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Primeiro Grau

Reflexões sobre o Primeiro Grau

OS LANDMARKS MAÇÔNICOS
Uma discussão sobre o que constitui os Landmarks
da Maçonaria.

As palavras “Landmarks Maçônicos” são daquelas frequentemente


ouvidas durante as cerimônias maçônicas. Porém, quais são os
Landmarks? É muito provável que poucos Maçons consigam
responder. O Livro das Constituições da Grande Loja Unida da
Inglaterra menciona os Landmarks apenas quatro vezes.
 Regra 4: A Grande Loja possui a autoridade superintendente
suprema, etc... sempre cuidando para que os Antigos Landmarks
da Ordem sejam preservados.
 Regra 55: (de Proposições irregulares): Se parecer ao Grão-
Mestre que qualquer resolução contenha algo contrário aos
Antigos Landmarks da Ordem, ele poderá recusar permitir que a
mesma seja discutida.
 Regra 111: Cada Mestre Eleito, antes de ser empossado, deverá
comprometer-se solenemente a preservar os Landmarks da
Ordem.
 Regra 125 (b): (relacionada à admissão de visitantes): diz, em
parte, que: Nenhum Irmão será admitido a menos que..., ele tenha
sido iniciado em uma Loja na qual se professa a crença no Grande
Arquiteto do Universo, pois esta crença é um Landmark essencial
da Ordem.
No entanto, em nenhum lugar está estipulado quais são os outros
Landmarks. Não há nenhuma lista encontrada em qualquer literatura
ou no ritual, mas eles são considerados muito importantes! No
entanto, isso não restringiu as especulações sobre o assunto. O falecido
Harry Carr considerou o seguinte:
“Um Landmark deve ter existido desde o ‘tempo em que a memória do
homem não corre em sentido contrário’ e ‘um Landmark é um
elemento de tal importância na forma ou essência da Sociedade que a
Maçonaria deixaria de ser Maçonaria se fosse removido”.
Se as três qualificações forem utilizadas estritamente para testar se
certas práticas, sistemas, princípios ou regulamentos podem ser
admitidos como Landmarks, verificar-se-á que existem, na verdade,
muito poucos itens que passarão neste teste rígido.
No entanto, a tendência, mesmo entre proeminentes escritores que
tentam compilar listas de Landmarks, parece ser a de incorporar itens
que, na verdade, estão sob o título de regulamentos, costumes ou
princípios, e listas provisórias de Landmarks variam de cinco a algo
em torno de cinquenta itens separados.
Os Antigos Landmarks foram de fato um dos grandes pontos de
discussão entre as duas Grandes Lojas inglesas, os ‘Antigos’ e os
‘Modernos’, antes da União de 1813, sem que fossem realmente
definidos e discriminados. Porém, neste caso temos uma pequena pista
de que a Grande Loja de Wigan, que foi formada por Lojas de Liverpool
e Wigan que não concordaram com a União e continuaram
trabalhando como Grande Loja dos Antigos. Uma correspondência
para a Grande Loja Unida, datada de cerca de 1820, reclamava que:
“As novas regras relativas ao Arco Real conflitavam com os Antigos
Landmarks”. (ou seja, da Grande Loja dos ‘Antigos’ antes da União de
1813). Isto estava relacionado principalmente à prática dos ‘Antigos’ de
trabalhar o grau do Arco Real em uma Loja Simbólica.
Sugerimos a seguir uma lista de Landmarks aceitáveis que estariam
consoante o teste de dois pontos:
 Que um Maçom professe a crença em um Deus (Um Ser
Supremo), ou seja, o GADU.
 Que um Livro das Sagradas Escrituras seja parte essencial e
indispensável da Loja, que deve estar aberto à vista quando os
Irmãos estiverem trabalhando.
 Que um maçom deve ser do sexo masculino, nascido livre, de
idade madura e de bom caráter.
 Que um Maçom, por sua condição, deve lealdade ao Soberano e
ao Craft.
 Que o Maçom acredite na imortalidade da alma.
Os primeiros quatro da lista são derivados dos Antigos Encargos.
Robert Macoy, em seu Dicionário da Maçonaria, afirma:
“Sobre a natureza dos Landmarks Maçônicos, tem havido alguma
diversidade de opiniões; no entanto, estabeleceu-se a convicção de que
os verdadeiros princípios que constituem os Landmarks são aqueles
costumes universais da Ordem, que gradualmente se transformaram
em regras de ação permanentes e originalmente estabelecidas pela
autoridade competente, num período tão remoto que nenhum relato
de sua origem possa ser encontrado nos registros da história maçônica
como essenciais à preservação e integridade da instituição, de forma a
preservar sua pureza e impedir a inovação”.
Finalmente, muitas Grandes Lojas, especialmente nos EUA, listaram
de apenas 3 a 54 Landmarks, e Macoy se contentou com 251.

Fonte: http://solomon.ugle.org.uk
Livre tradução: E. L. Madruga

1Robert Macoy (1869) – História Geral, Cyclopedia e Dicionário da Franco-maçonaria. Masonic


Publishing Company.

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