Artes

ENSINO FUNDAMENTAL
CADERNO DE FORMAÇÃO
ARTE
APRESENTAÇÃO
Olá, professor(a),
O caderno de formação de Artes do Telecurso

foi elaborado para apoiar planejamento
pedagógico com o componente curricular de
Artes, que integra a área de Linguagens. Por
meio de planos de aula será possível trabalhar
os recortes artísticos, conceitos, imagens
contextualizadas a partir da História da Arte,
além de experimentar os fazeres artísticos com
proposições de exercícios.
O campo da arte se utiliza de formas, imagens

e materiais diversos para narrar experiências
individuais e coletivas da sociedade em diferentes
tempos-espaços historicamente construídos.
Com esse material, nossos principais objetivos
são ampliar o repertório dos(as) estudantes e
valorizar as produções culturais dos territórios
os quais eles vivem.
Bom trabalho!
SUMÁRIO
01_De onde vem a inspiração.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
02_O eu e o outro.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
03_Arte no espaço. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
04_Gravando!........ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
05_O som das coisas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
06_O caminho dos sons. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
07_Ritmos do Brasil.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91
08_Você precisa.. ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101
09_Corpo que fala . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 113
10_Movimento escrito .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123
11_Para além do passo.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 135
12_Dança e tradição. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 147
13_Os bastidores.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 161
14_Teatro e interação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 171
15_Jogos teatrais.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 183
16_Mão na massa!. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 193
17_A arte e o trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 203
18_Cosmovisões... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 223
19_Outras Narrativas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 237
20_“Palavra é patrimônio”. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 251
21_Arte e tecnologia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 263

COMPONENTE CURRICULAR DE ARTE
O caderno de formação em Artes

do Telecurso apresenta 21 planos
de aula para o trabalho com o com-
ponente curricular de Arte, na área
de Linguagens, no Ensino Funda-
mental Anos Finais. Cada plano foi
sistematizado com base em uma
concepção teórica-metodológica
associada à metodologia Telessala:
Incluir para Transformar e a partir
das habilidades indicadas na Matriz
Curricular de Linguagens da Funda- “O trabalho com Arte
ção Roberto Marinho (FRM), tidas precisa garantir a ampliação
como prioritárias para o processo do conhecimento das
de ensino e aprendizagem. especificidades das técnicas,
Alinhada à Base Nacional Comum materiais e processos criativos
Curricular (BNCC), a matriz de Lin- destas linguagens; a relação
guagens apresenta a Arte na articu- entre as linguagens, situando-as
lação de diferentes saberes, práticas principalmente em contextos
de criação e produção a partir de profissionais, históricos, sociais e
cinco principais linguagens: artes culturais; a poética, a fruição e a
visuais, dança, música, teatro e prática de processos criativos de
artes integradas. forma consciente, destacando
suas dimensões expressiva e
social; a instauração de processos
de aprendizagem e saberes
pautados pelo trabalho coletivo,
localizando a coletividade como
marca da linguagem artística; a
facilitação da relação com outros
componentes dentro da área e
fora dela.”
REÚNA, FRM.
Matriz Curricular Linguagens, p. 55
Na abertura de cada plano de aula Os objetos de aprendizagem tra-
você vai encontrar tópicos de infor- balhados ao longo dos planos aten-
mações para apoiar seu planeja- dem à pluralidade de expressões,
mento e que fazem correlação com tempos e territórios, por meio de
a matriz curricular de Linguagens. uma curadoria que promove a cons-
São eles: trução e ampliação de repertórios
histórico-artísticos-culturais.
Título
Dado a partir do assunto central Com o propósito de fomentar a
do plano experimentação das linguagens
artísticas, os planos de aula pro-
Linguagem postos neste material trabalham
Indicação de uma das linguagens atividades — individuais e em
apresentadas na matriz de Lingua- grupo — de problematização e
gens e que será trabalhada de forma criação artística dos(as) estudan-
transversal no plano de encon- tes, que valorizam os múltiplos
tro. São elas: artes visuais, dança, saberes e formas de expressão.
música, teatro ou artes integradas Entendendo que a aproximação
com o cotidiano é fundamental
Habilidade para a aprendizagem, os conteú-
Número e descritivo da habilidade dos foram pensados de maneira
a fomentar debates e conversas
Expectativas de aprendizagem que se relacionem com os meios
Selecionadas a partir das expecta- dos estudantes, em uma tenta-
tivas indicadas na matriz curricular tiva de revisar narrativas hege-
de Linguagens mônicas e lançar um novo olhar
para as produções artísticas. Dessa
Recursos Necessários
forma, busca-se colaborar para
Descrição dos recursos pedagógi- uma formação de sujeitos críti-
cos necessários à realização da ati- cos não somente para a Arte, mas
vidade, como, por exemplo, papel, também para a vida.
caneta, internet, celular, etc.
ARTE / ARTES VISUAIS
DE ONDE VEM
A INSPIRAÇÃO 01
HABILIDADE RECURSOS NECESSÁRIOS
Analisar situações nas quais Para esta aula, será necessário:
as linguagens das artes visuais
se integram às linguagens Reprodutor de som
audiovisuais (cinema, animações, Projetor
vídeos etc.), gráficas (capas de
Computador ou
livros, ilustrações de textos
imagens impressas
diversos etc.), cenográficas,
coreográficas, musicais etc. Papel
Lápis
EXPECTATIVAS DE
Lápis de cor
APRENDIZAGEM
Câmera fotográfica
} Contextualizar as linguagens
artísticas e seus usos sociais Objetos diversos
} Conhecer diferentes linguagens
artísticas que possuem a
visualidade como matriz
principal de significação
} Compreender o papel da
imagem na sociedade
contemporânea
Professor(a), como nos relacionamos com o excesso de
01_DE ONDE VEM A INSPIRAÇÃO
imagens que vemos e produzimos todos os dias? Nós con-

sumimos imagens e símbolos o tempo todo: nos meios de
comunicação, nas redes sociais, nas nossas vestimentas, na
decoração dos ambientes etc. A visualidade nos atravessa em
todos os campos da nossa vida e nosso cérebro está sempre
criando associações, decifrando códigos e construindo novas
imagens a partir das nossas memórias. Neste plano de aula,
vamos conversar sobre como as linguagens das artes visuais
se integram às demais formas de expressão e se tornam
fonte de referência e inspiração em constante movimento.
PROBLEMATIZAÇÃO
Apresente o trecho da série de desenho animado brasileiro “Irmão do

Jorel”, que faz uma referência ao artista holandês Vincent Van Gogh
(1853 - 1890).
Meu amigo Vicente II | Irmão do Jorel

Cartoon Network Brasil | Duração: 1’04’’
Acesso em: 23 ago 2022
https://youtu.be/ThAkjYwod1g
} Os alunos reconhecem o personagem/artista?

} O que sabem sobre ele?
Você pode trazer outros personagens que fazem parte da cultura popular
para complementar o debate: assim como Van Gogh, a pintura Mona Lisa
(1503) de Leonardo Da Vinci (1452 - 1519) é uma pintura que se tornou
bastante conhecida, talvez mais até que o próprio artista. Outro exemplo
é a imagem da artista Frida Kahlo (1907 - 1954), que estampa camisas,
bolsas e até memes da internet, e que se tornou mais popular do que
sua produção artística. A coroa, símbolo que se repete com frequência
nas obras de Jean-Michel Basquiat (1960 - 1988), é um elemento que
podemos ver reproduzido nos grafites e pichações, e também por rappers
e artistas que abordam a cultura da rua.
10 ENSINO FUNDAMENTAL | CADERNO DE FORMAÇÃO | ARTE

} Será que as pessoas que usam essas referências conheceram a obra

original dos artistas?
} Como temos noção sobre um assunto ou tema sem nunca ter tido
contato direto com ele?
Perceba junto com os estudantes como obras de arte, histórias, lugares,

pessoas, personagens se tornam parte do nosso imaginário coletivo e se
inserem no nosso cotidiano popular e nos servem como referência.
A animação “Com amor, Vincent”, também sobre o artista Van Gogh,

contou com cerca de 100 artistas para reproduzir manualmente as pinturas
do artista, mesclando com frames filmados com atores reais. Estes artistas
mantêm as características da pintura de Van Gogh, e o roteiro é fruto do
imaginário criado sobre as cartas trocadas entre ele e seu irmão, Theo.
ESTICADOR DE HORIZONTES
Para conhecer mais sobre Vincent Van Gogh:
“Loving Vincent”: a animação

sobre a vida de Van Gogh
DW Brasil | Duração: 4’38’’
https://youtu.be/mXkL2Koyap4
Vincent Van Gogh

Google Arts & Culture
https://artsandculture.google.
com/entity/vincent-van-gogh/
m07_m2
Muito do que se sabe hoje sobre a vida de Van Gogh se deu pelas trocas
de cartas com seu irmão ao longo de anos. Neste site produzido pelo
Museu Van Gogh, localizado em Amsterdã, na Holanda, você encontra
estas cartas redigidas inglês, com possibilidade de utilização de uma
ferramenta de tradução online para lê-las em português.
ARTE | CADERNO DE FORMAÇÃO | ENSINO FUNDAMENTAL 11

“Autorretrato com chapéu de feltro cinza” de Vincent Van Gogh
Fonte: Vincent van Gogh, domínio público,via Wikimedia Commons.
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Vincent_van_Gogh_-_Self-
portrait_with_grey_felt_hat_-_Google_Art_Project.jpg
Vincent Van Gogh - As cartas
Van Gogh Museum & Huygens ING
https://vangoghletters.org/vg/
letters.html
A obra de Van Gogh continua sendo admirada por muitos fãs até os dias
de hoje, e é motivo de homenagem por parte de diversos artistas. Por
exemplo, o coreano Kim Gryun, que recriou duas de suas pinturas, “Quarto
em Arles” (1888) e “A Noite Estrelada” (1889), em 3D.
Homenagem a Van Gogh

Kim Gryun
https://g-ryun.com/
vincent-van-gogh-homage
Fonte: Vincent van Gogh,domínio público, via Wikimedia Commons. https://

commons.wikimedia.org/wiki/File:Vincent_van_Gogh_-_De_slaapkamer_-_Google_
Art_Project.jpg
“Quarto em Arles” de Vincent Van Gogh

Fonte: Vincent van Gogh,domínio público, via Wikimedia Commons. https://pt.wikipedia.org/wiki/

Ficheiro:Van_Gogh_-_Starry_Night_-_Google_Art_Project.jpg
“A noite estrelada” de Vincent Van Gogh
ATIVIDADE 1
Muitos artistas e aspirantes fazem estudos e até mesmo homenagens

usando obras de outros artistas como referência. Como cada artista deixa
suas características nessas obras, não podemos chamar de cópia, mas
sim de releitura ou citação. Releitura é quando um artista faz uma nova
interpretação de um trabalho de outro artista, deixando à mostra sua
própria subjetividade, que pode ser na forma de pintar, na técnica ou nos
materiais, porém sem fugir do tema e da composição original. A citação
acontece quando essa “homenagem” acontece com uma sugestão, uma
referência a algum elemento da obra de outro artista, e costuma ser mais
sutil do que a releitura.

A música, as artes gráficas e o cinema também se inspiram nas artes visuais

e usam a apropriação como recurso. Um exemplo é a cena a seguir do filme
“As Confissões de Schmidt” (2002), de Alexander Payne, que faz referência
explícita à obra “A Morte de Marat” (1793), de Jacques-Louis David.
Compare as imagens com os alunos e, se achar apropriado, inclua outras

referências ou peça para os alunos tentarem se lembrar de outras referências
visuais que já tenham visto, como a capa de um álbum musical que lembre
uma pintura, um videoclipe que faz referência a algum livro.
Proponha que os alunos, individualmente ou em grupo, escolham uma obra

de arte, cena de filme ou animação e façam uma releitura ou uma citação
fotográfica. Peça para que usem a criatividade e aproveitem os elementos
visuais e materiais que estiverem ao seu alcance.
Atente-os para as cores, contrastes, iluminação, cenário, expressões,

posicionamento e enquadramento. É interessante que uma pessoa do
grupo se disponha a fazer essa direção na hora de fazer a fotografia. O
professor reunirá as fotografias e apresentará aos alunos o resultado final,
junto com a imagem usada como base para a recriação.
https://www.megacurioso.com.br/artes/102306-20-cenas-
de-filmes-que-foram-baseadas-em-famosas-obras-de-
artes.htm
O filme “About Schmidt” e, no detalhe, a pintura “La mort de Marat”

Nossos envios favoritos dos leitores do

Booooooom para o projeto Remake
Site Booooooom
(Site em inglês, com possibilidade de https://www.booooooom.
utilização de uma ferramenta de tradução online para com/2017/02/16/the-most-
creative-submissions-to-our-
português) remake-project/
Obras de arte que inspiraram o cinema

8 milímetros
https://www.8milimetros.
com.br/obras-de-arte-que-
inspiraram-o-cinema/
ATIVIDADE 2
“Não se deve julgar um livro pela sua capa”. Você já deve ter ouvido essa
frase. A arte na capa de produções literárias tem o papel importante de
fisgar o interesse e a curiosidade do leitor para o conteúdo do interior
do livro. Pergunte aos estudantes o que chama a atenção deles quando
escolhem um livro, e se recordam de algum livro que tenham lido e que
conseguiram perceber sua história sintetizada na ilustração da capa.
Caso o contrário, o que mudariam na capa a fim de expressar melhor a
história contida no livro?
Você pode propor que os estudantes recriem uma capa de um livro que
tenham lido, ou apresentar uma crônica ou pequena história para que
façam um exercício de imaginação para ilustrá-la. Quais associações
e lembranças são feitas quando imaginamos as características de um
personagem? O que isso diz sobre nós? Este experimento é interessante
para percebermos como projetamos imagens distintas a partir de uma
mesma fonte.

A artista brasileira Lygia Pape (1927 - 2004) produziu, em 1959, o “Livro da

criação”, que faz parte de uma trilogia iniciada em 1959 e finalizada em
1963, que inclui além deste, o “Livro da arquitetura” (1959 - 1960) e o “Livro
do tempo” (1961 - 1963). Cada uma das 16 páginas do “Livro da Criação”
– que não possui um formato convencional – consiste em uma lâmina
construída a partir de cores, formas cheias e vazadas, cortes e dobras para
narrar de forma linear a criação do mundo, abolindo completamente o uso
da palavra. Dessa forma, a artista convida o leitor a decifrar e participar
desta criação.
Experimente sortear as frases correspondentes a cada página do livro

da criação entre os estudantes e propor que criem uma ilustração para
cada uma delas:
} Que nome dariam para esse livro?

} Como seria sua capa?
Depois compartilhe com os estudantes a maneira que Lygia Pape encontrou

para contar a mesma história e analise com eles seus elementos e o que
podem representar em cada uma das lâminas: cores, formas geométricas,
formas vazadas e cheias, corte e dobra.
https://enciclopedia.itaucultural.org.br/obra14850/
livro-da-criacao
“Livro da criação” de Lygia Pape

https://www.museoreinasofia.es/en/collection/
research-projects/lygia-pape
No início era tudo água E baixaram
Depois as águas foram baixando, baixando, baixando
O homem começou a marcar o tempo
O homem era nômade e caçador O homem descobriu o fogo
O homem era gregário e semeou a terra Na floresta
O homem inventou a roda E a terra floresceu
O homem descobriu que o sol era o centro do sistema planetário
Que a terra era redonda e girava sobre seu próprio eixo
A quilha navegando no tempo
O homem construiu sobre a água: palafita
Luz Submarino: o vazado é o cheio sob a água
Para saber mais sobre a artista e a obra:
Lygia Pape - 50 Fatos

Vivieuvi | Duração: 10’35’’
https://youtu.be/pf-UUntJp9E
Lygia Pape
Enciclopédia Itaú Cultural
https://enciclopedia.
itaucultural.org.br/pessoa950/
lygia-pape

Projeto Lygia Pape
https://lygiapape.com/
A experiência neoconcreta através

do “Livro da criação”, de Lygia Pape
Marcela Antunes de Souza - Instituto de Artes
- Universidade Estadual Paulista “Júlio de
Mesquita Filho” (UNESP)
https://repositorio.unesp.br/
Acesso em: 23 ago 2022 handle/11449/194490
Lygia Pape - Livro da Criação

Ophicina Polygraphica
https://ophicinapolygraphica.
com/portfolio/livro_criacao/
Coleção Livro da Criação - Lygia Pape

Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia
(Site em inglês, com possibilidade de utilização de uma
https://www.museoreinasofia.
ferramenta de tradução online para português) es/en/collection/artwork/
livro-da-criacao-book-creation
AVALIAÇÃO
A avaliação pode se dar na percepção e utilização dos elementos visuais na

criação de novas imagens. Deve ser levado em conta como os estudantes
conseguem se apropriar de imagens já existentes para criar relações
imagéticas e sentidos dentro e fora do contexto das obras trabalhadas.

Arte / Artes Visuais
O EU E O
OUTRO 02
Pesquisar, apreciar e analisar Para esta aula, será
formas distintas das artes visuais necessário:
tradicionais e contemporâneas,
em obras de artistas brasileiros Computador com projetor
ou imagens
e estrangeiros de diferentes
épocas e em diferentes matrizes Texto impressos
estéticas e culturais, de modo
Papéis
a ampliar a experiência com
diferentes contextos e práticas Lápis e canetas para o diário
artístico-visuais e cultivar a de bordo
percepção, o imaginário, a
capacidade de simbolizar e o
repertório imagético.
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
} Conhecer diferentes culturas e
contextos históricos por meio
da ação simbólica da arte
} Reconhecer as artes visuais
como expressão de identidades
} Identificar efeitos de sentido
em determinadas escolhas
artísticas, estéticas, técnicas e
poéticas
Professor(a), como nos vemos? Como somos vistos? A iden-
02_O EU E O OUTRO
tidade está presente na cultura visual e na produção artística

de um povo, mas muitas vezes não temos conhecimento de
sua origem e influências. É uma tendência do nosso comporta-
mento rejeitarmos o que não conhecemos, o que não entende-
mos como “nosso”. Contudo, sabemos que as artes visuais desde
sempre se apropriam desse “outro” para a construção de novos
sentidos, porém muitas vezes se distanciando de seu sentido
original. Nesta aula, veremos alguns exemplos e contextos em
que a discussão sobre identidade, cultura e apropriação podem
ser trabalhadas.
PROBLEMATIZAÇÃO
Divida os alunos em grupos para ler e debater o texto “Ritos corporais

entre os nacirema”, escrito pelo antropólogo estadunidense Horace Miner
(1912 - 1993), em 1956. Se preferir, faça alguns recortes do mesmo para
facilitar a compreensão.
Ritos corporais entre os Naciremas

Publicada originalmente pela revista American
Anthropologist, vol. 58, Junho 1956. pp.
503–507
https://edisciplinas.usp.br/
Acesso em: 24 ago 2022 pluginfile.php/364413/mod_
resource/content/0/Nacirema.pdf
O texto é uma referência bastante utilizada nos estudos de antropologia

e usa o recurso da analogia para narrar os rituais de um povo recém
“descoberto” pela “civilização”. Sua escrita detalhista e pitoresca desperta
em nós um sentimento de distanciamento e repulsa perante tradições que
podemos considerar “primitivas” em relação à “evolução dos costumes”
e hábitos da nossa sociedade.
A graça do texto se dá em seu desfecho, quando a nota final nos revela

que o termo “Nacirema” significa “American”, ou seja “Americano” em
português, se lido de trás para frente. Dessa forma, todos os eventos que
previamente havíamos considerado como “exóticos” ou “estranhos”, na

verdade são exatamente o nosso comportamento cotidiano sendo visto
02_O EU E O OUTRO
com outros olhos, uma vez que também somos americanos, vivendo na
América do Sul. O trabalho do antropólogo, que é conhecer e estudar os
aspectos culturais dos povos, também é satirizado na forma escrita e
descrições, de modo a se colocar sempre distante desse “outro’’.
Após a leitura, peça que os alunos se dividam em pequenos grupos,

discutam entre si e, depois, se reúnam com toda a turma para comentarem
sobre suas impressões. Se possível, utilizem uma cartolina em branco ou
uma lousa para registrar em tópicos os principais costumes dos Nacirema
que despertaram sua curiosidade. Incentive-os a buscar aproximações e
semelhanças com seus hábitos cotidianos.
Algumas perguntas possíveis:
} Como é o trabalho de um antropólogo?

} Como escrever sobre “o outro”?
} Qual a diferença entre o “civilizado” e o “primitivo”?
} Que sensações e reflexões o autor quer nos provocar com este texto?
} Como nos vemos e como somos vistos?
O cartaz a seguir foi produzido em ocasião da exposição “Primitivismo

na Arte do Século XX: Afinidade do Tribal e do Moderno”, que aconteceu
em 1984 no Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA), e mostra
uma pintura do artista espanhol Pablo Picasso (1881 - 1973) ao lado de
uma máscara de origem africana. A mostra, que era composta por mais
de 400 objetos entre artefatos de origem indígena e africana e obras do
modernismo europeu teve uma repercussão negativa que perdurou por
anos. Ao tentar expressar a “afinidade” entre a arte europeia do século
20 e a arte dita “primitiva”, colecionadas no mesmo período de forma
questionável, acabou por reduzir essas produções a uma simples fonte
de matéria prima, ratificando sua posição eurocentrista.
} O que é considerado “primitivo” e “moderno” nesta imagem?
Como complementação do texto de Horace Miner, você pode apresentar

o cartaz e convidar os alunos a refletirem sobre identidade e apropriação
nas artes visuais, as origens e referências por trás do que conhecemos e
o como absorvemos culturas outras em nosso dia a dia.

https://www.moma.org/interactives/moma_through_time/1980/the-infamous-primitivism-exhibition
02_O EU E O OUTRO
Capa do catálogo da exposição “Primitivismo” na Arte do Século XX:

Afinidade do Tribal e do Moderno, 1984
Fase azul, rosa, Guernica...

A vida loka de Pablo Picasso!
Pensador | Duração: 10’05’’
https://youtu.be/HNc7SCDPZu4

02_O EU E O OUTRO
Expografia e a História da Arte:
o Museu Du Quai Branly e a experiência
“moderna” da arte “primitiva”
Emerson Dionisio Gomes de Oliveira
Universidade de Brasília http://anpap.org.br/anais/2018/
content/PDF/27encontro______
Acesso em: 24 ago 2022 OLIVEIRA_Emerson_Dionisio_
Gomes_de_.pdf
Picasso
com/entity/pablo-picasso/
m060_7
ATIVIDADE 1
A cerâmica Marajoara é parte da produção artística dos povos indígenas

de Marajó, no Pará, e segue sendo produzido pelos paraenses, reforçando a
identidade do lugar. Sua técnica é de extrema complexidade, caracterizada
pela diversidade de formas e grafismos com uso de simetrias, elementos
pareados, repetições rítmicas e oposições binárias, sempre carregados
de significados simbólicos.
O pintor pernambucano Vicente do Rego Monteiro (1899 - 1970), em seus

trabalhos, busca inspiração na arte Marajoara e incorpora elementos como
a volumetria das esculturas cerâmicas, a simplificação das formas e o
estudo de tons terrosos. Conduza os alunos a identificarem as semelhanças
entre a estatueta Marajoara e a pintura de Vicente do Rego.
} É possível notar suas origens e essência?

} Qual a intenção do artista ao usar essa referência?
} Seu uso evidencia ou invisibiliza a cultura de origem?

https://enciclopedia.itaucultural.org.br/obra1643/a-mulher-sentada
Fotógrafo: Dornicke / Wikimedia Commons. https://commons.wikimedia.org/wiki/

File:Cultura_Marajoara_-_Estatueta_feminina_oca_em_forma_de_falo_01.jpg
02_O EU E O OUTRO
“A mulher sentada” de Vicente do Estatueta Marajoara

Rego Monteiro
Apresente outros artistas que se utilizam de apropriações de objetos

ou tradições culturais de um outro povo para ressignificar seu próprio
trabalho. Como sugestão, temos artistas das vanguardas modernistas da
Europa, como Van Gogh (1853 - 1890) que incorpora a estética das gravuras
japonesas Ukiyo-e, Paul Gauguin (1848 - 1903) que busca inspiração no
Taiti e na Martinica e Pablo Picasso (1881 - 1973), que vemos no cartaz da
exposição acima usando como referência as máscaras africanas.
Em grupo, os alunos deverão pesquisar os artistas e buscar as raízes de

suas influências. Aqui é interessante exercitar a leitura de imagem para
identificar os elementos de relação entre eles e compreender as possíveis
interpretações do espectador que não está familiarizado com o contexto
de sua origem. Os alunos podem apresentar suas pesquisas no formato
de seminários. Também é possível dialogar com as disciplinas de História
e Literatura.

02_O EU E O OUTRO
Cerâmica Marajoara: A Comunicação do Silêncio

Museu Paraense Emílio Goeldi
Acesso em: 24 ago 2022 https://www.museu-goeldi.br/
assuntos/imprensa/downloads/
catalogo-ceramica-marajoara.
pdf/view
Expedição científica em busca dos

vestígios de povos antigos da Amazônia -
Cerâmica Marajoara
TV Cultura - Repórter Eco
https://www.youtube.com/
Duração: 05’32’’ watch?v=GOJ-VMRHVMM&list
=RDCMUCxXiasLNEA7gO3k22q
Acesso em: 24 ago 2022 RsaUA&start_radio=1&rv=GOJ-
VMRHVMM&t=120
Videoaula - Arte Indígena Brasileira - Artes -

Ensino Fundamental Anos Finais
Canal Futura | Duração: 11’28’’
https://youtu.be/VRNNgG2TfAg
Vicente do Rego Monteiro

vicente-do-rego-monteiro
Vicente do Rego Monteiro

com/entity/m0d_r65

02_O EU E O OUTRO
Ukiyo-e
Japan House
https://www.japanhousesp.com.
br/artigo/ukiyo-e-influencias-
no-ocidente/
ATIVIDADE 2
Professor(a), esta atividade é um exercício de encantamento. Chame os

alunos para se imaginarem enquanto viajantes em seu próprio espaço.
Eles deverão criar um diário de bordo durante uma semana registrando
suas observações sobre os costumes e tradições de seu povo no trajeto
até a escola, no bairro em que vive, na cidade em que mora, entre seus
familiares e colegas.
DIÁRIO DE BORDO
} Como é o trajeto?
} Por que lugares passam e com o que se parecem?
} Como as pessoas se vestem?
} Que acessórios usam?
} Que objetos carregam?
} Como e do quê se alimentam?
} Como se comportam com seus pares?

Os registros devem considerar que o aluno agora está na posição de
02_O EU E O OUTRO
alguém de fora, um estrangeiro explorador. Como vejo o “eu” quando me
disponho a ser “o outro”?
Converse com os estudantes sobre como foi o processo de experimentar

olhar o seu entorno como se fosse a primeira vez e suas impressões.
O olhar do estrangeiro
Nelson Brissac Peixoto
Artepensamento - Instituto Moreira Salles
Acesso em: 24 ago 2022 https://artepensamento.
ims.com.br/
item/o-olhar-do-estrangeiro/
No vídeo a seguir, o artista contemporâneo indígena, Denilson Baniwa

(1984 -), cria uma videocolagem com legendas que ressignificam o
encontro dos europeus com os povos indígenas. Esse trabalho convida
ao questionamento sobre quem narra a história que conhecemos
Kaiser Wilhelm Institut für

Anthropologie Tupiniquim
Videocolagem feita a partir do filme Ao Redor
do Brasil, de Luiz Thomaz Reis (1879-1940)
Denilson Baniwa | Duração: 8’57’’
https://youtu.be/
Acesso em: 24 ago 2022 CEWwMpMl1o4
A artista nigeriana Ladi Kwali (1925~1930 - 1984), teve sua importância

reconhecida de diversas formas. A cédula de 20 Naira (moeda nigeriana) a
homenageia, representando a artista sozinha em seu ofício e a produção
de cerâmica em seu ateliê. Uma outra homenagem mais recente (2022)
foi feita pelo Google: um doodle comemorativo que escolhe como
referência a imagem de Ladi Kwali sendo observada por olhares curiosos
de pessoas europeias, enquanto apresentava sua técnica em uma aula
aberta durante uma excursão para Londres.

https://guardian.ng/sunday-magazine/ladi-dosei-kwali-a-legendary-pacesetter/
Ladi Dosei Kwali, uma lendária pioneira Omiko Awa - The Guardian Nigéria
02_O EU E O OUTRO
https://www.google.com/doodles/celebrating-ladi-kwali
Doodle comemorativo de Ladi Kwali

Cédula de 20 Naira (moeda nigeriana) em homenagem a Ladi Kwali

32
02_O EU E O OUTRO
Ladi Kwali
ENSINO FUNDAMENTAL | CADERNO DE FORMAÇÃO | ARTE

https://artsloungenyc.com/2022/02/08/black-history-month-remembering-dr-hadiza-ladi-kwali-nigerias-foremost-potter/
https://northpad.ng/biography-of-ladi-kwali/
} O que podemos ler a partir destas imagens?
02_O EU E O OUTRO
} O que podemos refletir a partir de sua escolha em cada âmbito
apresentado? (moeda local x homenagem do Google)
} O que atrai a curiosidade dessas pessoas: as técnicas utilizadas pela
artista e o resultado estético de sua obra ou a própria artista e a
cultura que ela representa?
Mentes talentosas! Ladi Kwali

(da cerâmica à fama)
Adebambo Gbenga -
The Guardian Nigéria
https://guardian.ng/features/
Acesso em: 24 ago 2022 youthspeak/gifted-minds-ladi-
kwali-from-pottery-to-fame/
AVALIAÇÃO
O professor deverá acompanhar o processo investigativo dos estudantes

e auxiliar a reconhecer relações de poder contidas nas imagens e textos
apresentados, bem como no resultado de sua pesquisa, estimulando o
pensamento crítico e questionador.

