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Resumao Historia e Fontes Orais
Resumao Historia e Fontes Orais
Introdução
No campo da História, a escrita da História Oral ainda enfrenta desafios que nos últimos 20 anos
vem sendo enfrentados. Ela possibilita novas formas da prática de pesquisa histórica, o livro é
baseado nessa renovação e no seu destino.
Nesta obra estão reunidos ensaios da produção social da memória em diferentes mídias. Ele aborda
as principais tendências da vídeo-história e enfatiza as diferentes estratégias metodológicas
presentes nas fontes orais e visuais.
Todos os 6 autores foram convidados a refletir os desafios da escrita da História Oral; na obra soma-
se as experiencias ampliando esse tipo de prática historiográfica.
(Marialva Barbosa)
Na História Oral são oferecidas várias possibilidades de entrevistas como a história de vida, história
temática e tradição oral. Já no jornalismo a entrevista pode se categorizar em 4 tipos: informativa,
opinião, perfil e expressa. (pag 17)
A escolha do entrevistado no jornalismo tem a ver com os atrativos dele, a forma que ele vai seduzir
o destinatário. Já no processo da História oral o testemunho tem que estar à par do objeto central
da pesquisa.
A autora conclui que apesar de guiar as entrevistas às testemunhas o resultado sempre será diverso.
Hoje vive-se uma sensação de aceleração do tempo estimulada pelo presente estendido desde o
passado. Isso faz necessário cada vez mais um acervo de memórias. Regime de historicidade
marcado pelo presentismo.
Essa aceleração do tempo cria novos regimes de memória. Para Andreas Huyssen o boom da
memória está ligado as mudanças do mundo contemporâneo, diante dessa situação a memória
torna-se objeto de consumo. Outro novo aspecto é o lugar que a memória ocupa e se materializa, se
dá ênfase ao relato individual alterando os critérios de relevância do passado.
Nas instituições há uma proliferação dos centros de memória, construindo uma identidade
institucional produzindo sua própria legitimação e reafirmando sua identificação. Isso faz parte de
uma estratégia de poder, considerando que o mundo contemporâneo deve associar a memória e a
amnesia em seu contexto cultural.
A lembrança carrega um ato originário positivo, enquanto o esquecimento carrega um ato negativo.
A memória se define como uma luta contra o esquecimento, ainda que ela só exista por conta dele.
No processo memorável o esquecimento pode se dar pela ação de esquecer ou não considerar os
indícios de algo do passado. Há também um esquecimento profundo, que de tanto marcar, volta em
forma de lembrança.
Paul Ricoeur alerta também que a forma coletiva de esquecer pode ser um tipo de abuso da
memória. Ele alerta sobre memórias impedidas, manipuladas, memoria obrigada ou o esquecimento
comandado. (pag 23)
Considerações finais
O objetivo do texto foi mostrar como a entrevista como processo metodológico da História Oral
aproxima-se e se distancia do jornalismo. Mesmo com a distinção do tempo passado e presente-
passado, as duas abordagens constam com o diálogo memorável que faz do testemunho o sujeito do
que diz.
A oralidade, ou seja, a voz que diz tem que ser destacada pois nelas carregam as emoções sentidas.
Isto inclui o ritmo, as pausas, os sons, a respiração, a ação, a explosão e os gestos corporais. A
vocalidade deve ser considerada fundamental para a interpretação e construção de uma narrativa
tanto no jornalismo como na História.