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Apostila de Aula Prática - Atualizada2023
Apostila de Aula Prática - Atualizada2023
ALUNO: _____________________________________
Bioquímica
São Cristóvão
2023
SUMÁRIO
Assunto página
Introdução ao laboratório 01
Coloração de Gram 10
Cromatografia 14
Caracterização da uréase 19
Índice de saponificação 22
Fermentação alcoólica 27
AULA PRÁTICA 1: INTRODUÇÃO AO LABORATÓRIO
I. Instruções Gerais
O laboratório é um lugar para trabalho sério e não deve servir para experimentos não
programados. As orientações enumeradas a seguir devem ser obedecidas impreterivelmente:
1. Não é permitido comer ou beber dentro do laboratório.
2. É indispensável o uso de avental (jaleco ou guarda-pó), óculos de segurança, luvas, calçado
fechado e calça comprida.
3. Alunos com cabelo comprido devem mantê-lo sempre presos.
4. A leitura das práticas com antecedência proporcionará melhor aproveitamento das aulas.
5. Realize somente os experimentos indicados na aula. Não é permitido realizar aqueles não
autorizados.
6. Não troque os reagentes de uma bancada para outra.
7. Tendo qualquer dúvida, solicite ao professor os devidos esclarecimentos.
8. Cuidados especiais devem ser tomados durante o manuseio de ácidos e bases fortes e de
materiais biológicos.
9. Todos os reagentes (sem exceção) devem ser manipulados com luvas.
10. Comunique aos professores quando houver material quebrado na bancada ou aparelhos
danificados. Quando isto acontecer não utilize estes materiais. Se houver quebra de
material durante o experimento, comunique ao professor imediatamente.
11. Sempre confira o material recebido para a aula antes de iniciar o experimento. Avalie se
não estão danificados e se estão devidamente limpos.
12. Ao final de cada aula, limpe todo o material. Descarte os resíduos em frascos apropriados.
Lave sempre com água e sabão e por último passe sempre água destilada. As pipetas devem
ser colocadas dentro de cubas (lavadores de pipetas) com as pontas para baixo.
10. Nunca insira pipetas e/ou conta-gotas diretamente nos frascos estoque das soluções.
Sempre coloque um pouco da solução em um béquer e pipete a partir daí.
11. Para preparar soluções de ácidos fortes (sulfúrico, clorídrico, nítrico, etc), verta sempre
o ácido sobre a água, nunca a água sobre o ácido.
12. Para o preparo das soluções alcalinas (NaOH, KOH, etc) tome bastante cuidado, pois a
dissolução de bases fortes em água é exotérmica. Mantenha o frasco em banho de gelo
e não aspire os vapores desprendidos.
13. Todo e qualquer reagente volátil deve ser trabalhado na capela.
14. Para verificar o odor de uma substância, nunca leve o frasco diretamente ao rosto.
15. Para o preparo de soluções-padrão utilize vidrarias volumétricas.
16. O uso das pipetas:
- Para volumes de 0 e 1 mL, use pipeta de 1 mL graduada.
- Entre 1 e 2 mL, use pipeta de 2 mL graduada.
- Entre 2 e 5 mL, use pipeta de 5 mL graduada.
- Entre 5 e 10 mL, use pipeta de 10 mL graduada.
O líquido no interior das pipetas forma menisco e a leitura deve ser na altura dos olhos. O
mesmo vale para balões volumétricos.
Para medir substâncias corrosivas ou tóxicas, obstrua a extremidade superior da pipeta com
um pouco de algodão ou use uma bureta que é mais seguro.
Jamais pipete com a boca, sempre use peras, pró-pipetas ou pipetas automáticas.
Quando pipetar sangue, soluções viscosas, ácidos concentrados ou soluções alcalinas
concentradas, lavar imediatamente com água o material utilizado.
Antes de iniciar aula prática, verifique se todo o material a ser utilizado está na bancada.
