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2 Pesquisa bibliografica e resumos 2.1 FASES DA PESQUISA BIBLIOGRAFICA, A pesquisa bibliografica compreende oito fases distintas: a) escolha do tema; 1b) elaboragdo do plano de trabalho; ©) identificacéo; 4) localizagéo; ©) compilagio; ) fichamento; 2) anflise ¢ interpretacao; hy redacio. 2.1.1 Escolha do Tema O tema € 0 assunto que se deseja provar ou desenvolver, “é uma dificuldade, ainda sem solucdo, que € mister determinar com preciso, para intentar, em seguida, seu exa- me, avaliagSo critica e solugio” (Asti Vera, 1976:97). Escolher um tema significa levar em consideracao fatores internos ¢ extemos. Os intemnos consistem em: a) selecionar um assunto de acordo com as inclinagées, as aptidées ¢ as tendéncias de quem se propée a elaborar um trabalho cientifico; b) optar por um assunto compativel com as qualificagGes pessoais, em termos de background da formacao universitaria € pés-graduada; 44 © encontrar um objeto que mereca ser investigado cientificamente e tenha condigées de ser formulado ¢ delimitado em func da pesquisa. Os exteros requerem: 4) a disponibilidade do tempo para realizar uma pesquisa completa e aprofun- dada; ») a existéncia de obras pertinentes ao assunto em mimero suficiente para 0 estudo global do tema; ©) a possibilidade de consultar especialistas da érea, para uma orientacdo tanto na escolha quanto na andlise e interpretacdo da documenta especifica. ‘Além disso, no hé necessidade de duplicagdo de estudos, uma vez que hé uma vas- ta gama de temas a serem pesquisados. Devem-se evitar assuntos sobre os quais recen- temente foram feitos estudos, o que torna dificil uma nova abordagem. Embora a escolha do tema possa ser determinada ou sugerida pelo professor ou orientador, quando se trata de um principiante, 0 mais freqiente € a opcio livre. As fontes para a escolha do assunto podem originar-se da experiéncia pessoal ou profissional, de estudos ¢ leituras, da observacio, da descoberta de discrepiincias entre trabalhos ou da analogia com temas de estudo de outras disciplinas ou éreas cientificas. Apés a escolha do assunto, o passo seguinte € a sua delimitacdo. E necessario evi- tar a eleicéo de temas muito amplos que ou sio inividveis como objeto de pesquisa apro- fundada ou conduzem a divagagdes, discussdes intermindveis, repeticGes de lugares- comuns ou “descobertas” jé superadas. Para Salvador (1980:46-8), a delimitago do assunto implica: A) Distinguir 0 sujeito e 0 objeto da questo. “O sujeito € a realidade a respeito da qual se deseja saber alguma coisa. E 0 universo de referéncia. Pode ser constituida de objetos, fatos, fenémenos ou pessoas a cujo respei- to faz-se 0 estudo com dois objetivos principais: ou de melhor apreendé- los ou com a intengo de agir sobre eles.” ““O objeto de um assunto € 0 tema propriamente dito.” Corresponde aquilo que se deseja saber ou reali- zat a respeito do sujeito. “E 0 contetido que se focaliza, em toro do qual gira toda a discussao ou indagacao.”” Exemplo: Organizagio do Trabalho — 0 sujeito € trabalho; 0 objeto & organizacdo. B) Especificar os limites da extensdo tanto do sujeito quanto do objeto. Pode ser realizado através de: a) Adjetivos explicativos ou restritives. “Pelos adjetivos explicativos, designam-se as qualidades, condicdes ou estados essenciais a0 sujeito 45 ou objeto. Ao contrério, pelos adjetivos restritivos, indicam-se as qua- lidades, condigdes ou estados acidentais do sujeito ou objeto. O adjeti- vo explicativo é um desdobramento das partes constituintes de um ser, 0 passo que o adjetivo restritivo ou acidental é um acréscimo arbitré- rio.” Exemplo: © adjetivo explicativo: Organizacdo social do trabalho. © adjetivo restritivo: Organizacdo atual do trabalho. b) Complementos nominais de especificagao. “Sao pessoas ou coisas que, acrescentadas a substantivos ou adjetivos, especificam a aco ou sentimentos que os mesmos substantivos ou adjetivos designam.” Exemplo: Organizagéo social do trabatho de producdo artesanal. ©) Determinagéo das circunstincias. “As vezes, pode ser necessério determinar as circunstancias que limitam mais ainda a extensio do as- sunto, especialmente as circunsténcias de tempo e espaco. Exemplo: Organizagéo social do trabalho de producdo artesanal durante a Ida- de Média na Europa Ocidental. 2.1.2 Elaboragio do Plano de Trabalho ‘A elaboragio do Plano de Trabalho pode preceder o fichamento, quando entéo é provisério, ou ocorrer depois de iniciada a coleta de dados bibliogréficos, quando jé se dispbe de mais subsfdios para claboracdo do plano definitivo, o que no quer dizer esté- tico. Isso porque o aprofundamento em determinadas etapas da investigacdo pode levar a alteragées no todo do trabalho, Na elaboragdo do plano deve-se observar a estrutura de todo o trabalho cientifico: introducdo, desenvolvimento e conclusio. a) Introdugdo. Formulacdo clara e simples do tema, sua delimitagao, im- Portincia, carter, justificativa, metodologia empregada e apresentagao sintética da questio. b) Desenvolvimento. Fundamentacao légica do trabalho, cuja finalidade é ‘expor e demonstrar suas principais idéias. Apresenta trés fases: © Explicagao. Explicar é apresentar o sentido de um tema, é analisar ¢ compreender, procurando suprimir 0 ambiguo ou o obscuro. © Discussao. £ o exame, a argumentacéo ¢ a explicacdo do tema: explica, discute, fundamenta e enuncia as proposicées. 46 © Demonstragio. E a dedugio légica do trabalho, implicando 0 exercicio do raciocinio. O desenvolvimento do tema exige a divisio do mesmo em t6picos logicamente correlacionados. As partes do trabalho nfo podem ter uma organizacéo arbitré- ria, mas baseada na-estrutura real ou I6gica do tema, sendo que as partes devem estar “‘sistematicamente vinculadas entre si e ordenadas em func4o da unidade de conjunto”. Para tal, “é necessério saber distinguir o fundamental do se- cundario, o principal do subordinado e distribuir eqiiitativa e gradualmente as Partes segundo este critério” (Salvador, 1980:62). ©) Conelusio. Consiste no resumo completo, mas sintetizado, da argumen- taco desenvolvida na parte anterior. Devem constar da conclusio a relacio existente entre as diferentes partes da argumentaco ¢ a unio das idéias e, ainda, a sintese de toda a reflex4o. ‘A fase da elaboracdo do plano de trabalho engloba ainda a formulagio do proble- ma, 0 enunciado de hipéteses e a determinacao das varidveis. Uma descricéo detalhada © exaustiva, com exemplos, pode ser encontrada na obra Metodologia cientifica, das ‘mesmas autoras (Atlas, 1982, Capitulos 4 e 5). 