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ruthe.pires@academico.domhelder.edu.br

Fundações: projeto estrutural


de fundações rasas e escolha
da fundação profunda
Aula 2
Ementa do curso – Fundações profundas

Fundações profundas:
• Através dos ensaios SPT (e demais tipos de sondagem quando necessário), e
da cota do lençol freático, determinar o tipo de fundação profunda a ser
executada: escavas, ômega, mega, Franki, metálicas, raiz, pré-moldada de
concreto, Straus e broca (exercícios).
• Dimensionamento geométrico e estrutural de blocos de coroamento.
• Ensaio de prova de carca, PIT e PDA.
• Acompanhamento das normas vigentes de projeto e execução para todos os
tipos de fundações que serão estudados.
• Para os dois tipos de fundações serão usadas planilhas para auxílio

Dias
16/09
23/09 13:00 às 16:40 (com intervalo de 20 min)
Revendo:
Ensaio Padronizado de Penetração (SPT Standard Penetration Test)
Mudanças na ABNT NBR 6484:2020
Como era:
Furos da sondagem para obras de fundações de edifícios ABNT NBR 8036 -1983:

Análise em função de A, sendo A a área de projeção da edificação em m².

✓ Se A ≤ 1200 m², deve-se executar 1 (um) furo para cada 200 m².
✓ Se 1200 m² < A ≤ 2400 m², deve-se, além de 1 (um) furo para cada 200 m²,
executar 1 (um) furo para cada 400 m² que excedam os primeiros 1200 m².
✓ Se A > 2400 m², deve-se estabelecer um plano específico conforme projeto ou
análise do projetista.
✓ De toda forma o número mínimo de furos nunca deverá ser menor que:

✓ 2 (dois) furos para A < 200 m².


✓ 3 (três) furos para 200 < A < 400 m². Faz assim!
Mapa de furos
sondagem SPT
Mapa de furos
sondagem SPT a
partir do projeto
arquitetônico
Sondagem rotativa

• Usada na perfuração de rochas, solos de


alta resistência, matacões ou blocos
• Obtenção de testemunho (amostras):
identificação das descontinuidades;

• Permitem execução de ensaios in


situ (permeabilidade) no furo (até
com lavagem de água).
Sondagem rotativa Compõe-se de haste metálica
rotativa dotada, na extremidade,
de um amostrador com coroa de
diamante.

Coroa: peças de aço especial, com


incrustações de diamante nas
extremidades: (efeito abrasivo)
para obtenção do testemunho.
Sondagem rotativa • Outras peças: sondas, hastes para perfuração, barrilete,
ferramentas de corte, motor-bomba e revestimento;
• Sucessivas manobras de rotação das hastes (barrilete -1,5 m, - 3 m);
• Retira-se o barrilete e os testemunhos (caixas especiais obedecendo a
ordem de perfuração);
• Anota-se no boletim de sondagem as profundidades do
início e término das manobras e o comprimento de
testemunhos recuperados.
• Coroa dentada na extremidade da haste,
que corta e avança o furo;
• Cortes de solo ou rocha são removidos
por circulação de fluido;
• Geralmente usa-se lama de bentonita,
com densidade entre 10,9 kN/m3 e
11,5 kN/m3;
• Pode ser usado ar como fluido na
perfuração.
Sondagem rotativa
Recuperação de testemunho
Recuperação → porcentagem do comprimento total da amostra
Recuperada pelo testemunho → f (fraturamento e alteração da rocha)

comprimento dos fragmentos recuperados


recuperação=
Comprimentos total do barrilete
Sondagem rotativa Grau de fraturamento

número fragmentos recuperados manobra


Grau de fraturamento =
Comprimentos da manobra

Grau de fraturamento: fragmentos por metro

Classificação: fraturas/m
Ocasionalmente fraturada 1
Pouco fraturada 1 -5
Medianamente fraturada 6 -10
Muito fraturada 11-20
Extremamente fraturada >20
Em fragmentos diversos tamanhos

O que é uma rocha muito fraturada?


Sondagem rotativa Rock Quality Designation (RQD)

Parâmetro utilizados pelos principais sistemas de classificação geomecânica.