MATERIAL DO ESTUDANTE:
CADA ESTUDANTE DEVERÁ TRAZER PARA OS TRABALHOS PRÁTICOS:
1) Jaleco: não será permitida a presença do aluno em aulas práticas sem jaleco.
2) Óculos de proteção e luvas de borracha (luvas de limpeza).
3) Guia de aulas práticas (apostila): sem o qual o aluno não executará as práticas.
4) Pincel marcador: para marcar adequadamente a vidraria.
PREPARO DE SOLUÇÕES:
(i) a solução molar é a qual 1 litro de solução contém o número de gramas igual ao seu peso
molecular.
Exemplo: para preparar 100 mL de uma solução 5M de NaCl = 58,456 (PM do NaCl) g x 5
moles x 0,1 litro = 29,29 g em 100 mL.
(ii) % de solução
Porcentagem (m/v) = massa (g) em 100 mL de solução
Porcentagem (v/v) = volume (mL) em 100 mL de solução
Exemplo: para preparar uma solução de agarose 0,7% em tampão TBE, pese 0,7 g de
agarose e adicione 100 mL de tampão TBE.
final. Uma exceção ocorre no preparo de soluções contendo ágar e agarose, onde a solução será
preparada diretamente no frasco final.
(vi) se a solução precisa ser em um pH específico, calibre o peagâmetro com soluções
tampões frescas e siga as instruções de uso do equipamento.
(vii) se a solução desejada for estéril, use a autoclave a 1210C por 20 min. Algumas soluções
não podem ser autoclavadas, ou seja, quando for composta de substâncias termosensíveis, como
antibióticos e SDS. Neste caso, a solução pode ser esterilizada com filtro estéril 0,22 µm. Meios para
cultivo de microrganismos devem ser preparados com algumas horas ou até um dia antes do seu
uso, tempo esse necessário para que a solução atinja a temperatura ambiente e a existência de
contaminação seja detectada.
(viii) Meios sólidos para placas de Petri podem ser preparados, autoclavados e estocados
em recipientes adequados que evitem contaminação e evaporação. Quando necessário, o meio
sólido pode ser “derretido” usando um microondas.
EQUIPAMENTOS:
(a) Comentários gerais. Utilize o equipamento em boas condições de trabalho. Não utilize
nada (qualquer instrumento) se não estiver sido instruído quanto ao propósito de uso.
Reporte qualquer funcionamento estranho imediatamente, incluindo ruídos
exagerados, vazamentos, cheiro de queimado, etc. Execute a limpeza do equipamento
logo após o uso, incluindo o rotor de centrífuga.
Por favor, não disperdice material – use somente o que você necessitar. Caso o material
esteja acabando, notifique o instrutor antes do término do mesmo.
Ocasionalmente, se for necessário o uso de reagente ou equipamento de outro
laboratório, notifique o instrutor antes do uso.
(b) Micropipetadores. Muitos experimentos realizados em laboratório dependem da sua
habilidade em medir volumes acurados de soluções usando micropipetadores. A
acuracidade só pode ser alcançada com bom desempenho no uso de micropipetas e
com boa ordenação de trabalho. Antes de usar micropipetas, certifique-se do limite de
volume que as mesmas trabalham, ajuste o volume desejado, respeitando esses limites.
Coloque a ponteira adequada à micropipeta a ser utilizada. Siga as instruções
fornecidas pelo instrutor. Descarte a ponteira em local adequado e guarde a
micropipeta com o volume ajustado no máximo ou no mínimo, isso ajudará a mater a
micropipeta calibrada por mais tempo.
(c) Usando um peagâmetro. Moléculas e funções biológicas são muito sensíveis a
mudanças de pH e, por isso, tampões são usados para estabilizar o pH desses meios.
Um peagâmetro é um instrumento que mede a diferença de potencial entre um
eletrodo de referência e um eletrodo de vidro, frequentemente combinado. O eletrodo
de referência geralmente é AgCl2. A medida acurada do pH depende da calibração do
equipamento, do grau de carga estática e da temperatura da solução a ser medida.
