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UMA CONVERSA FRANCA .............................................................................

3
SOBRE O NOSSO GRUPO DO WHATSAPP ....................................................... 3
SOBRE A SUA ENTREVISTA PÓS-APROVAÇÃO ................................................ 3
SOBRE O SEU CONCURSO (OU O QUE SABEMOS ATÉ AGORA) .......................... 3
SOBRE O NOSSO CURSO ................................................................................................... 4
8 ÉTICA PROFISSIONAL. .............................................................................. 4
CÓDIGO DE ÉTICA: RESOLUÇÃO CFP Nº 010/05 ................................................................. 4

07
1.4 LAUDOS, PARECERES E RELATÓRIOS PSICOLÓGICOS, ESTUDO DE CASO,

9:
INFORMAÇÃO E AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA. ................................................. 14

:5
15
INFORME PSICOLÓGICO .................................................................................................. 15

1
02
ESTUDO DE CASO .......................................................................................................... 15

/2
QUESTÕES ............................................................................................... 17

02
7/
QUESTÕES COMENTADAS E GABARITADAS .................................................. 30

-0
1 AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA E PSICODIAGNÓSTICO. 1.1 FUNDAMENTOS E

om
ETAPAS DA MEDIDA PSICOLÓGICA. 1.2 INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO. 1.2.1

l.c
ai
CRITÉRIOS DE SELEÇÃO, AVALIAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS. .. 55
gm
TESTES VÁLIDOS EM 2019 .............................................................................................. 55
@
na

TESTES DESFAVORÁVEIS................................................................................................. 56
pi

CONCEITOS DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA E PSICODIAGNÓSTICO............................................ 57


ia
ib

A CORRENTE MINORITÁRIA: OCAMPO, TRINCA E ARZENO. .................................................... 62


a.
an

PROBLEMAS NA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA E NO PSICODIAGNÓSTICO ....................................... 68


ai

FUNDAMENTOS E ETAPAS DA MEDIDA PSICOLÓGICA. ............................................................ 70


-l
1

PLANO DE AVALIAÇÃO E BATERIA DE TESTES ....................................................................... 70


-6
43

SATEPSI .................................................................................................................... 70
.2
10

ADMINISTRAÇÃO DOS TESTES NA APLICAÇÃO ..................................................................... 71


.1

FASES DA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA.................................................................................. 74


04
-0

DEFINIÇÃO DE TESTE PSICOLÓGICO ................................................................................. 75


A

TIPOS DE TESTES PSICOLÓGICOS ..................................................................................... 76


N
PI

INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO: CRITÉRIOS DE SELEÇÃO, AVALIAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DOS


IA

RESULTADOS. ............................................................................................................... 82
IB
AL

PADRONIZAÇÃO E NORMATIZAÇÃO ................................................................................... 82


LE

FIDEDIGNIDADE ............................................................................................................. 84
A

VALIDADE..................................................................................................................... 85
N
IA

A OPINIÃO DE PASQUALI SOBRE O CONCEITO DE VALIDADE ................................................... 89


LA

TIPOS DE TESTES .......................................................................................................... 90


DISTORÇÕES E CUIDADOS NA APLICAÇÃO DOS TESTES ........................................................ 92
TESTES DE APTIDÃO COGNITIVA. ...................................................................................... 94
ESTUDO DOS TESTES PSICOLÓGICOS ................................................................................ 94
CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE OS TESTES PSICOLÓGICOS ................................................. 116
HUTZ, C.S.; BANDEIRA, D.R.; TRENTINI, C.M.; KRUG, J.S. PSICODIAGNÓSTICO.
PORTO ALEGRE: ARTMED, 2016. .............................................................. 117
PREFÁCIO .................................................................................................................. 117

1
CONCEITUAÇÃO DE PSICODIAGNÓSTICO NA ATUALIDADE (CAPÍTULO I, KRUG, TRENTINI E
BANDEIRA) HUTZ, C.S.; BANDEIRA, D.R.; TRENTINI, C.M.; KRUG, J.S. PSICODIAGNÓSTICO.
PORTO ALEGRE: ARTMED, 2016.................................................................................... 117
PSICODIAGNÓSTICO: FORMAÇÃO, CUIDADOS ÉTICOS, AVALIAÇÃO DE DEMANDA E ESTABELECIMENTO
DE OBJETIVOS. HUTZ, C.S.; BANDEIRA, D.R.; TRENTINI, C.M.; KRUG, J.S.
PSICODIAGNÓSTICO. PORTO ALEGRE: ARTMED, 2016. ..................................................... 119
O PROCESSO PSICODIAGNÓSTICO (RIGONI E SÁ) .............................................................. 120

07
HUTZ, C.S.; BANDEIRA, D.R.; TRENTINI, C.M.; KRUG, J.S. PSICODIAGNÓSTICO. PORTO

9:
:5
ALEGRE: ARTMED, 2016. ............................................................................................. 120

15
ENTREVISTA PSICOLÓGICA NO PSICODIAGNÓSTICO (CAP. 5, SERAFINI) HUTZ, C.S.; BANDEIRA,

1
02
D.R.; TRENTINI, C.M.; KRUG, J.S. PSICODIAGNÓSTICO. PORTO ALEGRE: ARTMED, 2016. 122

/2
02
A ENTREVISTA DE ANAMNESE (CAP. 6, SILVA E BANDEIRA).................................................. 123

7/
ESCOLHA DOS INSTRUMENTOS E DAS TÉCNICAS NO PSICODIAGNÓSTICO (CAP. 7, TRENTINI,

-0
om
BANDEIRA E KRUG)...................................................................................................... 124

l.c
ENTREVISTA LÚDICA DIAGNÓSTICA (CAP. 8, TRENTINI, BANDEIRA E KRUG) ........................... 124

ai
O EXAME DO ESTADO MENTAL (CAP. 9, OSÓRIO) ............................................................. 124
gm
@
PSICODIAGNÓSTICO INTERVENTIVO (CAP. 15, BARBIERI E HECK) ........................................ 125
na

1.3 TÉCNICAS DE ENTREVISTA. ................................................................ 125


pi
ia

CONCEITOS INICIAIS .................................................................................................... 126


ib
a.

BREVES CONTRIBUIÇÕES HISTÓRICAS ............................................................................ 129


an

TIPOS DE ENTREVISTAS PSICOLÓGICAS ........................................................................... 129


ai
-l

Quanto ao número de entrevistados....................................................................129


1
-6

Quanto ao Beneficiário .........................................................................................129


43

Quanto a presencialidade.....................................................................................130
.2
10

Quanto ao número de entrevistados e entrevistadores......................................131


.1
04

Quanto a abertura da entrevista..........................................................................131


-0

Quanto a diretividade da entrevista ....................................................................132


A

Quanto a estruturação da entrevista ...................................................................133


N
PI

O QUE CHIAVENATO DIZ SOBRE A ESTRUTURAÇÃO DAS ENTREVISTAS.................................... 134


IA
IB

Resumo do Professor Alyson Barros .....................................................................135


AL

OBJETIVOS DA ENTREVISTA .......................................................................................... 137


LE

ENTREVISTA DIAGNÓSTICA E DE PSICODIAGNÓSTICO ......................................................... 138


A
N

ETAPAS DAS ENTREVISTAS NA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA..................................................... 140


IA
LA

RAPPORT, TRANSFERÊNCIA E CONTRATRANSFERÊNCIA ...................................................... 141


TÉCNICAS DE ENTREVISTA ............................................................................................ 143
CONTEÚDO EXTRA PARA A BANCA CESPE/CEBRASPE ................................. 145
PESQUISA: CARACTERIZAÇÃO DOS DELINEAMENTOS DA PESQUISA QUANTITATIVA E QUALITATIVA
APLICADOS À SAÚDE. .................................................................................................... 145
PESQUISA-AÇÃO E PESQUISA-PARTICIPATIVA ................................................................... 164
QUESTÕES ............................................................................................. 165
QUESTÕES COMENTADAS E GABARITADAS ................................................ 178

| 2
Uma conversa franca

Como é bom estar aqui com vocês! Galera da Defensoria Pública do Distrito
Federal, hoje começa o nosso curso. Nessa primeira aula iremos entrar direto em
nosso material. Assistam ao vídeo sobre o nosso concurso e o vídeo falando sobre a
futura carreira de vocês!

07
O presente curso intensivo e Pós-EDITAL será voltado para o concurso do

9:
DPDF para o cargo de psicólogo.

:5
15
Queremos em nosso curso os alunos honestos e guerreiros. Precisamos de bons

1
profissionais e boas pessoas no serviço público. Dedique-se ao nosso curso assim como

02
/2
sei que você irá se dedicar ao seu novo trabalho em breve. =]

02
7/
-0
Sobre o nosso grupo do WhatsApp

om
Não é obrigatório, mas recomendo muuuuuito! Se você não está, fale com o

l.c
ai
Batman. O que ocorre no grupo do WhatsApp, fica no grupo do WhatsApp. Ele já está
gm
bombando!
@
na
pi
ia

Sobre a sua entrevista pós-aprovação


ib
a.

Não é obrigatório, mas também recomendo muuuuuito! =]


an
ai
-l

Sobre o seu concurso (ou o que sabemos até agora)


1
-6
43

Edital: http://www.cebraspe.org.br/concursos/dpdf_20_analista
.2
10

PSICÓLOGO
.1

Vagas: 2 vagas + CR
04
-0

Remuneração Inicial: R$ 7 R$ 5.241,22


A

CARGO 12: ANALISTA DE APOIO À ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA – ÁREA: APOIO


N
PI

ESPECIALIZADO – ESPECIALIDADE: PSICOLOGIA


IA
IB

Banca: CESPE/CEBRASPE
AL

Horas semanais: 35 horas


LE

Inscrições: 15/9 a 5/10/2020


A

Prova: 8/11/2020
N
IA

Prova objetiva: 120 pontos


LA

Discursiva: 20 pontos
Títulos: 10 pontos
Duração das Provas (8/11/2020)
Prova Objetiva - 3 horas e 30 minutos (manhã)
Prova Discursiva - 3 horas (tarde)
40 questões discursivas serão corrigidas!!!

| 3
Sobre o nosso curso
Carga Horária Total do Curso: 20 horas/aula (40 blocos de 25 minutos
cada).
Certificado ao final do curso: Sim (após 80% de visualização do conteúdo).
Preço do certificado: Gratuito.
Professor: Alyson Barros
O curso será ministrado através de videoaulas e pdfs.

07
9:
:5
15
Mais informações em nosso vídeo 00!

1
Vamos começar!

02
/2
02
7/
-0
8 Ética profissional.

om
Vamos estudar, obviamente, o código de ética. Esse assunto é bem básico e

l.c
ai
se você já domina o assunto, pule para as questões, de verdade.
@
gm
na

Código de Ética: Resolução CFP Nº 010/05


pi
ia
ib
a.

