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Artigo Feira de Juti
Artigo Feira de Juti
RESUMO
As Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs) possuem excelentes fontes de
nutrientes, vitaminas e sais minerais, além de propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e
ações terapêuticas. Assim, o objetivo deste trabalho consistiu em elaborar uma cartilha
abrangente que fornecesse informações sobre as PANCs e os benefícios de seu uso na
culinária do dia a dia, ao mesmo tempo em que oferecesse orientações para o estabelecimento
de hortas domésticas em ambientes urbanos para o cultivo dessas plantas. Nesse sentido, a
cartilha reúne 10 PANCs nativas do Cerrado, reconhecidas por seu potencial farmacêutico,
sendo elas: Almeirão roxo (Lactuca canadensis L.), Bertalha (Basella alba L.), Capuchinha
(Tropaeolum majus L.), Caruru (Amaranthus deflexus L.), Major-Gomes (Talinum
paniculatum (Jacq.) Gaertn.), Ora-pro-nóbis (Pereskia aculeata Mill.), Peixinho (Stachys
byzantina K.Koch), Serralha (Sonchus oleraceus L.), Taioba (Xanthosoma taioba E.G.Gonç.)
e Vinagreira (Hibiscus sabdariffa L.).
ABSTRACT
1
Universidade Federal da Grande Dourados; 2 Programa de Educação Tutorial
d) gabrielliduartedossantos@gmail.com; luciana.cortes077@academico.ufgd.edu.br;
regiane.dias070@academico.ufgd.edu.br; zefapereira@ufgd.edu.br
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Non-Conventional Edible Plants (NCEP) have excellent sources of nutrients, vitamins and
mineral salts, in addition to antioxidant, anti-inflammatory properties and therapeutic actions.
Therefore, the objective of this work was to develop a comprehensive booklet that provides
information about NCEPs and the benefits of their use in everyday cooking, while also
providing guidance for establishing home gardens in urban environments for cultivating these
plants. In this regard, the booklet brings together 10 native NCEPs from the Cerrado region,
recognized for their pharmaceutical potential, namely: Almeirão roxo (Lactuca canadensis
L.), Bertalha (Basella alba L.), Capuchinha (Tropaeolum majus L.), Caruru (Amaranthus
deflexus L.), Major-Gomes (Talinum paniculatum (Jacq.) Gaertn.), Ora-pro-nóbis (Pereskia
aculeata Mill.), Peixinho (Stachys byzantina K.Koch), Serralha (Sonchus oleraceus L.),
Taioba (Xanthosoma taioba E.G.Gonç.) and Vinagreira (Hibiscus sabdariffa L.).
RESUMEN
Las Plantas Alimenticias No Convencionales (PANCs) tienen excelentes fuentes de
nutrientes, vitaminas y sales minerales, además de propiedades antioxidantes,
antiinflamatorias y acciones terapéuticas. Así, el objetivo de este trabajo fue elaborar un
folleto completo que brindara información sobre las PANCs y los beneficios de su uso en la
cocina cotidiana, al mismo tiempo que ofreciera pautas para el establecimiento de huertos
familiares en entornos urbanos para el cultivo de estas plantas. En ese sentido, la cartilla reúne
10 PANCs autóctonas del Cerrado, reconocidas por su potencial farmacéutico, a saber:
Almeirão roxo (Lactuca canadensis L.), Bertalha (Basella alba L.), Capuchinha (Tropaeolum
majus L.), Caruru (Amaranthus deflexus L.), Major-Gomes (Talinum paniculatum (Jacq.)
Gaertn.), Ora-pro-nóbis (Pereskia aculeata Mill.), Peixinho (Stachys byzantina K.Koch),
Serralha (Sonchus oleraceus L.), Taioba (Xanthosoma taioba E.G.Gonç.) y Vinagreira
(Hibiscus sabdariffa L.).
INTRODUÇÃO
Na história da humanidade, o conhecimento e o uso de plantas têm sido guiados por
necessidades práticas e predileções culturais. Nesse sentido, a urbanização e a perda de espaço
dos sistemas agrícolas tradicionais para o agronegócio enfraqueceram a relação entre o ser
humano e a terra com uma redução no cultivo e uso de alimentos locais e dependência de
produtos industriais gerando assim, para muitas espécies, a erosão genética e perda de
conhecimento associados a elas. Desse modo, mesmo em regiões de grande biodiversidade
como o Brasil poucas espécies são inseridas na alimentação. Estima-se que aproximadamente
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apenas 103 espécies de plantas são responsáveis por 90% do abastecimento mundial de
alimentos, embora existam cerca de 27 mil espécies de plantas com potencial alimentar, essas
plantas subutilizadas geralmente não possuem valor de mercado sendo denominadas Plantas
Alimentícias Não-Convencionais – PANCs (LEAL; ALVES; HANAZAKI, 2018).
