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Índice

1. Introdução ............................................................................................................................................. 3
1.1 Objectivos ..................................................................................................................................... 3
1. 1.2 Objectivo Geral ....................................................................................................................... 3
2. 1.3 Objectivos Específicos ............................................................................................................ 3
2. Vidros.................................................................................................................................................... 4
2.1 Histórico........................................................................................................................................ 4
2.2 Composição do vidro .................................................................................................................... 5
3. Propriedades do Vidro .......................................................................................................................... 5
3.1 Características do vidro....................................................................................................................... 5
3.1.1 Transparência ........................................................................................................................ 5
3.1.2 Brilho ........................................................................................................................................... 6
3.1.3 Resistência ................................................................................................................................... 6
3.1.4 Durabilidade ................................................................................................................................. 6
3.1.5 Versatilidade ................................................................................................................................ 6
4. Processos de produção .......................................................................................................................... 6
4.1 Seleção de matérias-primas........................................................................................................... 6
4.2 Fundição........................................................................................................................................ 7
4.3 Refinação ...................................................................................................................................... 7
4.4 Moldagem ..................................................................................................................................... 7
4.5 Esfriamento e recozimento............................................................................................................ 8
4.6 Acabamento ........................................................................................................................................ 8
5. Tipos de vidro e suas aplicações ........................................................................................................... 8
5.1 Vidro comum ................................................................................................................................ 8
5.2 Vidro temperado ........................................................................................................................... 9
5.3 Vidro laminado ........................................................................................................................... 10
5.4 Vidro aramado ............................................................................................................................ 10
5.5 Fibra de vidro e lã de vidro ......................................................................................................... 11
6. Tipos de Ensaios dos Vidros ............................................................................................................... 12
6.1 Ensaio de resistência à tração...................................................................................................... 12
6.2 Ensaio de resistência ao impacto ................................................................................................ 12
6.3 Ensaio de Dureza ........................................................................................................................ 12
6.4 Ensaio de transmitância luminosa ............................................................................................... 12
6.5 Ensaio de refletância luminosa ................................................................................................... 13
7. Vantagens e desvantagens do vidro .................................................................................................... 13
7.1 Vantagens.................................................................................................................................... 13
7.2 Desvantagens .............................................................................................................................. 14
8. Reciclagem do vidro ........................................................................................................................... 14
9. Conclusão............................................................................................................................................ 16
10. Referências Bibliográficas .............................................................................................................. 17
1. Introdução

Os vidros são materiais amplamente utilizados em diversos setores da indústria e do cotidiano,


desde embalagens de alimentos até janelas de edifícios. Sua versatilidade, transparência e
resistência têm contribuído para sua extensa aplicação, o que justifica a necessidade de estudos
científicos para aprimorar suas propriedades e o desenvolvimento de novos tipos de vidros. A
composição básica dos vidros consiste em uma mistura de óxidos metálicos, como sílica, alumina,
cálcio e sódio, que são fundidos em altas temperaturas e resfriados rapidamente para evitar a
cristalização. Essa estrutura amorfa confere aos vidros suas características únicas, como
transparência, rigidez e resistência ao choque térmico. A pesquisa científica sobre vidros tem
buscado a compreensão e aperfeiçoamento de suas propriedades, bem como o desenvolvimento de
novos materiais com características superiores. Isso inclui estudos de novas composições,
processos de fabricação, tratamentos térmicos e mecânicos, além da investigação das propriedades
ópticas, elétricas e mecânicas dos vidros.

Neste trabalho, serão abordados os principais tópicos relacionados aos vidros, desde sua história e
evolução até os avanços mais recentes na pesquisa e desenvolvimento desses materiais.

1.1 Objectivos
1. 1.2 Objectivo Geral
➢ Falar do vidro no seu contexto geral, desde a sua evolução histórica, propriedades,
métodos de produção e aplicação dos vidros.
2. 1.3 Objectivos Específicos
➢ Investigar a estrutura molecular e as propriedades físicas dos diferentes tipos de vidros;
➢ Analisar os métodos de fabricação de vidros e identificar como variações nos processos
afetam suas propriedades finais;
➢ Avaliar as aplicações industriais dos vidros;
➢ Falar dos tipos de ensaios feito nos vidros.

