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28/10/2020

Anacronismo- compreender o presente e ter consciência do passado.

29/10/2020

A História das Relações Internacionais é antes de mais a história das Políticas


Externas dos Estados e das interações e dinâmicas que daí resultam.

Não obstante a presença de outros atores como as Organizações Internacionais, as


Empresas Transnacionais e até o próprio individuo no palco internacional, os Estados
continuam a desempenhar o papel principal.

A Política Externa de um Estado pode ser definida como o conjunto de Ações e


Decisões que adopta um Estado em relação aos Outros. A Diplomacia e a Guerra são
instrumentos típicos da Política Externa dos Estados. Contudo, deverão ser incluídos
nessa análise, os estudos, por exemplo, de uniões de comércio internacional, da Cruz
Vermelha Internacional, turismo, comércio internacional, transportes, comunicações e
o desenvolvimento de valores e ética internacionais.

Relações Externas

A B

 Estado-país soberano, com estrutura própria e politicamente organizado;


Permanece como o ator central das relações internacionais. É esclarecedor
quando refere que “a política externa é a parte da atividade do Estado que
está virada para ‘fora’, o mesmo é dizer que trata, em oposição à política
interna, dos problemas que se colocam para além-fronteiras”.
 Diplomacia –instrumento político do estado (habilidade para conduzir as
relações interpessoais ou para resolver problemas)
 Guerra- é considerado um motor, cela ou abranda os acontecimentos;

Da interação das várias Políticas Externas resulta a Política Internacional e os seus


fatores de ordem, nomeadamente o Direito Internacional, a Segurança Coletiva e a
Organização Internacional, mas também várias formas de Diretórios. O Estado procura
responder ao comportamento de atores internacionais e, de uma maneira geral, agir
de acordo com os seus princípios quando o ambiente é favorável e transformar esse
mesmo ambiente quando este se apresenta desfavorável. Noutros termos, o Estado

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procura, através da política externa, manter ou aumentar o seu peso e influência fora
do seu território nacional.
Por outro lado, se olharmos para a política internacional na perspetiva de Estados
individuais, em vez do Estado como parte de um sistema internacional em que está
integrado, não encontramos muitas diferenças. Por aí se vê que são as condições
internas dos Estados que acabam por mais influenciar a política dos mesmos. Guerras,
alianças, imperialismo, manobras diplomáticas, isolamento e os imensos objetivos da
ação diplomática, podem ser vistos como resultado das pressões políticas domésticas,
ideologias nacionais, opinião pública ou necessidades económicas e sociais.
Eis algumas questões horizontais na política externa que têm vindo a ser conduzidas
pelos sucessivos governos portugueses e que são exemplo da nossa afirmação e
valorização no plano internacional que excede porventura a nossa dimensão, mas que
correspondem às nossas responsabilidades históricas:
- A defesa dos direitos do Homem, valor ético e universal
- O apoio aos esforços da comunidade internacional na questão dos refugiados
- A escolha dos Oceanos no sistema multilateral das Nações Unidas
- O combate ao tráfico de drogas
- O desenvolvimento sustentado e a sua relação com as questões ambientais
- A disponibilidade para agir em processos de Paz como Angola, Moçambique, Sahara
Ocidental e em Timor, entre muitos outros.
Estes são alguns pontos que são consensuais na sociedade portuguesa, fazendo da
política externa um instrumento ao serviço de grandes temas ou desígnios nacionais.
"A diplomacia é um instrumento da política exercido para o estabelecimento e
desenvolvimento dos contactos pacíficos entre os governos de diferentes estados pelo
emprego de intermediários mutuamente reconhecidos pelas respetivas partes"
Autor José Galvet de Magalhães

Relações Internacionais

A
D B
C

2
 Direito Internacional- Direito Internacional é o conjunto de normas que regula
as relações externas dos atores que compõem a sociedade internacional;

 Segurança Internacional- medidas tomadas por nações e organizações


internacionais, tais como as Nações Unidas, para garantir a sobrevivência
mútua e segurança. Estas medidas incluem a ação militar e acordos
diplomáticos, como tratados e convenções;

 Organização Internacional- ou organismo internacional é uma organização


com membros, adesão ou presença internacional;

 Organizações não governamentais- operam internacionalmente,


incluem organizações sem fins lucrativos (Cruz Vermelha);

 Organização intergovernamental- "organização internacional",


composta principalmente de Estados soberanos (ONU,OCDE) ;

Das várias formas de interação entre os Estados podemos destacar a Cooperação e


o Conflito. A Cooperação como forma de interação pode ser explicada a partir das
condições prévias ao seu desenvolvimento: confiança mútua, interesses comuns,
partilha equitativa de custos e de benefícios.

 Cooperação- ato de colaborar na realização de um projeto em comum;


 Conflito- luta entre dois poderes com interesses opostos;

O Conflito como forma de interação deverá ser entendido como divergência de


interesses entre partes. Não todo conflito evolui necessariamente para a guerra. A
crise é uma fase do conflito entendido também como um processo.

Ordem Internacional- normas e valores criados após a 2ª Guerra Mundial;

Perspetiva realista- baseia as suas afirmações na história.

As sociedades evoluem ao longo do tempo, estando bastante relacionado com as


relações de força entre os seus atores, portanto quando falamos de sociedade
internacional, estamos a falar de uma macro sociedade com poder autônomo e temos
de pensar que as relações que estabelecem entre eles. Mas ainda há outra questão
entre eles, a ordem internacional, uma ordem que pressupõe as “regras do jogo”
implícitas ou explicitas, que são aceites por vários atores da sociedade internacional.
Podemos constatar que uma sociedade internacional não é estática.

A guerra é um instrumento da política externa entre os estados. Por trás de uma


guerra estão os objetivos dos envolvidos. A guerra é um dos instrumentos para impor
a ordem.

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Cátedra dos estudos para a paz→ A Cátedra centra-se na reflexão rigorosa de como a
noção de paz foi sendo construída ao longo do tempo, como vem sendo materializada
no cenário internacional, como pode ser problematizada a partir de uma perspetiva
latino-americana, e como a construção da paz no cenário internacional pode ser um
importante vetor da integração latino-americana.
Estudo da sociedade internacional→ O estudo da sociedade internacional pode ser
realizado considerando-a como um todo complexo (um sistema) constituído de
inúmeras partes (Estados, por exemplo) que interagem e que o compõem. Por outras
palavras, um sistema internacional constitui uma unidade formada por um conjunto de
interações entre diversos atores internacionais que agem de acordo com determinadas
regras e processos.

05/11/2020 e 06/11/2020

Em 1918 criou-se as primeiras cadeiras de Relações Internacionais.

“War is organised violence carried on by political units against each other”

(Bull, Hedley 1977, 178)

Violência organizada- utilizar a força seguindo uma seria de normas sendo um Estado
contra outro Estado. remete-nos a uma reflexão sobre a evolução do direito dos
estados à guerra. Passamos então de um direito ilimitado para a proibição do uso da
força.
Funções da guerra em 3 perspectivas:

 Pela visão do estado internacional a guerra é um instrumento político (3


elementos);
 Chefia;
 Exército motivado;
 Sorte;

 Pelo ponto de vista do sistema internacional a guerra ajuda a perceber se os


Estado sobrevivem ou se são eliminatórios, ou se eles aumentam ou
diminuem;

 Do ponto de vista da sociedade internacional, a guerra é um dos meios de


fazer cumprir o direito internacional, de preservar o equilíbrio do poder;

Guerra é hostilidades entre Estados ou grupos sociais conduzidos por forças


armadas que manejam a organizada violência possível.

Causas da Guerra (Polemologia):

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1- Assimetria de poderes – diferença de poderes leva a uma maior instabilidade, o

que pode despoletar uma revolução e evoluir para uma guerra.