Alguns peagâmetros possuem sensor de temperatura, o qual corrige o valor do pH
dependendo da temperatura da solução que está sendo medida.
5
(d) Procedimentos de operação da autoclave. Todo o material deve ser colocado nos
cestos da autoclave. Todos os itens devem ser devidamente identificados quanto ao
conteúdo e o responsável pelo material autoclavado. Tenha certeza de que o material
colocado na autoclave não seja termolábel e seja resistente a pressão. As condições de
esterilização são de 1 atm e 1210C. O tempo de esterilização depende do volume do
material a ser autoclavado. Certifique-se de que a pressão está em zero antes de abrir
a autoclave.
6
Pré-Relatório
c) Pesquise a formulação dos meios de cultura presentes no ensaio experimental e identifique qual
a fonte de carbono de cada um dos meios de cultura.
d) Qual a classificação dos meios de cultura quanto a sua composição e disponibilidade de nutriente
aos microrganismos?
e) O que é ágar e qual a sua função no meio de cultura? Ele pode ser utilizado como nutriente pelos
microrganismos?
Introdução
Objetivos
Preparar meios de cultura e esterilizar os mesmos em autoclave.
7
Procedimento experimental
Depois de preparados os meios de cultura, cada grupo deve incubar os meios por 24h a 370C em
estufa bacteriológica para atestar a esterilidade dos mesmos.
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Pré-Relatório
Introdução
O processo de inoculação de microrganismos consiste em adicionar estes em um meio de
cultura para verificar seu crescimento.
Ao se inocular um microrganismo em um meio de cultura adequado para o seu crescimento
in vitro, esse microrganismo inicia o seu desenvolvimento nesse meio. A inoculação correta da
amostra é um dos passos mais importantes na identificação de um microrganismo de interesse,
seja ele um contaminante (patógeno) ou não. A inoculação pode ser feita por meio de alças de
inoculação devidamente esterilizadas ou swabs. Os meios devem estar devidamente esterilizados
e isentos de qualquer contaminante, para isso devem ser sempre examinados antes da inoculação.
Os microrganismos são semeados em meios líquidos ou em meios sólidos. Após a
inoculação de bactérias em placas ou tubos, devidamente rotulados, devem ser colocados em
incubadora a 370C por 24 ou 48 horas. Quando ocorre o crescimento de bactérias em um meio
sólido, as bactérias são representadas em padrões característicos denominados colônias, as quais
compreendem grandes grupos de células. Em meios líquidos, o crescimento mostra-se evidente
pela existência de turvação do líquido. A semeadura realizada no formato de estrias é feita a fim de
que se consiga o isolamento dos organismos, ou seja, a obtenção de colônias isoladas. Como cada
espécie possui um tipo morfológico colonial diferente, deve ser feita a análise quanto à elevação, à
forma, ao tamanho, às bordas e à pigmentação das colônias. Em um meio de cultura, um único tipo
de colônia observado é denominado cultura pura. Se forem observados vários tipos de colônias,
denomina-se cultura mista.
Os fungos filamentosos quando semeados em meios sólidos formam estruturas visíveis na
superfície denominadas micélio. Em meios líquidos, os fungos também promovem a turvação do
meio. Depois de semeados, os fungos filamentosos ou bolores são incubados na ordem de dias até
que se observe o aparecimento de micélio. As leveduras, fungos unicelulares, crescem e se
reproduzem mais rapidamente do que os bolores, pois são mais eficientes na realização de
alterações químicas, devido a sua maior relação de área/volume. O isolamento de colônias de
leveduras em meio de sólido permite realizar estudos das características morfológicas de cada
espécie.
Há várias técnicas de inoculação de microrganismos. Algumas são utilizadas para exames
qualitativos e outras, para estudos quantitativos.
Objetivos
Realizar inoculação em meios de cultura líquidos e sólidos, em placas e tubos de ensaio,
verificando a presença ou ausência de crescimento microbiano.
