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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

FACULDADE DE TECNOLOGIA
ENGENHARIA QUÍMICA

ARTUR HINKELMANN PADILHA - 21951512


HANNA LOUISE LUNA - 21951563
MARIA VITÓRIA FIGUEIRA DE ARAÚJO - 21950557

DETERMINAÇÃO DE SULFATO EM ÁGUA POR TURBIDIMETRIA

MANAUS
2023
ARTUR HINKELMANN PADILHA - 21951512
HANNA LOUISE LUNA - 21951563
MARIA VITÓRIA FIGUEIRA DE ARAÚJO - 21950557

DETERMINAÇÃO DE SULFATO EM ÁGUA POR TURBIDIMETRIA

Relatório apresentado como requisito


para obtenção de nota parcial na
disciplina FTQ033 - Laboratório
de Controle de Qualidade, sob
orientação da profª Drª Ocileide
Custódio no ano de 2023 na
Universidade Federal do Amazonas.

MANAUS
2023
RESUMO

A água desempenha um papel crucial na sobrevivência de plantas, seres humanos, animais e


microorganismos. O propósito da prática laboratorial para determinar o teor de sulfato por meio
da turbidimetria é principalmente esclarecer o uso de um turbidímetro, além de envolver a
preparação de soluções e a avaliação das características da amostra de água. Os resultados da
análise do parâmetro em questão indicam que a qualidade da encontrada na amostra estudada
corresponde a 2,61 mg/L de Sulfato presente na água da marca Yara dentro da faixa permitida
pela regulamentação que estabelece os padrões de qualidade da água para consumo humano.
Após a análise e interpretação dos dados obtidos na prática, torna-se evidente a importância de
conhecer o manuseio do turbidímetro e a padronização de soluções para assegurar o controle
de qualidade da água. Em última análise, pode-se concluir que o objetivo principal da prática
foi alcançado, contribuindo para a disseminação e aquisição de conhecimento entre os
participantes.

Palavras-chave: Água; controle de qualidade; sulfatos; turbidímetro;


LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Volumes gastos em cada titulação.......................................................................14


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Titulação até coloração amarelo claro.....................................................................14


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 7
2. OBJETIVOS........................................................................................................................ 8
2.1 OBJETIVO GERAL ......................................................................................................... 8
2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO ................................................................................................ 8
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................................... 9
4. METODOLOGIA................................................................................................................. 10
4.1 REAGENTES ................................................................................................................. 10
4.2 EQUIPAMENTOS ......................................................................................................... 10
4.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ......................................................................... 10
4. RESULTADOS ................................................................................................................. 12
5. CONCLUSÃO .................................................................................................................. 16
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1. INTRODUÇÃO
A determinação de sulfato em água é uma análise crítica para garantir a qualidade da
água em diversas aplicações, desde o abastecimento público até a indústria. O sulfato e seus
compostos encontram-se amplamente distribuídos no ambiente devido à intensa emissão
resultante de atividades industriais, agronômicas e fenômenos ambientais. A principal fonte de
sulfato nas águas naturais é o processo de oxidação do sulfeto, que é abundantemente
encontrado na crosta terrestre, sendo formado durante erupções vulcânicas e também presente
na precipitação atmosférica. Além disso, os processos de decomposição e oxidação de
substâncias vegetais e de matéria orgânica contendo enxofre exercem influência significativa
sobre o teor de sulfato em corpos d'água.

Uma das técnicas amplamente utilizadas para essa determinação é a turbidimetria, que
se baseia na medida da turbidez causada pela formação de partículas de sulfato em suspensão
na água. Este método tem se mostrado eficaz e sensível na detecção de sulfato, sendo
particularmente útil em aplicações ambientais e industriais.

Nos últimos anos, avanços significativos têm sido feitos na área da determinação de
sulfato por turbidimetria, com o desenvolvimento de novos equipamentos e técnicas. Por
exemplo, a utilização de turbidímetros de última geração com capacidade de detecção mais
sensível tem melhorado a precisão e a confiabilidade das medições. Além disso, a automação e
a integração de sistemas de análise de dados têm simplificado o processo de determinação de
sulfato, tornando-o mais eficiente e acessível.

