Você está na página 1de 6

o colcolAULA DO DIA 07.

08
TENDÃO - CARACTERISTICAS FISIOLOGICAS

● O tendão é composto em 99% por uma fibra proteica de colágeno tipo I, que é muito
resistente, organizada (todas estão paralelo na mesma direção - uniderecional), e
relativamente flexível

● O tendão é uma estrutura fibrosa que liga o ventre muscular ao osso, ou seja, liga o
musculo ao osso.

● Ele tem a função de transmitir força/carga do musculo para osso e vise versa

● Pouco vascularizado no centro (não tem muitos vasos sanguíneos), e mais vascularizado
na periferia e extremidades

● Tem pouca inervação (poucas terminações nervosas), ou seja, não doi e demora a
cicatrizar, não tem muita sensibilidade

● OBS: tendão patelar também chamado de ligamento patelar, liga a patela a tuberosidade
anterior da tíbia, porém na tíbia existe um osso móvel chamado de sessamoide, que fica
localizadado anatomicamente no tendão do quadríceps

● OBS: a inserção do quadríceps é a tuberosidade anterior da tíbia

● OBS: colágeno tipo III é menos flexível e mais desorganizada (presente em ligamentos)

TENDINOPATIAS (patologias do tendão)

OBS: o que diferencia tendinite de tendinose é o grau de inflamação

TENDINITE:
● o sufixo “iti” indica inflamação aguda

● as principais características da inflamação aguda é dor, limitação funcional, edema,


rubor (vermelhidão) e quente/calor (hipertermia) – sinais inflamatórios agudos
● rubor e calor somente em processo de inflamação aguda

● pacientes com tendinite não procuram profissionais assim que surge o problema pq o
tendão não dói, não tem limitação, demora a cicatrizar (então as respostas inflamatórias
dele é menor, com um quadro doloroso que não é intenso)
● Tendinite geralmente é encontrado dentro da pratica esportiva, o hiper uso de um
tendão que não estava devidamente preparado
● OBS: Ex: tendinite patelar, pode doer na entese, chamada de osgood schlatter

TENDINOSE:
● o sufixo “ose” indica inflamação crônica

● principais características da inflamação crônica: dor, edema, limitação funcional

● Quando tem dor e limitação funcional, porem sem apresentar características vermelhas
ou quente (processo inflamatório agudo)
● É mais encontrado em clinicas

OBS: a tendinopatia é difícil de ser tratada pois é uma condição na maioria das vezes
crônica/antiga/degenerativa, pois ela não apresenta sinais inflamatórios agudos ‘visíveis”
OBS: a diferença entre entesite e tenomiosite é a localização onde está inflamado
ENTESITE – quando inflama na inserção:

● Inflamação da junção tendão – osso

● Entese – é o lugar de junção tendão com osso

● Gera uma dor mais cedo do que a tendinose, pois gera uma inflamação no osso

● Periostio – pacien
TENOMIOSITE:

● inflamação na junção tendão-musculo (miotendinea)

● geralmente o musculo supraespinhoso faz muita tenomiosite

PARATENDINITE /TENOSSINOVITE

● pode ser chamado tanto de paratendinite ou tenossinovite (são sinônimos)

● PARATENDINITE - Inflama o tendão e o paratendão (é o que reveste o tendão)

● TENOSSINOVITE- inflama o tendão e sinovial (que é o paratendão)

● Sinovia é muito vascularizada e muito invervada

● Sinovia é o revestimento de alguns tendões como extensores do punho, cabeça longa do


bíceps, polegar)
CICLO DE PROGRESSÃO DA TENDINOPATIA / COMO O PACIENTE FAZ UMA
INFLAMAÇÃO NO TENDÃO (TENDINOPATIA)?
1. Tudo começa com uma sobrecarga no tendão (magnitude, frequência, duração)
2. Resposta tecidual (o tecido está adaptado aquela carga, e ai ele responde a uma
sobrega maior)
3. Sobrecarga adequada (o limite que aquele individuo consegue suportar)
4. Sobrecarga inadequada (ultrapassa os limites que consegue suportar)
5. Susceptibilidade tecidual (quando aplica uma sobrecarga que ultrapassa os limites
daquela pessoa, ela esta suscetível a uma futura lesão)
6. Permanencia da sobrecarga (continuar dando aquela sobrecarga que é inadequada
para aquela pessoa)
7. Lesão por esforço repetitivo (se o paciente procurar um profissional, ele pode intervir,
o tecido volta a responder normalmente, e ai entra com uma nova sobrecarga adequada)
8. Ruptura parcial (porem se não intervir e persistir naquela sobrecarga, pode gerar uma
ruptura do tendão)
9. Secçao total
OBS: sobrecarga é uma coisa boa, desde que bem feita, por exemplo para progredir numa
academia preciso gradativamente colocar uma carga a mais que o meu corpo pode suportar para
ter resultados, sem ultrapassar meus limites, então isso é uma sobrecarga.
- Quando fala de sobrecarga, o tecido está adapatado a uma carga e você coloca uma carga a
mais, então ele responde aquela sobrecarga, seja adequada ou inadequada (inadequada é quando
colocamos uma carga além do que possamos suportar naquele momento)
- Sobrecarga não fala sobre o peso, e sim sobre a magnitude, frequência e duração daquela dessa
sobrecarga