ARTE NO
ESPAÇO 03
Desenvolver processos de Para esta aula, será
criação em artes visuais, com necessário:
base em temas ou interesses
artísticos, de modo individual, Projetor ou imagens
impressas
coletivo e colaborativo, fazendo
uso de materiais, instrumentos Materiais diversos
e recursos convencionais,
Mobiliário da sala de aula
alternativos e digitais.
Papel
EXPECTATIVAS DE Lápis
APRENDIZAGEM
} Relacionar temas,
procedimentos de criação,
linguagens e materiais das
artes visuais
} Conhecer princípios e
procedimentos de criação em
artes visuais
} Reconhecer a imagem como
forma de expressão e
atuação social
Professor(a), a arte contemporânea é um reflexo das
03_ARTE NO ESPAÇO
diversas transformações de uma sociedade e acom-

panha suas mudanças, tendências e questionamen-
tos sobre o mundo atual. Como estamos em constante
mudança, é difícil definir o que caracteriza a arte con-
temporânea em um único conceito. Sendo assim, pode-
mos nos atentar para alguns aspectos que aparecem com
frequência nos objetos de arte do nosso tempo: a diversi-
dade de linguagens, a interação com o público e a proposta
de reflexão.
Sabemos que as artes visuais se estenderam para outras linguagens, porém

o que encontramos na arte contemporânea é uma maior experimentação
e integração entre elas. Performance, vídeo-arte, instalação, e as novas
formas de utilizar velhos suportes como a escultura e a pintura aqui se
contrapõem à arte tradicional, no sentido de não ter mais um enfoque maior
na fruição do resultado final. Os processos começam a ser valorizados e o
espectador é inserido na experiência também como agente. O conceito
proposto pelo artista tem papel mais importante do que o objeto de arte em
si, o que também acende a discussão sobre autoria: afinal, o artista é quem
teve a ideia ou quem executou? A proposta desta aula é nos familiarizar
com a linguagem da Instalação como forma de expressão no espaço.
As imagens anteriores são instalações da artista japonesa Yayoi Kusama

(1929), que são capazes de modificar o ambiente e a experiência de estar
nele utilizando apenas padrões que se repetem obsessivamente (pontos) e
que já se tornaram sua marca. O público também é convidado a preencher
esse espaço com adesivos e com a própria presença.
Videoaula “Arte Contemporânea no Brasil e

no Mundo” - Artes - Ensino Médio
https://youtu.be/7fvR3Y158-w

http://www.touchofclass.com.br/index.php/2017/09/27/yayoi-kusama-artista-do-mes-setembro-de-2017
http://www.touchofclass.com.br/index.php/2017/09/27/yayoi-kusama-artista-do-mes-setembro-de-2017
“A sala de obliteração” de Yayoi Kusama

“Sala de Espelhos Infinitos - Cheia de brilho da vida” de Yayoi Kusama
ARTE | CADERNO DE FORMAÇÃO | ENSINO FUNDAMENTAL

37
03_ARTE NO ESPAÇO
03_ARTE NO ESPAÇO
Como entender Arte Contemporânea

vivieuvi | Duração: 6’52’’
https://youtu.be/ApMj76kCVRU
Yayoi Kusama’s Obliteration Room |

TateShots
Canal Tate | Duração: 3’57’’
(Conteúdo em inglês, com possibilidade de utilização de
ferramenta de tradução automática para português da própria https://youtu.be/-xNzr-fJHQw
plataforma)
Os mundos psicodélicos de
Yayoi Kusama em Berlim
DW Brasil | Duração: 4’41’’
(Conteúdo em inglês, com possibilidade de utilização de
ferramenta de tradução automática para português da própria https://youtu.be/9khc-4Ac4Zo
plataforma)
Museu Yayoi Kusama

(Site em inglês, com possibilidade de utilização de uma
ferramenta de tradução online para português)
https://yayoikusamamuseum.jp/
en/home
PROBLEMATIZAÇÃO
Professor(a), mostre as imagens a seguir para os estudantes. Elas

apresentam a rotunda do prédio do Centro Cultural do Banco do Brasil
do Rio de Janeiro vazia e ocupada por obras de alguma exposição. Peça
para se imaginarem adentrando nestes espaços.

Faça algumas perguntas para impulsionar a conversa.
03_ARTE NO ESPAÇO
} Como esses trabalhos de arte mudam o ambiente?
} Que sensação cada imagem passa?
} Que tipo (linguagem) de arte é essa? De que forma essa linguagem
difere da pintura e da escultura, por exemplo?
Caso haja possibilidade, experimente com seus estudantes o tour virtual

no CCBB-RJ, que está disponível no Google Artes e Cultura:
Tour virtual no CCBB-RJ

Google Artes e Cultura
https://g.co/arts/
iBC1Qb6aCkgeBKGu6
Instalação “A Piscina”, 1999,

na rotunda do CCBB-RJ
Artista: Leandro Erlich
https://embarquenaviagem.
com/2022/02/22/carnaval-com-
IMAGEM NA PÁGINA 41
viradao-no-ccbb-rj-exposicao-a-
tensao-de-leandro-erlich
As obras apresentadas na rotunda do prédio do CCBB-RJ são instalações.

O que este nome sugere? Imaginamos as instalações, como os aposentos
de uma casa, a relação entre os cômodos e a função específica de cada
um. Nas artes visuais, a instalação é uma linguagem que usa um espaço
como suporte para um trabalho de arte, mudando nosso olhar sobre ele.
} Que novas funções um mesmo ambiente ou espaço físico pode

exercer a partir de uma obra de arte?
} Será que as pessoas se relacionam com este espaço da mesma
maneira?

03_ARTE NO ESPAÇO
40
Rotunda do Centro Cultural Banco do Brasil - Rio de Janeiro
Detalhe da instalação “Além da memória” de Chiharu Shiota
Fotógrafo: Márcia Foletto / Agência O Globo
https://ccbb.com.br/rio-de-janeiro/sobre-o-ccbb
https://oglobo.globo.com/rioshow/exposicoes-os-destaques-em-cartaz-no-rio-de-janeiro-1-24838650
https://vogue.globo.com/lifestyle/cultura/noticia/2014/10/bodas-de-ouro-exposicao-da-hstern-celebra-o-ouro-no-ccbb.html
Instalação “A Piscina”
Instalação “Chuva de ouro” de Laura Vinci

41
03_ARTE NO ESPAÇO
GLOSSÁRIO
03_ARTE NO ESPAÇO
ROTUNDA - substantivo feminino

1. ARQUITETURA: Edifício circular, que termina em cúpula arredondada.
Largo de forma circular ou semicircular.
Fonte: Michaelis Moderno Dicionário da Língua Portuguesa. Disponível em: <https://michaelis.uol.
com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/rotunda>. Acesso em: 23 ago 2022.
A instalação, por sua relação com a arquitetura ou a paisagem de um

espaço, exige uma montagem apropriada, com instruções do artista e de
forma a se adequar a cada espaço em que for exposta, diferente de outros
suportes mais tradicionais de arte como a pintura ou escultura, onde o
deslocamento do objeto é mais simples. Muitos artistas também pensam
em trabalhos específicos para um lugar, pois dialogam particularmente
com algum elemento o qual o artista pretende evidenciar, e por esta
característica, não podem ser deslocados, se não perdem seu sentido.
Este tipo de instalação é chamada de Site Specific.
Outra linguagem que envolve o espaço, agora o natural, é a Land Art, ou

“Arte da terra”. Os artistas da Land Art entendem que a natureza é seu
suporte e interferem nela da forma menos agressiva possível, modificando
sua paisagem e se apropriando das alterações naturais desencadeadas
pelo tempo. Portanto, esses trabalhos nunca serão encontrados em
museus, a não ser através de fotografias.
I PARA INSTALAÇÃO
Canal Bigorna | Duração: 4’02’’
https://youtu.be/B8kNTig6b5I

03_ARTE NO ESPAÇO
S PARA SITE SPECIFIC
https://youtu.be/5ki4mJBaIUQ
L PARA LAND ART

https://youtu.be/ox2KpGW8FaY
EXEMPLO DE SITE SPECIFIC
“Fulcro”, 1987
Artista: Richard Serra
IMAGEM NA PÁGINA 44 https://commons.wikimedia.

org/wiki/File:Fulcrum_Richard_
Serra_01.jpg
EXEMPLOS DE LAND ART
“Cerca corrida”, 1976

Artista: Christo e Jeanne-Claude
https://dasartes.com.br/
IMAGEM NA PÁGINA 45 de-arte-a-z/em-imagens-
relembre-as-obras-iconicas-e-
monumentais-de-christo-em-
angulos-extraordinarios
“Quebra-mar em espiral”, 1970

Artista: Robert Smithson
https://snl.no/land_art

03_ARTE NO ESPAÇO
44
“Fulcro” de Richard Serra

Fotógrafo: Oxyman / Wikimedia Commons
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Fulcrum_Richard_Serra_01.jpg
03_ARTE NO ESPAÇO
Fotógrafo: Wolfgang Volz
Fonte: Grande Enciclopédia Norueguesa
“Cerca corrida” de Christo e Jeanne-Claude

“Quebra-mar em espiral” de Robert Smithson

03_ARTE NO ESPAÇO
ATIVIDADE 1
Professora(a), após compartilhar as referências estudadas até com a

turma, peça para que pensem em um projeto de instalação para o espaço
da escola:
PROJETO DE INSTALAÇÃO
} Em que local seria?
} Que materiais utilizariam?
} De que forma a instalação ocuparia o espaço?
} Como as pessoas que passam por este espaço poderiam interagir?
} O que esperam que elas sintam?
} Além do impacto visual, a instalação também pode explorar os

demais sentidos usando aromas, texturas e sons, quais seriam eles?
Se for possível colocar o projeto em prática, faça uma seleção com

os estudantes para escolher o (ou os) projeto(s) que mais dialoga(m)
com o espaço escolhido e separe-os em grupos para executá-los. Será
interessante para que os estudantes se voltem para o processo de criação
e montagem, e se organizem para pensar modos de fazer.

Não é necessário materiais muito elaborados para criar uma instalação;
03_ARTE NO ESPAÇO
aproveitem o que tiverem fácil acesso.
Os estudantes podem relatar as etapas e dificuldades do processo em

um diário de bordo, bem como suas observações sobre a participação das
pessoas que interagem com a instalação.
ATIVIDADE 2
Vimos que um dos principais objetivos da instalação é instigar o nosso

olhar para perceber o mesmo espaço de novas maneiras. Por exemplo,
quando mudamos os móveis da nossa casa de lugar, alguns detalhes
podem ficar mais visíveis, o cômodo pode parecer mais espaçoso ou mais
aconchegante, nossa locomoção no ambiente pode ter dificuldades ou
obstáculos que antes não existiam…
} Que tal experimentarmos em sala de aula?

} O que a configuração desse espaço nos conta?
} O que muda quando colocamos as carteiras em círculo?
Proponha que os alunos alterem a configuração das carteiras e explorem

novas possibilidades de organização do espaço. Converse com eles sobre
como as formas de usufruir do espaço mudou depois da intervenção.
AVALIAÇÃO
Pergunte aos estudantes como foi a experiência de pensar um projeto

coletivamente. Discuta com eles se conseguiram o resultado que
esperavam, tanto na produção da instalação como na reação e interação
das pessoas que observaram.

GRAVANDO!
04
Experimentar e analisar Para esta aula, será
diferentes formas de expressão necessário:
artística (desenho, pintura,
colagem, quadrinhos, dobradura, Reprodutor de som
escultura, modelagem, Projetor
instalação, vídeo, fotografia,
Computador ou
performance etc.).
imagens impressas
APRENDIZAGEM Cartolina ou
lâminas de acetato
} Reconhecer as artes visuais
como base de compreensão de Tesoura sem ponta
diversas linguagens artísticas
Estilete
} Experimentar técnicas de
produção, de acordo com a Rolinho de espuma
linguagem trabalhada Tinta guache e aerosol
} Valorizar a imagem como Isopor
elemento importante na
participação social Chapas de radiografia
} Reconhecer as expressões
artísticas como forma de
participação social
Professor(a), estamos tão acostumados a ver um grande
04_GRAVANDO!
fluxo de imagens nas mídias digitais e impressas que não

paramos para pensar em como elas foram produzidas e
reproduzidas, e como as ferramentas e tecnologias para
isso se transformaram ao longo do tempo.
Veremos neste plano de aula como a imagem e sua repro-

dução são importantes para a comunicação e participação
social a partir da técnica da gravura.
A gravura, de modo geral, é um processo que depende de uma matriz,

como madeira, pedra, metal, linóleo, entre outros. É essa materialidade
que classifica o tipo de gravura. O artista concebe uma imagem nesta
matriz e imprime no papel a partir dela, como um carimbo, podendo ser
usado novamente para novas reproduções.
Por exemplo, na xilogravura, que é a gravura feita em uma matriz de

madeira, são usadas goivas – uma ferramenta com ponta de metal – para
cavar, ou seja, gravar o desenho em baixo relevo. Depois desse processo, a
matriz de madeira é coberta com tinta, preservando a superfície cavada,
e um papel é colocado em cima dela para a impressão. Aqui podem ser
usados uma prensa ou uma colher de madeira passada por cima em
movimentos circulares a fim de fixar melhor a tinta no papel. Em seguida,
o papel é retirado e a impressão está pronta. Dessa forma, a matriz não é
o objeto final, e sim sua impressão, permitindo várias reproduções de uma
mesma imagem. A autenticidade está na matriz, e não em seu produto.
Como fazer Xilogravura

Nicolau Mello | Duração: 32’35’’
https://youtu.be/IJPmHKt5950

04_GRAVANDO!
http://artepopularbrasil.blogspot.com/2011/01/j-borges.html
“Briga da onça com a serpente” (2010), matriz, de J. Borges

“Briga da onça com a serpente” (2010), xilogravura, de J. Borges

04_GRAVANDO!
Caminhos da Reportagem Xilogravura:

a maestria da madeira
TV Brasil | Duração: 27’23’’
https://youtu.be/YGhGJswuONY
Xilogravura
http://enciclopedia.itaucultural.
org.br/termo14335/xilogravura
O que é Xilogravura? Conheça a história e

artistas que marcaram a técnica
LAART | Agência Papoca
https://laart.art.br/
blog/o-que-e-xilogravura/
No Brasil, a técnica representa uma parcela importante da arte nordestina

e ficou conhecida pela literatura de cordel, que registra com rimas e
ilustrações as diversas histórias e relatos da tradição oral, produzidas por
cantadores e gravadores de narrativas poéticas, como Leandro Gomes
de Barros (1865-1918) e Mestre Noza (1897-1984).
Literatura de cordel vira Patrimônio

Cultural Imaterial Brasileiro
https://youtu.be/lJjkE-cao-I
Dia do Cordelista: quem foi Leandro

Gomes de Barros?
Itaú Cultural | Milena Buarque Lopes Bandeira
Acesso em: 10 ago 2022 https://www.itaucultural.
org.br/secoes/entrevista/
cordelista-leandro-gomes-barros

https://quindim.com.br/blog/literatura-de-cordel-infantil/
Literatura de Cordel Infantil

04_GRAVANDO!
Mestre Noza
https://enciclopedia.itaucultural.
org.br/pessoa9987/mestre-noza
A técnica da gravura foi apropriada da comunicação enquanto técnica

de difusão da informação, estando a serviço da imprensa, da publicidade,
e também da religião, uma vez que a bíblia, na Idade Média, era escrita
e reproduzida à mão por monges copistas. A linguagem gráfica passa a
fazer parte também do design de produtos e publicidade, além das artes
visuais, aproveitando as características de sua materialidade, plasticidade
e de sua reprodutibilidade.
Gravura em metal: O desenho é feito com uma ferramenta pontiaguda
em uma placa de metal. Também são utilizadas outras ferramentas para
“marcar/desenhar” na placa de metal assim como químicos que irão
“corroer” a placa nos locais escolhidos pelo artista criando os efeitos
de água forte e a água tinta. As ilustrações das cédulas de dinheiro que
usamos, por exemplo, são originalmente criadas desta forma.
Gravura
org.br/termo4626/gravura
O que é gravura em metal: diferentes

tipos de técnicas
Agência Papoca - LAART
https://laart.art.br/blog/
gravura-em-metal/
Litogravura: Utiliza um lápis gorduroso sob a superfície porosa da pedra.

Ao contrário da xilogravura e da gravura em metal, essa técnica não
causa fendas na matriz, mas sim o acúmulo de gordura por onde o lápis
percorre com o desenho.

04_GRAVANDO!
Litografia
org.br/termo5086/litografia
O que é litogravura?
Entenda esse processo de impressão
https://laart.art.br/
blog/o-que-e-litogravura/
Serigrafia: Também conhecida como silk screen, utiliza uma tela preparada
como matriz e é bastante usada para estampar tecidos e roupas, por exemplo.
Elvert Barnes
Fonte: Elvert Barnes from Baltimore,
Maryland, USA
https://commons.wikimedia.org/
IMAGEM NA PÁGINA 57 wiki/File:09.Monky.Chicha.Peru.SFF.
WDC.5July2015.jpg
Serigrafia
org.br/termo3839/serigrafia
Entenda o que é serigrafia,

como é o processo de impressão
+ obras de artistas
Acesso em: 10 ago 2022 https://laart.art.br/
blog/o-que-e-serigrafia/

Alianza de Atenas y Mercurio
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Alianza_de_Atenas_y_Mercurio,_Hendrick_Goltzius.jpg
CC BY-SA 2.0, via Wikimedia Commons Foto: João Sousa Carvalho, CC BY-SA 3.0, via Wikimedia Commons
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:09.Monky.Chicha.Peru.SFF. https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Foto_Gravura_
WDC.5July2015.jpg Barcos_%28comprimida%29.jpg
Elvert Barnes, serigrafia

“Barcos”, 1958, litogravura de Teresa Sousa

57
04_GRAVANDO!
04_GRAVANDO!
PROBLEMATIZAÇÃO
Professor(a), mostre aos estudantes a imagem a seguir do trabalho da

Série Prova de Estado – P.E. Zigue-zague, 2013, da artista carioca Andréa
Hygino (1992 -) e faça com eles um exercício de leitura de imagem.
} Eles reconhecem o formato?
} Os grafismos são familiares de alguma forma?
} Como acreditam que a artista fez esse trabalho?
} Por que a artista escolheu este objeto?
A artista usa carteiras escolares como matriz para sua gravura, de forma
a registrar suas marcas de uso na impressão. As inscrições feitas pelos
estudantes nas carteiras se tornam uma memória coletiva da vida do
próprio objeto, ao mesmo tempo que pode falar sobre um desvio de
comportamento em meio a toda rigidez e sistematização do sistema
escolar (uniforme, carteiras em fila, padronização).
Você pode retornar ao processo da xilogravura, abordado anteriormente,

e estabelecer junto aos estudantes a relação entre a técnica e a linguagem
usada pela artista.
Entrevista Andréa Hygino

Revista Online Desvio
https://revistadesvio.
com/2021/03/12/
entrevista-andrea-hygino
A seguir, temos um Lambe-lambe das artistas cariocas Andréa Hygino

(1992 -) e Luiza Coimbra (1991 -). Os Lambes são posters fixados em
locais públicos, na maioria das vezes com muitas reproduções, com fins
artísticos, políticos e publicitários. Neste trabalho, vemos novamente
as carteiras escolares impressas, mas apesar das muitas reproduções,
elas nunca estão inteiras. Os vazios são uma maneira de evidenciar as

Foto: Andréa Hygino
https://www.facebook.com/
photo?fbid=2185078678266816&set=pb.100002941147184.-2207520000
Série Prova de Estado – P.E. Zigue-zague de Andréa Hygino

Série Prova de Estado – P.E. Zigue-zague de Andréa Hygino

Foto: Caapiranga Produções
https://revistadesvio.com/2021/03/12/entrevista-andrea-hygino
59
04_GRAVANDO!
carências do sistema público de educação. Professor(a), dialogue com
04_GRAVANDO!
os estudantes o que pensam sobre o tema e de que forma esse trabalho

dialoga com suas vivências.
Outra técnica bastante utilizada com intenção de transmitir uma

mensagem em um lugar público é o stencil. O artista faz um desenho
em uma superfície (geralmente de acetato ou materiais aproximados) e o
destaca, deixando apenas o espaço do desenho vazio com seus contornos.
Esta superfície se torna um molde, uma matriz, que pode ser aplicada
sobre um plano, pintando os espaços vazados. Assim como a gravura, o
stencil também pode ser reproduzido inúmeras vezes.
O misterioso artista britânico Banksy (1974 -), apesar de sua identidade

não revelada, é conhecido por usar a técnica para fazer críticas e sátiras
sociais no espaço urbano.
Mural by Banksy
Artista: Banksy
IMAGEM NA PÁGINA 61 https://artsandculture.

google.com/partner/
global-street-art-foundation
Banksy
Google Arts and Culture
com/entity/banksy/m023b7b
Stencil: Breve História e

4 Artistas Brasileiros para acompanhar
Site DW!
Acesso em: 10 ago 2022 https://designweekend.com.
br/stencil-breve-historia-e-
4-artistas-brasileiros-para-
acompanhar/

Foto: Andréa Hygino
Foto: Global Street Art Foundation https://revistadesvio.com/2021/03/12/entrevista-andrea-hygino
Mural de Banksy
Cadeira Universitária de Andréa Hygino e Luiza Coimbra

61
04_GRAVANDO!
04_GRAVANDO!
ATIVIDADE 1
Pergunte aos estudantes quantas imagens repetidas e reproduções em

excesso eles se lembram de ter visto em seu caminho até a escola.
} Que informações elas continham?

} O que elas tentavam comunicar?
} Para quem estavam direcionadas?
} Eles se sentiram afetados por estas imagens de alguma forma?
Convide os estudantes a pensarem que mensagens eles gostariam de

transmitir para os transeuntes.
Professor(a), após a reflexão e exercício de percepção ao trajeto de

casa até a escola, proponha que os estudantes criem frases e desenhos,
pensando em como a arte de rua consegue impactar quem passa.
} Que tipo de letra, que temas, e com quem querem dialogar?
Em seguida, eles deverão transferir sua criação para o acetato, que também
pode ser substituído por chapas de radiografia usadas, para recortar seus
contornos, criando assim um molde.
Para esta etapa, o estilete pode substituir a tesoura para melhores

resultados, mas reforce o cuidado no manuseio com os estudantes para
evitar acidentes.
Se for possível utilizar a estrutura da escola, usem tinta aerosol para

transferir os desenhos nas paredes. Caso não, você pode preparar uma
grande cartolina ou papel de maior tamanho em uma superfície para os
alunos aplicarem seus stencils.

ATIVIDADE 2
} Em que lugares podemos observar uma reprodução

massiva de imagens?
Apresente o vídeo da exposição da “Fabricação Própria”,

da artista mineira Lotus Lobo (1943 -).
Fabricação Própria, de Lotus Lobo

Sesc Pompeia | Duração: 16’05”
https://youtu.be/KyjtPlJ5tnU
Lotus Lobo — Fabricação Própria

14.10 — 30.01.22
Superfície
Acesso em: 10 ago 2022 https://galeriasuperficie.
com.br/atualidades/
lotus-lobo-fabricacao-propria/
A reprodução de imagens em grande escala é feita pelas indústrias

para embalar seus produtos, e por muito tempo eram usadas matrizes
de gravura. Vários artistas se apropriaram da técnica para questionar
justamente essa produção excessiva e em série, em especial nos Estados
Unidos na década de 1960, com a Pop Art (Arte Pop).
Lotus Lobo, em sua pesquisa, recupera algumas matrizes litográficas de

uma antiga fábrica de estamparias, se apropria dessas matrizes e insere
elementos autorais por meio da manipulação de imagens, criando uma
nova visualidade.
Professor(a), para esta atividade, os estudantes, divididos em grupos,

deverão recriar uma embalagem de um produto que já existe, utilizando
04_GRAVANDO!
64
Fonte: Ismar Ingber | Pulsar Imagens
Fabricação Própria, de Lotus Lobo

Reprodução/Publicidade site de venda
https://www.granado.com.br/granado/
sabonete-barra-antisseptico-granado-tradicional-90g
https://galeriasuperficie.com.br/atualidades/lotus-lobo-fabricacao-propria
pratos ou bandejas de isopor para criar suas gravuras. O desenho deverá
04_GRAVANDO!
ser feito na bandeja com lápis, adicionando um pouco de pressão para
aprofundá-lo, com cuidado para não perfurar o isopor.
Com um pincel ou rolinho de tinta, passe uma camada generosa de tinta

guache na superfície desenhada e, em seguida, posicione uma folha de
papel em cima para fazer a impressão. Pressione levemente o papel contra
o isopor e depois retire a folha com cuidado. A gravação está pronta, a
reprodução poderá ser feita quantas vezes quiserem.
Outra opção para o mesmo processo são placas de linóleo, que é um

material levemente emborrachado, e com o uso de goivas próprias para
linogravura.
AVALIAÇÃO
A avaliação deverá conferir a participação dos estudantes no processo

de criação individual e em grupo, bem como a compreensão da técnica
da gravura e a reprodução de imagens em diferentes contextos, como a
difusão de saberes, a crítica social e a indústria.

Fotógrafo: Master1305 | Shutterstock
Arte / Música
O SOM
DAS COISAS 05
Explorar e criar improvisações, Para esta aula, será
composições, arranjos, jingles, necessário:
trilhas sonoras, entre outros,
utilizando vozes, sons corporais Computador ou projetor
e/ou instrumentos acústicos ou Acesso à internet para
eletrônicos, convencionais ou não reproduzir mídia do Youtube.
convencionais, expressando ideias
Para o momento de
musicais de maneira individual,
experimentação, serão
coletiva e colaborativa.
necessários:
EXPECTATIVAS DE Copo e/ou garrafas de vidro

APRENDIZAGEM Colher de metal
} Explorar elementos Água
constitutivos da música (altura,
intensidade, timbre, melodia, Nylon
ritmo, etc.)
Canos de PVC de tamanhos e
} Explorar e analisar fontes e larguras variados
materiais sonoros em práticas
Papel
de composição/criação,
execução e apreciação musical Sucata e objetos de todo o
tipo disponíveis
} Reconhecer a música como
produtora de sentido e fonte
de valores sociais e humanos
atualizáveis
Professor(a), o som está presente em todos os lugares o
05_O SOM DAS COISAS
tempo todo. Até quando acreditamos estar em completo

silêncio, nossos ouvidos atentos conseguem capturar ruídos
distantes. Experimente com os estudantes ficarem alguns
minutos em silêncio e de olhos fechados, apenas escutando
os sons ao redor. De onde eles vêm? Com o que se parecem?
Qual a sua constância?
Agora, em uma folha de tamanho A3 ou maior, façam juntos uma

planta baixa da sala em que estão e com canetas coloridas, peça para os
estudantes indicarem, em forma de símbolo, de onde eles acreditam ter
vindo os sons e ruídos que perceberam.
Este exercício é interessante para mostrar o quanto nossos ouvidos são

treinados para serem seletivos em relação aos sons e para percebermos
como é possível traduzir a linguagem sonora em forma de imagem. Você
também pode perguntar aos estudantes o que diferencia som (barulho,
ruído) e música, para ver os elementos que eles trazem.
} O que é necessário para se fazer música?

