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Como era a infância na idade antiga?

Durante a história antiga, a criança era submetida à


autoridade do pai. Na educação grega e romana, a família
era a responsável por educar os pequenos, considerados
inoperantes e incapazes de ter qualquer autonomia.
Na idade média a criança era vista como um adulto em
miniatura, trabalhavam nos mesmos locais, usavam as
mesmas roupas. “A criança era, portanto, diferente do
homem, mas apenas no tamanho e na força, enquanto as
outras características permaneciam iguais”
EDUCAÇÃO DE MENINOS E MENINAS NO IMP.
ROMANO

Na época do Império Romano, somente as famílias muito


ricas ofereciam a seus filhos uma educação de qualidade,
contratando preceptores, embora nas cidades e nos burgos
houvesse professores encarregados de ensinar os
rudimentos da escrita. A escola era vista como uma
instituição, cujas aulas aconteciam no período da manhã,
obedecendo a um calendário religioso, responsável pela
marcação das férias escolares.

Grande parte das crianças romanas, tanto meninos quanto


meninas, frequentavam a escola, em salas mistas, antes de
chegarem aos 12 anos de idade e, ao que parece, sem
separação de classes sociais. Mas assim que completavam
12 anos, tudo mudava para elas. Somente os garotos que
faziam parte de famílias ricas continuavam estudando, sob
a tutela de um gramático ou professor de literatura. A eles
cabia estudar os clássicos e a mitologia, que à época era
tida como verdadeira.

As garotas, mesmo as de família abastadas, eram


proibidas de continuar estudando. Com raras exceções,
algumas tinham um preceptor em casa, que lhes ensinava
os clássicos. Até porque aos 12 anos, a garota já era
considerada em idade casadoura, estando algumas delas
prometidas em casamento e, aos 14 anos já era
considerada adulta. Quando atingia a idade núbil, se fosse
filha de família rica, ficava encerrada em casa, fazendo
alguns trabalhos, inclusive o de fiar, demonstrando que era
recatada e honesta. Ao marido caberia a sua educação,
escolhendo ele próprio o que ela deveria estudar. A mãe do
filósofo Sêneca, por exemplo, não teve, por parte do
marido, permissão para estudar filosofia, sob a alegação de
que tal matéria era um caminho para a licenciosidade.

A educação dada aos meninos, pelas famílias abastadas,


não tinha objetivo outro senão instruí-los nas belas-letras
(gramática, eloquência, poesia, literatura, etc.),
adornando-lhes o espírito. Não havia nenhuma
preocupação com a formação ou com a adequação social.
Não estudavam matérias formadoras ou utilitárias, mas as
citadas acima, com ênfase para a retórica. Contudo, a
educação ensinada nas regiões gregas do Império Romano
diferenciava em vários pontos, a começar pelo fato de que
a escola romana era isolada da rua, nada tinha a ver com a
atividade política ou religiosa, enquanto a grega fazia parte
da vida pública, dando grande destaque ao esporte. O
ensino durava até os 16 anos, vindo depois um ou dois
anos de efebia (preparação dos adolescentes para receber
o título de cidadão).

O ensino grego era superior ao romano, pois os alunos de


bom nascimento só eram considerados cultos se falassem
o grego e conhecessem sua literatura, ao passo que os
estudantes gregos não aprendiam o latim (língua romana) e
tampouco estudavam seus literatos. Somente no final da
Antiguidade é que os gregos passaram a aprender latim,
interessados em servir como juristas ao Império Romano.
SER HUMANO SE DESENVOLVE POR
CARACTERÍSTICAS INATA OU ADQUIRIDAS ?

A afirmação da existência de idéias inatas surgiu com René


Descartes (1596-1650) e se constituiu no ponto de partida
do longo debate inato-adquirido. A posição nativista, no seu
extremo, considera que as características básicas do
homem (sua inteligência, personalidade, traços físicos
etc.)O que é inato e o que é adquirido?
nurture), ou inato e adquirido, é clássico desde o
surgimento da psicologia. Ele discute a que grau uma
característica comportamental é inata (por exemplo,
herdada geneticamente) ou adquirida através da interação
com o ambiente físico e sociocultural.