2.1.3 Identificagao Ba fase de reconhecimento do assunto pertinente ao tema em estudo. primeiro passo seria a procura de catdlogos onde se encontram as relagdes das obras. Podem ser publicados pelas editoras, com a indicacdo dos livros ¢ revistas edita- dos, ou pertencer a bibliotecas puiblicas, com a listagem por titulo dos trabalhos. H4 ainda os catélogos especificos de alguns periddicos, com 0 rol dos artigos publicados anteriormente. (© segundo passo, tendo em mios o livro ou periddico, seria o levantamento, pelo Sumério ou {ndice, dos assuntos nele abordados. Outra fonte de informagées refere-se ‘20s abstracts contidos em algumas obras que, além de oferecerem elementos para iden- tificar 0 trabalho, apresentam um resumo analitico do mesmo. © tiltimo passo teria em vista a verificacao da bibliografia ao final do livro ou do artigo, se houver, constitufda, em geral, pela indexacdo de artigos de livros, teses, fo- Ihetos, petiGdicos, relat6rios, comunicagées ¢ outros documentos sobre o mesmo tema. 2.1.4 Localizagao ‘Tendo realizado o levantamento bibliogréfico, com a identificagdo das obras que in- teressam, passa-se a localizacio das fichas bibliogréficas nos arquivos das bibliotecas Piiblicas, nas de faculdades oficiais ou particulares e outras instituicdes. 47 © Catalogo Coletivo Nacional, situado no Instituto Brasileiro de Bibliografia ¢ Do- cumentagio, atende a consultas, realizadas por carta ou telefone, sobre trabalhos exis tentes em diferentes bibliotecas do Pais. Também possui um Banco de Tese, cujos tra- balhos podem ser consultados ou mesmo reproduzidos com a anuéncia do autor. A re- lado das teses consta de um catélogo encontrado, em geral, nas bibliotecas de facul- dades. 2.1.5 Compilacao E a reuniao sistematica do material contido em livros, revistas, publicagdes avulsas ou trabalhos mimeografados. Esse material pode ser obtido por meio de fotocdpias, xe- 70x ou microfilmes. 2.1.6 Fichamento A medida que © pesquisador tem em mios as fontes de referéncia, deve transcrever ‘0s dados em fichas, com o maximo de exatidio e cuidado. A ficha, sendo de fécil manipulacdo, permite a ordenacéo do assunto, ocupa pouco ‘espaco e pode ser transportada de um lugar para outro. Até certo ponto, leva o indivi- duo a pér ordem no seu material. Possibilita ainda uma selecdo constante da documen- tacdo'e de seu ordenamento. Em face do exposto, deve-se tentar convencer 0 aluno da importincia, necessidade € utilidade das fichas, principalmente por facilitar 0 desenvolvimento das atividades académicas e profissionais. 2.1.7 Andlise e Interpretaco A primeira fase da anélise ¢ da interpretacao é a critica do material bibliogrifico, sendo considerado, um jutzo de valor sobre determinado material cientifico. Divide-se em erftica externa ¢ interna. A critica externa € feita sobre “'o significado, a importéncia © o valor histGrivw Ue um documento, considerado em si mesmo e em funcio do trabalho que esté sendo ela- borado” (Salomon, 1972:256). Abrange: a) critica do texto. Averigua se 0 texto sofreu ou nio alteragdes, interpo- lacdes € falsificagdes ao longo do tempo. Investiga principalmente se 0 tex- to € autégrafo (escrito pela mao do autor) ou nao; em caso negativo, se foi ou nfo revisto pelo autor; se foi publicado pelo autor ou outra pessoa o fez; ‘que modificacdes ocorreram de edico para edi 48 b) critica da autenticidade. Determina 0 autor, o tempo, o lugar ¢ as cir- ‘cunstincias da composicao; ©) critica da proveniéncia. Investiga a proveniéncia do texto. Varia confor- me a ciéncia que a utiliza. Em Historia, tem particular importéncia 0 estudo de onde provieram os documentos; em Filosofia, interessa muito mais dis- cemir até que ponto uma obra foi mais ou menos decalcada sobre outra. Quando se trata de tradugdes, o importante é verificar a fidelidade do texto examinado em relagio ao original. A critica interna € aquela que aprecia 0 sentido € 0 valor do contetido. Compre- ende: a) critica de interpretacdo ou hermenéutica. Averigua o sentido exato que © autor quis exprimir. Facilita esse tipo de critica 0 conhecimento do voca- bulério e da linguagem do autor, das circunstdncias hist6ricas, ambientais € de pensamento que influencisram a obra, da formacio, mentalidade, cari ter, preconceitos ¢ educagéo do autor. “Compreender um texto equivale a haver entendido o que 0 autor quis dizer, os problemas que postulou ¢ as solugdes que propés para os mesmos” (Asti Vera, 1979:127); b) critica do valor interno do contetido. Aprecia a obra e forma um juizo sobre a autoridade do autor € 0 valor que representa o trabalho ¢ as idéias nele contidas. A segunda, terceira € quarta fases, respectivamente, decomposico dos elementos essenciais e sua classificacao, generalizacio e andlise critica, comespondem as trés da andlise de texto. Finalmente, a interpretagéo exige a comprovacio ou refutagéo das hipéteses. Am- bbas s6 podem ocomrer com base nos dados coletados. Deve-se levar em consideracdo que 05 dados por,si s6 nada dizem, € preciso que o cientista os interprete, isto é, seja capaz de expor seu verdadeiro significado e compreender as ilagdes mais amplas que podem conter. 2.1.8 Redagao A redagio da pesquisa bibliogréfica varia de acordo com o tipo de trabalho cientifi- co que se deseja apresentar. Pode ser uma monografia, uma dissertago ou uma tese. 2.2 FICHAS Para o pesquisador, a ficha é um instrumento de trabalho imprescindivel. Como 0 investigador manipula o material bibliogréfico, que em sua maior parte no Ihe perten- ce, as fichas permitem: 49 ) identificar as obras; b) conhecer seu contesido; ©) fazer citagdes; 4) analisar o material; ©) elaborar eriticas. Criado no século XVII pelo Abade Rozier, da Academia Francesa de Ciéncias, 0 sistema de ficha € atualmente utilizado nas mais diversas instituigGes, para servigos ad- ministrativos, e nas bibliotecas, onde, para consulta do ptblico, existem fichas de auto- res, de titulos, de séries e de assuntos, todas em ordem alfabética. 2.2.1 Aspeeto Fisico E desejavel que se dé uma atengo especial ao aspecto fisico das fichas, uma vez que todo © trabalho cientifico requer a utilizagao de um grande niimero delas e sua pre- paracio pode estender-se por muitos anos. Dado o seu continuo emprego, é mais viével 20 estudioso a opgao por um tamanho tinico de fichas, mesmo que utilize vérios fiché- tos. Os tamanhos mais comuns de fichas so: Tipo grande 12,5 cm x 20,5 cm Tipo médio 10,5 om x 15,5 om Tipo pequeno (internacional) 75 om x 12,5 cm Sendo as fichas utilizadas tanto para indicagio bibtiogréfica quanto para resumo, centre outras formas, € conveniente que a escolha do tamanho seja baseada em carac- teristicas individuais, ou seja, quem tem letra pequena néo necessita, obviamente, de muito espago para escrever, 20 contrério dos que possuem letra grande; para pessoas mais sintéticas 0 ideal € a ficha pequena, o mesmo no ocorrendo com as muito proli- xas, que devem escolher fichas médias ou grandes. Precisando-se utilizar 0 reverso das fichas, para continuar as anotagées, seré mais, adequado fazer coincidir a dltima linha do anverso com a primeira do reverso, de forma que a ficha possa ser girada sobre si mesma. Essa pritica tem a vantagem de permitir a leitura do verso sem retirar a ficha do seu lugar. Quando as anotacdes de uma ficha pre- cisam continuar em uma segunda ou mais fichas, é imprescindivel que se repita 0 cabe- calho com a indicacéo, em letras maitisculas, da seqiiéncia, como se veré mais adiante. 