2- Nacionalismos- patriotismo, preferência do que é próprio da sua nação, vai

mobilizando umas populações contra as outras;

3- Darwinismo internacional- lei da natureza, vencem os mais fortes, tende a

exercer a plenitude do poder;

4- Erro de percepção- incapacidade de perceber algo, a percepção pode não

corresponder à realidade e levar à guerra.

5- Competição armamentista- quando um estado obtém um determinado tipo de

armamento, gera desconfiança por parte dos outros estados;

6- A fuga para a frente- guerras externas para desviar a atenção de problemas

internos;

7- O instinto de agressão- quando nos sentimos ameaçados, tendemos a ter um

instinto agressivo como modo de sobrevivência;

8- Os ciclos da guerra e da paz- após a análise estatística de diversos períodos

de guerra, concluíram que existe um ciclo.

9- O complexo militar-industrial- relacionamento político entre as forças armadas

de um governo nacional e a indústria, a fim de obter para o setor privado a

aprovação política;

10- O Malthusianismo- muitas das causas, ou uma potencial causa da guerra,

tem que ver com a contenção da natalidade.

Guerra do Peloponeso:

A história mostra-nos como as relações internacionais vêm evoluído com o tempo.

Muitas vezes, a ordem equivale à paz, mas pode ser uma paz injusta, sendo o
resultado da interação dos agentes.

Quando os espartanos desestabilizam a paz dos atenienses, a guerra acontece.

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Da afirmação grega à Guerra do Peloponeso- o declínio do poder grego:

À medida que a Grécia se expande, vai ganhando poder, ao conquistar acesso a


terras férteis, e a agricultura era a atividade dominante na altura.

Ao expandir territorialmente para terras melhores para a atividade agrícola, levou à


emigração de muitos gregos e resultou na pressão demográfica pelo aumento da
população.

Através das migrações, o estado consegue reivindicar o seu domínio, para lá das
suas fronteiras.

(Manuel Medina, 270)

A redução da força da expansão grega deve-se a diversos fatores, como: conflitos


internos e internacionais; maior desenvolvimento nos núcleos urbanos e surgem novos
polos de poder nas novas zonas gregas, o que torna a Grécia em desvantagem em
relação a estes novos polos poderosos.

Grécia:

 Geografia complexa;
 Diferentes culturas nos mesmos locais;
 Em termos de organização política, criaram a pólis – cidade-estado, original
forma de organização política – o que vai influenciar a organização política até
aos dias de hoje;
 Atenas e Esparta não são exemplos perfeitos de Pólis. No caso de Esparta, era
um reino com cerca de 5 mil Km2 e dividida em classes sociais. As duas
cidades exerciam um equilíbrio de poder;
 As ligas são um tipo de coligações de defesa. Ocorrem em momentos que os
gregos se sentem ameaçados;

12/11/2020

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Da afirmação grega à guerra do Peloponeso:
Na Grécia antiga, encontramos uma heterogeneidade entre as unidades políticas,
era uma hegemonia bipolar, para muitos autores, a Grécia antiga era uma
hegemonia bipolar, pois havia dois polos poderosos, soube expandir-se e, nessa
medida, ganha poder e influência, o que garante bem-estar da população.

Esparta era um reino, o poder estava muito centralizado.


Atenas, uma potência antagónica, detentora de uma frota naval, por conta da sua
localização geográfica e permitiu a Atenas exercer uma hegemonia.

Segundo Arnold Toynbee, o facto de haver duas mentalidades num só império


levou ao declínio helénico.
Apenas em alguns momentos é que Esparta e Atenas se unem, quando há uma
percepção comum de uma ameaça externa. Uniram-se e lutaram contra os
invasores. Foi por isso que os persas não conseguiram invadir a Grécia.

A Guerra do Peloponeso:

Donald Kagan, “As origens da guerra e a preservação da paz”


De 431 a 401 a.c.

Para alguns, a causa da guerra foi o desvio da atenção dos problemas internos
para o inimigo externos mas para outros, a verdadeira causa da Guerra do
Peloponeso, foi a luta hegemónica entre Esparta e Atenas.
A Pérsia tentou várias vezes invadir a Grécia, mas falhou redondamente, pois não
tinham maneira de lutar em terra e mar.
A história das relações internacionais da Grécia antiga, resume-se à rivalidade
entre Atenas e Esparta.
O conflito é explicado por muitos como: dois polos que querem o mesmo e que se
movem no mesmo sentido, pois querem o mesmo, a escassez ajuda-nos a perceber
a origem do conflito. Quando há um bem essencial escasso para muitos, vai haver
sempre conflito e guerra.
Teoria da inevitabilidade – a guerra era o resultado do crescimento Ateniense, da
ambição de expansão e do medo que inspirava a Esparta. Ambos os polos estavam
atrás do mesmo e só poderia resultar em choque.
Esparta vai criar a “Liga do Peloponeso”, em troca de segurança por parte da
capital.

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Também Atenas troca a segurança das zonas à volta, pela sua submissão militar, e
cria a “Liga de Delos”.
O Estoicismo defendia que a razão devia conduzir os nossos atos de maneira a
praticar o bem. Defende que devemos gerir aquilo que podemos controlar e
desvalorizar o que não podemos controlar. A razão domina a emoção.
Péricles era o Chefe de Atenas. Ele opta pela guerra, para desviar a atenção dos
próprios problemas.
Os historiadores acreditam que o sistema internacional particular da Grécia, ou
seja, a bipolaridade, levou ao desencadear da Guerra.

No fim da guerra, Esparta afirma-se no poder e Atenas começa a cair.

Outros autores também acham que a guerra surgiu por um problema armamentista,
ou seja, o medo de capacidade de destruição do outro, pois ambos estavam a
aperfeiçoar as suas armas.

A guerra Civil em Epidamno:

 Corinto e Corcira (uma antiga colónia de Corinto).


 Corcira era neutral aos problemas de Atenas e Esparta.
 Os Coríntios tinham uma certa mágoa de Corcira, pois estes tinham lutado
pela sua independência, e era um espaço com capacidades navais, o que
dava a Corinto uma influência maior.
 Corinto era uma espécie de porta de entrada para o mediterrâneo e era
também considerada uma potência económica.
 Corinto é um aliado de Esparta e Corcira um aliado de Atenas

Existiu uma tentativa, por parte de Atenas, de resolução pacífica, através de um


tribunal arbitrário, ou seja, encontrar alguns árbitros para resolver o assunto, mas
Esparta só aceitaria se Atenas acabasse com algumas sanções económicas a
algumas das unidades políticas que estavam dentro da influência Espartana.
A solução para este conflito, será inevitavelmente, o uso da força.
A guerra acontece, desempenhando a função de espalhar a supremacia de
Esparta.

13/11/2020

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A Guerra surgiu através de uma crise, num contexto de um conflito geral.

Há um critério que ajuda a perceber um conflito: a escassez, quando há um bem


escasso que todos desejam dominar ou possuir, inevitavelmente, vai resultar em
guerra.

Corinto- um lugar cosmopolita, pois era local de passagem entre o oriente e o


ocidente.

Corcira- conseguiu a sua independência de Corinto.

Ao tomarem parte nesta guerra, Corinto e Corcira são obrigados a envolver os seus
aliados: Esparta e Atenas, respetivamente.

Antes da guerra, existia um certo equilíbrio, resultante de um acordo conhecido como


“A Paz dos 30 Anos” – um compromisso entre as duas ligas, assinado em 445 a.C., e
que previa o reconhecimento de ambas as áreas de influência. Neste acordo, ficou
também decidido que nenhum membro de ambas as ligas, estava impedido de trocar
de aliados. Este acordo apenas dura 12 anos, porque surge a guerra.

Na Grécia Antiga, existia uma pluralidade cultural, ou seja, não existia uma cultura
que agregasse toda a Grécia.

Atenas cobrava impostos aos seus aliados, em troca da sua segurança.

