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Contos de Uldras Harsovt
Contos de Uldras Harsovt
Uldras
Harsovt
Pt-1 Toca dos teixugos
Pt-2 Uma jornada inesperada
Pt-3 Rumo a Bhalgar
TOCA DOS TEXUDOS
Estipula-se uma media de idade moderada para essa raça tão pacata
e ao mesmo tempo encantadora, estes são os texugos, aqueles que
buscam a calmaria dentro os maiores temporais... ou assim devia ser.
continente de Uldras.
“Data-se uma era sombria, onde os campos que hoje são verdes e férteis outrora foram
devastados por cinzas e sombras…
Há muitas eras o continente de Válen fora chamado de Modríar, uma terra devastada pela
maldade e assolada pela sombra da escuridão, a magia negra era tão poderoso que as belas
gramas verdes nada mais eram do que cinzas ao vento quente, nada nascia e nada florescia, a
vida era miserável. Sob a tutela do Senhor das Sombras Morgorth nascido da própria maldade e
malícia dos deuses antigos (ou assim contam as histórias perdidas).
O reinado de Morgorth durou vários invernos frios e gelados, e parecia que nada o jamais
pararia à não ser pelo maior inimigo do homem… o tempo.
Resquícios de idade chegavam ao senhor das trevas e com isso trouxe um herdeiro, um hábil
ferreiro e astuto como uma cobra. Seu nome foi perdido, apenas sabe-se que ele herdou a
alcunha de seu mestre como o Senhor Sombrio. O escolhido das sombras fez um “tratado de
paz” com os reis locais, era um exímio forjador, algo que nem as mais quentes fornalhas dos
artesãos anões armênios sob a montanha de fogo eram capazes.
Esses formosos itens foram chamados de Dróias e o cetro fora chamado de “O Um”
-Mas o que algo tão grande e poderoso faz nas mãos de um texugo ?
isso é loucura avô, não consigo conceber essa ideia...”
-Não há o que conceber meu neto, é seu fardo, é o nosso dever, daqui
algumas luas partirei para as terras imortais onde terei meu merecido
descanso, sei que é algo grande, mas cabe a ti guardar essa adaga e
deixar longe do alcance das tr...” “Como isso cabe a mim ?”
interrompeu outra vez Pippin “Eu sou só um texugo, um ser invisível
perante tanto encanto em nosso continente”
-Sim meu neto, e é justamente por isso que somos perfeitos ao
trabalho, e justamente por esse motivo que nos foi confiado a garra,
sinto que mais uma vez Modríar pode se reerguer das sombras e vir
nos buscar, partirei logo e sugiro que faça o mesmo.
Foram 3 semanas após a partida que Pippin desejou contar tudo sobre
a garra para Ka’wazz
-O velho me deixou com tudo e ao mesmo tempo com nada, o que vou
eu fazer com essa adaga aqui, se eu fosse um tanto mais novo seria o
presente da minha vida, fora que me deixou na administração da toca
do texugo
-Sim concordo Ka’waaz mas não posso deixar tudo isso pra tras e
simplesmente ir, subir as terras selváticas a esmo, um texugo não
duraria 1 dia la”
- O Seu Arnoldo durou, e digo de boca cheia que bem mais do que 1
dia...
- Ta. Isso é historia e ele não tava sozin... “Mas tu também não ta
Pippin, se esse for o teu destino vai, vai sem olhar para trás, eu fico
aqui e cuido de tudo na toca to texugo HAHAHAHAHA”
Pippin teve seus olhos quase que lacrimejando, mas a lealdade do
amigo texugo nunca houve de ser questionada nenhuma vez, sempre
estiveram juntos em perrengues e momentos bons.
-Então é isso ?
O Sol nascia e Pippin decidiu que marcharia até o relento ou que seus
pés de texugo aguentassem. A noite caia e estrada pouco era
movimentada, viu uma clareira um tanto afastada da estrada e
decidiu que por ali ele ficaria a noite e voltaria a andar no outro dia,
preparou uma janta e usou seus cobertores de pena que trouxera
enroladinhos em sua mochila de aventura, abriu um mapa mas pouco
sabia como manusear ou se guiar, nunca teve interesse e nesse
momento viu que matar as aulas de geografia do Sr Maldock Pés-
Peludos não havia sido algo inteligente.
Rax- Não vou discordar dessa vez irmão. Mas os méritos da carne de
urso coruja esta noite são meus, com alguns empecilhos a caça foi
concluída, e como o combinado...
Rex- Não!
Rex- Como se tu fosse capaz de algo” Nessa hora Pippin observou que
o clima entre os dois estava tenso e os olhos se curvavam de raiva,
achou que começariam a brigar entre si e começara a pensar qual
seria o resultado desse embate. Os dois se aproximavam e o
nervosismo de Pippin aumentava, seu medo o mantinha agachado
entre moitas mas seu interno mandava sair e parar a briga. Os dois se
aproximaram e começaram a fazer gestos com as mãos, batendo elas
fechadas sobre a palma e na terceira batida formada, de começo
Pippin achou que era o processo de alguma magia mas em pouco
tempo percebeu que estavam decidindo quem limparia a carne do
urso coruja e assaria no famoso “Pedra Papel Tesoura”
Pippin- Meu avô me contou um pouco sobre e falou que o mal reúne
forças nas montanhas nortenhas, disse que eu precisava reunir eles e
impedir isso... ou algo do tipo
Rax- Tudo bem Pippin dos Dróias, prossiga com nós até Bhalgar, a
floresta de Narrí não é um lugar seguro
Rex- De qualquer forma é ele que limpa nossa barra, a gente não pode
quebrar a confiança dele, tudo bem... a gente fica com o garoto, mas
só até Bhalgar, a gente não pode atravessar o mar da cicatriz arcana
até as montanhas de Líria e mesmo que podesse, os Dróias...
Rax- Mas seria divertido não acha ? acho que esse garoto é um aviso
do destino, ta na hora da gente buscar novos horizontes, foda-se a
cultura de Líria de odiar o pessoal desse lado e os elfos marrons, a
gente sempre deu nosso jeito de ser aceito, não são velhas tradições
e culturas que vão nos impedir.
RUMO A BHALGAR