Vamos direito ao Código de Ética dos Psicólogos. Recomendo várias


an

leituras atenciosas e muito marcador de texto. Esse tópico está presente em quase
ai
-l

100% dos concursos de psicologia. Sublinharei os pontos principais do texto e


1
-6

colocarei minhas anotações em vermelho.


43
.2
10

CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO (Resolução CFP n° 10/2005)


.1
04

Toda profissão define-se a partir de um corpo de práticas que busca


-0

atender demandas sociais, norteado por elevados padrões técnicos e pela


A
N

existência de normas éticas que garantam a adequada relação de cada profissional


PI
IA

com seus pares e com a sociedade como um todo.


IB

Um Código de Ética profissional, ao estabelecer padrões esperados quanto


AL

às práticas referendadas pela respectiva categoria profissional e pela sociedade,


LE

procura fomentar a autorreflexão exigida de cada indivíduo acerca da sua práxis, de


A
N

modo a responsabilizá-lo, pessoal e coletivamente, por ações e suas consequências


IA
LA

no exercício profissional. A missão primordial de um código de ética profissional


não é de normatizar a natureza técnica do trabalho, e, sim, a de assegurar, dentro
de valores relevantes para a sociedade e para as práticas desenvolvidas, um padrão
de conduta que fortaleça o reconhecimento social daquela categoria.
O código de ética prevê todas as situações em que deverá ser
aplicado? Não. Por isso constitui-se como princípios que
fundamentarão a conduta profissional.
Códigos de Ética expressam sempre uma concepção de homem e de
sociedade que determina a direção das relações entre os indivíduos. Traduzem-se
em princípios e normas que devem se pautar pelo respeito ao sujeito humano e seus

| 4
direitos fundamentais. Por constituir a expressão de valores universais, tais como
os constantes na Declaração Universal dos Direitos Humanos; sócio-culturais, que
refletem a realidade do país; e de valores que estruturam uma profissão, um código
de ética não pode ser visto como um conjunto fixo de normas e imutável no tempo.
As sociedades mudam, as profissões transformam-se e isso exige, também, uma
reflexão contínua sobre o próprio código de ética que nos orienta.
Dois pontos importantes: todo código de ética é determinado

07
historicamente e o nosso foi influenciado pela Declaração

9:
:5
Universal dos Direitos Humanos.

15
A formulação deste Código de Ética, o terceiro da profissão de psicólogo no

1
02
Brasil, responde ao contexto organizativo dos psicólogos, ao momento do país e ao

/2
02
estágio de desenvolvimento da Psicologia enquanto campo científico e profissional.

7/
Este Código de Ética dos Psicólogos é reflexo da necessidade, sentida pela categoria

-0
om
e suas entidades representativas, de atender à evolução do contexto institucional-

l.c
legal do país, marcadamente a partir da promulgação da denominada Constituição

ai
Cidadã, em 1988, e das legislações dela decorrentes. gm
@
Consoante com a conjuntura democrática vigente, o presente Código foi
na

construído a partir de múltiplos espaços de discussão sobre a ética da profissão,


pi
ia

suas responsabilidades e compromissos com a promoção da cidadania. O processo


ib
a.

ocorreu ao longo de três anos, em todo o país, com a participação direta dos
an

psicólogos e aberto à sociedade.


ai
-l

Ô drama do CFP, essa é dispensável.


1
-6

Este Código de Ética pautou-se pelo princípio geral de aproximar-se mais


43

de um instrumento de reflexão do que de um conjunto de normas a serem seguidas


.2
10

pelo psicólogo. Para tanto, na sua construção buscou-se:


.1
04

Eis a lista dos pressupostos que nortearam a construção do nosso


-0

código de ética que todo candidato deve saber.


A

a. Valorizar os princípios fundamentais como grandes eixos que devem


N
PI

orientar a relação do psicólogo com a sociedade, a profissão, as entidades


IA
IB

profissionais e a ciência, pois esses eixos atravessam todas as práticas e estas


AL

demandam uma contínua reflexão sobre o contexto social e institucional.


LE

b. Abrir espaço para a discussão, pelo psicólogo, dos limites e interseções


A
N

relativos aos direitos individuais e coletivos, questão crucial para as relações que
IA
LA

estabelece com a sociedade, os colegas de profissão e os usuários ou beneficiários


dos seus serviços.
c. Contemplar a diversidade que configura o exercício da profissão e a
crescente inserção do psicólogo em contextos institucionais e em equipes
multiprofissionais.
d. Estimular reflexões que considerem a profissão como um todo e não em
suas práticas particulares, uma vez que os principais dilemas éticos não se
restringem a práticas específicas e surgem em quaisquer contextos de atuação.
Ao aprovar e divulgar o Código de Ética Profissional do Psicólogo, a
expectativa é de que ele seja um instrumento capaz de delinear para a sociedade as

| 5
responsabilidades e deveres do psicólogo, oferecer diretrizes para a sua formação
e balizar os julgamentos das suas ações, contribuindo para o fortalecimento e
ampliação do significado social da profissão.
Vou destacar as utopias os objetivos:
a) delinear para a sociedade as responsabilidades e
deveres do psicólogo
b) oferecer diretrizes para a sua formação

07
c) balizar os julgamentos das suas ações

9:
:5
d) contribuir para o fortalecimento e ampliação do

15
significado social da profissão

1
02
/2
02
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

7/
I. O psicólogo baseará o seu trabalho no respeito e na promoção da liberdade, da

-0
om
dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado nos valores que

l.c
embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

ai
II. O psicólogo trabalhará visando promover a saúde e a qualidade de vida das
gm
@
pessoas e das coletividades e contribuirá para a eliminação de quaisquer formas de
na

negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.


pi
ia

Atente para a expressão “contribuirá para a eliminação”.


ib
a.

III. O psicólogo atuará com responsabilidade social, analisando crítica e


an

historicamente a realidade política, econômica, social e cultural.


ai
-l

IV. O psicólogo atuará com responsabilidade, por meio do contínuo aprimoramento


1
-6

profissional, contribuindo para o desenvolvimento da Psicologia como campo


43

científico de conhecimento e de prática.


.2
10

V. O psicólogo contribuirá para promover a universalização do acesso da população


.1
04

às informações, ao conhecimento da ciência psicológica, aos serviços e aos padrões


-0

éticos da profissão.
A

VI. O psicólogo zelará para que o exercício profissional seja efetuado com dignidade,
N
PI

rejeitando situações em que a Psicologia esteja sendo aviltada.


IA
IB

Aqui não tem escolha, em situações que o psicólogo presencie a


AL

degradação da psicologia, deve agir obrigatoriamente.


LE

VII. O psicólogo considerará as relações de poder nos contextos em que atua e os


A
N

impactos dessas relações sobre as suas atividades profissionais, posicionando-se


IA
LA

de forma crítica e em consonância com os demais princípios deste Código.


Uma dica: decore o VII. Cai na literalidade na maioria das bancas
em que trabalhei,

DAS RESPONSABILIDADES DO PSICÓLOGO


Agora começa a parte boa!
Art. 1º – São deveres fundamentais dos psicólogos:
a) Conhecer, divulgar, cumprir e fazer cumprir este Código;
b) Assumir responsabilidades profissionais somente por atividades para as
quais esteja capacitado pessoal, teórica e tecnicamente;

| 6
c) Prestar serviços psicológicos de qualidade, em condições de trabalho
dignas e apropriadas à natureza desses serviços, utilizando princípios,
conhecimentos e técnicas reconhecidamente fundamentados na ciência
psicológica, na ética e na legislação profissional;
A legislação profissional inclui não só a elaborada para os
profissionais de psicologia como a existente para o contexto de
trabalho do psicólogo (Exemplo, Código de Ética do Poder

07
Executivo para psicólogos servidores do poder executivo).

9:
:5
d) Prestar serviços profissionais em situações de calamidade pública ou de

15
emergência, sem visar benefício pessoal;

1
02
O que isso realmente significa na prática? Significa que o psicólogo

/2
02
deve se apresentar para o trabalho em situações de calamidade

7/
pública ou de emergência, mesmo que seja sem remuneração.

-0
om
Esse preceito está de acordo com o humanismo da Declaração

l.c
Universal dos Direitos Humanos.

ai
e) Estabelecer acordos de prestação de serviços que respeitem os direitos do
gm
@
usuário ou beneficiário de serviços de Psicologia;
na

Nada de preços ou condições exorbitantes.


pi
ia

f) Fornecer, a quem de direito, na prestação de serviços psicológicos,


ib
a.

informações concernentes ao trabalho a ser realizado e ao seu objetivo


an

profissional;
ai
-l

Esse “a quem de direito” é o usuário do serviço e/ou seu


1
-6

responsável.
43

g) Informar, a quem de direito, os resultados decorrentes da prestação de


.2
10

serviços psicológicos, transmitindo somente o que for necessário para a


.1
04

tomada de decisões que afetem o usuário ou beneficiário;


-0

h) Orientar a quem de direito sobre os encaminhamentos apropriados, a


A

partir da prestação de serviços psicológicos, e fornecer, sempre que


N
PI

solicitado, os documentos pertinentes ao bom termo do trabalho;


IA
IB

i) Zelar para que a comercialização, aquisição, doação, empréstimo, guarda


AL

e forma de divulgação do material privativo do psicólogo sejam feitas


LE

conforme os princípios deste Código;


A
N

j) Ter, para com o trabalho dos psicólogos e de outros profissionais, respeito,


IA
LA

consideração e solidariedade, e, quando solicitado, colaborar com estes,


salvo impedimento por motivo relevante;
k) Sugerir serviços de outros psicólogos, sempre que, por motivos
justificáveis, não puderem ser continuados pelo profissional que os assumiu
inicialmente, fornecendo ao seu substituto as informações necessárias à
continuidade do trabalho;
l) Levar ao conhecimento das instâncias competentes o exercício ilegal ou
irregular da profissão, transgressões a princípios e diretrizes deste Código ou
da legislação profissional.

| 7
Art. 2º – Ao psicólogo é vedado:
O Artigo 1° e o 2° devem ser relidos até a exaustão. Apesar de
parecerem longos, são de “bom senso” da prática profissional e
fáceis de serem identificados em qualquer prova.
a) Praticar ou ser conivente com quaisquer atos que caracterizem
negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade ou opressão;
b) Induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas,

07
de orientação sexual ou a qualquer tipo de preconceito, quando do exercício

9:
:5
de suas funções profissionais;

15
c) Utilizar ou favorecer o uso de conhecimento e a utilização de práticas

1
02
psicológicas como instrumentos de castigo, tortura ou qualquer forma de

/2
02
violência;

7/
d) Acumpliciar-se com pessoas ou organizações que exerçam ou favoreçam

-0
om
o exercício ilegal da profissão de psicólogo ou de qualquer outra atividade

l.c
profissional;

ai
e) Ser conivente com erros, faltas éticas, violação de direitos, crimes ou
gm
@
contravenções penais praticados por psicólogos na prestação de serviços
na

profissionais;
pi
ia

f) Prestar serviços ou vincular o título de psicólogo a serviços de atendimento


ib
a.