Essa terminologia foi cunhada em 2008 pelo biólogo e professor Valdely Ferreira
Kinupp. Dependendo da região, uma planta pode receber essa designação, uma vez que seu
cultivo pode ser comum em uma área e não tão frequente em outra (JESUS, et al., 2020). Esse
conceito abrange tanto plantas selvagens quanto espécies cultivadas com baixa disseminação,
além de partes não convencionais de plantas comuns. Algumas dessas espécies podem
desempenhar um papel farmacêutico relevante (JÚNIOR; CAMPOS; MEDEIROS, 2021).
De acordo com Mazon et al. (2019), essas plantas possuem uma relevância abrangente
em diversos setores, como farmacêutico, botânico, agronômico, imunológico, rural,
gastronômico e nutricional. Elas se destacam por apresentarem concentrações elevadas de
minerais, proteínas, vitaminas, além de porcentagens significativas de fibra. Como resultado,
essas plantas são consideradas alternativas importantes no combate à desnutrição.
Portanto, o objetivo deste trabalho consistiu em elaborar uma cartilha abrangente que
fornecesse informações sobre as Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs) e os
benefícios de seu uso na culinária do dia a dia, ao mesmo tempo em que oferecesse
orientações para o estabelecimento de hortas domésticas em ambientes urbanos para o cultivo
dessas plantas. Nesse sentido, a cartilha reúne 10 PANCs nativas do Cerrado, reconhecidas
por seu potencial farmacêutico, sendo elas: Almeirão roxo (Lactuca canadensis L.), Bertalha
(Basella alba L.), Capuchinha (Tropaeolum majus L.), Caruru (Amaranthus deflexus L.),
Major-Gomes (Talinum paniculatum (Jacq.) Gaertn.), Ora-pro-nóbis (Pereskia aculeata
Mill.), Peixinho (Stachys byzantina K.Koch), Serralha (Sonchus oleraceus L.), Taioba
(Xanthosoma taioba E.G.Gonç.) e Vinagreira (Hibiscus sabdariffa L.).
MÉTODOS
A pesquisa foi realizada por meio de uma busca bibliográfica, utilizando como base de
dados o Google Scholar, Scielo e anais de eventos. Os artigos que demonstraram contribuir
com o tema proposto foram selecionados para leitura e construção da cartilha.
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
Título
Introdução
O conteúdo desta seção da Cartilha será o mesmo presente na Introdução deste artigo,
exposto anteriormente.
As PANCs são excelentes fontes de nutrientes, vitaminas e sais minerais, além disso,
são plantas que possuem propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e ações terapêuticas,
desse modo, o aumento do seu consumo é favorável à melhoria do estado nutricional de
indivíduos economicamente desfavorecidos em áreas urbanas e rurais em diferentes partes do
Brasil, como forma de desenvolvimento sustentável, reduzindo o desperdício de alimentos,
fortalecendo o combate à fome e aumentando o acesso a produtos funcionais (JESUS et al.,
2020).
As PANCs podem ser utilizadas pelos agricultores para aproveitarem áreas
consideradas improdutivas por apresentarem condições sazonais diferentes, o que aumentará a
oferta de alimentos ao longo do ano, uma vez que essas plantas são mais resistentes às
condições ambientais locais, como chuvas excessivas e ondas de calor ou frio (JESUS et al.,
2020).
Podem ser plantadas em qualquer pequena área como em varandas, janelas, espaços
abertos e quintais e, serem utilizadas como suplemento alimentar ou uma fonte de renda,
através da venda de produtos como geleias e farinhas (JESUS et al., 2020).
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Tabela 01. 10 PANCs do Cerrado e seus benefícios para saúde.
Almeirão roxo, Lactuca canadensis L. Rico em proteína, fibras, em minerais como potássio,
almeirão-do-mato, cálcio, fósforo e ferro, em vitaminas A, B e C (1).
almeirão-de-árvore
Caruru, caruru-de-porco, Amaranthus deflexus L. Rico em cálcio, zinco, magnésio, vitamina C, potássio,
caruru-rasteiro, bredo compostos fenólicos, fósforo, com ação antioxidante (4).