2.2.2 Composigao das Fichas A estrutura das fichas, de qualquer tipo, compreende trés partes principais: cabeca- Iho, referéncia bibliogr4fica e corpo ou texto. As outras, optativas, sio, em ordem de 50 seqiiéncia, principalmente nas fichas bibliogréficas, a indicagéo da obra (quem, princi- palmente, deve Ié-Ia) e 0 local em que ela pode ser encontrada (qual biblioteca). 2.2.2.1 CABECALHO cabecalho compreende: o titulo genérico remoto, o titulo genérico préximo, o tf- tulo especifico, 0 nimero de classificagao da ficha (Salvador, 1980: 113-7) e a letra in- dicativa da seqiéncia (quando se utiliza mais de uma ficha, em continuagio). Esses elementos so escritos na parte superior da ficha, em duas linhas: na primeira, consta apenas, & esquerda, 0 titulo genérico remoto, na segunda, em quatro quadrinhos, da esquerda para a direita, o titulo genérico préximo, o titulo especifico, o mimero de classificagao ¢ 0 cédigo indicativo da seqiéncia (que permanece em branco quando se utiliza uma s6 ficha, frente e frente € verso). Para se ter 0 titulo especitico € 0 mimero de classiticacao da ficha € necessério que se faca, ao inicio de cada estudo, um planejamento do assunto que se iré pesquisar, com a respectiva divisio de t6picos. Exemplo: Ocupagées Marginais no Nordeste Paulista 1 Introdugéo 2. Ocupagées Marginais 2.1 Conceito de Ocupagio Marginal 2.2 Caracteristicas das Ocupagées Marginais 2.2.1 Caracteristicas Econ6micas 2.2.2 Caracteristicas Sécio-culturais 3. Ocupagdes Marginais e Mobilidade Social 3.1 Desigualdade Social 3.2. Mobilidade Social 3.2.1 Modelos Explicativos da Mobili 3.2.2 A Metodologia da Mobilidade 3.2.3. Mobilidade e Distancia Social 4 Ocupagées Marginais na Area Urbana 4.1 Setor Artesanal 4.2. Setor de Comércio 4.3. Setor de Servicos 5 Ocupagdes Marginais na Area Rural Si Setor da Agricultura 51 5.2. Setor da Pecuéria 5.3. Setor de Mineragio 6 Conclusdes Como auxilio do plano podem-se compor os cabegalhos, como se segue: » Ocupacdes Marginals no Nordeste Paulista Introdugao 2) ‘Ocupagées Marginais no Nordeste Paulista Ocupacées Marginais Conceito de 2a 3) Ocupacdes Marginais no Nordeste Paulista Ocupacées Marginais Caracteristicas das... 22 4) (Ocupacées Marginais no Nordeste Paulista Caracteristicas das Caracteriscas Econémicas | 22.1 5) ‘Oupayies Maiyinais iw Nuweste Paulista Caracteristicas das Carac. Sécio-cuiturais 222 8) ‘Ocupagées Marginais no Nordeste Paulista Caracteristicas das Carac. Sécio-cuturais 222 52 No exemplo 1), Ocupagdes Marginais no Nordeste Paulista, como tema geral, € © titulo genérico remoto que permanece constante em todas as fichas; Introducao € 0 t{- tulo genérico préximo; nio hé titulo especifico, pois essa parte nio se subdivide; final- mente, 0 algarismo 1 o ntimero de classificacdo da ficha. Os exemplos 2) ¢ 3) apresentam, como todas as fichas feitas para o mesmo estudo, igual titulo genérico remoto, Ocupagées Marginais no Nordeste Paulista, ambas apre~ sentam 0 mesmo titulo genérico préximo, Ocupacées Marginais, diferenciando-se pelo titulo especifico. Conceito de. . . e Caracteristicas das . . . que correspondem 2 se- gunda parte do trabalho: Ocupacdes Marginais; 08 algarismos 1 e 2, que se seguem a0 Ponto (2./ € 2.2), indicam as subdivisées dessa segunda parte, respectivamente, Con- ceito de. . .e Caracteristicas das... No exemplo 4) verifica-se uma alteracSo: se 0 titulo genético remoto permanece 0 ‘mesmo (Ocupacées Marginais no Nordeste Paulista), 0 titulo genérico préximo se mo- ifica, passando a ser 0 do segundo item da segunda parte, Caracteristicas das... O uly espectiico € agora Caracteristtcas Econdmicas, primeira subdivisao do segundo item da segunda parte, portanto, com o seguinte niimero de classificagio: 2.2.1 E evidente que cada autor consultado para cada parte, item e subitens do trabalho, teré uma ficha separada, conservando-se 0 mesmo cabecalho, com o mesmo titulo gené- rico remoto, 0 mesmo titulo genérico préximo, o mesmo titulo especifico e o mesmo nimero de classificacdo. Assim, as fichas distinguir-se-4o uma das outras pelas referén- cias bibliogréficas que se seguem ao cabecalho. Por sua vez, quando 0 corpo ou 0 texto nao couber em uma $6 ficha, necessitando- se de duas ou mais, para que as seguintes no se percam, deve-se colocar letras maitis- culas indicativas da seqiiéncia, logo apés o ntimero de classificacao da ficha, como 0 ilustram os exemplos 5 ¢ 6. Quando no se tem, de antemio, um plano elaborado ou se deseja fazé-lo depois das consultas bibliogréficas, a tinica coisa que € preenchida no cabecalho é o titulo genérico remoto, deixando-se em branco o restante, que seré completado depois do pla- nejamento do trabalho. Exemplo: ‘Anesanato 2.2.2.2. REFERENCIA BIBLIOGRAFICA A referéncia bibliogréfica deve sempre seguir as normas da ABNT ~ Associagio Brasileira de Normas Técnicas — como consta no iiltimo capitulo, Para proceder-se cor- retamente € importante consultar a Ficha Catalogréfica da obra, que traz todos os ele- 53 mentos necessérios e, na auséncia dela, a folha de rosto e outras partes do livro, até ob- ter as informagées completas. Quando se trata de revistas e outros periddicos, muitas vezes os elementos impor- tantes da referéncia bibliografica localizam-se na lombada. Finalmente, em caso de jornais, a primeira pagina é que fornece a maioria das indi- cagdes. 2.2.2.3 CORPO OU TEXTO contesido das fichas varia segundo o tipo delas, como se verd a seguir. 