psicológico cujos procedimentos, técnicas e meios não estejam


an

regulamentados ou reconhecidos pela profissão;


ai
-l

g) Emitir documentos sem fundamentação e qualidade técnico científica;


1
-6

h) Interferir na validade e fidedignidade de instrumentos e técnicas


43

psicológicas, adulterar seus resultados ou fazer declarações falsas;


.2
10

i) Induzir qualquer pessoa ou organização a recorrer a seus serviços;


.1
04

j) Estabelecer com a pessoa atendida, familiar ou terceiro, que tenha vínculo


-0

com o atendido, relação que possa interferir negativamente nos objetivos do


A

serviço prestado;
N
PI

k) Ser perito, avaliador ou parecerista em situações nas quais seus vínculos


IA
IB

pessoais ou profissionais, atuais ou anteriores, possam afetar a qualidade do


AL

trabalho a ser realizado ou a fidelidade aos resultados da avaliação;


LE

l) Desviar para serviço particular ou de outra instituição, visando benefício


A
N

próprio, pessoas ou organizações atendidas por instituição com a qual


IA
LA

mantenha qualquer tipo de vínculo profissional;


m) Prestar serviços profissionais a organizações concorrentes de modo que
possam resultar em prejuízo para as partes envolvidas, decorrentes de
informações privilegiadas;
n) Prolongar, desnecessariamente, a prestação de serviços profissionais;
o) Pleitear ou receber comissões, empréstimos, doações ou vantagens
outras de qualquer espécie, além dos honorários contratados, assim como
intermediar transações financeiras;
p) Receber, pagar remuneração ou porcentagem por encaminhamento de
serviços;

| 8
q) Realizar diagnósticos, divulgar procedimentos ou apresentar resultados
de serviços psicológicos em meios de comunicação, de forma a expor
pessoas, grupos ou organizações.
Mas Alyson, não podemos realizar diagnóstico? Isso é culpa do tal
do Ato Médico? Não. Veja bem, não podemos realizar diagnóstico
que exponha pessoas, grupos ou organizações.

07
Art. 3º – O psicólogo, para ingressar, associar-se ou permanecer em uma

9:
:5
organização, considerará a missão, a filosofia, as políticas, as normas e as práticas

15
nela vigentes e sua compatibilidade com os princípios e regras deste Código.

1
02
Parágrafo único: Existindo incompatibilidade, cabe ao psicólogo recusar-se a

/2
02
prestar serviços e, se pertinente, apresentar denúncia ao órgão competente.

7/
-0
om
Art. 4º – Ao fixar a remuneração pelo seu trabalho, o psicólogo:

l.c
a) Levará em conta a justa retribuição aos serviços prestados e as condições

ai
do usuário ou beneficiário; gm
@
b) Estipulará o valor de acordo com as características da atividade e o
na

comunicará ao usuário ou beneficiário antes do início do trabalho a ser


pi
ia

realizado;
ib
a.

c) Assegurará a qualidade dos serviços oferecidos independentemente do


an

valor acordado.
ai
-l
1
-6

Art. 5º – O psicólogo, quando participar de greves ou paralisações, garantirá que:


43

a) As atividades de emergência não sejam interrompidas;


.2
10

b) Haja prévia comunicação da paralisação aos usuários ou beneficiários dos


.1
04

serviços atingidos pela mesma.


-0
A

Art. 6º – O psicólogo, no relacionamento com profissionais não psicólogos:


N
PI

a) Encaminhará a profissionais ou entidades habilitados e qualificados


IA
IB

demandas que extrapolem seu campo de atuação;


AL

b) Compartilhará somente informações relevantes para qualificar o serviço


LE

prestado, resguardando o caráter confidencial das comunicações,


A
N

assinalando a responsabilidade, de quem as receber, de preservar o sigilo.


IA
LA

Art. 7º – O psicólogo poderá intervir na prestação de serviços psicológicos que


estejam sendo efetuados por outro profissional, nas seguintes situações:
Olho no lance! Essas 4 condições são vitais para o seu concurso!
a) A pedido do profissional responsável pelo serviço;
Não é a pedido do paciente se o serviço ainda estiver em curso.
b) Em caso de emergência ou risco ao beneficiário ou usuário do serviço,
quando dará imediata ciência ao profissional;

| 9
Ocorre a intervenção, mas o psicólogo que intervir deve dar
imediata ciência ao profissional anterior de sua atuação. Sendo
assim, ele não pede autorização, mas comunica a atuação.
c) Quando informado expressamente, por qualquer uma das partes, da
interrupção voluntária e definitiva do serviço;
Quando informado pelo paciente ou por psicólogo anterior que o
vínculo de atendimento não existe mais.

07
d) Quando se tratar de trabalho multiprofissional e a intervenção fizer parte

9:
:5
da metodologia adotada.

15
1
02
Art. 8º – Para realizar atendimento não eventual de criança, adolescente ou

/2
02
interdito, o psicólogo deverá obter autorização de ao menos um de seus

7/
responsáveis, observadas as determinações da legislação vigente:

-0
om
Ao menos um dos responsáveis deverá autorizar o atendimento de

l.c
criança, adolescente ou interdito. Isso não significa que seja

ai
necessariamente um dos pais. Pode ser a avó ou, como expresso
gm
@
no parágrafo seguinte, o Juiz da Infância e Adolescência, por
na

exemplo.
pi
ia

§1° – No caso de não se apresentar um responsável legal, o atendimento deverá ser


ib
a.

efetuado e comunicado às autoridades competentes;


an

§2° – O psicólogo responsabilizar-se-á pelos encaminhamentos que se fizerem


ai
-l

necessários para garantir a proteção integral do atendido.


1
-6
43

Art. 9º – É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por


.2
10

meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou organizações, a


.1
04

que tenha acesso no exercício profissional.


-0
A

Art. 10 – Nas situações em que se configure conflito entre as exigências decorrentes


N
PI

do disposto no Art. 9º e as afirmações dos princípios fundamentais deste Código,


IA
IB

excetuando-se os casos previstos em lei, o psicólogo poderá decidir pela quebra de


AL

sigilo, baseando sua decisão na busca do menor prejuízo.


LE

Parágrafo único – Em caso de quebra do sigilo previsto no caput deste artigo, o


A
N

psicólogo deverá restringir-se a prestar as informações estritamente necessárias.


IA
LA

Art. 11 – Quando requisitado a depor em juízo, o psicólogo poderá prestar


informações, considerando o previsto neste Código.
E comunicará apenas o necessário.

Art. 12 – Nos documentos que embasam as atividades em equipe multiprofissional,


o psicólogo registrará apenas as informações necessárias para o cumprimento dos
objetivos do trabalho.
Novamente, comunicará apenas o necessário.

| 10
Art. 13 – No atendimento à criança, ao adolescente ou ao interdito, deve ser
comunicado aos responsáveis o estritamente essencial para se promoverem
medidas em seu benefício.
Novamente, comunicará apenas o necessário.

Art. 14 – A utilização de quaisquer meios de registro e observação da prática


psicológica obedecerá às normas deste Código e a legislação profissional vigente,

07
devendo o usuário ou beneficiário, desde o início, ser informado.

9:
:5
15
Art. 15 – Em caso de interrupção do trabalho do psicólogo, por quaisquer motivos,

1
02
ele deverá zelar pelo destino dos seus arquivos confidenciais.

/2
02
§ 1° – Em caso de demissão ou exoneração, o psicólogo deverá repassar

7/
todo o material ao psicólogo que vier a substituí-lo, ou lacrá-lo para posterior

-0
om
utilização pelo psicólogo substituto.

l.c
§ 2° – Em caso de extinção do serviço de Psicologia, o psicólogo responsável

ai
informará ao Conselho Regional de Psicologia, que providenciará a destinação dos
gm
@
arquivos confidenciais.
na
pi
ia

Art. 16 – O psicólogo, na realização de estudos, pesquisas e atividades voltadas


ib
a.

para a produção de conhecimento e desenvolvimento de tecnologias:


an

a) Avaliará os riscos envolvidos, tanto pelos procedimentos, como pela


ai
-l

divulgação dos resultados, com o objetivo de proteger as pessoas, grupos,


1
-6

organizações e comunidades envolvidas;


43

b) Garantirá o caráter voluntário da participação dos envolvidos, mediante


.2
10

consentimento livre e esclarecido, salvo nas situações previstas em


.1
04

legislação específica e respeitando os princípios deste Código; [desconheço


-0

legislação que preveja essas exceções].


A

c) Garantirá o anonimato das pessoas, grupos ou organizações, salvo


N
PI

interesse manifesto destes;


IA
IB

d) Garantirá o acesso das pessoas, grupos ou organizações aos resultados


AL

das pesquisas ou estudos, após seu encerramento, sempre que assim o


LE

desejarem.
A
N
IA
LA

Art. 17 – Caberá aos psicólogos docentes ou supervisores esclarecer, informar,


orientar e exigir dos estudantes a observância dos princípios e normas contidas
neste Código.

Art. 18 – O psicólogo não divulgará, ensinará, cederá, emprestará ou venderá a


leigos instrumentos e técnicas psicológicas que permitam ou facilitem o exercício
ilegal da profissão.

| 11
Art. 19 – O psicólogo, ao participar de atividade em veículos de comunicação, zelará
para que as informações prestadas disseminem o conhecimento a respeito das
atribuições, da base científica e do papel social da profissão.

Art. 20 – O psicólogo, ao promover publicamente seus serviços, por quaisquer


meios, individual ou coletivamente:
a) Informará o seu nome completo, o CRP e seu número de registro;

07
b) Fará referência apenas a títulos ou qualificações profissionais que possua;

9:
:5
c) Divulgará somente qualificações, atividades e recursos relativos a técnicas

15
e práticas que estejam reconhecidas ou regulamentadas pela profissão;

1
02
d) Não utilizará o preço do serviço como forma de propaganda;

/2
02
e) Não fará previsão taxativa de resultados;

7/
f) Não fará auto-promoção em detrimento de outros profissionais;

-0
om
g) Não proporá atividades que sejam atribuições privativas de outras

l.c
categorias profissionais;

ai
h) Não fará divulgação sensacionalista das atividades profissionais.
gm
@
na

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS


pi
ia
ib
a.

Art. 21 – As transgressões dos preceitos deste Código constituem infração


an

disciplinar com a aplicação das seguintes penalidades, na forma dos dispositivos


ai
-l

legais ou regimentais:
1
-6

a) Advertência;
43

b) Multa;
.2
10

c) Censura pública;
.1
04

d) Suspensão do exercício profissional, por até 30 (trinta) dias, ad


-0

referendum do Conselho Federal de Psicologia;


A

e) Cassação do exercício profissional, ad referendum do Conselho Federal de


N
PI

Psicologia.
IA
IB
AL

Art. 22 – As dúvidas na observância deste Código e os casos omissos serão


LE

resolvidos pelos Conselhos Regionais de Psicologia, ad referendum do Conselho


A
N

Federal de Psicologia.
IA
LA

Art. 23 – Competirá ao Conselho Federal de Psicologia firmar jurisprudência quanto


aos casos omissos e fazê-la incorporar a este Código.