A paixão pela honra levou ao despoletar da guerra, por parte dos Espartanos, que
olhavam com desequilíbrio para Atenas, tendo em conta a sua facilidade de
mobilização.

Roma- cidade e império (27 a.C. – 395 d.C.)

Para muitos historiadores, antes do no 27 a.C., o império romano era uma república.

Em 395, o Império romano sofre uma divisão: o império romano no oriente e o


império romano do ocidente.

O Império Romano do ocidente apenas durou 100 anos, devido à invasão dos
Bárbaros.

No início, Roma era uma cidade-estado, mas a partir do século IV a.c., torna-se uma
potência hegemónica na Itália central.

Roma começou por utilizar a guerra, de um modo defensivo, mas à medida que se
vai desenvolvendo, torna-se atrativa para outros povos e começa a necessitar de se
defender das ameaças de invasão por parte dos ouros povos.

Quando Roma exerce a hegemonia na Itália, sente necessidade de defender,


sobretudo o litoral.

Na medida que Roma se expande, vai se interessando por outros espaços e


principalmente pela ilha da Sicília. Cartago (norte de África) e Roma envolvem-se num
conflito e tornam-se rivais nesta parte do mediterrâneo.

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Quando Roma chega à Grécia, a expansão romana acelera. Os romanos vão querer
apropriar-se da cultura e instituições gregas, pois já era bastante desenvolvida.

Boa parte do mundo é influenciada pela cultura greco-romana.

19/11/2020

Roma passa de cidade-estado para potência hegemónica na Itália Central (Século IV


aC). Durante vários séculos expandiu-se por uma extensão territorial contínua ao
longo da Europa, Norte de África e Médio Oriente.

O modelo utilizado por Roma para a formação do seu império é bastante original:

 Na península itálica, a maior parte das guerras travadas por Roma eram de

caráter defensivo;

 Quando Roma consegue exercer a hegemonia sobre a Itália vê-se obrigada a

proteger o litoral dos piratas e das invasões sucessivas;

 Roma interessa-se pela Sicília. Cartago vê Roma como inimiga e ambas

lutam pela hegemonia no Mediterrâneo;

 Os estados helénicos pedem ajuda a Roma para fazer frente a Macedónia.

A expansão de Roma pelo Mediterrâneo e pelo Oriente responde mais aos

seus interesses hegemónicos. Assim, deste modo, depois da conquista da

Grécia surge em Roma uma concepção imperial que substitui a Republica;

 A extensão do Império Romano (uma boa parte da Ásia, Norte de África, e

todas as regiões da Europa a sul do Danúbio e a ocidente do Reno)

 Estabilidade interna e Unidade (Língua, Cultura, Ordem, Segurança)

 Facilidade do Comércio e das Comunicações

20/11/2020

Continuação do estudo sobre o Império Romano:

Roma ainda não é oficialmente um império, até aos anos 20 d.C.

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Poder- é uma relação entre, pelo menos, duas partes. Para alguns autores é uma
relação de tipo psicológica. Nesta relação, quem exerce o poder, conta com recursos
valorizados, consoante os tempos. O poder é a capacidade de influenciar as decisões
dos outros, para proveito próprio.

Quando Roma chega à região mais ocidente do mediterrâneo, surgem desafios ao


poder. Roma tem de garantir a instrumentalização dos recursos de poder, para que a
sua influência seja mantida.

O início da expansão romana não foi propositado. A primeira preocupação foi


garantir a segurança e defesa das suas fronteiras. Existem problemas jurídicos, que
foram sendo resolvidos. Adotaram normas que facilitam e garantem a integridade do
império.
Estoicismo greco-romano: quando Roma chega à Grécia, encontraram uma cultura
mais desenvolvida e adotaram tudo o que era útil e melhor.

Os aliados de Esparta e de Atenas pagavam impostos em troca de segurança. Atenas


cresceu muito graças a esses pagamentos.

Roma não vai impor logo um único modelo, do ponto de vista cultural. No início
contenta-se com o respeito pelas culturas locais.A certo ponto, os romanos vão
estandardizar a moeda como modelo de troca. O comércio vai prosperar enquanto os
romanos conseguem manter os piratas longe das rotas de comercio.

A educação também é instrumentalizada como a ideia de um destino comum de


todos os cidadãos que vivem em Roma.

Quando os problemas começam, é o início do fim do Império Romano.

A facilidade das comunicações uniu os povos e facilitaram o comércio.

A queda do Império Romano:

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No ano 395, dá-se o início da queda do Império Romano, começando pelo império
Romano do oriente. Roma vai perdendo poder ao não conseguir influenciar as
decisões alheias.Em 476, dá-se a queda do império Romano do ocidente.

Causas externas:

 A impossibilidade de garantir a defesa das fonteiras, por parte dos bárbaros

(otomanos);

 Estavam menos desenvolvidos, e eram desconhecidos;

 Os Otomanos chegam, ocupam e se estabelecem através de reinos,

etc;

 Diversos povos bárbaros seguiram o mesmo caminho dos otomanos;

 Os francos vão adotar instituições e normas dos romanos;

Causas internas:

 Redução da população, através da fome e epidemias, que tinham grandes

impactos na sociedade;

 Falta de vontade de ter filhos.

 Oscilação do valor da moeda;

 Decadência da classe média através dos impostos:

 A classe média são os comerciantes e quanto mais os impostos

sobem, mais empobrecida se torna a classe.

 Insegurança:

 Assaltos constantes, devido ao empobrecimento das classes mais

pobres;

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 O sistema mantém-se altamente burocrático, enquanto as populações

empobrecem;

 Crise moral:

 Já ninguém mantém os valores humanos.

 A moral é aquela que dita, pela razão, as boas e más ações.

 Se não há valores e uma tensão enorme, inicia-se uma crise moral.

 Os valores ajudam a sustentar o lado espiritual do homem.

As unidades que se estabelecem no império Romano do Ocidente, dão origem ao


feudalismo e que expande ao oriente, e vai ser levada às colónias.

Imperador Diocleciano- cria a cidade de Bizâncio e o Império Bizantino.

A cidade de Bizâncio -é um deslocamento do centro de gravidade de Roma para


leste, inicialmente nomeada de bizâncio e mais tarde Constantinopla. Bizâncio vai
introduzir o cristianismo na europa ocidental.

Imperador Constantino, 330 – inaugura a cidade de Constantinopla: uma segunda


Roma que reproduz as instituições romanas.

Constantinopla vai ser fortificada pelo Imperador Teodósio:

 O império vai tender mais para o oriente. A própria religião vai sofrer uma
adaptação à centralidade do Leste: cristianismo ortodoxo.
 O império Bizantino começa em 395 e dura até 1453, até os Otomanos
invadirem Constantinopla.

Do lado ocidental, o império acaba no ano de 476 e, no seu lugar aparecem os


reinos. Do lado oriental, inicia-se o Império Islâmico, em 622, com a missão de
espalhar a palavra de Alá. A partir do século V, podemos constatar um dinamismo
político no império Carolino.

A expansão do Islamismo:

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Maomé não foi o autor da expansão, mas sim o motivador.Em 632, o império
islâmico divide-se em diversos grupos:

 Sunitas – Arábia saudita e aliados.


 Como líder espiritual, vão seguir a mulher de Maomé.

 Xiitas –
 liderança espiritual é atribuída ao genro de Maomé.

26/11/2020

Os Cruzados vão fazer recuar o islão na península ibérica.

Conquistam a península ibérica, o Norte de África e península arábica.

Bizâncio dá ao futuro islâmico a partir da sua grande tradição cultural. Existem


trocas, não só comerciais, mas também culturais e de fundamentos, principalmente
religiosas.

A península arábica deve ser vista como um espaço disfuncional que existia no
ocidente: tribos dispersas, no meio do deserto.