} Como podemos aproveitar todo esse som ao redor e transformar
em música?
A música é constituída por três elementos principais:
HARMONIA
combinação de notas e sons dispostos ao mesmo tempo de forma
harmônica, ou seja, com equilíbrio entre si;
MELODIA
diferente da harmonia, que combina os sons em sobreposição, a melodia
sustenta uma linearidade, uma continuidade e andamento dessa
combinação de sons;
RITMO
o ritmo é definido pelos intervalos sistematizados dos sons na estrutura
da música, que podem ser mais curtos ou mais espaçosos, mudar de
intensidade e dar alguma regularidade (cadência) à música.

Junto a estes se unem a altura, a intensidade, o timbre e a duração. No vídeo
05_O SOM DAS COISAS

a seguir, você pode conhecer um pouco mais sobre estas propriedades
do som.
Parâmetros do som: altura, duração, timbre e

intensidade!
Nexo do Saber | Duração: 6’06’’
https://youtu.be/iiaserCoJQE
PROBLEMATIZAÇÃO
No vídeo “A música Universal”, o músico, compositor e multi instrumentista

Hermeto Pascoal (1936 - ) reflete sobre suas experiências musicais e
fala sobre o que é necessário para compor uma música. Para retornar
à discussão, apresente o vídeo aos estudantes, trazendo as seguintes
perguntas e registrando suas respostas:
} Vocês conhecem ou já ouviram falar do artista?

} Que sons e instrumentos vocês reconhecem no vídeo?
} Vocês têm costume de ouvir música instrumental? Se sim, quais?
A Música Universal
Hermeto Pascoal | Duração: 4’46’’
https://youtu.be/Qrclrw8lYK8

Neste outro vídeo, o artista Hermeto Pascoal nos apresenta seu processo
05_O SOM DAS COISAS
de criação e conta como a música faz parte de seu cotidiano desde que
era muito jovem. Assista ao vídeo com os estudantes, pedindo para que
eles percebam:
} De onde vem o som que o artista usa para fazer música?

} O que é necessário para fazer música como Hermeto Pascoal?
} Onde podemos ouvir músicas parecidas com as produzidas pelo artista?
} Este tipo de música toca em rádios da sua cidade, por exemplo?
} Como percebemos os sons do nosso cotidiano?
Prêmio Itaú Cultural 30 Anos (2017)

Hermeto Pascoal | Duração: 1’34’’
https://youtu.be/K0-ZKQ7-LrA
Convide os alunos a perceber e experimentar os sons do próprio corpo,

usando os lábios, bochechas, língua, mãos e unhas. Explorem o som de coçar,
bater palmas de formas diferentes, esfregar mãos e braços com a palma
e as costas das mãos, batidinhas de leve em partes diversas do corpo…
} Como é esse som? Grave? Agudo? Harmonioso? Pausado?

} Em que formas de expressão também podemos ver o corpo como
instrumento musical?
Um exemplo é o “beatbox”, som usado no hip hop para simular a percussão

e outros efeitos sonoros.
Final da Batalha de Break -

Mostra Hip Hop Em Movimento, 2014
Teatro Vila Velha (Salvador)
https://www.flickr.com/photos/
vivadancafestival/14041854886/

Fotógrafo: Tiago Lima - Licença: <https://creativecommons.org/licenses/by/2.0/>.
Teatro Vila Velha (Salvador)

Batalha de Break - Evolução Hip Hop (Final), 2014,
05_O SOM DAS COISAS
O Teco Teco: Conheça a Percussão Corporal

TV Brasil | Duração: 1’41’’
https://youtu.be/jCtLGXIiupI
Saiba Mais: BeatBox

TV Unesp | Duração: 2’21’’
https://youtu.be/2pg6TrD605g
ATIVIDADE 1
Disponha os materiais em uma mesa para os alunos: copos e/ou garrafas

de vidro com água em diferentes medidas, a colher de metal, um fio
comprido de nylon, e os canos de PVC. Reforce com os alunos o cuidado
no manuseio destes materiais para evitar acidentes.
Você pode convidar alguns deles para demonstrar aos demais os sons
provocados pelos objetos. Combine com eles o máximo de silêncio durante
as experimentações para que consigam perceber bem os sons.
Experimente uma batida de leve com a colher em cada um dos copos

de água. Em seguida, peça para dois alunos segurarem as pontas do fio
de nylon e chame um terceiro para dar um “peteleco” com os dedos no
fio esticado e depois, no mesmo fio, agora um pouco menos tensionado.
Por fim, convide-os a experimentar os sons que saem dos diferentes

canos PVC quando usados como percussão.

05_O SOM DAS COISAS
HarvardTHUD é um grupo de música liderado por estudantes de graduação da

Universidade de Harvard, em Cambridge, Massachusetts (EUA). Fundado em
1999, o grupo se apresenta com um conjunto diversificado de instrumentos
percussivos, ao estilo de grupos de percussão mista como STOMP e Blue
Man Group.
Pink Panther, Ghostbusters, and Wavin’ Flag

on Boomwhackers!
HarvardTHUD | Duração: 3’54’’
https://youtu.be/2pg6TrD605g
Groove Onkels é um grupo criado pelo professor alemão Joachim Dölker,

juntamente com sete de seus alunos, como parte de seu ensino de bateria,
percussão, ritmo e groove no Institut für Musik, que fica na cidade de
Osnabruck, na Alemanha.
Groove Onkels feat. Groove Tante - “Gelber

Sack” outdoor!
Joachim Dölker | Duração: 8’09’’
https://youtu.be/n0qs4_bY4vg
Uakti foi um grupo brasileiro de música instrumental em que os integrantes

da banda construíram um universo sonoro reinventando materiais do
cotidiano. Neste vídeo podemos conhecer algumas de suas criações.
A Invenção dos Instrumentos pelo Uakti

Natural Musical | Duração: 1’20’’
https://youtu.be/
N9RPgSVHMc4

Stomp é um grupo britânico de dança e percussão que utiliza somente
05_O SOM DAS COISAS
o corpo e objetos do cotidiano para fazer suas performances musicais.
UAU - STOMP - Fevereiro (2018)

Uauprodutora | Duração: 1’30’’
https://youtu.be/4jl--vUFS-E
Barbatuques é um grupo musical paulistano com a proposta de utilizar

apenas o corpo e a voz como instrumento musical. Desenvolveram uma
abordagem única da música corporal através de suas composições,
técnicas, exploração de timbres e procedimentos criativos.
Vídeoclipe Só mais um pouquinho

- Barbatuque
Barbatuques | Duração: 3’45’’
https://youtu.be/dnN6_eDipfA
“Música para um apartamento e seis bateristas” (2001) é um curta-

metragem dos suecos Johannes Stjärne Nilsson e Ola Simonsson, no
qual um grupo de bateristas invade um apartamento e faz música com
os objetos e móveis da casa.
Music For One Apartment And Six Drummers

Mister Magnus | Duração: 9’30’’
https://youtu.
be/0VGEwhBDOVU

05_O SOM DAS COISAS
ATIVIDADE 2
Divida a turma em grupos e peça para que explorem o ambiente à procura

de objetos com potencial sonoro. Um exemplo fácil é o som que uma folha
de papel emite ao ser rasgada, amassada ou balançada. Os estudantes
deverão escolher e reproduzir uma música ou trecho dela, utilizando sons
do corpo e dos objetos escolhidos. Oriente-os a pensarem na musicalidade,
nos timbres e no ritmo, intercalando e/ou repetindo as sonoridades, de
forma a combinarem entre si, formando uma composição. Isso pode
requerer um tempo maior, e os estudantes podem desenvolver para além
da sala de aula. Com ajuda de um aplicativo gravador de celular, poderão
registrar o resultado final e compartilhar com os demais grupos. A turma
poderá trocar suas percepções sobre os objetos utilizados, sua sonoridade
e a dificuldade para realizar a tarefa.
AVALIAÇÃO
O professor deverá considerar a disponibilidade e envolvimento dos

estudantes durante a experimentação musical, bem como sua criatividade
no produto final da proposta.
Também poderá ser observado o uso e entendimento de conceitos

relacionados à música convidando-os a descrever as criações sonoras
dos colegas.

Junior Braz | Shutterstock
Arte / Música
O CAMINHO
DOS SONS 06
Explorar e analisar fontes e Para esta aula, será
materiais sonoros em práticas de necessário:
composição/criação, execução e
apreciação musical, reconhecendo Reprodutor de som
timbres e características de Projetor
instrumentos musicais diversos.
Computador ou
imagem impressa
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM Instrumentos
musicais variados
} Conhecer instrumentos
musicais diversos Papel
} Reconhecer o corpo como Lápis de cor

material musical
} Reconhecer a sonoridade como
forma de participação social
Professor(a), para a criação de uma música, existem vários
06_O CAMINHO DOS SONS
elementos que são combinados, como instrumentos, vozes,

pausas e silêncios. Com isso, é possível criar inúmeras com-
posições diferentes. Nossa cultura musical é bastante vasta e
é importante aprendermos a identificar estilos, instrumentos
e ritmos para construir e ampliar nosso repertório cultural.
Nesta aula vamos focar no elemento principal que difere os

instrumentos musicais: o timbre. O timbre é o que nos permite
identificar como o som é produzido no instrumento e caminha
até nossos ouvidos. Isso varia de acordo com o material de
qual cada instrumento é feito; como o som vibra no interior
do instrumento e como nosso corpo realiza seu toque: mãos,
batidas, sopro, acessórios… Dessa forma, uma nota musical
produzida por um instrumento não terá o mesmo timbre que
a mesma nota produzida por outro.
TIMBRE | Parâmetros do Som (Canto)

Cifra Club | Duração: 2’36’’
https://youtu.be/Yd5TadbEneM
PROBLEMATIZAÇÃO
Proponha uma conversa sobre as referências musicais que os estudantes

têm contato e os instrumentos presentes nelas. Apresente as imagens a
seguir: uma mostra da Orquestra Sinfônica Brasileira e as outras, blocos
de carnaval de rua.
Convide-os a analisarem as imagens e pensarem sobre o som produzido

nas duas ocasiões.

} A quem representam?

} O que essas imagens nos passam?
} Conseguimos imaginar a música e seu público?
} Como são os instrumentos usados?
Em seguida, apresente o vídeo sobre o Chorinho e peça para que os alunos

identifiquem os instrumentos musicais que eles conseguem reconhecer.
O que é o chorinho? | Brasil Toca Choro

Brasil Toca | TV Cultura | Duração: 2’52’’
https://youtu.be/h8RyyhSzWmE
} De que forma o vídeo se aproxima ou se distancia das fotografias

mostradas anteriormente?
} Quais instrumentos combinam com as ocasiões registradas nas
imagens?
Professor(a), vimos as relações entre manifestações musicais entendidas

como populares e eruditas nos exemplos acima. Agora vamos saber
um pouco sobre um ritmo que uniu estas duas percepções: o Choro ou
Chorinho. Primeiro gênero de música instrumental brasileira, o estilo nasce
no Rio de Janeiro, quando a coroa portuguesa vem ao Brasil e traz consigo
instrumentos e ritmos de origem europeia, como bandolim, clarinete,
piano, violão e saxofone; a valsa, a quadrilha e a polca, por exemplo. Após
o fim do tráfico de pessoas escravizadas, uma nova classe social surge,
abarcando funcionários públicos, músicos de bandas militares e pequenos
comerciantes, em sua maioria de origem negra. A união do sopro, cordas
e percussão com as influências musicais africanas desta classe ainda
conservadas resultou no Choro.
Um dos maiores representantes deste estilo musical foi Alfredo da Rocha

Vianna Filho, o Pixinguinha (1897 - 1973), que introduziu elementos
tradicionais afro-brasileiros, do jazz e do campo para suas composições.

80
Orquestra Sinfônica Brasileira

Divulgação/OSB | Fotógrafo: Cícero Rodrigues Divulgação/OSB | Fotógrafo: Cícero Rodrigues
https://www.osb.com.br/a-orquestra https://www.osb.com.br/educacao
Joá Souza/GOVBA
Falta legenda

Pixinguinha Tocando Saxofone (1940)

Acervo Pixinguinha
Instituto Moreira Salles
Acesso em: 25 ago 2022 https://enciclopedia.
pixinguinha
Sendo uma das principais manifestações culturais, a música brasileira foi

representada diversas vezes em obras de arte, como no quadro “Chorinho”
de Cândido Portinari (1903 - 1962).
Choro
Musica Brasilis
https://musicabrasilis.org.br/
temas/choro
Pixinguinha - Heróis e heroínas do Rio

MultiRio | Duração: 1’51’’
https://youtu.be/_ag3R5VMcWk
ATIVIDADE 1
Caso a escola tenha acesso a diferentes instrumentos musicais, convide

os estudantes a experimentá-los, experimentando seu manuseio, sua
materialidade e o som produzido por cada um. Peça para observarem as
classes dos instrumentos, como sopro, percussão e cordas, e identificarem
as especificidades em cada instrumento de cada classe.

https://artsandculture.google.com/asset/chorinho/ngEbf8lSHTlOQg?hl=pt-br
“Chorinho”, 1942 de Cândido Portinari
Se o acesso à instrumentos não for possível, você pode pesquisar e

apresentar imagens e vídeos, analisando com os alunos esses elementos,
bem como a forma de tocar e como imaginam o som, justificando pela
sua forma, tamanho e materialidade. Por exemplo, um cavaquinho possui
o timbre mais agudo que um violão, tem um menor número de cordas
e tamanho reduzido. Esse exercício ajudará os alunos na familiarização
com instrumentos e sonoridades.
Professor(a), para facilitar sua pesquisa, nas referências a seguir

encontram-se textos, imagens e vídeos sobre as famílias de instrumentos
de sopro, percussão e cordas.

Sopros
Musica Brasilis
instrumentos/familia/sopros
Percussão
Musica Brasilis
instrumentos/familia/percussao
Cordas
Musica Brasilis
instrumentos/familia/cordas
Após esse primeiro contato, pergunte aos estudantes como seria possível
registrar os diferentes timbres através de imagens. Com papel e lápis
de cor, e ou tinta e pincel, você pode dividir a turma para que um grupo
toque os instrumentos, se possível, e o outro grupo tente representá-lo
graficamente, dividindo sua atenção para cada um dos instrumentos. As
cores servirão como um elemento sinestésico, de forma a transmitir a
sensação sonora representada.
Você também pode combinar previamente com os estudantes símbolos

que representem um som mais agudo e mais grave; mais fraco e mais
forte, através de sua frequência, ou seja, a quantidade de vibrações por
segundo geradas pelo instrumento ou fonte sonora. Quanto maior a
frequência, mais agudo será o som, quanto menor, mais grave será.
Ao fim da representação gráfica, os alunos podem tentar descobrir quais

elementos foram representados ou até mesmo usá-la como uma partitura
e tentar reproduzi-la musicalmente.

GLOSSÁRIO

SINESTESIA - SUBSTANTIVO FEMININO
1. PSICOLOGIA: Relação que se verifica espontaneamente (e que varia
de acordo com os indivíduos) entre sensações de caráter diverso mas
intimamente ligadas na aparência (p.ex., determinado ruído ou som pode
evocar uma imagem particular, um cheiro pode evocar uma certa cor etc.).
2. ESTILÍSTICA: Cruzamento de sensações; associação de palavras ou
expressões em que ocorre combinação de sensações diferentes numa só
impressão.
Fonte: Google/Oxford Languages. Acesso em: 25 de ago 2022.
Partitura Visual
Patricia Farag | Duração: 1’00’’
https://youtu.be/QIQlE6E0SRU
FILHO, Elvio. ‘Acordes Visuais’: A Influência da

Música na Obra de Kandínski
Terra da Música Blog
Acesso em: 25 ago 2022 https://terradamusicablog.com.
br/acordes-visuais-influencia-
da-musica-na-obra-de-
kandinski/
} E se você pudesse ouvir cores?
A ferramenta Laboratório de Música do Chrome explora a sinestesia,

trazendo vários experimentos sonoros combinados com soluções
imagéticas, explorando a música e suas relações com a Ciência, Matemática,
Artes, entre outras possibilidades transdisciplinares. Uma das experiências
se refere ao autor da frase acima, o pintor russo Wassily Kandinsky (1866
- 1944). O artista teve boa parte de sua obra inspirada em músicas, e,

inclusive, alguns de seus trabalhos eram nomeados como “composições”
ou “arranjos”, fazendo referência à linguagem musical.
“Nossa capacidade de escutar as cores é tão

precisa… As cores são um meio de exercer uma
influência direta na alma. As cores são o teclado. O
olho é o martelo. A alma é o piano com suas muitas
cordas. O artista é a mão que deliberadamente faz a
alma vibrar por meio dessa ou daquela tecla. Assim,
é claro que a harmonia das cores somente pode ser
baseada no princípio de tocar a alma humana.”
Wassily Kandinsky
Laboratório de Música do Chrome

Chrome Music Lab | Google
https://musiclab.
chromeexperiments.com/
Experiments
A artista que ouve cores e pinta sons: como é

e o que faz a sinestesia?
BBC News Brasil
https://www.bbc.com/
portuguese/geral-39813604

Kandinsky - O artista que podia ver o som
com/project/kandinsky
Kandinsky, uma ópera de cores

Carta Capital
https://www.cartacapital.com.
br/educacao/kandinsky-uma-
opera-de-cores/
ATIVIDADE 2
Elabore com os estudantes, divididos em grupos, uma pesquisa sobre

a composição instrumental presentes em diversos gêneros musicais
brasileiros. Por exemplo, a zabumba, o triângulo e a sanfona são
frequentemente usados em determinado estilo, o cavaquinho, o
pandeiro e o violão em outro, etc. Aproveite para destacar exemplos
onde instrumentos e sonoridades que não são tão tradicionais do gênero
aparecem, como um violino ou uma sanfona em uma banda de rock.
COMPOSIÇÃO INSTRUMENTAL
} Artista
} Música

} Gênero
} Instrumentos
História do Choro
TV Unesp | Duração: 3’18’’
https://youtu.be/j5oBik3AInY
Carlos Malta e Pife Muderno Programa

Instrumental Sesc Brasil
Instrumental Sesc Brasil
Duração: de 12’56” a 15’49
Acesso em: 25 ago 2022 watch?v=cmOAaGeAdMc#-
t=12m56s
Carlos Malta e Pife Muderno Pipoca Moderna

/ Santo Antonio (Biano e Veloso / Pascoal)
Instrumental Sesc Brasil |
Duração: 6’52’’
Acesso em: 25 ago 2022 https://youtu.be/RJ39-EhBCbo

Arcade Fire
https://www.arcadefire.com/
Arcade Fire é uma banda de indie rock canadense fundada em 2000,

conhecida por suas apresentações ao vivo e pelo uso de um grande número de
instrumentos musicais; principalmente guitarra, bateria e baixo, mas também
piano, violino, viola, violoncelo, xilofone, teclado, acordeão e harpa.
Neighborhood #2 (Laika) (Live at Austin City

Limits, 2007)
Arcade Fire | Duração: 3’35’’
https://youtu.be/uPnnzZPyPy0
Museu Virtual de Instrumentos Musicais

http://www.mvim.com.br
Neste site você pode explorar a sonoridade de vários instrumentos musicais.
AVALIAÇÃO
Incentive os estudantes a produzirem uma síntese dos conceitos

aprendidos junto com as suas impressões sobre os instrumentos musicais
experimentados e a representação gráfica criada para cada um.

Fotógrafo: Junior Braz | Shutterstock
Fotógrafo: Renato Parada

Arte / Música
RITMOS DO
BRASIL 07
Identificar e analisar Para esta aula, será
diferentes estilos musicais, necessário:
contextualizando-os no tempo e
no espaço, de modo a aprimorar Projetor e computador ou
mapa do Brasil grande físico
a capacidade de apreciação da
estética musical. Reprodutor de som
Pedaços de papel recortados
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM Fita adesiva
} Conhecer músicas e grupos Lápis

de música brasileiros e Se possível, acesso à internet
estrangeiros
} Conhecer os estilos musicais
brasileiros na sua relação com
os aspectos culturais que o
sustentam
} Ouvir música, identificando
efeitos de sentido a partir de
critérios estéticos e culturais
Professor(a), a música é uma linguagem da arte que nos
07_RITMOS DO BRAISL
permite transmitir emoções, sensações e pensamentos, e

a partir dela é possível entender mais sobre um contexto
social, um momento histórico e a cultura de um grupo. A
proposta a seguir é pensarmos como a relação entre identi-
dade e música se constrói nos ritmos brasileiros, considerando
a diversidade do nosso povo.
Os artistas Bárbara Wagner (1980 -) e Benjamin de Burca (1975 -), em

seu trabalho “Como se Fosse Verdade” (2015), nos convidam a olhar
para identidades de pessoas comuns, de um universo à margem, dando
destaque às suas narrativas pessoais – respondidas anteriormente na
forma de um questionário – com elementos gráficos dos discos e álbuns
musicais. Ainda que sejam apenas uma alusão aos antigos CDs e que não
haja um produto musical criado por estes convidados, é possível fazermos
associações sonoras com as fotografias manipuladas. Que estilo musical
é possível imaginar? Que histórias uma imagem consegue transmitir em
forma de música?
Instalação “Como se fosse verdade” (2015), Barbara Wagner e Benjamin de

Burca transformaram retratos de pessoas que passavam por um terminal
de ônibus em capas de CDs. Por meio de um questionário, os personagens
escolheram frases que melhor os descreviam para estampar a capa do
disco fictício. O trabalho está presente na exposição 1981/2021: Arte
Contemporânea Brasileira na Coleção Andrea e José Olympio.
Site oficial da artista

Bárbara Wagner
https://cargocollective.
com/barbarawagner/
BARBARA-WAGNER

Fotógrafo: Renato Parada
https://www.premiopipa.com/2021/04/ccbb-rj-apresenta-a-exposicao-19812021-arte-
contemporanea-brasileira-na-colecao-andrea-e-jose-olympio-pereira/
“Como se fosse verdade” de Bárbara Wagner e Benjamin de Burca

93
07_RITMOS DO BRAISL
07_RITMOS DO BRAISL
Tour virtual da 35º Panorama da Arte

Brasileira: Brasil por multiplicação
Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP)
Bárbara Wagner e Benjamin de Burca -
Como se fosse verdade
https://mam.org.br/
Acesso em: 25 ago 2022 exposicao/35-panorama/
Benjamin de Burca
Editora Cobogó
https://www.cobogo.com.br/
benjamin-de-burca
Quando pensamos no Brasil, quais tipos musicais nos vêm à cabeça? Nosso
país é marcado por uma diversidade de estilos musicais que evidenciam
nossa história, cultura e comportamento. Nesta aula, veremos juntos o
que a música brasileira pode dizer sobre nós.
PROBLEMATIZAÇÃO
O vídeo a seguir é um trabalho do artista visual brasileiro Cadu (1977

- ). Ele fez esta obra utilizando bilhetes da Mega-Sena, loteria mais
conhecida do Brasil, que completou mil jogos em 2008. Em cada número
sorteado ao longo dos anos, o artista faz um furo e, assim, coloca os
bilhetes emendados em uma caixa de música que, ao identificar os
espaços vazios, toca uma nota musical. Dessa forma o artista cria o
“Hino dos vencedores”.
Hino dos Vencedores

Revista Carbono | Duração: 3’00’’
https://youtu.be/S0oAJypnwfM

07_RITMOS DO BRAISL
Hino dos Vencedores

Revista Carbono | Cadu (artista e professor
na PUC Rio e da Escola de Artes Visuais do
Parque Lage)
http://revistacarbono.
Acesso em: 25 ago 2022 com/artigos/04hino-dos-
vencedores-cadu/
Pergunte aos alunos:
} O que é um hino?
Um hino é uma composição musical criada para celebrar alguém ou alguma

coisa, e muitas vezes representam um determinado grupo. É comum fãs
de algum artista dizerem que sua música mais popularmente conhecida é
um “hino”. Todos nós conhecemos algum hino, sejam de times de futebol
ou do nosso país.
} De que outras formas outras músicas podem falar e representar um

povo e sua cultura?
} Quais músicas os alunos consideraram hinos do do Brasil?
Em roda, pergunte aos alunos sobre os estilos musicais que eles conhecem
e que gostam. Trace com eles algumas características que definem esses
estilos, como ritmo, temática das letras, público que mais consome.
GLOSSÁRIO
HINO - SUBSTANTIVO MASCULINO

1. Composição musical com letra apropriada para celebrar alguém ou
alguma coisa.
Fonte: Hino. Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa [em linha]. Porto: Porto Editora. Disponível
em: <https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/hino>. Acesso em: 24 ago 2022.

07_RITMOS DO BRAISL
ATIVIDADE 1
} Será que conseguimos perceber o que a música brasileira fala sobre nós?
Selecione alguns trechos musicais dos mais variados estilos do país, a

seguir algumas sugestões:
AXÉ
Música: Que bloco é esse

Intérprete: Ilê Aiyê
Autor: Paulinho Camafeu
Duração: 3’07’
Acesso em: 25 ago 2022 https://www.youtube.com/
watch?v=-1iCkP43b6k
BAIÃO
Música: Asa Branca

Intérprete: Luiz Gonzaga
Autor: Luiz Gonzaga / Humberto Teixeira
Acesso em: 25 ago 2022 https://youtu.be/zsFSHg2hxbc
CARIMBÓ
Música: Jamburana
Intérprete: Dona Onete
Autor: Dona Onete
Acesso em: 25 ago 2022 https://youtu.be/ETqUAfnN47M
SERTANEJO
Música:Saudade da minha terra

Intérprete: Chitãozinho e Xororó
Autor: Gerson Coutinho Da Silva / Pascoal
Todarello | Duração: 3’09’’
Acesso em: 25 ago 2022 https://youtu.be/on3LRIf6_hE

RAP
07_RITMOS DO BRAISL
Música: Transporte Público
Intérprete: Rincon Sapiência
Autor: Rincon Sapiência
Duração: 4’05’
Acesso em: 25 ago 2022 https://youtu.be/giWImxdOXAU
SAMBA
Música: Nomes de favela

Intérprete: Moyseis Marques
Autor: Paulo Cesar Pinheiro
Acesso em: 25 ago 2022 https://youtu.be/VVTOQfgCGiA
Você também pode convidar os alunos a trazerem suas próprias referências

musicais para compor esse exercício.
Distribua para os alunos pedaços de papel em branco e fita adesiva na

quantidade de músicas escolhidas. Peça para que ouçam os trechos
musicais com atenção e percebam o que chama atenção no instrumental
e nos arranjos, a temática das letras, a forma como ela é cantada.
Ao fim de cada música, peça para que escrevam no papel uma palavra
que venha à cabeça ao ouvir o trecho. Pode ser um sentimento, uma
impressão, um assunto, um lugar, uma época, um evento…
Se for possível, projete uma imagem do mapa do Brasil, dividido por

estados ou regiões, ou use um mapa físico de tamanho grande. Peça, então,
para os alunos distribuírem pelo mapa as palavras geradas, identificando
quais lugares eles acreditam que a música escutada tem origem. Você
pode também expandir este mapa para todo o globo, para verificar origens
externas e influências de outros países.
Será criada uma nuvem de palavras-chave coletivas para cada região e

a turma poderá debater as aproximações e distâncias entre os termos
escolhidos para cada canção e seus motivos, bem como perceber as
relações musicais que estabelecemos com outras culturas. Por fim,
conversem sobre o que é possível identificar sobre o povo brasileiro de
forma geral a partir do que foi levantado.

