Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Aula 3 - Escolha Do Traçado
Aula 3 - Escolha Do Traçado
ESCOLHA DO TRAÇADO
1
O que é uma estrada?
“no meio do caminho” há uma série de fatores condicionantes que devem ser considerados.
3/53
Dois pontos?
4/53
Como escolher um traçado?
Teoricamente
Praticamente
Caminho mais curto (linha reta) que une dois locais raramente
poderá ser tomada como eixo de ligação devido à uma série de
condicionamentos existentes na área;
Na engenharia não basta pensar na ligação pura e simples
entre dois pontos, sendo necessário também que esta ligação seja
feita de forma a atender melhor aos interesses da comunidade
com menor custo possível.
6
Considerações Gerais
7
Considerações Gerais
Necessidades de Harmonia
Harmonia
Harmonia
Harmonia comcom
com
com aaa
a região
tráfego região
região
região atravessada
atravessada
atravessada
atravessada
8
Considerações Gerais
9
Fatores que Influenciam o traçado de
uma estrada
Na escolha do local por onde passará a estrada todos os fatores
que possam influir no custo ou nas características do projeto
deverão ser avaliados e balanceados para que se possa conseguir
um local adequado à construção de uma estrada de boas
características técnicas e de baixo custo.
A variedade de fatores a serem analisados é muito grande o que
torna muito difícil maximizar condições técnicas e minimizar
custos.
10
CONDICIONANTES
Topografia
Geologia e geotecnia
Hidrologia e hidrografia
Desapropriações
Interferências no ecossistema
Pontos obrigados de passagem
11
Fatores que Influenciam o traçado de
uma estrada
Topografia:
É o fator predominante para a escolha da localização da estrada;
12
TOPOGRAFIA
Relevo plano
Menor dificuldade na escolha do traçado
Pequeno movimento de terra
13
TOPOGRAFIA
Relevo ondulado
Razoável dificuldade na escolha do traçado
Razoável movimento de terra
Custo de terraplanagem maior que terrenos
planos, porém menor que terrenos montanhosos
14
TOPOGRAFIA
Relevo montanhoso
Grandes dificuldades na escolha de traçado
Grandes movimentos de terra
Escavações em rochas
Necessidade de construção de obras de arte
Elevados custos de construção
15
FATORES INFLUENTES NA
ESCOLHA DO TRAÇADO
Topografia
Movimento
Terreno Característica topográfica Obras civis
de terra
Lençol freático
Estabilidade de
taludes
19
FATORES INFLUENTES NA
ESCOLHA DO TRAÇADO
Hidrologia
A travessia de rios e córregos devem também ser
evitadas para reduzir custos envolvidos nas
construções de pontes e galerias
DESAPROPRIAÇÃO
A existência de benfeitorias nos locais escolhidos
para a estrada aumentam os custos das
desapropriações.
Construções, loteamentos, etc., devem ser evitados
sempre que possível.
21
INTERFERÊNCIAS NO
ECOSSITEMA
Vegetação, nascente, fauna
A estrada devido a suas dimensões (grande extensão e pequena
largura) é geralmente um agente agressivo ao meio ambiente. Por
onde passa divide a região em duas áreas isoladas entre si. Em
regiões onde a preservação do meio ambiente é relevante deve-se
sempre procurar traçados alternativos que evitem o problema;
O projetista deve ter em mente que a construção da estrada exige
a derrubada da vegetação e que a execução de cortes e aterros altos
podem acarretar danos ao ecossistema local;
Um traçado alternativo que não represente a melhor solução
técnica pode beneficiar a região atravessada pela estrada dando
uma nova opção que melhor atenda aos interesses locais.
22
FATORES INFLUENTES NA
ESCOLHA DO TRAÇADO
Impactos ao meio ambiente
Diante do inevitável impacto que pode ser
associado à construção de uma estrada, deve-se
sempre que possível buscar traçados alternativos
que reduzam o dano.