Ora-pro-nóbis, pereskia, Pereskia aculeata Mill. Rica em proteínas, fibras, cálcio, fósforo, ferro,
lobrobó, carne-de-pobre vitamina A, B e C. Atua como antioxidante e anti-
inflamatório fortalecendo o sistema imunológico (3).
Taioba, taiá, mangará Xanthosoma taioba Os rizomas são ricos em carotenoides, as folhas ricas
E.G.Gonç. em fibras, em minerais como potássio, fósforo, ferro,
zinco, cálcio, magnésio e vitaminas B2, B6 e C.
Utilizada contra febre, câncer, pólipo, inflamações e
tumores (1).
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2. Como empregar as PANCs na alimentação?
Ingredientes
- Folhas de almeirão roxo
- Sal, azeite e limão
Modo de preparo
Cortar as folhas bem fininhas e apertá-las em uma bacia com água para retirar o amargor. Escorrer a água e
temperar com sal, azeite e limão a gosto.
Bertalha (Basella alba L.) (2)
Partes comestíveis e uso: folhas e tubérculos (aéreos ou subterrâneos). Utilizada em massas de pães, saladas,
refogados e omeletes. As folhas secas e moídas podem ser utilizadas como suplemento alimentar.
Ingredientes
- 1 maço de talos jovens de bertalha
- 1 cebola roxa fatiada (meia-lua)
- 2 dentes de alho picados
- 3 colheres (de sopa) de azeite
- 1 pimenta dedo-de-moça sem sementes, fatiada
- 1 pedaço de gengibre ralado (2 ou 3 cm)
- Folhas de hortelã
- 1/2 xícara de amendoim torrado sal
- Suco de meio limão
Modo de preparo
Lave bem os talos e folhas de bertalha. Corte ao meio se forem muito grandes. Utilizando uma frigideira
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antiaderente, refogue no azeite a cebola e o alho. Adicione o gengibre ralado, sal, pimenta, a bertalha e refogue
mais um pouco. Adicione os amendoins torrados, folhas de hortelã e sirva.
Capuchinha (Tropaeolum majus L.) (2)
Partes comestíveis e uso: Toda a planta. Com sabor picante semelhante ao agrião, as flores e folhas podem ser
consumidas em forma de saladas, patês, pães, em sopas, refogados. Seus frutos podem ser preparados como
alcaparra (em forma de conserva). Suas sementes maduras podem ser tostadas e moídas, substituindo a pimenta-
do-reino.
Ingredientes
- Frutos de capuchinha
- Vinagre
- Sal
Modo de preparo
Colha os frutos imaturos da capuchinha e os coloque em água salgada por três dias, trocando a água a cada dia.
Depois disso, aqueça um vinagre com condimentos. Deposite os frutos em um vidro esterilizado e cubra-os com
o vinagre. Aqueça em banho maria por três minutos a fim de conservar por mais tempo, e está pronta a conserva.
Caruru (Amaranthus deflexus L.), Ora-pro-nóbis (Pereskia aculeata Mill.) e Serralha
(Sonchus oleraceus L.) (2,3,4)
Partes comestíveis e uso de caruru: folhas e sementes em refogados ou misturas.
Partes comestíveis e uso de ora-pro-nóbis: folhas, flores e frutos, tanto cruas quanto cozidas.
Partes comestíveis e uso de serralha: as folhas podem ser consumidas cruas em saladas ou cozidas, os talos na
forma de conserva e as flores à milanesa.
Modo de preparo
Pré-aqueça o forno a 200 °C e unte uma forma média com um pouco de óleo e reserve. Para o preparo da massa,
bata os ovos, a farinha, o óleo, o sal e o fermento no liquidificador. Despeje metade desta massa na forma que já
está untada, e por cima coloque os ingredientes do recheio já picados e em seguida cubra-os com o restante da
massa. Por fim, leve ao forno para assar por cerca de 30 a 40 min ou até que a torta esteja dourada.
Major-gomes (Talinum paniculatum (Jacq.) Gaertn) (1,2)
Partes comestíveis e uso: folhas, ramos e sementes. As folhas são consumidas em saladas, mas
preferencialmente cozidas, em refogados ou ensopados, em pães caseiros, bolos salgados, suflês e cremes. As
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sementes podem ser usadas como decorativas ou assadas sobre pães.
