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Brincadeiras e Jogos No Ensino Do Indivi
Brincadeiras e Jogos No Ensino Do Indivi
Brincadeiras e Jogos No Ensino Do Indivi
3 - 2008
Resumo: O texto tece relexões e faz uma breve revisão da literatura acerca da
importância do uso de brincadeiras e jogos como ferramentas instrucionais e
pedagógicas, especialmente para o indivíduo com necessidades educacionais
especiais. Busca-se enfatizar que eles divertem enquanto motivam, facilitam o
aprendizado e exercitam as funções mentais e intelectuais do indivíduo. Além de
relatar-se a participação da atividade lúdica no desenvolvimento global da criança,
são discutidos o papel do mediador, sua relação com a educação e inalmente, com
a educação especial.
1. INTRODUÇÃO
5* Alunas do Programa de Pós Graduação em Educação Especial da Universidade Federal de São Carlos, São
Carlos-SP. ** Professora do Instituto Superior de Educação Ibituruna – ISEIB e da Universidade Estadual de
Montes Claros – Unimontes.
2. DESENVOLVIMENTO DA TEMÁTICA
Para atingir esse objetivo, Montessori necessitou pesquisar uma série de recursos e
projetou diversos materiais didáticos para possibilitar a aplicação do método. Durante
muito tempo confundiu-se “ensinar” com “transmitir” e, nesse contexto, o aluno era
um agente passivo da aprendizagem e o professor um transmissor. A idéia de um
ensino despertado pelo interesse do aluno acabou transformando o sentido do que se
entende por material pedagógico. Seu interesse passou a ser a força que comanda o
processo da aprendizagem, suas experiências e descobertas, o motor de seu progresso
e o professor um gerador de situações estimuladoras e eicazes. É nesse contexto que
o jogo ganha um espaço como ferramenta ideal da aprendizagem, na medida em que
propõe estímulo ao interesse do aluno.
Atualmente, observa Kishimoto (1999), o brincar está presente na escola
ora com um signiicado extremamente diretivo, eliminando a liberdade que faz parte
do processo lúdico, ora de uma forma aleatória, improvisada, sem a preocupação
dos educadores, no sentido de compreender que nesse brincar há necessidade de
objetos, de parcerias e de conteúdos, o que leva a uma atividade descomprometida
do desenvolvimento da criança e, portanto, da sua aprendizagem. Por outro lado, ao
se entender o brincar como um processo facilitador tanto do desenvolvimento infantil
como da construção do conhecimento da criança, a escola deve se preparar para criar
espaços de brincadeira, onde os objetos, os brinquedos, os materiais, as informações
e as regras do brincar devem fazer parte da formação do proissional, de forma a
capacitá-lo na utilização de tal recurso como instrumento de desenvolvimento da
criança. Borba (2006) pergunta-se porque, “à medida que avançam os segmentos
escolares, se reduzem os espaços e tempos do brincar e as crianças vão deixando de
ser crianças para serem alunos” (p. 33) e airma que a brincadeira,
sejam os menos disponíveis. Por sua vez, os jogos de regras muitas vezes não
são utilizados, possivelmente pelo alto grau de comprometimento de algumas
crianças, o que impossibilita a utilização de jogos mais elaborados, e pelo fato
de muitos materiais apresentarem defeitos ou falta de peças, inviabilizando seu
uso. Ainda que a utilização dos materiais dependa de fatores como a idade da
criança, o grau de comprometimento causado pela deiciência, o planejamento de
ensino, entre outros, esses dados são representativos porque esses materiais estão
relacionados à educação infantil, de escolas regulares ou especiais.
SILVA (2004) também mostrou em seu estudo que diferentemente do que
parece ocorrer nas escolas infantis regulares, as professoras das escolas especiais
intervinham e incentivavam mais o brincar das crianças nas atividades de parque
ou inseriam mais elementos pedagógicos nessas brincadeiras, como na aquisição
de conteúdos especíicos e na promoção da sociabilidade e de habilidades motoras
das crianças. Encontrou-se pouca variedade de brinquedos, principalmente para
fantasia e dramatizações, derivados de desenho animado, etc., aparecendo com
uma variedade maior e utilização mais freqüente nos estudos que retratam escolas
regulares. Da mesma forma, os jogos de regras, ainda que disponíveis no mesmo
nível ou em níveis superiores são utilizados com crianças deicientes mentais
dependendo de suas capacidades e limitações (SILVA, 2004).
Nesse sentido, PINTO E GÓES (2006) analisaram a relação entre
os modos de mediação por outros (adulto ou parceiro) e o funcionamento
imaginativo no jogo imaginário de crianças atendidas numa instituição especial
para alunos com deiciência mental. Notaram que várias das crianças começavam
brincadeiras solitárias, realizando seqüências imaginativas restritas, com poucas
ações e dependiam da pesquisadora para desdobrar e ampliar os acontecimentos
encenados, fazer ou atender a convites de brincadeira em parceria e ampliar os
diálogos quando a brincadeira estava em andamento. Além disso, devido ao
desenvolvimento bastante comprometido do grupo, as crianças não apresentavam
fácil disposição para imaginar, criar situações iccionais e organizar brincadeiras,
necessitando de mediações para se engajarem em jogos mais elaborados, o que nos
leva a concluir sobre a necessidade de um trabalho educativo que se comprometa a
promover o brincar.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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2004.
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1999.
LEIF, J; BRUNELLE, L. O jogo pelo jogo. Rio de Janeiro: Zahar, 1978
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PINTO, G. U. & GÓES, M. G. Deiciência mental, imaginação e mediação
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Recentes (p. 91-99). São Carlos, SP: EdUFSCar, 2004.
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