2.2.2.4 INDICACAO DA OBRA Deve-se pensar que as fichas, depois de utilizadas para a realizagdo de um trabalho, Poderao ser novamente empregadas na vida academica ou profissional. Lessa forma, € desejével a indicacdo da obra, quer para estudos e pesquisas em disciplinas especificas, quer para estudantes de determinada érea, 2.2.2.5 LOCAL E possivel que, depois de fichada uma obra, haja necessidade de voltar a consulté- Ja. Assim, & também importante a indicagao do local em que se acha disponfvel o mate- rial. Exemplo: cabegalho ‘Ocupacdes Marginais no Nordeste Paulista (©. Me Mobiidade Social 3 roferéncia PASTORE, José. Desigualdade e mobilidade social. Sao Paulo: T. A. biblogratica ‘Queiroz, 1979, 217 p. corpo ou texio indicagéo Indicado para estudantes de Ciencias Sociais e para a discipiina de So- da obra ciologia local Biblioteca da Faculdade de Ciéncias Sociais da USP 54 Pelo titulo da obra que serviu de exemplo, pode-se perceber que o livro de Pastore 6 utilizavel em mais de uma parte ou item do trabalho planejado. Quando ocorre caso semelhante, ficha-se 0 livro como um todo, para a parte indicada. Ea ficha principal. Outras apresentarao o fichamento de parte da obra: devem ser tantas fichas quantos fo- rem 0s capitulos do livro que dizem respeito a outros tantos itens e subitens do trabalho. So as fichas secundérias. Exemplo: COcupacées Marginais no Nordeste Pauista Mobiicade Social : Modelos Explcativos da 321 PASTORE, José. Modelos expiicativos da mobilidade social. In ———. Desigual- dade e mobilidade social. S40 Paulo: T. A. Queiroz, 1979, p. 15-27. ‘Ocupacées Marginais no Nordeste Paulista Mobilidade Social Modelos Explicativos da. 324 ‘SOROKIN, Pitinm A. Espaco social, distancia social © posigao social. in: CARDOSO, Ferando Henrique, IANNI, Octavio. Homem e sociedade. 3. ed. Sao Paulo: Nacio- nal, 1966, p. 223-30. 55 2.2.3, Conteddo das Fichas © contetido que constitui 0 compo ou texto das fichas varia segundo sua finalidade. Pode ser: A) B) ° D) 5) Bibliogréfica, que se subdivide em a) bibliogréfica de obra inteira; € b) bibliogréfica de parte de uma obra. Citagées. Resumo ou de Contetido, Esboco. ‘Comentério ou Analitica. O primeiro passo sera o de descrever cada uma das formas para, ao final, apresentar exemplos. 2.2.3.1 FICHA BIBLIOGRAFICA 56 ‘Segundo Salvador (1980:118), a ficha bibliogréfica, de obra inteira ou parte dela, pode referir-se a alguns ou a todos os seguintes aspectos: ) 0 campo do saber que € abordado; b)_ 0s problemas significativos tratados; ©) as conclusdes alcangadas; 4) as contribuicdes especiais em relagdo ao assunto do trabalho; ©) as fontes dos dados, que podem ser: documentos; literatura existente; es- tatisticas (documentagio indireta de fontes primérias ou secundérias; docu- mentacéo direta, com 0s dados colhidos pelo autor); observacao; entrevista; questionério; formulério etc.; f) 08 métodos de abordagem ¢ de procedimento utilizados pelo autor: abordagem procedimento Indutivo Hist6rico ‘Tipol6gico Dedutivo ‘Comparative Funcionalista Hipotético-dedutivo Monogréfico Estruturalista Dialético Estatistico Etnogréfico etc. 2) amodalidade empregada pelo autor: Geral, Especifica, Intensiva, Extensiva (exaustiva), Técnica, Nao Técnica, Descritiva, Analitica etc.; h) a utilizagéo de recursos ilustrativos, tais como: tabelas, quadros, gréficos, ‘mapas, desenhos ete. Salvador ainda recomenda: 1a) ser breve. Quando se desejam maiores detalhes sobre a obra, 0 ideal é a ficha de resumo ou contetido, ou, melhor ainda, a de esboco. Na ficha bi- Dliogréfica algumas frases sdo suficientes; ) utilizar verbos ativos. Para se caracterizar a forma pela qual o autor es- creve, as idéias principais devem ser precedidas por verbos tais como: ana- lisa, compara, contém, critica, define, descreve, examina, apresenta, re- gistra, revisa, sugere € OutrOs: ©) evitar repetigdes desnecessérias. Nao hé nenhuma necessidade de colocar expressées como: este livro, esta obra, este artigo, 0 autor etc. 2.2.3.2. FICHA DE CITACOES Consiste na reproducéo fiel de frases ou sentencas consideradas relevantes 20 estu- do em pauta. Devem-se observar os seguintes cuidados: a) toda citacdo tem de vir entre aspas. E através desse sinal que se distin- ‘gue uma ficha de citagdes das de outro tipo. Além disso, a colocacdo das aspas evita que, mais tarde, ao utilizar a ficha, se transcreva como do fi- cchador os pensamentos nela contidos; b) apés a citagao, deve constar 0 mimero da pagina de onde foi extraida. Iss0 permitiré a posterior utilizacdo no trabalho, com a correta indicacao bibliogréfica; ©) a transcri¢ao tem de ser textual. Isso inclui os erros de grafia, se houver. Apés eles, coloca-se o termo sic, em mindsculas ¢ entre parénteses ou col- chetes. Exemplo (hipotéticoy: “Chegou-se & concluséo de que o garimpeiro é, antes de tudo, um homem do campo desocado (sic) para a cidade, mas conservador da cultura rural, embora venha assimilando, gradativamente, aspectos da cultura citadina”” 127; 4) a supressio de uma ou mais palavras deve ser indicada, utilizando-se, no local da omisséo, trés pontos, precedidos ¢ seguidos por espacos, no inicio ou final do texto e entre parénteses, no meio. 587 Exemplo: “Essa liberdade € a marca predominante no comportamento do garimpeiro: (...) esse desejo de liberdade leva-o a optar, sempre que possivel, pela garimpagem, ao invés do trabalho nas lavouras; 36 em tltima instincia 0 ‘garimpeiro aceita a opcéo de servigo na roga, .. .” (p. 130); ) a supressio de um ou mais pardgrafos também deve ser assinalada, utilizando-se uma linha completa de pontos. Exemplo: “A religido estd bastante associada a crendices semelhantes as existentes no ambiente rural brasileiro; todo o ciclo da vida, do nascimento & morte, € acompanhado por um conjunto de préticas supersticiosas, cercando-se 0 nascimento de uma série de crencas e benzimentos, mesmo que se respeite € pratique o batismo. ‘a obtengio de sucesso no trabalho, arranjar um emprego” (p. 108-9); f) a frase deve ser complementada, se necessério: quando se extrai uma parte ou pardgrafo de um texto, este pode perder seu significado, necessi- tando de um esclarecimento, o qual deve ser intercalado, entre colchetes. Exemplo: “Esse rio [Sapucaf], que limita Patrocinio Paulista com Batatais e Alti polis, € afluente do Rio Grande” (p.16-7); 2) quando o pensamento transcrito é de outro autor, tal fato tem de ser assinalado. Muitas vezes 0 autor fichado cita frases ou pardgrafos escritos Por outra pessoa. Nesse caso, é imprescindivel indicar, entre parénteses, a referéncia bibliogréfica da obra da qual foi extrafda a citacio. Exemplo: 1S =. a8 gupiaras se encontram ora numa, ora noutra margem do rio” (p. 36) (MACHADO FILHO, Aires da Mata. O negro e o garimpo em Mi- nas Gerais. 2, ed. Rio de Janeiro: Civilizacéo Brasileira, 1964. p. 17). 2.2.3.3 FICHAS DE RESUMO OU DE CONTECDO. Apresenta uma sfntese bem clara e concisa das idéias principais do autor ou um re- sumo dos aspectos essenciais da obra. Caracteristicas: a) nao é um sumério ou indice das partes componentes da obra, mas ex- posicdo abreviada das idéias do autor; 58 b) nao € transeri¢so, como na ficha de citagdes, mas é elaborada pelo leitor, com suas prOprias palavras, sendo mais uma interpretago do autor; ©) nio € longa: apresentam-se mais informagdes do que a ficha bibliogréfica, que, por sua vez, € menos extensa do que a do esbogo; 4) nao precisa obedecer estritamente a estrutura da obra: lendo a obra, 0 estudioso vai fazendo anotagées dos pontos principais. Ao final, redige um resumo, contendo a esséncia do texto. 