 Assim, existe a tentação de outros povos tentarem ocupar o território que tinha
lacunas de poder.
 Do ponto de vista do comercio internacional, a península arábica tinha um papel
muito importante nas relações entre o Egipto e a Ásia Central, desde a Síria e a
Palestina.
 Maomé aparece em 570 e morre em 632. Vinha de uma família pobre e
casou-se com uma viúva rica. Desenvolveu o Islão.
 Islão – entrega a Deus.
o O islão foi sofrendo diversas multiplicações para diversos grupos
religiosos.
o Juntou elementos judaico-cristãos e pagãos.
o Os muçulmanos têm um espírito coletivo forte e creem que têm
o dever de difundir a palavra de Alá, seja de um modo pacífico
ou até violento.
o São um povo extremamente religioso, com uma espiritualidade
acrescida, marcado pela sua própria geografia.

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o A organização criada por Maomé era baseada na fé. Não deixou
normas de sucessão, e, a partir de aí, é criada uma divergência
que dura até aos dias de hoje (entre os sunitas e os Xiitas).
o Os sucessores de Maomé concentram os poderes religioso, civil
e militar. O povo deve-lhes obediência quase absoluta.

27/11/2020

O império Carolíngio é um conjunto de unidades políticas dispersas.

Tratado de Verdún (843)- Divide o império Carolíngio em 3 partes, o fim do império


Carolíngio dá-se com a dinastia Capetíngia, e com o nascimento da França
propriamente dita.

A expansão Ultramarina:

No Século XVII os europeus vão ocupar a maior parte da costa da América do


Sul. Portugal e Espanha tornam-se os donos do mundo.

 Principais motivações (existem motivações comuns e individuais):


 Comuns- Ocorrem como um imperativo da igreja de Roma ,o papa
tornou-se a figura que legitima o poder espiritual e terreno.
o É aqui que encontramos a fonte de legitimidade da expansão
ultramarina.
o Os europeus que chegam à américa do Sul creem que estão a
cumprir um dever moral de espalhar o catolicismo pelo mundo
e angariar mais fiéis.
 Espanha:
o Motivação mais política, própria de uma coroa Castelhana.
 Portugal:

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o Motivações mercantis, próprio de um povo descendente de
judeus.

A expansão do islamismo- vai empurrar os bizantinos a encontrar novas rotas


de comércio alternativas. Os povos do ocidente vão encontrando mais
obstáculos às rotas comerciais e são obrigados a encontrar novos caminhos de
comércio. Fazem com que Florença e Nápoles se tornem cidades importantes
para o comércio. São estas cidades italianas que vão financiar as expansões
ultramarina.

Depois de Portugal e Espanha, outros povos da Europa vão partir à descoberta


de novos territórios por via marítima.

Os vínculos que se estabelecem entre Portugal e Espanha e os seus


respetivos territórios coloniais:

 Espanha: vínculo mais absolutista.


o As atividades económicas eram desempenhados por
funcionários públicos que devem render contas exclusivamente
ao rei.
o Os vínculos entre Espanha e a suas colónias eram mais
verticais: os subsidiários servem contas aos soberanos.
o Isto provocou um certo constrangimento às relações horizontais:
as colónias espanholas não interagiam muito entre elas. Não se
desenvolveram vínculos fortes entre as colónias, o que marcou
profundamente os estados daquela região, apesar da mesma
história e religião.
o Do ponto de vista administrativo, vão repartir os territórios em
Vice-reinados e Capitanias Gerais.
 Portugal: vínculo mais liberal.
o Portugal é mais organizado em termos jurídicos, políticos e
indenitários.
o O português tem conseguido manter-se unidos, o que nos tem
salvaguardado desde o séc. XII.
o Apesar de tudo, foi preciso aliarem-se aos ingleses para
conseguirem manter-se íntegro, do ponto de vista territorial.

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o Portugal estava muito vinculado à igreja e, quando chega ao
Brasil
o Aplica métodos mais flexíveis, ou seja, deixa mais poder de
decisão aos colonos e dá mais abertura para criar vínculos entre
os territórios adquiridos.
o Estratégia da mestiçagem: misturam-se as populações e,
aos poucos, vão marcando presença nos territórios
inacessíveis aos portugueses.
o Tudo isto facilitou a consolidação de um Império.

2 Parte do Semestre
4/12/2020

As guerras religiosas na Europa do século XVII

Apesar de já ter ocorrido a primeira grande ruptura na unidade do cristianismo: o


cisma do Oriente, em 1054, quase reproduzindo a divisão do Império romano
ristandade medieval, sob o domínio do Papa de Roma.

Constantinopla, Kiev e Moscovo são sedes da igreja ortodoxa do oriente.

Mas no séc. XVI grandes divisões afetaram a unidade do cristianismo ocidental.


Henrique VIII rompe com a igreja ortodoxa na Inglaterra, pois queria divorciar-se e
voltar a casar, mas o papa não deixou e ele rebelou-se contra a religião e cria a
igreja Anglicana, onde o rei é o chefe da igreja.
Em 1517, Martinho Lutero inicia a reforma protestante. Esta já é importante em
termos doutrinais. 95 teses são afixadas na porta de uma catedral alemã.

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Pouco depois, o francês João Calvino (1509-1564) lança uma variante da
Reforma luterana, a partir de Genebra, na Suíça
A sua mensagem espalha-se para além da Suíça, na Holanda, na África do Sul
(os africânderes), na Inglaterra, na Escócia e nos Estados Unidos Com influência
na ética protestante e no espírito do capitalismo (puritanismo)
João Calvino, cria o calvinismo. É uma variante do Luteranismo, mas tem uma
característica própria – é influenciado pelo espírito do capitalismo.

A geografia das reformas na europa do séc. XVI:

 Cristianismo ortodoxo – império otomano e russia;


 Catolicismo – de Portugal à polónia;
 Protestantismo:
 Anglicanos – Inglaterra;
 Calvinismo – escócia e algumas regiões do norte da europa;
 Luteranismo – norte da europa e Escandinávia.

As Reformas protestantes desencadeiam forte conflitualidade no coração do


continente europeu.

Em 1618, em Praga dá-se um célebre incidente em que são atirados pela janela
representantes do Imperador romano germânico.

A Defenestração de Praga assinala o início da Guerra dos 30 anos.

A guerra dos 30 anos teve início em Praga – capital importante do protestantismo


onde o imperador romano-germânico é atirado da janela.

Guerra dos 30 anos (1618-1648)

Desenvolve-se no espaço do sacro império romano-germânico.


Sefarditas – norte da europa, judaicos expulsos da península ibérica.
As três grandes dimensões do conflito:

 Foi certamente uma guerra religiosa (católicos contra protestantes);


 Mas também foi (sobretudo?) uma guerra entre as potências europeias da
época (Sacro Império, Prússia, França, Suécia, Holanda);

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 E uma rebelião dos Príncipes alemães contra o Imperador do Sacro Império
Romano-Germânico;

No centro do conflito estava o Imperador católico, detentor de parte da herança de


Carlos V.

Os limites do Sacro Império Romano-Germânico (domínio da dinastia dos


Habsburgos ou Casa de Áustria).
Nesta altura há uma grande hegemonia dos reinos que regulam as potências
europeias. Dominavam por heranças.
Carlos V era imperador de Espanha. Dominavam também o sul de Itália, a
Flandres e a ilha de Córsega.
Viena era a capital do império Sacro Germânico. Existe um poder imperial nesta
zona, compatível com a multiplicidade de unidades políticas que vivem sob
influência de Viena.
Quando Carlos V morre, deixa o império ao seu herdeiro Filipe I. O seu irmão
Fernando II vai tomar conta do sacro império romano-germânico.
Nesta guerra, temos duas partes: de um lado, Luis XIII da frança e o cardial
francês Richelieu (católicos) e o Rei da suécia Gustavo Adolfo II (luterano); do outro
lado temos o Imperador católico Fernando II (Habsburgos - católico).
Teoricamente, sendo católica, a frança devia estar do lado do seu imperador, mas
lutam para salvaguardar o seu
Há uma fragmentação de unidades políticas porque são pequenos territórios
autónomos, imperiais, dioceses, etc.