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2. Vidros
É uma substância inorgânica, amorfa e física homogênea, com resfriamento da massa em fusão
endurecendo com aumento contínuo a viscosidade até atingir a condição de rigidez, sem sofrer
cristalização (Barsa).

A indústria restringe o conceito vidro ao produto resultante da fusão, pelo calor, de óxidos e seus
derivados e misturas, constituindo principalmente a sílica ou o óxido de silício (UNICAMP).

A unidade estrutural básica da maioria das formas da sílica e dos silicatos é um arranjo tetraédrico
de 4 átomos de oxigênio ao redor de um átomo de silício centralizado, silício tetraédrico, SiO4.
Esse arranjo tetraédrico possibilita a formação de uma rede cristalina tridimensional infinita por
meio do compartilhamento de todos os átomos de oxigênio de um tetraedro com os grupos vizinhos
(KIRK, 1997).

2.1 Histórico

Os materiais vítreos muitas vezes foram completamente despercebidos na natureza em qualquer


circunstância eles estão por perto sendo o mais antigos feito pelo homem, e utilizados no início
dos primeiros registros históricos (ALVES, 2001). Os vidros manufaturados mais antigos de
conhecimento são de 2.500 anos a.C, que foram fabricadas pelos egípcios (VANIN, 2005).

O homem sempre fabricou os vidros, mas temos os vidros naturais fundidos pelas rochas em altas
temperaturas, nos quais são solidificados rapidamente, acontece nas erupções vulcânicas, vidros
assim criados são denominados obsidian e tiktites. (Viegas, 2006). Atualmente, o vidro é um
material amplamente utilizado em diversas áreas, tanto em produtos do cotidiano, como garrafas
e janelas, quanto em aplicações de alta tecnologia, como telas de dispositivos eletrônicos. O vidro
também é reciclável, o que torna um material mais sustentável e amigável ao meio ambiente.

Ao longo da história, o vidro passou por um processo contínuo de aprimoramento, tornando-se um


material cada vez mais versátil, resistente e esteticamente atraente. Sua utilidade e apelo estético
fizeram dele um dos materiais mais essenciais em diversas áreas da sociedade moderna.

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2.2 Composição do vidro

Os vidros são basicamente feitos por areia branca (SiO2), calcário (CaCO3), carbonato de Sodio
(Na2CO3), alumina (Al2O3), corantes que são: óxido de cobalto (azul), óxido de ferro (verde) e
descorantes. As matérias primas que compõem o vidro são os vitrificantes, fundentes e
estabilizantes.

Os vitrificantes são usados para dar maior característica à massa da madeira e são compostos de
anidrido sílico, anidrido bórico e anidrido fosfórico. Os fundentes possuem a finalidade de facilitar
a fusão da massa silícea, e são compostos de óxido de sódio e óxido de potássio. Os estabilizantes
têm a função de impedir que o vidro composto de silício e álcalis seja solúvel, e são: óxido de
cálcio, óxido de magnésio e óxido de zinco. A sílica, matéria prima essencial, apresenta-se sob a
forma de areia, de pedra cinzenta, e encontra-se no leito dos rios e das pedreiras.

3. Propriedades do Vidro

As propriedades dos vidros e outros tipos de materiais dependem das características estruturais,
condicionada pela composição química. As propriedades variam com a composição, relacionada
com a concentração dos componentes podendo interferir em fatos de proporcionalidades, obtidos
para cada óxido e cada propriedade, as faixas de aplicação destas fórmulas aditivas são mais ou
menos restritas, podendo perder sua validade quando muda as composições estruturais no vidro,
ou a interação de seus componentes (Maia, 2003).

3.1 Características do vidro

Os vidros são materiais sólidos amorfos, ou seja, não possuem uma estrutura cristalina definida.
Essa característica confere algumas propriedades interessantes aos vidros, como transparência,
brilho, resistência, durabilidade e versatilidade.

