Causas

• Alérgicas
• Corpo estranho o Tosse
• Doenças infecciosas o Aumento de exsudato
• Doenças crônicas o Menor oxigenação e perfusão de O2
• Neoplasias
• Multifatorial

O que é utilizado na veterinária ?

• Expectorantes
• Antitussígenos (béquicos)
• Broncodilatadores
• Descongestionantes
• Anti-inflamatórios

o De forma geral reduz a viscosidade das secreções (deixando-as mais liquidas)

o Aumenta a quantidade de catarro
o Facilita a remoção da secreção da árvore respiratória

3 CLASSES

1. Expectorantes reflexos
2. Expectorantes mucolíticos
3. Expectorantes inalantes
ATUAÇÃO DOS EXPECTORANTES
o Atuam de forma importante no sistema mucociliar
o Esse sistema é responsável por aquecer e umidificar o ar inspirado, além de
capturar e remover partículas inaladas

• Grande maioria possui ação de estimulação das terminações nervosas vagais

(faringe, esôfago, mucosa gástrica)
• Diante das estimulações há o aumento da produção de muco pelas células,
especialmente pela mucosa respiratória
• Alguns possuem ação sobre o movimento do epitélio ciliar
• Esse tipo de expectorante tem seu uso controverso, principalmente aqueles que
vem associados com antitussígenos (uma vez que a tosse é um mecanismo de
defesa para a expulsão de substâncias estranhas)

➢ Guaiacolato de glicerila (Xarope Vick)

➢ Latência: imediata
➢ Período de ação: 4 a 6h
➢ Efeitos adversos: diminui a agregação plaquetária (não deve ser
utilizado em distúrbios de coagulação). É derivado do creosato, não é
indicado o seu uso em gatos (possibilidade de intoxicação). Podem
provocar diarreia e êmese

➢ Latência: 15 a 30min
➢ Período de ação: 6h
➢ Aumenta em até 150% as secreções
➢ Efeitos adversos: podem provocar vômitos e náuseas, devido as
estimulações das terminações vagais. Esse medicamento deve ser
utilizado por um período restrito, o uso por um tempo maior que 3
semanas pode provocar hipotireoidismo (inclusive no feto) – evitar o
uso em fêmeas penhas e que estão amamentando
 ➢ Cephaelis ipecacuanha (planta)
➢ Estimula as terminações nervosas vagais, fazendo com ocorra o
aumento da produção de muco
➢ Latência: 15 a 30min
➢ Efeitos adversos: pode provocar hipotensão, taquicardia em
cardiopatas e idosos. Além de vômitos e diarreias

Não é recomendada a utilização de expectorantes + antitussígenos, uma vez que o

expectorante fluidifica a secreção e a tosse é um atividade fisiológica que irá ajudar na
expulsão dessa secreção produzida

• Promovem a redução da viscosidade das secreções facilitando sua remoção

• Esse fármaco aumenta a função dos lisossomos
• As enzimas lisossômicas hidrolisam as fibras mucopolissacarídeos do catarro,
fazendo com que ocorra a diminuição da viscosidade e aumentando o volume
da secreção. Pode ter efeito broncodilatador (embora não é tão utilizado com
esse intuito)
• Podem ser administrados em cães, equinos, bovinos (via oral e intravenosa)

➢ Bromexina (Bisolvon)
➢ Ambroxol (Mucosolvam)
➢ Dembrexina (Sputolysin vet)

➢ Fluimucil, Rinofluimucil, Mucocetil

➢ Modificador de características físico-químicas das secreções, tornando-as
mais mucolíticas e fluidificantes
 ➢ Sua aplicação pode ocorrer por via oral ou inalatória (cheiro desagradável)
– há relatos que pela inalação pode se ter uma reação de broncoespasmo
em algumas espécies, como no gato
➢ Mecanismo de ação: na molécula de N-acetilcisteína há uma ligação de
enxofre com hidrogênio (HS), esse radical que irá desestabilizar por meio de
uma despolarização o constituinte químico da estrutura do catarro
(secreção). Diminui os complexos proteicos e ácidos nucleicos presentes nas
secreções, facilitando então sua eliminação (menor viscosidade e melhor
função mucociliar)

• Broncoespasmo – devido a irritação da musculatura brônquica e o por meio da

liberação de gás sulfúrico
• Enxofre – cuidado com pacientes hepatopatas, pois eles terão dificuldade na
biotransformação desse composto
• Utilizados em situações em que há intoxicação por paracetamol