2.2.3.4 FICHA DE ESBOCO ‘Tem certa semelhanca com a ficha de resumo ou contetido, pois refere-se & apresen- taco das principais idéias expressas pelo autor, ao longo da sua obra ou parte dela, porém de forma mais detalhada. Aspectos principais: a) € a mais extensa das fichas, apesar de requerer, também, capacidade de sintese, pois 0 conteddo de uma obra, parte dela ou de um artigo mais ex- tenso € expresso em uma ou algumas fichas; b) 6 a:mais detalhada, em virtude de a sintese das idéias ser realizada quase que de pgina a pagina; ©) exige a indicagao das paginas, em espaco apropriado, & esquerda da ficha, A medida que se vai sintetizando o material. Pode ocorrer que uma idéia do autor venha expressa em mais de uma pgina. Nesse caso, a indicagdo da pagina seré dupla. Exemplo: 53/4. Quando em uma ou mais péginas no hé nada de interessante, elas so pu- ladas, continuando-se a indicagéo das pginas a partir das seguintes. 2.2.3.5 FICHA DE COMENTARIO OU ANALITICA Consiste na explicitacdo ou interpretagdo critica pessoal das idéias expressas pelo autor, ao longo de seu trabalho ou parte dele. Pode apresentar: a) comentério sobre a forma pela qual o autor desenvolve seu trabalho, no que se refere aos aspectos metodolégicos; b)_anilise critica do contesdo, tomando como referencial a prépria obra; ©) interpretacao de um texto obscuro para tomné-lo mais claro; 4) comparacdo da obra com outros trabalhos sobre o mesmo tem: ©) explicitacao da importncia da obra para o estudo em panta. 59 “apeipuy ap oupy fediounyy Baan E22I0N1g @ “1e100g @ [eumng eXBoodonuy ap seuIdiosIp Se e1ed @ sIeI90g SeOURID Bp SaLEpNISE B1ed OPEOIpUL & NB e1S9P10N OU soueduN }-01998 @ seauIqUode so}vadse aoe1e;9S3 26 op osownu sore ap yours ope: eu SajUEWEIP ap OPSBIOULL 9p OpEPINNE BP ste ‘soyuasep @ sedew ‘sooi5 ‘soupenb euasaidy ‘enesodse 98 anb op openusye siew 9 epepiiqesuodsexs| ap oes © “ovepios 3 ‘oWsipewou o 8910%3 “oRSeunjnoe ep osseDoId we BiOGUIE “B;OO}LMU EMYND B EAeSUOD ePUTE OsjadwUED o end mjoUOD, ‘ouessoio win jour ‘eoyoadse weGenGuy ewn ap osn 0 oBberepISUOO we OpueAET ‘oupnisan ap 9 auaibiy ap ‘saveIuOU SOyMeY SO 48Ze} op SeUNO} Se RULLLDSIQ “odwiue6 oe sepe6y se ejuewjediouns 'sagdysiadns sep anbe|sap jeoadse woo sesoibuo1 Seonpud se eqwasaxdy ‘segbe196 e1lua euoIssyoud epepuiqow eo ‘epepueicose ® eulLieXs)‘Souly Sop ORSeoNpE e @ OuPedwOD 8 CoSelUBIEd Bp sabe} SO ‘opSISoduLOD ens ‘eMUUE; op ody 0 and:0S9q 2} SEP BPI ap [eNO BULEXE 8 sagdengey sep sojvauredinba ap s luisse ‘ojesuod ap seUo} Sep 9 OY Gay ‘oureaen op ase) epeo we sepeboidwe seiusUl joadse 0 opuanaiosap ‘oyeuetd op eamuquode oedeziueGI0 e esyeuy ‘yS1INed aISEPION OYEUE|Y OP BoISy OZSeZUEIDeIEO e ejaSa:dy ‘eoweue @ enquosep ‘eassuayu “eoyoad -S0 9 apepyepou! y “consieise 2 ooypiGouow ojusuupsoo.d ap 0 2 onnpul weBeproge ap opolqul o wBaxdwy “oURIMUNO} Bp SABE ‘Sopep SO SOpyOD “eIoUIp @ SeupPUNOES SeIUO} ep ejOuUI OBSEWUOWINDEP eZINN ‘TeInYND eIBoKOdosUY BP OdUIeD OU 2s-219SU) ‘dzst "@z64 'SeUEWNY SB.0U919 2 SoU 9p FEnpeIsy OWjasUOD -oIneY OFS “BISIINEY O[UJJOHEY we souadwEs o sodwLED “apespUY Bp BULEIY INOOHWN es opbesouyy ap s01ag reiny ealy eu seuBsey segdednoQ, _ys1INed aISeps0N ou sreUBseW segdednog vopssongig PYT seus ap soduiaxy $'7'7 8 8 (et ¢.epepiegi e 9 ("-) ouedwe6 op ojwaueyodusos ou jejuauepun; eonsy/e}2e209 Vy, we] epin‘oBSEIUBUIE ‘OUENSOA :o}oadse WN4UAU Wo ojUaWJaReIOU OpUE:DUEISIP 2s Ogu S9jap ‘ePePIO EP Sal ad PIA 8p SopOIPW WoD ‘oBdEZIUEIN ap Ova] OSSEd0Id WH ) oveduueb 0, "SuIZEW coMed oBg ‘ps g "eGo}odosuE f CBSNFOMU eUN -waWIOY O “dle 'NOLNIT) (2p “A -ino essou wo wi jped sojed epetouanyur Souaus no SIeUs 9 oeSezIUeB.0 Ens ‘aIUOWEWUON “solun 40nin 8 WenuNUED elveuUE|UEpIDR SUBWI No slew sopiuned enb [s 7 (924) , a1uowsep op 0 anb op sanens srewi was9s 10d ‘oujeaseo ap eyjoase no ‘op5ene} ap ofns95 ou seuade 2 aquawieres oun saynu & opuadaxede 'suawoY Jod ‘2106 wa ‘so}0} OVS OdwUEG Ou SOUPGE: SO, (2 4) .(euoreu opSe:6aiu ap ajuaGe owod ‘euuoy eY29 qos '2 Jopeneiqse9 ‘ou1euord ojwaua;® LN ‘0109 ‘sre1uoj00 soduol $0 epsap ‘es-vjUasaide cHeduie6 0 '!SeIG OU SaIUaIS|x8 SoONS|:0108e9 SOUWINY SOX SOSANIP SO 913, duueB $0] sonpyaiput dzsi rewiny, ‘Se}OUaIO 8 SOLY 6p lenpeISy OY\sSUOD ‘OINed ces "BISIINEY CIWIOOHEY We SowadWHEB @ SodwWLED “spelpuy’ Bp CUE ‘INOOHWN yew segsednoQ es ‘opdes2uy 8p 20195 remy eavy es sre ren sagdedn99| ystned a1S9p0N OU SIQ50IID ap DYN 61 ‘sou}eduuueb sop jeloadse UreGenbuy e eoarej9se anb oupssoj6 win woo ezqeu4 'SeUpIp Seayed seu SoyUOs sop BoUENY, ule e1uody ‘oureqen ap apepinne R ai9jau 8s anb oF enbelsap je‘dedss wo "sagbysiadns 6 sea>PUS:9 ap ojuoWWeRD| WN Ze ‘S01108e9 SoWoWeDIpoW! 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BP So\DUE! ailua SeBUaIA|IP Se ODUEDIPL|‘SoIUaUNedINbS SNas 8 SBSBO SED ‘ae5u0sap & 2 oduieo op 0ssaiBa op oF Jouadns ‘12186 opoW ap ‘OpUaS OULD pin Bp JAAN 0 BPUTe aBUEIGE BONUQUODD OsIRUE Y snl 2 oviadue6 ap epepseqy ap ojvousnues ‘o muody ‘epeyveduse esnered @ oxodt ‘9p einbse.ay e ejuaseidy “sepezyn sejuawevaj Se opunjoul‘oduue6 ap apep ‘eueqin voip eu 1pisa1 uorewi ep sesade ‘seioouEe soxopeyeqen ‘2 “Jed wo ‘ojuepod ‘opuas ‘exjessanua ep opouad ou no euEWEs ap suy Wa odwED 26 sunbye anb opueoip Je se woo equauediouud oBSeje1109 ens ‘odwiNe6 o 32 sapepIA ge se ezneju3 isuod @ ge Opeonod op oBdEpUN| ¥ apsep ‘oeIBa: ep soouEISIY o Soa\eiboL] 65 2.2.5 Tipos de Fichas de Manzo Por sua vez, Manzo (1971:16) apresenta cinco tipos de anotacées: a) Comentario. Explicitagéo do contetido, para sua melhor compreenséo. b) Informagao geral. Enfoque mais amplo sobre o contetido geral. ©) Glosa. Explicitagéo ou interpretago de um texto obscuro para tomé-lo mais claro. 1 Resumo, Sintese bem clara e concisa das idéias principais ou resumo dos aspectos essenciais. ©) Citagdes. Reproducdo fiel de palavras ou trechos considerados relevantes que deverdo ser colocados entre aspas, devido & sua importincia em rela¢o a0 estudo em pauta. s itens a e ¢ séo muito semelhantes. A redagio maic usual de fichamento de leitura aprecenta duas diviedes fundamen tais: resumo com as partes principais da obra lida e bibliografia, Deve-se registrar apenas um assunto em cada ficha; entretanto, se 0 contetido for extenso, o registro pode ser feito em duas ou mais, que ficardo agrupadas. Exemplos: a) Ficha de Comentério GUARDIANO, Paschoa Baldassari. Uma leltura de $80 Bemardo; a exortacag itética, Franca: UNESP | 1977] . 