3.1.1 Transparência

Uma das principais características dos vidros é a sua transparência. A maioria dos vidros é
transparente ou translúcida, permitindo a passagem da luz de maneira significativa. Isso torna o
vidro ideal para uso em janelas, lâmpadas, lentes e telas de dispositivos eletrônicos, onde a clareza
óptica é essencial.

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3.1.2 Brilho
O vidro possui um brilho característico, que confere um aspecto estético atraente. Esse brilho é
resultado da superfície lisa e uniforme do vidro, que reflete a luz de forma regular.

3.1.3 Resistência

Embora o vidro seja geralmente frágil e suscetível a quebras quando submetido a impactos fortes,
existem técnicas de fortalecimento do vidro, como a têmpera e a laminação, que o tornam mais
resistente a choques térmicos e mecânicos. Essas técnicas permitem o uso seguro do vidro em
aplicações como para-brisas de carros, painéis de vidro de arranha-céus e recipientes para
alimentos e bebidas.

3.1.4 Durabilidade

O vidro é um material inorgânico que não sofre corrosão na maioria dos ambientes, o que o torna
uma escolha duradoura para muitas aplicações. O vidro também é resistente a manchas, odores e
não absorve substâncias químicas, tornando-o higiênico e fácil de limpar.

3.1.5 Versatilidade

O vidro pode ser moldado em diferentes formas e tamanhos, permitindo a fabricação de uma ampla
variedade de produtos, desde garrafas e copos até estruturas arquitetônicas complexas. Além disso,
o vidro pode ser colorido, serigrafado, gravado a laser e receber revestimentos especiais,
proporcionando uma infinidade de opções de design.

4. Processos de produção
A produção de vidros é um processo que envolve a transformação de matérias-primas em uma
substância amorfa e transparente. Para obter vidros de qualidade, é necessário seguir etapas
precisas:

4.1 Seleção de matérias-primas


A seleção adequada dos materiais é fundamental para a produção de vidros de qualidade. O dióxido
de silício (SiO2) é o principal componente utilizado, que pode ser obtido a partir de areia de
quartzo, calcário, dolomita e carbonato de sódio.

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4.2 Fundição

Este processo ocorre em fornos de alta temperatura, acima de 1500 graus Celcius, onde as
matérias-primas são aquecidas até que a fusão ocorra. Conforme estudado por Pinto et al. (2019),
durante a fundição, ocorrem reações químicas que resultam na formação de um vidro liquido
chamado “banho”. É importante manter o controle da temperatura para evitar a formação de
impurezas indesejadas.

4.3 Refinação

Esta etapa tem como objetivo remover impurezas e bolhas de ar do vidro. De acordo com
Montagna et al(2018), agentes redutores, como sulfato de sódio e nitrato de sódio, são adicionados
ao banho para auxiliar na oxidação de contaminantes. Alem disso, refinadores utilizados para
reduzir a viscosidade do vidro, facilitando sua moldagem.

4.4 Moldagem

Existem várias técnicas de moldagem amplamente utilizadas na indústria do vidro, que incluem a
moldagem por sopro, por prensagem e por flutuação.

➢ Moldagem por sopro- é um dos métodos mais comuns para a fabricação de garrafas, copos
e outros objetos ocos de vidro. Esse processo envolve um párison que é um segmento
tubular de vidro quente, através de uma combinação de sopro e rotação de vidro sobre um
molde. O párison `e colocado em um molde final, onde o ar é soprado através de um tudo
inserido no vidro para expandi-lo ate assumir a forma do molde. Apos o resfriamento, o
molde é aberto e o produto final é removido.
➢ Moldagem por prensagem- é utilizada para a fabricado de pecas planas de vidro, como
para janelas, painéis de divisórias e de vidros para eletrodomésticos. Nesse processo o vidro
é colocado entre dois moldes planos e é aplicada pressão para conformar o vidro a forma
desejada. O vidro é resfriado rapidamente apos a prensagem para evitar distorções. Esse
método permite a produção em massa de vidros planos com precisão dimensional.
➢ Moldagem por flutuação- é utilizada na produção de vidros planos e uniforme, como os
utilizados em janelas de edifícios e telas de dipositivos eletrónicos. Nesse método, o vidro
fundido é derramado sobre uma camada de estanho fundido, espalhando-se e formando
uma camada uniforme. À medida que o vidro esfria ele vai se solidificado e é retirado do

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tanque. Esse processo permite a obtenção de vidros planos e lisos, com superfícies de alta
qualidade.

