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A Arte Da Liderança - Estadão
A Arte Da Liderança - Estadão
Paulo
Hartung A arte da
Economista,
Presidente- liderança
Executivo Da IBÁ,
Membro do Agenda atual coleciona desafios e
Conselho oportunidades ímpares, demandando o
Consultivo do
protagonismo de líderes estratégicos na
RENOVABR, Foi
Governador Do tarefa de construção de uma nova era
Estado Do Espírito histórica
Santo (2003-
2010/2015-2018) EXCLUSIVO PARA ASSINANTES
3 min de leitura
Preparando o terreno para contar histórias que algumas ajudou a escrever como
agente político, Kissinger dá uma verdadeira aula sobre a liderança, destacando
“coragem e caráter” como “atributos vitais” de um líder, assim como seu papel de
“educador” e também de aprendiz. Não se trata de um livro sobre o passado, mas
sobre o que nos foi legado como patrimônio consistente acerca do papel de
lideranças estratégicas no processo de evolução civilizacional. Dadas as marcas
desafiantes e sísmicas da atualidade, é, pois, leitura mais que atual – obrigatória.
O mundo está numa fronteira atípica. Convulsionado pela emergência climática que
ameaça sua própria viabilidade. Acha-se emaranhado numa ambiguidade tecnológica
que lhe concede reinventar processos produtivos e laços sociais, mas que também
permite ressuscitar monstros do passado extremista. Isso além de somatizar os
abalos nas movimentações do xadrez geopolítico, que muitos insistem em chamar
“desglobalização”, mas que, em verdade, traduzem um reajuste de forças entre os
protagonistas EUA e China, com tremores de eco planetário.
Parte dessa cena global, o Brasil acumula problemas históricos, como pobreza, baixa
qualidade da educação básica e déficits na atenção à saúde, entre outros, além de
precisar complementar o ciclo de reformas que desate as correntes que impedem o
País de realizar seu potencial de desenvolvimento sustentável e prosperidade
compartilhada. Além dos desafios, estamos diante de uma oportunidade inédita, o
florescimento da economia verde como paradigma planetário de produção e
consumo. Aqui, exigem-se lideranças que rompam com a trágica tradição nacional de
desperdiçar oportunidades.
Nesse cenário, é preciso que tenhamos líderes com disposição para o conhecimento,
ânimo para o debate, perspicácia para ler o passado, argúcia para enxergar o
presente e grandeza para vislumbrar o futuro. Há muito o Brasil atravessa um
deserto quanto ao surgimento de líderes que inspirem, pautem e ensejem
vanguardas socioeconômicas e político-culturais. Uma demanda que, se não bastasse
a nossa soma gigantesca de dívidas seculares, é radicalmente potencializada pelo
tsunami multifatorial que redesenha o planeta – aqui e acolá, pois a agenda dos dias
atuais coleciona desafios e oportunidades ímpares, demandando o protagonismo de
líderes estratégicos na tarefa de construção de uma nova era histórica.
*
ECONOMISTA, PRESIDENTE-EXECUTIVO DA IBÁ, MEMBRO DO CONSELHO
CONSULTIVO DO RENOVABR, FOI GOVERNADOR DO ESTADO DO ESPÍRITO
SANTO (2003-2010/2015-2018)
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