária: artigo 988, IV e § 4º e § 5º do Novo Código de Processo
Civil, que tratam do cabimento da Reclamação para garantir a observância de
acórdão proferido em julgamento de Incidente de Resolução de Demandas
Repetitivas - IRDR, Incidente de Assunção de Competência - IAC, casos com
repercussão geral reconhecida e Recurso Extraordinário e Recurso Especial
repetitivos. Conforme verificado, os acórdãos proferidos nessas situações são
vinculantes à todas as causas sobrestadas ou futuras que contenham a mesma
matéria. Caso não haja cumprimento dessas decisões caberá reclamação ao tribunal.
Ação Rescisória
- Conceito: é a ação de conhecimento que adota o procedimento comum, sendo de
competência originária de qualquer colegiado, com a finalidade de rescindir a coisa
julgada formal, até dois anos depois.
Obs: Principais atos do procedimento comum:
1. Petição Inicial;
2. Análise da Petição Inicial;
3. Citação;
4. Resposta do Réu;
5. Providências preliminares;
6. Audiência de instrução e julgamento;
7. Sentença;
8. Recurso (geralmente)
9. Coisa julgada formal.
Obs²: a partir da coisa julgada formal, em um prazo de dois anos, pode se entrar com
uma ação rescisória, que tem a finalidade de desfazer a coisa julgada.
- Aspectos relevantes:
 Petição inicial: fundamentação legal é obrigatória quando: a lei exigir ou for
um caso novo. Na ação rescisória sempre será obrigatória a fundamentação
(expor os motivos de ter entrado com essa ação e qual sua base legal).
 Condição específica (requisitos):
- Para entrar com uma ação rescisória, deve haver um depósito de 5% do valor
da causa, esse valor não poderá ultrapassar 1000 salários-mínimos.
Obs: esses valores depositados voltam para a pessoa que propôs a ação, caso
ela ganhe. Contudo, irá para a parte contraria, caso a pessoa que entrou com a
ação perca.
Incidente de Assunção de Competência (IAC)
- Conceito: quando um tribunal assume a competência de outro tribunal, para decidir
todos os casos, evitando divergência nas decisões, tem a finalidade de evitar
julgamentos contraditórios (visa a prevenção do problema) desde que com grande
relevância social e de forma preventiva.
Art. 947. É admissível a assunção de competência quando o julgamento de recurso, de
remessa necessária ou de processo de competência originária envolver relevante
questão de direito, com grande repercussão social, sem repetição em múltiplos
processos.
§ 1º Ocorrendo a hipótese de assunção de competência, o relator proporá, de ofício ou a
requerimento da parte, do Ministério Público ou da Defensoria Pública, que seja o
recurso, a remessa necessária ou o processo de competência originária julgado pelo
órgão colegiado que o regimento indicar.
§ 2º O órgão colegiado julgará o recurso, a remessa necessária ou o processo de
competência originária se reconhecer interesse público na assunção de competência.
§ 3º O acórdão proferido em assunção de competência vinculará todos os juízes e
órgãos fracionários, exceto se houver revisão de tese.
§ 4º Aplica-se o disposto neste artigo quando ocorrer relevante questão de direito a
respeito da qual seja conveniente a prevenção ou a composição de divergência entre
câmaras ou turmas do tribunal.
Incidente de Resolução de Demanda Repetitiva (IRDR) – Arts. 976 a 967.
- Conceito: tem a finalidade de evitar julgamentos contraditórios desde que com grande
relevância social e de forma rápida e resolutiva.
 Observação do Professor: Ocorre quando não há a prevenção do problema
em questão pelo IAC. Nesse caso, o professor citou que foi um erro do tribunal
não ter observado o problema desde o começo e tentar evitá-lo, por isso, no
IRDR, esse tribunal visa resolver o problema que já aconteceu de forma
rápida.
 Observação da doutrina: É cabível quando há a efetiva repetição de
processos que contenham controvérsia sobre a mesma questão unicamente de
direito e que apresente risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica, desde
que essa matéria não tenha sido afetada em repetitivo nos Tribunais
Superiores.
Havendo cumulação das hipóteses será suscitado o IRDR perante o presidente
do Tribunal local, que suspenderá os processos com a mesma matéria pelo
prazo de um ano. Após seu julgamento, a decisão vinculará os processos
suspensos e futuros de idêntica matéria de direito.
Incidente de Uniformização de Jurisprudência (IUJ)
- Conceito: tem a finalidade de evitar julgamentos contraditórios, ou seja,
preventivamente, desde que com grande relevância social, de forma resolutiva e mais
complexa, [com a edição de uma súmula].