4.5 Esfriamento e recozimento

Apos a moldagem, o vidro é resfriado gradualmente para evitar tensões internas indesejadas,
processo conhecido como Têmpera. Em seguida, ocorre o recozimento, onde o vidro é aquecido
abaixo de seu ponto de fusão e resfriado novamente. De acordo com Pfaender et al. (2020), o
recozimento melhora a resistência mecânica e a durabilidade do vidro, reduzindo o risco de
fraturas.

4.6 Acabamento

É um processo simples, porem muito importante. São feitos vários acabamentos como
esmerilhamento, polimento, gravação, corrosão acida, jateamento com areia, esmaltagem,
tingimento, pintura com metais preciosos, vidros iridescentes, metalização a vácuo e espelhagem.
Nem todos os tipos de vidros recebem esses acabamentos

5. Tipos de vidro e suas aplicações

Os vidros encontram aplicações nas áreas de embalagens, como utensílios domésticos e nas
indústrias, entre elas, a da construção civil. Ampliam suas aplicações em áreas específicas
quando em forma de lã, manta de vidro ou na mistura com adesivos poliméricos, compondo as
fibras de vidro.

5.1 Vidro comum

O vidro comum, chamado de vidro recozido, é obtido sem nenhum outro tipo de tratamento além
daqueles que fazem parte do seu processo de fabricação. É o vidro usual, utilizado na confeção
de produtos domésticos, e os vidros planos, usados na construção. Esse vidro possui uma
espessura que varia entre 2 e 6 mm e acabamentos que vão desde o tipo liso (transparente) aos
mais variados desenhos de impressão (fantasia). Se quebrado, transforma-se em perigosos
pedaços pontiagudos e lâminas altamente cortantes.

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5.2 Vidro temperado

É o vidro que foi submetido, após a moldagem, a um tratamento térmico chamado têmpera,
tornando-se mais resistente aos choques mecânicos. Neste tratamento são introduzidas tensões
adequadas que o tornam cerca de cinco vezes mais resistentes que os vidros recozidos e, ao partir-
se, desintegra-se em pequenos fragmentos não cortantes e menos perigosos.

Para temperar o vidro, é preciso elevá-lo, após moldado, à temperatura de ±700°C em fornos
próprios (Figura 1) e resfriá-lo rápida e bruscamente por intermédio de um jato de ar frio ou por
imersão da peça em água ou óleo.

Figura 1: Forno de têmpera de vidros Fonte: (http://www.americavidros.net/wp-content/gallery/novoforno/folder-


forno-horizontal300.jpg)

Introduzem-se, então, grandes tensões de compressão na superfície do vidro e, quando a peça


temperada sofre algum impacto, essas tensões se opõem à ação externa dificultando a ruptura da
peça, tornando-a assim, mais resistente. Para parti-lo, o esforço externo deve vencer as tensões
criadas pelo tratamento. Uma vez vencidas, desequilibra-se o conjunto e o vidro se parte por
completo. Vale lembrar que o vidro temperado não pode ser riscado nem furado, sob pena de ser
destruído. Todos os cortes e furos que a peça precisa conter devem ser feitos antes da têmpera.

O vidro temperado é um vidro de segurança utilizado em muitas aplicações como em fachadas de


prédios, portas, vitrines, balcões, tampos de mesa, boxe para banheiros. Os vidros laterais de
automóveis também são temperados e, muitas vezes, ao serem atingidos por uma “pedrinha”,
podem partir-se, caso haja rompimento da “casca protetora” externa criada na têmpera.