Art. 24 – O presente Código poderá ser alterado pelo Conselho Federal de


Psicologia, por iniciativa própria ou da categoria, ouvidos os Conselhos Regionais
de Psicologia.

| 12
Leu todo o nosso código de ética? Leia de novo. O que tenho para te falar
não é animador: decore o código de ética. Você precisa saber das definições aqui
utilizadas. O código é pequeno, mesmo assim, devo fazer algumas considerações
esquematizadas para você não mais esquecer.
Pontos Principais

Deveres Fundamentais

07
9:
:5
• Atuar naquilo que é capacitado, com qualidade e seguindo princípios

15
fundamentais;

1
02
• Atuar em situações de calamidade pública

/2
• Fornecer informações (transmitindo somente o que for necessário para a

02
7/
tomada de decisões que afetem o usuário ou beneficiário);

-0
• Encaminhar quando necessário

om
• Representar contra exercício ilegal ou irregular da profissão, transgressões

l.c
a princípios e diretrizes deste Código ou da legislação profissional.

ai
gm
@
Vedações
na
pi

• Praticar atos que caracterizem negligência, discriminação, exploração,


ia
ib

violência, crueldade ou opressão;


a.
an

• Induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas, de


ai

orientação sexual ou a qualquer tipo de preconceito, quando do exercício


-l

de suas funções profissionais; Induzir qualquer pessoa ou organização a


1
-6

recorrer a seus serviços;


43
.2

• Ser cúmplice do exercício ilegal da profissão e de psicólogos com práticas


10

não reconhecidas;
.1
04

• Emitir documentos sem fundamentação e qualidade técnico científica ou


-0

interferir na validade e fidedignidade de instrumentos e técnicas


A

psicológicas;
N
PI

• Estabelecer vínculos que prejudiquem a qualidade do trabalho (seja no


IA

atendimento ou na avaliação) ou visar benefício próprio.


IB
AL
LE

“Visar benefício próprio”. Quando a questão vier referindo-se ao nosso


A
N

código, observe se a situação apresentada sustenta algum caso que vise benefício
IA
LA

próprio (prolongamento das sessões, empréstimos pessoais, estipular o preço após


o início dos trabalhos, porcentagem recebida por encaminhamento, etc.). Caso isso
ocorra, ficará fácil identificar o erro inferido.
Para garantir que o psicólogo vá seguir os preceitos éticos explicitados, a
garantia que o próprio Código Oferece é a capacidade que nós temos de recusar-
nos a prestar serviços e, se pertinente, apresentar denúncia ao órgão competente.
Além disso, podemos intervir no trabalho de outros profissionais nas
seguintes situações:
a) A pedido do outro profissional responsável pelo serviço;
b) Em caso de emergência ou risco ao beneficiário;

| 13
c) Quando o trabalho do outro profissional estiver encerrado;
d) Quando for a metodologia adotada.
Outro ponto importante é que, no atendimento de crianças, adolescentes
ou interditos, ao menos um dos responsáveis deverá autorizar o atendimento. De
que forma ocorre essa autorização? Bom, a legislação vigente não fala nada
específico sobre isso, e, como você deve saber, a autorização verbal acaba sendo
suficiente.

07
O psicólogo poderá decidir pela quebra de sigilo apenas na situação em

9:
:5
que busque o menor prejuízo. E, mesmo assim, deverá apenas prestar as

15
informações estritamente necessárias (isso vale para a quase totalidade dos

1
02
processos de comunicação oficiais do psicólogo).

/2
02
O que fazer com os arquivos confidenciais? Essa é fácil, atente para os dois

7/
casos: em caso de demissão ou exoneração do psicólogo, seu material deve ser

-0
om
passado para quem o vier a substituir ou deve lacrar o material para posterior

l.c
utilização; em caso de extinção do serviço de psicologia, o psicólogo informará a

ai
extinção ao Conselho Regional de Psicologia, que ficará responsável pela
gm
@
destinação do material.
na

Na hora de fazer propaganda, o psicólogo deve informar seu nome


pi
ia

completo, número de registro e CRP. Além disso:


ib
a.

a) Poderá divulgar qualificação profissional e qualificações,


an

atividades e recursos relativos a técnicas e práticas que estejam


ai
-l

reconhecidas ou regulamentadas pela profissão;


1
-6

b) Não poderá divulgar o preço, divulgar expectativa de resultados


43

(de forma taxativa), se promover em detrimento de outros


.2
10

profissionais e nem fará sensacionalismo sobre sua atividade


.1
04

profissional.
-0

E, por fim, a lista das penalidades aplicadas:


A

a) Advertência;
N
PI

b) Multa;
IA
IB

c) Censura pública;
AL

d) Suspensão do exercício profissional, por até 30 (trinta) dias, ad


LE

referendum do Conselho Federal de Psicologia;


A
N

e) Cassação do exercício profissional, ad referendum do Conselho


IA
LA

Federal de Psicologia.
Observe que o código de ética não estipula os casos em que as penalidades
são aplicáveis. Isso ocorre por meio de outras legislações, julgados,
posicionamentos e pelo julgamento através de comissão de ética para cada caso
apresentado.

1.4 Laudos, pareceres e relatórios psicológicos, estudo de


caso, informação e avaliação psicológica.

| 14
Futuros aprovados na DPDF, essa matéria é básica para qualquer concurso
de psicologia. Vamos adentrar em algumas definições gerais para depois
adentrarmos na resolução que você vai estudar em outro curso nosso.
Primeira coisa, nossa banca é a CESPE, mesmo assim, não há diferença de
documentos para o contexto do trânsito para o judiciário ou até organizacional. Em
TODO caso seguimos a Resolução CFP nº 6 de 2019.

07
Antes de falar sobre ela, dois caroços de informação.

9:
:5
15
Informe Psicológico

1
02
/2
O informe psicológico é a comunicação documentada do serviço do

02
psicólogo sobre algo avaliado. Nesse sentido, decorrente da forma como o termo é

7/
-0
utilizado em língua portuguesa, podemos dizer que os informes são o laudo e o

om
relatório psicológico.

l.c
ai
gm
Estudo de Caso
@
na

Coisa besta demais... Simples mesmo. Estudo de caso é a análise de um


pi

caso descrito. Nem documento é.


ia
ib

Um dos principais autores que versa sobre estudos de caso é YIN (1989).
a.
an

Esse autor define que "o estudo de caso é uma inquirição empírica que investiga um
ai

fenômeno contemporâneo dentro de um contexto da vida real, quando a fronteira


-l
1

entre o fenômeno e o contexto não é claramente evidente e onde múltiplas fontes


-6
43

de evidência são utilizadas". Esta definição, apresentada como uma "definição mais
.2
10

técnica", nos ajuda, segundo ele, a compreender e distinguir o método do estudo


.1

de caso de outras estratégias de pesquisa como o método histórico e a entrevista


04
-0

em profundidade, o método experimental e o survey.


A

Fundamentalmente, podemos entender o método de estudo de caso como


N
PI

um tipo de análise qualitativa (apesar de não descartar vieses quantitativos). Pode


IA

ser feito com um sujeito ou com vários, e em algumas abordagens psicológicas


IB
AL

apresenta maior representatividade que em outras. Na análise experimental do


LE

comportamento, por exemplo, admite-se que com o controle metodológico e a


A

produção de resultados no estudo de caso, a hipótese pode ser generalizável para


N
IA

outros casos (mesmo quando o experimento comportamental foi feito apenas com
LA

um sujeito).
Ainda segundo YIN (1989), o estudo de caso possui quatro funções:
1. Explicar ligações causais nas intervenções na vida real que são muito
complexas para serem abordadas pelos 'surveys' ou pelas estratégias
experimentais;
2. Descrever o contexto da vida real no qual a intervenção ocorreu;
3. Fazer uma avaliação, ainda que de forma descritiva, da intervenção
realizada; e

| 15
4. Explorar aquelas situações onde as intervenções avaliadas não
possuam resultados claros e específicos.

Para evitar que alguns problemas se desenvolvam no decorrer do


levantamento do estudo de caso, recomenda-se:
1. Desenvolver um plano de pesquisa que considere estes perigos ou
críticas. Por exemplo, com relação ao sentimento de certeza, pode-se usar um

07
padrão de amostra apropriado pois, " sabendo que sua amostra é boa, ele tem uma

9:
:5
base racional para fazer estimativas sobre o universo do qual ela é retirada"

15
2. Ao se fazer generalizações, da mesma maneira que nas

1
02
generalizações a partir de experimentos, fazê-las em relação às proposições

/2
02
teóricas e não para populações ou universos

7/
3. Planejar a utilização, tanto quanto possível, da "...técnica do código

-0
om
qualitativo para traços e fatores individuais que são passíveis de tais classificações.

l.c
Se usar categorias como 'egoísta' ou 'ajustado' ... desenvolverá um conjunto de

ai
instruções para decidir se um determinado caso está dentro da categoria e estas
gm
@
instruções devem ser escritas de maneira que outros cientistas possam repeti-las".
na

Estes autores recomendam que, por segurança, as classificações feitas sejam


pi
ia

analisadas por um conjunto de colaboradores que atuarão como "juízes da


ib
a.

fidedignidade mesmo das classificações mais simples".


an

4. Evitar narrações longas e relatórios extensos uma vez que relatórios


ai
-l

deste tipo desencorajam a leitura e a análise do estudo do caso.


1
-6

5. Proceder seleção e treinamento criteriosos dos investigadores e


43

assistentes para assegurar o domínio das habilidades necessárias à realização de


.2
10

Estudo de Caso.
.1
04
-0

Meus queridos, futuros aprovados no concurso do DPDF, procurem esse


A

curso grátis no Psicologia Nova:


N
PI
IA
IB
AL
LE
A
N
IA
LA

Ele vai tratar da Resolução CFP nº 6 de 2019 e foi disponibilizado de graça


em nosso site.

| 16
Questões

1. CESPE – TRE-BA – Psicólogo – 2017


Assinale a opção que apresenta princípio fundamental do Código de Ética
Profissional do Psicólogo.
A promoção da saúde e da qualidade de vida das pessoas, porém sem impactar a

07
coletividade

9:
B prática profissional digna e fundamentada nos preceitos religiosos e espirituais

:5
15
seguidos pelo paciente

1
C neutralidade profissional, ainda que com negligenciamento da realidade social,

02
/2
econômica e cultural do paciente

02
D atuação responsável, com aprimoramento contínuo do profissional

7/
-0
E prevenção da prática de automedicação por meio da restrição de acesso ao

om
conhecimento da ciência psicológica por público leigo

l.c
ai
2. CESPE – TRE-RS – Psicólogo – 2015 gm
@

Assinale a opção em que se apresenta uma penalidade para infrações disciplinares


na
pi

decorrentes de transgressões dos preceitos do Código de Ética Profissional do


ia
ib

Psicólogo.
a.