Outro avanço relevante é a aplicação da turbidimetria em tempo real para monitorar a


concentração de sulfato em sistemas de tratamento de água em tempo real. Isso permite uma
resposta mais rápida a flutuações na qualidade da água, garantindo a conformidade com os
padrões de qualidade estabelecidos.

Além disso, a pesquisa continua a explorar a possibilidade de aprimorar a sensibilidade


e a seletividade da turbidimetria na determinação de sulfato, a fim de atender a desafios
crescentes na gestão da qualidade da água, como a redução de níveis de sulfato em águas
residuais industriais para atender a regulamentações ambientais mais rigorosas.

Logo, é possível afirmar que a determinação de sulfato por turbidimetria é uma técnica
essencial e em constante evolução para garantir a qualidade da água. Com o avanço da
tecnologia e da pesquisa, podemos esperar melhorias contínuas na precisão e na eficiência desse
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método, tornando-o uma ferramenta ainda mais valiosa para o monitoramento ambiental e
industrial.

Neste relatório será analisada a amostra de água mineral Yara, proveniente da cantina
da Universidade Federal do Amazonas - UFAM, para determinação da concentração de sulfato.
A amostra foi levada a um espectrofotômetro onde a variação de absorbância reflete na
concentração de sulfato na amostra.

2. OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL


O objetivo geral do presente relatório é determinar a quantidade de sulfeto presente na
amostra de água retirada da lagoa do Japiim através da técnica de iodometria.

2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO


● Calcular a quantidade em mg/L de sulfeto presente

● Praticar o preparo de soluções para a metodologia

● Realizar titulação com base no ponto de viragem dos indicadores


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3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A água representa o componente inorgânico mais abundantemente presente na matéria
viva e desempenha um papel de importância fundamental na manutenção dos seres vivos. Os
diversos elementos presentes na água, que afetam sua pureza, podem ser descritos de maneira
geral e simplificada por meio de suas características físicas, químicas e biológicas, como
mencionado por Sperling em 1996. Essas características podem ser quantificadas por meio de
parâmetros de qualidade, e um desses parâmetros a serem avaliados é a concentração de
sulfatos.

O controle do sulfato é crucial nas águas destinadas ao abastecimento público devido


aos seus efeitos laxativos, e o valor máximo permitido para atender aos padrões de potabilidade
é estabelecido em 250 mg/L, conforme determinado pela Portaria MS nº 2914/2011. No
contexto do abastecimento industrial, o sulfato pode causar problemas como incrustações em
caldeiras e trocadores de calor, bem como corrosão em coletores de esgoto feitos de concreto,
como destacado (Garcez, 2004). É amplamente reconhecido o desafio associado à corrosão em
coletores de esgoto de concreto devido à presença de sulfato.

A concentração de sulfato nas águas pode ser determinada por meio de precipitação com
cloreto de bário, conforme:

BaCl2 « Ba+2 + 2Cl-

(meio ácido - HCl)

Ba+2 + SO4 -2 « BaSO4¯

Conforme mencionado por Kato em 1983, os cristais de sulfato de bário formados


podem ser uniformizados e mantidos em suspensão através da introdução de uma "solução
condicionante para sulfato". A concentração de sulfato pode ser determinada utilizando
métodos de turbidimetria ou espectrofotometria. Em ambos os casos, é essencial construir
curvas de calibração, usando solução de sulfato de sódio como padrão de referência. No caso
de amostras de águas poluídas, é também necessário realizar um pré-tratamento com uma
suspensão de hidróxido de alumínio.

Devido ao fato de o sulfato ser um íon solúvel em água, sua remoção apresenta desafios
significativos e exige processos especiais, como a troca iônica com o uso de resinas aniônicas
ou a osmose reversa. No entanto, esses processos geralmente tornam economicamente inviável
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o uso da água para abastecimento público. Para o tratamento de efluentes, uma alternativa é a
precipitação utilizando sais de bário, mas essa abordagem não é recomendada devido à
potencial ineficiência (pois depende do equilíbrio químico) e, principalmente, porque pode
gerar lodo contaminado com bário, o que é indesejável.