● Magnitude: ex: 5kg, 10 kg, 50kg

● Frequencia: quantas vezes por dia faz aquela sobrecarga

● Duração: por quanto tempo, repetição, horas faz aquela sobrecarga

- A sobrecarga é considerada “inadequada” de acordo com o limite e condicionamento físico de


cada pessoa
- Para intervir e diminuir a sobrecarga geralmente é recomendado repouso relativo ao paciente e
aumento da condição física (diminui a demanda / aumenta a oferta do paciente), ou seja, faço
com que meu paciente seja mais tolerante aquela sobrecarga
TEORIA DO ICEBERG

● Explicação pq o paciente demora para reclamar de dor no tendão, e quando nota vê que
está com uma lesão muito avançada
● A teoria explica que a dor, a limitação funcional que seu paciente apresenta é só a ponta
do iceberg, ou seja, os sintomas é só uma pequena parte daquele problema
● Já a parte maior do iceberg existe uma alteração enorme dentro daquele tendão

● O iceberg dividido em 4 linhas de baixo pra cima,

● O paciente está na linha 4 (base do iceberg), fazendo uma academia por exemplo, que
gera adaptações fisiológicas no organismo daquela pessoa
● Na linha 3, é chamado de sobrecarga relativa, ou seja, cada dia aquela pessoa coloca
mais peso no treino, ou fazendo mais vezes com menos tempo de descanso, essa
sobrecarga relativa, gera microrupturas no musculo e no tendão (o corpo ainda
consegue dá conta, que inclusive é um dos mecanismos da hipertrofia)
● Na linha 2: (neoangiogenesis é a criação de novos vasos pequenos) – o tendão que não
era muito vascularizado, começa a criar novos vasos sanguíneos, e o que era vasos
sanguíneos organizados, vira uma bagunça (isso já é um problema, pois se tenho vários
sanguíneos, eu tenho uma resposta inflamatória maior), além de proliferação de nervos.
GERA UMA: Inflamação neurogênica: um tendão que começa a inflamar, e gerar
dor.
● Na linha 1 (ponta do iceberg), dor (quando o paciente tem tendinite e começa a
reclamar de dor, pois pra o tendão começar a doer, é pq ele já produziu muitos vasos
sanguíneos e terminações nervosas)
Um tendão lesionado/rompido, o corpo passa a produzir colágeno tipo III desorganizado
Um tendão saudável é colágeno tipo I em paralelo
FATORES DE RISCO – modo geral é tudo que aumenta a sobrecarga do tendão

● Acumulo de gordura corporal (aumenta risco de tendinopatias, aumenta a sobrecarga)

● Alterações biomecânicas, anatômicas e alinhamento (ex: pessoa com pé cavo, não é


um problema, porém é um fator de risco para tendinite do tibial posterior, o mesmo
segura o arco plantar, e quando ele “desaba” aumenta sobrecarrega do tendão)
● Baixa flexibilidade e força muscular (o musculo fica encurtado, mais rígido, ou seja
ele é menos forte/perde a capacidade de se contrair) – quando musculo perde força, ele
gera uma sobrecarga no tendão
● Questões esportivas (ex: quem corre com a ponta do pé aumenta a sobrecarga no
flexor dos dedos e no tendão do calcâneo)

AVALIAÇÃO
Como se avalia uma tendinite/tendinopatia?

● Exame de imagem é importante para dá o diagnóstico da lesão, porém não é


necessário, pois ele não determina a função do paciente (ultrassom e ressonância –
exames de partes moles- avalia espessura do tendão, grau de ruptura, e acumulo de
liquido – existe alguns parâmetros que consegue diferenciar uma tendinite nova
(aguda), ou antiga (cronica)
● Teste de sobrecarga do tendão, existe vários tipos de teste especifico para cada
tendão, porém em geral é – palpar/apertar o tendão enquanto o paciente faz força
contrária, se aumentar/gerar dor, é pq o teste deu positivo
ABORDAGEM TERAPEUTICA GERAL
Coisas que não devo fazer

● Não machucar o paciente


● Não fazer condutas que não sabe, e não testar condutas novas no paciente

SEGUNDO Dr. Jill L. Cook – 10 condutas que não devo fazer

● Não repouse completamente

● Cuidado com exercícios incorretos

● Evite tratamentos passivos

● Evite tratamentos invasivos

● Não ignore a dor

● Não alonge

● Evite massagem transvessa*

● Não use exame de imagem como diagnostico, prognostico ou norteador de tratamento

● Não se preocupe com a ruptura

● Sem pressa

ABORDAGEM GERAL

● Manter mobilidade do tendão

● Exercícios excêntricos

● Controle de carga

● LASER

Você também pode gostar