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TEXTO PRINCIPAL

"Porque tudo que dantes foi


escrito para nosso ensino foi
escrito, para que, pela paciência e
consolação das Escrituras,
tenhamos esperança." (Rm 15.4)
RESUMO DA LIÇÃO
Na Bíblia encontramos a
revelação de Deus para toda
a humanidade e a salvação
em Cristo Jesus.
2 TIMÓTEO 3.14-17
O comentarista da lição, pastor
Eduardo Leonardo Alves nos
fornece o seguinte para
entendermos o tema dessa
lição:
I) COMPREENDER que a Bíblia é a inerrante
Palavra de Deus;
II) EXPLICAR que a Bíblia é um Livro inspirado
pelo Espírito Santo;

III) DESTACAR a atualidade da Bíblia.


INTRODUÇÃO
A Bíblia não tem a intenção de provar ao homem
que ela é a inerrante Palavra de Deus, pois ela é.
Muitos acreditam que as Escrituras não têm
explicação para muitas questões da atualidade,
mas isso é um equívoco.
No Livro de Deus,
encontramos, sim, respostas
fundamentais a respeito do
homem de todos os tempos,
como por exemplo, a
questão do pecado, do mal e
da salvação.
Paulo disse a Timóteo que desde criança, ele
conhecia as Escrituras Sagradas, e que as
Sagradas Letras o tornariam sábio para
compreender e receber a salvação, pela fé em
Jesus (2 Tm 3.14). Nesta lição, veremos a
inspiração, a necessidade de interpretação e a
atualidade das Escrituras Sagradas.
BÍBLIA:
A INERRANTE
PALAVRA DE DEUS
1- A SUA
AUTORIA.
A Bíblia não chegou até nós por meio de um "e-
mail”, ou uma "mensagem nas redes sociais”.
Também não caiu do céu e nem foi encontrada
pronta em algum lugar místico ou secreto. Os
autores bíblicos, inspirados pelo Espírito Santo,
revelam a sua origem: “Porque a profecia nunca
foi produzida por vontade de homem algum, mas
os homens santos de Deus falaram inspirados
pelo Espírito Santo (2 Pe 1.21).
Foram homens que escreveram, mas eles foram
inspirados pelo Espírito Santo. Logo, o que
escreveram é a Palavra de Deus. O Senhor usou
aproximadamente 40 autores, de lugares
diferentes, com formações diversas que, por
vários séculos (aproximadamente 1600 anos),
produziram os textos sagrados.
LIÇÃO PRINCIPAL
A Bíblia não surgiu por meios modernos de
comunicação, nem caiu do céu; ela foi escrita
ao longo de séculos por aproximadamente 40
autores diferentes, inspirados pelo Espírito
Santo. Estes homens, de origens e formações
diversas, registraram a Palavra de Deus ao
longo de cerca de 1600 anos.
2. SUA ESTRUTURA.
É uma coleção de 66 livros. Alguns textos têm
mais de 3000 anos. Os escritos mais recentes têm
aproximadamente 1930 anos. A Bíblia foi escrita
em três línguas diferentes: o Antigo Testamento
em hebraico, somente partes pequenas foram
escritas em aramaico (nos livros de Esdras,
Jeremias e Daniel): o Novo Testamento, foi escrito
em grego.
Mas a Bíblia e tão divina que encontramos nela
uma unidade: um livro completa o outro.
A temática principal é a redenção oferecida ao
pecador mediante Jesus Cristo.
A Bíblia pode ser dividida em quatro pilares:
Criação, queda, redenção e consumação. Dessa
forma a revelação de Deus que é a história da
salvação tem início, meio e fim.
A Bíblia é o livro mais vendido e mais divulgado
no mundo e já foi traduzida para mais de 366
línguas.
LIÇÃO PRINCIPAL
A Bíblia, composta por 66 livros escritos ao
longo de séculos, em hebraico, aramaico e
grego, possui uma unidade temática central: a
redenção por meio de Jesus Cristo. É o livro