Ao mesmo tempo que se dá esta rebelião dos príncipes alemães, existem


conflitos internos do Sacro império Romano-germânico. Esta rebelião dos príncipes
alemães vai trazer consequências:

 Os príncipes tinham grande autonomia, mas certas instituições eram superiores


aos mesmos. Descontentes com isso, rebelam-se contra o imperador sobre os
processos locais.

A Suécia entra no conflito para se afirmar como potência europeia, entrando pelo
mar báltico, invadindo a Europa do Norte para enfraquecer o império.
Cantões helvéticos (Suíça) entram também neste conflito, ao lado dos franceses.
Raison d’État – agir em nome do seu estado.
Puritanismo – concepção da fé cristã desenvolvida na Inglaterra por uma
comunidade de protestantes radicais depois da reforma. Pode ser uma teoria tanto
política como religiosa.

19
“A entrada da Suécia no conflito explica-se em grande parte pela vontade de se
afirmar como potência europeia, tentando enfraquecer o Império germânico e
expandir a sua influência ao conjunto da Escandinávia, ao Báltico e ao norte da
Europa. As Províncias Unidas da Flandres, onde o calvinismo era maioritário e
que se tinham emancipado da dominação espanhola, intervieram na guerra, como
também a Boémia e mais tarde a Dinamarca. A poderosa intervenção francesa,
aliada à Suécia, aos cantões helvéticos e a alguns Estados italianos, explica-se
pela sua intenção de afrontar a hegemonia do Império Romano-Germânico e da
Espanha e de conquistar a posi

ção de primeira potência europeia. O Cardeal Richelieu, primeiro-ministro de


Luís XIII, personificou esta ambição e, em nome da Raison d’État, não hesitou em
lutar contra os seus correligionários católicos, mostrando que os interesses do
Estado superavam as solidariedades religiosas”.

11/12/2020

A Paz de Vestefália

O imperador do Sacro Império era investido por sucessão dinástica ou era eleito?

Formalmente o Imperador era eleito, havendo mesmo um número de grandes


eleitores dotados de prerrogativas especiais, três eclesiásticos (os arcebispos de
Mainz, Trier e Colónia) e quatro príncipes civis (o rei da Boémia, o Conde Palatino
do Reno, o duque da Saxónia e o Margrave do Brandenburgo).

Qualquer dignitário poderia candidatar-se a imperador, na prática, porém, desde o


século XV, a Casa de Áustria, ou seja, os Habsburgos, conseguiram sempre ser
eleitos.

Sendo governada pela dinastia dos Habsburgos, a Espanha não interveio na Guerra
dos 30 anos?

Logicamente, a Espanha, juntamente com a Baviera (também católica), apoiou em


permanência o Imperador, com maior ou menor intensidade. Por outro lado, a
França do Cardeal Richelieu declarou guerra à Áustria e à Espanha. Além disso,
desde o século XVI a Espanha enfrentou uma prolongada guerra contra as
Províncias Unidas (Holanda) que se emanciparam do domínio espanhol (ver à
frente a referência à Guerra dos 80 anos).

20
Recordando: A GUERRA DOS 30 ANOS

 Lutas entre católicos e protestantes;


 Rebelião dos Príncipes germânicos contra o Imperador;
 Confronto entre as grandes potências da época: Áustria, França, Suécia,
Holanda… ;
 Rivalidades entre dinastias: Bourbons contra Habsburgos;

Dados geopolítica da época (século XVII )

 Rivalidades entre potências e instrumentalização das doutrinas religiosas;


 Alemanha fragmentada com numerosos príncipes luteranos, mas com Sacro
Império sob hegemonia austro-húngara (católica);
 França forte – católica;
 Suécia ascendente – luterana;
 Os Países baixos em luta contra a Espanha pela sua autonomia;

Após um período de grande devastação da Europa

Com graves consequências demográficas (diversas regiões chegam a perder


metade da sua população):

 E económicas (fomes e carestias);


 A situação militar força o Imperador a propor tratados de paz;

Paz de Vestefália

Dois tratados com textos semelhantes, assinados em duas cidades Alemãs


diferentes.

De um lado o Imperador Fernando III do Sacro Império Romano Germânico do


outro lado, em Münster, o Rei Luís XIV de França (católico) e em Osnabrück, a
Rainha Cristina da Suécia (protestante).

21
Assinatura do Tratado de Münster

Um célebre quadro: Banquete da guarda civil festejando em Amsterdão o Tratado


de Münster

Conteúdo dos Tratados

“Decidiram o fim da guerra pondo termo ao conflito religioso. Ordenaram a


cessação das hostilidades com precisas instruções às chefias militares, decretaram
uma amnistia geral de todas as anteriores infracções e perturbações, regularam as
restituições e a redistribuição dos bens materiais em conformidade com as novas
partilhas de poder e proclamaram solenemente o estabelecimento de “uma paz
cristã, universal e perpétua. ”

“Ficava doravante defendida a liberdade de consciência em matéria religiosa e


ninguém poderia ser perseguido pelas suas convicções. Cada um dos príncipes
optaria livremente entre a tradicional fé cristã e o luteranismo ou o calvinismo e –
questão fundamental – essa opção vincularia os habitantes do respectivo território,
de acordo com o princípio cuius regio, eius religio. De algum modo, o poder político
passaria a determinar a confissão dominante na área da sua jurisdição. Mas os seus
súbditos, no caso de discordarem, tinham uma faculdade: a de emigrarem para as
zonas onde dominava a sua própria confissão. ”

“Os Tratados de Vestefália contêm ainda um grande número de disposições


relativas aos arranjos territoriais ditados pela correlação de forças resultante do
prolongado conflito. Aí assistimos ao habitual jogo das potências: a guerra tinha
então como consequência natural a expansão geográfica do vencedor e a retracção
territorial do vencido. Assim, o Imperador e a Casa de Áustria cedem à França um
certo número de bispados (Metz, Toul, Verdun...), de cidades livres, burgos, castelos,
minas, pastagens... e de regiões como a Alsácia. Pelo seu lado, a rainha da Suécia
obteve significativos ganhos territoriais, com relevo para uma parte da Pomerânia,
mas também a cidade e o porto de Wismar, o arcebispado de Bremen e a cidade de
Wilshofen e assim por diante. Como se vê, tudo em detrimento do Sacro Império”.

Consequências políticas da Paz de Vestefália

“É evidente que a Paz de Vestefália representou uma vitória dos Bourbons contra
os Habsburgos. Os primeiros, ocupando o trono da França, conseguiram a aliança

22
da Suécia para se oporem à tentativa dos segundos de dominarem a Europa, com
um pé em Viena e outro em Madrid, fazendo coincidir as fronteiras da cristandade
com a hegemonia da Casa de Áustria. Ocorreu assim uma mutação geopolítica, com
vantagem para os países nórdicos e ocidentais (Suécia, Inglaterra, Holanda, França,
Suíça), em detrimento do eixo centro-sul, justamente Viena-Madrid”.

Europa após guerra ( 1648 )

 Grande império Otomano - grande potência.


 Império Russo alargou-se.
 Suécia foi para o norte de Itália - expansão.
 Sacro-império - grandes províncias.
 Itália repartida.