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Procedimento experimental
1. Flambar a alça de inoculação até o metal atingir o rubro e, a seguir, deixar esfriar próximo da
chama do bico de Bunsen;
Pré-Relatório
a) Qual a função do corante azul de metileno nessa prática?
b) Quais as características microscópicas dos bolores e da levedura de pão que serão utilizados
nessa prática?
c) Qual o nome científico da levedura de pão?
d) Quais as aplicações industriais da Saccharomyces cerevisiae e do Penicillium?
Introdução
Objetivos
Confeccionar lâminas coradas – coloração simples.
Avaliar a morfologia de microrganismos.
Manusear o microscópio ótico.
Procedimento Experimental
Material:
Lâminas de vidro
Alça de inoculação
Bico de Bunsen
Álcool 70%
Papel toalha
Azul de metileno
Óleo de imersão
Microscópio
Preparo do esfregaço:
b) Colocar uma gota de água destilada no centro da lâmina e adicionar, usando uma alça de
inoculação, a cultura microbiana a ser analisada;
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Coloração simples:
Pré-Relatório
a) O que é lugol e qual a sua função na coloração de Gram?
b) Explique o fundamento da coloração de Gram. Por que algumas bactérias coram de vermelho e
outras de roxo?
c) Na prática, em qual etapa ocorre a diferenciação entre as bactérias Gram – e Gram + ?
Introdução
Na técnica de Gram, bactérias são coradas com um corante violeta especial. A bactéria que
assim obtiver uma cor roxa será gram positiva e a que obtiver coloração rósea, gram negativa. A
gram positiva ganha coloração roxa porque sua camada mais externa, a parede celular, formada
por peptidoglicano, absorve a tinta. Já a gram negativa é rósea porque, apesar de também ter
parede celular, esta fica abaixo de uma membrana adicional, parecida com a membrana plasmática,
típica deste grupo de bactérias, logo não ocorrendo absorção.
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Objetivos
Confeccionar lâminas coradas – coloração diferencial (Gram).
Avaliar a morfologia de microorganismos.
Manusear o microscópio ótico.
Procedimento Experimental
Material:
Lâminas de vidro
Alça de inoculação
Bico de Bunsen
Álcool 70%
Papel toalha
Cristal violeta
Lugol
Solução álcool/acetona
Fucsina
Óleo de imersão
Microscópio
Preparo do esfregaço:
a) Colocar uma gota de água destilada no centro da lâmina e adicionar, usando uma alça
bacteriológica, a cultura microbiana a ser analisada;
b) Espalhe a cultura no centro da lâmina com movimentos circulares, intercalando a passagem da
lâmina na chama do bico de Bunsen;
c) Após fixação da amostra na lâmina, siga a aplicação dos corantes.
Coloração de Gram:
a) Preparar uma lâmina fixada e corar com cristal violeta por 1 minuto.
b) Lavar ligeiramente com água;
c) Cobrir com lugol durante 1 minuto;
d) Descorar com solução de álcool/acetona;
e) Lavar com água;
f) Cobrir com fucsina durante 30-60 segundos;
g) Lavar e enxugar sem esfregar;
h) Observar com imersão e descrever os resultados observados.
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Pré-Relatório
a) Apresente as dissociações que ocorrerão no tampão a ser preparado pelo seu grupo.
b) Demonstre os cálculos dos pHs teóricos para cada uma das combinações da Tabela utilizando a
equação de Henderson-Hasselbalch. Caso o tampão do seu grupo tenha mais de um pKa, justifique
a escolha do pKa foi usado no cálculo.
Introdução
Tampão é uma solução aquosa que resiste a mudança de pH após adição de pequenas
quantidades de ácido (H+) ou base (HO-). Um sistema tampão consiste de um ácido fraco (doador
de prótons) e sua base conjugada (aceptor de prótons). A capacidade tampão de um sistema é
máxima quando a concentração de ácido é exatamente igual a concentração da sua base conjugada.
