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Atribuições da CIPA

Conforme uma empresa cresce e se estabelece no mercado, aumentam as oportunidades


e os riscos. Por isso, o governo determinou que, a partir de 20 funcionários, faz-se
necessária a criação de uma Comissão Interna para Prevenção de Acidentes. As
atribuições Cipa são muitas e sobre elas vamos conversar hoje.

Sua composição é mesclada entre colaboradores e empregadores, e uma das principais


atribuições da Cipa é conhecer a legislação, o que vai ajudar a garantir sua eficácia. O
ponto mais importante é a Norma Regulamentadora 5, que informa como a Comissão
deve trabalhar, quantas pessoas devem participar e todas as regras que a envolvem.

Parece fácil, não é? Entretanto, definir os participantes e coordenar as atividades é


apenas o início do processo. A atuação da Cipa deve ser estratégica de modo a
realmente cumprir seu propósito — e não apenas atender às obrigatoriedades legais. Se
sua empresa precisa fortalecer isso, aproveite este artigo!

Objetivo da CIPA
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA - tem como objetivo a prevenção
de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível
permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do
trabalhador.

Qual a importância da Cipa para a saúde e segurança do


trabalho?

Como os gestores da sua organização enxergam a segurança do trabalho? A resposta


dessa pergunta faz toda a diferença para um bom trabalho da Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes, pois uma companhia cujos líderes têm a segurança como
prioridade — e passam isso para suas equipes — se posicionam melhor no mercado e
são bem-vistos por toda a sociedade.

A importância da segurança do trabalho ser internalizada e fazer parte da cultura


organizacional é outro ponto positivo dessa premissa. Sendo assim, os colaboradores
reconhecem seu papel no processo e, a partir disso, têm maior interesse em fazer parte
dele, não pensando apenas nos benefícios, mas nas responsabilidades que isso pode lhe
trazer. Portanto, uma forma de inovar, nesse contexto, é aprimorar o processo seletivo
dos participantes da Cipa.

Quais práticas inovadoras podem melhorar o trabalho da


Cipa?

Todo processo cuja participação de seus integrantes é engajada e ativa está no caminho
certo para funcionar. Com a Cipa, não é diferente. Neste tópico, vamos abordar algumas
práticas inovadoras que, independentemente do segmento ou porte da companhia,
podem aperfeiçoar o trabalho desses profissionais e mais: levar a organização a outro
patamar, em termos de segurança. Confira a seguir.

1. A equipe deve estar comprometida com o propósito


Não é incomum, em época de eleição dos membros da Comissão, que alguns
colaboradores foquem em uma vantagem especial de fazer parte: a estabilidade do seu
emprego. Claro que isso é atrativo, mas não deve ser um diferencial tão importante para
motivar as pessoas a se candidatarem.

O que faz a diferença aqui é uma boa campanha de comunicação e conscientização


interna, que abranja as atribuições da Cipa, lembrando como o trabalho é importante e
que vai exigir estudo e empenho. É preciso voltar a atenção para a importância de tornar
o ambiente organizacional um local seguro para todos. Não é uma tarefa fácil. Afinal, se
está lidando com dezenas de vidas. Por outro lado, é nobre e animador poder contribuir
com iniciativas que visem ao bem coletivo.

2. Ideias são bem-vindas e devem ser encorajadas


Muitos talentos são perdidos por não terem o estímulo devido dentro das empresas. A
gestão deve encorajar brainstormings e a proliferação de ideias, em especial, diante de
situações ou projetos mais desafiadores. No trabalho da Cipa, especificamente, há
inúmeras oportunidades para ser criativo, como no planejamento da Semana Interna de
Prevenção de Acidentes (Sipat).

Ações inovadoras ajudam a promover o engajamento dos funcionários e uma maior


participação de todos. Uma vez que se conquista sua atenção, fica mais fácil torná-lo um
aliado da causa, alguém que vai incentivar a participação dos colegas e defender pautas
importantes, mesmo sem ser membro direto.

3. Uma Cipa eficiente é uma Cipa onipresente


Os membros da Cipa devem ter autonomia para participar de reuniões importantes —
cujos temas estejam associados à pauta de segurança — e de eventos da companhia,
trabalhando em parceria com os profissionais do SESMT e das áreas de Recursos
Humanos, Comunicação Corporativa, Segurança do Trabalho e Medicina do Trabalho.

Essa integração tende a potencializar o desempenho de todos os setores envolvidos,


além de demonstrar aos membros da Comissão que sua participação é essencial e que a
Cipa não deve ser lembrada apenas em campanhas internas de vacinação ou durante
as dinâmicas da Sipat.

4. A inovação caminha lado a lado com o engajamento


Quando se fala sobre inovar ou ser criativo, algumas pessoas associam a grandes ideias
ou invenções, mas a inovação em si nem sempre está relacionada a isso. Adaptações e
melhorias também fazem parte desse processo e é uma excelente oportunidade para
envolver os funcionários nas iniciativas de segurança.
As ações da Cipa não têm razão de existir se os colaboradores não participarem: afinal,
eles são o público-alvo de todas essas realizações e gostam de se sentir assim. Por isso,
ao pensar nas atividades e iniciativas, deve-se sempre procurar ir além, dar um toque
especial que faça a diferença e se mostre significativo de alguma forma.

5. Focar nas prioridades é uma estratégia eficiente


Entre as principais atribuições da Cipa, encontra-se a verificação das condições de
trabalho e os riscos nelas envolvidos. Geralmente, essa é uma das primeiras etapas do
trabalho da Comissão e lhe exige muito foco e atenção. A partir dessa análise, vem outro
ponto essencial, que é o plano de ação para SST.

Esse plano deve enfatizar estratégias e ações realistas e práticas que, desde sua
elaboração, demonstrem benefícios para a empresa, ou seja, qual é a sua relevância e
por quem devem ser executadas. O protagonismo da Cipa depende de um trabalho
expressivo nesse aspecto.

6. Boas parcerias fazem a diferença dentro e fora da empresa


Se dentro de uma companhia, os principais aliados da Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes são os colaboradores, fora dela são os fornecedores que lhe auxiliam nas
ações. O cumprimento da legislação é complexo e alguns detalhes podem passar
despercebidos, mesmo para quem está familiarizado com eles. Por isso, é importante
contar com parceiros confiáveis cujo serviço seja bem reconhecido no mercado e passe a
credibilidade necessária, fortalecendo a aliança nas duas pontas.

Nesse ramo, a assessoria técnica é sempre bem-vinda e faz muita diferença para a
concretização dos tópicos abordados anteriormente. Certifique-se de contar com as
pessoas certas para esse trabalho.

A pandemia que estamos enfrentando se tornou um ponto de atenção a mais para o


trabalho da Comissão. Isso lhes tem exigido mais responsabilidade, já que a exigência
pela segurança aumenta a cada dia. Aplicar as práticas mencionadas acima pode
representar um divisor de águas, não apenas para os setores envolvidos, mas para
milhares de vidas.

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