Professor(a), caso a aula seja dada de maneira remota, o site Padlet
07_RITMOS DO BRAISL
possui um recurso em que é possível utilizar mapas, coletar e compartilhar

informações com o grupo. https://padlet.com
Trailer: Documentário Axé -

Canto do Povo de um Lugar (2016)
Direção: Chico Kertész
Duração: 144’
Acesso em: 25 ago 2022 https://youtu.be/KGGyXZnwKhM
Sinopse: Originário da Bahia e considerado hoje um dos movimentos musicais

mais globalizados do mundo, o axé é um ritmo musical que carrega em sua
essência boa parte de todo o sincretismo musical e cultural baiano. Acompanhe
entrevistas e imagens de arquivo com objetivo de traçar um ponto inicial do
nascimento do gênero.
Classificação indicativa: 12 anos
Trailer: Documentário
Vou rifar meu coração (2012)
Direção: Ana Rieper
Duração: 78’
Acesso em: 25 ago 2022 https://youtu.be/Y2fFyH5ET2k
Sinopse: Amor, dor de cotovelo e o processo criativo da música brega no Brasil.

Artistas que colecionam recordes de discos vendidos e legiões de fãs reclamam
do preconceito sofrido pelo gênero, um dos mais populares do país.
Classificação indicativa: 12 anos
20 filmes e documentários para conhecer

melhor a música popular brasileira
Site Curta Mais
https://www.curtamais.com.
Acesso em: 25 ago 2022 br/goiania/20-filmes-e-
documentarios-para-conhecer-
melhor-a-musica-popular-
brasileira

07_RITMOS DO BRAISL
ATIVIDADE 2
Forme grupos de estudantes e sorteie entre eles alguns gêneros musicais.

Peça para que escolham um artista e uma música do gênero sorteado
para pesquisar e responder algumas perguntas:
} O que caracteriza o gênero musical sorteado?

} De que forma a história pessoal do artista escolhido se relaciona
com sua música?
} Quais instrumentos se destacam na composição escolhida?
} Como ela se relaciona com o grupo?
} O que ela te faz sentir?
Os estudantes também podem escolher artistas musicais com os quais

se identificam e trazer sua interpretação para a turma. Também é
interessante incentivar a pesquisa das demais expressões artísticas e
manifestações culturais que acompanham o estilo, como danças, festejos
e eventos históricos.
Peça para que os alunos organizem uma apresentação, utilizando

diferentes linguagens e suportes para o compartilhamento de suas
descobertas com a turma.
AVALIAÇÃO
Arquive ou registre os compartilhamentos feitos pelos alunos. Pergunte

para a turma como, depois de ter feito as atividades, se eles conseguem
categorizar e identificar elementos musicais de cada estilo.

Arte / Música
VOCÊ
PRECISA 08
Analisar criticamente, por Para esta aula, será
meio da apreciação musical, necessário:
usos e funções da música em
seus contextos de produção Reprodutor de som
e circulação, relacionando as Gravador de som
práticas musicais às diferentes
Projetor
dimensões da vida social, cultural,
política, histórica, econômica, Computador ou
estética e ética. textos impressos
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
} Conhecer o repertório musical
brasileiro
} Reconhecer peças musicais
como instrumentos de crítica
social e divulgação de ideias e
pontos de vista
} Relacionar a música e suas
funções de emoção, persuasão
e reflexão
Professor(a), a Arte Pop (Pop Art) foi um movimento
08_VOCÊ PRECISA
artístico que teve seu ápice em meados dos anos 1950

e sua estética está presente até hoje em videocli-
pes, filmes, cartazes, rótulos, entre outras mídias.
O movimento chamava atenção para o consumismo desen-
freado de um período esperançoso pós-guerra e se utilizava
das mesmas estratégias da publicidade e da propaganda para
atingir seus objetivos: produção em série, repetições, cores
saturadas, frases marcantes, imagens sedutoras e tudo o
que fosse necessário para atrair consumidores potenciais.
Arte Pop (Pop Art)

org.br/termo367/arte-pop
A partir desse movimento, a ideologia do consumismo segue como

uma das principais características da nossa sociedade contemporânea e
continua fortemente criticada nos meios de arte, como na obra a seguir
da série “I shop therefore I am” (1990), da artista estadunidense Barbara
Kruger (1945 –).
“Compro, logo existo”, uma referência à famosa frase “Penso, logo existo”
creditada ao filósofo e matemático francês René Descartes (1596 – 1650),
estampado em uma embalagem de compras, reflete e ao mesmo tempo
contesta esse papel do consumismo e da propaganda de ditar e moldar
o comportamento de um grupo ou de uma sociedade inteira.
Professor(a), é interessante que você diferencie com os estudantes sobre

as diferentes intenções de uma peça publicitária e uma obra de arte,
onde a primeira tem como objetivo único a persuasão para consumo, e
a segunda nos convida à reflexão. Nesta aula, poderemos tecer relações
entre arte, música e publicidade.

08_VOCÊ PRECISA
René Descartes
Conceito Ilustrado | Duração: 6’41’’
https://youtu.be/vv2kKJ45MQw
Gênero Textual: Anúncio Publicitário

Brasil Escola | Duração: 11’20’’
https://youtu.be/ITTNZeK_nWc
O que é arte? A pergunta

de infinitas respostas
https://youtu.be/kX-NOUVAjYU
Imagens do contemporâneo: relações

entre a arte e a publicidade
Bruna Berger | Programa de Pós-Graduação em
Artes Visuais (PPGART) - Universidade Federal
de Santa Maria (UFSM) https://files.cercomp.ufg.
br/weby/up/779/o/art13_
Acesso em: 25 ago 2022 BrunaBerger.pdf
PROBLEMATIZAÇÃO
A canção “Baby”, de Caetano Veloso e interpretada por Gal Costa (1945

– ), com arranjo de Rogério Duprat (1932 – 2006), do álbum “Tropicália ou
Panis et Circensis” (1968) fala sobre a cultura popular (pop) e o consumismo
desenfreado estimulado pela publicidade, que dita o que “precisamos”
saber, ter, ler, ouvir e até mesmo exportar, ou seja, o que devemos consumir
para integrar a sociedade moderna.

“I Shop Therefore I Am” de Barbara Kruger
https://www.moma.org/collection/works/64897
Professor(a), reproduza e acompanhe a letra com os estudantes, trazendo
08_VOCÊ PRECISA
os seguintes questionamentos:
} Quais as intenções da cantora quando ela diz o que “você precisa”

saber, ouvir, etc?
} Que relações as referências citadas pela artista têm entre si?
(margarina, gasolina, sorvete, Roberto Carlos, camisa)
} Se pudessem modificar a letra, que novos elementos substituiriam
considerando o tempo em que vivemos?
} Qual o contexto histórico do período em que essa canção foi
gravada? O Esticador de Horizontes “O Brasil em 1968” pode lhe
ajudar na contextualização junto aos alunos.
Baby (Remastered)
Música: Baby | Intérprete: Gal Costa | Autor:
Caetano Veloso | Canal Gal Costa - Tema
Duração: 3’38”
Acesso em: 25 ago 2022 https://youtu.be/vLJIM9NjRwc
Ouça Baby
Você precisa saber da piscina
Da margarina, da Carolina, da gasolina
Você precisa saber de mim (…)
Você precisa aprender inglês
Precisa aprender o que eu sei (...)
Baby, baby, I love you
Baby, baby, I love you
Fonte: https://www.letras.mus.br/gal-costa/248664/.
Acesso em: 25 ago 2022.

08_VOCÊ PRECISA
O Brasil em 1968
Brasil Escola
https://brasilescola.uol.com.br/
historiab/o-brasil-1968.htm
“Leia na minha camisa”: alguns apontamentos

sobre “Baby” (1968), de Caetano Veloso
Márcia Cristina Fráguas | Faculdade de Filosofia,
Letras e Ciências Humanas. Departamento de
Letras Clássicas e Vernáculas - Universidade de
São Paulo (USP) https://www.revistas.usp.br/
magma/article/view/189586
Gal Costa recicla ‘Baby’ com Rubel em

gravação ao vivo para o currículo do cantor
Portal G1 | Mauro Ferreira https://g1.globo.com/pop-
arte/musica/blog/mauro-
Acesso em: 25 ago 2022 ferreira/post/2020/07/31/
gal-costa-recicla-baby-com-
rubel-em-gravacao-ao-vivo-
para-o-curriculo-do-cantor.
ghtml
Converse com os estudantes sobre as relações possíveis entre a música

cantada por Gal Costa e a obra “I shop therefore I am” de Barbara Kruger.
No mundo contemporâneo e globalizado, a estética e as referências

pop se estendem para outros lugares, tendo como exemplo o sucesso
dos Animes japoneses, dos Doramas, e da música K-pop, atingindo um
público cada vez maior de jovens no Brasil.

08_VOCÊ PRECISA
Animes e crianças: o fascínio infantil pela

cultura pop japonesa
Site Luneta - Eduarda Ramos
https://lunetas.com.br/
animes-e-criancas/
Cultura pop Japonesa no Brasil

Ilíada Damasceno Pereira - Faculdade de Artes
Visuais (FAV) Universidade Federal de Goiás
(UFG)
https://periodicos.ufpb.br/ojs2/
Acesso em: 25 ago 2022 index.php/tematica/article/
view/35730/18141
Referências da cultura pop coreana no clipe

da banda BTS
Meteoro Brasil | Duração: 10’33”
https://youtu.be/VShg0SgDpBM
ATIVIDADE 1
Na letra da música apresentada, vemos uma lista de bens materiais e

imateriais que são provocados ao consumo, de forma imperativa, como
é comumente usado nas propagandas de produtos diversos.
Outro recurso utilizado, além do apelo visual, são os jingles, que são
mensagens publicitárias musicalizadas, de curta duração e fácil fixação
para que o produto permaneça em nossa cabeça. A seguir, temos alguns
exemplos de jingles:

08_VOCÊ PRECISA
Os dez jingles mais representativos

da história
Meio & Mensagem – Victória Navarro
Acesso em: 25 ago 2022 https://www.meioemensagem.com.
br/home/comunicacao/2017/12/05/
os-dez-jingles-mais-
representativos-da-historia.html
Pergunte aos alunos quais jingles eles conhecem que ficaram marcados
em sua memória. Analise com eles quais elementos são necessários para
o sucesso de um jingle (slogan memorizável, palavras e frases do universo
do produto, etc). Sejam nos outdoors, no intervalo de um programa de tv
(ou até mesmo durante), nas redes sociais ou entre um vídeo e outro em
um site de streaming, a publicidade está presente hoje de forma ainda
mais intensa e invasiva.
} Onde os estudantes costumam ver esse tipo de anúncio?

} De que formas eles aparecem?
} Eles são sutis?
} Eles são convincentes?
Peça para que, em grupos, os alunos escolham um produto já existente ou

inventem um novo e criem um jingle com letra e ritmo, a fim de convencer
os demais alunos a comprar o produto. Se preferirem fazer um vídeo,
considerem os formatos das principais plataformas e redes sociais. Atente
os estudantes para explorarem frases de efeito, repetições, rimas, bem
como pensar no público-alvo e meios de circulação que chegarão até ele.
ATIVIDADE 2
Convide os estudantes a pesquisarem sobre o movimento artístico da

Arte Pop (Pop Art), que teve seu auge nas décadas de 1950 e 1960 no
Reino Unido e nos Estados Unidos, em especial, os trabalhos do artista
norte-americano Andy Warhol (1928 – 1987).
Peça para que reflitam sobre as relações existentes entre arte, publicidade
e a cultura de massas:

} De que forma consumimos imagem hoje? Que imagens são essas
08_VOCÊ PRECISA
(artistas, celebridades, etc)?
} Como identificamos a estética da Arte Pop (Pop Art)?
} Como ela se tornou referência para nós?
Apresente a capa do disco “Tropicália ou Panis et Circencis” (1968),

projetada pelo artista brasileiro Rubens Gerchman (1942 – 2008) e peça
para os alunos identificarem influências da Arte Pop (Pop Art). Rubens
Gerchman era ligado à Nova Figuração, movimento artístico no Brasil
que usava elementos da Arte Pop (Pop Art) estadunidense e da cultura
de massas mais voltados para a política e a crítica social.
Andy Warhol – 50 Fatos

https://youtu.be/CV4c-nNXoeU
Instituto Rubens Gerchman

http://www.
institutorubensgerchman.org.br/
Pílulas de Arte – Gerchman e a Lindonéia

Canal Curta! | Duração: 1’00”
https://youtu.be/E-XY2PQYqls

08_VOCÊ PRECISA
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:PaniseCircenses.jpeg
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Capa_de_Bang.jpg
Capa do disco “Tropicália ou Panis et Circencis” (1968) de Rubens

Gerchman, sob fotografia de Oliver Perroy
Capa do álbum “Bang”, 2015 de Giovanni Bianco, sob fotografia de
Gui Paganini

Professor(a), você pode mostrar o clipe da música “Bang”, da cantora
08_VOCÊ PRECISA
brasileira Anitta (1993 –), como forma de trabalhar a temática e estética
da Arte Pop (Pop Art) sendo utilizada nos dias de hoje.
Bang
Anitta | Duração: 3’14”
https://youtu.be/UGov-KH7hkM
AVALIAÇÃO
A avaliação poderá ser feita em conjunto, de forma que os estudantes

troquem impressões sobre o jingle criado, seus elementos convincentes
e persuasivos. Professor(a), você pode também registrar as reflexões da
turma acerca dos assuntos abordados.

Arte / Dança
CORPO
QUE FALA 09
Explorar elementos constitutivos Para esta aula, será
do movimento cotidiano necessário:
e do movimento dançado,
abordando, criticamente, o Computador com som
desenvolvimento das formas da Projetor
dança em sua história tradicional
Papel
e contemporânea.
Lápis
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
} Experimentar os fatores de
movimento: peso, tempo,
espaço e fluência
} Experimentar procedimentos
de improvisação e criação do
movimento
} Compreender a linguagem
corporal como forma de leitura
e escrita de sentimentos,
sensações e ideias
} Reconhecer a imagem e o
movimento corporal como
construção social
Professor(a), antes mesmo de falar, quando pequenos,
09_CORPO QUE FALA
nossa comunicação se inicia através dos gestos, imitando

os movimentos e expressões que vemos dos adultos, explo-
rando e investigando nossa percepção e sensação de peso
e gravidade, e as sensações de espaço e volume do nosso
próprio corpo, mesmo sem conseguir compreendê-los em
sua totalidade.
Nosso corpo é o maior instrumento de comunica-

ção que temos com o mundo e é o principal suporte
para as manifestações artísticas da dança, performance
e teatro.
} De que formas o corpo pode comunicar?
Nossa expressão facial, nossos gestos, nossas vestimentas, a forma como

nos apresentamos dizem muito sobre nós sem que nem precisemos
abrir a boca. Esta aula é um exercício de percepção de nós mesmos, na
tentativa de resgatar gestos cotidianos que de tanto executarmos, se
tornaram banais.
PROBLEMATIZAÇÃO
Klauss Vianna (1928 - 1992) foi um preparador corporal,

coreógrafo, professor e bailarino brasileiro, e seus métodos
enfatizavam a importância da consciência corporal para
a dança.
Sua principal abordagem era a ideia de presença, que envolve a conexão

completa entre corpo e mente para vivenciar o momento.
Alguns conceitos são muito utilizados por bailarinos e coreógrafos na dança

na preparação corporal e coreográfica, são eles:
Peso: é a força que é empregada para executar cada movimento na

dança, sua intensidade.
Tempo: é o que define se o movimento deve ser executado de forma

mais lenta ou mais rápida.

https://portalmud.com.br/mural/
evento/a-tecnica-klauss-vianna-breve-historico-e-fundamentos
Klauss Vianna (1928-1992)

09_CORPO QUE FALA
115
Espaço: diz respeito à amplitude do movimento, do espaço que o corpo
09_CORPO QUE FALA
ocupa ao performar tal movimento.
Fluência: é como os movimentos fazem transição entre si de forma

fluida, sem interrupções, de forma contínua.
LABAN, Rudolf.
O domínio dos movimentos
São Paulo: Summus, 1978
Acesso em: 09 ago 2022 https://books.google.pt/books?id=
CrTUihSxx5IC&printsec=frontcove
r&hl=pt-PT#v=onepage&q&f=false
O exercício a seguir é parte da metodologia de Klauss Vianna, com o

propósito de ativar a presença, aproveite e trabalhe com os estudantes
os conceitos apresentados. Oriente os estudantes a executar algumas
etapas, como:
} Deitar no chão: isso cria uma outra relação do corpo, que está
sempre na vertical, com o espaço;
} Fechar os olhos: a ação estimula a percepção do corpo sem o apelo
visual ao redor;
} Sentir: percorrer mentalmente todas as partes do corpo e identificar
dores, incômodos, contatos etc., para ativar a percepção a partir da
sensação;
} Concentração na respiração: é uma maneira de acessar a atenção
para si e para a movimentação do próprio corpo;
} Caminhar pelo espaço: nos faz tomar consciência do ato de
caminhar, ao contrário do que fazemos de forma automática no
nosso dia a dia.
Após a prática dos exercícios, pergunte aos estudantes como se sentiram,

quais suas percepções corporais e o que identificaram em seus corpos
depois deste exercício?

09_CORPO QUE FALA
Klauss Vianna
itaucultural.org.br/
pessoa349623/klauss-vianna
Klauss Vianna | Movimento Expressivo

Claudia Canarim | Duração: 14’00”
https://youtu.be/aVP_RjVMdLo
Ocupação Angel Vianna (2018) - Teaser 1

Itaú Cultural | Duração: 2’11”
https://youtu.be/iZBP5c6iOA8
“Pina” (2011) é um filme para Philippine Bausch, mais conhecida como

Pina Bausch (1940-2009), lançado após sua morte como uma grande
homenagem. Pina foi uma coreógrafa alemã conhecida por transformar
em dança as experiências de vida e as emoções de seus bailarinos.
Apresente o trailer do filme “Pina” e peça para os estudantes se atentarem

aos movimentos feitos pelos bailarinos. É possível identificar gestos do
nosso cotidiano?
Pina 3D - Trailer legendado

Imovision | Duração: 1’50”
https://youtu.be/R-J1FXg-awA

09_CORPO QUE FALA
Quem foi Pina Bausch.

E o encontro da dança com o teatro
Nexo Jornal | Duração: 5’46”
https://youtu.be/9UlbheBpViE
Frame da performance de Lutz Förster em

coreografia com a música “Leoãozinho”,
de Caetano Veloso
Nexo Jornal | Duração: 5’46”
Acesso em: 09 ago 2022 https://youtu.be/LLS6Hf1o53U
Um trecho do filme conta com uma coreografia um tanto minimalista,

que é fruto de uma grande pesquisa dos movimentos do dia a dia,
sintetizado apenas pelas mãos de um dos bailarinos de Pina, Lutz Förster,
ao performar a canção “Leãozinho”, de Caetano Veloso. Considere mostrar
aos estudantes e fazer os questionamentos a seguir.
Pina 2011 Wenders Leaozinho

Orlando Volpato | Duração: 1’18”
https://youtu.be/LLS6Hf1o53U

} Os alunos já viram este tipo de dança?
09_CORPO QUE FALA

} Como os movimentos feitos pelo bailarino se relacionam com a
música?
} A coreografia se assemelha com algo que já tenham visto?
} É possível nos comunicarmos sem palavras?
Professor(a), se considerar adequado, mostre os conteúdos em vídeos do

casal Klauss e Angel Vianna e peça para que os estudantes identifiquem
os conceitos utilizados anteriormente nos movimentos dos bailarinos.
ATIVIDADE 1
Esta atividade é um exercício para percebermos os gestos presentes em

nosso cotidiano.
Sentem-se em roda para iniciar. A dinâmica é a seguinte: o primeiro

estudante vai pensar em uma ação presente em seu cotidiano: acordar,
lavar louça, tropeçar, estudar etc., e falará discretamente no ouvido do
colega ao lado. Este deverá interpretar a ação que ouviu apenas usando
as mãos — sem sons ou expressões faciais. O colega seguinte deverá
imaginar que ação é aquela e passar, também de forma discreta, para
o próximo colega, que fará sua interpretação do que ouviu, e assim por
diante até o último participante, que deverá revelar em voz alta qual foi
a última ação interpretada no seu entendimento.
Com essa dinâmica, uma espécie de telefone sem fio, conseguimos

perceber que temos maneiras distintas de fazer a mesma coisa através
dos gestos.
Você também pode mostrar o projeto 100 Gestos, da coreógrafa e bailarina

Dani Lima, que é resultado de uma longa pesquisa sobre os gestos e seu
papel na formação das subjetividades. Como produto, foi criado um
inventário onírico das memórias inscritas nos corpos dos bailarinos, com
gestos icônicos, ações cotidianas, intenções, posturas e trejeitos.

09_CORPO QUE FALA
Cia. Dani Lima - ‘100 Gestos’

Conectedance | Duração: 11’11”
https://youtu.be/gca0x2DpJSI
2012 | 100 Gestos

Dani Lima
https://www.ciadanilima.com.br/
portfolio/100-gestos
ATIVIDADE 2
Também pensando em gestos do cotidiano, peça aos estudantes que

escreveram em pedaços de papel ações de seu dia, após coloque em uma
sacola para sorteio.
Em grupos, os alunos deverão sortear pelo menos quatro destas ações,

com isso, cada grupo deve criar uma pequena coreografia usando essas
combinações de gestos sorteados.
Os estudantes podem experimentar a repetição, a amplitude e o tempo

de cada movimento para cada sequência coreográfica. Peça que escolham
uma música para compor a coreografia, assim poderão executar estes
movimentos no ritmo da música escolhida.
O resultado pode ser gravado em vídeo ou performado para os colegas.

09_CORPO QUE FALA
Aula de Movimento - Coreografia com

movimentos do cotidiano
Instituto Eurofarma
Acesso em: 09 ago 2022 https://youtu.be/x2xQTO03XVs
AVALIAÇÃO
Professor(a), perceba se o estudante consegue ficar à vontade para explorar

os movimentos do corpo e buscar formas de soltá-lo. Também deve ser
observada a aplicação dos conceitos da dança em sua performance. Os
estudantes podem fazer uma autoavaliação de como foi a experiência.

Arte / Dança
MOVIMENTO
ESCRITO 10
Investigar brincadeiras, jogos, Para esta aula, será
danças coletivas e outras práticas necessário:
de dança de diferentes matrizes
estéticas e culturais como Computador e projetor
referência para a criação e a Reprodutor de som
composição de danças autorais,
Câmera digital
individualmente e em grupo.
Lanterna
EXPECTATIVAS DE Tripé
APRENDIZAGEM
} Experimentar procedimentos
de improvisação e criação do
movimento
} Registrar pesquisa e
investigação, selecionando
aspectos estéticos e culturais
no material observado
} Relacionar possíveis
aproximações entre o material
de investigação proposto na
habilidade (brincadeiras, jogos,
danças coletivas e outras
práticas de dança) e processos
de criação de repertório de
movimento autoral
} Experimentar e criar elementos
de composição: figurinos,
objetos, espaços etc
Professor(a), pular amarelinha, girar bambolê, brincar de
10_MOVIMENTO ESCRITO
estátua, peteca e ciranda são brincadeiras que desenca-

deiam mobilidades corporais individuais, coletivas e com
objetos. A ludicidade envolvida nesse processo, assim como o
aguçamento da imaginação são elementos importantes para
construção da consciência corporal, levando a construção de
coreografias e improvisações. Neste plano de aula, conhece-
remos experimentos artísticos como formas de movimen-
tar o corpo e incentivar a criação de repertórios autorais
em dança.
PROBLEMATIZAÇÃO
O que é coreografia? Pergunte aos estudantes e dê um tempo para se

expressarem. Depois de ouvir as respostas, você pode desmembrar a
palavra para trazer uma nova percepção: coreografia significa literalmente
“a escrita da dança” (koreos = dança, movimento; grafia = escrita), ou seja,
é uma estrutura de movimentos com significados, pensados e organizados
previamente para estabelecer uma comunicação, porém sem palavras. O
corpo se inscreve e escreve no espaço. https://conceitos.com/coreografia/
Mostre aos estudantes o trabalho de Heather Hansen e pergunte como

acham que este desenho foi feito.
Em seguida, mostre o vídeo do processo de produção da artista:
Os desenhos de Hansen são as memórias vividas pelo seu corpo em

movimento, registradas pelo carvão. É possível identificar pelo desenho a
coreografia feita pela artista? E será que esses movimentos foram de fato
coreografados ou improvisados? Será que conseguiríamos reproduzi-los?
O resultado seria o mesmo? Você acha que a artista consegue prever ou
ter algum controle sobre o resultado final de seus desenhos? O desenho
e a escrita possuem uma gestualidade específica, na movimentação
motora para a formação de cada elemento que compõe a imagem. Essa
“coreografia” de representação de signos pode ser aprendida e reproduzida,
assim como aprendemos a desenhar linhas e formas, letras e palavras.
Converse com os estudantes sobre a união das linguagens dança e desenho

e a materialidade escolhida pela artista.

Heather Hansen
Site oficial
Acesso em: 01 set 2022
http://www.heatherhansen.net/
Evolução da Arte e plágio – Jackson Pollock e

Heather Hansen
IA - Incubadora de Artistas
Acesso em: 01 set 2022 https://incubadoradeartistas.
wordpress.com/tag/
heather-hansen/
O que é o Projeto Desenhança?

Projeto Desenhança
https://youtu.be/af4LRWzf3iQ
Outro artista que encontrou uma maneira de grafar o movimento no

espaço foi o artista brasileiro Hélio Oiticica (1937 - 1980). Ao criar seus
Parangolés (1964 - 1979) — capas, faixas e bandeiras de tecido ou plástico
com cores vibrantes, às vezes com algumas inscrições —, Oiticica entende
o corpo como suporte essencial para que seu trabalho “aconteça”: o
movimento do corpo é o que faz o espaço ser preenchido por essas cores,
como uma pintura viva e efêmera. Assim, a pessoa passa de uma atitude
passiva de espectador para se tornar participante do processo de criação
de sentidos da obra — ou a própria obra.
Para conhecer mais o artista e vê-lo manipulando suas obras com seus
colaboradores, assista o documentário “H.O.”(1979) de Ivan Cardoso,
mostrando como ele pretendia que fossem usados e exibidos.

http://www.heatherhansen.net/current-exhibition-1
“Emptied Gestures” de Heather Hansen

H.O (1979)
3000deathbringer | Duração: 12”51”
https://youtu.be/yGYHJaGXHOU
Projeto Hélio Oiticica

Site oficial
https://projetoho.com.br/pt/
home/
Parangolés
Projeto Hélio Oiticica
https://projetoho.com.br/pt/
obras/parangoles/
Parangolés, 1964-1979
Museu de Arte Moderna
do Rio de Janeiro (MAM Rio)
https://mam.rio/obras-de-arte/
parangoles-1964-1979/
Visita Guiada | Hélio Oiticica:

Parangolés e Bólides
MAM Rio
Acesso em: 01 set 2022 https://youtu.be/iaQBW7FitQE

ATIVIDADE 1
Assim como vimos que a palavra “coreografia” significa “escrita da dança”,

a palavra “fotografia” significa “escrita da luz”, já que a mecânica dessa
linguagem é o registro de uma imagem sobre uma superfície sensível à luz.
} Que tal experimentar unir as duas linguagens?

} Vamos fazer um light painting?
O conteúdo a seguir apresenta alguns exemplos que podem te apoiar na

atividade com os estudantes:
Light painting para iniciantes

Meio Bit | Gilson Lorenti
https://tecnoblog.
net/meiobit/16008/
light-painting-para-iniciantes/
Você vai precisar de uma câmera digital ou celular com câmera que possua
o recurso de longa exposição, ou seja, que o tempo em que o obturador
fica aberto para receber luz seja o maior possível, e de uma lanterna.
Usando esta configuração, prepare um ambiente preferencialmente
com pouca luz e com a câmera estabilizada em um tripé ou em alguma
superfície estável. Quando o disparador for acionado, a pessoa a ser
fotografada deverá estar com a lanterna acesa nas mãos, e executar
movimentos improvisados durante o tempo em que a fotografia está
sendo registrada. O resultado é um belo desenho iluminado dos seus
movimentos no espaço.
Uma boa referência para esse trabalho é a parceria entre o pintor Pablo
Picasso (1881 - 1973) e o fotógrafo Gjon Mili em 1949, que você pode ver no
link a seguir. https://www.life.com/arts-entertainment/behind-the-picture-picasso-draws-with-light/

Picasso já pintava com luz
antes disso virar moda
IPhoto Channel
Acesso em: 01 set 2022 https://iphotochannel.com.br/
picasso-ja-pintava-com-a-luz-
antes-disso-virar-moda/
Light paint de Picasso em 1949

Hypeness
IMAGEM ACIMA
Uma referência contemporânea de produção artística com essas

linguagens é o artista João Penoni, acesse o conteúdo a seguir:
João Penoni
https://penoni.com/performance/
lumen/
Pablo Picasso
EscritórioDeArte.com
https://www.escritoriodearte.
com/artista/pablo-picasso

Shutterstock
https://www.hypeness.com.br/2012/01/light-paint-de-picasso-em-1949/
Pablo Picasso created a figure with light (Pablo Picasso criou uma figura
com luz), 1949.