Atualmente, o conceito de tampão é aplicado nas diversas áreas do conhecimento.
Bioquímicos utilizam tampões devido às propriedades de qualquer sistema biológico ser
dependente do pH. A atividade catalítica das enzimas, por exemplo, é fortemente influenciada pelo
pH e desta forma o controle biológico do pH das células e fluidos biológicos é de importância vital
para o metabolismo e atividade celular.
Além disso, em química analítica e industrial, o controle adequado do pH pode ser essencial
na determinação das extensões de reações de precipitação e de eletrodeposição de metais, na
efetividade de separações químicas, nas sínteses químicas em geral e no controle de mecanismos
de oxidação e reações eletródicas.
A relação quantitativa entre pH, ação tamponante de uma mistura de ácido fraco e sua base
conjugada é dada pela equação de Henderson-Hasselbach. O pH de uma solução tampão pode ser
estimado pela equação de Henderson-Hasselbalch, que é uma forma rearranjada da expressão de
equilíbrio de ionização de um ácido fraco (HA) ou de hidrólise de um ácido conjugado (BH+) de uma
base fraca (B). Respectivamente, representamos os equilíbrios químicos destas soluções tampão
pelas equações químicas:
HA(aq) + H2O(l) H3O+(aq) + A– (aq)
BH+(aq) + H2O(l) H3O+(aq) + B(aq)
Equação de Henderson-Hasselbalch
Objetivos
Preparar soluções tampão e verificar a capacidade tamponante. Calcular o pH, a concentração de
ácido fraco e sua base conjugada envolvidos na preparação de sistemas tampão. Conhecer a faixa
de capacidade tamponante dos tampões acetato, fosfato, citrato-fosfato e carbonato.
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Procedimento Experimental
Material por grupo:
2 béqueres de 100 mL
2 balões volumétricos de 100 mL
2 frasco para armazenar solução
2 espátulas
Etiquetas (rótulos)
Balança analítica
Procedimento:
Grupo 1: Preparar 100 mL de solução de acetato de sódio 0,4M e 100 mL de solução de ácido acético
0,4M.
Grupo 2: Preparar 100 mL de fosfato de sódio monobásico 0,15M e 100 mL de solução de fosfato
de sódio dibásico 0,15M.
Grupo 3: Preparar 100 mL de solução de citrato de sódio 0,15M e 100 mL de ácido cítrico 0,15M.
Grupo 4: Preparar 100 mL de ácido cítrico 0,06M e 100 mL de solução de fosfato de sódio dibásico
0,06M.
Pré-Relatório
a) Escrever a fórmula e a classe dos aminoácidos estudados nessa prática.
b) Qual a previsão da coloração dos aminoácidos na reação com a ninhidrina?
c) Ordene os aminoácidos do menor valor de Rf para o maior.
d) Qual a aplicação industrial do ácido glutâmico/glutamato?
Introdução
Este é o tipo que será utilizado na aula prática. Usualmente, trabalha-se com papel Whatmann,
com a devida especificação (número 4, por exemplo).
c) Linha básica - é a linha traçada, geralmente a três centímetros do bordo inferior do papel, sobre
o qual distribuímos as “manchas” de solutos.
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a) antes de ser iniciar o processo cromatográfico, a câmara, contendo a mistura de solvente, já deve
estar saturada de seus vapores,
b) o solvente não deve correr até o bordo superior do papel (cuidado com o tempo de
processamento) e nem tampouco uma pequena distância.
Os tipos de câmara cromatográfica variam de tamanho e forma, desde as mais bem
trabalhadas, até a um simples tubo de ensaio, proveta ou béquer.
As modalidades de cromatografia em papel são as mais variadas possíveis. Temos
cromatografia ascendente e descendente, mono e bidimensional, vertical e horizontal.
sentido em que b’
o cromatograma
foi desenvolvido d
a’
c’
a b c linha básica
Chama-se de Rf a relação existente entre a distância percorrida pelo soluto (até o centro da
mancha), pela distância total percorrida pelo solvente.
