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ESCOLA TÉCNICA SÃO VICENTE DE PAULA

COMPONENTE: BACTERIOLOGIA I
DOCENTE: ROSANA FRANÇA
DISCENTES: ALÉSSIA SANTINO, ANA LETÍCIA, ÍTALO BRUNO, LEYDSON
WALLYSON

COQUELUCHE

CAMPINA GRANDE-PB
2023
1 INTRODUÇÃO
A coqueluche, também conhecida como tosse convulsa, é uma doença
respiratória altamente contagiosa causada pela bactéria Bordetella pertussis. Esta
patologia afeta principalmente as vias respiratórias superiores e é caracterizada por
episódios de tosse prolongada e severa, frequentemente acompanhados de um
som distintivo de "guincho". Embora a coqueluche seja mais comum em crianças,
ela pode afetar indivíduos de todas as idades, representando um risco significativo
para a saúde pública, especialmente em grupos não vacinados.
Este trabalho tem como objetivo fornecer uma visão abrangente sobre a
coqueluche, abordando as causas, transmissão, sintomas, diagnóstico, prevenção,
tratamento e complicações associadas a essa doença. A compreensão detalhada
da coqueluche é essencial para seu controle e prevenção, destacando a
importância da vacinação e do diagnóstico precoce. A disseminação da informação
e o conhecimento sobre essa doença são cruciais para proteger as populações
vulneráveis, particularmente os bebês e crianças, contra os riscos associados à
coqueluche.

2 COQUELUCHE: O QUE É?
A coqueluche, também conhecida como tosse convulsa, é uma doença
respiratória altamente contagiosa causada pela bactéria Bordetella pertussis. Ela
afeta predominantemente as vias respiratórias superiores, incluindo a traquéia e os
brônquios. A coqueluche é caracterizada por episódios de tosse prolongada e
severa, muitas vezes acompanhados de um som peculiar de "guincho" durante a
expiração. Embora seja mais comum em crianças, a doença pode afetar pessoas
de todas as idades. O nome "coqueluche" deriva do termo francês "coquelicot", que
significa "papoila", referindo-se ao som semelhante ao som das papoilas que
ocorre durante a tosse intensa. É uma doença que requer atenção devido à sua
alta contagiosidade e à possibilidade de complicações, especialmente em bebês
não vacinados.

3 CAUSAS E TRANSMISSÃO
A coqueluche é causada pela bactéria Bordetella pertussis, um
microrganismo altamente contagioso que coloniza as vias respiratórias humanas. A
transmissão da coqueluche ocorre de pessoa para pessoa, principalmente através
do contato com gotículas respiratórias expelidas quando uma pessoa infectada
tosse, espirra ou fala. A transmissão é altamente eficaz, tornando-se um desafio
significativo no controle da doença.
A bactéria Bordetella pertussis é altamente resistente no ambiente e pode
sobreviver em superfícies por várias horas. Portanto, a exposição a objetos
contaminados também pode contribuir para a transmissão da doença.
A coqueluche é particularmente problemática em ambientes com
aglomeração de pessoas, como escolas, creches e lares de idosos. Surtos de
coqueluche são mais comuns nessas situações, tornando a prevenção e o controle
em grupos vulneráveis uma prioridade.
A falta de imunização adequada, devido à recusa à vacinação ou à baixa
cobertura vacinal em determinadas comunidades, aumenta o risco de surtos de
coqueluche. Portanto, a conscientização sobre a importância da vacinação é
fundamental para reduzir a disseminação da doença e proteger as populações em
risco, como lactentes não vacinados.

4 SINTOMAS E DIAGNÓSTICO
Os sintomas da coqueluche geralmente progridem por estágios, com uma
fase inicial que se assemelha a um resfriado comum, seguida pela fase
característica da tosse convulsa. Aqui estão detalhes sobre os sintomas e o
diagnóstico:
Fase Inicial: A coqueluche muitas vezes começa de forma insidiosa, com
sintomas leves, como tosse leve, coriza e febre baixa. Esses sintomas iniciais
podem ser facilmente confundidos com os de um resfriado comum ou outras
infecções respiratórias.
Fase da Tosse Convulsa: À medida que a doença progride, a tosse se
torna o sintoma predominante. A tosse é frequentemente descrita como severa,
persistente e acompanhada de um som característico de "guincho" durante a
expiração. Os acessos de tosse são frequentes, levando a dificuldades
respiratórias entre os episódios de tosse. Essa fase pode durar várias semanas.
O diagnóstico da coqueluche é geralmente feito com base no histórico
clínico do paciente e na apresentação dos sintomas. No entanto, para confirmar a
presença da bactéria Bordetella pertussis, os médicos podem usar testes
laboratoriais, como a reação em cadeia da polimerase (PCR), para identificar o
material genético da bactéria em amostras respiratórias. Esses testes podem ser
realizados esfregando a garganta ou nariz do paciente.
É importante diagnosticar a coqueluche o mais cedo possível, pois o
tratamento precoce com antibióticos pode ajudar a reduzir a gravidade dos
sintomas e a disseminação da doença. Além disso, o diagnóstico rápido é
essencial para tomar medidas de controle, como isolar os pacientes e notificar as
pessoas que estiveram em contato próximo com eles para prevenir a propagação
da doença.