RQD (Rock Quality Designation): fraturamento e alteração


20 20

σ comprimento dos testemunhos maiores 10 cm


Grau de fraturamento = 15 15
Comprimentos da manobra

12 12
RQD Qualidade maciço
0- 25% Muito fraco 6
25- 50% Fraco
25 25
50-75% Regular
75-90 Bom
90-100% Excelente 8
Sondagem rotativa

Rock Quality Designation (RQD)

RQD Qualidade maciço


0- 25% Muito fraco
25- 50% Fraco
50-75% Regular
75-90 Bom
90-100% Excelente
Sondagem rotativa
Sondagem rotativa
Sondagem
Rotativa
Sondagem mista

Realização de um sondagem rotativa em um mesmo furo de uma sondagem SPT.

A necessidade é vista após a realização das primeiras sondagens SPT.

Ex: solos com matacões ou bloco de rochas distribuídos espalhadamente ou em


solos com camadas intermediárias com NSPT muito alto

Sondagem mista é a conjugação do processo, à percussão, associado ao rotativo


(solos de alta resistência, matacões e blocos)
Sondagem mista Revestimento “E”
Revestimento “A” Equipamento: equipamentos
Revestimento “B”
Revestimento “N” tradicionais à percussão e rotativa
NT
1º obstáculo Perfurado com
Bloco ou coroa “N”
matacão
Procedimento:
Na maioria dos casos, as sondagens
2º obstáculo
mistas iniciam-se em solo, à
Bloco ou Perfurado com percussão.
matacão coroa “B”
Atingem o impenetrável
3º obstáculo
Bloco,
Matacão
Rotativa.
ou lasca
Perfurado com
coroa “A” Ocorrendo mudança do material:
retorna à percussão
Solo ou rocha decomposta

Rocha sã
Sondagem mista

Nível de água com 1 Resistência melhor


metro de profundidade
Resistência cai

Resistência aumenta
Foram dados 45 bastante
golpes e só
RQD de 75%
conseguiu penetrar
RQD de 100%
19 cm
RQD de 99%
RQD de 100%

RQD de 100%
Sondagem mista

Anexo
Escolha da Fundação

• Escolha por eliminação para satisfazer tecnicamente o caso em questão;

• Escolha comparativa de relação custo x benefício;

• Se não dispõe de cálculo estrutural, pode-se estimar a ordem de grandeza das


cargas para a fundação.

Ex: carga média de 12 kPa por andar – não estamos falando de fábricas e
maquinário pesado.
Fatores determinantes para escolha do tipo de Fundação

• Escolha por eliminação:


Fundação rasa é a primeira a ser verificada ou eliminada.

Pode-se já verificar se é
σr Onde:
σadm = MPa
compatível com a σadm já ƞ σadm = capacidade de carga
estimada antes. Ƞ= fator de segurança
FS = 3 → Fundação superficial
FS = 2 → Fundação profunda

Olhar a ordem de grandeza da taxa admissível. SPTmédio


σadm = MPa
Quando for SPT ≤ 20 50

σadm = pa (pressão de pré-adensamento de solos predominantemente argilosos).


Ensaio Padronizado de Penetração (SPT Standard Penetration Test)
Estado de compacidade e consistência

Quando for SPT ≤ 20


Exemplo no caso de fundação RASA

20 25
40 40 50 25
( Sapata ) ( Sapata)
Mesma estrutura e carga
Variáveis dependentes Variáveis independentes
Maciço solos local
Mesma superestrutura e cargas
Diferentes respostas Concepção sistema estrutural
solicitação / resistência Cargas ambientais/funcionais
Fatores determinantes para escolha do tipo de Fundação

A fundação rasa é vantajosa quando a área ocupada pela fundação abranger no


máximo 50% a 70% da área disponível.

Não deve ser usado quando:


• Aterro não compactado;
• Argila mole;
• Areia fofa e muito fofa;
• Onde há existência de água e o rebaixamento do lençol freático não se justifica;
Mapa de furos sondagem SPT a partir de m2 : estudo de caso

1ª atividade
O estudo de caso faz parte da avaliação do curso.
Deverá ser entregue em 14 de outubro via teams.
Mapa de furos sondagem SPT a partir de m2 : estudo de caso
A área de estudo se caracteriza em
um terreno de 248,60 metros
quadrados, na cidade de XXX, Rua
YYYYY, Bairro ZZZZZZ- MG, sua
taxa de ocupação é de 58%, área
térrea de 145,02 metros quadrados,
primeiro andar com 85,06 metros
quadrados, totalizando uma área
total de 224,14 metros quadrados a
serem edificadas.

