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capiruto 1 Linguistica Textual e Andlise do Discurso Francisco Alves Filho nda do Pa PP Consideragées iniciais Neste ap, fizemos vir dacustes acerca dante els ene Linguistica de Texto eAnlise do Discus, proeurandovishmbra aspetos «que do onto de vista tedcoeaalico, proximan-ns eas dtc, Jogando uz sobre as elages deinterdependénca etre smb, mas amb sobre os graus de indterminagto ene exo e discura,Tetunda da conta ‘estes objtivos, famosa dscussio mais istament ceca ds nodes de texto e disco, da questo da signitcago ds referencia, dos debts sobre pero de texto e nero do isurso edo problems da atria, Hoje rece mio rear dvidas sobre a eal necesidade de have na ciénia de linguagem epeciicamente volta pur estadaro texto, dado sree forma «specifica de manifesta da linguagem. Como preencimos tos os di falamos através de textos: saberos o que ot ous pensam e defend por intrmédo de textos eso astextos qu cont indie bastante elevates ara compreendermos fendmenoscogivos, dicursivos esis desves xn poss vids, Eni, testo constnem os dos imediaos, do poo ‘Ge vita roioiatricionl da exitncia do funcionamento de linguagem t intragi humana Condo, conquant ej fii econecer 0 extos na ‘idacoiians, tomes un enpreitads extemamente compleaconceitos teovcamen desde o venta da informa eda interns, dlinit-os mpiicamente Neste sentido os exis se parece com o temp, naquilo gue sobre ee dss Jonge Las Borges (1999) to fic dese resomecido { expetenciado, tas de to dill coneiao. Ces dest dieuldade Terie, temarmos aul aboraralgumss de suas cause iplicages 1. Linguistica de Texto e Andlise do Discurso: to perto € tdo longe uma da outra Sto muita as igi soins, humans Lingsieas qu, desde 1960, tm daicad steno wo text, fla ew dscurso. No campo dos estos (Gs linguagem, tos, dente outs, Sciolingulstia, a Pragmtica, a Lin. iuisti de Texto, «Andis da Conversaio » Anise do Discurso. ‘Neste panorama ger aha Linguist de Texto (oravante LT) como 4 Anatine do Discurso (Joravante AD) emerge, em fs dos anos 1960, 90 fmterior de um emo paradigm ger dos estos da finguagem, 0 qual critcavae reflava a gramiin tansformaional eas anilises extras {formas desconextuaiznas (van Di, 1985). Nesta époea, também ma Sociologia, madangs de paradigmaseslavam ocorend, que expla 0 interesse desta ciéncia por anaisar«convesato cotiinae otras Fras fe didlog natural vn Dijk 19858). De ilo, tanto & AD como a LT mungavam o interes por expicar, erbora cm fngio de objetivos © pereusos melodligios diferente, aestutrs do uso real da nguagem (© ‘io mais ests abate). LT clege como objeto de esto 0 txt, (Staci serena enquanto AD opto peo discs, ox qs foram conceituads, a0 menos Iinilmente,reakando-se suse difeengas ¢desontnidade, ‘Van Dik (19858) relmbea que retrca (x qulserve de efertcia pr mbas corres), has de dos mil aos, havi tabalado com ‘0 disurs abserando sus efi em stages de comunicato social, 0 ue fo etomado nas déadas de 1960 © 1970, com novos enfoqus, pela LTeAD. Entretalo, nests dans aovesperspectivas, 0 que ¢imperante & ue 0 disurso “past ser visto no somente emo un objeto verbal, ms, essoncaimente, como uma forma de interaeo soia” (van Dik, 19856, . 2.3). Ou soja, LT ea AD também eomangam 0 objetivo de invesigar process res envolvidos na produ e reeepo de textos e discs, em ver de s tera andes abstatas de fragments de Hnguager. Amos Fecusam-se veementemente a analistfates ¢ omgies atts, descon- textalizadase sm autor, o que no deta de ser uma resposta ertca ‘sontundenements fits por Bakhtin oloshino (1997 [1929/1980) A visto ‘bjetvsts asta da lingutica etal das primeira dents do seulo [XX Pars akbin/Volosbioy,o esttualismo lngustco da epoca tna ‘legido como objeto de estudo os enuncndos monofnieos, abstratamente inoados das unidades reais da comunicao aunts, em contraposisio ‘08 gins © Ciculo de akin passou «postu oextudo dos enuncados polifinins, ais siuados historicament forgoso rocobecer que tno a LT como a AD sto empreenientos snalica bastante completes plo fat doenvovorem mtodos de anise de fentuenosvineulados, um s6 emp ingugem, intro, scicdade, ‘cult coi, it 6 caractarizam-scomoempreendmetos prog ‘maticamenteemetdologicamentcraiscipinares, So ds coments que em lag alguns aspects (a exemplo da sigiieago eda concep de ‘ingu) garda signieatvas aproximags,enguant em reagao a ouos| conceit (suet, histva, inteneo) evidenciam clarosdistinciamentos -Mainguenen (198, p12), glad de uns poarzao entre forma econ two, defede dai radical e confituos da linguagem, 2 um sé po ‘tgramente forma ietgralment atraessade pelos bats subjctivose cits, Ou si, oposiio forma versus subjtividadee a opsico forma ‘versus eontexto socal so, para ele, flss opesies tendo em vist qu, rime, posse aver subjtividade sm sua materiaizago em sgnos «segundo, os eontexto oc, o menos em parte, sBoconstuids eom 0 recurs formas de inguagem. COs embutessbjetivose soins menconaos por Maingueneay ceri mente pont para ferns de foc ee as ds cortents, ji que & [ET nfo tem manifestad, polo mens al presente moment, interes por natin eexplicaras contends de setido oorids no interior das form Ges iscurivas. Ao contri, tale se posse dizer que a LT s pols mas Emconsenss existent ete oe flats, sobretudo quando visa amas as {stains de comprosnst d texts. ques consenso so fndamentas pura se perceber coahesimento enielapdico wsado com background os processos de compreenso. Iso pode ser visto em mits ds aniises| Teta, no Brsi por Koch (1997, 2002, 2008) e Marewsehi (1983, 198, 2009). Neste abalos os dis ores expiants das estas de ‘compreeasio produto de texto recomendo a sabereslngamente compar Uillados em ces ulus, Taser se possa dizer qu, em relago est aspect, LT vite explieagdes mais universaizants, de modo ada cons ‘de procesnscoghiivsacionadosrecartentemente por prdulore tors de fextos em diveras stages. Pca # AD, um das estes contri saber como as formagbes o> cine dncrsvus determina o discuss dos sues 0 que vemos em chou (1990), a0 defender que of elementos estrus das conte de produ do dscurso na so categoria aut6aomas e extrores ao discus, ‘Ao conti, pra Péshos less todos determinados nae pela esta ‘de uma frmaso soe e repesenados nos eocessosdscursivos em que ‘so colocados em jo, Em tis prozssos disersivs fiona uma série ‘de faragtes imagine — por resltanes de processs discursivs an tevores— ue dsignam gar qu os flantes Ae Bs atibuem cada um {sie so out, bet como 0 modo como imagisam o eferete de wn € de tir, Péchour spe aida una uneipag das repesentaes do receptor, te modo que eadn loco representa paras as representa do out & ‘oe-vera, No jogo de fog entre os clmenos extras, o aur ress ‘que oclmeto dominane no & de todo prevsvel, mas sole deslocamentos vatagbes em ed dtc, Como vemos, paa'a AD, como pensada por corusearoxr » Pécheut, 8 sujeitos do dtcuso lida inensrente com frmagies imt- ldras tanto sobre si mesmo como sobre 0 cute, endo estas formajtes _estadas no interior do discus. 2. Anogdo de texto Em fing de serum objeto de esi exrenamente complexe texto ‘em sido concinado de diferentes mados,conforme sea concep de se prodominane, Durante muito tmpo, a ebogue das visiesestrturaliss de ings, text er visto como una ext oral demareada poe elementos denature quaseesviament ingustica. Tratava-se de uma vs imine tite que supunha sero texto uma ida fechads,quas atosutcient, conten todos os elementos geadores de sntida, Como a Linguist de ‘Texto mostra tempos depois, neu fx éalossifientee complet: trade pate do seu seni deponde de conhecimentes de mundo sequer ‘mencionados na superticie textual, Como surpment da rain goativa, se chopouaconcehe 8 tx- tos em tennos gets, sypond-se que coreatament As fase, a8 quis on sedis em terms de boa em forma também ose psivel revere defini as bows condigges deforms de texts. Acreditava-se er Posiveldescrever um conjunto de regras gertvas que pudessem exlicar 2 gdneses dos textos. Condo, logo vei toon que os texts no so ma mor exteso, um plano tas longo ds Senengas, ou ej, os fextos no Poser naturezaexsenciaiments since, mas exsencialmenteprgmitice «© cogntva. Felimeneeacetdament,oprojto inl de pensar o texto ‘como uma ealidade transite fi logo posto de lado. De ito, como Fiero ‘© Koch (1993, p. 12) explisam,o pricipios das gransias das ses nto Prim dar conta de fentmenoscaracoritcament tetiis como eee- Ferécia, a pronominalzao, a sleeo de artigos (definidoouindefnido), a ‘orem das palavas no enunciado, a rela tpico-comentri, »enoago, ‘oligo ere senengas no ligadas por conjunBes, »concordncia dos tempos verbs © de wiios outs aspectos que 86 padem se expicados| . Aces em: 26 ma, 2012 ____ Scan é eu pli por uma concep din de etre Ligue (isco, beg, 1,8. 207-26 jn, 20. BAKHTIN, MVOLOSHINOY. Marxism e lord guagon. So Plo: ‘ArmiBlanete, 197 (19291950), [BAKITIN, M, Os gn o dicuso I: Buti do cop er So a Maris Roses, 1979 (1953) BEAUGRANDE, R de. 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