200 p. AA. descreve um aspecto do discurso narrative de grande interesse: 0 estudo da ‘enunciagao e do enunciado em obras narradas em primeira pessoa. O ponto alto, porém, 6 a validagéo da retérica estrutural como instrumento adequado para o estudo das per: sonagens e das situac6es em que elas atuam. E por intermédio da relérica que a A. che- {ga a estabelecer as homologias estruturais da narrativa e a viséio do mundo humanista do autor. b) Ficha de Informagdo Geral GUARDIANO, Paschoa Baldassari. Uma leltura de S80 Bernardo: a exortacio Ittica, Franca: UNESP | 1977] . 200 p. A obra 6 resultado de pesquisas visando a elaboragao de tese de doutoramento em Letras, na Facultade de Filosofia, Ciéncias e Letras e Ciencias Humanas da USP. Obra didética e necessariamente erucita; destina-se aos interessados em Literatura € Teoria Literdria. Vale-se, como apoio metodolégico e fundamentacdo teérica, do Estrutu- ralismo Genérico de L. Goldmann e do Estruturalismo Lingiistico. A obra visa a des- crigao e a interpretacdo de So Bemardo, romance de Gracilano Ramos, podendo servi ‘como modelo a andlises similares. Foi editada pela UNESP, Campus de Franca, em 1977, na série Teses e Monografia. 66 ©) Ficha de Glosa ‘GUARDIANO, Paschoa Baldassari. Uma leitura de Séo Bernardo; a exorta Franca: UNESP | 1977 |. 200 p. litdtica, Loitura, termo utiizado no titulo da obra nao 6 o ato de ler, 6 termo especttico de Teo. ‘ia da Literatura; significa descrever um texto particular, uma obra existente, utlizando os instrumentos elaborados pela Poética — toda leoria interna da Literatura ~ para eviden- ciar sua significago. Assim, a letura de Séo Bernardo significa a descrigao da estrutura de Sao Bernarco. 4) Ficha de Resumo GUARDIANO, Paschoa Baldassari. Uma leitura de So Bernardo; a exortacao iética Franca: UNESP | 1977 |. 200 p. AA. objetiva descrever a construgao do discurso narrative de Sao Bernardo; explic tando as unidades narrativas e os principios de coeséo que fundamentam o romance, a A. examina mecanismos de verossimilhanca @ o sistema de motivacdes para revelar os procedimentos indiciais e as funcdes das personagens. Encontrando na retérica o ins- trumento adequado para desvendar a significado do texto ~ a palavra critica, invariante tematica de Graciliano Ramos - ope, como concluso, a reificagao humana existente na sociadade brasileira & visdo do mundo humanista proposta pelo narrador. ©) Ficha de Citagées GUARDIANO, Paschoa Baldassari. Uma leitura de So Bernardo; a exortagao iitica, Franca: UNESP | 1977-200 p. Da obra: *O valor final encontrado é a medida do julgamento dessa ideologia; incomunicabil- dade, solidéo e infelicidade foram, de fato, os resultados de sua busca’. p. 127 “0 futuro do homem brasile, presumimos, sua auto-realizagao, dependera do co ‘nhecimento de suas préprias imitagdes e da real tentativa de superé-las mediante uma fundamentacdo ideot6gica que ndo perca de vista os melhoramentos essenciais do ser hhumano: a comunicabildade e a solidariedade”. p. 173 Na obra: 1, de THOMACHEVSKI, B. Thématique. in: EIKEMBAUN ot al. Théorie de ta itté- rature, Paris: Seul, 1965. p. 23. “Le processus litéraire s‘organise autour de deux moments importants: le choix du theme et son élaboration.” 2. de PROPP, V. Morphologie du conte. Paris: Seuil, 1970. p. 176. “It faut considérer le conte en raport avec son milieu, avec les situations dans laquelle vit” 67 2.3 RESUMOS Da mesma forma que as fichas, para os pesquisadores os resumos so instrumentos obrigatérios de trabalho através dos quais se podem selecionar obras que merecem a lei- tura do texto completo. Entretanto, os resumos s6 so validos quando contiverem, de forma sintética ¢ clara, tanto a natureza da pesquisa realizada quanto os resultados € as conclusées mais importantes, em ambos 0s casos destacando-se 0 valor dos achados ou de sua originalidade. 2.3.1 Conceito, Finalidade e Cardter resumo € a apresentacdo concisa e freqiientemente seletiva do texto, destacando- se 0s elementos de maior interesse ¢ importincia, isto é, as principais idéias do autor da obra. A finalidade do resumo consiste na difusio das informagées contidas em livros, ar tigos, teses etc., permitindo a quem o ler resolver sobre a conveniéncia ou néo de con- sultar o texto completo. O cardter de um resumo depende de seus objetivos: apresentar tum sumério narrativo das partes mais significativas, néo dispensando a leitura do texto; condensagio do contetido, expondo ao mesmo tempo tanto as finalidades e metodologia {quanto 0s resultados obtidos e as conclusdes da autoria, permitindo a utilizacéo em tra- balhos cientificos ¢ dispensando, portanto, a leitura posterior do texto original; andlise interpretativa de um documento, criticando os diferentes aspectos inerentes ao texto. 2.3.2 Como Resumir Levando-se em consideragio que quem escreve obedece a um plano I6gico através do qual desenvolve as idéias em uma ordem hierirquica, ou seja, proposicao, expli- cagdo, discussio e demonstracao, € aconselhavel, em uma primeira leitura, fazer um es- boo do texto, tentanto captar 0 plano geral da obra ¢ seu desenvolvimento. A seguir, volta-se a ler o trabalho para responder a duas questées principais: de que trata este texto? O que pretende demonstrar? Com isso. identifica-se a idéia central € 0 ropésito que nortearam 0 autor. Em uma terceira leitura, a preocupacao & com a questo: como o disse? Em outras palavras, trata-se de descobrir as partes principais em que se estrutura 0 texto. Esse passo significa a compreensio das idéias, provas, exemplos etc. que servem como ex- Plicagdo, discusso ¢ demonstracao da proposicéo original (idéia principal). E importan- te distinguir a ordem em que aparecem as diferentes partes do texto. Geralmente quan- do o autor passa de uma idéia para outra, inicia novo pardgrafo; entretanto, a ligacio centre os pardgrafos permite identificar: 68 8) conseqiiéncias (quando se empregam palavras tais como: em conseqtiéncia, por conseguinte, portanto, por isso, em decorréncia disso et.); b) justaposigao ou adicao (identificada com expresses de tipo: e, da mesma forma, da mesma maneira etc.); ©) oposi¢ao (com a utilizagéo das palavras: porém, entretanto, por outra parte, sem embargo etc.); 4) incorporagéo de novas idéias; ©) complementacao do raciocfnio; )_repeti¢do ou reforgo de idéias ou argumentos; 2) justificagéo de proposigées (por intermédio de um exemplo, comprovacéo ete,); hh) digressio (desenvolvimento de idéias até certo ponto alheias ao tema cen- tral do trabalho). Os trés tltimos casos devem ser totalmente excluidos do resumo. A Giltima leitura deve ser feita com a finalidade de: a) compreensio do sentido de cada parte importante; b) anotagao das palavras-chave; ©) verificagao do tipo de relagao entre as partes (conseqiiéncia, oposicéo, complementagio etc.). ‘Uma vez compreendido 0 texto, selecionadas as palavras-chave e entendida a re- lacio entre as partes essenciais, pode-se passar & elaboracio do resumo. 