A censura individual
an
ai

B suspensão do exercício profissional por até sessenta dias


-l
1

C repreensão aplicada por escrito


-6
43

D advertência
.2

E demissão
10
.1
04

3. CESPE – TRE-RS – Psicólogo – 2015


-0

Com base nas disposições do Código de Ética Profissional do Psicólogo, assinale a


A
N

opção correta.
PI
IA

A O código de ética vigente reflete a necessidade sentida pela categoria de atender


IB

aos interesses sociais da população.


AL
LE

B Um dos princípios fundamentais da categoria preconiza que o psicólogo deve


A

desconsiderar as relações de poder nos contextos em que atua e os impactos dessas


N
IA

relações sobre as suas atividades profissionais.


LA

C É vedado ao psicólogo emprestar a leigos instrumentos ou técnicas psicológicas


que permitam ou facilitem o exercício ilegal da profissão.
D O psicólogo poderá emitir documentos sem fundamentação e qualidade técnico-
científica quando estes puderem interferir positivamente nos objetos do serviço
prestado.
E É vedado ao psicólogo promover publicamente seus serviços, por quaisquer
meios, de modo individual ou coletivo.

4. CESPE – TRE-RS – Psicólogo – 2015

| 17
Ainda a propósito do disposto no Código de Ética Profissional do Psicólogo, assinale
a opção correta.
A No atendimento à criança, ao adolescente ou ao interdito, devem ser
comunicadas ao responsável todas as informações colhidas para que sejam
promovidas medidas em benefício daqueles.
B O referido código poderá ser alterado pelos conselhos regionais de psicologia, por
iniciativa própria ou da categoria, desde que ouvido o CFP.

07
C As dúvidas na observância desse código e os casos omissos serão resolvidos pelo

9:
:5
CFP, ouvindo-se os conselhos regionais de psicologia.

15
D O psicólogo que interromper seu trabalho por extinção do serviço de Psicologia

1
02
deverá destruir completamente seus arquivos confidenciais.

/2
02
E Caberá aos psicólogos docentes ou supervisores esclarecer, informar e orientar os

7/
estudantes acerca dos princípios e das normas contidas nesse código, assim como

-0
om
exigir deles a observância desses princípios.

l.c
ai
5. CESPE – DPF – Psicologia – 2014 gm
@
Com relação à ética profissional do psicólogo, julgue os itens que se seguem.
na

O psicólogo organizacional deverá respeitar o sigilo profissional, podendo


pi
ia

decidir pela quebra desse sigilo em situações de conflito com os princípios


ib
a.

fundamentais do seu código de ética profissional, baseando sua decisão na busca do


an

menor prejuízo, exceto nos casos previstos em lei.


ai
-l
1
-6

6. CESPE – DPF – Psicologia – 2014


43

A transgressão dos preceitos contidos no código de ética profissional do


.2
10

psicólogo, considerada infração disciplinar, inclui as seguintes penalidades:


.1
04

advertência verbal, advertência por escrito, censura ética, suspensão do exercício


-0

profissional por até vinte dias e cassação do exercício profissional.


A
N
PI

7. CESPE – DPF – Psicologia – 2014


IA
IB

Considerando o código de ética que rege a profissão e a atuação do psicólogo,


AL

julgue os itens subsecutivos.


LE

Em se tratando de paciente que esteja envolvido em casos de perícia judicial, o


A
N

profissional/psicólogo poderá atuar como perito, mesmo que tenha atendido,


IA
LA

individual e clinicamente, em momento anterior, o referido paciente.

8. CESPE – DPF – Psicologia – 2014


Na prestação de serviços psicológicos, é vedado ao psicólogo fornecer, a
qualquer pessoa, informações a respeito dos objetivos de suas intervenções.

9. CESPE – DPF – Psicologia – 2014


No que tange aos resultados das intervenções psicológicas realizadas, o
profissional deverá informar, a quem de direito, apenas aqueles que são necessários
para a tomada de decisões, preservando o usuário e(ou) o beneficiário.

| 18
10. CESPE – DPF – Psicologia – 2014
Em caso de greves ou paralisações da categoria profissional, o psicólogo dispõe
do direito de interromper todas as atividades concernentes à prestação de serviços
psicológicos.

11. CESPE - 2010 - MS – Psicólogo

07
Considerando os aspectos clínicos e a ética da atuação profissional do

9:
:5
psicólogo, julgue os próximos itens.

15
Considerando que homossexuais sofrem discriminação social e que isso

1
02
pode implicar baixa autoestima, isolamento social e outras dificuldades

/2
02
emocionais, um psicólogo bem treinado pode propor um programa de

7/
sensibilização heterossexual para reverter a condição de um paciente cujo

-0
om
sofrimento psíquico seja avaliado pelo profissional como decorrente da orientação

l.c
sexual.

ai
( ) Certo ( ) Errado gm
@
na

12. CESPE - INSS - Analista do Seguro Social – 2008


pi
ia

Acerca da postura ética do psicólogo, julgue os itens subseqüentes.


ib
a.

O cumprimento do Código de Ética Profissional do Psicólogo garante uma


an

postura ética por parte do profissional.


ai
-l

( ) Certo ( ) Errado
1
-6
43

13. CESPE - INSS - Analista do Seguro Social – 2008


.2
10

No exercício profissional, o psicólogo deve agir com base em suas


.1
04

convicções pessoais, guiado por seus valores e princípios, construídos ao longo de


-0

sua formação pessoal e profissional.


A

( ) Certo ( ) Errado
N
PI
IA
IB

14. CESPE - INSS - Analista do Seguro Social – 2008


AL

A postura ética do psicólogo consiste na observância dos princípios


LE

elencados pela bioética que servem a todos, ou seja, princípios que não priorizem
A
N

crenças ou valores pessoais.


IA
LA

( ) Certo ( ) Errado

15. CESPE - INSS - Analista do Seguro Social – 2008


O psicólogo vinculado a uma instituição deve considerar os princípios e as
regras da instituição a que esteja vinculado, porém deve privilegiar a pessoa
atendida, respeitando-a acima da instituição que os emprega.
( ) Certo ( ) Errado

16. CESPE - INSS - Analista do Seguro Social – 2008

| 19
Diante da moral vigente, que não serve mais como referencial de
orientação, é postura ética do psicólogo tornar absolutos os princípios, regras e
normas de seu código profissional.
( ) Certo ( ) Errado

17. CESPE - TJDFT - Analista Judiciário - 2008


Rita, com 83 anos de idade, com doença pulmonar crônica, chegou ao

07
vigésimo dia de internação, período em que passou por vários tipos de exames, dos

9:
:5
mais simples aos mais invasivos. Ainda sem um diagnóstico preciso que explicasse

15
a intensificação dos sintomas de fadiga extrema, seria necessário prosseguir os

1
02
exames. Há seis meses, o irmão de Rita, após duas semanas de internação no

/2
02
mesmo hospital, faleceu. A lembrança desse irmão, que sempre foi muito próximo

7/
a ela, ainda está muito viva. “Foi como se tivesse sido ontem”, diz ela, cujo maior

-0
om
desejo é voltar para sua casa, já não mais suportando a permanência naquele

l.c
hospital, apesar de todo apoio que recebe dos filhos e da equipe médica.

ai
A partir do caso hipotético acima, julgue os itens a seguir, acerca da
gm
@
intervenção ética do psicólogo junto à pessoa doente.
na

18. Em uma avaliação psicológica eticamente fundamentada, deve-se atentar


pi
ia

para o limiar entre fazer todo o possível para o bem-estar de Rita na situação
ib
a.

em que se encontra e fazer apenas o que é possível, apenas aquilo que lhe
an

beneficie verdadeiramente, evitando o que lhe é muito danoso, como, por


ai
-l

exemplo, o excesso de exames invasivos.


1
-6

( ) Certo ( ) Errado
43
.2
10

19. CESPE - TJDFT - Analista Judiciário - 2008


.1
04

A psicologia e a ética juntas contribuem para uma digna vivência da morte,


-0

ou seja, para que esta não seja reduzida simplesmente a um processo biológico que
A

permita morrer sem dor. O amparo a Rita, cujos dados são compatíveis com a
N
PI

condição de paciente terminal, bem como à sua família, é importante para auxiliar
IA
IB

na tomada de consciência do que está implicado no processo de morrer.


AL

( ) Certo ( ) Errado
LE
A
N

20. CESPE - TJDFT - Analista Judiciário - 2008


IA
LA

É ético considerar a saúde e o bem-estar do paciente como primordiais, o


que implica a suposição legal de que, para preservar a vida, os cuidados médicos e
psicológicos necessitam da permissão do paciente, respeitando o princípio da não-
maleficência, conferindo a Rita a independência de vontade e ação e a informação
sobre o tratamento e suas implicações.
( ) Certo ( ) Errado

21. CESPE – TRE-BA - Analista Judiciário – 2010


Quanto à ética profissional no psicodiagnóstico, julgue os itens
subsequentes.

| 20
Em termos gerais, o Código de Ética profissional é uma teorização acerca
das condutas a serem adotadas pelo psicólogo que se propõe a agir corretamente
durante o psicodiagnóstico.
( ) Certo ( ) Errado

22. CESPE – TRE-BA - Analista Judiciário – 2010


O Código de Ética orienta o psicólogo, respaldando-o, no que se refere ao

07
conhecimento da área e ao diagnóstico do sujeito por ele atendido, propiciando um

9:
:5
tratamento homogêneo àqueles que necessitam de apoio psicológico.

15
( ) Certo ( ) Errado

1
02
/2
02
23. CESPE – TRE-BA - Analista Judiciário – 2010

7/
O Código de Ética adverte o psicólogo quanto à necessidade de considerar,

-0
om
no momento do diagnóstico, os aspectos sociais na etiologia dos transtornos

l.c
psíquicos, como o sexo e a situação socioeconômica, que podem gerar variações

ai
diagnósticas. gm
@
( ) Certo ( ) Errado
na
pi
ia

24. CESPE – TRE-BA - Analista Judiciário – 2010


ib
a.

Uma exigência ideal do ponto de vista ético, mas que dificilmente é


an

colocada em prática, é a atualização profissional em relação ao conhecimento


ai
-l

científico, assim como a familiarização com as técnicas e suas respectivas


1
-6

potencialidades e limites interpretativos no psicodiagnóstico.


43

( ) Certo ( ) Errado
.2
10
.1
04

25. CESPE - INCA - Tecnologista Júnior – 2010


-0

A respeito da ética e pesquisa em saúde, julgue os itens a seguir.