Modo de preparo
Meça todos os ingredientes e em uma vasilha, coloque o fermento e o dissolva na água fria. Depois, acrescente
os demais ingredientes, com exceção dos que estão separados para a cobertura. Misture tudo e amasse muito
bem, até ficar uma massa bem lisa e macia. A massa, no começo, parece um pouco seca, porém, ao amassar, as
folhas soltam água e a massa umedece. Mas, se a massa continuar muito seca, acrescente um pouco mais de
água. Em seguida, unte uma tigela com um pouco de óleo e coloque a massa para descansar por uns 15 a 20 min
e a cubra com um plástico para abafar. Agora, unte uma assadeira com azeite e abra a massa com um rolo num
retângulo do tamanho da assadeira (26 x 40 cm) e a coloque na assadeira que já foi untada. Cubra com um
plástico e deixe descansar novamente por cerca de meia hora. Depois disso, molhe a mão e aperte a massa com a
ponta dos dedos, formando cavidades e em seguida, jogue azeite sobre a massa. Cubra e deixe descansar
novamente por cerca de 1 hora, ou até a massa crescer. Depois que a massa já estiver crescida, espalhe um pouco
de sal granulado e espalhe folhinhas de alecrim. Leve para assar em forno aquecido (160°) até a massa ficar
levemente corada (cerca de 20 min).
Peixinho (Stachys byzantina K.Koch) (3)
Partes comestíveis e uso: folhas empanadas e fritas.
Ingredientes
- Folhas de peixinho
- Ovos
- Alho
- Sal, pimenta e orégano
- Farinha de trigo
Modo de preparo
Lave e seque folhas de peixinho. Em um prato bata 4 ovos, alho amassado, sal, pimenta e orégano a gosto. Passe
as folhas nos ovos batidos e depois na farinha de trigo para empanar. Frite em óleo quente.
Taioba (Xanthosoma taioba E.G.Gonç.) (3)
Partes comestíveis e uso: folhas com talos (pecíolos) e rizomas, extremamente cozidos, refogados ou fritos,
puros ou em misturas, devido ao oxalato de cálcio.
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Ingredientes
- Rizomas jovens de taioba
- Creme de leite
- Manteiga
- Sal e temperos
Modo de preparo
Cozinhe os rizomas jovens em rodelas até ficarem macios. Em seguida, descasque e amasse. Adicione creme de
leite, manteiga, sal e temperos a gosto. Reduzir um pouco em fogo baixo.
Vinagreira (Hibiscus sabdariffa L.) (3)
Partes comestíveis e uso: frutos em sucos, chás, geleias, picolés, molhos agridoces, pães, pudins e recheios. Os
galhos, folhas jovens e sementes maduras podem ser utilizadas em pães e sopas na forma de farinha.
Ingredientes
- 1kg de farinha de trigo
- 3 colheres de sopa de açúcar
- 1 colher de sopa de sal
- 1 colher de sopa de fermento
- 2 a 3 xícaras de água
- 1/4 de xícara de óleo
- 1/4 de xícara (ou mais) de cálices das flores frescos picados de hibisco
Modo de preparo:
Misturar todos os ingredientes secos, acrescentar o óleo aos poucos e a água. Deixar crescer até dobrar de
tamanho, moldar no formato desejado e levar ao forno pré-aquecido.
Fontes: (1) CORRÊA, 2018; (2) KELEN et al., 2015; (3) KINUPP; LORENZI, 2014; (4) RECINE et al., 2016.
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4.1. Hortas em canteiros
É uma alternativa quando não há espaço para cultivo tradicional, deve escolher lugares
como corredores, sacadas, varandas, janelas e terraços com aproximadamente 5 horas de sol
em pelo menos um período do dia. Podem ser utilizados pneus, garrafas pets, galões e vasos
de plantas para o cultivo (CLEMENTE; HABER, 2012).
Tabela 02. Orientações para o cultivo de 10 PANCs do Cerrado em relação ao solo, plantio e colheita.
Almeirão roxo Adequa-se a uma Propagação por mudas em sementeira, Colheita de 60-70 dias
(Lactuca variedade de solos bandejas ou copinhos. Plantio o ano após transplante, com
canadensis L.) com níveis todo em regiões de clima ameno, e de produtividade de 20-40
adequados de março a outubro em regiões mais kg/ha.
matéria orgânica. quentes, com espaçamento de 30-40 cm
x 30-40 cm.