Obs: a súmula resolverá em definitivo.
Observação da doutrina: Segundo a sistemática, quando um órgão fracionário de
tribunal se deparar com matéria de direito reputada controvertida, ou a que se tenha
dado, no julgamento recorrido, interpretação divergente da conferida por outra
turma, câmara, grupo de câmaras ou câmaras cíveis reunidas, deverá submeter a
questão ao plenário, que fixará o entendimento da corte sobre o tema e, aprovando-o
por maioria absoluta de seus membros, editará súmula com o teor do julgado, que
constituirá precedente na uniformização da jurisprudência.
Art. 926. Os tribunais devem uniformizar sua jurisprudência e mantê-la estável, íntegra
e coerente.
§ 1º Na forma estabelecida e segundo os pressupostos fixados no regimento interno, os
tribunais editarão enunciados de súmula correspondentes a sua jurisprudência
dominante.
§ 2º Ao editar enunciados de súmula, os tribunais devem ater-se às circunstâncias
fáticas dos precedentes que motivaram sua criação.
Remessa Necessária
- Conceito: é o mecanismo de defesa público da sociedade, em que é obrigatório envio
dos autos para ser apreciado pelo tribunal que teria competência derivada (caso a
fazenda recorresse) da sentença definitiva (não pode ser uma sentença terminativa)
condenatória (aquela que condenou a fazenda pública a pagar alguma coisa)
desfavorável a qualquer uma das quatro esferas (União, Estados, DF e Municípios) da
fazenda pública quando esta não recorrer, no processo de conhecimento, sob pena de
nulidade absoluta.
Observação do professor: quando a fazenda pública perde e não entra com recurso,
a sentença contra a fazenda pública só produz valor (só pode ser executada) se o juiz
remeter (mandar) o processo para o tribunal, para que esse tribunal analise se a
sentença está correta.
- Remessa Necessária não ocorrerá, também, se:
1. A condenação:
 Da União for inferior a 1000 salários-mínimos;
 Dos Estados, DF e capitais (somente nas capitais dos estados) for
inferior a 500 salários-mínimos;
 Dos demais Municípios for inferior a 100 salários-mínimos.
Obs: o motivo desses valores está interligado ao princípio da
isonomia.
2. A sentença, de qualquer valor, for fundamentada em:
 Súmula (se já havia súmula regulamentando o assunto).
 Acórdão de recurso repetitivo;
 Julgamento de IAC ou de IRDR;
 Orientação do próprio órgão (o próprio órgão da um parecer interno).
Ex: a própria Fazenda Pública assume que está errada.
→ REVISÃO: Necessário para entender as AÇÕES.
• Espécies legais do processo:
 Processo de conhecimento (ou de cognição): busca-se uma sentença de mérito
(satisfação teórica).
A vontade do autor vai delinear se a ação é:
- Meramente declaratória: (Declaração) quando o autor quiser somente uma
declaração do judiciário sobre a existência, inexistência ou modo de ser de uma
relação jurídica, ou da veracidade ou falsidade de um documento. (o judiciário
não vai criar nada, na declaração ele irá observar o que o autor tem). Ex Tunc.
- Condenatória: (Declaração + condenação) o autor quer que o judiciário
condene o réu a alguma coisa.
- Constitutiva: (Declaração) quando o autor quer que o judiciário crie uma
nova situação jurídica. Exemplo: Ação de divórcio. Ex Nunc.
  Processo de Execução: autor busca satisfação prática do direito já satisfeito
teoricamente, ou seja, já foi decidido na ação de consentimento e agora o autor
vai buscar o que foi decidido.
 Processo Cautelar: O processo cautelar é o meio ou a operação pela qual é
pedida a prestação jurisdicional do Estado, a fim de prevenir situações que
podem causar danos à parte já em litígio ou pretendam ingressar em juízo em
defesa de seus direitos.

• Procedimentos:
São componentes de um processo, capazes de deixá-lo mais simples ou até mesmo de
anulá-lo. Para finalizar um processo com sucesso e eficácia, é necessário seguir uma
sequência de ações. Tais ações são justamente os procedimentos.
- Classificação dos procedimentos:
• Procedimento Comum (regra) – É o rito ordinário, aplicável em todos os casos
em que a lei não dispor de maneira diferente.
• Procedimento Especial – São aqueles referentes a processo que seguem um rito
especial, previsto em lei, como por exemplo, na lei de Execução Fiscal etc.
Divide-se em duas:
- De jurisdição voluntária: apenas à administração judicial de interesses privados
não litigiosos.
- De jurisdição contenciosa: se referem à solução de litígios.