A

O Código de Nuremberg (1947) e a Declaração Universal dos Direitos do


N
PI

Homem (1948) mudaram a história das relações entre pesquisadores e os


IA
IB

participantes de pesquisa introduzindo normas que consagraram os direitos


AL

individuais e a autonomia. Esses instrumentos tratam, fundamentalmente, dos


LE

abusos da pesquisa científica.


A
N

( ) Certo ( ) Errado
IA
LA

26. CESPE - INCA - Tecnologista Júnior – 2010


O progresso das ciências biomédicas proporcionou à bioética um fértil
campo de indagações e fez surgir dilemas que não são mais apenas relativos ao
direito de transmitir vida e(ou) de suprimi-la, mas que tocam o direito de remodelá-
la e de produzir novos seres vivos.
( ) Certo ( ) Errado

27. CESPE - INCA - Tecnologista Júnior – 2010

| 21
A prática analítica e normativa da bioética tem se embasado em quatro
princípios: a autonomia, que é a escolha livre e intencional de agentes cognitiva e
moralmente competentes; a não-maleficência, que é a valorização de atos que
proporcione algum bem a terceiros; a beneficência para evitar danos injustificados
a terceiros; e a justiça para proporcionar benefícios, riscos e custos equitativos entre
os envolvidos.
( ) Certo ( ) Errado

07
9:
:5
28. CESPE - INCA - Tecnologista Júnior – 2010

15
É eticamente legítimo o fato de o homem tentar controlar e direcionar os

1
02
processos e as funções de sua biologia, pois isso faz parte do sentido do possível

/2
02
inscrito na dialética da autonomia humana, que inclui justamente a adaptabilidade

7/
de sua primeira natureza a seus projetos tipicamente humanos, isto é, consecutivos

-0
om
de sua natureza técnico-cultural.

l.c
( ) Certo ( ) Errado

ai
gm
@
29. CESPE - INCA - Tecnologista Júnior – 2010
na

É possível apontar duas grandes correntes teóricas de tomada de decisão


pi
ia

ética: a corrente teleológica, denominada ética das intenções, que é um ato


ib
a.

avaliado eticamente por seus resultados, pelo alcance dos objetivos da ação
an

empreendida, e a corrente da ética das consequências, isto é, se o homem é um ser


ai
-l

racional, suas decisões devem ser racionais, portanto, são universais.


1
-6

( ) Certo ( ) Errado
43
.2
10

30. CESPE - INCA - Tecnologista Júnior – 2010


.1
04

Uma criança, cinco anos de idade, internada em hospital para tratamento


-0

de leucemia mieloblástica aguda, apresenta quadro de anemia intensa. A equipe


A

médica prescreve transfusão sanguínea, mas os pais recusam tal procedimento.


N
PI

Com base nesse caso clínico, julgue os itens que se seguem.


IA
IB

A criança ainda está desenvolvendo as condições necessárias para agir


AL

autonomamente e, portanto, tem autonomia reduzida.


LE

( ) Certo ( ) Errado
A
N
IA
LA

31. CESPE - INCA - Tecnologista Júnior – 2010


Mesmo existindo conflitos de valores ou de princípios paternos com a
equipe de saúde, o pátrio poder não poderá ser confrontado ética e legalmente nos
tribunais.
( ) Certo ( ) Errado

32. CESPE - TRE/ES - Analista Judiciário – 2011


Com base no Código de Ética Profissional do Psicólogo, julgue os itens
subsequentes.

| 22
É dever do psicólogo transmitir, a quem de direito, somente os resultados
necessários para a tomada de decisões que afetem o usuário ou beneficiário,
decorrentes da prestação de serviços psicológicos.
( ) Certo ( ) Errado

33. CESPE - TRE/ES - Analista Judiciário – 2011


É vedado ao psicólogo apresentar, em meios de comunicação, resultados

07
de serviços psicológicos que possam expor pessoas, grupos ou organizações.

9:
:5
( ) Certo ( ) Errado

15
1
02
34. CESPE - TRE/ES - Analista Judiciário – 2011

/2
02
Em caso de demissão ou exoneração, o psicólogo deve manter consigo

7/
laudos, relatórios e todo material relativo aos serviços prestados, sendo-lhe vedado

-0
om
passar esses documentos a seu substituto, visto que este não será o psicólogo

l.c
responsável pelo sigilo dessas informações, que cabe apenas ao psicólogo que as

ai
coletou. gm
@
( ) Certo ( ) Errado
na
pi
ia

35. CESPE - TRE/ES - Analista Judiciário – 2011


ib
a.

O Código de Ética prevê o direito de greve. No caso de a greve ter como


an

objetivo melhores condições de trabalho da categoria, é permitida a não


ai
-l

comunicação antecipada da paralisação aos usuários ou beneficiários dos serviços.


1
-6

( ) Certo ( ) Errado
43
.2
10

36. CESPE - TRE/ES - Analista Judiciário – 2011


.1
04

Caso um psicólogo observe que outro profissional de psicologia esteja


-0

prestando serviço que acarrete risco ao usuário, esse psicólogo deve levar o caso ao
A

conselho da categoria, não devendo, em nenhuma hipótese, interferir diretamente


N
PI

nos serviços alheios.


IA
IB

( ) Certo ( ) Errado
AL
LE

37. CESPE - TRE/ES - Analista Judiciário – 2011


A
N

O psicólogo que atue em uma equipe multiprofissional deve, ao elaborar


IA
LA

documentos, registrar todas as informações a respeito do usuário ou beneficiário


por ele obtidas. Essas informações devem ser compartilhadas com a equipe, a qual,
como o próprio psicólogo, é também responsável pelo seu sigilo.
( ) Certo ( ) Errado

38. CESPE - SEGERES - Especialista em Desenvolvimento Humano e Social –


2011
De acordo com o código de ética profissional que rege a profissão de
psicólogo, julgue o item abaixo.

| 23
Um psicólogo não pode receber de paciente empréstimo ou doação — além
de seus honorários —, salvo quando o paciente o faz de livre e espontânea vontade.
( ) Certo ( ) Errado

39. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


A respeito da atuação do psicólogo no campo institucional e da ética nas
relações humanas, julgue os itens subsecutivos.

07
De acordo com a perspectiva da moral e dos direitos humanos, as decisões

9:
:5
morais são baseadas nos padrões de equidade, justiça e imparcialidade.

15
( ) Certo ( ) Errado

1
02
/2
02
40. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011

7/
Segundo a abordagem individualista da ética no trabalho, os

-0
om
comportamentos morais produzem um bem maior para um número maior de

l.c
pessoas.

ai
( ) Certo ( ) Errado gm
@
na

41. CESPE - ABIN - Oficial Técnico de Inteligência – Área de Psicologia - 2010


pi
ia

A respeito do papel profissional, das atribuições e das competências do


ib
a.

psicólogo organizacional, julgue os itens subsequentes.


an

O psicólogo organizacional deve preservar o sigilo profissional e o respeito


ai
-l

à intimidade dos trabalhadores que atende, inclusive quando requisitado a depor


1
-6

em juízo, na hipótese de eventual reclamação trabalhista contra o empregador na


43

justiça do trabalho.
.2
10

( ) Certo ( ) Errado
.1
04
-0

42. CESPE – DEPEN - 2013


A

Com base no Código de Ética Profissional do Psicólogo, julgue os itens


N
PI

seguintes.
IA
IB

No exercício de sua profissão, o psicólogo pode ser responsabilizado


AL

individual ou coletivamente por suas ações e pelas consequências advindas dessas


LE

ações.
A
N

( ) Certo ( ) Errado
IA
LA

43. CESPE – DEPEN - 2013


O conjunto fixo e normativo da atuação e das técnicas que regem a práxis do
psicólogo, conforme especificado no código de ética, é pautado nas
responsabilidades e no compromisso que o profissional tem consigo mesmo e com
a sociedade.
( ) Certo ( ) Errado

44. CESPE – DEPEN - 2013

| 24
O código de ética estabelece um conjunto de padrões e condutas esperadas no
que tange à prática profissional, exigindo sempre uma reflexão crítica e contínua do
exercício da profissão pelo psicólogo.
( ) Certo ( ) Errado

45. CESPE – DEPEN - 2013


A normatização de técnicas é um objetivo fundamental do código de ética

07
profissional advindo da necessidade de assegurar práticas éticas pautadas nos

9:
:5
direitos fundamentais do indivíduo.

15
( ) Certo ( ) Errado

1
02
/2
02
46. CESPE – DEPEN - 2013

7/
O código de ética considera valores e demandas sociais, sendo norteado por

-0
om
padrões éticos que garantem vínculos adequados entre os profissionais e entre o

l.c
profissional e a sociedade de modo geral.

ai
( ) Certo ( ) Errado gm
@
na

47. CESPE – DEPEN - 2013


pi
ia

O Código de Ética do Profissional do Psicólogo prevê exceções para a quebra de


ib
a.

sigilo profissional, devendo o profissional embasar sua decisão para mantê-lo na


an

busca do maior benefício para as partes envolvidas.


ai
-l

( ) Certo ( ) Errado
1
-6
43

48. CESPE – DEPEN - 2013


.2
10

A missão fundamental de um código de ética profissional é normatizar a


.1
04

natureza técnica do trabalho, assegurando, assim, um padrão de conduta dos


-0

profissionais que fortaleça o reconhecimento social da categoria.


A

( ) Certo ( ) Errado
N
PI
IA
IB

49. CESPE – DEPEN - 2013


AL

O Código de Ética Profissional do Psicólogo aproxima-se mais de um


LE

instrumento de reflexão do que de um conjunto de normas a serem seguidas pelo


A
N

psicólogo.
IA
LA

( ) Certo ( ) Errado

50. CESPE – DEPEN - 2013


João Gregório, graduado em psicologia há um ano, tem afinidade com a
psicologia clínica e planeja iniciar uma pós-graduação lato sensu nessa área de
conhecimento. Seu cartão pessoal apresenta as seguintes informações: “João
Gregório Matias Júnior; psicólogo clínico; atendimento a famílias e casais; faça uma
visita; apenas R$ 30,00 a sessão; conflitos? depressão? pânico? Ligue já e marque
sua consulta; telefone de contato 30XX513”.

| 25
Com base no Código de Ética Profissional do Psicólogo, julgue os itens a
seguir, acerca da promoção pública dos serviços de psicologia.
O cartão pessoal referido deixa evidente qual o público-alvo de João. Esse é
um aspecto relevante, pois, de acordo com o código de ética, deve-se propor
apenas atividades privativas do psicólogo.
( ) Certo ( ) Errado

07
51. CESPE – DEPEN - 2013

9:
:5
Na promoção pública de serviços de psicologia, é vedado ao psicólogo utilizar o

15
preço da sessão como forma de propaganda.