Bertalha Necessita de solo Propagação por semeadura direta no Colheita de 60-90 dias
(Basella alba L.) leve e fértil. canteiro ou produção de mudas em após o transplante com
bandejas. Plantio o ano todo em regiões produtividade de 15-37
mais quentes e em épocas mais quentes mil kg/ha.
em regiões de clima ameno, com
espaçamento de 40-80 cm x 40-50 cm.
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Caruru Adaptada a Propagação por semeadura direta. Colheita 60 dias após
(Amaranthus diferentes solos, Semeadura durante todo o ano com plantio com
deflexus L.) tolerantes a calor irrigação, espaçamento 10 cm x 10 cm produtividade por
e seca. após retirada de excesso de plantas. quantidade de plantas
(colhidas inteiras).
Major-gomes Resistentes à seca Propagação por semeadura direta ou Colheita 60 dias após a
(Talinum e adaptadas a solo produção de mudas em bandejas. brotação ou semeadura,
paniculatum (Jacq.) de baixa Plantio o ano todo desde que em produzindo colheitas
Gaertn.) fertilidade. temperaturas acima de 20°C e boa sucessivas da parte
umidade, com espaçamento de aérea por meses.
20 cm x 20 cm.
Oro-pro-nóbis Resistentes à seca Propagação por mudas da região Colheita de 2-3 meses
(Pereskia aculeata e adaptadas a intermediária do caule pré-enraizadas após o plantio com
Mill.) diversos solos e ou diretamente em canteiros. Plantio no produtividade de
não toleram início do período chuvoso com 2,5-5 mil kg/ha.
encharcamento. espaçamento de 20-25 cm x 20-25 cm.
Necessário a poda a cada três meses:
deixar os ramos com 1,2-1,5 m de
comprimento, rebaixar a parte aérea a
60 cm em relação ao solo e retirada de
ramos doentes e secos.
Peixinho Os solos devem Propagação por mudas pré-enraizadas Colheita de 60-70 dias
(Stachys byzantina ser drenados, não ou diretamente em canteiros. Plantio o após o plantio com
K.Koch) compactados e ano todo com disponibilidade de produtividade de 2-4
com matéria umidade com espaçamento de 20-25 maços/m2 por semana.
orgânica. cm x 20-25 cm. Necessário colheita Cada maço contém
periódica das folhas para renovação do cerca de 20-25 folhas
plantio. (100 g), resultando de
25-50 mil kg/ha.
Taioba Necessita de solos Propagação por meio de rizomas. Colheita de 60-75 dias
(Xanthosoma ricos em matéria Plantio o ano todo em regiões mais após o plantio com
taioba E.G.Gonç.) orgânica e não quentes e úmidas e épocas mais quentes produtividade de até
tolera muito do ano em regiões de clima ameno, 6 mil kg/ha de folhas,
encharcamento. com espaçamento de 80-100 cm x 40- mais de 20 mil kg/ha
50 cm. de rizomas a partir de 7
a 8 meses reduzindo
e/ou evitando colheita
de folhas.
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Vinagreira Os solos devem Propagação por semeadura direta, Colheita de 60-90 dias
(Hibiscus ser profundos, produção de mudas em bandejas ou do plantio para
sabdariffa L.) drenados, sem saquinhos, ou estacas de 20 cm pré- folhagem e 150-180
compactação, com enraizadas. Plantio em clima quente e dias do plantio para
matéria orgânica e úmido o ano todo e em clima ameno frutos. Para cálices,
não toleram o setembro/outubro e março/abril com sépalas ou frutos, o
encharcamento. espaçamento de 100 cm x 100 cm para produto pode ser
produção de frutos e 100 cm x 50 cm coletado de duas a três
para colheita apenas de folhagem. vezes por semana.
Necessário manejo com corte mantendo
as plantas de 1-2m de altura.
Fontes: PEDROSA et al., 2012; PEDROSA, 2013.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
JORGE, M. H. A.; JARD, W. F.; VAZ, A. P. A. Como implantar e conduzir uma horta
de pequeno porte. Embrapa Pantanal-Fôlder/Folheto/Cartilha (INFOTECA-E),
2012.
PASCHOAL, V. et al. Plantas Alimentícias Não Convencionais & Saúde. Editora Ltda, p.
279, 2020.
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RECINE, E. et al. Mais que receitas: comida de verdade. Rede Ideias na Mesa -
Observatório de Políticas de Segurança Alimentar e Nutrição. 2 ed. Brasília, 2016.
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