Ressalta-se que o
proprietário do imóvel não
utilizou-se de estudos e
projetos de topografia do
terreno em questão, sendo
esta etapa imprescindível
para elaboração do projeto
de uma edificação.

Fonte: Lopes e Mendes (2016)


Mapa de furos sondagem SPT a partir de m2 : estudo de caso

Norma antiga
Furos da sondagem para obras de
fundações de edifícios ABNT NBR 8036 -
1983:
✓ 2 (dois) furos para A < 200 m².

O primeiro furo se localiza próximo de


8,15 metros da frente do terreno para o
fundo do terreno.

O segundo se localiza próximo de 15


metros da frente do terreno para o fundo do
terreno, conforme figura.

Fonte: Lopes e Mendes (2016)


No SPT 01 a cota (m) -1,45:

No primeiro trecho de 15 cm foram 3 golpes, no


segundo trecho de 15 cm a 30 cm foram mais três
golpes e no terceiro trecho de 30 cm a 45 cm foram
mais três golpes.

Assim exclui-se o valor de golpes do primeiro trecho e


soma-se os valores de golpes de penetração do
segundo trecho de 15 cm a 30 cm e do terceiro trecho
de 30 cm a 45 cm totalizando um índice SPT de 6,
este modelo de cálculo foi feito nos ensaios SPT 01 e
SPT 02, chegando até o impenetrável de ambos os
furos.
A interpretação dos resultados do laudo de sondagem
mostrou que não foi encontrado o nível de água (N.A).
SPT 01

A classificação das camadas: argila amarronzada e


plástica, com profundidade de 0 a 0.50 metros. Solo
com baixa resistência.

Profundidades de 1.45 metros a 5.45 metros: argila


siltosa alaranjada, plástica, média a rija, seu número
de golpes por penetração variou entre 6 e 12, que
resultou um solo com resistência mediana.

Profundidades 6.45 metros e 8.15 metros, observou-


se uma areia siltosa amarelada, saprólito, bastante
compactada, com presenças de areia média a grossa,
seu número de golpes máximo foi de 15 indicando
um solo com ótima resistência mediana.
SPT 02

A textura do solo foi de argila siltosa alaranjada, plástica


média a rija, entre as profundidades de 0.50 metros e 3.45
metros, solo com resistência mediana pois houve uma
variação entre 7 a 10 golpes.

Entre as profundidades de 4.45 metros e 9.15 metros, a textura


do solo encontrada foi de areia siltosa, foi observado uma
alteração de solo próximo a profundidade de 6.00 metros,
caracterizando uma areia fina e média, o número de golpes
máximo até o impenetrável foi de 10, caracterizando um solo
com resistência mediana.
Mapa de furos sondagem SPT a partir de m2 : estudo de caso

Norma antiga

Fonte: Lopes e Mendes (2016)


SP 1 e SP 2 : argila siltosa com sua resistência
baixa, onde sua profundidade se localiza entre as
cotas -0.50 metros e -5.45 metros.

Vencer as profundidades do solo de baixa


resistência, utilizando o bloco de fundação.
Mapa de furos sondagem SPT a partir de m2 : estudo de caso

Dimensione uma carga e a profundidade


para as estacas.
Cálculo do bloco de coroamento.
Estacas flutuantes
Está em uma condição de solo mole,
geralmente são escavadas mecanicamente ou
hélice contínua.
Estacas escavadas Estacas de ponta
Solo mole e a resistência na ponta. Considera somente a
Está em uma condição de solo mole,
resistência de ponta. Está apoiada em uma camada de solo
geralmente são escavadas mecanicamente
resistente ao longo de uma camada mole. Pode ser Strauss, pré-
ou hélice contínua.
moldada ou metálica. O solo mole vai adensando e empurra a
estaca para baixo. São estacas de pouca ferragem. Atrito
P P
negativo.