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5.3 Vidro laminado

É um vidro formado pela superposição e colagem de duas ou mais placas de vidro liso recozido.
A película aderente é um material polimérico, o polivinilbutiral (PVB), de grande adesividade. A
colagem é feita em autoclave à 180°C e os resultados obtidos indicam o vidro para aplicações de
segurança, como em para-brisas de automóveis. Se houver fratura do vidro, os pedaços ficam
aderidos ao conjunto pela película ou, mesmo havendo a rotura (trinca) de uma das lâminas, a
outra lâmina pode não ser atingida.

Existem ainda os laminados à prova de bala, que são peças compostas de várias lâminas aderidas.
Sua principal característica é a de prender os cacos de vidros após receber o impacto fatal. Entende-
se que a resistência (segurança) do vidro não está em permanecer intacto e sim, em não deixar o
projétil passar. Na construção, a melhor recomendação para este vidro consiste na sua colocação
em caixilhos e não como peças autoportantes.

5.4 Vidro aramado


É um vidro formado por uma única chapa que contém no seu interior fios metálicos incorporados
à massa vítrea, durante a fabricação (Figura 2). A malha é inserida no vidro fundido na saída do
forno, antes de passar pelos rolos laminadores, sendo logo após, conduzida ao recozimento. É um
vidro muito resistente e empregado na construção de pisos, de escadas translúcidas, domos de
iluminação e em coberturas. Se o vidro quebrar, os fios metálicos mantêm presos os estilhaços do
vidro.

Figura 2: Vidro aramado Fonte:( http://www.small.mcler.com.br/uploads/Aramado.jpg)

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5.5 Fibra de vidro e lã de vidro

A fibra de vidro é o material vítreo moldado em fios de grandes comprimentos e pequenos


diâmetros que apresentam notável resistência à tração.

Na fabricação da fibra de vidro são utilizadas bolinhas de gude aquecidas em forno elétrico, cujo
fundo é formado por centenas de minúsculos furos. O material líquido é estirado (puxado) e os
fios resultantes, enrolados em forma de bobinas.

Figura 3: Fibra de vidro (roving) e em manta


Fonte:(http://www.abcol.com.br/imagens/produtos/Manta.jpg)

As lãs de vidro são utilizadas para isolamento térmico, elétrico e acústico. São impermeabilizantes,
desde que não sejam comprimidas, e em função de sua composição química, podem atacar
superfícies metálicas. São, contudo, incombustíveis, resistentes à corrosão, à dissolução e à ação
de óleos. São imputrescíveis e inatacáveis por roedores, porém, é preciso ter cuidado no manuseio,
tanto da lã como das fibras de vidro, pois sendo vidro, são cortantes.

Figura 4: Lã de vidro Fonte: http://refratiba.com.br/produtos_img/la_02.jpg

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6. Tipos de Ensaios dos Vidros

Os ensaios realizados em vidros são essenciais para avaliar suas propriedades físicas, mecânicas e
ópticas, a fim de garantir a qualidade e a adequação do material para diversas aplicações. Alguns
dos ensaios comuns incluem:

6.1 Ensaio de resistência à tração

Este ensaio avalia a capacidade do vidro de resistir a forças aplicadas em sua estrutura por meio
de tração. Ele é realizado aplicando-se uma força de tração gradualmente ao vidro até que ocorra
a fratura. Esse ensaio é essencial para garantir a resistência do vidro a tensões e evitar o risco de
fraturas.

6.2 Ensaio de resistência ao impacto

O objetivo deste ensaio é avaliar a capacidade do vidro de resistir a choques e impactos. Ele é
comumente realizado utilizando uma máquina de queda livre, onde uma esfera ou um peso é solto
de uma determinada altura sobre o vidro. A resistência ao impacto é medida observando se o vidro
sofre alguma forma de fratura ou lascamento. Esse ensaio é particularmente relevante em
aplicações de vidro, como janelas de veículos e vitrines, onde a segurança é primordial.

6.3 Ensaio de Dureza

Esse ensaio mede a resistência do vidro a riscos e abrasões. Diversos métodos podem ser utilizados
para realizar esse ensaio, como o ensaio de dureza Vickers ou de dureza Mohs. Em geral, uma
ponta com uma dureza maior é pressionada contra a superfície do vidro e a resistência ao risco é
determinada pela profundidade ou extensão da marca deixada na superfície do vidro. Esse ensaio
é essencial para determinar a durabilidade do material, especialmente em aplicações que envolvem
atrito constante, como fachadas de prédios.