mais vendido e traduzido para mais de 366
línguas, com ampla divulgação global.
3. A SUA
MENSAGEM.
Encontramos nas Escrituras vários temas,
entretanto podemos afirmar que a mensagem
central é a história da salvação. A narrativa da
salvação é vista tanto no Antigo quanto no Novo
Testamento. É importante ressaltar que a missiva
da salvação tem três elementos comuns:
Jesus, aquele que
traz a salvação;
o meio de
salvação;
e os herdeiros
da salvação.
Tanto no Antigo Testamento quanto no Novo
encontramos a história do concerto de Deus com
o homem pecador.
LIÇÃO PRINCIPAL
A mensagem central das Escrituras é a
história da salvação, presente tanto no
Antigo quanto no Novo Testamento, com
Jesus como o redentor, o meio de salvação
e os herdeiros da salvação, destacando o
concerto de Deus com a humanidade
pecadora.
UM LIVRO
INSPIRADO PELO
ESPÍRITO SANTO
1. O QUE É
INSPIRAÇÃO?
Deus usou pessoas falíveis como nós para escrever
o seu Livro, que é o único capaz de transformar o
ser humano por inteiro. Esses homens escreveram
segundo a orientação do Espírito Santo. Sim, nós
cremos na inspiração plenária das Escrituras, ou
seja, as palavras usadas pelos autores, assim como
a forma gramatical, foram inspiradas e dirigidas
pelo Espírito Santo.
É importante ressaltar que a palavra “inspiração”
vem do latim e é a tradução do termo grego
theópneustos de acordo com 2 Timóteo 3.16. O
termo grego theópneustos utilizado por Paulo ao
escrever a Timóteo, significa respirado por Deus
para fora em vez de para dentro — divinamente
expirado, em vez de inspirado.
A inspiração dos escritores é o “ato de respirar o
sopro de Deus”. A inspiração é dos escritores, não
de Deus. Deus é o agente ativo, “aquele que
sopra”, e o escritor sagrado, o agente passivo,
“aquele que respira esse sopro”.
Definição Teológica de Inspiração: Não podemos
confundir revelação com inspiração. Enquanto a
revelação é o ato pelo qual Deus torna-se
conhecido pelos homens, a inspiração diz respeito
ao modo como os homens recebem e transmitem
essa revelação.
Algumas definições importantes que devemos
aprender
Revelação - É à origem da verdade e à sua
transmissão;
Inspiração – É a recepção e o registro da verdade
concedida aos escritores;
Iluminação - Ela ocupa-se da posterior assimilação e
compreensão da verdade revelada.
É bom notarmos que a inspiração que traz a
revelação escrita aos homens não traz em si
mesma garantia alguma de que os homens a
entendam. É necessário que haja iluminação do
coração e da mente (2 Co 4.6; Lc 24.13-45).
LIÇÃO PRINCIPAL
A etimologia de "inspiração" como "divinamente
expirado" destaca a origem divina das Escrituras.
Isso enfatiza que Deus, por meio do Espírito
Santo, soprou sua revelação através dos
escritores humanos, tornando as Escrituras
infalíveis e autoritativas.
2. INSPIRAÇÃO
VERBAL E PLENÁRIA.
A expressão “inspiração verbal" precisa ser
cuidadosamente compreendida, o que leva muitos
cristãos a preferem o termo “inspiração plenária”.
A inspiração verbal não significa um ditado
mecânico, como se os escritores fossem
instrumentos meramente passivos: ditar não é
inspirar.
A inspiração verbal estabelece até que ponto vai
a inspiração, estendendo-se tanto à forma como à
substância. Diz-nos o “que é”, e não “como é”, não
nos sendo explicado o método da operação do
Espírito Santo, mas somente nos é dado conhecer