Esquema de matriz de comparação de EIA
INTERFERÊNCIA Traçado 1 Traçado 2
Geomorfologia e relevo natural Favorável Desfavorável
Drenagens Desfavorável Favorável
Vegetação Favorável Desfavorável
Uso do solo Favorável Desfavorável
Tráfego local Desfavorável Favorável
PONTOS OBRIGADOS DE
PASSAGEM
Cidades intermediárias
Ligar rodovias existentes
24
ACIDENTES GEOGRÁFICOS
GARGANTA
CACHOEIRA 25
ACIDENTES GEOGRÁFICOS
Vale: é uma superfície côncava, formada por
duas vertentes
Grota: é um vale apertado, profundo e pouco
extenso
Desfiladeiro: É uma passagem estreita entre
duas montanhas, entre uma montanha e um
curso d’água ou entre uma montanha e o
mar
26
ACIDENTES GEOGRÁFICOS
Vale
27
ACIDENTES GEOGRÁFICOS
Desfiladeiro
28
ACIDENTES GEOGRÁFICOS
Montanha: é uma elevação considerável da
crosta terrestre
Cordilheira ou cadeia de montanhas: é uma
sucessão de montanhas ligadas todas entre
si. Quando se estuda um traçado ao longo
de uma montanha é necessário sempre saber
se ela é isolada ou ligada a outra, formando
uma cordilheira
29
ACIDENTES GEOGRÁFICOS
Cordilheira
30
ACIDENTES GEOGRÁFICOS
Cume ou ponto culminante: é o ponto mais
alto de uma montanha ou cadeia de
montanhas. É um acidente que é sempre
evitado num traçado
31
ACIDENTES GEOGRÁFICOS
Cumeada ou linha de cumeada: é a linha
formada pelos pontos mais altos da
montanha ou cordilheira, no sentido
longitudinal
Serra: é a denominação genérica de todo
terreno acidentado, quer se trate de
montanha ou seus contrafortes acidentados
32
ACIDENTES GEOGRÁFICOS
Serra
33
ACIDENTES GEOGRÁFICOS
Contraforte: é uma ramificação mais ou
menos elevada de uma montanha ou
cordilheira, em direção transversal à mesma.
É um acidente importante num traçado de
estrada, pois muitas vezes é por ele que o
traçado galga a montanha
34
ACIDENTES GEOGRÁFICOS
Espigão: é um contraforte secundário que se
liga ao contraforte principal, do mesmo
modo como este se liga à cordilheira. Este
acidente é, muitas vezes, um obstáculo em
um traçado de estradas, obrigando a
grandes cortes ou mesmo a túneis nas
estradas que sobem pelo contraforte
35
ACIDENTES GEOGRÁFICOS
Garganta ou colo: é uma depressão
acentuada da linha de cumeada de uma
montanha ou cordilheira
36
ACIDENTES GEOGRÁFICOS
Assentada: é uma área quase plana em zona
montanhosa. Muitas vezes as assentadas
existentes em um contraforte ou no fundo de
um vale são utilizadas para se fazer a
mudança de sentido nos traçados das
estradas
37
ACIDENTES GEOGRÁFICOS
Assentada
38
ACIDENTES GEOGRÁFICOS
Encostas, flancos ou vertentes de uma
montanha: são as rampas que vão da linha
de cumeada até a base da montanha; são as
superfícies laterais inclinadas das
montanhas. A uma encosta escarpada dá-se
o nome de despenhadeiro, ribanceira ou
perambeira.