R lateral R lateral R lateral


R lateral

R ponta
Estacas de ponta
Estacas flutuantes Solo mole e a resistência na ponta. Considera somente a
resistência de ponta. Está apoiada em uma camada de solo
P resistente ao longo de uma camada mole. Pode ser Strauss, pré-
moldada ou metálica. O solo mole vai adensando e empurra a
estaca para baixo. São estacas de pouca ferragem. Atrito
negativo. P

R lateral
R lateral

R lateral R lateral

R ponta
Estacas flutuantes Estaca de ponta
P

Se:
R total = Rlateral + Rponta
Rponta > > Rlateral
Estaca de ponta
R lateral R lateral
Rlateral > > Rponta
Estaca flutuante
R ponta R ponta
Resistência ponta
Atrito negativo na estaca Atrito negativo 1
Atrito negativo 2
Resistência da estrutura

Aterro Atrito negativo 1


Atrito negativo 1

Atrito negativo 2 Atrito negativo 2


Solo mole

R ponta R ponta
Solo resistente
Atrito negativo na estaca – patologias associadas

Aterro

Ruptura com
Solo mole
esmagamento no fuste
com o prumo mantido.

R ponta R ponta
Solo resistente
Atrito negativo na estaca – patologias associadas

Perto de
Aterro
talude. Deslocamento horizontal

Ruptura devido ao
deslocamento da estaca.
Solo mole

R ponta R ponta
Solo resistente
Atrito negativo na estaca – patologias associadas
Quando a camada por onde está a estaca sofre um processo de
adensamento provocando esforços de tração e compressão
adicionais.

Aterro

Solo mole
Ruptura por cisalhamento
com prumo comprometido

R ponta R ponta
Solo resistente
Atrito negativo na estaca – patologias associadas

Aterro Deslocamento horizontal

Ruptura devido ao
deslocamento da estaca.
Solo mole

R ponta R ponta
Solo resistente
Remédio!
Prédios tortos

A cidade de Santos é construída


sobre antigos terrenos de
manguezais.

A partir da década de 1960, foram


construídos edifícios com fundações
executadas a partir de erros de
sondagem ou de projeto.
Prédios tortos
Prédios tortos
Métodos Aoki e Velloso (1975)

• Método Aoki e Velloso (1975),


baseado em estaca tipo Franki.

• Baseado em ensaio de penetração


contínua (CPT) em com parâmetros
que são correlacionados pelo SPT.

• A carga de ruptura é a soma da carga


lateral e carga de ponta
Método de cálculo de estacas

Métodos teóricos x métodos empíricos

Fórmulas teóricos são fundamentadas na Mecânica dos Solos para calcular a


Rponta e Rlateral, sendo os conceitos divididos entre solos arenosos e solos
argilosos.

x
Fórmulas empíricas são fundamentadas a partir de provas de carga e sondagem
(validam os conceitos e premissas consideradas).
Métodos empíricos

Método Aoki e Velloso (1975), baseado em estaca


tipo Franki e CPT, depois foram feitas correlações
com SPT.

Método Decourt e Quaresma (1978), foi baseada


em pré-moldadas (cravadas) e com SPT,
rebatizado 1996
Tipo Franki
Tipo Franki

Proteção da
cabeça

Usar o capacete para evitar danos na cabeça da estaca


Cepo ou coxim de
madeira dura
Cepo de
madeira dura

Peça metálica
Métodos Aoki e Velloso (1975)

R total = Rlateral + Rponta

K . NSPT da ponta . Ap
R total =
F1

Onde:
K: Valores obtidos a partir de ensaios;
NSPT da ponta : Números de golpes de ensaio na camada da
ponta da estaca;

Ap : Área da ponta da estaca;


F1 : Fator de ponderação da resistência;
Métodos Aoki e Velloso (1975)

R total = Rlateral + Rponta

𝑛 𝛼 . K . NSPT da camada . AL
R lateral = ෍ .U
1 F2
Onde:
K: Valores obtidos a partir de ensaios;

α: Valores obtidos a partir de ensaios;


NSPT da camada : Números de golpes de ensaio na camada;

∆L : Variação do comprimento;
U: Perímetro transversal;

F2 : Fator de ponderação da resistência;


Métodos Aoki e Velloso (1975)
Qu = Capacidade de carga de uma estaca (carga de
Qu = Qp + Qa ruptura)
Qp = Carga de ponta
Qa =Carga de atrito lateral

K . NSPT
Qp = . Ap
F1
K = coeficiente tabelado em função do tipo do solo, mas possui valores
diferentes do Método de Décourt-Quaresma.
N = é o NSPT da sondagem

F1 = é um parâmetro tabelado em função do tipo de estaca.