Pablo Picasso
eBiografia
https://www.ebiografia.com/
pablo_picasso/
Gjon Mili: um autodidata,

a luz, o movimento
Efecetera
Acesso em: 01 set 2022 https://efecetera.com/artistas-
destacados/gjon-mili-e-o-
estudo-do-movimento/
ATIVIDADE 2
A Cia. Balangandança aborda a linguagem corporal da criança para

desenvolver uma linguagem de dança contemporânea voltada para ela,
explorando a ludicidade em seus processos criativos e o universo infantil
por meio do figurino e dos objetos de cena.
Apresente o vídeo a seguir aos estudantes ou proponha diretamente a eles

uma das dinâmicas do vídeo para fazerem em duplas; peça que imaginem
serem um grande brinquedo articulado e uma pessoa de sua dupla é
uma criança pronta para experimentar as possibilidades de movimento
desse corpo e sua interação com objetos. Essa prática, além de explorar
movimentos que fogem do controle e das expectativas do próprio corpo,
estimula a confiança e respeito entre os colegas, mas lembre-os do
cuidado e os limites com o corpo do outro.
Cada um deverá assimilar cada movimento feito e, em seguida, tentar

reproduzi-los sem a ajuda do colega.
Converse com os estudantes sobre como foi para eles a experiência de

serem manipulados e executar os movimentos sem e com o “controle”
do próprio corpo.
Cia. Balangandança
Foto: Gilson Grossi
http://balangandanca.com.br
Brincos e Folias
Sesc Campinas | Duração: 3’30”
https://youtu.be/lRQ8KGnZu-g
Balangandança Cia.
http://balangandanca.com.br/
AVALIAÇÃO
Observe o engajamento dos estudantes ao longo das propostas e você

pode pedir também para que os estudantes busquem relações poéticas
trazidas entre os artistas apresentados no processo e no resultado final
do trabalho, e registrem de forma pessoal.

Arte / Dança
PARA ALÉM
DO PASSO 11
Discutir as experiências pessoais Para esta aula, será
e coletivas em dança vivenciadas necessário:
na escola e em outros contextos,
problematizando estereótipos e Projetor e computador
para exibir imagens
preconceitos.
Reprodutor de som
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
} Experimentar vivências em
dança, de maneira individual
e/ou coletiva
} Conhecer manifestações
artísticas ligadas à dança
} Reconhecer a presença de
valores sociais e humanos
atualizáveis em manifestações
artísticas ligadas à dança
Professor(a), assim como os estilos musicais, a dança e suas
11_PARA ALÉM DO PASSO
variações de gênero carregam mensagens que dialogam dire-

tamente com formas de ser e estar no mundo. Pode ser uma
manifestação de expressão individual ou coletiva. O que une
as pessoas para dançar, além da dança em si? Neste plano de
aula vamos trabalhar como essa manifestação artística con-
segue ser elemento de representação para diversos grupos
como forma de resistência e coletividade.
https://youtu.be/E71FfhDpOQ8
PROBLEMATIZAÇÃO
Convide os estudantes a observarem as imagens acima, de pessoas em

momentos de dança.
Questione-os:
} O que eles conseguem identificar?

} Pode uma dança identificar um grupo?
} Como a forma de dançar reflete no jeito de vestir, de se comunicar e
de pensar o mundo?

10 danças do TikTok para você
copiar em casa
https://vogue.globo.com/beleza/
fitness-e-dieta/noticia/2020/03/10-
dancas-do-tiktok-para-
voce-copiar-em-casa.html
“Dançar como dança um black!
Amar como ama um black!
Andar como anda um black!
Usar sempre o cumprimento black!
Falar como fala um black!
Eu te amo, brother!
(Mandamentos Black - Gerson King Combo, 1977)
Mandamentos Black
Gerson King Combo - Tema
https://youtu.be/kGknEh80NZc
A letra da música “Mandamentos Black” de Gerson King Combo (1943 -

2020) nos mostra como a música e, em consequência, a dança se torna
um elemento de representatividade que infere no comportamento e
na ideologia de um determinado grupo.
As manifestações como os Bailes Black, o Charme e outros relacionados

à cultura negra, por exemplo, clamam pela valorização da estética
Black Power e denunciam o preconceito, sendo também uma forma de
resistência e luta desses grupos.
O charme também reivindica o subúrbio como um território de lazer,

uma vez que este é negado para as pessoas de camadas populares que

Cena de um baile black no Rio de Janeiro em 1976
Foto: Almir Veiga
https://rollingstone.uol.com.br/edicao/edicao-126/em-meio-pulsacao-funk/
140
Funk brasileiro

Vogue, é uma dança surgida no Harlem, New York na década de 1960
http://flaviapereira.com/vogue-muito-alem-da-pose/ Foto: AF Rodrigues/ Anistia Internacional
https://www.politize.com.br/funk-no-brasil-e-polemicas/
moram distantes dos centros urbanos. No Rio de Janeiro, o viaduto Negrão

de Lima, do bairro de Madureira se tornou esse ponto de encontro e de
reconhecimento, contrariando quaisquer estigmas.
“Influenciado pelo Rhythm & Blues, o Soul e o

Funk norte americano contemporâneo, o charme
é marcado por uma sequência de “passinhos” de
forma elegante e sensual.”
Fonte: OLIVEIRA, Ester. O Charme do Baile: Identidade,

cultura popular e etnicidade em bailes black no Rio de Janeiro.
Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2007.
Qual a diferença entre o charme e o funk

(Rap da diferença)
soundtrackdownloadBR | Duração: 3’12”
https://youtu.be/80KKxroGpTU
“Qual a diferença entre o Charme e o Funk

Um anda bonito o outro elegante
Qual a diferença entre o Charme e o Funk
Um anda bonito o outro elegante”
Fonte: Rap da diferença. MC Markynhos e MC Dollores. Disponível em:

<https://www.letras.mus.br/mc-dollores-e-mc-marquinhos/352819/>. Acesso em: 01 set 2022.
O Funk é uma manifestação musical que foi importada e transformada

no Brasil. Sua percussão é marcada por batidas fortes e instigantes para
dançar de forma sensual. Outra forma de dança do funk é o “Passinho”,
que mistura o funk com o break dance, o frevo, o samba e capoeira,
criando assim um gênero totalmente novo, que já faz parte da identidade
brasileira sendo reconhecido como patrimônio cultural do Rio de Janeiro. O
Passinho pode ser dançado em grupos coreografados ou individualmente
como competição nas batalhas de Passinho.

DANÇAS E COMPETIÇÕES: VOGUE, BREAK, PASSINHO:
Na dança do funk: estratégias de ensino no

contexto escolar (artigo)
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
| Larissa Kelly de Oliveira Marques e Renata
Celina de Morais Otelo https://www.publionline.iar.
unicamp.br/index.php/abrace/
Acesso em: 01 set 2022 article/view/4059/4208
A História do Passinho e Sua Chegada

às Olimpíadas de 2016
RioOnWatch | Sarah Cronin | Tradução:
Fernanda Lima
Acesso em: 01 set 2022 https://rioonwatch.org.
br/?p=21737
Clipe do Passinho -
Todo Mundo Aperta o Play
Baile do Passinho | Duração: 3’49”
https://youtu.be/rrtFy5C02Pc
A Batalha do Passinho -
Trailer Oficial
Baile do Passinho | Duração: 2’32”
https://youtu.be/XCNWK_gErJo
Paris is Burning Trailer| Filme documentário

sobre a cultura ball e origens do Vogue
Film Forum | Duração: 1’39”
https://youtu.be/9SqvD1-0odY

Passinho é reconhecido
como patrimônio cultural
do Rio de Janeiro
Vidas Negras
https://vidasnegras.
Acesso em: 01 set 2022 nacoesunidas.org/passinho-e-
reconhecido-como-patrimonio-
cultural-do-rio-de-janeiro/
Vogue: Dança a partir de relações

corpo-imagem
Dança: Revista do Programa de Pós-Graduação
em Dança - UFBA | Odailso Berte
https://periodicos.ufba.br/
Acesso em: 01 set 2022 index.php/revistadanca/article/
view/13338/9776
Pose 1ª Temporada Trailer Original

Série ficcional que retrata a cultura ball nos
anos 80 | Adoro Cinema
Acesso em: 01 set 2022 https://www.adorocinema.
com/series/serie-21909/
video-19558537/
ATIVIDADE 1
Apresente o vídeo do dançarino, coreógrafo, professor de dança Edu Oliveira
Edu Oliveira - dançarino, coreógrafo,

professor de dança MPT em São Paulo
https://www.facebook.com/
watch/?v=1747875765283830

Ele caracteriza os movimentos como “formas de estar no mundo a partir
da experiência do corpo”. Se entendemos que a dança é uma maneira

de estar no mundo, assim como caminhar e pensar, ela vai sempre ser
atravessada pelas nossas subjetividades, mesmo em sincronia.
Em roda, o(a) professor(a) ou um dos estudantes deverá executar um

passo de dança curto, da forma que quiser. Em seguida, os demais colegas
deverão reproduzir esse passo, e assim consecutivamente. Percebam
que embora o movimento seja o mesmo, cada um vai executá-lo à sua
maneira - um com o ombro mais acentuado, outro com mais movimento
no quadril etc. Isso é a ginga de cada um.
Essa atividade é um experimento de percepção do corpo como unidade.
GLOSSÁRIO
GINGA
por extensão
ato ou efeito de gingar; meneio de corpo, trejeito.
Fonte: Google/ Oxford Languages. Acesso em: 01 set 2022.
ATIVIDADE 2
} Como a dança pode ser símbolo de uma comunidade?
Pergunte aos estudantes se conhecem coletivos que se reúnem pela

dança e proponha que façam uma pesquisa sobre as características que
envolvem o grupo, e o que faz a dança ser um ponto de encontro para
essas pessoas. Os estudantes podem entrevistar pessoas que conhecem,
pesquisar na internet e reunir vídeos e imagens para apresentar para os
colegas.
Professor(a), fique a vontade para elaborar a estrutura desta pesquisa

junto aos estudantes.

AVALIAÇÃO
Para este plano de aula, a autoavaliação é fundamental para que os

estudantes desenvolvam uma autopercepção de seu próprio corpo e do
outro, e como as identidades se refletem a partir do movimento.

https://www.cidadeecultura.com/historia-da-danca/
Arte / Dança
DANÇA E
TRADIÇÃO 12
Pesquisar e analisar diferentes Para esta aula, será
formas de expressão, necessário:
representação e encenação
da dança, reconhecendo e Computador com projetor
apreciando composições de dança Reprodutor de som
de artistas e grupos brasileiros e
Imagens impressas
estrangeiros de diferentes épocas.
Papéis
APRENDIZAGEM
Cartolinas
} Pesquisar e analisar
diferentes estilos de dança, Canetas coloridas
contextualizando-os no tempo Tesoura
e no espaço
Cola
} Conhecer diferentes culturas e
contextos históricos por meio
da ação simbólica da arte
} Reconhecer a dança como
expressão de identidades
} Identificar efeitos de sentido
em determinadas escolhas
artísticas, estéticas, técnicas e
poéticas
Professor(a), a dança tem muitos significados além da
12_DANÇA E TRADIÇÃO
movimentação dos corpos. Hoje é usada para lazer, saúde e

trabalho, mas sua origem é bem mais anterior do que outras
linguagens conhecidas da arte. Já foram identificados dese-
nhos em cavernas que provam que a dança é tão antiga
quanto a própria origem humana, e usada para fins de comu-
nicação, rituais sagrados e festejos. Também é nossa primeira
forma de nos expressarmos quando somos bebês.
Como a dança pode ocupar o lugar de preservação de uma

memória, de uma tradição ou cultura?
PROBLEMATIZAÇÃO
Apresente as imagens a seguir e peça aos estudantes que observem e

questione-os sobre o que está sendo representado.
} Onde acham que está acontecendo nas imagens?

} Qual a materialidade utilizada?
} De que tempo seriam essas imagens?
} Quais as relações possíveis entre as duas imagens?
} Quais as diferenças?
A primeira delas é um registro de Arte Rupestre, na Serra da Capivara, que

confirma que a dança é uma das manifestações coletivas mais primitivas
das sociedades, expressas em rituais sagrados relativos à natureza e suas
divindades; em homenagens e comemorações. A segunda, produzida em
2020 pelo Movimento dos Artistas Huni Kuin mostra como a dança em
roda segue presente, preservando as tradições de muitos povos ancestrais.
} De que outras maneiras podemos encontrar a dança em roda nos

dias de hoje?

Arte rupestre na Serra da Capivara

Movimento dos artistas Huni Kuin (MAHKU)

“Dança tradicional Huni Kuin conhecida como Katxa Nawa, a dança da

fertilidade. Eles dançam e cantam para chamar os espíritos dos legumes,
chamar a abundância da terra e para que eles tenham bons frutos em
suas colheitas”.
Dança tradicional Huni Kuin

Festival Huni Kuin Eskawatã Kayawai Humaitá
Acre Brasil Duração: 0’41” https://m.facebook.com/
festivaleskawata/videos/
Acesso em: 31 ago 2022 esse-%C3%A9-uma-
dan%C3%A7a-tradicional-huni-
kuin-conhecida-como-katxa-
nawa-a-dan%C3%A7a-da-
fert/662107573978041/?_se_
imp=0Y0IoaTMOCz6OmRAD
Histórias Da Dança
Museu de Arte de São Paulo - MASP
https://masp.org.br/histo-
Acesso em: 31 ago 2022 riasdadanca#:~:text=De%20
materiais%20arqueol%C3%B3gi-
cos%20pr%C3%A9%2Dcolombia-
nos,da%20opress%C3%A3o%20
e%20da%20crise
APRESENTE AOS ESTUDANTES O VÍDEO A SEGUIR:
Lia de Itamaracá e ‘a ciranda

no meio do mundo’
Brasil de Fato | Duração: 2’50”
https://youtu.be/SwjaFirCFXw

Foto: Cesar Diniz | Pulsar Imagens
Apresentação da Quadrilha EMEF Senhor Bom Jesus

durante o evento Arraial Arte na Rua

Lia de Itamaracá, como é conhecida a pernambucana Maria Madalena
Correia do Nascimento, é um dos grandes símbolos da identidade e
cultura brasileira e deixa poesia por onde passa. No Carnaval de 2020, ela
foi homenageada pelo bloco afro-feminino Ilú Obá de Min, o cortejo que
abre o carnaval de São Paulo.
“A ciranda é uma confraternização. Todo mundo dá

as mãos, na maior harmonia, na maior satisfação,
na maior alegria. A ciranda não tem preconceito.
Dança branco, preto, criança, velhos. Não tem
preconceito. Caiu na roda, dança. A ciranda é
uma força muito grande, eu me sinto muito feliz
cantando.”
(Lia de Itamaracá)
A dança em roda está presente em diversas manifestações de música

e dança populares no Brasil e no mundo. O próprio movimento circular
tem um aspecto simbólico de agregar o todo, a coletividade. A roda de
capoeira, a roda de samba, a ciranda. É acessível, é um convite para fazer
parte. As cantigas e brincadeiras de roda sempre estiveram presentes na
infância, sendo uma estratégia pedagógica para estimular a integração
de um grupo, a afetividade e a percepção corporal de si e do outro.
Pergunte aos estudantes se lembram de manifestações culturais, artísticas

e brincadeiras que acontecem em roda, desde orações até danças de
festividades juninas, por exemplo.
} Por que é tão importante para a cultura de um povo manter suas

tradições de festas e danças vivas?
} E como é possível fazer isso?

Marco Antonio Sá | Pulsar Imagens
Grupo Jongo de Piquete

Ciranda: história e origens

MultiRio | Fernanda Fernandes
Acesso em: 31 ago 2022 http://www.multirio.rj.gov.br/
index.php/reportagens/17261-
ciranda-hist%C3%B3ria-e-
origens
A Dança, da sobrevivência primitiva às

experimentações atuais
Coletivo Cultural - Cidade e Cultura Symone
Coelho
Acesso em: 31 ago 2022 https://www.cidadeecultura.
com/historia-da-danca
Imagens sonoras: Danças na

arte rupestre da serra da capivara,
Piauí, Brasil – uma introdução
Fundación Dialnet | Mila Abreu, Tamyris
Santana, Maxim Jaffe, Cristiane Buco https://dialnet.
unirioja.es/servlet/
Acesso em: 31 ago 2022 articulo?codigo=7675784
Dança de roda: metodologia para a

socialização e formação integral no
início do ensino fundamental
Instituto Federal de Santa Catarina https://repositorio.
Susane Luiza Schlindwein Habitzreuter ifsc.edu.br/bitstream/
handle/123456789/1729/
Acesso em: 31 ago 2022 Susane%20Luiza%20
Schlindwein%20Habitzreuter.
pdf?sequence=1&isAllowed=y

A Origem da Ciranda e danças de roda | O

Mundo em Nós Mesmos
O mundo em nós mesmos
Acesso em: 31 ago 2022 https://youtu.be/upZ9OJfSa0A
ATIVIDADE 1
Convide os estudantes a pesquisarem alguns tipos de danças tradicionais

que são expressão da identidade de um grupo, e que guardam o objetivo
de preservar sua cultura e partilha de seu cotidiano. Algumas sugestões
são: Toré, Jongo, Candomblé, Frevo, Ciranda, Carimbó.
Eles devem aprender os principais passos da dança pesquisada e fotografar

cada um, de maneira que melhor represente os movimentos corporais
daquele ritmo. Peça que organizem a pesquisa em cartolinas para serem
expostas com elementos que respondam as perguntas a seguir:
} Qual é a origem desta dança?

} A que cultura pertence?
} Essa dança tem alguma finalidade específica?
} Quem dança?
} Quem pode dançar?
} Que roupas, objetos e instrumentos são usados para esse tipo de
dança? Como são usados?
} Como são os movimentos feitos?
} Existe alguma parte do corpo que predomina? Se sim, por quê?
} Qual a importância dessa manifestação para a comunidade a qual
faz parte?
} Essa dança é praticada nos dias de hoje?
} Ela sofreu alguma influência de outras culturas?
} Ela influencia outras culturas e danças?
} Você conhecia essa dança ou algo parecido?

Paço do Frevo
https://pacodofrevo.org.br/
O Paço do Frevo tem como objetivo proteger, divulgar e propagar a prática

do frevo para as futuras gerações, além de ser um espaço de promoção e
celebração da cultura carnavalesca e do frevo durante o ano todo. O site conta
com um tour virtual.
Museu Virtual da Dança Brasileira

https://www.portalmud.com.br/
museudadanca/
Portal MUD é uma plataforma online com informações sobre dança: história,
memória,notícias, divulgação de eventos, um mural dos profissionais,
academias, empresas e a difusão de metodologias de renomados professores
brasileiros.
Museu do Samba
https://www.museudosamba.
org.br/
O Museu do Samba é uma organização social criada para valorizar e difundir

a cultura do samba em todas as suas dimensões. Um lugar de memória,
preservação e representatividade da cultura afro-brasileira.

Professor(a), os vídeos a seguir são algumas referências que podem
apoiar a pesquisa sobre danças:
TORÉ
Memória Sertão Toré Kaimbé

RTV Caatinga Univasf | Duração: 3’42”
https://youtu.be/x6zQsfZL2pk
JONGO
Dança (Pontão de Cultura do Jongo)

lide uff | Duração: 2’50”
https://youtu.be/BSmWU7bmU-c
CANDOMBE
Señor, un Candombe!
Petites Planètes / Vincent Moon
https://youtu.be/C1UOPGVSNOs
FREVO
Documentário ‘Frevo Música’

Paço do Frevo | Duração: 29’02”
https://youtu.be/PiUKrb0slSg

CARIMBÓ
Dona Onete - No Meio do Pitiú
Dona Onete | Duração: 4’20”
https://youtu.be/CkFpmCP-R04
ATIVIDADE 2
Com os vídeos da atividade 1, você pode sugerir que cada grupo crie uma
apresentação referente à manifestação de dança pesquisada, explorando
os elementos visuais, figurinos, cenário e coreografias. Os alunos podem
apresentar presencialmente aos colegas ou gravar um vídeo e mostrar
junto com a pesquisa.
AVALIAÇÃO
Observe o engajamento dos estudantes nas pesquisas e na identificação de

similaridades e diferenças entre as manifestações de dança tradicionais e
que reconhecem. É esperado que consigam articular os conceitos de dança
como tempo, espaço, peso e fluência na apresentação da coreografia.

Arte / Teatro
OS
BASTIDORES 13
Reconhecer e apreciar artistas Para esta aula, será
e grupos de teatro brasileiros necessário:
e estrangeiros de diferentes
épocas, investigando os modos Computador
de criação, produção, divulgação, Projetor
circulação e organização da
Reprodutor de som
atuação profissional em teatro.
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
} Conhecer as origens do teatro
ocidental, desde a época grega,
passando pela Idade Média,
Renascimento, romantismo,
realismo, modernidade e
contemporaneidade
} Reconhecer a importância da
dramaturgia na história do
fenômeno teatral, em especial
pelo seu aspecto de registro
} Conhecer as transformações
da prática teatral em termos
de produção, divulgação,
circulação e atuação
profissional
} Compreender a prática teatral
como exercício profissional
Professor(a), o que é o teatro? Quais os sentidos do teatro?
13_OS BASTIDORES
As primeiras manifestações teatrais têm relação com civili-

zações ancestrais que representavam seu próprio cotidiano
em cerimônias e rituais, assim como vimos na dança. O termo
“theatron” significa “lugar para ver” em grego, civilização
essa que contribuiu para a construção das bases do teatro
que conhecemos hoje. Neste plano de aula vamos introduzir
o mundo do teatro e conhecer um pouco de seus bastidores.
PROBLEMATIZAÇÃO
Professor(a), quando falamos de teatro, estamos também falando de

literatura, uma vez que o “gênero dramático” faz parte da tríade de
gêneros literários. O que o difere dos demais é que são textos que não
foram escritos apenas para serem lidos, mas também encenados. Logo, sua
escrita tem características específicas, como a ausência de um narrador
e o foco nos diálogos entre as personagens.
Apresente as tirinhas a seguir para os estudantes.
} Você conhece as palavras “tragédia” e “comédia”?

} Que situações você consegue associar a essas palavras?
Anote no quadro uma lista com as respostas dos estudantes para cada
um dos termos.
Você pode pedir para que expressem uma reação ao imaginar cada situação
apontada e relacionar com as simbólicas máscaras do teatro que estão
a seguir.
A TRAGÉDIA, como gênero dramático, consistia em peças que contavam

temas históricos, mitologia e conflitos entre heróis, e que também tinha
o intuito de promover valores éticos aos seus espectadores.
COMÉDIA: advinda da palavra grega “komos”, que significa “celebração”

ou “festança”, geralmente é associada ao humor como forma de
divertimento. A comédia aborda situações corriqueiras, cotidianas, e
não necessariamente precisa ser engraçada, mas diverte o público com
um desfecho leve e prazeroso. https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$comedia

Amarildo Charge

https://amarildocharge.files.wordpress.com/2012/12/blog8.jpg
13_OS BASTIDORES
163
“O teatro não é uma entidade pura, isolada do seu
13_OS BASTIDORES
contexto social. O teatro é, assim como a educação

(conforme veremos a seguir), uma prática social,
política e historicamente situada. Ele, ora reflete e
critica a sociedade que temos, ora a reproduz, ora a
ultrapassa, dilacera em sua linguagem, por ser arte.”
Fonte: CANDA, Cilene. Ensino de Teatro: Fundamentos e Didática. Licenciatura em Teatro -

Universidade Federal da Bahia. pág. 17. Disponível em: <https://educapes.capes.gov.br/bitstream/
capes/586558/2/eBook%20-%20Ensino%20de%20Teatro%20-%20Fundamentos%20e%20
Didatica.pdf>. Acesso em: 02 set 2022.
GLOSSÁRIO
TRAGÉDIA
substantivo feminino
na antiga Grécia, peça em verso, em que figuram personagens ilustres
ou heróicos e a ação, elevada, nobre e própria para suscitar o terror e a
piedade, termina por um acontecimento funesto.
Fonte: Google / Oxford Languages. Acesso em: 02 set 2022.
COMÉDIA
peça teatral de qualquer gênero, esp. aquela cujo propósito é divertir pelo
tratamento cômico das situações, dos costumes e dos personagens.

13_OS BASTIDORES
Fonte: Shutterstock.

13_OS BASTIDORES
Alzir Oliveira - Tragédia, comédia

e o teatro grego
Café Filosófico UFRN
Duração: 26”17”
Acesso em: 02 set 2022 https://youtu.be/Ta7T4aTlHmk
Os sentidos do teatro (MEC)

Hubert Sildely
https://youtu.be/-20Ef8uEHmE
ATIVIDADE 1
Retomando o diário de bordo, os estudantes deverão escolher uma

peça de teatro que já tenham visto, e elaborar uma pesquisa a partir das
perguntas a seguir. Caso não conheçam nenhuma, podem utilizar algum
livro, novela e série que tenham conhecimento para aplicar esse estudo.
DIÁRIO DE BORDO
} Qual era o tema, o assunto do objeto escolhido para a pesquisa?
} Qual era o enredo, ou seja, a sequência de fatos que desenrolam a

história?
} Como era o conflito, a relação entre os personagens?

https://teatrojornal.com.br/2015/06/60-anos-da-peleja-de-joao-grilo-e-chico/
https://www.tvandradas.com.br/2019/10/23/o-auto-da-compadecida-e-tema-de-peca-teatral-em-andradas/
Auto da Compadecida primeira versão, 1957

Cartaz da peça “O Auto Da Compadecida”, no Município de Andradas
Foto: Acervo Memórias da Cena Pernambucana

13_OS BASTIDORES
167
13_OS BASTIDORES
https://vejasp.abril.com.br/coluna/na-plateia/8220-vestido-de-noiva-8221-de-nelson-rodrigues-faz-70-anos-e-insiste-na-juventude/
Foto: João Caldas
Peça “Vestido de
Noiva”, com texto
de Nelson Rodrigues
e direção de Ziem-
binski, 1943
Leandra Leal, Mar-
cello Antony e Vera
Zimmermann

13_OS BASTIDORES
} Onde era ambientada a história, qual o seu cenário?
} Qual era o período em que a história se passava e em quanto

tempo ela era contada?
As palavras grifadas nas perguntas são alguns conceitos relacionados à

produção de textos dramatúrgicos para elaboração de peças de teatro,
novelas e séries que o estudante deve reconhecer.
ATIVIDADE 2
E os bastidores? É preciso muitas pessoas para que uma peça teatral

aconteça além dos atores e do autor. Alguém para pensar o figurino, o
cenário, a maquiagem. Alguém para dirigir os atores, para criar a iluminação
apropriada para cada cena, criar peças publicitárias e divulgar o espetáculo.
Os estudantes deverão investigar as profissões envolvidas para o

acontecimento da peça e, em seguida, escolher uma das funções que mais
se identificam para pesquisar mais a fundo. Individualmente ou em duplas,
poderão escolher uma obra teatral e analisar os aspectos relacionados ao
trabalho escolhido. Por exemplo, a caracterização e a maquiagem na peça
teatral “O Auto da Compadecida”, ou design de cartazes para diferentes
versões da peça “Vestido de Noiva”. É interessante pensar nos motivos
que levaram à escolha por estas formas de representar.
AVALIAÇÃO
A avaliação se dará pela participação e identificação das atividades

envolvidas no fazer teatral, prezando pela noção de coletividade.

