Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE

Campus de Marechal Cândido Rondon

Curso de Letras – Português/Alemão/Espanhol/Inglês

Nome: Samara Buhl Gonçalves

Atividade 21/08
Conhecer significa voltar-se para a realidade, apreender o mundo por algo
conhecido, determinar no novo a permanência de algo que já existe ou é reconhecível.
É a partir desses aspectos que diferentes tipos de conhecimento podem ser
distinguidos.
A primeira forma de conhecimento é frequentemente identificada pelos autores como
"senso comum", uma forma de conhecimento adquirida no dia a dia por meio da
experiência. Esse conhecimento é superficial e limitado porque não é eficiente para
definir o conhecimento complexo. É transmitido de geração em geração através da
educação informal baseada na imitação.
Outra forma de conhecimento enfatizada pelos autores é o pensamento religioso,
um dos processos mais antigos e caracterizado por ser valorativo, inspirador,
inverificável, inverificável, incorreto e correto. O saber religioso pressupõe um sujeito
onisciente, a aposta que esse saber coloca nos sujeitos é compreender a verdade
pronta, revelada, reconhecida. Ao mesmo tempo, é um tipo de conhecimento que não
permite verificação por ser transcendental.
Outra forma de conhecimento é a experiência artística. Ao contrário do senso
comum e do conhecimento religioso, a arte consiste em uma forma subjetiva e não
objetiva, ou seja, não propõe verdades exatas, nem propõe explicações universais e
generaliza. É a forma mais consciente de conhecimento que ajuda a construir
manifestações da realidade, afirmações imprecisas. Tem métodos e técnicas, mas por
definição é espontâneo e de mente aberta, foca-se apenas no processo de descoberta
do mundo.
Outros autores costumam destacar ainda uma outra forma de conhecimento, o
filosófico. É caracterizado por ser valorativo, racional, sistemático, não verificável,
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infalível e exato. Trata-se das ideias sobre o mundo, sobre as pessoas, ideias sobre o
viver. Alguns autores ainda identificam a forma de conhecimento distinta das demais, a
ideologia. Forma de conhecimento composta de enunciados que justificam a relação de
poder. É uma dimensão do conhecimento que pode estar presente em todas as outras,
afinal, todas elas podem funcionar como discursos ideológicos em diversos contextos.
O conhecimento científico é considerado uma conquista recente da humanidade,
surgiu no século XVII com a revolução galieana, A ciência grega manteve-se ligada à
filosofia e dela separou-se apenas quando buscou seu próprio caminho. Assim, a
ciência moderna nasce com a identificação de um determinado objeto de estudo e com
o método pelo qual ela controlará esse conhecimento. Cada ciência torna-se uma
ciência específica, dependendo do campo de estudo que segue.
O mundo é construído pela ciência que almeja a objetividade, cujas conclusões
podem ser verificadas por qualquer outro membro da comunidade científica. Segundo
Ponty "A ciência explica o mundo, mas se recusa a residir nele", quanto mais a ciência
expande o conhecimento que temos sobre o mundo, mais diminui nosso conhecimento
por um lado. Consciência, porque o cientista deve eliminar toda experiência pessoal. A
ciência elimina a maioria dos aspectos emocionais e estéticos da natureza.
Contudo, assume-se que a ciência tem uma linguagem rígida, os conceitos são
definidos para evitar ambiguidades. Essa linguagem está se tornando cada vez mais
precisa com a ajuda da matemática, instrumentos de medição (balanças, termômetros,
diâmetros, etc.).
Este poder, seja a serviço do homem ou contra ele, é capaz de incitar reflexões
sobre a conduta moral. Portanto, o trabalho científico não pode ser considerado neutro,
buscando o conhecimento pelo conhecimento. A ciência é influenciada pela política,
porque a ciência tem uma responsabilidade social da qual não pode abdicar.