Principais beneficiados da paz de Vestefália

Reforço político e expansão territorial da França de Luís XIV, consolidando a sua


posição de potência de primeira grandeza;

Posição estratégica da Suécia que alarga a sua influência no norte da Europa e


adquire importante controlo no Mar Báltico;

Outra consequência dos Tratados de Paz

A região alemã do Brandeburgo reforça a sua posição territorial, proporcionando


pouco depois a emergência do Reino da Prússia, governado pela Casa dos
Hohenzollern, núcleo do futuro Império alemão (II Reich)

A emergência de duas Repúblicas: Províncias Unidas (Holanda) e Suíça

O caso especial da Holanda

Depois de uma guerra de 80 anos, as Províncias Unidas dos Países Baixos


libertaram-se do domínio do Império espanhol

Velásquez, que participou nesta batalha, pintou a “Rendição de Breda”, de 1634

Em consequência:

23
A República das Sete Províncias Unidas dos Países Baixos inaugurou um ciclo
hegemónico, tornando-se uma das maiores potências navais e económicas do séc.
XVII, alargando os seus domínios desde o Continente americano até às Índias
Orientais (actual Indonésia)

O século XVII, “ século do ouro “ da Holanda

 “Rapariga do brinco de pérola “ - Vermeer


 Palácio real da Praça de Amesterdão
 Anatomia – Rembrandt

1648
Após Vestefália

Como vemos, os Tratados de Münster e Osnabrück assinalaram um importante


exercício de negociação multilateral, com influência no futuro da Europa

E ajudaram a configurar politicamente o futuro do Continente europeu

Com frequência surge a expressão “sistema vestefaliano” e muitas vezes se


refere Vestefália como estando na origem do sistema de Estados modernos na
Europa

Esta tese é discutível: o mapa político da Europa é ainda muito pulverizado e os


Estados modernos resultarão da revolução industrial na Inglaterra do séc. XVIII e da
revolução francesa de 1789.

17/12/2020

A Revolução Francesa, Napoleão Bonaparte

Guerra dos
Trinta Anos
Tratado Concílio de
Tordesilhas Trento União Ibérica (1618-1648)

1415 1494 1500 (1545-1563) (1580-1640)

Erasmo (1466-1536) Jean Bodin (1530-1596)


Thomas More (1478-1535) Niccolo Machiavelli (1469-1527) 24
Francisco de Vitória (1483-1512) Hugo Grócio (1583-1645)

Martin Luthero (1483-1546) Thomas Hobbes (1588-1679)


Vai ser com o Cardeal Richelieu (1624-1642) que a França restabelece a sua
unidade interior (protestantes vs. católicos) e enfrentará a Espanha. Para isso foi
fundamental a utilização da doutrina (maquiavélica) do Interesse do Estado,
herdeira da concepção da Razão de Estado. (Medina, 520) ~
A França de Luis XIV não tinha inimigos importantes que lhe impedissem
consolidar a sua hegemonia na Europa, com a excepção das Províncias Unidas
(Países Baixos) e Inglaterra (Guilherme III de Orange-Nassau e as sociedades
mercantis).
Com a Guerra de Sucessão Espanhola (1702-1714), e depois da morte do último
rei da Casa Habsburgo, Carlos II, sem deixar herdeiros, inicia-se o reinado dos
Bourbon na Espanha com Filipe V (neto de Luis XIV de França).

A partir de 1702 …

Inglaterra Países Baixos França


Áustria Portugal Espanha
Entretanto no outro lado do Atlântico:

 1775 Início da luta pela independência das treze colónias inglesas


 1776 Declaração da independência dos Estados Unidos

A Revolução Francesa (1789-1799)-Fim da Idade Moderna e inicio da Idade


Contemporânea

“A Revolução destruiu tudo aquilo que na antiga sociedade procedia da


aristocracia e do feudalismo” (Alexis de Tocqueville)
No século XVIII a burguesia estava à frente das finanças, do comércio, da
indústria. Mas a aristocracia continuava com os mesmos privilégios de classe.
“A medida que as artes, a indústria e o comércio enriquecem à classe dos
trabalhadores, do povo, empobrecem os grandes proprietários de terras e as
classes sociais aproximam-se através do poder económico que possuem”
(Antoine Barnave)
As ideias de liberdade e igualdade passam a dominar o espírito daqueles
tempos.

25
Iluminismo (XVII, XVIII)
Corrente de pensamento centrado nos ideais de liberdade (de pensamento), de
emancipação, progresso e razão. Destaca-se John Locke (1632-1704) – Filósofo
Inglês que salienta as liberdades cívicas, liberdade política, democracia
representativa num Estado de direito e a liberdade económica.
Numa perspectiva sociopolítica pode ser considerado o período entre o fim da
Guerra dos Trinta Anos (1648) até ao final da Revolução Francesa (1789).

Napoleão Bonaparte (1769- 1821) foi imperador da França entre 1804 e 1814,
1815
18/12/2020 e 8/01/2021
Congresso de Viena, a Santa Aliança

26
O Congresso de Viena de 1815

Reunião diplomática que pôs termo à longa guerra travada entre a França
napoleónica e as outras nações, o congresso de Viena foi talvez o acontecimento
mais notável do século XIX, procurando estabelecer um novo equilíbrio europeu e
assegurar a paz entre as grandes potências. Oficialmente aberto em 1-11-1814, o
tratado geral só veio a ser assinado a 9- 6-1815 pelos delegados da Áustria,
Espanha, França, Inglaterra, Portugal, Prússia, Rússia, Suécia e Noruega.
Contavam-se entre os pontos tratados a partilha da Polónia entre a Áustria,
Prússia e Rússia, o estatuto da Confederação Germânica; a definição das
fronteiras da Bélgica, dos Países Baixos e do Luxemburgo; a neutralidade da
Confederação Helvética, etc. No lugar do Sacro Império Romano-Germânico,
composto por 350 Estados, é criada a Confederação Germânica, composta por
apenas 39 Estados. Dentro desta, o Império Austríaco e, acima de tudo, a
Prússia, aumentam os seus territórios e a sua influência. A Prússia recebe uma
parte do Saxe e a quase totalidade da Renânia. A Áustria passa a marcar
presença nos Balcãs e na Itália… Foi decidido que Olivença seria devolvida a
Portugal, comprometendo-se os delegados a insistir com a Espanha para o
cumprimento dessa cláusula – o que nunca chegou a efectuar-se.
A nova carta geográfica da Europa viria a conhecer alguns ajustes impostos
pelos condicionalismos da vida política do século XIX. Apesar de tudo, três
princípios do Congresso de Viena conseguiram manter-se no quadro das relações
internacionais: os que respeitam à neutralidade da Suíça; o da livre navegação
dos grandes rios e o papel dos agentes diplomáticos, que eram considerados
«parte integrante» das decisões do Congresso. Este encontra-se na origem da
formação de novos blocos políticos: a França e a Inglaterra, por um lado, e a
Rússia, a Alemanha e a Áustria, por outro.

Os tratados
Como forma de resistência ao princípio de ordem e unidade imposto por
Napoleão à Europa, os governantes europeus constituíram alianças com o
objectivo de derrotar a França:

 Tratado de Chaumont, de Março de 1814- Aliança militar entre a


GrãBretanha, Áustria, Prússia e Rússia com o objectivo de derrotar
Napoleão e redefinir geográfica e politicamente a Europa. A aliança teria
a duração de vinte anos.
 Tratado de Paris, de Maio de 181- Pelo Primeiro Tratado de Paris, as
fronteiras da França voltaram à situação de 1792, perdendo assim a
Bélgica e a margem esquerda do Reno, que havia mantido durante mais
de vinte anos. A França perdia ainda diversas possessões coloniais.
 Tratado de Viena, de Junho de 1815- Resultou do Congresso de Viena,
que reuniu praticamente todos os Estados europeus, antes da batalha de
Waterloo. As decisões mais importantes foram adoptadas pelas cinco

27
Grande Potências. Define-se um novo mapa e uma nova ordem na
Europa.
 Tratado de Paris, de Junho de 1815- Assinado após a derrota de
Napoleão em Waterloo, alterou as fronteiras da França das de 1792 para
as de 1790. A França perde assim outros territórios e pontos estratégicos
na fronteira do nordeste. Pelo Segundo Tratado de Paris, a França passa
a ser ocupada militarmente por forças estrangeiras até 1818, e passa
também a ter de pagar uma indemnização elevada.
 Tratado da Santa Aliança, de Setembro de 1815- Assinado pela Rússia,
Áustria e Prússia. Propõe a criação de uma aliança de carácter geral,
baseada nos laços fraternais que unem todos os homens, e que garanta
assistência e ajuda, em todos os momentos e lugares.
 Tratado da Quádrupla Aliança, de Novembro de 1815- Assinado
secretamente entre a Rússia, a Inglaterra, a Áustria e a Prússia contra a
França. Prevê uma acção imediata no caso de Napoleão voltar a ocupar
o trono e ainda uma consulta no caso de a revolução voltar a manifestar-
se na França.