6.4 Ensaio de transmitância luminosa

Nesse ensaio, a capacidade do vidro de transmitir a luz é avaliada. É realizado utilizando um


espectrofotômetro para medir a quantidade de luz que atravessa uma amostra de vidro. A
transmitância luminosa é expressa como uma percentagem, onde um vidro com alta transmitância

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luminosa permite a passagem de mais luz. Esse ensaio é crucial em aplicações arquitetônicas e
automotivas, onde o desempenho óptico é fundamental.

6.5 Ensaio de refletância luminosa


Esse ensaio avalia a capacidade do vidro de refletir a luz. É realizado medindo-se a quantidade de
luz refletida por uma amostra de vidro. A refletância luminosa é expressa como uma porcentagem,
onde um vidro com baixa refletância luminosa reflete menos luz. Esse ensaio é importante para
garantir o desempenho óptico dos vidros em setores como arquitetura e automotivo.

7. Vantagens e desvantagens do vidro

7.1 Vantagens

Aproveitamento de espaço – internamente, uma forma de usar o vidro é optar por divisórias de
vidro. Além de vidro na construção valorizarem o ambiente e garantirem sua amplitude, elas têm
a vantagem de poderem ser fixas, articuláveis ou retráteis;

Economia de energia e aumento de iluminação natural – optar por paredes de vidro ou grandes
janelas fazem com que o uso da luz natural seja melhor aproveitado, e com isso, o gasto com
energia elétrica diminui consideravelmente;

Equilíbrio ao projeto – transmite uma sensação de harmonia, abertura e acordo e compõe muita
elegância a um projeto. É uma ótima opção para quem deseja interação entre os cômodos e a
paisagem natural do lado de fora;

Múltiplas texturas e cores – quando se fala em vidro, a criatividade pode ser muito utilizada. São
diversas vidro na construção cores, esmaltes, pinturas e efeitos, como o vidro decorativo ou de
revestimento, que podem ser personalizados e se tornarem uma peça única na arquitetura do
imóvel.

Extremamente versátil em aplicações – Além das tradicionais janelas e portas, o vidro pode ser
usado para fazer escadas, prateleiras, divisores, coberturas e até na entrada da casa, como um
‘muro’ diferenciado;

Impermeável e resistente – quando escolhidos adequadamente, resistem ao impacto e/ou calor e


pode ser usado em inúmeras aplicações internas e externas, pois também é impermeável. Os tipos
mais comuns são o temperado, o laminado, o duplo e o serigrafado, mas é preciso verificar o que

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melhor se encaixa no projeto. A norma NBR 7199 é a que regulamenta a aplicação dos vidros na
construção;

Baixa deterioração- vidro apresenta deterioração que beira a zero, oque significa que se não
reciclado, pode durar décadas sem desgaste;

Material sustentável – Com um quilo de vidro se faz outro quilo de vidro, com perda zero e sem
poluição para o meio ambiente. Além da vantagem do reaproveitamento de 100% do caco, a
reciclagem permite poupar matérias-primas naturais, como areia, barrilha, calcário, etc.

7.2 Desvantagens

Falta de privacidade – quando o uso do vidro transparente é excessivo pode deixar a residência
exposta. A visibilidade é de dentro para fora é maior, acarretando em menos privacidade para os
moradores. A alternativa aqui é utilizar materiais reflexivos;

Desempenho térmico – o vidro esquenta mais o ambiente, portanto isso também deve ser levado
em consideração. Por isso, os projetos que usam fachadas de vidro devem ser feitos em uma
orientação solar para evitar a incidência direta do Sol na maior parte do dia. A alternativa para
contornar esta questão é investir em soluções como a aplicação de textura refletiva serigrafada no
vidro ou vidros tecnológicos com baixo índice de refração de ondas infravermelhas, impedindo
que o calor penetre no recinto;