Arte / Teatro
TEATRO E
INTERAÇÃO 14
Identificar e analisar Para esta aula, será
diferentes estilos cênicos, necessário:
contextualizando-os no tempo e
no espaço de modo a aprimorar Computador
a capacidade de apreciação da Projetor
estética teatral.
Reprodutor de som
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
} Conhecer os modos de
criação, produção, divulgação,
circulação e organização da
atuação profissional em teatro
} Conhecer diferentes estilos
cênicos ao longo da história
} Conhecer marcos históricos
que dialogam com a renovação
da prática teatral
Professor(a), o teatro é uma forma de arte presente na vida
14_TEATRO E INTERAÇÃO
de todos: mesmo que não percebamos, estamos sempre

performando. Neste plano de aula vamos aprender sobre o
conceito da quarta parede, e como existem formas de inte-
ragir e experienciar o teatro sem ser apenas um espectador.
PROBLEMATIZAÇÃO
} Você acredita que o teatro é apenas para ser assistido?

} Como seria se pudéssemos interagir com os atores e até mesmo
mudar o rumo de uma história?
Trailer do filme Show de Truman (1998)

João Paulo Cabrera | Duração: 1’16”
watch?v=7O7phwapT3k
Jim Carrey em “O Show de Truman”

IMAGEM NA PÁGINA 210 https://veja.abril.com.br/cultura/

cannes-homenageia-o-show-de-
truman-em-poster-veja-
cartazes-historicos
No filme “O show de Truman” (1998), o personagem principal descobre

que seu mundo era apenas um programa de televisão e, todos à sua
volta eram meros atores desempenhando papéis. Truman “quebra” o que
chamamos de “quarta parede” de seu espetáculo, ou seja, a ilusão cênica,
para finalmente chegar ao mundo real.
O termo “quebra da quarta parede” surgiu no teatro, mas logo se expandiu

para outros meios como o cinema, a televisão e a literatura. No caso de “O
show de Truman”, não há uma quebra entre o espectador e a ficção, mas
uma ruptura que acontece na própria história. Já em outros filmes, como

em “Curtindo a vida adoidado” (1986), o personagem olha em direção a
câmera e até conversa com o espectador, “escapando” de seu universo
e incluindo o público nele.
Mas o que é a quarta parede? A quarta parede é um recurso dramático onde

se estabelece uma parede invisível entre atores e público, deixando-os
isolados e sem interação um com o outro. Os atores se concentram e
permanecem envolvidos na ficção, sem se deixar afetar pela platéia que
os assiste.
A quebra da quarta parede acontece com o teatrólogo alemão Bertold

Brecht (1898-1956) e seu Teatro Épico. Idealizado na Alemanha pós-guerra,
o Teatro Épico ansiava que o palco não distanciasse e nem hipnotizasse o
espectador, mas que o fizesse participativo nas ações e discussões surgidas
na peça. Assim, os atores estabelecem uma comunicação direta com os
espectadores e as coxias e os aparatos cenográficos ficam expostos, de
forma a evitar a ilusão de um mundo separado da realidade.
Rebeca quebrou a quarta parede e estava

sempre de olho | Um Lugar Ao Sol
TV Globo | Duração: 0’34”
https://youtu.be/VGUfGsKlOq0
Andréa Beltrão diz que ‘quebrava 4ª parede’

muito antes da série ‘Fleabag’
Splash UOL
https://www.uol.com.br/
Acesso em: 02 set 2022 splash/noticias/2022/01/06/
andrea-beltrao-diz-que-
quebrava-4-parede-muito-
antes-da-serie-fleabag.htm

Divulgação
https://www.youtube.com/watch?v=7O7phwapT3k
Jim Carrey em “O Show de Truman”

O que é a quebra da quarta parede que
acontece em Enola Holmes?
Adoro Cinema
https://www.adorocinema.com/
noticias/filmes/noticia-156142/
Teatro Épico
Acesso em: 02 set 2022 itaucultural.org.br/termo617/
teatro-epico#:~:text=O%20
Teatro%20%C3%89pico%20
utiliza%20uma,coxias%20
e%20do%20aparato%20
cenot%C3%A9cnico%2C
https://youtu.be/xipnABkpKqA
“Curtindo a vida adoidado” (1986)

Já o Teatro Experimental do Negro (TEN) idealizado em 1944 por Abdias
do Nascimento (1914-2011), não só buscava uma interação com público,

como também introduzia mudanças na própria estrutura dramatúrgica
brasileira, criando uma estética própria e incluindo atores e atrizes negros
em papéis de importância. Além disso, debatia e ampliava a discussão
sobre os espaços ocupados por negros, oferecendo oficinas de teatro e
cursos de alfabetização aos integrantes do TEN - em sua maioria operários,
empregadas domésticas e pessoas desempregadas - garantindo acesso
a cultura e promovendo mudanças nos âmbitos social e artístico.
Teatro Experimental do Negro (TEN)

Fundação Cultural Palmares - Governo Federal
https://www.palmares.gov.
br/?p=40416
Seção TEN
Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-
Brasileiros (IPEAFRO)
https://ipeafro.org.br/acoes/
acervo-ipeafro/secao-ten/
Personalidades - Abdias Nascimento

Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-
Brasileiros (IPEAFRO)
Acesso em: 02 set 2022 https://ipeafro.org.
br/personalidades/
abdias-nascimento/

Por que o Teatro Experimental
do Negro tornou-se refereência
em educação nas relações étnico raciais http://www.multirio.
MultiRio | Fernanda Fernandes rj.gov.br/index.php/
reportagens/15259-por-que-o-
Acesso em: 02 set 2022 teatro-experimental-do-negro-
tornou-se-refer%C3%AAncia-
em-educa%C3%A7%C3%A3o-
das-rela%C3%A7%C3%B5es-
%C3%A9tnico-raciais
ATIVIDADE 1
Convide os estudantes a imaginarem o espaço da sala de aula como o

lugar de uma produção teatral. Outra opção seria criar em conjunto uma
maquete simples de papel com os elementos cênicos demonstrativos.
O primeiro experimento é construir uma cena onde a “quarta parede” é

mantida.
Vocês podem juntos, organizar este espaço como se fosse um cômodo,

pensando sua arquitetura, disposição de objetos, recursos de ambientação
teatral, como dividiriam o espaço onde acontecerá a cena e o espaço dos
espectadores.
Em seguida, imaginem o mesmo espaço, agora sem a presença da “quarta

parede”. No caso da maquete, é possível experimentar retirando a “parede”
fisicamente. O que mudaria na organização deste espaço? A participação
dos espectadores é afetada de alguma maneira? Que atributos espaciais
os atores conseguem explorar em cena nos dois casos?
ATIVIDADE 2
O Teatro Oficina Uzyna Uzona, de Zé Celso (1937 -) também questiona a

visão contemplativa do público, instigando os espectadores a participarem
ativamente de seus espetáculos. A arquitetura do teatro foi propriamente
pensada para convidar o público a integrar-se às apresentações, consistindo

Teatro Experimental do Negro (TEN)
https://www.teatronaescola.com/index.php/noticias/item/433-teatro-experimental-do-negro-ten
em uma imensa passarela com arquibancadas em seus dois lados, muito
diferente dos modelos de palco dos teatros mais tradicionais.
Proponha que os estudantes façam uma pesquisa sobre os principais

teatros do país, ou de sua cidade. Como é a arquitetura do teatro e do
palco? De que forma sua estrutura contribui - ou não - com a iluminação,
a sonoplastia e a visão e interação do público?
Aqui também é interessante pesquisar outras partes físicas que compõem

o espaço teatral e suas funções.
9 Coisas que você precisa saber sobre o

espaço do Teatro
Teatro Eva Wilma
Acesso em: 02 set 2022 https://www.
teatroevawilma.com.br/
post/9-coisas-sobre-teatro
Como é um teatro por dentro?

Superinteressante | Mariana Nadai
https://super.abril.com.
br/mundo-estranho/
como-e-um-teatro-por-dentro/
As partes do teatro
Escola Arte Dança Suzano
https://escolaartedanca.com.br/
as-partes-do-teatro

https://outraspalavras.net/cidadesemtranse/
teatro-oficina-destombando-o-tombamento
Teatro Oficina Uzyna Uzona
¿Qué necesito para hacer Teatro?

Teatro Oficina Uzyna Uzona
https://teatroficina.com/
José Celso Martinez Corrêa

(Zé Celso)
Acesso em: 02 set 2022 https://enciclopedia.
itaucultural.org.
br/pessoa104235/
jose-celso-martinez-correa
AVALIAÇÃO
Converse com os estudantes sobre a importância dos grupos teatrais

apresentados para refletir sobre a função social do teatro e permita
que compartilhem suas descobertas em relação às interações possíveis
nesta linguagem.

Foto: Arthur Cavalieri | Agência O Globo
https://acervo.oglobo.globo.com/incoming/augusto-boal-23603707
Arte / Teatro
JOGOS
TEATRAIS 15
Experimentar a gestualidade Para esta aula, será
e as construções corporais e necessário:
vocais de maneira imaginativa na
improvisação teatral e no jogo Computador
cênico. Projetor
Reprodutor de som
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
} Explorar o corpo e a voz
de maneira simbólica e
imaginativa, produzindo e
percebendo diferentes sentidos
ao se realizar determinados
gestos, movimentos e ações
físicas e vocais
} Praticar improvisações e
jogos teatrais, diferenciando
conceitos de gesto, ação,
movimento, atividade
} Perceber a contribuição do
espaço na improvisação e no
jogo teatral
Professor(a), como nossos gestos refletem nossas emoções
15_JOGOS TEATRAIS
e intenções? O modo como nos movimentamos e falamos

diz muito sobre o que estamos sentindo e o que queremos
expressar, embora muitas vezes nosso corpo seja condicio-
nado a agir de certa maneira por pressões sociais. Os jogos
teatrais são atividades que visam explorar, a partir de regras
simples, a percepção corporal, despertando nossa expres-
sividade na vida cotidiana a partir de um processo criativo.
Neste plano de aula vamos perceber como nossos movimen-
tos cotidianos podem ser apropriados em jogos teatrais e de
improviso, experimentando e descobrindo outros modos de
estar no mundo.
PROBLEMATIZAÇÃO
Convide os estudantes a observarem a imagem a seguir, onde o diretor,

ator, dramaturgo e uma das principais figuras do teatro contemporâneo,
Augusto Boal (1931 - 2009) propõe exercícios com atores.
Percebam a configuração corporal dos atores e seus movimentos. Eles

parecem familiares ou parte do cotidiano?
Augusto Boal é o autor do Teatro do Oprimido, um método teatral que

sistematiza exercícios, jogos e técnicas teatrais, visando dar a seus
praticantes — atores e não atores — condições para que ampliem seu
repertório expressivo. Um exemplo de jogo proposto é o “Teatro-Jornal”,
onde os participantes transformam notícias e manchetes de jornais em
cenas teatrais. Para isso, é necessário que o ator se envolva com a história
a ponto de conseguir transmitir suas ações e reações de forma espontânea
e dramatizada. Além disso, o exercício de imaginação de contextos que
não estão necessariamente presentes na narrativa da notícia ou manchete
podem ser inseridos como improviso, a fim de trazer mais detalhes para
a formação daquele enredo.
Fonte: BOAL, Augusto. Técnicas latino-americanas de teatro popular: uma revolução

copernicana ao contrário. São Paulo: Editora Hucitec, 1984.

GLOSSÁRIO
15_JOGOS TEATRAIS
IMPROVISO
1. que se improvisou; inopinado, repentino, imprevisto.
2. tudo aquilo que é feito ou dito sem preparação,
sem ensaio prévio.
O teatro de improviso é uma modalidade onde não existe um texto

previamente articulado para a encenação, tendo os atores que criá-lo
no momento em que atuam, assim também sendo um exercício de sua
espontaneidade dramática. Para isso é importante que consigam ter
rapidez de raciocínio, bom entrosamento e confiança entre os atores.
Pergunte aos estudantes que artistas eles conhecem que usam a

improvisação cômica.
Grupos teatrais cômicos utilizam os jogos de improviso com frequência

em suas apresentações. É o caso do grupo de humor “Os Barbixas”.
Os Barbixas fazem sucesso

com humor improvisado
Jornal da Gazeta | Duração: 3’53”
https://youtu.be/CkGCkKzhMNU
Na entrevista do vídeo anterior, o grupo cita alguns aspectos que acreditam

ser fundamentais para o trabalho com improviso: desapego das ideias,
não precipitar os pensamentos, deixar fluir.
Se considerar possível, peça para que os estudantes busquem por grupos

e artistas de humor improvisado e notem como os atores usam todo o
espaço cênico (todos os elementos possíveis, incluindo a própria platéia)
para inspiração na criação do improviso.
Vocês podem testar algum exercício proposto pelo grupo ou por outros
que encontrarem na pesquisa. Atente os alunos para o caráter único desse
tipo de apresentação.

15_JOGOS TEATRAIS
Teatro do Oprimido | Augusto Boal, 1990

Exercícios de teatro / Jogos teatrais - Pegador em Câmera Lenta

15_JOGOS TEATRAIS
Exercícios de teatro / Jogos teatrais -
Pegador em Câmera Lenta
Viver de Teatro | Duração: 2’33”
https://youtu.be/zDaJmuMT9GE
Outra referência é a Viola Spolin (1906 - 1994). A teórica americana

ficou conhecida por organizar um sistema de jogos na década de
1940, difundidos no Brasil a partir de 1970. Seus jogos intensificam a
comunicação, a criatividade e a reflexão dos jogadores, desenvolvendo
suas habilidades verbais e não verbais dentro dos limites do jogo. Eles
também incentivam as relações em coletivo, fortalecendo a confiança
um no outro e a resolução de problemas em grupo.
Um dos jogos propostos por Viola é “Pegador em câmera lenta”, apresentado

no vídeo anterior. O objetivo do jogo é um jogador (o pegador) tentar tocar
nos outros jogadores. Enquanto todos os jogadores devem se movimentar
como se estivessem correndo em câmera lenta, o jogador que for tocado
pelo pegador deverá permanecer imóvel na posição que estiver. O jogo
continua até que todos estejam “congelados”.
Se achar válido, experimente a proposta com os estudantes e troque

impressões com eles depois.
} Há diferença entre movimentar-se lentamente e movimentar-se

em câmera lenta?
} Como seria a comunicação entre os jogadores no mesmo tempo em
que a ação acontece (ou “falar em câmera lenta”)?
} O que o exercício de estar e se movimentar em câmera lenta faz
perceber sobre o outro e sobre como você se expressa com seu corpo?
} Como foi para você experimentar um movimento corporal que não
está no seu repertório cotidiano?

15_JOGOS TEATRAIS
Exercícios de teatro / Jogos teatrais

- Aquecimento
https://youtu.be/LALyE88xtLQ
Jogos teatrais - aquecimento corporal

Grupontapé | Duração: 17’49”
https://youtu.be/31KsVUjTU5Y
Exercícios de teatro / Jogos teatrais - Espelho

https://youtu.be/mPllluMvVEA
Teatro do Oprimido
itaucultural.org.br/termo616/
teatro-do-oprimido
Jogo teatral e educação escolar

Universidade Federal de Santa Maria
Lúcia de Fátima Royes Nunes https://repositorio.ufsm.br/
Acesso em: 02 set 2022 bitstream/handle/1/17640/
Curso_Ed-Especial_Jogo-
-Teatral-Educa%-
C3%A7%C3%A3o-Escolar.
pdf?sequence=1&isAllowed=y

Jogos teatrais na sala de aula
Viola Spolin https://www.uern.br/
controledepaginas/
Acesso em: 02 set 2022 forma%C3%A7%C3%A3o%20
art%C3%ADstica%20
e%20pedag%C3%B3gica/
arquivos/5247jogos_teatrais_
na_sala_de_aula_viola_spolin_
compactado_(1).pdf
Jogos improvisacionais
UFBA - Licenciatura em Teatro Licko Turle
Acesso em: 02 set 2022 https://educapes.capes.gov.
br/bitstream/capes/598877/2/
eBook_Jogos%20
Improvisacionais.pdf
15_JOGOS TEATRAIS
ATIVIDADE 1
A proposta é um jogo de improvisação que envolve a comunicação não

verbal, verbal e gestual entre os participantes.
Duas pessoas ficam uma na frente da outra. A pessoa da frente será

responsável pela fala/voz e pelos gestos faciais do personagem, com os
braços para trás. A pessoa de trás colocará seus braços à frente, entre
os braços da pessoa da frente, e será responsável pelos gestos manuais.
Com essa configuração, a dupla improvisará uma breve cena, onde as
expressões faciais deverão acompanhar os gestos manuais e o contexto
da fala e sua entonação.
ATIVIDADE 2
Apresente notícias de jornais para seus estudantes, como no exercício

Teatro-Jornal de Augusto Boal citado anteriormente.
Num primeiro momento, os estudantes em grupos deverão explorar a

imaginação e a escrita coletiva de roteiros a partir da informação contida
nas manchetes. Quais os personagens? Qual o cenário? O que aconteceu?
O que precedeu o acontecimento? Quais as sensações e sentimentos dos
personagens? Não é necessário uma história muito longa, apenas uma cena
onde seu ponto culminante seja a manchete noticiada.
Após o momento de criação, os grupos deverão trocar seus roteiros com

os demais grupos e encenar uma breve interpretação, inserindo, então,
possíveis diálogos improvisados de acordo com a nova história inventada
pelos colegas. Esse exercício permite que os estudantes criem narrativas
improvisadas com o apoio de um contexto previamente estabelecido,
também transformando a narrativa original. A seguir temos dois esticadores
de horizontes que apoiam como criar um roteiro e uma peça teatral:

15_JOGOS TEATRAIS
Como fazer um roteiro de teatro
umCOMO
https://educacao.umcomo.com.br/
artigo/como-fazer-um-roteiro-de-
teatro-29474.html
Como Escrever uma Peça

wikiHow
https://pt.wikihow.com/
Escrever-uma-Pe%C3%A7a
AVALIAÇÃO
As habilidades imaginativas e criativas dos estudantes podem passar

por uma autoavaliação, de modo que identifiquem suas dificuldades de
expressão e desenvolvam com os colegas no trabalho coletivo.

Shutterstock
Arte / Teatro
MÃO NA
MASSA! 16
Compor improvisações e Para esta aula, será
acontecimentos cênicos com base necessário:
em textos dramáticos ou outros
estímulos (música, imagens, Computador
objetos etc.), caracterizando Projetor
personagens (com figurinos e
Reprodutor de som
adereços), cenário, iluminação
e sonoplastia e considerando a Internet para pesquisa
relação com o espectador. de textos
Materiais diversos
EXPECTATIVAS DE
Instrumentos para efeitos
APRENDIZAGEM
sonoros
} Explorar elementos de
Figurinos
composição da cena:
figurinos, adereços, cenário, Adereços diversos
iluminação e sonoplastia
} Criar e ler textos dramáticos
} Perceber as relações de causa e efeito dentro de uma cena,
considerando a leitura, pelos estudantes/espectadores, dos recursos
expressivos utilizados (corpo, voz, figurinos, adereços, cenários,
iluminação, som e texto)
} Experimentar diferentes funções teatrais e o trabalho coletivo
} Desenvolver capacidade de trabalho coletivo, compreendendo
e respeitando os limites de atuação de cada função dentro do
processo criativo em teatro, especialmente atores, diretores,
cenógrafos, figurinista, sonoplasta, além da plateia, que participa
ativamente da construção do sentido da cena
Professor(a), ao longo dos planos de aula anteriores, foram
16_MÃO NA MASSA!
apresentados alguns conceitos do teatro, exercícios de impro-

visação e conhecemos algumas funções e profissionais envol-
vidos para que um espetáculo teatral possa tomar vida. Neste
plano de aula, vamos articular esses conhecimentos e colocar
em prática nossa própria apresentação.
PROBLEMATIZAÇÃO
Professor(a), leia a manchete a seguir com seus estudantes e converse

sobre como imaginam que se deu a experiência relatada.
} O que é preciso para se fazer uma peça teatral?

} Quais são os elementos e os responsáveis pela cena teatral?
} É possível criar uma cena apenas com objetos, ou com o mesmo
cenário?
https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2016/08/apartamento-
vira-palco-de-peca-teatral-no-centro-de-porto-alegre.html

16_MÃO NA MASSA!
ATIVIDADE 1
Como um texto antigo pode ser atual para os dias de hoje? Muitas
peças teatrais passam por adaptações de sua versão original para atingir
determinado público, trazer referências locais e atualizadas, entre outros
motivos.
Divida a turma em grupos para dividirem as tarefas e os oriente ao longo

do processo.
Um dos grupos será responsável pela escolha de um texto do gênero

dramático, ou seja, para ser encenado. Os estudantes deverão ler o texto
escolhido, de preferência, de domínio público, escolher uma das cenas e
criar uma adaptação para os tempos atuais.
} Como essa cena seria reproduzida para se adequar ao nosso tempo?
Gírias, sotaques, expressões, entre outros recursos dramáticos aprendidos.

Um dos estudantes será o diretor e dará orientações para que o restante
do grupo - atores - consigam desenvolver a encenação da adaptação
Professor(a), a seguir você encontrará uma referência com um banco

de esquetes e peças teatrais para download. Este material é Ideal para
exercícios em sala de aula e montagem com a turma:
Banco de Peças
Teatro na Escola
https://www.teatronaescola.
com/index.php/banco-de-pecas/
category/dominio-publico
O segundo grupo ficará encarregado de pensar a cenografia e demais

elementos cênicos:
} Como seria o figurino para essa adaptação teatral (de época,

coloridos, pretos, rasgados, brilhantes)?
} Quais sons guiarão o desenrolar da cena (trilha sonora, música lenta,
sons de passarinho, sem música, apenas sons ambiente)?

} Onde será ambientada a história e que objetos não podem faltar no
16_MÃO NA MASSA!
cenário (vazio, com móveis, projeções…)?

} Qual é a iluminação apropriada para transmitir a sensação desejada
aos espectadores (pouca luz pode transmitir medo, angústia ou
tristeza, muita luz pode significar alegria, ação, entusiasmo…
Caso desejem utilizar cores como recurso de iluminação cênica,
podem optar por gelatinas de iluminação de teatro que podem ser
colocadas em lanternas ou outros objetos luminosos.)?
O terceiro grupo terá dupla função: além de terem a missão de construir

um cartaz de publicidade para a peça - considerando o gênero teatral
escolhido e selecionando elementos gráficos e textuais que melhor
dialogam com o tema da peça -, esse grupo será a própria platéia, que
assistirá e reagirá à cena produzida pelos colegas.
Após a produção e apresentação, cada grupo deverá fazer uma

autoavaliação de como foi a experiência, bem como avaliar os demais
grupos em suas respectivas funções.
Onde está o teatro?

Portal Conexão Escola
Secretaria Municipal de Educação de Goiânia https://sme.goiania.go.gov.
(SME) br/conexaoescola/ensino_
fundamental/onde-esta-o-
Acesso em: 02 set 2022 teatro/#:~:text=Dentre%20
os%20elementos%20que%20
constituem,ou%20atriz%20
num%20espet%C3%A1culo%20
teatral
Profissões do Teatro: Iluminação

com Nicolas Caratori
2 Mililitros Cia Teatral
Acesso em: 02 set 2022 https://youtu.be/KOnIqhWEn5U

Fonte: Shutterstock
FALTA
16_MÃO NA MASSA!
A tecelã (2010)
Exemplo de espetáculo.
Fotografias do espetáculo Companhia
de Teatro Caixa do Elefante
http://caixadoelefante.
Acesso em: 02 set 2022 com.br/espetaculo/
gallery_list/30#prettyPhoto
A Tecelã - Tecendo
Trecho da cena “Tecendo”.
Utilização de projeção, bonecos,
luz focada na personagem filnonaedicao
https://youtu.be/
Acesso em: 02 set 2022 VyDyMNhd8MQ
Video-aula sobre
Iluminação Cênica
LuzTecnologiaeArte
Acesso em: 02 set 2022 https://youtu.be/qt2JAtT3CAw
ATIVIDADE 2
A mesma prática pode ser aplicada para produzir um espetáculo, em

escala menor, trabalhando o teatro de animação. Nesse sentido, objetos
variados serão selecionados e o exercício é personificá-los, embutindo
neles aspectos humanos por meio de recursos teatrais da fala.
O primeiro passo é observar as características destes objetos, como cor,

forma, tamanho, textura e mobilidade. A partir disso, os estudantes
poderão criar a personalidade e o perfil de cada personagem/objeto. Os
“atores” serão animadores, e trarão vida aos personagens.
A turma também pode criar os personagens em forma de bonecos para

produzirem pequenos “esquetes”, sempre considerando os fatores cênicos
que agregam valor ao produto final.

GLOSSÁRIO
16_MÃO NA MASSA!
ESQUETE
substantivo masculino
no teatro de revista e em programas de rádio e televisão, cena rápida, ger.
humorística.
Fonte: Google/Oxford Languages. Acesso em: 02 set 2022.
Senhor Alguém
(por Victor Nogueira)
Um fantoche? Um boneco?
Uma meia com olhos? Veremos…
Acesso em: 02 set 2022 http://www.instagram.com/
senhoralguem
Teatro de bonecos
Secretaria da Educação do Paraná
http://www.arte.seed.pr.gov.br/
modules/conteudo/conteudo.
php?conteudo=206
Grupo Giramundo
2 Mililitros Cia Teatral
https://www.giramundo.org/
O Giramundo é uma das mais conhecidas companhias de teatro de animação

do Brasil. Criada em 1970, já montou 36 espetáculos.

16_MÃO NA MASSA!
Fonte: Shutterstock

16_MÃO NA MASSA!
Teatro de objetos
Pequenices | Duração: 4’37”
https://youtu.be/p46InSNokIo
Vertente do teatro de animação, se apropria de objetos do cotidiano

transformando-os em personagens.
Teatro de formas animadas

Portal Conexão Escola
Secretaria Municipal de Educação de Goiânia
(SME)
https://sme.goiania.
Acesso em: 02 set 2022 go.gov.br/conexaoescola/
ensino_fundamental/
teatro-de-formas-animadas/
AVALIAÇÃO
Como um trabalho de encerramento, a avaliação deverá ser coletiva e

considerar a participação e o respeito às funções dos colegas no trabalho
em equipe. Considerar também os conceitos que foram trabalhados ao
longo dos planos de aula sendo colocados em prática pelos estudantes.

Arte / Artes integradas
A ARTE E O
TRABALHO 17
Analisar e explorar, em projetos Para esta aula, será
temáticos, as relações processuais necessário:
entre diversas linguagens
artísticas. Computador com projetor
ou imagens impressas
EXPECTATIVAS DE Revistas
APRENDIZAGEM Papel
} Conhecer diferentes linguagens Tesoura
artísticas
Cola
} Experimentar materiais e
processos criativos diversos, Objetos diversos
explorando códigos expressivos Instrumentos de trabalho
diferentes
} Reconhecer as transformações
de um tema em diálogo com
diferentes linguagens artísticas
} Conhecer um tema a partir de
vários pontos de vista, tendo a
arte como guia
Professor(a), muitas vezes, ao ensinar arte, ainda existe entre
17_A ARTE E O TRABALHO
nós o pressuposto de que o artista é dotado de um “dom” que

o diferencia e o permite criar coisas novas. Este senso comum
é uma romantização que ignora diversos fatores envolvidos
na produção artística, como o acesso à materiais e técnicas,
que não está disponível de fácil acesso para todas as classes
sociais. Somado a isso, existe o mercado de arte, com seus
críticos, galeristas, curadores, acadêmicos etc. Esses profis-
sionais detêm um poder singular, que é o de definir o que é, o
que não é “arte”, de acordo com os interesses deste mesmo
mercado e do contexto do momento.
Sendo assim, persiste uma discussão sobre arte e ofício, que

tende a criar uma separação entre o artista — que seria um
ser superior iluminado pela criatividade —, e o artesão, que
“apenas” domina a técnica, o ofício. Esse pensamento acaba
por limitar a expressão artística a um caráter mágico, dei-
xando os processos racionais do artista enquanto humano e
profissional de lado, assim como limita os artífices apenas à
sua capacidade de executar manualmente uma ideia. Neste
plano de aula, veremos como alguns artistas discutem a ideia
de “trabalho” e “ofício” em suas obras, seja de forma explícita
ou conceitual.
“E há poetas que são artistas
E trabalham nos seus versos
Como um carpinteiro nas tábuas…”
Fernando Pessoa,
O Guardador de Rebanhos (1914)
Fernando Pessoa, O Guardador de

Rebanhos (1914)
Domínio público
http://www.dominiopublico.gov.br/
download/texto/pe000001.pdf

GLOSSÁRIO

ARTÍFICE
1. Artesão ou operário especializado em qualquer arte mecânica; operário.
2. [Figurado] Indivíduo que inventa, compõe ou é o autor de alguma coisa;
autor, inventor: ele foi o artífice do crime.
3. Fabricante de artefatos ou quem realiza seu trabalho tendo em conta os
pedidos ou encomendas que recebe.
Fonte: Dicionário Online de Português (Dicio). Disponível em: <https://www.dicio.com.br/artifice>.