5 PREVENÇÃO E VACINAÇÃO
A prevenção da coqueluche é essencial para controlar a disseminação da
doença. A estratégia primordial é a vacinação, desempenhando um papel crucial
na redução da incidência da coqueluche. A vacina contra a coqueluche é uma
parte fundamental dos programas de imunização em muitos países,
frequentemente administrada em combinação com outras vacinas, como difteria e
tétano (DTaP) para crianças ou tetânica, diftérica e contra coqueluche (Tdap) para
adolescentes e adultos. A vacinação começa na infância, com doses de reforço
recomendadas durante a infância e adolescência. Além disso, as mulheres
grávidas recebem a vacina Tdap para proteger os bebês recém-nascidos.
A imunização da comunidade desempenha um papel crucial na prevenção,
já que um grande número de pessoas vacinadas reduz as oportunidades de
disseminação da doença. Mesmo aqueles que não podem ser vacinados devido a
alergias ou contraindicações médicas se beneficiam da chamada "imunidade de
rebanho". A conscientização sobre a importância da vacinação e a promoção de
práticas de higiene adequadas também são componentes-chave na prevenção da
coqueluche.

6 TRATAMENTO E COMPLICAÇÕES
O tratamento da coqueluche é uma abordagem multifacetada que visa aliviar
os sintomas, reduzir a disseminação da doença e prevenir complicações.
Antibióticos, como eritromicina ou azitromicina, são frequentemente prescritos para
pacientes com coqueluche, sendo mais eficazes quando administrados nas fases
iniciais da doença. Esses antibióticos ajudam a reduzir a gravidade dos sintomas e
a disseminação da bactéria.
Além da medicação, medidas de suporte desempenham um papel
importante no tratamento. Isso inclui repouso, ingestão adequada de líquidos e a
criação de um ambiente livre de irritantes para aliviar a tosse e facilitar a
recuperação.
As complicações da coqueluche podem ser graves, especialmente em
bebês não vacinados. Elas incluem pneumonia, uma infecção pulmonar, e o risco
de asfixia devido à tosse intensa e prolongada. Em casos raros, a coqueluche pode
estar associada a problemas neurológicos, como convulsões ou lesões cerebrais
devido à falta de oxigênio durante acessos de tosse.
Os recém-nascidos são particularmente vulneráveis devido à sua imunidade
natural limitada e ao fato de ainda não terem recebido todas as doses de vacina
necessárias. Portanto, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são
fundamentais para reduzir complicações e acelerar a recuperação. Além disso,
medidas de controle, como o isolamento de pacientes e a notificação de contatos
próximos, são importantes para evitar a propagação da doença.

7 CONCLUSÃO
A coqueluche, também conhecida como tosse convulsa, é uma doença
respiratória altamente contagiosa causada pela bactéria Bordetella pertussis. A sua
manifestação característica inclui episódios de tosse prolongada e severa, muitas
vezes acompanhados de um som peculiar de "guincho." Embora seja mais comum
em crianças, a coqueluche pode afetar pessoas de todas as idades, sendo
particularmente perigosa para bebês não vacinados.
A prevenção desempenha um papel fundamental no controle da coqueluche.
A vacinação é a medida mais eficaz, administrada em múltiplas doses ao longo da
infância e adolescência, com reforços recomendados em adultos, incluindo
gestantes para proteção dos recém-nascidos. A imunização da comunidade
também é crucial para reduzir a disseminação da doença.
O diagnóstico precoce é essencial para o tratamento adequado com
antibióticos, que ajuda a reduzir a gravidade dos sintomas e a disseminação da
bactéria. Complicações, como pneumonia e asfixia, podem ocorrer, principalmente
em bebês não vacinados, destacando a importância da prevenção e do tratamento
precoce.
8 REFERÊNCIAS

● Ministério da Saúde (Brasil). (2021). Coqueluche (Pertussis) - Protocolo de


tratamento. https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/coqueluche

● Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). (2021). Coqueluche (pertussis).


https://familia.sbim.org.br/doencas/coqueluche-pertussis

● Ministério da Saúde (Brasil). (2021). Manual de Normas e Procedimentos para


Vacinação.
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_procedimentos_vacinacao.pdf

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