2.3.3 Tipos Dependendo do caréter do trabalho cientifico que se pretende realizar, 0 resumo pode ser: indicativo ou descritivo; informativo ou analitico; critico. 8) indicative ou descritive — quando far referéncia As partes mais importan- tes, componentes do texto. Utiliza frases curtas, cada uma correspondendo 2 um elemento importante da obra. Nao é simples enumeraco do sumfrio ou indice do trabalho. Nao dispensa a leitura do texto completo, pois ape- nas descreve sua natureza, forma e propésito; b) informativo ou analitico — quando contém todas as informagées princi- pais apresentadas no texto e permite dispensar a leitura desse ultimo; por- tanto, € mais:amplo do que o indicativo ou descritivo. Tem a finalidade de informar 0 conteiido e as principais idéias do autor, salientando: 69 © 0s objetivos e 0 assunto (a menos que se encontre explicitado no titulo); © 0s métodos e as técnicas (descritas de forma concisa, exceto quando um dos objetivos do trabalho é a apresentacio de nova técnica); © os resultados e as conclusées. ‘Sendo uma apresentacdo condensada do texto, esse tipo de resumo nao de- ve conter comentérios pessoais ou julgamentos de valor, da mesma maneira que nao deve formular criticas. Deve ser seletivo e nao mera repeticao sin- tetizada de todas as idéias do autor. Utilizam-se, de preferéncia, as pré- prias palavras de quem fez o resumo; quando cita as do autor, apresenta-as entre aspas. Nao sendo uma enumeracao de t6picos, o resumo informativo ou analitico deve ser composto de uma seqiéncia corrente de frases conci- sas. Ao final do resumo, indicam-se as palavras-chave do texto. Da mesma forma que na redacdo de fichas, procura-se evitar expresses tais como: 0 autor disse, o autor falou, segundo o autor ou segundo ele, a seguir, este li- vro (ou artigo, on documento) ¢ antras do género, ou seja, todas as pala- vras supérfluas. Deve-se dar preferéncia & forma impessoal. ¢) eritico — quando se formula um julgamento sobre o trabalho. E a critica da forma, no que se refere aos aspectos metodolégicos; do contetido; do de- senvolvimento da légica da demonstracéo; da técnica de apresentacdo das idéias principais. No resumo critico nao pode haver citagdes. 2.3.4 Exemplos Resumo indicativo ou descritivo LAKATOS, Eva Maria, O trabalho tempordrio: nova forma de relagées sociais no tra batho. So Paulo: Escola de Sociologia e Politica de S40 Paulo, 1979. 2. v. (Tese de Livre-Docéncia). tapas do desenvolvimento econémico que caracterizam a transicao do feudalismo ara 0 capitalismo. Distingdo entre as relagdes sociais formais de producSo e as relagdes sociais no trabalho, segundo as sucessivas fases de organizacdo industrial: sistema fami- liar, de corporagées, doméstico ¢ fabril; também de acordo com a naturcza das elites que introduzem ou determinam o processo de industrializacao nas diferentes sociedades: lite dindstica, classe média, intelectuais revoluciondrios, administrador colonial, lider nacionalista. As elites influem ainda no proceso de recrutamento da mio-de-obra, na integraco do trabalhador na empresa, na autoridade que elabora as normas referentes & relacéo entre o trabalhador e a direcdo da empresa e no caréter da atividade da geréncia sobre os trabalhadores. Conceito de trabalhador temporério. Etapas de desenvolvimento econémico das sociedades que influem no processo de trabalho. Organizacao do traba- Iho ¢ suas alteragées, causa e conseqiéncia das transformagbes da sociedade. Surgimen- 70 to e desenvolvimento do trabalho tempordrio segundo as etapas de desenvolvimento ‘econémico e da organizacio do trabalho. Metodologia da pesquisa, selecéo da amostra, técnicas de coleta de dados, enunciado das hipsteses e varidveis. Andlise e interpre- taco dos dados, comprovacio ou refutacdo das hipteses. Perfil do trabalhador tem- orério. Resumo informative ou analitico LAKATOS, Eva Maria. O trabalho tempordrio: nova forma de relages sociais no tra- batho. Sao Paulo: Escola de Sociologia ¢ Politica de Sao Paulo, 1979, 2. v. (Tese de Livre-Docéncia). A partir da Idade Média, as sucessivas fases da organizacéo industrial apresentam 0 sistema familiar, onde a produco era realizada pelos membros da familia, para seu pré- rio consumo e néo para a venda, pois praticamente inexistia mercado; o sistema de Corporagées, em que a produco ficava a cargo de mestres artes4os independentes, do- nos da matéria-prima e das ferramentas de trabalho, auxiliados por aprendizes, atenden- do a um mercado pequeno ¢ estdvel: nao vendiam seu trabalho mas 0 produto de sua atividade; sistema doméstico, com um mercado em expanséo, onde o mestre artesao perde parte de sua independéncia: surge o intermediério a quem pertence a matéria-pri- ma e, em conseqiiéncia, 0 produto acabado; sistema fabril, atendendo a um mercado ca- da vez mais amplo e oscilante, onde a produgio ¢ realizada em estabelecimentos perten- centes a0 empregador, sendo 0 trabalhador totalmente dependente, pois ndo é mais dono dos instrumentos de produgio: vende, portanto, sua forca de trabalho. As relagées so- ciais formais de producdo resultam “dos direitos definidos de acesso a um particular meio de vida e de participacio nos resultados do processo de trabalho”. As relagées so- ciais no trabalho compreendem “aquelas relagdes que se originam da associagfo, entre individuos, no proceso cooperativo de produgio”. A Revoluco Industrial nao alterou as relagdes sociais formais de producéo do sistema fabril. De acordo com a natureza da elite que orienta, introduz ou determina o processo de industrializacdo, as relagdes so- ciais no trabalho recebem diferentes influéncias. As principais séo: proceso empregado ‘no recrutamento da mAo-de-obra; na integragio do trabalhador na empresa; na autorida- de que elabora as normas referentes as relagdes entre o trabalhador ¢ a direcio da em presa; no cariter da autoridade da geréncia sobre o trabalhador. A elite dinéstica recru- ta, baseada em lacos familiares; utiliza mecanismos patemalistas de integrac3o; elabora normas através do Estado ¢ da propria geréncia e tem uma preocupacdo patemnalista com os trabalhadores. A classe média recruta segundo a habilidade; cria mecanismos cespecificos de integragéo; a elaboracdo das normas é pluralista ¢ considera o trabalha- dor como cidadio. Os intelectuais revolucionérios realizam um recrutamento apoiados na filiago politica; a integragéo dé-se através do apelo ideolégico; a elaboracdo das ‘normas encontra-se sobre a égide do partido ¢ do Estado, e a autoridade tem cariter di- tatorial, de inicio, e, mais tarde, constitucional. Os