1
02
( ) Certo ( ) Errado

/2
02
7/
52. O cartão pessoal de João atende aos requisitos previstos no código de ética

-0
om
do profissional de psicologia, visto que as informações disponibilizadas por

l.c
João divulgam práticas reconhecidas e regulamentadas pela profissão.

ai
( ) Certo ( ) Errado gm
@
na

53. CESPE – DEPEN - 2013


pi
ia

De acordo com o código de ética, é facultado ao profissional prestar


ib
a.

informações, no cartão pessoal, quanto ao registro no conselho ou órgão de classe.


an

( ) Certo ( ) Errado
ai
-l
1
-6

54. CESPE – DEPEN - 2013


43

O cartão de João está em conformidade com o padrão especificado no código


.2
10

de ética, pois apresenta os títulos e as qualificações de João.


.1
04

( ) Certo ( ) Errado
-0
A

55. CESPE – SESA – EC - 2013


N
PI

Assinale a opção correta referente ao Código de Ética Profissional dos


IA
IB

Psicólogos.
AL

A) Constitui princípio fundamental estabelecido pelo Código de Ética Profissional


LE

dos Psicólogos a promoção de saúde e de qualidade de vida dos indivíduos e das


A
N

coletividades, devendo o psicólogo ser neutro em quaisquer formas de violência e


IA
LA

de discriminação.
B) O profissional da psicologia deverá atuar com responsabilidade social e
econômica, estando a par dos contextos históricos e sociais. Cabe ao profissional
ainda a análise crítica das realidades social, cultural e individual na tomada de
decisão.
C) O psicólogo deverá atuar com responsabilidade no desenvolvimento da
psicologia como campo científico de conhecimento e de prática.
D) O profissional da psicologia deverá promover a universalização do acesso da
população às informações e aos serviços, não cabendo sua contribuição no que
tange ao conhecimento das especificidades da ciência psicológica.

| 26
E) Constitui princípio fundamental estabelecido pelo Código de Ética Profissional
dos Psicólogos o trabalho fundamentado no respeito e na promoção da liberdade,
da dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado nos valores
que embasam o artigo 5° da Constituição Federal.

56. CESPE – Telebrás – 2013


Acerca da ética do psicólogo organizacional, julgue os itens de 106 a 110.

07
Ao ingressar em determinada organização, o psicólogo deve compatibilizar

9:
:5
princípios e regras da ética profissional com missão, filosofia, políticas, normas e

15
práticas da empresa em que atua.

1
02
( ) Certo ( ) Errado

/2
02
7/
57. CESPE – Telebrás – 2013

-0
om
O psicólogo deve estar capacitado pessoal, teórica e tecnicamente para assumir

l.c
suas responsabilidades profissionais.

ai
( ) Certo ( ) Errado gm
@
na

58. CESPE – Telebrás – 2013


pi
ia

O compartilhamento de informações relevantes com profissionais que não


ib
a.

sejam psicólogos, mas atuem na gestão da organização, é dever do psicólogo no


an

exercício do trabalho.
ai
-l

( ) Certo ( ) Errado
1
-6
43

59. CESPE – Telebrás – 2013


.2
10

A censura pública é a penalidade que pode ser aplicada ao profissional


.1
04

psicólogo que disseminar a base científica que fundamenta a profissão.


-0

( ) Certo ( ) Errado
A
N
PI

60. CESPE – Telebrás – 2013


IA
IB

O psicólogo é impedido de intervir na prestação de serviços psicológicos que


AL

estejam sendo efetuados por outro profissional, mesmo que este profissional aja
LE

contra a ética profissional.


A
N

( ) Certo ( ) Errado
IA
LA

61. CESPE – UNIPAMPA – 2013


Considerando a atuação de um psicólogo em equipe multidisciplinar de
saúde de um órgão público e as normas éticas e de rotina que devem ser seguidas
pelos profissionais que trabalham nesse mesmo órgão, julgue os itens
subsequentes.
Caso o psicólogo seja requisitado a depor em juízo, deverá conduzir seu
depoimento estritamente de acordo com as normas éticas institucionais.
( ) Certo ( ) Errado

| 27
62. CESPE – UNIPAMPA – 2013
Ao testemunhar que um colega da mesma equipe, de outra especialidade, age
de modo negligente e discriminativo em relação a um paciente em atendimento, o
psicólogo não deve se manifestar sobre o ocorrido e dedicar-se à execução de suas
atividades, a não ser que a denúncia desse tipo de fato esteja prevista nas normas
éticas do órgão.
( ) Certo ( ) Errado

07
9:
:5
63. CESPE – UNIPAMPA – 2013

15
O psicólogo não deve disponibilizar para outros profissionais da equipe de

1
02
saúde, que não sejam também psicólogos, quaisquer informações obtidas por ele

/2
02
sobre o paciente.

7/
( ) Certo ( ) Errado

-0
om
l.c
64. CESPE – UNIPAMPA – 2013

ai
Ao reconhecer limitações pessoais para progredir no atendimento a um
gm
@
paciente, havendo na equipe um colega com chances reconhecidas de evoluir com
na

o trabalho, o psicólogo deve fazer o encaminhamento a esse colega sem juntar


pi
ia

informações sobre o atendimento já realizado, de modo que o novo atendimento


ib
a.

possa ser iniciado isento de influências ou opiniões.


an

( ) Certo ( ) Errado
ai
-l
1
-6

65. CESPE – UNIPAMPA – 2013


43

Ao receber um paciente encaminhado por um colega de outra área, que solicitou


.2
10

urgência no atendimento, é facultado ao psicólogo oferecer ao paciente a


.1
04

possibilidade de atendimento
-0

em um serviço particular onde esse psicólogo também atua, com o objetivo de que
A

o atendimento seja mais rápido.


N
PI

( ) Certo ( ) Errado
IA
IB
AL
LE

66. CESPE – TJ-SE – Psicólogo – 2014


A
N

Uma jovem de vinte e três anos de idade, filha primogênita, em


IA
LA

acompanhamento psicológico desde os nove anos de idade, em virtude de


passividade exacerbada nos relacionamentos interpessoais, mostrou-se, no início
do tratamento, ansiosa e com dependência significativa de sua mãe. Ao longo do
seu desenvolvimento, apresentou outras queixas, tais como alteração repentina de
humor, agressividade, insegurança e angústia. As manifestações clínicas mais
recentes relatadas pela jovem foram dificuldade na tomada de decisões e na
iniciação de projetos pessoais, sentimentos de desamparo ao estar sozinha e
preocupação exacerbada com a possibilidade de deixar de receber cuidado e apoio
das pessoas que considera em seu rol de amizade.

| 28
Considerando o caso clínico apresentado, julgue os itens a seguir, à luz do
disposto no Código de Ética Profissional do Psicólogo e das abordagens teóricas da
psicologia.
Nesse caso, para iniciar o tratamento, quando a jovem era ainda criança, o
psicólogo necessitou de autorização de ambos os responsáveis — pai e mãe —, dada
a previsão desta determinação no Código de Ética Profissional do Psicólogo.

07
67. CESPE – TJ-SE – Psicólogo – 2014

9:
:5
Considere que um funcionário tenha procurado o psicólogo do setor de

15
qualidade de vida no trabalho, órgão hierarquicamente superior à área de gestão

1
02
de pessoas da empresa onde trabalha, e que tenha denunciado ser vítima de

/2
02
assédio moral do responsável pela área de gestão de pessoas. Considere, ainda, que

7/
o referido funcionário tenha alegado que, no último ano, havia sofrido ações

-0
om
prolongadas e repetidas de humilhação, ofensas, xingamentos e constrangimentos,

l.c
inclusive na presença da equipe de trabalho.

ai
Com base na situação hipotética apresentada, julgue os itens subsequentes,
gm
@
acerca da qualidade de vida no trabalho e da ética profissional do psicólogo
na

organizacional.
pi
ia

O psicólogo que atendeu o funcionário deve considerar as relações de poder


ib
a.

existentes no ambiente organizacional e se posicionar de forma crítica, conforme


an

os princípios do código de ética profissional, mesmo que estes sejam contrários aos
ai
-l

interesses da empresa.
1
-6
43

68. CESPE – TJ-SE – Psicólogo – 2014


.2
10

Considere que um funcionário tenha procurado o psicólogo do setor de


.1
04

qualidade de vida no trabalho, órgão hierarquicamente superior à área de gestão


-0

de pessoas da empresa onde trabalha, e que tenha denunciado ser vítima de


A

assédio moral do responsável pela área de gestão de pessoas. Considere, ainda, que
N
PI

o referido funcionário tenha alegado que, no último ano, havia sofrido ações
IA
IB

prolongadas e repetidas de humilhação, ofensas, xingamentos e constrangimentos,


AL

inclusive na presença da equipe de trabalho.


LE

Com base na situação hipotética apresentada, julgue os itens subsequentes,


A
N

acerca da qualidade de vida no trabalho e da ética profissional do psicólogo


IA
LA

organizacional.
Caso o psicólogo seja demitido ou transferido do seu posto de trabalho, ele
deverá repassar todo o material ao psicólogo substituto, porém, não havendo outro
profissional habilitado para substituí-lo, deverá encaminhar todos os arquivos
lacrados à direção da empresa.

| 29
Questões Comentadas e Gabaritadas

1. CESPE – TRE-BA – Psicólogo – 2017


Assinale a opção que apresenta princípio fundamental do Código de Ética
Profissional do Psicólogo.

07
A promoção da saúde e da qualidade de vida das pessoas, porém sem impactar a

9:
coletividade

:5
15
B prática profissional digna e fundamentada nos preceitos religiosos e espirituais

1
seguidos pelo paciente

02
/2
C neutralidade profissional, ainda que com negligenciamento da realidade social,

02
econômica e cultural do paciente

7/
-0
D atuação responsável, com aprimoramento contínuo do profissional

om
E prevenção da prática de automedicação por meio da restrição de acesso ao

l.c
conhecimento da ciência psicológica por público leigo

ai
Gabarito: D gm
@

Comentários: Tem que ser princípio fundamental! Somente a letra D atende ao


na
pi

pedido.
ia
ib
a.

2. CESPE – TRE-RS – Psicólogo – 2015


an
ai

Assinale a opção em que se apresenta uma penalidade para infrações disciplinares


-l
1

decorrentes de transgressões dos preceitos do Código de Ética Profissional do


-6
43

Psicólogo.
.2

A censura individual
10
.1

B suspensão do exercício profissional por até sessenta dias


04

C repreensão aplicada por escrito


-0

D advertência
A
N

E demissão
PI
IA

Gabarito: D
IB

Comentários: A única penalidade real presente no nosso código de ética é a da letra


AL
LE

D.
A
N
IA

3. CESPE – TRE-RS – Psicólogo – 2015


LA

Com base nas disposições do Código de Ética Profissional do Psicólogo, assinale a


opção correta.
A O código de ética vigente reflete a necessidade sentida pela categoria de atender
aos interesses sociais da população.
B Um dos princípios fundamentais da categoria preconiza que o psicólogo deve
desconsiderar as relações de poder nos contextos em que atua e os impactos dessas
relações sobre as suas atividades profissionais.
C É vedado ao psicólogo emprestar a leigos instrumentos ou técnicas psicológicas
que permitam ou facilitem o exercício ilegal da profissão.

| 30
D O psicólogo poderá emitir documentos sem fundamentação e qualidade técnico-
científica quando estes puderem interferir positivamente nos objetos do serviço
prestado.
E É vedado ao psicólogo promover publicamente seus serviços, por quaisquer
meios, de modo individual ou coletivo.
Gabarito: C
Comentários: O CEP atende às necessidades da categoria. O psicólogo deve

07
considerar as relações de poder nos contextos em que atua. Não pode emitir

9:
:5
documentos sem fundamentação. Pode promover publicamente os seus serviços,

15
desde que respeite as normas do Código de Ética.