Modos de revelação
a) Pelo uso da luz ultra-violeta: empregado quando os compostos possuem núcleo que revelam o
comprimento de onda no U.V;
Para aminoácidos pulveriza-se o papel com solução de ninhidrina a 0,3% em álcool (usado
nesta aula)
Para ácidos orgânicos pulveriza-se o papel com a seguinte solução: 1g de xilose + 3 ml de água
+ 1 ml de anilina + 100 ml de álcool metílico.
Objetivos
Procedimento Experimental
Material por grupo:
Papel de filtro
Aminoácidos padrões
Câmara cromatográfica (ou béquer 250 mL + vidro de relógio)
Capilares de vidro
Ninhidrina a 0,3% em solução alcoólica
Solução Butanol: H2O (4: 1)
Estufa ajustada (60 – 65 0C)
Tesouras
Montagem do cromatograma
Traçar a linha de base de acordo com as dimensões do papel adaptado ao tamanho da cuba.
Adaptar o cromatograma à câmara tomando sempre o cuidado de não tocá-lo com os dedos.
Distribuir as soluções a serem analisadas nos pontos marcados no papel para a aplicação das
amostras.
Em seguida, fazer a aplicação dos padrões e da amostra problema usando capilares de vidro.
Secar as manchas (sem soprar) conforme instruções dadas pelo professor.
Deixar o cromatograma correndo até que o solvente atinja um pouco abaixo do bordo superior
do papel.
Em seguida, retire o papel da cuba e deixe secar. Após a secagem, pulverizar ninhidrina a 0,3%
em solução alcoólica. Levar o cromatograma à estufa à temperatura de 60 – 65 oC (ou a uma chapa
de aquecimento) até aparecimento de manchas coloridas.
Determinação do Rf:
Marcar o limite até onde o solvente atingiu (front).
Medir a distância da linha básica até o “front” (d), marcar o centro das manchas A, B, C e D.
Verificar as distâncias dA, dB, dC, e dD, que vão desde a linha básica até o centro de A, B, C e D.
Calcular os Rfs:
dA dB
Rfa = Rfb =
d d
Calcule os Rfs de cada aminoácido, avalie os resultados e compare com os dados do pré-relatório.
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Pré-Relatório
a) Qual é a reação catalisada pela urease?
b) Qual é a fonte de urease utilizada nos experimentos?
c) Como pode ser evidenciada a natureza proteica da enzima?
d) Explique o uso do indicador ácido-base vermelho de fenol no teste de atividade da enzima?
e) Qual é a justificativa para se empregar um tampão diluído (1 mM) na incubação para medida da
atividade de urease?
f) Explique o que ocorrerá quando a enzima for previamente fervida?
g) Qual o efeito do mercúrio sobre as enzimas?
Introdução
As enzimas, como todas as proteínas, são sintetizadas pelas células e constituem catalisadores
muito mais eficientes do que os catalisadores inorgânicos.
Os catalisadores são substâncias que aceleram a velocidade de uma reação química, sem serem
consumidos no processo. Embora toda a estrutura da molécula seja necessária para o papel
catalítico, a ligação com o substrato dá-se apenas numa porção bem definida da enzima – o sítio ou
centro ativo, formado por alguns resíduos de aminoácidos presentes na cadeia polipeptídica, que
se aproximaram devido aos dobramentos inerentes da estrutura terciária. Portanto, a estrutura e
a forma do centro ativo são uma decorrência da estrutura tridimensional da enzima e podem ser
afetadas por quaisquer agentes capazes de provocar mudanças conformacionais na estrutura
protéica, como variação de pH, temperatura, compostos orgânicos como uréia, etc.
A urease ocorre em algumas bactérias e plantas e pode facilmente ser extraída de soja (Glycine
max). A urease catalisa a hidrólise da uréia em amônia e dióxido de carbono.