39
ACIDENTES GEOGRÁFICOS
Encostas
40
ACIDENTES GEOGRÁFICOS
Encostas
41
ACIDENTES GEOGRÁFICOS
Morros: são elevações limitadas, íngremes,
mas terrosas
Colina ou outeiro: é um morro achatado
Planalto ou chapadão: é uma região mais ou
menos plana e horizontal no conjunto,
situada a grande altura
42
ACIDENTES GEOGRÁFICOS
Talvegue: é a linha formada pelos pontos
mais profundos de um curso d’água. Num
vale seco o talvegue é a linha do fundo do
vale
43
ACIDENTES GEOGRÁFICOS
Talvegue
44
ACIDENTES GEOGRÁFICOS
Divisor de águas: é a parte mais saliente do
terreno, que separa as águas pluviais que
correm para uma certa bacia, também
denominado linha das vertentes. O divisor
de águas pode ter formas variadas, podendo
ser uma crista quando o divisor for estreito,
e dorso se for arredondado. Os traçados
rodoviários percorrem, muitas vezes, essas
lombadas
45
Escolha do traçado
BOM TRAÇADO
X
CUSTO MÍNIMO
46
ESTUDO DE TRAÇADOS
Em geral, a solução para ligar dois pontos
através de uma estrada consiste em seguir a
diretriz geral se não houvesse nenhum
obstáculo ou ponto que forçasse a desviar a
estrada de sua trajetória original
47
ESTUDO DE TRAÇADOS
Diretriz geral:
É definida como sendo a reta que liga os pontos
extremos do traçado
Os pontos extremos do traçado são geralmente
pré-determinados levando em conta a situação
da nova estrada no contexto geral da região
Os pontos extremos são definidos pelo
planejamento (pontos obrigados de condição)
48
PONTOS OBRIGADOS DE
CONDIÇÃO E PASSAGEM
Condição: pontos de passagens obrigatórios do
traçado, condicionados ao projetista pelo
Planejamento. Ex.: pontos extremos da via de
ligação entre cidades A e B
49
PONTOS OBRIGADOS DE
CONDIÇÃO E PASSAGEM
E F
C
B
A D
51
CASOS BÁSICOS DE
TRAÇADO
Pontos situados na mesma bacia:
Os dois pontos acham-se situados no fundo do
mesmo vale:
Se os pontos estão situados na mesma margem do
rio, a ligação destes pontos é feita diretamente,
bastando apenas verificar se esta linha pode ou não
ser contornada por meio de curvas de raios
apropriados
52
CASOS BÁSICOS DE
TRAÇADO
A B
53
CASOS BÁSICOS DE
TRAÇADO
Pontos situados na mesma bacia:
Os dois pontos acham-se situados no fundo do
mesmo vale:
Se os pontos estão situados na mesma margem do
rio, a ligação destes pontos é feita diretamente,
bastando apenas verificar se esta linha pode ou não
ser contornada por meio de curva de raios Rc
apropriados
Se os pontos se encontrarem em margens opostas ao
talvegue, a questão é escolher o local mais
apropriado onde o traçado atravessará o curso d’água
54
CASOS BÁSICOS DE
TRAÇADO
55
CASOS BÁSICOS DE
TRAÇADO
Pontos situados na mesma bacia:
Os dois pontos estão situados um no fundo e o
outro numa das vertentes:
um caso já visto anteriormente;
o outro como mostra a figura seguinte:
56
CASOS BÁSICOS DE
TRAÇADO
57
CASOS BÁSICOS DE
TRAÇADO
Para ligar A com B, seguir exemplo anterior
para ligar pontos B e C deve-se fazer um
estudo de declividade do terreno:
58
CASOS BÁSICOS DE
TRAÇADO
1ª hipótese: Se i = H/D < imáx, temos 3
soluções:
1ª Solução
C
H
B
D
59
CASOS BÁSICOS DE
TRAÇADO
1ª hipótese: Se i = H/D < imáx, temos 3
soluções:
1ª Solução 2ª Solução
C C
imáx
H H
B B
D D
62
CASOS BÁSICOS DE
TRAÇADO
A
63
CASOS BÁSICOS DE
TRAÇADO
