Você está na página 1de 4

24/04/2019 » A interferência da logística no e-commerce

ACESSO RÁPIDO Portal Assine nossa revista Eventos 2019

 Anterior Próximo 

LOGÍSTICA

A interferência da logística no e-commerce


por Jaime Peters Junior Terça-feira, 20 de março de 2018  Tempo de leitura: 6 minutos

 6162 visualizações  0 Compartilhamentos      3.8/5.0     

H
ouve aumento de 12% na movimentação do e-commerce em um ano, mas a logística ainda é um fator preocupante para
as empresas.

Em 2017, o e-commerce movimentou R$ 59,9 bilhões, um aumento de 12% na comparação com o ano anterior, de acordo com
dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) por meio da pesquisa “Logística no E-commerce 2017”. A
expansão esconde uma dificuldade vivida pelo setor como um todo: os gargalos logísticos.

https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/interferencia-logistica-no-e-commerce/ 1/11
24/04/2019 » A interferência da logística no e-commerce

De acordo com os respondentes do estudo, que visa compreender detalhes de alguns aspectos do setor, o transporte de
mercadorias (frete) responde por 58% dos gastos, seguidos pela armazenagem (21,5%) e manuseio (20,5%). Mais importante:
em um momento no qual os consumidores têm pressa para a entrega de produtos, paradoxalmente, o tempo de entrega
aumentou.

Para São Paulo, por exemplo, o prazo subiu de 3 para 4 dias. Em Brasília, a média saiu de 5 dias, em 2013, para 7 dias, em 2017;
na Região Nordeste, em Recife, de 6 para 10 dias; em Porto Alegre, na Região Sul, de 4 para 6 dias. Se o seu cliente estiver em
Manaus, a média de prazo para a entrega de produtos é de 14 dias – sim, duas semanas.

Ou seja, há um contrassenso na situação vivida pelas empresas do país: o aspecto mais caro da logística é, também, o de menor
qualidade. Mais interessante: quando as empresas planejam ingressar em um cenário de logística 4.0, acabam levando mais
tempo para entregar os seus produtos.

Um dos fatores para isso está no fato de que o transporte no Brasil se faz, em sua maioria, pelo modal rodoviário. E, segundo a
Confederação Nacional dos Transportes (CNT), mais de 50% das rodovias do país estão em um estado considerado péssimo ou
ruim. Ou seja, por mais que haja investimento em automação comercial, há outros fatores que pesam nos preços e na
capacidade de entrega.

Os problemas dos Correios


Houve uma diminuição da dependência dos Correios ao longo dos últimos quatro anos: em 2013, 93% das empresas utilizavam
os serviços, número que caiu para 80,9% em 2017. Por outro lado, houve grande incremento de transportadoras privadas, que
saltaram de 35% para 52,8%, enquanto o uso de frotas próprias se manteve estável.

https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/interferencia-logistica-no-e-commerce/ 2/11
24/04/2019 » A interferência da logística no e-commerce

Um indicativo da redução de uso dos correios está em sua avaliação pelas empresas. Quase 44% das empresas considera hoje
os serviços executados pela companhia ruins ou péssimos, enquanto, em 2015, esse índice era 24%. Obviamente, as médias de
avaliação positivas também caíram: de 44,8% em 2015 para 33% em 2017 para razoável; de 27,8% para 21,4% para bom; e, por
fim, de 3,5% para 1,7% para excelente.

Veja, abaixo, as principais reclamações:

atraso nas entregas;

demora nas tratativas;

extravios;

preços abusivos;

descaso;

má qualidade de atendimento.

As outras menções foram a furtos, sistema fora do ar, filas e o não pagamento de mercadorias extraviadas.

Ainda mais burocracia


Desde 2 de janeiro deste ano, o envio de mercadorias pelos Correios se tornou ainda mais complexo. Isso porque, no ato da
postagem, a empresa precisa fixar a Nota Fiscal do produto ou uma declaração de conteúdo, que deve seguir um modelo
incluído no site da empresa, conforme explicam os Correios em seu site.

https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/interferencia-logistica-no-e-commerce/ 3/11
24/04/2019 » A interferência da logística no e-commerce

A mudança, de acordo com a entidade, visa se adequar às leis tributárias brasileiras, simplificando o recolhimento de
informações pelos órgãos fiscalizadores e evitando a sonegação fiscal. A expectativa é que muitas empresas tenham que se
formalizar para poder seguir com o seu modelo de entrega pelos Correios, algo que geraria um círculo virtuoso para a
economia. No caso de venda de pessoas físicas, deve-se usar a declaração de conteúdo.

Desde o início do ano, as agências dos Correios reforçam que, se não houver o cumprimento das novas regras, as encomendas
não serão enviadas. A própria empresa fez um tira-dúvidas, com perguntas e respostas para esclarecer as pessoas sobre as
alterações.

Avalie este artigo:  Compartilhe:     

Você recomendaria esse artigo para um amigo?

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Nunca Com certeza

Artigos mais lidos da última semana

Segurança Vendas
Contrainteligência: como usá-la na prevenção de fraudes Para vender mais no Dia das Mães, entenda o
no e-commerce comportamento de compra das mulheres
por Thiago Bordini por Leandro Ratz

Marketplace Mídias sociais


https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/interferencia-logistica-no-e-commerce/ 4/11

Você também pode gostar