Calculado através de correlações e testes de carga durante pesquisas.

Ap = é a área da ponta da estaca. Se for uma estaca cilíndrica


maciça, é a π. R2
Métodos Aoki e Velloso (1975)

Qu = Qp + Qa

K . NSPT
Qa = ෍ 𝛼 . . AL
F2

Qa = é o valor da carga de atrito lateral;

α = também é um coeficiente que varia em função do tipo do


solo;

K eNSPT = são os mesmos da fórmula de Qp.

F2 = também é um parâmetro tabelado em função do tipo de


estaca.
Métodos Décourt e Quaresma (1978)

• Baseado em ensaio em SPT;

• Baseado em estacas tipo pré-moldadas;

• A carga de ruptura é fornecida através do somatório de parcelas de ruptura


lateral com parcela de ponta;

• Baseado em várias provas de carga;

• Muito utilizado.
Métodos Décourt e Quaresma (1978)

Qu = α. q p . Ap + β. qs . As

Q u = Capacidade de carga de uma estaca


(carga de ruptura);

qp = É a tensão de ruptura da ponta;


Ap = É a área da ponta da estaca;
As = É a área lateral da estaca;

qs = É o valor do atrito lateral unitário;


α e β = São parâmetros de ajuste para estacas não cravadas;
Métodos Décourt e Quaresma (1978)
A tensão de ruptura de ponta: O atrito lateral unitário:

qp = K . N N kN
qs = 10 . +1
3 m2
N = é o NSPT
K = é um coeficiente tabelo em função do solo

kN
Tipo de solo K
m2
Argila 120
Silte argiloso 200
Silte arenoso 250
Areia 400
Métodos Teixeira (1996)

R = R p + R L = α . Np . A p + β . NL . U . L

β = depende do tipo de estaca;


α = depende do tipo de estaca e do solo;
N = Valor NSPT

L = comprimento da estaca;

A = área da seção da estaca;

U = perímetro da estaca;
O tipo de solo não influencia o R L
Planilha de estacas – cálculo capacidade de uma estaca

Podem não coincidir


com a escala de metros
adotada.

Aoki fala que sempre faz


a média das sondagens.
Se ele faz... Se você tem 3 SPT (3
furos, faz a média das
sondagens.
Mas, tem que ser
convergente.
Planilha de estacas – cálculo capacidade de uma estaca
Planilha de estacas – cálculo capacidade de uma estaca

Quando não há o
especificado
Arrasamento de estaca
Arrasamento de estaca
Arrasamento de estaca
Planilha de estacas – cálculo capacidade de uma estaca

Quando
a estaca
não foi
nomina
da na
planilha
Planilha de estacas – cálculo capacidade de uma estaca

Gráfico gerado
automaticamente
Fatores determinantes para escolha de Fundação Profunda

Pode ser executado Apresenta Solos em que não


Faixa de Carga
Tipo de Fundação na presença de nível Custo vibrações na se recomenda
Sugestiva
d’água? execução? execução
Estacas escavadas de Baixo a
200 a 800 kN Não Não -
pequeno ∅ Médio
Estacas escavadas de Sim (Camisa Médio a
Acima de 1.100 kN Não -
grande ∅ Metálica) Alto
Baixo a
Estacas pré-moldadas 200 a 1.500 kN Sim Sim -
Médio
Médio a
Estacas Franki 550 a 1.700 kN. Sim Sim -
Alto
Argilas moles;
Baixo a
Estacas Strauss 200 a 1.000 kN Não Não solos rígidos;
Médio matacões ou rochas
Estaca raiz 100 a 1.800 kN Sim Alto Não -
Médio a
Estaca Hélice Contínua 250 a 3.900 kN Sim Não -
Alto
Limites de cravabilidade

