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A árvore triste

Base Bíblica:
“Então disse Jesus: „Deixem vir a mim as crianças e não as impeçam; pois o Reino dos
céus pertence aos que são semelhantes a elas‟.” (Mt 19,14)

“Filhinhos, vocês são de Deus e os venceram, porque Aquele que está em vocês é maior
do que aquele que está no mundo.” (1 João 4,4)

“Vejam que grande amor o Pai nos tem concedido, a ponto de sermos chamados filhos
de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus.” (1 João 3:1 a)

Proposta: Valorização da vida.


Público: Crianças e adolescentes.
Quantidade de pessoas: Quatro pessoas;
1. Coruja
2. Carvalho
3. Laranjeira
4. Macieira

Encenação:
1º. Entra a Laranjeira alegre, mostrando seus frutos; Em seguida, entra o Carvalho, sem
frutos, triste, com os galhos (braços) caídos; Após, entra a Macieira, muito alegre,
também mostrando seus frutos.
- As posições são todos de frente para as crianças, um do lado do outro. O
Carvalho fica no meio dos outros dois;
- A Laranjeira e a Macieira ficam sempre alegres, sorrindo, dando gargalhadas,
mostrando seus frutos e suas folhas (mãos) para o alto.
- Podem caminhar pela sala, entre as crianças, mostrando seus frutos. O
Carvalho fica parado, na mesma posição.

2º. Entra aí a Coruja, “batendo assas” (as mãos), cantarolando, saltitando, alegre, sem
olhar nem perceber o Carvalho.
-Pode caminhar no meio das crianças, junto com a Laranjeira e a Macieira,
comentando como são belos os seus frutos.

3º. Após, a Laranjeira e a Macieira voltam para seus lugares, e a Coruja os observa e
fala ao Carvalho.

4º. - Oi! Quem é você? Tá tudo bem?


- A Coruja faz essa pergunta para o Carvalho, tímida, com medo e „sem jeito‟.

5º. O Carvalho responde: Oi! Eu sou o Carvalho, e não estou nada bem, estou muito
triste.
- A Coruja se aproxima mais, e fala:

6º. - Posso ficar aqui perto?

7º. O Carvalho, desconfiado e desanimado fala: - Pode, só não vai fazer ninho em mim.

8º. A Coruja ainda pergunta: - Ahh, mas por que você está triste mesmo?
- Durante isso, a Laranjeira e a Macieira estão uma em cada lado, mostrando
seus frutos, alegres.

9º. O Carvalho responde: - Ah, eu estou aqui sem produzir nada... Olha só ai, essas
árvores cheias de frutos, alegres e eu aqui, sem nenhum fruto, com meus galhos caídos,
folhas quase murcha já. Eu não presto para nada...

10º. A Coruja anima-o, dizendo: - Mas você não pode pensar assim, você é uma árvore
muito bonita, gigantesca, querida por muitos... Faz muita sombra para as pessoas,
abrigam muitos outros animaizinhos, você tem muita coisa para fazer sim, só precisar
ver ao seu redor, para quantos animais você faz sombra e os protege... o quanto você é
importante.
E ainda fala: - Um dia Jesus falou: “Vejam que grande amor o Pai nos tem concedido,
a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus.” (1 João
3:1 a). Assim, Deus falou para nós, que ele nos ama...
11º O Carvalho responde: - Opa! Verdade, não tinha pensado assim. Às vezes fico
pensando só nos erros, e esqueço-me de Deus.

12º. A Coruja fala: Todas nós somos importantes, somos únicos. Estamos aqui para
ajudar ao outro e temos sim nossas qualidades e nossos objetivos.

13º. O Carvalho responde: Que maravilha! Agora vi que minha vida tem sentido, tenho
muita coisa para fazer, para viver. Sempre ajudando aos outros, e vivendo com esses
meus amigos.
- A laranjeira, a Macieira e o Carvalho se abraçam.

14º. A Coruja fala, alegremente: - Isso mesmo, todos nós temos um objetivo na vida.
Somos chamados a fazer algo e somos únicos, somo filhos de Deus. Que bom, podemos
ser bons amigos!
- Todos se abraçam e enceram o momento.

Materiais necessários:
- Roupa marron (tecido de TNT, túnica etc.), imitando tronco de árvore e a coruja;
- “Coroa” e “luva” de EVA ou outro material verde, para imitar as folhas da árvore;
- Laranjas e maças com barbantes, penduradas pelo corpo, respectivo a cada árvore;
- Um “bico” para imitar a coruja e tecido ou papel par montar “assas”.

Conteúdo teórico:
Para Jesus, não somos qualquer um. — De fato, você vai à igreja, é assíduo aos
sacramentos e, é claro, como bom católico, vê aquela multidão, pessoas numerosas
dentro da igreja, mas não vê razão nenhuma para que Jesus dirija a
você, especialmente a você, um olhar… Não sei em que tipo de dificuldade você se
encontra — se está em pecado mortal, como Zaqueu, se está muito apegado às coisas
do mundo, como o rico Zaqueu, se tem uma espécie de baixa “auto-estima”, como
o baixinho Zaqueu —, o fato porém, meu irmão, é que Jesus não trata com multidões.
No meio das turbas, Ele para e olha para você. A palavra de Cristo se dirige a você.
Quando você, todos os dias, ouve o Evangelho ou a homilia e faz sua reflexão, não se
esqueça — é importante compreender isso — que, ali, Cristo não está formulando um
ensinamento genérico para 7 bilhões de pessoas no planeta Terra. No meio desses 7
bilhões, Jesus para, olha para o pequenino Zaqueu, dirige-lhe um olhar e se convida:
“Zaqueu, eu quero ir à tua casa”.
Quando Deus nos chama, não se trata de um chamamento qualquer. Deus tem um
plano específico pra cada um de nós. Porém, ninguém além de nós mesmos, somos os
únicos a descobri-lo.
Sendo assim, a interpretação do Chamado de Deus não tem outro caminho além de
nosso contato com sua natureza através de um relacionamento com Ele.
Se estivermos firmes nesse relacionamento, então, conseguimos compreender o SEU
chamar, e passamos a trabalhar para Ele voluntariamente por Amor a Ele. Mas, e se não
temos um relacionamento estreito com Deus?
Isso é algo óbvio, porém é bastante ignorado. Muitos desejam saber para o que Deus
os chama, qual o propósito para o qual foram criados. No entanto, não constroem um
relacionamento estreito com Deus, não tem uma vida de oração, nem leitura de Sua
Palavra, nem mesmo desejam servir na igreja com os irmãos. O resultado disso? Uma
vida com poucos frutos, poucas boas obras para o Reino dEle e um coração cheio dos
valores do mundo.
Sendo o Chamado de Deus essencialmente a expressão vinda de sua natureza; nosso
esforço para servir a Deus, o derramar do nosso coração em devoção a Ele, no contexto
apontado acima, nunca viveremos nosso chamado, nunca viveremos a vida para qual
fomos criados. Se o que nos identifica é mais os valores do mundo refletidos em nós, do
que os valores e princípios de Deus, com certeza, não iremos desfrutar do Chamado de
Deus.

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