4. METODOLOGIA

4.1 REAGENTES
● Solução Estoque Padrão de Sulfato (1000 mg/L);

● Solução Estoque Padrão de Sulfato (100 mg/L);

● Solução Condicionante;

● Cloreto de Bário (BaCl2).

4.2 EQUIPAMENTOS
● Balões volumétricos de 100 mL;

● Pipetas graduadas;

● Pipetas volumétricas;

● Béquer de 200 mL;

● Bastão de vidro;

● Erlenmeyer de 125 mL;

● Turbidímetro.

4.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL


O experimento realizou-se a partir de apenas uma amostra de água e para iniciá-lo foi
necessário o preparo de 3 soluções: Solução Estoque Padrão de Sulfato (1000 mg/L), Solução
Estoque Padrão de Sulfato (100 mg/L) e Solução Condicionante.
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Para o preparo da Solução Estoque Padrão de Sulfato (1000 mg/L), em um béquer


pesou-se 0,3628 g de sulfato de potássio P.A. seco e o mesmo foi dissolvido em água destilada,
em seguida a solução foi transferida para um balão volumétrico de 200,00 mL e devidamente
avolumada. Posteriormente, foi preparada uma solução estoque padrão de sulfato (100 mg/L),
em que foi retirado 50 mL da solução padrão de sulfato (1000 mg/L) e diluído em 500 mL com
água destilada.

Para o preparo da solução condicionante, misturou- se 50 mL de glicerol P.A. com uma


solução contendo 30 mL de HCl concentrado, 300 mL de água destilada, 100 mL de etanol P.A.
e 75 g de cloreto de sódio.

Em seguida, foram preparadas 5 soluções padrões de sulfato de potássio em balões


volumétricos de 50 mL, com concentrações de 1, 5, 10, 15, 20 mg/L, a partir da solução estoque
de 100 mg/L. Logo após, retirou-se uma alíquota de 25 mL de cada solução padrão e transferiu-
se para erlenmeyers de 125 mL, sendo posteriormente adicionado 5 mL da solução
condicionante e 0,3 g de Cloreto de Bário, agitando-se a solução até a completa dissolução do
soluto.

Após a homogeneização das soluções, as mesmas foram transferidas para uma cubeta
de vidro e realizada a leitura no turbidímetro, sendo anotado os valores de turbidez coletados
em triplicata (Tabela 1). Em seguida, o mesmo procedimento foi realizado em triplicata para a
amostra de água coletada, sendo seus valores de turbidez armazenados na Tabela 2.
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4. RESULTADOS
No que diz respeito ao procedimento de calibração do turbidímetro, partindo da solução
padrão de Sulfato, foram feitas soluções diluídas de 1, 5, 10, 15 e 20 mg/L de Sulfato e
adicionado 5 mL da solução condicionante em 25 mL de cada uma das 5 soluções diluídas,
sendo adicionado em seguida 0,3 g de cloreto de Bário. A figura 1 demonstra o final deste
procedimento, com os 5 erlenmeyers nomeados conforme sua concentração.

Figura 1 - Soluções de 1, 5, 10, 15 e 20 mg/L de Sulfato preparadas.

Fonte: Autores (2023).

Em seguida, cada uma das soluções foi posta na cubeta do equipamento turbidímetro
para aferir a turbidez de cada uma delas, sendo este procedimento realizado em triplicata. A
figura 2 demonstra um exemplo de resultado obtido e como ele foi observado e os resultados
dos valores de turbidez obtidos foram organizados na tabela 1 abaixo.

Figura 2 - Exemplo de resultado obtido no turbidímetro (6,29 NTU).


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Fonte: Autores (2023).

Tabela 1 - Dados do turbidímetro em triplicata para a curva de calibração.

Dados do turbidímetro em triplicata para a curva de calibração


Concentração 1º Amostragem 2º Amostragem 3º Amostragem Média
(mg/L) (NTU) (NTU) (NTU) (NTU)
1 7,16 6,46 6,29 6,64
5 12,8 12,3 12,3 12,47
10 27,9 28,4 27,5 27,93
15 36,4 36,5 36,4 36,43
20 47,8 46,8 46,2 46,93
Fonte: Autores (2023).