• Difícil uso em animais – sensação de queimação das narinas

• Uso de vaporizadores, máscaras, confinamento
• Solução fisiológica de NaCl a 0,9%
• Fármaco que ajuda da umidificação do epitélio ciliar

o Medicamentos que tem como função diminuir a tosse

o É necessário ter cuidado com sua administração, pois a tosse é um reflexo
fisiológico de proteção (involuntário) e de limpeza, em que há a eliminação de
secreções aumentadas e de substâncias irritantes para o organismo
o Produtiva (produção de secreção) x não produtiva (sem produção de secreção) –
recomendado para tosses não produtivas
Localização dos receptores da tosse
• Principalmente nas regiões de laringe e traqueia, e também nas regiões de
brônquios
• Há presença de receptores nas regioes de bronquiolos e alveolos. Também estão
presentes nos ouvidos e nas visceras abdominais

o Tem ação no SNC
o São opioides (codeína) – em baixas
doses
o Período de ação: 3 a 4h
o Efeitos adversos: sonolência,
constipação intestinal e vômitos
o Butorfanol: ação 20x maior que a
codeína
o Opção em equinos e bovinos
o Tem ação no SNC, mas não age nos
receptores opioides
o Antagonistas de NMDA
o Eleva o limiar do estímulo da tosse
o Baixas doses tem ação antitussígeno
central
o Utilizado em tosse seca – não
produtiva
 o Promove a dilatação do lúmen dos brônquios – tratamento e prevenção da
broncoconstrição

1. Agonistas beta-adrenérgicos: Salbutamol, Clembuterol, Terbutalina

2. Metilxantinas: Teofilina, Aminofilina
3. Anticolinérgicos: Atropina, Ipratrópio

• Beta 1: relacionado com aumento de atividade de contração e ritmo cardíaco

• Beta 2: relaxamento de musculatura lisa (vasos, brônquios ...)

SALBUTAMOL – curta duração (efetivo em situações agudas)

TERBUTALINA – curta duração
CLEMBUTEROL – longa duração (efetivo em situações crônicas) – DPOC, alergias
crônicas, bronquite, influenza dos equinos
Uso crônico – queda de performance aeróbica/cardíaca, hipertrofia
cardíaca

Administração de altas doses ativam beta 1

Outros mecanismos

✓ Inibição da liberação de serotonina e histamina pelos mastócitos

✓ Inibição da liberação de mediadores da inflamação – TNF-alfa, liberado pelos
mastócito
✓ Estimulam os cílios e reduzem a viscosidade do muco

Efeitos adversos

• Tremores – devido ao relaxamento da musculatura lisa

• Hipotensão (diminuição da pressão arterial) – reflexo beta 2 periférico
• Relaxamento da musculatura uterina – inibição da contração do músculo liso
uterino (preventivo de parto prematuro)
 ➢ É tida como uma classe de estimulantes – efeito broncodilatador

TEOFILINA – teobromina + cafeína (possui maior potência broncodilatadora)

AMINOFILINA – teofilina + etilenodiamina
Utilizados em cães, gatos e equino

Mecanismo de ação

• Aumenta a liberação de cálcio intracelular

• Aumenta a liberação de catecolaminas
• Melhora a contratilidade diafragmática
• Inibe a ação da enzima fosfodiesterase na conversão de AMPc em 5AMP – forma de
regular um dilatação continua da musculatura

Efeitos adversos

• Náuseas e vômitos
• Desconforto gástrico
• Diurese
• Arritmias cardíacas (maior contração)
• Insônia/tremores
 • Excitação/crises epilépticas
• Possui baixo índice terapêutico

• Diminui atividade fisiológica produzida pelo parassimpático – antagonizar

broncoconstrição responsável pela ação do parassimpático (M3)

ATROPINA – muito efeitos adversos (elevação da frequência cardíaca)

GLICOPIRROLATO – não ultrapassa a barreira hematoencefálica. Uso em equinos
com DPOC (obstrução aérea recorrente – OAR)
IPROTRÓPIO – uso principalmente em equinos, DPOC e é inalatório

ANTI-HISTAMÍNICOS
➢ Ação sobre receptores H1: esses receptores quando ativados pela ação da
histamina promove contração da musculatura lisa de brônquios, aumento de
permeabilidade vascular, desenvolvimento de processos alérgicos e anafiláticos
➢ Os anti-histamínicos são antagonistas H1 e podem ser de 1ª e 2ª geração
➢ Pode ser utilizado em cães, gatos e equinos

AGONISTA ALFA1 ADRENÉRGICO

➢ Promove vasoconstrição
➢ Diminui o fluido exsudato
➢ Efedrina e pseudoefedrina
➢ Via nasal (diminui os efeitos adversos)

AINES E AIEs
➢ Redução de edema de mucosa de brônquios e bronquíolos
➢ Inibição de mediadores inflamatórios
ANTAGONISTAS DE LEUCOTRIENOS
➢ Redução de leucotrienos que promovem broncoconstrição
➢ Asma felina
➢ Ausência de estudos clínicos