administradores coloniais recrutam segundo a naturalidade; a integracio é patemalista; as normas sio elaboradas pela me- n tr6pole ¢ as formas de autoridade so ditatorial ¢ paternalista, Os lfderes nacionalistas recrutam segundo a qualificacio profissional e politica; a integracao baseia-se na elabo- ragdo de normas; consideram o trabalhador como patriota; a elaboracao de normas des- taca o Estado ¢ os dirigentes, ¢ a autoridade depende do tipo de gerentes. Distingue-se © trabalho tempordrio de outras atividades, tais como: trabalho parcial, recrutamento di- eto, perfodo de experiéncia, empréstimo de trabalhador, subcontratacéo, empreitada, trabalhador sazonal, diarista, trabalhador extemo e trabalhador doméstico. Na concei- tuacdo de trabalhador temporério-faz-se referencia a uma relacdo triangular entre 0 em- pregador (agéncia de mio-de-obra temporiria — fornecedor), 0 trabalhador tempordirio € a empresa cliente (tomador). O trabalho temporério “€ uma conseqiiéncia do sistema fa- bril de producao, surgindo espontancamente em determinada etapa do desenvolvimento econdmico, inserindo-se, geralmente, em formas especificas de organizacio do trabalho — determinada pela tecnologia e pluralista — sob certas condigdes: organizacéo contra- tual, contratos individuais ¢ baseados na ocupaco”. A sociedade industrialmente de- senvolvida favorece o surgimento do trabalho temporério. A ampliag3o deste é incenti- vada pelo aumento da diviséo do trabalho e pela especializacao: coincide sua expansio com 0 aumento do desemprego. O trabalhador temporério diferencia-se daquele que € fixo por um conjunto de caracteristicas, sendo as mesmas uma decorréncia do tipo de atividade exercida, assim como do tempo de exercicio da fungio. O trabalhador é en- caminhado a esta atividade principalmente pela insuficiéncia de oferta de empregos fi- X0s. © trabalhador tempordrio & predominantemente do sexo masculino; entre 18 € 30 ‘anos; com primério completo; sem companheiro; familia pouco numerosa, geralmente migrante do préprio Estado; renda familiar entre Cr$ 2.500,00 e Cr$ 5.000,00 (1976); responsével econémico da familia; mora em casa alugada e néo possui outra fonte de renda ou bens. Palavras-chave: Sistema familiar, de corporagées, doméstico € fabril. Relagdes so- ciais formais de produgio. Relagées sociais no trabalho. Revolucéo Industrial. Elite dindstica, classe média, intelectuais revolucionérios, administradores coloniais e lideres nacionalistas. Trabalho temporério. Trabalhadores temporérios. Caracteristicas dos tra- balhadores temporérios. Resumo critico LAKATOS, Eva Maria. O trabalho tempordrio: nova forma de relagées sociais no tra- balho. Sao Paulo: Escola de Sociologia e Politica de Séo Paulo, 1979. 2. v. (Tese de Livre-Docéncia), Traca um panorama do trabalho temporério nos dias atuais, nos municipios de Sio Paulo, ABC e Rio de Janeiro, relacionando as razées hist6ricas, sociais e econdmicas que levaram ao seu aparecimento e desenvolvimento. Divide-se em duas partes. Na primeira, geral, tem-se a retrospectiva do trabalho temporério. Partindo do surgimento da producéo industrial, traca um panorama da evolugao dos sistemas de trabalho. Dessa 72 maneira so enfocadas, do ponto de vista sociol6gico, as relagées de produgao através dos tempos. Esse quadro hist6rico fomece a base para a compreensio dos fatores so- Ciais e econdmicos que levaram & existéncia do trabalho temporério tal como é conheci- do hoje no contexto urbano. A parte tedrica permite também visualizar a realidade s6- cio-econémica do trabalhador temporério, conduzindo, em seqiiéncia légica, as pesqui- ‘sas de campo apresentadas na segunda parte do trabalho. A parte essencial consiste em ‘uma pesquisa realizada em trés niveis: 0 trabalhador temporério, as agéncias de mao- de-obra temporéria € as empresas que a utilizam. Ao abordar os trés elementos atuantes 1no proceso, a pesquisa cerca o problema e faz um levantamento profundo do mesmo. AAs técnicas utilizadas para a sclecéo da amostra ¢ coleta de dados séo rigorosamente corretas do ponto de vista metodolégico, 0 que dé a pesquisa grande confiabilidade. As tabelas apresentadas confirmam ou refutam as hipsteses levantadas, permitindo que, a cada paso, se acompanhe 0 raciocinio que leva as conclusdes do trabalho, Estas sio apresentadas por t6picos divididas conforme a parte a que se referem, permitindo a0 Ieitor uma confrontacdo entre 0 texto comprobatério ¢ a conclusio dele resultante. Ao final de cada capitulo aparece um glossério, com a definico dos principais conceitos utilizados no texto. Séo ainda apresentadas, em anexo, a legislacdo referente a0 traba- Iho temporério, o modelo de formulério utilizado na pesquisa e a lista de itens que a in- tegra. As tabelas que apresentam os resultados da pesquisa fazem parte do segundo vo- lume. Esse material permite que se conheca em detalhes e se possa reproduzir 0 proces- so de investigacio realizado. LITERATURA RECOMENDADA ASTI VERA, Armando. Metodologia da pesquisa cientifica. Porto Alegre: Globo, 1976, p. 120-5. BARRASS, Robert. Os cientistas precisam escrever: guia para redaco para cientistas, engenheiros e estudantes. Sdo Paulo: T. A. Queiroz, EDUSP, 1979, Capitulo 11. CERVO, Amado Luiz, BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia cientifica: para uso dos estudantes universitérios. 2. ed. Séo Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1978, Parte Il, Capitulo 4. FRAGATA, Iilio. Nogdes de Metodologia: para a elaboragio de um trabalho cientifi- co. 3. ed. Porto: Tavares Martins, 1980. Capitulos 5 ¢ 6. GALLIANO, A. Guilherme (Org.). Método cientffico: teoria e pritica, Sao Paulo: Har per & Row do Brasil, 197. Parte Il, Capitulo 9. GOODE, William J., HATT, Paul K. Métodos em pesquisa social. 2. ed, S30 Paulo: ‘Nacional, 1968. Capitulo 9. KURY, Adriano Gama. Elaboracao e editoracdo de trabalhos de nfvel universitério: especialmente na érea humanistica. Rio de Janeiro: Casa de Rui Barbosa, 1980. Capftulo 1. REHFELDT, Glédis Knak. Monografia e tese: guia pritico. Porto Alegre: Sulina, 1980. Parte I, Capitulos 1, 2¢ 3. 73 RUMMEL, J. Francis. Introducdo aos procedimentos de pesquisa em educacdo. 3. ed. Porto Alegre: Globo, 1977. Capitulo 7 SALOMON, Délcio Vieira, Como fazer uma monografta: elementos de metodologia do trabalho cientifico. 3. ed. Belo Horizonte: Interlivros, 1973, Parte I, Capitulo 3, Parte Ill, Capitulos 3 ¢ 4. SALVADOR, Angelo Domingos. Métodos e técnicas de pesquisa bibliogréfica: el boracao de trabalhos cientificos. 8. ed. Porto Alegre: Sulina, 1980. Parte I, Capitu- 10 2, Segao 3. VEGA, Javier Lasso de la, Manual de documentacién, Barcelona: Labor, 1969. Parte mw. 74

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