Acesso em: 09/08/2022.
TRABALHO
1. conjunto de atividades, produtivas ou criativas, que o homem exerce
para atingir determinado fim.
“t. manual”
2. atividade profissional regular, remunerada ou assalariada.
“t. de tempo integral”
OFÍCIO:
1. qualquer atividade de trabalho que requer técnica e habilidade
específicas.
“o. de sapateiro, de serralheiro”
2. ocupação, profissão, emprego.
Fonte: Google / Oxford Languages. Acesso em: 09 ago 2022.

PROBLEMATIZAÇÃO
Pergunte aos estudantes que profissões vêm à cabeça quando pensam

em trabalho. Perceba em suas respostas que tipo de profissionais não são
comumente compreendidos de tal forma e questione o motivo: artistas,
atletas, até mesmo influenciadores digitais. Além desses, que outros
tipos de trabalho são invisibilizados? Um exemplo aqui é o trabalho não
remunerado das donas de casa e cuidadoras.
Arte é trabalho? Como a arte fala sobre esse assunto? A seguir, serão
apresentados alguns trabalhos de arte que falam sobre o tema de forma
metafórica. Você pode selecionar alguns e tê-los como referência para
dialogar com os estudantes.
A performance intitulada “Trabalho” (2017), do artista Paulo Nazareth

(1977 -) consiste em uma instalação com uma rede montada no espaço, ao
lado de uma folha de ponto, documento que registra a entrada, intervalos
e saída de um funcionário de seu posto de trabalho.
Apresente a imagem aos estudantes e as seguintes provocações:

} Qual a relação existente entre os objetos da instalação e seu título?
} Qual acham que foi a intenção do artista com esta obra?
} Para você, isso é arte? Por quê?
} Será que foi o próprio artista que fez essa obra ou outra pessoa que
executou?
A performance se completa com um anúncio
de trabalho que é publicado anteriormente
em algum jornal de grande circulação
oferecendo o cargo de ocupar a rede dentro
do local onde a instalação estará, em horários
específicos (galeria, museu ou centro cultural)
e com os direitos trabalhistas vigentes.
A instalação “Trabalho” utiliza itens contraditórios que indicam trabalho

e ócio/cansaço, e também mostram mais de uma configuração do tema: o
trabalho do artista (idéia, conceito, reflexão), o trabalho de quem executou
as peças que compõem a obra, e o trabalho da pessoa efetivamente
contratada para exercer o trabalho de descansar.

Fonte: CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL. Vaivém/To-and-Fro Fonte: https://twitter.com/ccbb_df/status/1169688906595545089
https://ccbb.com.br/wp-content/uploads/2021/07/VaiVem.pdf https://twitter.com/ccbb_df/status/1169688906595545089
“Trabalho/Work”, 2007, de Paulo Nazareth

207
Paulo Nazareth
pessoa425936/paulo-nazareth
Paulo Nazareth
SescTV | Duração: 13’02”
https://youtu.be/m5hP12H3Ruc
Veja as produções dos artistas a seguir e reflita sobre como os objetos

dialogam com o tema “trabalho” (2005). Que relações de trabalho são
possíveis de perceber? Atente para a materialidade e inscrições das obras
de Felipe Barbosa (1978 -) e Rosana Ricalde (1971 -). Em “Boi Bola”, o artista
deixa explícito a origem da materialidade do objeto e as relações de
exploração com a marcação a ferro quente de uma logomarca conhecida.
Já em “Seleção Chinesa” (2004), o artista desfaz os gomos da bola de

futebol e a refaz do seu lado avesso, revelando então a assinatura dos
vários trabalhadores chineses envolvidos na fabricação do objeto.
} Quem produz o objeto e quem usa?

} Quanto ganham por seu trabalho?
} E quem é o artista, quem idealizou a obra ou quem a executou?
Converse com os alunos sobre o que pensam a respeito disso.

Felipe Barbosa
pessoa248546/felipe-barbosa
Rosana Ricalde, artista indicada - PIPA 2010

PremioPIPA2010 | Duração: 3’48”
https://youtu.be/Wdmr0Rq8Pyc
Rosana Ricalde
pessoa248555/rosana-ricalde
O “Painel de Ferramentas Grandes” (2013), de Afonso Tostes (1965 -),

à primeira vista, nos remete a uma coleção de materiais utilizados em
obras, construções e no trabalho rural.
Ao apresentar aos estudantes o artista e a obra reflita sobre como são

as pessoas que imaginamos fazendo esse tipo de trabalho?
Chegando mais perto, percebemos que os cabos das ferramentas são

modelados de forma similar aos ossos do corpo humano. Ainda é possível
refletir junto aos estudantes sobre essa escolha do artista em modelar os
cabos dos objetos de trabalho com essas formas e quais relações Tostes
quer estabelecer elaborando esses dois lugares, ferramentas de trabalho
e formas de osso?

210
“Seleção Chinesa” de Felipe Barbosa

“Boi Bola, de couro de boi” de Felipe Barbosa
https://casavogue.globo.com/LazerCultura/Arte/noticia/2014/01/reconstruindo-bola-de-futebol.html
https://vejasp.abril.com.br/atracao/one-shot
O artista plástico Thiago Honório (1979 -) também faz uso das ferramentas

para reivindicar o espaço museológico enquanto espaço de trabalho
coletivo e a obra de arte enquanto construção. Quantos profissionais
são necessários para viabilizar uma exposição de arte? Uma galeria? Um
museu? O artista negocia a troca ou doação das ferramentas usadas
com pedreiros e mestres de obra e as desloca para dentro do museu, o
que causa um contraste com o que se espera de um espaço de arte na
medida em que essa materialidade, “rústica”, bruta e crua ocupa esse
lugar — construído com esses mesmos instrumentos.
“Trabalho - Thiago Honório”

Museu de Arte de São Paulo Assis
Chateubriand
https://youtu.be/pakUq_bO3fg
Thiago Honório: Trabalho

Museu de Arte de São Paulo Assis
Chateubriand - MASP
https://masp.org.br/exposicoes/
thiago-honorio-trabalho
Vários artistas falam sobre trabalho em seu repertório e é possível trabalhar

com os estudantes:
NA MÚSICA:
“Na segunda-feira não vou trabalhar

Na terça-feira não vou pra poder descansar
Na quarta preciso me recuperar
Na quinta eu acordo meio-dia, não dá
Na sexta viajo pra veranear
No sábado vou pra mangueira sambar

212
“Trabalho” de Thiago Honório

https://www.select.art.br/masp-apresenta-instalacao-trabalho
https://www.premiopipa.com/2014/01/afonso-tostes-na-casa-franca-brasil
https://www.jaguararte.com/post/nous-les-arbres-afonso-tostes
“Tronco” de Afonso Tostes 2013

213
Domingo é descanso, eu não vou mesmo lá
Mas todo fim de mês chego devagar

Porque é pagamento, eu não posso faltar”
Samba do Trabalhador (Martinho da Vila)
“Da casa pro trampo, do trampo pra faculdade

O corpo exausto, apesar da pouca idade
Sem novidade, a mesmice na rota
Tentando ser um bom funcionário com boas notas
Trabalhar, estudar, nem sempre se encaixa
Nem mesmo no fim da aula o aluno relaxa”
A volta pra casa (Rincon Sapiência)
“Está na luta, no corre-corre, no dia-a-dia

Marmita é fria mas se precisa ir trabalhar
Essa rotina em toda firma começa às sete da manhã
Patrão reclama e manda embora quem atrasar”
Trabalhador Brasileiro (Seu Jorge)
Fonte: https://www.letras.com.br/
INSTALAÇÃO:
Josi
Prêmio Pipa
https://www.premiopipa.com/josi
PIPA 2022 | Josi

Prêmio PIPA | Duração: 3’00”
https://youtu.be/P-eq6vTRrpo

https://www.premiopipa.com/josi
“Da série: Decantações, fervuras e temperamentos” deJosi

https://masp.org.br/acervo/obra/o-lavrador-de-cafe
“O Lavrador de Café” de Cândido Portinari

https://youtu.be/pakUq_bO3fg

https://enciclopedia.itaucultural.org.br/obra61279/
engenho-manual-que-faz-caldo-de-cana
Negra com tatuagens vendendo cajus, de Jean Baptiste Debret

Engenho Manual que Faz Caldo de Cana, de Jean Baptiste Debret

PERFORMANCE:
Amador e Jr. Segurança Patrimonial Ltda

Antonio Gonzaga Amador e Jandir Jr.
https://cargocollective.com/
amadorejr
“Amador e Jr. Segurança Patrimonial Ltda., série de propostas performáticas

concebidas por Antonio Gonzaga Amador e Jandir Jr., é realizada em
instituições de arte pelos próprios artistas trajados com uniformes de
segurança, e tem seus problemas centrais vindos das relações entre
instituições como essas e as pessoas que trabalham cotidianamente em
suas salvaguardas.”
ATIVIDADE 1
} O que é trabalho?
} E o que é um ofício?
Proponha que os estudantes retomem o diário de bordo e façam uma

pesquisa com colegas e familiares em relação aos trabalhos e ofícios que
exercem no dia a dia. Caso ainda tenham dúvidas sobre os termos, retome
o início do plano de aula e reapresente aos estudantes.
Peça para que entrevistem alguém da família e perguntem sobre sua

rotina de trabalho.

https://artsandculture.google.com/asset/
colheita-de-flores-maria-auxiliadora-silva/_QHkKnKw_tY6iQ?hl=pt-br https://tarsiladoamaral.com.br/portfolios/social-1933
“Operário” de Tarsila do Amaral

“Colheita de flores”, de Maria Auxiliadora

219
ROTEIRO DE ENTREVISTA
} Qual é sua profissão?
} Quais os materiais utilizados em sua rotina de trabalho?
} Como é o seu ambiente físico de trabalho?
} Como são os aspectos sonoros e visuais do seu ambiente de

trabalho?
} Quais habilidades que envolvem sua prática?
} Quais saberes que envolvem sua prática?
} O que eles vêem de artístico no trabalho que fazem?
Os estudantes podem também buscar oficios que eram mais comuns

nas gerações mais antigas e, essas são perguntas disparadoras, fique à
vontade para agregar outras ao roteiro da entrevista.

ATIVIDADE 2
O exercício é para que os estudantes, em grupos, usem objetos do

cotidiano e as narrativas recolhidas para criar uma produção artística
em diferentes linguagens sobre trabalho. Entre as linguagens da arte já
apresentadas e conhecidas pelos estudantes, cada grupo deverá escolher
uma delas (música, dança, teatro, performance, desenho ou pintura,
escrita) para abordar o tema e inserir os elementos registrados em sua
pesquisa anterior, como a repetição de determinados gestos em um
ofício, os instrumentos utilizados, os sons e o ambiente de trabalho. Em
seguida, apresentar para os colegas o produto final.
AVALIAÇÃO
O professor deverá acompanhar o processo criativo dos estudantes,

percebendo suas habilidades em elaborar e comunicar o tema abordado
para a linguagem artística escolhida. Os estudantes também podem fazer
uma autoavaliação de como foi a experiência da entrevista e da prática.

COSMOVISÕES
18
Relacionar as práticas artísticas Para esta aula, será
às diferentes dimensões da vida necessário:
social, cultural, política, histórica,
econômica, estética e ética. Computador com projetor
ou imagens impressas
EXPECTATIVAS DE Revistas e jornais

APRENDIZAGEM Papéis dos mais variados
} Compreender a arte como Tesoura
fenômeno social integral, ligada
aos modos de ser e agir da Cola bastão, de artesanato
sociedade ou spray
} Conhecer meios e modos de

produção, fazendo relação
entre aspectos estéticos e
sociais
} Conhecer e valorizar o
patrimônio artístico local
Professor(a), como a nossa visão de mundo influencia na
18_COSMOVISÕES
arte que nossa sociedade produz? Como a arte colabora para

conhecermos diferentes modos de perceber a realidade?
Nosso olhar sobre o mundo não é imparcial e tem relação

direta com nossos hábitos culturais, gostos pessoais, meios
em que vivemos e pessoas com as quais nos conectamos.
Logo, nossa forma de ver e fazer arte vai ser atravessada
também por estas variáveis.
Trabalharemos neste plano de aula algumas das diferentes

formas que a arte e os artistas nos possibilitam para acessar
seus discursos e visões de mundo.
GLOSSÁRIO
COSMOVISÃO
maneira subjetiva de ver e entender o mundo, esp. as relações humanas
e os papéis dos indivíduos e o seu próprio na sociedade, assim como as
respostas a questões filosóficas básicas, como a finalidade da existência
humana, a existência de vida após a morte etc.; visão de mundo.
Qual a sua cosmovisão?

Rubens Cartaxo | Duração: 3’40”
https://youtu.be/UU4r8BI4iME

18_COSMOVISÕES
PROBLEMATIZAÇÃO
A seguir podemos observar três trabalhos de artistas de gerações e

contextos distintos para percebermos que mensagens eles nos comunicam
sobre sua realidade e visão de mundo.
Peça para que os estudantes façam uma leitura detalhada do trabalho

“O que exatamente torna os lares de hoje tão diferentes, tão atraentes?”
(1956), do artista inglês Richard Hamilton (1922-2011). A primeira coisa a ser
notada é a técnica utilizada: a colagem. Em seguida, chame atenção para
o título da obra. Que elementos são possíveis de identificar na colagem
tendo em vista esse momento de efervescência cultural e consumista?
O que essa imagem diz sobre a visão do mundo moderno e a sociedade?
Abaixo, alguns elementos que podem ser observados na leitura de imagem

do trabalho de Richard Hamilton. Quais relações podemos fazer entre
esses elementos e o nome da obra?
} aparelhos modernos: gravador, tv com mulher ao telefone,

aspirador tubo comprido (seta: “os aspiradores comuns só chegam
até aqui”);
} abajur com logotipo da ford motors;
} móveis modernos;
} embalagem de presunto enlatado em cima da mesa, a modernidade
na indústria alimentícia;
} personagens semi-nus, o corpo como produto (modelo com peso de
halterofilia trocado por um pirulito, modelo feminina nua exibindo
um corpo padrão);
} janela: estreia do primeiro filme com som do mundo (O cantor de
jazz, 1927, que fez black face num ator branco para retratar o cantor
negro);
} parede: quadrinhos, elemento pop;
} teto: fotografia da terra publicada em 1955 pela Nasa, símbolo dos
avanços tecnológicos.

18_COSMOVISÕES
https://www.portrait.gov.au/magazines/26/pop-goes-the-preconception
”O que é que torna as casas de hoje tão diferentes, tão atraentes?” de

Richard Hamilton

18_COSMOVISÕES
Richard Hamilton
ArtRio
https://artrio.com/marketplace/
artists/view/richard-hamilton
Como nasceu a Pop Art - Richard Hamilton |

Top100Arte 77
Patricia de Camargo |
Acesso em: 09 ago 2022 https://youtu.be/c13GGOb8hoQ
COLAGEM: Seu nascimento e trajetória na

história da arte
Medium | pibid artesvisuais https://medium.com/@
Acesso em: 09 ago 2022 pibidartesvisuaisufma/
colagem-seu-nascimento-
e-trajet%C3%B3ria-na-
hist%C3%B3ria-da-arte-
f582a1c12dff
A prática da colagem: conheça esta arte por

quem faz
Mescla | Karolina Kraemer
Acesso em: 09 ago 2022 http://mescla.cc/2021/11/23/a-
pratica-da-colagem-conheca-
esta-arte-por-quem-faz
Em seguida, apresente a propaganda e contextualize os estudantes de

que o trabalho foi produzido no final da década de 1950, um momento de
otimismo para os Estados Unidos e para a Europa, dado o fim da guerra,
e marcado pela modernização cada vez mais presentes nos lares e nos
meios de comunicação.

18_COSMOVISÕES
POP ART #VIVIEUVI

vivieuvi | Duração: 7’14”
https://youtu.be/qL-G3_c9Evk
Outro trabalho artístico que nos convida a pensar em outras cosmovisões é

a imagem a seguir, do artista Jaider Esbell (1979 - 2021). Que elementos são
reconhecíveis? Ao mesmo tempo, ao ver esta pintura, temos a impressão
de se tratar de uma visão do “macro” (o espaço, as galáxias e constelações,
ou até mesmo o fundo do mar) e do “micro” (no sentido microscópico,
celular, microorganismos). O nome dado à obra, “De onde vem os sonhos”,
e o contraste das cores sobre o fundo escuro reforça uma visão lúdica e
mística que se distancia da realidade materialista do nosso cotidiano. O
artista, indígena da etnia Macuxi, nos convida a experimentar modos de
olhar para o universo à nossa volta.
https://www.premiopipa.com/pag/jaider-esbell
“De onde surgem os sonhos” de Jaider Esbell, 2021

https://www.propagandashistoricas.com.br/2019/07/enceradeira-chrisco-super.html
Propagandas Históricas

18_COSMOVISÕES
229
18_COSMOVISÕES
Galeria Jaider Esbell

Site do Artista
http://www.jaideresbell.com.br/
site/sobre-o-artista/
PIPA 2021 | Jaider Esbell

Prêmio PIPA | Duração: 2’44”
https://youtu.be/JTRWxoaeU70
Quem é o artista indígena que levou a

cosmologia e a luta makuxi para os museus
Folha de São Paulo
Carolina Moraes https://www1.folha.uol.
com.br./ilustrada/2021/05/
Acesso em: 09 ago 2022 quem-e-o-artista-indigena-
que-levou-a-cosmologia-e-a-
luta-macuxi-para-os-museus.
shtml
Jaider Esbell -
Culturas indígenas (2018)
Itaú Cultural | Duração: 7’58”
https://youtu.be/DRS30rVoqIU

Ciclo de Estudo Selvagem, de Ailton Krenak, pode ser entendido no link
18_COSMOVISÕES
a seguir, em especial uma série de vídeos curtos, os “Flechas Selvagens”,
e que estão também em cadernos que podem ser baixados em pdf.
Selvagem - Ciclo
http://selvagemciclo.com.br
Dentre os conteúdos sugerimos o conteúdo em vídeo:
TRAILER - Flecha 1
A Serpente e a Canoa
SELVAGEM ciclo de estudos sobre a vida
Acesso em: 09 ago 2022 https://youtu.be/NHBMwhnQ4uo
Neste vídeo, o escritor e ambientalista Ailton Krenak conta um pouco

da história de seu povo.
Ailton Krenak – culturas indígenas (2016)

Itaú Cultural
https://youtu.be/LEw7n-v6gZA
MACUXI O POVO QUE VIVE EM RORAIMA

{LEI 11.645/08}
ALOCSEESCOLA
https://youtu.be/sby79rb3jjw
Por último, repita a análise de imagem com a obra do artista carioca

Maxwell Alexandre, que compartilha referências do seu cotidiano e
vivência na cidade em que nasceu.

“A poética urbana do artista passa pela construção
18_COSMOVISÕES
de narrativas e cenas estruturadas a partir de suas

vivências cotidianas pela cidade e na Rocinha, local
onde reside e trabalha. Sobre diferentes suportes
como lonas de piscinas Capri, portas de madeira e
esquadrias de ferro, surgem personagens anônimos
em situações recorrentes na favela. São pinturas
em grande formato nas quais os corpos negros
são apresentados de forma empoderada, mas
também em momentos de confronto com a polícia,
retratando uma rotina comunitária radicalmente
contemporânea”.
Fonte: Artistas: Maxwell Alexandre
Atente-se para as referências e símbolos que o artista insere em sua obra.

De que forma elas se aproximam ou se afastam de nossa realidade? Quais
relações temporais conseguimos estabelecer através desta pintura e de
seu título?
Delfina Foundation apresenta Maxwell

Alexandre (PT)
Instituto Inclusartiz
https://youtu.be/pf5mHRStnzs
Este também é um trabalho que fala sobre uma visão de mundo. Pergunte
aos estudantes o que conseguem identificar e se conseguem fazer relações
com a colagem e a pintura dos artistas mostrados anteriormente. Que
mundos são esses? O que os artistas nos transmitem sobre sua cosmovisão
a partir de seu trabalho?

18_COSMOVISÕES
https://www.sp-arte.com/artistas/maxwell-alexandre
“Santa Cruz”, da série Caravelas de hoje, 2018

de Maxwell Alexandre

18_COSMOVISÕES
ATIVIDADE 1
Depois da observação e conversa sobre as imagens, os estudantes deverão

refletir sobre a própria visão de mundo que construíram ao longo de suas
vivências, suas moradas e relações. No que acreditam? Como se percebem
neste mundo? O que é matéria e o que é sonho?
Proponha que os estudantes busquem em revistas e jornais elementos que

traduzam sua visão de mundo de forma visual e, tendo como linguagem
a colagem, criem uma composição. Podem também utilizar embalagens
e papéis de embrulho, encartes, sacolas de papel e outros materiais,
texturas também podem ser exploradas para construir a colagem.
A colagem nos permite sobrepor sentidos e tempos aparentemente

desconexos, criando uma nova narrativa onde eles possam coexistir. Se
achar adequado, peça para que escrevam sobre sua composição e as
reflexões que pretendem mostrar com os recortes escolhidos.
Colagem
itaucultural.org.br/termo369/
colagem

18_COSMOVISÕES
ATIVIDADE 2
Proponha que os estudantes façam uma pesquisa por artistas que

possuem visões de mundo que dialoguem com suas vivências nas diversas
linguagens artísticas, em grupos ou individualmente. Os estudantes
poderão apresentar sua pesquisa ou criar juntos um painel de referências
na sala de aula com artes visuais, trechos de música, poesia etc.
AVALIAÇÃO
O professor deverá orientar a discussão sobre as obras apresentadas e

perceber o olhar crítico e reflexivo que o estudante desenvolve ao longo
do processo de debate e criação. A intenção é despertar o interesse dos
estudantes para diferentes percepções de mundo expressas por meio
da arte.

imagem: Youtube
https://youtu.be/kbMqWXnpXcA
OUTRAS
NARRATIVAS 19
Analisar aspectos históricos, Para esta aula, será
sociais e políticos da produção necessário:
artística, problematizando as
narrativas eurocêntricas e as Computador com projetor
diversas categorizações da Reprodutor de som
arte (arte, artesanato, folclore,
Livros de arte
design etc.).
Papel
APRENDIZAGEM
Lápis de cor
} Conhecer produções artísticas
de natureza crítica, em especial Pincéis
aquelas que possuem relação Tinta guache
com a contemporaneidade
Materiais para pintura, se
} Reconhecer a presença de possível
valores sociais, culturais e
humanos em produções
artísticas estrangeiras, em
especial europeias
} Identificar a presença de
marcas ideológicas e políticas
na produção e categorização
da arte
Professor(a), ao longo deste plano de aula, vamos observar
19_OUTRAS NARRATIVAS
algumas produções artísticas que abordam, de forma crítica,

a representação de corpos não brancos e as narrativas euro-
cêntricas que dominam a história da arte.
PROBLEMATIZAÇÃO
Apresente o clipe musical “Apeshit” da dupla “The Carters”, composta

pelo casal Beyoncé e Jay-Z. Peça para que os estudantes prestem atenção
no lugar em que o clipe está sendo ambientado. Reparem também as
imagens das obras de arte e como os corpos dos artistas e bailarinos se
contrapõem à elas na coreografia.
O videoclipe se passa no Louvre, um dos mais importantes museus da

Europa, e carrega uma crítica sobre a padronização dos corpos nesse
lugar, que tem como referência a cultura europeia como esse padrão
universalizante. Após assistir ao clipe com os estudantes questione-os:
Como são as obras de arte que estão expostas? Quem elas representam
em sua maioria? É possível ver pessoas não brancas nas obras? Como elas
são representadas?
Os artistas, ao reservarem o espaço inteiro para a gravação do clipe musical,

se inserem neste contexto para demarcar sua presença, enquanto pessoas
pretas, neste ambiente: eles também representam a arte e a cultura, e
não mais se limitam à representações estereotipadas e em posição de
subalternidade.
Somos provocados, então, a olharmos a história ser contada a partir de

um novo ângulo, de forma a trazer visibilidade para outros protagonistas
e outras culturas que eram consideradas “menores”, “inferiores” à cultura
eurocêntrica. Ao fim do vídeo, vemos a obra “Retrato de uma negra”,
de 1799 - 1800, da artista Marie Guillemine-Benoist (1768 - 1826), em
uma época em que não só as artes, mas a maioria das profissões, eram
dominadas pelos homens. Nesta pintura, a única onde a figura negra é
protagonista, o retrato representa uma mulher liberta da escravização,
apesar de ainda reforçar uma visão do colonizador ao expor a nudez de
seu corpo.

“I can’t believe we made it
(This is what we made, made)
This is what we’re thankful for

(This is what we thank, thank)
I can’t believe we made it

(This a different angle)”
“Não acredito que conseguimos

(isso é o que conseguimos)
É por isso que somos gratos

(é por isso que agradecemos)
Não acredito que conseguimos

(este é um ângulo diferente)”
Fonte: https://www.vagalume.com.br/
the-carters/apeshit-traducao.html. Acesso em: 10 ago 2022.
imagem: Youtube
https://youtu.be/kbMqWXnpXcA
The Carters - Apeshit

https://smarthistory.org/benoist-portrait/
“Retrato de Madeleine” (anteriormente conhecido como “Retrato de uma

negra” de Marie-Guillemine Benoist

Agora, olhem alguns trabalhos do artista norte americano Kajahl. As
pinturas a seguir fazem parte de uma série intitulada “Royal Spectre”,
que se apropria da estética do estilo de decoração “Blackamoor”, que
trazia em suas esculturas decorativas pessoas negras sempre na condição
de servos. Kajahl cria uma nova realidade de possibilidades que foram
historicamente negadas a estas pessoas, mostrando-as de forma com a
qual não costumam ser representadas. Peça para os estudantes analisarem
as imagens e refletirem sobre as figuras representadas e os objetos
utilizados. De que forma esses objetos podem exprimir poder? Registre
o que achar importante das pontuações feitas por eles.
Se achar interessante, convide os estudantes a fazerem uma breve

pesquisa por imagens do estilo decorativo citado.
A História da Arte é Branca - Desvendando a

Arte de Apeshit .:|Beyoncé e Jay Z|:.
Arte de Segunda | Duração: 9’48”
https://youtu.be/IKRKPYYSa78
Artista subverte eurocentrismo racista com

retratos incríveis de pessoas negras
Hypeness
https://www.hypeness.com.
Acesso em: 10 ago 2022 br/2020/11/artista-subverte-
eurocentrismo-racista-com-
retratos-incriveis-de-pessoas-
negras/
Louvre
https://www.louvre.fr/en

242
https://www.moniquemeloche.com/artists/41-kajahl/works
“Alchemist” de Kajahl
““Moment of Contemplation (Scholar)”

e “Oracle (Holding Mirror)”
https://www.moniquemeloche.com/artists/41-kajahl/
works/16215-kajahl-alchemist-2020
Obra de Arte da Semana
As obras do Louvre no clipe
de Beyoncé e Jay-Z
Artrianon | Marina Franconeti
https://artrianon.
Acesso em: 10 ago 2022 com/2018/06/28/obra-de-arte-
da-semana-as-obras-do-louvre-
no-clipe-de-beyonce-e-jay-z/
Apeshit: Arte e Política no Louvre

JOIN - VI Encontro Internacional de Jovens
Investigadores | Amanda de Oliveira Santos,
Francine Lopes de Souza e Claudio Xavier
(UNEB) https://editorarealize.com.
br/editora/anais/join/2019/
Acesso em: 10 ago 2022 TRABALHO_EV124_MD1_SA61_
ID1568_23082019135948.pdf
Beyoncé
eBiografia
beyonce
Professor(a), o site do Louvre não tem versão em português, mas você

pode utilizar o recurso de tradução do Google. Para isso, clique com o
botão direito do mouse sobre qualquer parte da tela e, ao abrir um menu,
escolha a opção “traduzir para o português”.
ATIVIDADE 1
É comum que artistas contemporâneos tragam em suas obras discussões sobre

a narrativa hegemônica e eurocêntrica da própria história da arte. Os artistas
acima, Omar Victor Diop(1980 -), do Senegal, e o brasileiro Denilson Baniwa
(1984 -) usam a releitura dessas obras clássicas para, literalmente, apresentar
uma nova versão dessa história. Diop usa o esporte, futebol, como um lugar
de reconhecimento de seus pares, para refletir sobre o desconhecimento de
pessoas negras que tiveram papéis significativos historicamente. Denilson

244
Artista: Omar Victor-Diop
Jean-Baptiste Belley, 2014

Artista: Anne-Louis Girodet
Retrato de J. B. Belley, 1797
https://artsandculture.google.com/asset/jean-baptiste-belley/igGLkO4D3uQqqA?hl=pt-BR
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Anne-Louis_Girodet_De_Roucy-Trioson_-_Portrait_of_J._B._Belley,_Deputy_for_Saint-Domingue_-_WGA09508.jpg
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Mona_Lisa,_by_Leonardo_da_Vinci,_from_C2RMF_retouched.jpg
Ritratto di Monna Lisa

Gioconda Kunhã \\
del Giocondo
Mona Lisa Kunhã
Artista: Leonardo DaVinci
Artista: Denilson Baniwa

acrescenta elementos de etnias indígenas na popular Mona Lisa, de Da Vinci,
mostrando que as produções de culturas não-europeias possuem o mesmo

valor artístico, eliminando a hierarquização cultural imposta.
Nelson Leirner (1932 - 2020) também se apropria da icônica obra de Da

Vinci para discutir a banalização de uma imagem de grande referência
da arte pelo seu excesso de reprodução, tornando-a ainda mais “banal”
e excluindo uma visão sacralizada da obra de arte.
Proponha que os estudantes busquem nos livros de arte da escola, se

possível, personalidades não brancas nas obras de arte. Você pode expandir
essa busca para novas mídias, como séries, novelas, cenário musical,
influencers, para refletir sobre seu alcance em cada meio.
Peça para que escolham alguma obra de arte para criarem uma releitura
em desenho ou pintura, introduzindo elementos contemporâneos, de
outras culturas, ou que sejam reflexo de algum grupo específico (objetos,
vestimentas, cenários, palavras) para ressignificar o trabalho, possibilitando
a leitura sob um novo ângulo.
Nelson Leirner dá novas caras ao quadro de

Mona Lisa
Exame
Acesso em: 10 ago 2022 https://exame.com/casual/
artista-da-novas-caras-para-
quadro-de-mona-lisa/
Nelson Leirner
nelson-leirner

Fonte: https://psicod.org/se-liga-na-lngua-literatura-produco-de-texto-linguagem-v3.html?page=17. Acesso em: 10 ago 2022.
Quadro a quadro: cem Monas

247
Nelson Leirner
do Rio de Janeiro (MAM)
https://mam.rio/artistas/
nelson-leirner/
Leonardo da Vinci
eBiografia
leonardo_vinci/
Leonardo da Vinci 50 Fatos

https://youtu.be/
MDz9zSZ3MG8
Omar Victor Diop

https://www.omarvictor.com/
Professor(a), esse site não tem versão em português, mas você pode
utilizar o recurso de tradução do Google. Para isso, clique com o botão
direito do mouse sobre qualquer parte da tela e, ao abrir um menu, escolha
a opção “traduzir para o português”.