o resultado.
Já que estamos estudando sobre a fé, aqui está
uma questão que depende de crermos e não
contestarmos. O Senhor inspirou e pronto.
Deus fez uso das características naturais de cada
escritor, e por um ato especial do Espírito Santo,
habilitou-os a comunicar ao homem, por meio da
escrita, a sua divina vontade. Observa-se esta
associação do divino e do humano nas passagens
de Mateus 1.22; 2.15: Lucas 1.1-4: Atos 1.16:3.18.
O Espírito Santo guiou e orientou cada escritor.
Ainda que não saibamos explicar com detalhes
como se deu tal operação, conhecemos os seus
resultados.
Se no profeta Isaías deparamo-nos com um estilo
sublime e clássico, em Amós encontramos uma
prosa simples e humilde, como os campos
palmilhados pelo mensageiro campesino.
E, se em Paulo encontramos um grego polido, em
Marcos encontramos um grego humilde como
humilde era o seu autor. Contudo, tanto nos
primeiros como nos segundos, não podemos
negar a exatidão e a ortodoxia da inspirada
Palavra de Deus.
Explicar como Deus agiu no homem, isso é difícil!
Se no ser humano, o entrosamento do espírito
com o corpo é um mistério inexplicável para os
mais sábios, imagine-se o entrosamento do
Espírito de Deus com o espírito do homem! O que
sabemos é que quando aceitamos a Jesus corno
Salvador, aceitamos também a Palavra Escrita
como a revelação de Deus.
Se aceitamos a Ele, aceitamos também a sua
Palavra. A inspiração plenária cessou ao ser
escrito o último livro do Novo Testamento. Depois
disso, nem os mesmos escritores, nem qualquer
outro servo de Deus pode ser chamado inspirado
no mesmo sentido.
LIÇÃO PRINCIPAL
A inspiração verbal das Escrituras significa que
cada palavra foi divinamente guiada, envolvendo
forma e conteúdo. Deus usou escritores
humanos, respeitando suas características, mas
influenciando-os sobrenaturalmente. Apesar de
não entendermos completamente o processo,
vemos sua validade nos resultados nas
Escrituras.
3. A NECESSIDADE DE
INTERPRETAÇÃO.
Há pessoas, sobretudo as que buscam desacreditar
a fé cristã, que citam textos fora de contextos,
utilizando interpretações particulares. É
fundamental ter consciência de que as Escrituras
só podem ser explicadas pelas Escrituras. O texto
bíblico deve ser interpretado de maneira correta e,
para que isso ocorra, precisamos conhecer a
hermenêutica bíblica.
Ela é a disciplina teológica que estuda os
princípios de interpretação da Bíblia. Uma
saudável interpretação bíblica deve levar em conta
a fidelidade do texto bíblico, a intenção do autor
sagrado e sua aplicação Cristocêntrica.
Por fim, quero encerrar esse ponto -
A necessidade de interpretação, enfatizando que
o método mais tradicional para o estudo da
Bíblia, no entanto, tem sido o de analisar o
significado como algo controlado pelo autor. De
acordo com esse ponto de vista, o significado é
aquele que o escritor, conscientemente, quis dizer
ao produzir o texto.
Dessa maneira, a epístola aos romanos deve ser
interpretada à luz do que Paulo quis passar aos
seus leitores quando escreveu – se estivesse vivo,
bastaria que nos dissesse o que desejava
transmitir. O significado, portanto, é exatamente o
que o apóstolo considerava como tal.
É por isso que precisamos das regras de
interpretação (Hermenêutica) e da Exegese, que é
usar essas regras para descobrir o quis o autor
dizer quando escreveu o texto.
LIÇÃO PRINCIPAL

Entender a hermenêutica bíblica é essencial


para interpretar as Escrituras com precisão,
evitando distorções e interpretações
equivocadas. Isso promove uma
compreensão mais profunda e precisa da
mensagem divina.
A ATUALIDADE
DA BÍBLIA
1. QUESTÕES
ÉTICAS E MORAIS.
Mesmo se tratando de um texto antiguíssimo, a
Bíblia é atual e tem as respostas de que
precisamos para muitas questões éticas e morais
do nosso tempo, como por exemplo: o aborto, a
eutanásia, as questões de gênero etc.
A questão que regularmente é apresentada por
algumas pessoas em relação a atualização das
Escrituras é o fato de que, segundo estes, na
atualidade algumas doutrinas bíblicas não cabem
mais na vida do homem. Tal questão é uma das
muitas falácias do Inimigo.
Para o cristão, o texto bíblico é atemporal e os seus
preceitos são para as pessoas de todas as culturas
e raças. O que os escritores bíblicos ensinaram não
era uma mera tradição cultural, mas foram
palavras inspiradas por Deus.
Na atualidade, muitos jovens, ao entrarem nas
universidades, são tentados a descartar os ensinos
morais e éticos das Escrituras Sagradas, pois
passam a acreditar, erroneamente, que alguns
textos não passam de superstições e crendices
culturais.
LIÇÃO PRINCIPAL
Compreender as Escrituras exige
hermenêutica adequada e respeito à sua
relevância atemporal, proporcionando
orientação moral e ética para todas as
gerações. A Bíblia é um guia eterno, não
sujeito a modismos culturais.
2. OS VÁRIOS
MATERIAIS DA BÍBLIA.
Os autores bíblicos usaram diferentes tipos de
matérias disponíveis no seu tempo para a escrita,
A pedra, de acordo com o texto de Jó 19.23,24, foi
utilizada: “Quem me dera, agora, que as minhas
palavras se escrevessem! Quem me dera que se
gravasse num livro!
E que, com pena de ferro e chumbo, para sempre
fossem esculpidas na rocha!" Os Dez
Mandamentos foram escritos em tábuas de pedra
(Êx 32.16). Conforme Isaías 30.8, foram escritas
em tábua, em tijolo (Ez 4.1), em papiro e em
pergaminhos (2 Tm 4.13).
A Bíblia é atualíssima, e seus ensinos, quando são
observados e praticados, nos preservam de
inúmeras frustrações e muitos tropeços:
"Lâmpada para os meus pés é tua palavra e luz,
para o meu caminho” (Sl 119.105).
LIÇÃO PRINCIPAL
Os materiais usados na escrita bíblica eram
variados, incluindo pedra, tábua, papiro e
pergaminho. A Palavra de Deus é atemporal e
guia nossas vidas. "Lâmpada para os meus pés
é tua palavra e luz, para o meu caminho”
(Sl 119.105).
3. O PODER DA
PALAVRA DE DEUS.
A Bíblia se distingue de todos os demais livros,
pois, segundo o profeta Jeremias, ela é
semelhante ao fogo que purifica, bem como um
martelo que despedaça a penha (Jr 23.20). Ela
tem poder para penetrar e prescrutar o interior do
ser humano (Hb 4.12). Fogo e martelo são dois
elementos que indicam que nada pode impedir o
seu cumprimento (Is 55.11; Jr 5.14).
A Palavra de Deus também é poderosa para
destruir fortalezas espirituais que se levantam
para que não venhamos a compreender as
verdades divinas. Não podemos nos esquecer de
que Jesus, quando tentado pelo Diabo no deserto,
derrotou o Inimigo usando o poder da Palavra.
Jesus conhecia as Escrituras, e frente à tentação,
não hesitou em fazer o uso correto dela.
LIÇÃO PRINCIPAL

A Bíblia é como fogo e martelo, penetrando


o coração humano, quebrando fortalezas
espirituais. Jesus venceu a tentação usando a
Palavra. Conhecê-la é crucial.
CONCLUSÃO
A Bíblia é a inerrante Palavra de
Deus para o ser humano em
todos os tempos. Tudo o que
precisamos saber para obtermos
a salvação já nos foi transmitido
pelas Escrituras Sagradas.
Nada pode ser retirado ou acrescentado da Palavra
de Deus (Ap 22.18,19). Que venhamos ler, meditar
nas Escrituras e principalmente viver seus
ensinamentos, pois Jesus afirmou que aqueles que
ouvem as suas palavras e as praticam são
semelhantes ao homem que construiu a sua casa
sobre a rocha (Mt 7.24-27).
IREMOS ESTUDAR NA

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