Com os resultados da média do procedimento em triplicata realizado, pode-se montar a


curva de calibração, sendo plotado um gráfico de dispersão e, em seguida, adicionado a linha
de tendência com sua devida equação da reta e valor de R², sendo obtido a figura 3.
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Figura 3 - Gráfico da curva de calibração obtida.

Fonte: Autores (2023).

Conforme pode-se observar na figura 3, a equação obtida foi y = 2,18x + 3,84 com o
valor de R² igual a 0,99 demonstrando a baixa dispersão entre os valores, sendo os pontos
obtidos situados próximos da reta traçada.

Dando continuidade, a amostra de água da marca Yara foi testada igualmente em


triplicata no turbidímetro, sendo obtido os dados conforme a tabela 2.

Tabela 2 - Dados do turbidímetro em triplicata para a amostra de água Yara.

1º Amostragem 2º Amostragem 3º Amostragem Média (NTU)


(NTU) (NTU) (NTU)
5,94 5,74 5,42 5,70

Fonte: Autores (2023).

Para determinar a quantidade de sulfato na amostra selecionada para o experimento,


procedeu-se à substituição do valor médio obtido para a turbidez da amostra na equação
presente no gráfico. Lembrando que foi obtido a equação y = 2,18x + 3,84, nesse contexto, onde
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y representa a turbidez e x representa a concentração de sulfato (Sulfato), podemos expressar a


seguinte relação:

𝑁𝑇𝑈 (𝑇𝑢𝑟𝑏𝑖𝑑𝑒𝑧)
𝑆𝑈𝐿𝐹𝐴𝑇𝑂 (𝑚𝑔/𝐿) =
2,18

5,70
𝑆𝑈𝐿𝐹𝐴𝑇𝑂 (𝑚𝑔/𝐿) = = 2,61 𝑚𝑔/𝐿
2,18

Portanto, foi encontrado na amostra estudada o valor correspondente a 2,61 mg/L de


Sulfato presente na água da marca Yara. Conforme a resolução CONAMA n° 357, de 17 de
março de 2005, pode-se conter até o limite de 250 mg/L de Sulfato no que diz respeito à
qualidade da água. Dessa forma, o resultado encontrado está conforme os padrões estipulados
pelo CONAMA.
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5. CONCLUSÃO
Com base nos resultados apresentados, a experiência de determinação de sulfato em
amostra de água comercial foi realizada com sucesso. A equação obtida para a curva de
calibração dos resultados em triplicata, y = 2,18x + 3,84, com um valor de R² igual a 0,99,
demonstra uma baixa dispersão entre os valores experimentais, indicando que os pontos estão
próximos da reta traçada no gráfico.

Consequentemente, foi determinado que a amostra de água da marca Yara possui uma
concentração de sulfato de 2,61 mg/L. De acordo com a resolução CONAMA n° 357, de 17 de
março de 2005, que estipula um limite de 250 mg/L para a concentração de sulfato na água, o
resultado obtido está bem abaixo desse limite, atendendo plenamente aos padrões de qualidade
estabelecidos pelo CONAMA.

Assim, os resultados deste experimento indicam que a água da marca Yara atende aos
requisitos regulatórios em relação à concentração de sulfato, o que é importante para garantir a
qualidade e segurança desse recurso natural essencial.
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6. REFERÊNCIAS

SPERLING, Marcos V. Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgotos.


Princípios do tratamento biológico de águas residuárias. 2. ed: Departamento de Engenharia
Sanitária e Ambiental; Universidade Federal de Minas Gerais; 1996.

GARCEZ, L. M. Manual de procedimentos e técnicas laboratoriais voltado para análises


de águas e esgotos sanitários e industriais. Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.
Departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitária. 2004. 103 f. Apostila.

KATO, M.T. “Sulfatos”. Curso Qualidade da Água, do Ar e do Solo. Escola de Engenharia


Mauá. São Caetano do Sul/SP, 1983

BRASIL. Resolução CONAMA 357, de 17 de março de 2005. Conselho Nacional de Meio


Ambiente. Disponível em: <www.mma.gov.br/port/conama/res/res05/res35705.pdf>. Acesso
em: 6 set. 2023.

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