Omar Victor Diop usa a liberdade como
cronologia em série de retratos
Nonada
Acesso em: 10 ago 2022 https://www.nonada.com.
br/2018/06/omar-victor-diop-usa-
liberdade-como-cronologia-em-
serie-de-retratos/
Anne-Louis Girodet
Arts & Culture
https://artsandculture.google.com/
entity/%2Fm%2F02vfvl?hl=pt
AVALIAÇÃO
Neste plano de aula, é interessante perceber o potencial de problematização

e reflexão crítica dos estudantes diante das narrativas hegemônicas, seja
nos debates ou no produto final da atividade prática.

“PALAVRA É
PATRIMÔNIO” 20
Analisar e valorizar o patrimônio Para esta aula, será
cultural, material e imaterial, de necessário:
culturas diversas, em especial
a brasileira, incluindo suas Projetor com computador
para exibir imagens
matrizes indígenas, africanas e
europeias, de diferentes épocas, Imagens impressas
e favorecendo a construção
Cola
de vocabulário e repertório
relativos às diferentes linguagens Tesoura sem ponta
artísticas.
Revistas
EXPECTATIVAS DE Jornais
APRENDIZAGEM
} Conhecer os principais artistas
do Brasil, de maneira a valorizar
sua atuação na construção do
imaginário nacional
} Reconhecer a influência dos
variados povos que construíram
a sociedade brasileira no
patrimônio artístico material e
imaterial
} Identificar valores sociais
e humanos atualizáveis no
patrimônio artístico brasileiro
Professor(a), já conversamos por aqui, na aula “O eu e o
20_“PALAVRA É PATRIMÔNIO”
outro”, o quanto a arte é fundamental para contar e preservar

a história de um povo. Este plano de aula busca refletir sobre
a nossa constituição enquanto povo brasileiro na relação
entre as culturas indígena, africana e europeia e sua presença
na produção de arte. Entenderemos o que é patrimônio e
como artistas trabalham para resgatar essas influências na
contemporaneidade, através da palavra.
PROBLEMATIZAÇÃO
Vivemos num país multicultural e essa diversidade está marcada também

na língua que predominantemente é falada no Brasil, mesmo com suas
particularidades que variam em cada região. Mostre a obra do artista
André Vargas para os estudantes e oriente-os para um debate sobre as
seguintes questões:
} Quais as origens da nossa língua?

} O que o artista quer dizer com a frase no estandarte?
} Outros países que usam a língua portuguesa falam como nós?
Na linguística, “crioulo” diz-se de ou cada uma das línguas mistas nascidas

do contato de um idioma europeu com línguas nativas, ou importadas, e
que se tornaram línguas maternas de certas comunidades socioculturais.
Fonte:Google/Oxford Languages. Acesso em: 31 ago 2022.
O Português brasileiro é a principal língua falada no território, no entanto,

está entre as mais de 200 que coexistem. É repleto de palavras de origem
ou derivadas dos povos indígenas, africanos e europeus que aqui se
encontraram na colonização do país.
} Quais palavras advindas destas culturas você reconhece? Capenga,

pindaíba, pipoca, moqueca, fetiche, turnê, tchau, caçula, quitanda,
moleque, cachimbo…
O trabalho “Se é cachimbo, é Banto” (2019) faz uma citação à obra “A Traição
das Imagens” (1929), do pintor Belga René Magritte (1898 - 1967). Quando,
na obra original, Magritte escreve “Isto não é um cachimbo” embaixo do

Fotografia: Nathalia Godoy
“A língua como um estandarte”, 2019 de André Vargas

desenho de um cachimbo, ele nos alerta de que a representação de um
objeto não é o objeto em si. No trabalho de André Vargas, o cachimbo é um

objeto real, mas sua origem é questionada a partir de outra representação:
seu nome.
“O famoso cachimbo.
Como as pessoas me censuraram por ele.
Contudo, me diga, você pode preenchê-lo? Claro

que não, é uma mera representação.
Caso tivesse escrito no quadro: Isto é um cachimbo,

teria mentido.”
(René Magritte - Citação na contracapa da

3ª edição brasileira de FOUCAULT. Isto não é um cachimbo)
O QUE É UM PATRIMÔNIO?
Na cultura, todos os aspectos que representam a identidade de uma
sociedade – seus hábitos e costumes, seu conhecimento, sua culinária,
sua produção artística e arquitetônica, sua natureza, suas manifestações
e seus marcos históricos envolvem o conceito de patrimônio. Esse
patrimônio pode ser reconhecido e protegido oficialmente pelo Estado
(o que chamamos de “tomabamento”) ou não, mas sua importância para
preservação de uma tradição é definida pela comunidade.
GLOSSÁRIO
PATRIMÔNIO
herança familiar.
conjunto dos bens familiares.
FIGURADO (SENTIDO) • FIGURADAMENTE
riqueza, preciosidade.

bem ou conjunto de bens naturais ou culturais de importância
reconhecida, que passa(m) por um processo de tombamento para que
seja(m) protegido(s) e preservado(s).
O que carregamos de herança do nosso povo e dos povos que constituíram

nossa sociedade? Que bens são esses que compartilhamos e que são de
grande importância para compreendermos nossa história e cultura? Que
heranças deixaremos para as próximas gerações?
A língua é um exemplo de patrimônio imaterial, ou seja, entra na categoria

de bens culturais que não são tangíveis, e que envolvem práticas e domínios
da vida social, como saberes, ofícios e modos de fazer; celebrações; formas
de expressão cênicas, plásticas, musicais ou lúdicas; e nos lugares de
práticas culturais coletivas. Fonte: http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/234
Dessa forma, podemos entender que é um patrimônio transmitido de

forma oral através das gerações e com elas atualizado.
O patrimônio material confere bens culturais categorizados como

arqueológico, paisagístico e etnográfico; histórico; belas artes; e das artes
aplicadas. Podemos pensar em edifícios, grupos arquitetônicos e núcleos
urbanos, produções artísticas de um lugar, mobiliário, documentos, entre
outros. São chamados assim por possuírem materialidade física. Fonte: http://
portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/276
Nossa história da arte é marcada por momentos em que buscamos

encontrar e afirmar uma identidade brasileira, na tentativa de afastar
outras influências estrangeiras. Na literatura, José de Alencar, por exemplo,
contribuiu para a associação no Brasil às suas paisagens naturais e à figura
do indígena enquanto povo originário. Os modernistas puderam estudar
as tendências artísticas na Europa nas décadas de 1919 e 1920 e aplicá-las
em suas obras, inserindo elementos, cores e formas que fossem enraizados
na cultura brasileira, como propunha o Movimento Antropofágico.

Fotografia: André Vargas

https://www.flickr.com/photos/outtacontext/21336510168
“Se é cachimbo, é Banto”, 2019 de André Vargas

“A Traição das Imagens” de René Magritte (1898-1967)

GLOSSÁRIO
ANTROPOFAGIA
Condição de antropófago, de quem come carne humana; canibalismo: a
antropofagia faz parte de alguns rituais indígenas.
[Literatura] Refere-se ao manifesto antropofágico, escrito pelo modernista
Oswald de Andrade, em 1928, cujo nome foi inspirado na crença dos índios
que devoravam o inimigo, para assimilar suas qualidades.
Fonte: DICIO, Dicionário Online de Português. Porto: 7Graus, 2022. Disponível em: <https://www.
dicio.com.br/antropofagia>. Acesso em: 31 ago 2022.
André Vargas
Galeria Vermelho
https://galeriavermelho.com.br/
artistas/andre-vargas/
René Magritte - 50 Fatos

https://youtu.be/72VGwyqhL3k
René Magritte
Ebiografia
rene_magritte/

Biografia José de Alencar

Academia Brasileira de Letras
https://www.academia.org.br/
academicos/jose-de-alencar/
biografia
Línguas Crioulas
Canal Mundano | Duração: 8’51”
https://youtu.be/
dSZXQO0gMdo
Variedades do Português no
Mundo e no Brasil
Sociedade Brasileira para o Progresso da
Ciência http://cienciaecultura.bvs.br/
scielo.php?script=sci_arttext&pi-
Emilio Gozze Pagotto d=S0009-67252005000200017#:~:text=-
Muito%20j%C3%A1%20se%20
Acesso em: 31 ago 2022 discutiu%20quanto,que%20
remetem%20%C3%A0s%20
l%C3%ADnguas%20crioulas
Construção da identidade brasileira

Mundo Educação
https://mundoeducacao.uol.
com.br/historiadobrasil/a-iden-
tidade-nacao-brasileira.htm
Patrimônio ontem, hoje e amanhã

arte&educação - JACA
Centro de Arte e Tecnologia
Janine Magalhães
https://educacao.jaca.center/
Acesso em: 31 ago 2022 transversalidades-patrimonio-
-ontem-hoje-e-amanha

Manifesto antropófago e Manifesto da poesia
pau-brasil
Oswald de Andrade
https://www.ufrgs.br/cdrom/
oandrade/oandrade.pdf
O que é antropofagia? Entendendo a

antropofagia cultural e todo o movimento
antropofágico
Acesso em: 31 ago 2022 https://laart.art.br/
blog/o-que-e-antropofagia/
Bens materiais e imateriais integram o

Patrimônio Cultural Brasileiro
TV UFMG | Duração: 4’32”
https://youtu.be/-Hnu9H7SniM
A língua é o patrimônio de um povo

O Tempo | Ricardo Ballarine
Acesso em: 31 ago 2022 https://www.otempo.com.
br/diversao/magazine/a-lin-
gua-e-o-patrimonio-de-um-
-povo-1.325865
Línguas como Patrimônio Cultural Imaterial:

da Memória Oral ao Registro
Programa de Pós-Graduação em Patrimônio,
Cultura e Sociedade – PPGPaCS/IM/UFRRJ |
Cintia Abrunhosa Pinto Sada http://www.xvenecult.ufba.
br/modulos/submissao/
Acesso em: 31 ago 2022 Upload-484/112073.pdf

ATIVIDADE 1
Convide os estudantes a fazerem uma pesquisa sobre a produção artística

dos artistas modernistas. Alguns nomes são Di Cavalcanti, Tarsila do Amaral,
Oswald de Andrade, Vicente do Rego Monteiro e Cândido Portinari. Os
estudantes deverão exercitar a leitura de imagens para identificar elementos
nas obras dos artistas que se relacionem com a identidade brasileira e com
as matrizes culturais que constituem nosso povo.
Outra opção para se pensar em identidade brasileira nos dias de hoje é

experimentar uma colagem, buscando em revistas, jornais e encartes,
referências que representem o que é ser brasileiro atualmente. Os
estudantes deverão explorar também a palavra, presente nas gírias, nas
manchetes e no cotidiano dos brasileiros.
Professor(a), para apoiar a pesquisa sobre a produção artística dos artistas

modernistas, o site Google Arts & Culture é uma fonte de conteúdo.

Google
ATIVIDADE 2
Quais saberes você aprendeu com membros da sua família de outras

gerações? O que você caracterizaria como um patrimônio de sua família?
Um prato culinário, uma superstição ou um ditado, um bordão, uma
brincadeira, um objeto que carrega uma história…
Use o diário de bordo para registrar esse patrimônio em forma de desenho

ou escrita, e categorizar os bens escolhidos como material ou imaterial.
Use os trabalhos do artista André Vargas como inspiração caso queira
transformar sua ideia em um projeto para uma produção física. Que
suporte você escolheria para apresentar sua ideia? Que sentidos a palavra
e o objeto podem articular juntos?

Fotografia: André Vargas
“Mãe”, 2019, par de chinelos entalhados de André Vargas
AVALIAÇÃO
A compreensão sobre preconceitos e privilégios diante da participação

dos povos que construíram a sociedade brasileira é essencial. Perceba, ao
longo do processo, a participação dos estudantes.

Shutterstock
ARTE E
TECNOLOGIA 21
Identificar e manipular diferentes Para esta aula, será
tecnologias e recursos digitais necessário:
para acessar, apreciar, produzir,
registrar e compartilhar práticas Computador com internet
e repertórios artísticos, de modo Projetor
reflexivo, ético e responsável.
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
} Reconhecer a presença e o papel de tecnologias e
recursos digitais no mundo das artes
} Pesquisar e classificar diferentes sites, aplicativos e
plataformas virtuais em que a arte é tema, meio de
acesso ou produto
} Experimentar livremente os recursos tecnológicos
pesquisados, de maneira a conhecer suas formas de
acesso e ferramentas de criação ou interação com
objetos de arte
} Relacionar as tecnologias e recursos digitais com temas
relacionados à arte, como: interação, fruição, processo
criativo, produto, identidades, sociedade e crítica
} Relacionar as tecnologias e recursos digitais aplicados à
arte com aspectos éticos, sobretudo no que diz respeito
às diferenças sociais, privacidade, direitos autorais e
acessibilidade
Professor(a), o que entendemos por “tecnologia”? Mui-
21_ARTE E TECNOLOGIA
tas vezes associamos o termo às invenções mais recentes

do mundo digital e esquecemos que a humanidade vem
sempre aprimorando seus modos de fazer coisas e suas
ferramentas para isso, antes mesmo do digital existir. A
fotografia analógica, por exemplo, é uma linguagem ino-
vadora para registro de imagens, e que hoje temos tecno-
logia suficiente para usufruir de sua versão digital. Com
essa mudança, nosso comportamento também muda: se
antes tínhamos uma limitação na quantidade de fotos por
filme fotográfico e tomávamos mais tempo elaborando
a composição da imagem e, mais ainda, para aguardar o
processo de revelação da mesma, com a fotografia digital
esse tempo e limitação é praticamente inexistente. Assim,
temos facilidade de produzir cada vez mais e mais imagens.
Mas será que refletimos sobre elas?
Neste plano de aula vamos conhecer algumas relações entre

arte e tecnologia no mundo real, digital e virtual.
PROBLEMATIZAÇÃO
Pergunte aos estudantes se recordam qual foi a última foto que tiraram
com seus celulares. Conseguem se lembrar? O que costumam registrar?
Existem outras fotos com o mesmo motivo, de tentativas anteriores?
Pergunte como organizam esses arquivos e se acessam fotografias que
fizeram com alguma periodicidade.
A fotografia pode ser um registro de um momento para ser revisitado, com,

talvez, maior fidelidade que nossa própria memória. Com a popularização
da fotografia digital, essa produção de imagem passa a ocupar um outro
tipo de memória — a virtual —, enquanto as fotos reveladas ou impressas
vão se tornando cada vez mais obsoletas. Porém, nos dias de hoje, é
possível encontrar antigos álbuns de fotos das mais diversas origens em
brechós e lojas de antiguidades.
Rosângela Rennó (1962 - ) é um exemplo de artista contemporânea que

recupera e se apropria de fotografias e filmes fotográficos que foram

https://enciclopedia.itaucultural.org.br/obra16424/obituario-transparente
“Obituário Transparente” de Rosângela Rennó

esquecidos, retomando sua presença ao ressignificar memórias alheias
com a manipulação de imagens.
Você pode perguntar para os estudantes se conhecem a fotografia

analógica e conversar com eles se a nossa forma de nos relacionarmos
com as imagens hoje é diferente.
Duas Lições de Realismo Fantástico, 1991

Rosângela Rennó
http://www.rosangelarenno.
com/obras/exibir/38/1
Rosângela Rennó
rosangela-renno
Políticas da Memória na Arte Contemporânea:

«IMEMORIAL», de Rosângela Rennó (Por)
Revista Transas - Letras y Artes de América
Latina
https://www.revistatransas.
Acesso em: 10 ago 2022 com/2017/12/21/politicas-
da-memoria-na-arte-
contemporanea
Apresente a manchete a seguir para aos estudantes e questione o que

eles pensam sobre as informações trazidas pela notícia.
O artista alemão Simon Weckert subverte os limites entre o mundo real

e o digital com seu trabalho Google Maps Hacks, uma performance onde
ele carrega 99 celulares conectados à internet com sua localização ativada

Foto: Divulgação/Simon Weckert
https://g1.globo.com/economia/tecnologia/noticia/2020/02/04/artista-alemao-engana-
google-maps-com-carrinho-cheio-de-smartphones.ghtml

267
em um carrinho de mão por uma rua aparentemente deserta. Isso causa
um impacto que se reflete no mundo real: os aplicativos de localização

como o Google Maps entendem que existe um engarrafamento no local
e consequentemente, indicam um trajeto diferente para quem pretende
passar por ali. Com isso, o artista evidencia o quanto estamos dependentes
dos dados digitais (os tais algoritmos) para interpretar uma situação e
até mesmo tomar uma decisão.
GLOSSÁRIO
ALGORITMO
MATEMÁTICA
sequência finita de regras, raciocínios ou operações que, aplicada a um
número finito de dados, permite solucionar classes semelhantes de
problemas.
Fonte: Google / Oxford Languages. Acesso em:10 ago 2022.
O que é algoritmo?
Entenda como funciona em apps e sites da
Internet
TechTudo | Filipe Garrett https://www.techtudo.com.
br/listas/2020/05/o-que-e-
Acesso em: 10 ago 2022 algoritmo-entenda-como-
funciona-em-apps-e-sites-da-
internet.ghtml
Com a ascensão e popularização da internet e de dispositivos eletrônicos,

artistas têm se utilizado das novas tecnologias em seus trabalhos, inclusive
para questionar sobre seus usos no cotidiano. Além da problematização,
também podemos perceber aspectos positivos quando se trata de uma
democratização dos conteúdos de arte, que antes ficavam restritos a
um seleto público que podia frequentar museus e galerias, e agora esse
acesso se estende nas plataformas digitais, desde a busca fácil por uma
imagem à experiências tridimensionais em espaços.

De que maneira a vida digital interfere na vida real? Será que nos damos
conta dessas interferências? Você já fez ou deixou de fazer algo por
algum tipo de influência das mídias digitais?
O oposto disso já é uma realidade: o metaverso pretende expandir as

barreiras físicas do mundo real para mundos digitais. Você consegue
imaginar como ele impactará o futuro de como experimentamos e vivemos
o mundo virtual?
Google Maps Hacks

by Simon Weckert
Simon Weckert | Duração: 1’42”
https://youtu.be/k5eL_al_m7Q
Metaverso: A tecnologia que vai mudar a

forma como você vai trabalhar e se divertir
Jornal O Globo | Duração: 4’34”
https://youtu.be/LgpEjBnBsDY
ATIVIDADE 1
Pergunte aos estudantes se já visitaram alguma exposição ou espaço

cultural, e como foi a experiência.
} Como se sentiram?
} O que mais os marcou?
Escolha previamente, uma exposição virtual para verem juntos. Crie um

percurso narrativo e selecione algumas obras, isso pode te apoiar na
mediação e visitas aos sites.

Os sites a seguir disponibilizam tours virtuais em 3D. Se for possível,
utilize o projetor para melhor apreciação.
Após apresentar os sites dos museus e centros culturais para os estudantes,

ou mesmo enquanto acessam as páginas, dialogue com as perguntas a
seguir, elas podem ser um disparador para a essa visita virtual:
} Como foi a experiência da visita virtual?

} Qual a diferença entre ver as obras desta forma e procurá-las em
um site de buscas?
} Será que este tipo de interação estimula as pessoas a irem ver as
exposições pessoalmente ou essa forma é igualmente satisfatória?
} O que é possível fazer em uma visita real e em uma virtual?
} Quais as principais diferenças para você do mundo real e do mundo
virtual?
} De que outras formas vivemos no mundo virtual hoje em dia?
ATIVIDADE 2
Como continuação da primeira atividade, o convite é para que os estudantes

explorem o Google Arts and Culture, pelo site ou pelo aplicativo do celular
e registrem suas descobertas no diário de bordo.
O site permite diversas interações com arte, como jogos, perguntas,

tours virtuais, detalhes de obras e curiosidades.
Os estudantes podem usar fotos de seus dispositivos para ressignificá-las

com os filtros do aplicativo, por exemplo, ou até mesmo utilizar outras
ferramentas digitais para manipular imagens de seu próprio repertório.

O site conta com a opção de traduzir com o Google para o
português.
project/games?hl=pt-br

Museu Itamar Assumpção

https://www.itamarassumpcao.
com
Itamar Assumpção ganha museu

virtual com tradução em iorubá
Itaú Cultural
Acesso em: 10 ago 2022 https://www.itaucultural.org.
br/secoes/noticias/itamar-
assumpcao-ganha-museu-
virtual-traducao
Exposição inédita da Björk mistura arte e

tecnologia no MIS
Catraca Livre
Acesso em: 10 ago 2022 https://catracalivre.com.br/
agenda/exposicao-inedita-da-
bjork-toma-conta-do-mis/
Mostra on-line apresenta a relação da

cantora Björk com a tecnologia
Hoje em Dia
https://www.hojeemdia.
Acesso em: 10 ago 2022 com.br/entretenimento/
mostra-on-line-apresenta-a-
relac-o-da-cantora-bjork-com-
a-tecnologia-1.806476


do Rio de Janeiro - MAM
https://mam.rio/3d/

Pinacoteca de São Paulo

https://pinacoteca.org.br/
conteudos-digitais/tipo/
tour-virtual/

Museu Nacional
https://artsandculture.
google.com/project/
museu-nacional-brasil?hl=pt
Centro Cultural Banco do Brasil
Rio de Janeiro
partner/ccbb-rio
Instituto Inhotim
partner/inhotim

FILE - Electronic Language International
Festival
https://file.org.br/
AVALIAÇÃO
Para este plano de aula, é importante instigar os estudantes a explorarem

a arte através dos recursos digitais e da internet. Registre as percepções
que trazem sobre o tema no momento do debate e as relações criadas
ao verem obras de arte de forma virtual.

Artes

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ENSINO FUNDAMENTAL

O caderno de formação de Artes do Telecurso

O campo da arte se utiliza de formas, imagens

05_O som das coisas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67

06_O caminho dos sons. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77

08_Você precisa.. ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101

09_Corpo que fala . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 113

10_Movimento escrito .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123

11_Para além do passo.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 135

12_Dança e tradição. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 147

13_Os bastidores.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 161

14_Teatro e interação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 171

15_Jogos teatrais.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 183

16_Mão na massa!. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 193

17_A arte e o trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 203

19_Outras Narrativas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 237

20_“Palavra é patrimônio”. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 251

21_Arte e tecnologia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 263

O caderno de formação em Artes

imagens que vemos e produzimos todos os dias? Nós con-

Apresente o trecho da série de desenho animado brasileiro “Irmão do

Meu amigo Vicente II | Irmão do Jorel

} Os alunos reconhecem o personagem/artista?

10 ENSINO FUNDAMENTAL | CADERNO DE FORMAÇÃO | ARTE

01_DE ONDE VEM A INSPIRAÇÃO

Perceba junto com os estudantes como obras de arte, histórias, lugares,

A animação “Com amor, Vincent”, também sobre o artista Van Gogh,

Para conhecer mais sobre Vincent Van Gogh:

“Loving Vincent”: a animação

Vincent Van Gogh

ARTE | CADERNO DE FORMAÇÃO | ENSINO FUNDAMENTAL 11

Homenagem a Van Gogh

Fonte: Vincent van Gogh,domínio público, via Wikimedia Commons. https://

“Quarto em Arles” de Vincent Van Gogh

ARTE | CADERNO DE FORMAÇÃO | ENSINO FUNDAMENTAL 13

Fonte: Vincent van Gogh,domínio público, via Wikimedia Commons. https://pt.wikipedia.org/wiki/

Muitos artistas e aspirantes fazem estudos e até mesmo homenagens

14 ENSINO FUNDAMENTAL | CADERNO DE FORMAÇÃO | ARTE

01_DE ONDE VEM A INSPIRAÇÃO

Compare as imagens com os alunos e, se achar apropriado, inclua outras

Proponha que os alunos, individualmente ou em grupo, escolham uma obra

Atente-os para as cores, contrastes, iluminação, cenário, expressões,

O filme “About Schmidt” e, no detalhe, a pintura “La mort de Marat”

ARTE | CADERNO DE FORMAÇÃO | ENSINO FUNDAMENTAL 15

Nossos envios favoritos dos leitores do

Obras de arte que inspiraram o cinema

16 ENSINO FUNDAMENTAL | CADERNO DE FORMAÇÃO | ARTE

01_DE ONDE VEM A INSPIRAÇÃO

Experimente sortear as frases correspondentes a cada página do livro

} Que nome dariam para esse livro?

Depois compartilhe com os estudantes a maneira que Lygia Pape encontrou

“Livro da criação” de Lygia Pape

ARTE | CADERNO DE FORMAÇÃO | ENSINO FUNDAMENTAL 17

Depois as águas foram baixando, baixando, baixando

O homem começou a marcar o tempo

O homem era nômade e caçador O homem descobriu o fogo

O homem era gregário e semeou a terra Na floresta

O homem inventou a roda E a terra floresceu

O homem descobriu que o sol era o centro do sistema planetário

Que a terra era redonda e girava sobre seu próprio eixo

A quilha navegando no tempo

O homem construiu sobre a água: palafita

Luz Submarino: o vazado é o cheio sob a água

Para saber mais sobre a artista e a obra: