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A Terra é divida em camadas até seu interior.

A camada mais externa, chamada de litosfera,


rígida e resistente, é fragmentada em placas que deslizam, colidem, convergem ou se separam
à medida que se movem sobre a astenosfera, camada dúctil do manto que ocorre depois da
litosfera. Novas placas são criadas onde elas se separam, e recicladas onde convergem, em um
processo contínuo de criação e destruição. Os continentes, que estão encravados na litosfera,
migram junto com as placas que estão em movimento. Essa é a teoria da Tectônica de Placas,
que descreve e examina o movimento das placas tectônicas e as forças atuantes entre elas,
através de sua relação com o sistema de convecção do manto.

A distribuição geográfica das principais placas tectônicas é ilustrada na figura 1, e são as


placas: Africana, da Antártida, Arábica, Australiana, dos Cocos, do Caribe, de Scotia,
Eurasiática, Indiana, Juan de Fuca, do Pacífico, das Filipinas, de Nazca, Norte-Americana, e Sul-
Americana.

A constatação da existência das placas tectônicas também trouxe a comprovação que faltava
para a antiga teoria da Deriva Continental, explicando também a distribuição de muitas feições
geológicas de grandes proporções que resultaram do movimento ao longo dos limites de
placas, como cadeias de montanhas, associações de rochas, estruturas do fundo do mar,
vulcões e terremotos.

A hipótese da expansão do assoalho oceânico, por volta dos anos 1950, explicou como os
continentes poderiam separar-se, através da criação de uma nova litosfera pelos riftes
mesoceânicos. As evidências surgiram com as intensas explorações do fundo oceânico, do
mapeamento da Dorsal Meso-Atlântica submarina e a descoberta do vale profundo na forma
de fenda (ou riftes), estendendo-se ao longo do centro do oceano.

O movimento contínuo das correntes de convecção produziria a expansão do assoalho


oceânico, onde a ascensão do material do manto através da dorsal meso-atlântica, ao atingir a
superfície, formaria lateralmente uma nova litosfera, e o fundo oceânico se afastaria da dorsal.

Os limites divergentes são representados pelas dorsais meso-oceânicas, onde as placas se


afastam horizontalmente uma da outra, com formação de nova crosta oceânica. O principal
exemplo deste limite é o Oceano Atlântico, com a Dorsal Meso-Atlântica.

Os limites são convergentes quando as placas colidem, com a mais densa mergulhando sobre a
outra, ocorrendo uma fusão parcial da crosta que mergulhou (a área da placa diminui). Os
limites convergentes podem ser:

Convergência oceano-oceano: se as duas placas envolvidas são oceânicas, uma desce abaixo
da outra em um processo conhecido como subducção. A litosfera oceânica da placa que está
em subducção afunda na astenosfera e é por fim reciclada pelo sistema de convecção do
manto. Este processo produz um limite de placas marcado por uma cadeia de vulcões,
conhecido como “círculo de fogo”ou “arco de ilhas”.

Convergência oceano-continente: se uma placa tem uma borda continental, ela cavalga a placa
oceânica, porque a crosta continental é mais leve e subduz mais facilmente que a crosta
oceânica. A borda continental fica enrugada e soergue num cinturão de montanhas, paralela à
fossa de mar profundo. As enormes forças de colisão e subducção produzem grandes
terremotos ao longo desse limite. A costa oeste da América do Sul, onde a Placa Sul-Americana
colide com a Placa de Nazca (oceânica), é uma zona de subducção desse tipo. A cordilheira dos
Andes eleva-se no lado continental do limite, com vulcões ativos, e terremotos de grande
escala.

Convergência continente-continente: quando duas placas continentais colidem. Nesse limite,


ocorrem terremotos violentos na crosta que está sofrendo enrugamento. O melhor exemplo
para este tipo de convergência é a colisão das placas Indiana e Eurasiática. A Placa Eurasiática
cavalga a Placa Indiana, mas a Índia e a Ásia mantêm-se flutuantes, criando uma espessura
dupla da crosta e formando a cordilheira de montanhas mais alta do mundo, o Himalaia e o
Planalto do Tibete.

O limite transformante ocorre onde as placas deslizam horizontalmente uma em relação à


outra, e a litosfera não é criada nem destruída. Esses limites são causados por falhas
transformantes, que são fraturas ao longo das quais ocorre um deslocamento relativo à
medida que o deslizamento horizontal acontece entre blocos adjacentes. Os limites de falhas
transformantes são tipicamente encontrados ao longo de dorsais mesoceânicas, onde o limite
divergente tem sua continuidade quebrada, sendo deslocado num padrão semelhante a um
escalonamento. Um exemplo de uma falha transformante em continente é a Falha de Santo
André, na Califórnia, onde a Placa Pacífica desliza em relação à Placa Norte-Americana.
Grandes terremotos, como o que destruiu a cidade de San Francisco em 1906, podem ocorrer
nesses limites.

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