Tipo de estaca Nlim


15 < 𝑁𝑆𝑃𝑇 < 25
∅ < 30 𝑐𝑚
Pré-moldado concreto σ 𝑁𝑆𝑃𝑇 =80
∅ ≥ 30 𝑐𝑚 25 < 𝑁𝑆𝑃𝑇 ≤ 35
Perfil metálico 25 < 𝑁𝑆𝑃𝑇 ≤ 55
“Tubada” (oca, ponta fechada) 20 < 𝑁𝑆𝑃𝑇 ≤ 40
Strauss 10 < 𝑁𝑆𝑃𝑇 ≤ 25
em solos arenosos 8 < 𝑁𝑆𝑃𝑇 ≤ 15
Franki
em solos argilosos 20 < 𝑁𝑆𝑃𝑇 ≤ 40
Estacão e estaca diafragma (com lama 30 < 𝑁𝑆𝑃𝑇 ≤ 80
betonítica)
Hélice contínua 20 < 𝑁𝑆𝑃𝑇 ≤ 45
Ômega 20 < 𝑁𝑆𝑃𝑇 ≤ 40
Raiz 𝑁𝑆𝑃𝑇 ≥ 60 (penetra na rocha sã)
Planilha de estacas – cálculo capacidade de uma estaca

Os resultados são
diferentes. Pode escolher

A escala pode ser


diferente da escola da
usada para o SPT
Planilha de estacas – cálculo capacidade de uma estaca

2ª Atividade

Escolha um laudo de sondagem com no mínimo 2 SPTs, da mesma


obra, mesmo terreno.
Aplique os dados na tabela, escolhendo você mesmo a fundação
mais adequada.

Entrega em 14/10
Manuais
Fatores determinantes para escolha de Fundação Profunda

• Grandeza do carregamento aplicado;


• Tipologia e capacidade de carga do subsolo;
• Proximidade com as edificações vizinhas (vibrações e bulbo de tensões);
• Presença de lençol freático; Aguardem!
• Limitação dos tipos de fundação disponíveis na região de construção;

• Custo de execução.
Ensaios de Fundação

Ensaio de fundações não é ensaio de solo!

Ensaios em elementos de Fundação

Fica a critério fazer novamente a sondagem do solo


pós corte e compactação: a condição superficial do
solo nas primeiras camadas, é diferente in natura.
ABNT NBR 16903/2020
Ensaios de Fundação Solo - Prova de carga estática em fundação profunda PCE

Prova de carga estática à


compressão - PCE
para um elemento de
fundação profunda.

É um ensaio que vai medir a


capacidade de carga de um
elemento de fundação como
uma estaca e saber qual é a
real capacidade de carga
dela.

Macaco em cima
Ensaios de Fundação ABNT NBR 16903/2020
Solo - Prova de carga estática em fundação profunda PCE

Muito melhor que uma campanha de sondagem.

Caro, demanda certa logística e tempo.


Leva 24 horas o ensaio. Necessário construir estaca
adicionais.
No mínimo 3 estacas.
Mas com 4 estacas já fica mais seguro.

Vigas de reação que estará segurando todo sistema.


Preparar a cabeça da estaca que vai ser ensaiada:
faz um bloco de fundação em volta da estaca que vai a
ser ensaiada.

Um macaco hidráulico vai tentar empurrar a viga de


reação para cima, mas não vai conseguir pois ela
está conectada à estacas de reação.

A estaca ensaiada se desloca. Manômetro


Distância entre as duas vigas metálicas
ABNT NBR 16903/2020
Ensaios de Fundação Solo - Prova de carga estática em fundação profunda PCE
Ensaios de Fundação ABNT NBR 16903/2020
Solo - Prova de carga estática em fundação profunda PCE
Ensaios de Fundação ABNT NBR 16903/2020
Solo - Prova de carga estática em fundação profunda PCE

Prova de Carga Vertical a Compressão


Pré-fabricada de concreto

600 KN e teve um deslocamento abrupto.


Houve uma ruptura do sistema estaca solo
Ensaios de Fundação ABNT NBR 16903/2020
Solo - Prova de carga estática em fundação profunda PCE
600 KN e teve um
deslocamento abrupto
Houve uma ruptura do
sistema estaca solo