O directório

O documento final do Congresso de Viena não incluía nenhuma garantia quanto


à manutenção do novo statu quo, nem sobre a paz no futuro. Nesse sentido
surgem duas propostas. Uma, inspirada por Alexandre I, desejava criar uma
aliança de carácter geral, sem obrigações definidas e baseada em pressupostos
morais e religiosos. A segunda, inspirada por Castlereagh, tinha como objectivo
um pacto que garantisse a paz geral, com medidas concretas.

O tratado da Santa Aliança, de Setembro de 1815, reflectia as aspirações do


czar. A Santa Aliança estava destinada, assim, a assegurar a ordem territorial da
Europa do Congresso de Viena. Para tal definia uma fronteira ideológica baseada
na fraternidade dos soberanos que se diziam delegados pela Providência para
governar.

Pouco depois, a Santa Aliança foi substituída pela Quádrupla Aliança, resultado
do Tratado de Novembro de 1815, assinado secretamente entre a Rússia, a
Inglaterra, a Áustria e a Prússia contra a França, e que representa o triunfo das
aspirações britânicas. Esta era uma aliança mais eficaz, prevendo uma acção

28
imediata no caso de Napoleão voltar a ocupar o trono, e previa ainda uma
consulta no caso de a revolução voltar a manifestar-se em França.

A Europa dos Congressos

Congresso de Aix-La-Chapelle, 1818- O Czar Alexandre I propões uma união


geral para a protecção dos governos contra as revoluções. Os ingleses e
austríacos opõem-se..

Congresso de Troppau e Laibach, 1820-21- O Czar Alexandre I persuade os


governos da Áustria e Prússia a juntarem-se-lhe no combate às revoluções
liberais (Espanha, Portugal, Nápoles, Piemonte). Os ingleses insistem em que
instituir um sistema de intervenção nos assuntos internos de outros Estados era
algo impraticável. Em Março de 1821, as tropas austríacas entraram em Nápoles
e no Piemonte.

Congresso de Verona, 1822- O Congresso designa a França a missão de invadir


a Espanha, de abolir a Constituição de Cádis e restaurar o rei Fernando VII. Os
ingleses abandonam o congresso.

8/01/2021 e 15/01/2021

O congresso de Viena vai encerrar o capítulo da Europa napoleónica (foi uma


tentativa de ajustamento de fronteiras determinadas mais pelos interesses de
Napoleão Bonaparte e uma Europa que assegurava os interesses de outros governos,
nomeadamente daqueles que são potências mais conservadoras ou defensoras de um
estado anterior à emergência e a consolidação de poder de Napoleão Bonaparte).
As guerras contra Napoleão: guerras contra um espírito mais próprio de uma
revolução, como a revolução francesa que se confunde muitas vezes com a estratégia
política do próprio Napoleão).
Para contrariar esta tendência que vai criar uma Europa napoleónica, aparece o
“concerto europeu”: conjunto de estados que vão resistir e tentar recuperar aquilo que
existia em termos de ordem antes do aparecido de Napoleão.
Mas apesar do esforço da santa aliança, para voltar ao passado, ou seja, o antigo
regime, o sistema europeu de estados vai se tornar num sistema que já não é mais
europeu. A partir da independência dos EUA, o sistema europeu, que se confundia
com o sistema mundial por ser dominante, vai se transformar num sistema Europeu e
ao mesmo tempo americano que irá partilhar uma civilização cristã e dentro do
continente americano de forma paralela assistimos ao aparecimento de duas
tendências em termos de organização política dos continentes. Uma delas é marcada
pela hegemonia dos EUA (vamos estudar isto mais tarde no curso).

29
E outra é o bolivarianismo: faz referência ao pensamento do “libertador” das
Américas: Simon bolívar.
Este vai propor uma outra solução em termos de organização política do continente:
A América Latina que era colónia de Portugal e Espanha, terá uma integração destes
territórios, sem contar com os EUA.
As duas tendências têm uma relação de força (e muitas vezes antagónico, por serem
contrárias vão determinar ao longo da história do continente americano momentos de
muita tenção e crise).

 Congresso de Viena (os 5 estados dominantes são Rússia, Prússia, Áustria,


Inglaterra e França)
 Propõe um novo mapa europeu (nova carta geográfica e como estava feita a
nova divisão do mundo)
 Os princípios condutores da definição deste novo mapa é: 1. Preservar o
equilíbrio territorial entre as grandes potências, nomeadamente a Áustria,
Prússia, Rússia e Inglaterra e França (sem Napoleão). 2. Contenção da França
de maneira a não desestabilizar a ordem, de maneira a que isto seja uma base
frente ao ressurgimento do seu belicismo.
 Este mapa “artificial” - não é natural do ponto de vista dos acidentes
geográficos- com fronteiras não geográficas, mas de interesses dos estados,
vai se estabelecer em detrimento de algumas aspirações de povos que estão
contidos ou nações (se falamos de nações temos de seguir um conceito mais
contemporâneo) que partilham um passado histórico muito próprio. Este mapa
não vai levar em conta as aspirações/sentimentos nacionalistas que existem de
grupos que partilham a mesma religião (cristãos, muçulmanos, cristãos
ortodoxos...) - estes grupos querem se tornar autónomos/independentes
nomeadamente a Alemanha e também a Itália.
 Esta Europa artificial que se cria é definida pelos interesses das potências
dominantes e n vai levar em conta as aspirações nacionalistas que existem
dentro da Europa. Isto a longo prazo vai minar essa ordem estabelecida.
 Tratado de Viena- não existe nenhum momento com adoção de regras, algum
compromisso, que possa prever a proibição do uso da força.

Diretório: fator de ordem ou instrumento da política internacional.


Durante o congresso de Viena há dois modelos, que se impõe:

 Modelo russo, inspirado pelo czar Alexandre I - expressa-se através de uma


inspiração do governo russo de formar, entre as grandes potências, uma
aliança- de caráter geral, sem obrigações e baseada em propostos moral e

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religiosos. Neste compromisso, não há o assumir por parte das potências de
algum compromisso em relação a conflitos.
 Modelo inglês, inspirado por Castlereagh que tem como objetivo um acordo
prático. Este pacto é de garantia pelo qual as potências vencedoras deverão
adotar medidas concretas para garantir a paz geral. Os ingleses propõem que,
sempre que a paz esteja ameaça, deve haver negociações.

