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Resumo do Alcestinho!

2. Prescrição de medicamentos na atenção primária à saúde


 Muito variável e é fortemente influenciada por suas crenças;
 30% das admissões hospitalares de idosos -> uso inapropriado de medicamentos;
 Abordagem centrada na pessoa -> reconhecer sentimentos da pessoa sobre estar doente, expectativa,
entendimento sobre o que pensa que está errado com ela, necessidade de um tratamento particular;
 A prescrição é um instrumento legal e um meio de comunicação;
 A prescrição médica, no Brasil, é normatizada por leis federais, 2,3 pela Resolução n o 357/2001 4
do Conselho Federal de Farmácia e por código de ética médica -> Deve ser legível, clara, sem
rasuras e conter : cabeçalho, via de administração, nome do fármaco, adotando , no âmbito do SUS,
obrigatoriamente a denominação comum brasileira (DCB) e na sua ausência a deminimnaçaõ comum
internacional (CDI), forma farmacêutica e concentração; quantidade total a ser fornecida; frequência
de administração; duração do tratamento; data; assinatura do médico; e o número de seu registro no
Conselho Regional de Medicina (CRM);
 A prescrição escrita à mão aumenta a probabilidade de apresentar problemas de legibilidade, o que
incrementa a chance de erros;
 Os fatores que contribuem para erros de prescrição são complexos e incluem características do
ambiente clínico (distrações, interrupções, ruídos, assim como fome e estresse afetando a
performance profissional); cultura de prescrição; sobrecarga de trabalho, tempo e suporte
profissional;
 A prescrição médica é considerada racional sempre que o tratamento farmacológico seja de fato o
indicado, o medicamento prescrito seja eficaz para tratar o quadro clínico da pessoa e seja utilizado
na dose e período apropriados e a alternativa farmacoterapêutica seja a mais segura e de menor custo.
a) O que pode ocasionar
 Prescrições incompletas, ilegíveis ou com rasuras impedem a eficiência da dispensação, acarretam
risco de troca de medicamentos e de dosagens, levando ao comprometimento no tratamento
farmacoterapêutico;
 A falha de comunicação durante a prescrição de medicamentos ou de cuidados pode levar ao
desconforto e à desconfiança quanto à medicação prescrita, descrédito no médico, no sistema e à
falta de adesão ao tratamento;
 A decisão da pessoa em utilizar ou não a medicação é parte de um processo de negociação com o seu
médico.
b) O que fazer
 Anamense -> A comunicação inadequada é um fator relevante que contribui para erros na prescrição;

 Deve informar a pessoa sobre: (a) os objetivos a curto ou a longo prazo do tratamento instituído; (b)
como, quando e por quanto tempo deve tomar o medicamento; (c) seus benefícios e riscos
(interações medicamento- medicamento ou medicamento-alimento, reações adversas, intoxicações
etc.); (d) procedimentos a seguir, se surgirem alguns efeitos adversos; (e) como guardar os
medicamentos; (f) o que fazer com as sobras;
c) Erros mais frequentemente cometidos
 Uso de medicamentos que trazem mais riscos que benefícios ou de custo elevado;
 Prescrição de medicamentos com interações clinicamente significativas;
 Prescrições inapropriadas:
1. Subprescrição -> não prescrever medicamentos necessários ou prescrever por tempo insuficiente;
2. Superprescrição -> prescrever um ou mais medicamentos do que é necessário;
3. Sobreprescrição -> prescrever dois ou mais medicamentos para a mesma finalidade.
 Impor horários rígidos de tomada da medicação sem levar em conta o estilo de vida;
 Não levar em conta possíveis limitações por parte do paciente;
 Prescrições incorretas e incompletas;
 Prescrição que não levam em consideração as características individuais de cada paciente;
 Uso de terapia não baseado em evidências;
 Ausência de informações verbais;
 Não monitorar o medicamento prescrito.
d) Prognóstico e complicações possíveis
 Ocorrência de eventos adversos, podendo mesmo ser letais.
 Eficácia medicamentosa limitada.
 Resistência a antibióticos.
 Farmacodependência (p. ex., na utilização de tranquilizantes).
 Risco de infecção (p. ex., no uso inapropriado de injetáveis).
e) Atividades preventivas e de educação
 Educação continuada e/ou permanente em prescrição racional;
 Atividades educativas para a comunidade, de forma escrita, orientando a maneira correta de
armazenar os medicamentos;
 Atividade multiprofissional (farmacêutico, médico e enfermeiro), objetivando rever os
medicamentos utilizados pelas pessoas;
 Monitoramento das prescrições, revendo-as frequentemente, pode prevenir problemas relacionados
ao uso inapropriado de medicamentos por meio de uma comissão de avaliação.
f) Papel da equipe multiprofissional
1. Enfermeiro
 Prescrever apenas medicamentos que estejam previamente definidos por protocolos;
 Avaliar, na consulta de enfermagem, se o paciente entendeu a receita prescrita;
 Reforçar com o paciente, em uma linguagem simples;
 Sempre que perceber alguma dificuldade por parte do paciente, discutir o caso com os demais
membros da equipe para a adequação do tratamento;
 Utilizar as oportunidades de contato com o paciente para o trabalho de educação em saúde;
 Fomentar grupos de discussão e troca de experiência entre usuários de medicamentos contínuos.
2. Farmacêutico
 Avaliar o entendimento do paciente quanto à receita prescrita;
 Checar as receitas no momento da dispensação e avaliar possíveis erros de prescrição;
 Reorientar o paciente quanto ao uso, ao armazenamento e ao descarte das medicações;
 Sempre que perceber alguma dificuldade por parte do paciente, discutir o caso com os demais
membros;
 Orientar os demais profissionais da equipe a respeito da farmacodinâmica e farmacocinética das
medicações;
 Utilizar as oportunidades de contato com o paciente para o trabalho de educação em saúde;
 A intervenção de farmacêuticos pode reduzir significativamente o uso inapropriado de medicações,
sobretudo em idosos.

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