Limpeza frequente – marcas diversas ficam “impressas” nas superfícies transparentes, e se for
uma fachada exposta a muitas variações climáticas, como areia de praia ou chuvas frequentes, há
possibilidade de marcas e manchas. Por isso, a fachada de vidro necessita de uma manutenção
frequente para garantir seu aspeto de limpeza e translucidez;

Maior dificuldade de manipulação do elemento – pelo peso relativamente alto e por ter peças
mais frágeis, o transporte e a manipulação pode ser mais dificultada. Por isso, é importante contar
com fornecedores e profissionais capacitados para este tipo de aplicação;

Decomposição longa- decomposição do vidro pode levarem média 04 mil anos, razão pela qual
o material não pode ser descartado no meio ambiente, e sim, encaminhado aos centros de
reciclagem;

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Falta de privacidade–quando o uso do vidro transparente é excessivo pode deixar a residência
exposta. A visibilidade é de dentro pra fora é maior acarretando menos privacidade para os
moradores.

8. Reciclagem do vidro

Reciclagem é um processo de transformação de um material, cuja primeira utilidade terminou, em


outro produto. Nos sistemas de reciclagem, o vidro é estocado em tambores e é submetido a um
eletroíman para separação dos metais, este material é lavado em tanque com água, que apos o
processo precisa ser tratada e recuperada para evitar desperdício e contaminação de cursos de água.
Depois o material passa por uma esteira destinada a catação de impurezas, como resto de metais,
plásticos, pedras e vidros indesejáveis que não tenham sido retidos, depois disso, um triturador
transforma as embalagens em cacos homogéneos que são encaminhados a uma peneira vibratória.
Outra esteira leva o material para um segundo eletroíman, que separa metais ainda existentes nos
cacos.

O vidro é armazenado em silo ou tambores para abastecimento da vidraria, que usa o material na
composição de novas embalagens.

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9. Conclusão

Os vidros desempenham um papel crucial em nossa sociedade, oferecendo uma combinação única
de transparência, durabilidade e versatilidade. Desde as estruturas arquitetônicas modernas até as
tecnologias de telas sensíveis ao toque, os vidros têm demonstrado sua capacidade de moldar o
mundo ao nosso redor. No entanto, também é importante considerar os desafios ambientais
associados à produção e descarte de vidros. À medida que avançamos, é fundamental buscar
soluções inovadoras para maximizar os benefícios dos vidros enquanto minimizamos seu impacto
negativo, garantindo um futuro brilhante e claro para essa fascinante substância.

No entanto, o processo de fabricação do vidro e sua disposição final também apresentam desafios.
A extração de matérias-primas e a produção consomem energia e recursos naturais, e o descarte
inadequado pode resultar em problemas ambientais. Felizmente, avanços na pesquisa e na
engenharia estão buscando formas de tornar a produção de vidro mais eficiente e sustentável, além
de promover técnicas de reciclagem e reutilização.

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10. Referências Bibliográficas

ALVES, Oswaldo Luis; GIMENEZ, Iara de Fátima; Mazali, Ítalo, Odone Mazali. Vidros. Revista
Química Nova na Escola, edição especial, fevereiro, 2001, p. 9-20.

BARSA, Enciclopédia. Rio de Janeiro: Enciclopédia Britânica Consultoria Editorial LTDA. Vol.
15 p. 410 – 420.

Hench,L.L.(2018). Materials science of glasses and glass-ceramics. Wiley.

Koudelka, v., Tvaruzkovà, Z,. Subrt, J., & Hartman, J.(2008). Novel approach to sol-gel synthesis
of refractory silica glasses with high chemical resistence. Journal of Non-Crystalline solids

Pinto, T.L.J., et al. (2019). Tecnologia e caracterização de vidros baseados em dióxido de silício.
Química Nova, 41(8), 808-817.

Pfaender, H.G., et al. (2020). Glass melting conditioning and forming. Wiley- VCH.

Smith, J., Johnson, P., & Anderson, K(2010). Fundamentals of glass science and technology.
Society os glass technology.

Smith, A.R., et al.(2017). Manufacturing process for glass – chemistry and engineering aspects.
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