H2N
C=O + H2O → CO2 + 2 NH3
H2N
Em meio aquoso:
2 NH3 + 2 H2O → 2 NH4OH (hidróxido de amônio)
A atividade da enzima pode ser verificada pela formação de carbonato de amônio, que é um
sal de caráter básico e cuja presença pode ser revelada por meio de um indicador ácido-base como
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vermelho de fenol. O indicador passa de cor amarela em meio ácido ou neutro para cor vermelha
em meio básico.
A enzima é específica para o substrato uréia, não utilizando um composto estruturalmente
análogo como a tiouréia.
NH2
C=S tiouréia
NH2
Como a urease contém grupos sulfidrila, a enzima é inibida por íons de metais pesados como
sais de mercúrio em concentrações reduzidas (10-4 mmol/L).
Objetivos
Demonstrar a natureza protéica da enzima;
Determinar qualitativamente a atividade enzimática;
Mostrar desnaturação protéica;
Exemplificar inibição enzimática;
Demonstrar a especificidade da ação enzimática.
Procedimento Experimental
REATIVOS
Solução de urease
Ácido nítrico concentrado
Tampão fosfato 1 mmol/L, pH 7,0
Tampão fosfato 1 mmol/L, pH 7,0, contendo 1 % de uréia
Tampão fosfato 1 mmol/L, pH 7,0, contendo 1 % de tiouréia
Reativo do biureto
Cloreto de mercúrio a 0,01%
Vermelho de fenol
Material:
10 tubos de ensaio + galeria (estante de tubos de ensaio) para cada grupo
1 pipeta graduada de 2 mL
1 pipeta graduada de 1 mL
3 pipetas graduadas de 5 mL
3 conta-gotas
Béquer de vidro de 600 mL
Aquecedor elétrico
CARACTERIZAÇÃO DA ENZIMA
I. Reação do Biureto
Em um tubo marcado “A”, colocar 2 gotas da solução de uréase e juntar 2 mL de do reativo de
biureto. Misturar. Em um tubo marcado “B”, colocar 2 gotas de água destilada e 2 mL do reativo de
biureto. Misturar. Comparar a cor nos dois tubos e concluir o resultado.
V. Especificidade da enzima
Utilizar dois tubos e marcar “A” e “B”. No tubo A colocar 3 mL de tampão fosfato 1 mmol/L,
pH 7,0, contendo 1% de uréia e 2 gotas de urease. No tubo B juntar 3 mL de tampão fosfato 1
mmol/L, pH 7,0, contendo tiouréia e 2 gotas de urease. Em ambos os tubos adicionar 1 gota da
solução de vermelho de fenol. Agitar e aguardar 5 minutos. Comparar o resultado com aquele do
teste II.
Pré-Relatório
a) Como é realizada a extração comercial de óleo de coco?
b) Quais as características físico-químicas desejadas para que o óleo de coco seja comercializado?
c) O que é índice de saponificação e o que essa análise representa no controle de qualidade de
óleos e gorduras?
d) Qual o rendimento médio da extração de óleo de coco e quais as variáveis que influenciam nesse
rendimento?
Introdução
O coco é o fruto de Cocus nucifera (família Arecaceae), uma árvore originária da Ásia. Como
matéria-prima para diversas indústrias (alimentos, cosmética, têxtil), o coco cumpre um importante
papel socioeconômico. A polpa do coco seco ou copra contém mais de 60% de óleo que pode ser
extraído por diversos métodos. Além de rico em ácido láurico, o óleo de copra não sofre degradação
a altas temperaturas.