O que é uma característica inata?

adjetivo Que faz parte do indivíduo desde o seu


nascimento; congênito. Que nasce com o indivíduo;
inerente: características inatas. [Filosofia] Que não
depende do aprendizado, da experiência prática nem de
sofre influência externa, refere-se especialmente ao que é
inerente ao espírito humano; natural.

O que é inato no ser humano?


Por definição, um comportamento inato é aquele que é
geneticamente integrado em um organismo, ao invés de
aprendido.

O que são fatores adquiridos?


Entende-se, por fatores inatos, aquilo que herdamos
geneticamente dos nossos familiares, e os fatores
adquiridos provém da natureza social e cultural.
O que molda o comportamento do ser humano?
Os fatores internos incluem a biologia, a personalidade, os
valores e as crenças de uma pessoa, enquanto os fatores
externos incluem o ambiente, a cultura, a educação e as
experiências de vida. Um dos principais aspectos
do comportamento humano é a capacidade de aprender e
mudar

. Quais são os fatores que contribuem para a formação da


personalidade?
“Além da hereditariedade, as questões ambientais também
exercem influência na formação e definição das nossas
características. São duas forças atuando na formação da
personalidade das pessoas. Nenhuma é predominante e
ambas atuam em conjunto para que os traços de
comportamento se manifestem”,

Qual a influência da genética no comportamento humano?


GENÉTICA. Estima-se que de 30% a 60% das
características de personalidade sejam hereditárias, de
acordo com estudos recentes. Já foram identificados genes
associados à extroversão, agressividade, ao perfil
antissocial, à depressão e a transtornos alimentares.

O que determina o comportamento e o desenvolvimento


humano?
Os fatores que influenciam o desenvolvimento humano
são: hereditariedade, crescimento orgânico, maturação
neurofisiológica e meio.
O que o modelo inatista defendia?
Inatismo é uma ideologia filosófica que acredita ser o
conhecimento de um indivíduo uma característica inata, ou
seja, que nasce com ele. Nesta teoria, a ideia do
conhecimento desenvolvido a partir das aprendizagens e
experiências individuais de cada pessoa é desacreditado.

O que é um comportamento instintivo?


Comportamento inato => Aquele que o ser já nasce
sabendo e não precisa aprender, ele é instintivo.
Comportamento aprendido => Aquele que o ser desenvolve
ao longo da vida através de experiências.
Em outras palavras, o comportamento instintivo é
fundamentalmente genético, isto é, depende mais dos
genes que o indivíduo herda, do que das experiências por
que passa.

Quais os fatores ambientais que influenciam no


desenvolvimento humano?
Existem diversos fatores
que influenciam no desenvolvimento das pessoas e um
deles é o ambiente em que elas estão inseridas. Desde a
transmissão de emoções, aprimoramento de atividades ou
até mesmo relacionamento interpessoal, o ambiente é
fundamental e tem grande influência no aprendizado de
crianças e adolescentes.
Quais os fatores ambientais que influenciam no
desenvolvimento humano?
Existem diversos fatores
que influenciam no desenvolvimento das pessoas e um
deles é o ambiente em que elas estão inseridas. Desde a
transmissão de emoções, aprimoramento de atividades ou
até mesmo relacionamento interpessoal, o ambiente é
fundamental e tem grande influência no aprendizado de
crianças e adolescentes.

Qual a influência da hereditariedade no desenvolvimento


humano?
A hereditariedade estabelece os limites na amplitude de
desenvolvimento de característica; dentro dessa amplitude,
as características são determinadas por forças ambientais.
A hereditariedade nos proporciona talentos que uma cultura
ou mundo externo pode ou não recompensar e cultivar.

O que se entende por linguagem humana?


A linguagem humana, é uma linguagem adquirida porque
resulta de um processo de aprendizagem que se prolonga
durante vários anos e supõe a integração num grupo socio-
cultural, o primeiro dos quais a família. A linguagem
humana é o resultado de uma herança cultural.
Como a linguagem contribui para dar significado à vida
humana?
A linguagem humaniza o homem. Por meio dela, os seres
humanos expressam sentimentos, constroem
pensamentos, interagem com o ambiente e com outros
indivíduos. Dominar o código linguístico é fundamental para
a execução de tarefas rotineiras e para ter um bom
aproveitamento no mundo acadêmico e profissional.
O GAROTO SELVAGEM RESUMO

“[…] – Doutor, sei que não nos entende, mas ele pode nos
ouvir?
– Nos ouve sem nos escutar, assim como nos olha sem
ver. Nós o ensinaremos a ver e a escutar. […]”

Lançado no final de fevereiro de 1970, O garoto selvagem,


dirigido e estrelado por François Truffaut, conta a história
desse menino, com idade entre 11 e 12 anos, que vive na
floresta em meio aos animais, lutando a cada dia por sua
sobrevivência. Um grupo de caçadores o encontra e o
captura, levando-o até o vilarejo mais próximo, para que
possa ser devidamente tratado, cuidado e, principalmente,
educado. Vale ressaltar que o garoto não falava, não
mostrava sinais de compreensão da língua e reação a
estímulos, somente quando desejava se libertar das mãos
dos homens que o estudavam era que ele reagia
instintivamente.

Jean Itard, um dos médicos ali presentes, resolve ficar com


a tutela do garoto, juntamente a sua empregada,
comprometendo-se a ensiná-lo tudo o que concernia ao
aprendizado, desde a formação de palavras como também
a associação de figuras com suas respectivas
nomenclaturas. Além disso, durante todo o filme, o médico
troca correspondências com seus colegas de trabalho, os
pondo a par do progresso (?) do menino.

Dentro do filme, é possível notar toda uma relação


“colonizador-colonizado”, vivenciada em diversos países,
inclusive aqui no Brasil; Jean quer ensinar tudo o que acha
que qualquer ser humano íntegro e de moral deveria saber,
e isso pode ser visto como uma imposição de uma cultura
sobre outra, por mais que as intenções sejam a das
melhores.
O garoto esperneia e se esparrama pelo chão quando uma
quantidade exagerada de exercícios são passados para si,
talvez um reflexo da sua própria angústia ao ir perdendo,
aos poucos, sua essência. Comportamentos parecidos
podem ser interligados com a chegada dos portugueses e
seu contato com os índios, dizimando pouco a pouco todos
os costumes e crenças desse povo e inculcando cada vez
mais a cultura europeia vigente em suas cabeças, fazendo-
os perder sua identidade nativa e transformando-os em
meros peões utilizados em seus interesses próprios.

Quando o garoto da floresta chega ao vilarejo, é


considerado como um selvagem, um completo animal,
porém ele é atacado e repudiado por todas as crianças que
ali moram, as quais o batem e maltratam de diversas
formas, o que se leva a pensar onde se encontra a barreira
que separa, dentro de cada ser humano, o lado animal e o
lado homem, e a partir de que circunstâncias essa barreira
é quebrada. Jean fala para seu pupilo que ele “já não é
mais um selvagem, ainda que não seja um homem”; então,
para aqueles que se denominam “civilizados”, qual o
medidor que caracteriza a pessoa como um selvagem ou
um homem? Que fator determina a integração das pessoas
na sociedade ou as escorraça para a margem dela?

Outro fator interessante é que Jean nomeia o garoto como


Victor, por ser o único nome pelo qual ele demonstra algum
tipo de reação; quando temos algo, queremos colocar
nome naquilo, tanto para lhe dar um certo sopro de vida,
quanto para mostrar o pertencimento dessa coisa a você,
então, é possível levantar o seguinte questionamento: será
que o médico o chamou de Victor por ter desenvolvido um
certo laço afetivo com o garoto, ou será que ele somente
categorizou a criança como uma indicação de um de seus
experimentos?
O que aconteceu com Victor de Aveyron?

Victor veio a falecer em 1828, aos 40 anos de idade. Não


houve registros quanto a causa do falecimento de Victor,
porém o último relato a seu respeito é datado de 1817, no
qual afirma-se que ele “permanecia atemorizado,
semisselvagem e afásico”

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