2ª hipótese: se H/D > imáx
B
64
CASOS BÁSICOS DE
TRAÇADO
Desenvolvimento em ziguezague
65
CASOS BÁSICOS DE
TRAÇADO
Desenvolvimento em ziguezague
66
CASOS BÁSICOS DE
TRAÇADO
Pontos situados em bacias diferentes:
Caso de transposição de gargantas
B
67
CASOS BÁSICOS DE
TRAÇADO
Pontos situados em bacias diferentes:
Caso de transposição de gargantas
68
CASOS BÁSICOS DE
TRAÇADO
Soluções:
a) Se H/L< imáx: não há necessidade de cortar e
nem mesmo de desenvolver o traçado
b) se H/L > imáx: nesse caso é preciso verificar:
b.1) se (H-2h)/L< imáx: caso em que, cortando em B
e aterrando em A, não haverá necessidade de
desenvolver o traçado
b.2) Se (H-2h)/L > imáx: neste caso a solução apenas
será possível com o desenvolvimento do traçado
69
CASOS BÁSICOS DE
TRAÇADO
Traçado de espigão:
Mergulho em curva
86
EXEMPLOS
87
EXEMPLOS
88
Fases da elaboração de um projeto
viário
Projeto preliminar
Define possíveis diretrizes da via, determina se as
alternativas indicadas são viáveis (fisicamente) ao
tráfego, indica soluções para estudos posteriores,
estima custos para avaliação econômica e financeira
Fases
reconhecimento ou anteprojeto
exploração ou projeto
locação ou projeto definitivo
PRINCIPAIS PROJETOS
RODOVIÁRIOS
Projeto de Terraplanagem
Avaliação das alternativas de movimentação dos
volumes de terra
Determinação dos possíveis locais de empréstimo
drenagem superficial
drenagem do pavimento
Todos as
atividades para
projeto rodoviário
Projeto
ferroviário
Qual é o problema?
Projetar uma estrutura estática de vida útil longa
que se mantenha em níveis adequados de serviço a
despeito das alterações nos padrões da atividade
humana (que geram tráfego) e nas dimensões,
desempenho e características dos veículos.
Representação gráfica do Projeto
Geométrico
Planta: Projeção da estrada sobre plano horizontal
Talude de
Base Acostamento
corte
Capa de
Sub-base rolamento
Berma
Regularização
Talude Corte
de aterro
Terreno
natural Valeta de
pé-de-corte
Aterro Drenagem
Valeta de profunda
proteção de
aterro
Representação gráfica do projeto
Representações complementares
“Boa planta e bom perfil não garantem um bom
desempenho (segurança e conforto) tridimensional da
estrada”
118/38
BONS EXEMPLOS
119/43
Implantação do Anteprojeto
120
Implantação do Anteprojeto
121
Implantação do Anteprojeto
122
Projeto Final
Anteprojeto sofre alterações antes de atingir sua forma final;
Produto do detalhamento e eventual modificação do
anteprojeto;
Projeto final: cálculo de todos os elementos necessários para a
perfeita definição do traçado, perfil longitudinal e seções
transversais;
Paralelamente ao Proj. Geométrico: terraplenagem, drenagem,
superestrutura, obras civis, paisagismo, sinalização;
Projeto final = conjunto de vários projetos que contemplam
memória de cálculo e especificação de materiais e serviços,
métodos de execução e orçamentos.
123
Representação Gráfica do Projeto
124
DÚVIDAS?
125
REFERÊNCIAS
DNER. Manual de projeto geométrico de rodovias rurais
DFERNANDES, JR., J.L. Notas de aula “Estradas I”
ODA, Sandra. Notas de aula “Projeto Geométrico de Vias”
PIMENTA, C.R.T.; OLIVEIRA, M.P. Projeto geométrico de rodovias
SENÇO, W. Manual de técnicas de projetos geométricos
YSHIBA, J.K. Notas de aula “Rodovias”
126