Curva do ensaio

Chin

Décourt

Van de Veen

Aoki

Faremos um exercício do livro do Aoki Veloso


ABNT NBR 16903/2020
Ensaios de Fundação
Solo - Prova de carga estática em fundação
profunda à tração

Sistema de reação apoiado em fogueira (pontas de estacas)

Sistema de reação apoiado em fogueira e estaca (125 tf)


ABNT NBR 16903/2020
Ensaios de Fundação
Solo - Prova de carga estática em fundação
profunda à tração

Dependendo da carga, não há


necessidade de fazer nenhuma
estaca adicional.

O macaco vai estar em cima da


viga puxando a viga.

Prova de carga à tração em estacas inclinadas (130 tf) – Alonso


ENSAIO DE INTEGRIDADE DE BAIXA
Ensaios de Fundação DEFORMAÇÃO - PIT
ASTM D-5882-16
Ensaio PIT (Ensaio de Integridade de Estacas)
PIT Pile Integrity Test
Detectar falhas na concretagem de estacas de concreto moldadas in loco.
No entanto, o ensaio pode também ser usado para determinar ou confirmar o comprimento de estacas de
concreto. O sinal resultante, ou reflectograma, é capturado pelo
acelerômetro PET e então transmitido ao computador para
produzir informações sobre o comprimento da estaca e forma.
Ensaios de Fundação ENSAIO DE INTEGRIDADE DE BAIXA EFORMAÇÃO - PIT
ASTM D-5882-16
Estacas escavadas, barato e rápido.
Lixar a cabeça da estaca arrasada.
uma pequena quantidade de massa
especial é anexada ao fundo do
martelo

Quando uma estaca é atingida


pelo impacto de um martelo, uma
onda de tensão é gerada. Esta
onda se propaga ao longo do fuste
com uma velocidade que é função
exclusivamente das características
do material da estaca.

O ensaio é repetido 3 vezes:


prova contra prova, contra
prova da contra prova
Ensaios de Fundação ENSAIO DE INTEGRIDADE DE BAIXA EFORMAÇÃO - PIT
ASTM D-5882-16

À medida que se propaga, a onda sofre reflexões em seu trajeto.

Essas reflexões podem ser provocadas por variações nas


características do material da estaca, pela presença de atrito
lateral ou resistência de ponta, ou pela própria ponta da estaca.

Define-se como "impedância" da estaca ao termo: onde Z é a


impedância, e A é a área de seção da estaca.

Qualquer variação de impedância ao longo da estaca provoca reflexões da onda.


Estas reflexões, ao atingirem o ponto onde está instalado o sensor, provocam uma variação brusca
na velocidade de deslocamento da partícula neste ponto.
ENSAIO DE INTEGRIDADE
DE BAIXA EFORMAÇÃO - PIT
ASTM D-5882-16

Capacidade de carga a estaca


de maneira indireta

Um aumento de impedância
causa uma queda na velocidade,
e uma diminuição de
impedância causa seu aumento.

O final da estaca se comporta


como uma grande diminuição
de impedância, portanto pode
ser visto como um aumento de
velocidade.
Ensaio de carregamento dinâmico -PDA –
Ensaios de Fundação
Pile Driving Analyzer. - ABNT NBR: 13208/2007

Medir a capacidade da estaca de maneira indireta, aferida de maneira indireta.

Conhece a energia potencial com o peso da bate estaca e gera uma onda que passar pela
estaca, chega na ponta, dissipa para o solo, daí retorna até a ponta da estaca.
Ensaios de Fundação Ensaio de carregamento dinâmico -
PDA – Pile Driving Analyzer. -
ABNT NBR: 13208/2007

Instalação de sensores no fuste da estaca, em uma seção


situada pelo menos duas vezes o diâmetro abaixo do topo
da mesma.

Os sinais dos sensores são enviados por cabo ao


equipamento PDA, que armazena e processa os sinais
“online”.
Ensaio de carregamento dinâmico -
Ensaios de PDA – Pile Driving Analyzer. -
Fundação ABNT NBR: 13208/2007
Obrigada!
Até 23 de setembro!

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