O índice de saponificação é o número mg de hidróxido de potássio (KOH) necessário para
saponificar 1 g de gordura ou óleo. A reação de saponificação (Figura 7.1) pode estabelecer o grau
de deterioração e a estabilidade, verificar se as propriedades dos óleos estão de acordo com as
especificações e identificar possíveis fraudes e adulterações. O índice de saponificação é um indício
da quantidade relativa de ácidos graxos de alto e baixo peso molecular. O valor encontrado para o
índice de saponificação correspondente a uma dada massa de lipídios que varia inversamente com
a massa molar dos resíduos de ácidos graxos. Na reação representada na Figura 7.1, três moléculas
de KOH são necessárias para neutralizar 3 ácidos graxos liberados pela hidrólise dos triacilgliceróis,
não importando o tamanho da cadeia dos ácidos graxos. Os lipídios possuem duas frações a
saponificável e a insaponificável. A fração insaponificável é constituída pelas vitaminas
lipossolúveis, pró-vitaminas, esteroides e outros compostos.
Objetivos
Extrair e caracterizar o óleo de copra (polpa do coco).
Procedimento Experimental
Material:
Coco seco, béquer de vidro, forno de micro-ondas, faca de bom corte, liquidificador, funil, garrafa
plástica, balão e elástico, tesoura, coador, bacia.
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1 Erlenmeyer de 250 mL, Bureta, Proveta de plástico de 50 mL, 2 conta-gotas, Solução de KOH
alcoólica, Banho-maria fervente, Solução de HCl 0,5 mol.L-1, Fenolftaleína.
Procedimento:
Cálculo
Pré-Relatório
a) O que é um açúcar redutor?
b) Descreva a reação entre um AR e a solução de Fehling que ocorrerá nos ensaios experimentais.
c) Qual a diferença entre AR e ART em uma amostra?
d) Qual a importância de saber os valores de AR e ART de um produto?
SOLUÇÃO A:
Dissolver 3,46 g de sulfato de cobre em água destilada, e completar o volume a 50 mL.
SOLUÇÂO B:
Dissolver 17,3 g de tartarato duplo de sódio e potássio (sal de Rochelle) em água destilada,
adicionar 10 mL de uma solução contendo 5 g de hidróxido de sódio e completar o volume a 50 mL.
TITULAÇÃO A QUENTE:
Transferir para um erlenmeyer de 250 mL com auxílio de pipetas volumétricas, 5,0 mL da
solução A e 5,0 mL da solução B, formando 10 mL do reativo de Fehling. Colocar pérolas de vidro
no erlenmeyer e aquecer a solução até a ebulição.
Proceder à titulação gota a gota, mantendo a mistura em ebulição. Próximo do
desaparecimento da cor azul do sulfato de cobre, interromper a titulação e adicionar 2 a 3 gotas de
azul de metileno.
Manter a ebulição e completar a titulação até a mudança da cor azul para vermelho tijolo
(Ponto de Viragem), tempo estimado de 1 min. Colocar mais uma gota do indicador para confirmar
a viragem e anotar o volume gasto na bureta.
NaOH
Barra magnética
1 aquecedor elétrico ou chapa de aquecimento por grupo
Azul de metileno
TITULAÇÃO A QUENTE:
Proceder conforme técnica descrita no procedimento da determinação de AR.
Calcular o valor de açúcares redutores e expressar em termos de % de glicose. O mesmo fazer para
os açúcares redutores totais. Comparar com os valores informados no produto analisado.
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Pré-Relatório
a) Descreva o caminho bioquímico da sacarose presente no caldo de cana até a formação do etanol
pela levedura.
Introdução
Objetivos
Produzir etanol por via biotecnológica usando levedura de panificação.
Procedimento Experimental
Cada grupo deve trazer para o laboratório 200 a 250 mL de caldo de cana-de-açúcar extraído
no dia ou no máximo no dia anterior e acondicionado em geladeira.
Colocar a solução em um vaso de volume apropriado, fechar o vaso com um sistema que libere
os vapores durante a fermentação.
Medir o teor de açúcares através do 0Brix conforme descrito no item II (abaixo).
Adicionar 0,2 g de levedura e agitar suavemente a mistura.
Incubar a mistura de fermentação a temperatura ambiente e acompanhar o processo
fermentativo até a estabilização do 0Brix.
Determinar o teor de etanol produzido conforme descrito no item III (abaixo).