Estes dois modelos refletem diferenças entre as políticas russas e inglesas, refletem
diferenças entre as inspirações de ambas.
O czar (Rússia) exige o direto da Europa de manter a paz exterior e interior da
Europa - de intervir nos estados quando os processos revolucionários ameaçam ao
governante.
A diplomacia britânica, pelo contrário, defende sobretudo negociações. Não pode
haver intervenções que não sejam antes discutidas. Para os ingleses, só há uma
ameaça clara – os franceses.
Ou seja, os russos acreditam que a ameaça pode vir de qualquer lugar, mas os
ingleses só da França. - Estes dois modelos são rivais
Em 1815, cria-se o concerto europeu com o objetivo de garantir o status quo, anterior
emergência e consolidação de Napoleão Bonaparte no poder e este status quo que vai
ser definido, respeita um equilíbrio territorial e impede que um estado possa
desencadear uma guerra que comprometa esta nova ordem.
A atitude que as grandes potências devem ter perante a França:

 Londres acredita que a aliança das potências vencedoras deve estar dirigida
contra a França: olham para a França com ameaça.
 Rússia é mais partidária de uma aliança geral de todos os soberanos incluída a
França - sem Napoleão Bonaparte. Uma França que seja novamente
respeitava e fortalecida na Europa Ocidental e isto vai conter os interesses
britânicos - jogo de interesses entre as partes.

A reter:
A diplomacia britânica entende que o intervencionismo só deve ser utilizado para agir
frente a alterações internas na França- o intervencionismo deve ser para garantir a
contenção da França e sempre que houver uma ameaça no intention da França.
Rússia quer estender este princípio de atuação, o intervencionismo, a todos os luzes
europeus. Ou seja, os russos desejam que as potências se ocupem também de
assuntos extraeuropeus e isto irá mexer com interesses britânicos fora da Europa e
assim a Europa não fica de acordo com esta vontade de que o princípio do
intervencionismo seja aplicado fora dela. Porque os ingleses já vão ganhando uma
influência no continente americano, nomeadamente nos estados que foram se
tornando independentes de Portugal e Espanha - ex.: Brasil, Venezuela, Argentina...
(Congressos após o congresso de Viena: exemplos no ppt)

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Estes congressos fazem refletir um novo dinamismo na Europa, dinamismo
institucional, dinamismo marcado pelo multilateralismo. Já não é um ou dois estados a
decidirem as “regras do jogo” - é um conjunto de estados. E esta continuidade dos
encontros que se vão realizando e dos compromissos que se vão adotando, surgirem
um mundo novo do ponto e vista institucional e por isso se fala de Viena por ser o
momento de nascimento das primeiras organizações internacionais.
Multilateralismo- conveniente e facilitador de uma institucionalidade que antes não
existia...
Acordos vão se alargando, consensos serão mais comuns o que anteriormente só se
resolviam os problemas através da força.
A Europa dos Congressos vais assistir aos poucos ao enfraquecimento progressivo
das posições britânicas e ao sucesso das propostas de Alexandre I, ou seja, Czar
russo - apoiado pelos austríacos- Áustria, a Prússia e a Rússia estão dispostos a
utilizar a Santa Aliança (apoiada por estas potências) que explora uma dimensão,
nomeada pela própria religião cristã, contra os progressos do liberalismo e do
nacionalismo.
Duas questões que dominam estes congressos:
1. Procurar conter qualquer tipo de manifestações nacionalistas que invoquem os
ideias da revolução francesa - evitar o espírito nacionalista e liberal;
2. Consequências das ondas revolucionárias que na década de 20 se fazem
sentir na Itália, Espanha, império otomano, império austríaco... - situações
violentas na Europa
(Aparecimento de revoluções na Europa... ver ppt)
Está ordem que as potências mais conservadoras definiram que fará a Europa viver
em paz durante muito tempo, não vai poder ser mantida durante muito mais tempo, a
partir de 1830 as revoluções e tensões internas pro causas das revoluções
nacionalistas leva a uma crise não só na Europa como também noutras áreas (como o
império otomano).
As potências vão tentar chegar a acordos, que possam mediar/acalmar, mas é difícil.

 1840- Revoluções (Viena, Roma, Berlim etc.)

Até esta data não há guerras: 1954- guerra da Crimeira - estratégia dos russos em
aumentar a sua influência sobretudo na zona dos Balcãs.
Quando o congresso de viena se innstala e se define as novas fronteira vai se criar
a confereção da alemanha.
James joll- a historia da europa desde 1970-- diz que entre 1860 e 1871 ,foi um
periodo com um grande crecimento industrial,permitindo ter um gigante crescimento
populacional ,(zolverem 1828-1854)
E depoios de 1870 com a unificação alema dá se o boom demografico.
A produção e o desenvolvimento na industria e no carvão da alemanha neste periodo
era das maiores da europa atingindo valores superiores ao da belgica e frança juntas.

32
1870- fornecia metade das necesssidades a nivel mundia e em finais do sec. Xix
quase cerca de 90%,pois a supremcia da alemanha no novo equilibrio de poder da
europra esta baseada nos fator demografico e industrial.
A prussia, antes da unificação da alemanha - é uma designatarias da data de viena
era considerada como um estado artificial sendo criada poor uma dinastia, nao era
muito liberal como eram outros estados dentro da confedaração germanica criada
por-----, e a prusssa estava praticamente paralisada e foi necessario a intervenção de
uma grande personagem otto bismarck,para que prussia decida retomar o seu
passado imperial. Com este inicia se a criação de um novo imperio germanico,
segundo medina, diz que bismark é uma das personalidades da historia anigmatica
pois nós sabemos tudo sobre ele face a ordens dae politica mas que há sempre a
necessidade de reintrepretar essa personagem, consuxindo uma alemanha vitoriosa
ate ao proximo descentente, é com este que se inicia o processo de unificação alemã.
Esta imagem, da cooperação economica que constituia o zowerein e que se
sobrepoe a uma realidade politica definida por fronteiras, como foi a convenção
germanica.
Este processo derivou se e baseou se em politicas externas como a diplomacia e a
guerra, e em 1866 deu se a guerra dos ducados contra a áustria, em 1870-1871, a
guerra franco-prussiana, onde a frança perde als´cia e lorena, e nesse mesmo ano
guilherme a prússia foi coroado imperador da alemanha.
Quando falamos da diplomacia , falamos dos acordos assinados como a liga dos tres
imperadores( alemanha,austria e russia), triploice aliança( alemanha,austria e italia),
tratado de resseguro( alemanha e rússia).

21/01/2021
1875- Os povos cristãos dos Balcãs, sérvios e búlgaros levantamse contra os turcos.
A Rússia declara a guerra contra os otomanos.
1878 -Congresso de Berlim (os turcos conservam Constantinopla; Áustria-Hungria
passa a administrar BósniaHerzegovina, Chipre passa para os ingleses, a
França cria um protectorado na Tunísia. Sérvia, Montenegro e Roménia
declaram a independência. Bulgária autonomiza-se.

Conferência de Berlim

A Conferência de Berlim decorreu entre 15 de Novembro de 1884 e 26 de Fevereiro


de 1885.
Participaram nesta conferência 14 países, entre os quais Portugal, incluindo alguns
Estados que não dispunham de colónias, como foi o caso dos países escandinavos e
dos EUA.
Três pontos principais constituíram a agenda da Conferência: (1) a liberdade de
comércio em toda a bacia do Zaire e sua foz; (2) a aplicação dos princípios do

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Congresso de Viena quanto à navegação nos rios internacionais (entre outros, do
Níger); (3) a definição de “regras uniformes nas relações internacionais relativamente
às ocupações que poderão realizar-se no futuro nas costas do continente africano”; (4)
estatuir sobre o tráfico de escravos.
Esta Conferência foi uma das mais importantes realizadas na segunda metade do
século XIX, visando, entre outras questões, regular o Direito Internacional Colonial.

1905 e 1906 -Primeira crise de Marrocos (os alemães desafiam os planos franceses
em Marrocos. Os franceses e ingleses aliam-se contra os alemães. Alemanha fica
isolada).
1905 -Guerra entre a Rússia e o Japão disputando Coreia e a Manchúria. A Rússia é
derrotada.
1911 -Segunda crise de Marrocos (os alemães provocam os franceses e enviam um
navio de guerra ao porto marroquino de Agadir).

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