1
02
/2
02
4. CESPE – TRE-RS – Psicólogo – 2015

7/
Ainda a propósito do disposto no Código de Ética Profissional do Psicólogo, assinale

-0
om
a opção correta.

l.c
A No atendimento à criança, ao adolescente ou ao interdito, devem ser

ai
comunicadas ao responsável todas as informações colhidas para que sejam
gm
@
promovidas medidas em benefício daqueles.
na

B O referido código poderá ser alterado pelos conselhos regionais de psicologia, por
pi
ia

iniciativa própria ou da categoria, desde que ouvido o CFP.


ib
a.

C As dúvidas na observância desse código e os casos omissos serão resolvidos pelo


an

CFP, ouvindo-se os conselhos regionais de psicologia.


ai
-l

D O psicólogo que interromper seu trabalho por extinção do serviço de Psicologia


1
-6

deverá destruir completamente seus arquivos confidenciais.


43

E Caberá aos psicólogos docentes ou supervisores esclarecer, informar e orientar os


.2
10

estudantes acerca dos princípios e das normas contidas nesse código, assim como
.1
04

exigir deles a observância desses princípios.


-0

Gabarito: E
A

Comentários: Sempre comunicará apenas o necessário. O CEP é alterado pelo CFP,


N
PI

ouvidos os CRPs. As dúvidas são resolvidas pelo CRP. Em caso de interrupção, deve
IA
IB

guardar os documentos ou encaminhar ao CRP, caso o serviço seja descontinuado.


AL
LE

5. CESPE – DPF – Psicologia – 2014


A
N

Com relação à ética profissional do psicólogo, julgue os itens que se seguem.


IA
LA

O psicólogo organizacional deverá respeitar o sigilo profissional, podendo


decidir pela quebra desse sigilo em situações de conflito com os princípios
fundamentais do seu código de ética profissional, baseando sua decisão na busca do
menor prejuízo, exceto nos casos previstos em lei.
Gabarito: C
Comentários: JUSTIFICATIVA – O Código de Ética Profissional do Psicólogo
estabelece: “Art. 9° – É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de
proteger, por meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou
organizações a que se tenha acesso no exercício profissional. Art. 10 – Nas situações
em que se configure conflito entre as exigências decorrentes do disposto no Art. 9° e

| 31
as afirmações dos princípios fundamentais deste Código, excetuando-se os casos
previstos em lei, o psicólogo poderá decidir pela quebra de sigilo, baseando sua
decisão na busca do menor prejuízo.”

6. CESPE – DPF – Psicologia – 2014


A transgressão dos preceitos contidos no código de ética profissional do
psicólogo, considerada infração disciplinar, inclui as seguintes penalidades:

07
advertência verbal, advertência por escrito, censura ética, suspensão do exercício

9:
:5
profissional por até vinte dias e cassação do exercício profissional.

15
Gabarito: E

1
02
Comentários: JUSTIFICATIVA – O Código de Ética Profissional do Psicólogo

/2
02
estabelece: “Art. 21 – As transgressões dos preceitos deste Código constituem

7/
infração disciplinar com a aplicação das seguintes penalidades, na forma dos

-0
om
dispositivos legais ou regimentais:

l.c
a) Advertência; b) Multa; c) Censura pública; d) Suspensão do exercício profissional,

ai
por até 30 (trinta) dias, ad referendum do Conselho Federal de Psicologia; e)
gm
@
Cassação do exercício profissional, ad referendum do Conselho Federal de
na

Psicologia”.
pi
ia
ib
a.

7. CESPE – DPF – Psicologia – 2014


an

Considerando o código de ética que rege a profissão e a atuação do psicólogo,


ai
-l

julgue os itens subsecutivos.


1
-6

Em se tratando de paciente que esteja envolvido em casos de perícia judicial, o


43

profissional/psicólogo poderá atuar como perito, mesmo que tenha atendido,


.2
10

individual e clinicamente, em momento anterior, o referido paciente.


.1
04

Gabarito: E
-0

Comentários: JUSTIFICATIVA – O profissional psicólogo que atua enquanto perito


A

em casos judiciais deve zelar pela neutralidade, evitando situações que possam
N
PI

comprometer a fidelidade de dados e de informações colhidas ao longo do processo.


IA
IB
AL

8. CESPE – DPF – Psicologia – 2014


LE

Na prestação de serviços psicológicos, é vedado ao psicólogo fornecer, a


A
N

qualquer pessoa, informações a respeito dos objetivos de suas intervenções.


IA
LA

Gabarito: E
Comentários: JUSTIFICATIVA – O fornecimento de informações, a quem de direito,
sobre o caso ou os objetivos das intervenções constitui um dever fundamental do
profissional, quando da prestação de serviços psicológicos.

9. CESPE – DPF – Psicologia – 2014


No que tange aos resultados das intervenções psicológicas realizadas, o
profissional deverá informar, a quem de direito, apenas aqueles que são necessários
para a tomada de decisões, preservando o usuário e(ou) o beneficiário.
Gabarito: C

| 32
Comentários: JUSTIFICATIVA – Cabe ao psicólogo a comunicação dos resultados, a
quem de direito, apenas daquelas informações necessárias a tomada de decisões,
preservando-se o usuário e/ou beneficiário.

10. CESPE – DPF – Psicologia – 2014


Em caso de greves ou paralisações da categoria profissional, o psicólogo dispõe
do direito de interromper todas as atividades concernentes à prestação de serviços

07
psicológicos.

9:
:5
Gabarito: E

15
Comentários: JUSTIFICATIVA – Em caso de greve ou paralisações, o profissional

1
02
poderá interromper todas as atividades concernentes à prestação de serviços

/2
02
psicológicos, exceto as atividades de emergência.

7/
-0
om
11. CESPE - 2010 - MS – Psicólogo

l.c
Considerando os aspectos clínicos e a ética da atuação profissional do

ai
psicólogo, julgue os próximos itens. gm
@
Considerando que homossexuais sofrem discriminação social e que isso
na

pode implicar baixa autoestima, isolamento social e outras dificuldades


pi
ia

emocionais, um psicólogo bem treinado pode propor um programa de


ib
a.

sensibilização heterossexual para reverter a condição de um paciente cujo


an

sofrimento psíquico seja avaliado pelo profissional como decorrente da orientação


ai
-l

sexual.
1
-6

( ) Certo ( ) Errado
43

Gabarito: E
.2
10

Comentários: Não é mais possível, e admissível, esse tipo de conduta por


.1
04

psicólogos.
-0
A

12. CESPE - INSS - Analista do Seguro Social – 2008


N
PI

Acerca da postura ética do psicólogo, julgue os itens subseqüentes.


IA
IB

O cumprimento do Código de Ética Profissional do Psicólogo garante uma


AL

postura ética por parte do profissional.


LE

( ) Certo ( ) Errado
A
N

Gabarito: E
IA
LA

Comentários: Questão clássica. Não garante. Na verdade, nada conhecido até hoje
pela humanidade garante qualquer comportamento ético.

13. CESPE - INSS - Analista do Seguro Social – 2008


No exercício profissional, o psicólogo deve agir com base em suas
convicções pessoais, guiado por seus valores e princípios, construídos ao longo de
sua formação pessoal e profissional.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E

| 33
Comentários: Essa é de nível fácil e o candidato deve acertar obrigatoriamente. Se
o psicólogo age por convicções pessoais, não há de se falar em um conjunto comum
de princípios de conduta.

14. CESPE - INSS - Analista do Seguro Social – 2008


A postura ética do psicólogo consiste na observância dos princípios
elencados pela bioética que servem a todos, ou seja, princípios que não priorizem

07
crenças ou valores pessoais.

9:
:5
( ) Certo ( ) Errado

15
Gabarito: E

1
02
Comentários: Veja bem. Observar os princípios elencados para a bioética não

/2
02
garante uma postura ética. Mesmo porque a bioética está inserida em contextos

7/
onde ainda não existem consensos definitivos e universais. Questão com duplo erro.

-0
om
l.c
15. CESPE - INSS - Analista do Seguro Social – 2008

ai
O psicólogo vinculado a uma instituição deve considerar os princípios e as
gm
@
regras da instituição a que esteja vinculado, porém deve privilegiar a pessoa
na

atendida, respeitando-a acima da instituição que os emprega.


pi
ia

( ) Certo ( ) Errado
ib
a.

Gabarito: E
an

Comentários: Na verdade, o psicólogo não deve privilegiar nem a instituição nem a


ai
-l

pessoa atendida. Seu compromisso é com o Código de Ética, sendo coerente com a
1
-6

verdade.
43
.2
10

16. CESPE - INSS - Analista do Seguro Social – 2008


.1
04

Diante da moral vigente, que não serve mais como referencial de


-0

orientação, é postura ética do psicólogo tornar absolutos os princípios, regras e


A

normas de seu código profissional.


N
PI

( ) Certo ( ) Errado
IA
IB

Gabarito: E
AL

Comentários: Nenhum princípio ali descrito deve ser tomado por absoluto pois
LE

pode constituir ofensa a outros pontos do código de ética. Tome cuidado com
A
N

palavras como “sempre”, “nunca”, “absoluto”, etc.


IA
LA

17. CESPE - TJDFT - Analista Judiciário - 2008


Rita, com 83 anos de idade, com doença pulmonar crônica, chegou ao
vigésimo dia de internação, período em que passou por vários tipos de exames, dos
mais simples aos mais invasivos. Ainda sem um diagnóstico preciso que explicasse
a intensificação dos sintomas de fadiga extrema, seria necessário prosseguir os
exames. Há seis meses, o irmão de Rita, após duas semanas de internação no
mesmo hospital, faleceu. A lembrança desse irmão, que sempre foi muito próximo
a ela, ainda está muito viva. “Foi como se tivesse sido ontem”, diz ela, cujo maior

| 34
desejo é voltar para sua casa, já não mais suportando a permanência naquele
hospital, apesar de todo apoio que recebe dos filhos e da equipe médica.
A partir do caso hipotético acima, julgue os itens a seguir, acerca da
intervenção ética do psicólogo junto à pessoa doente.
18. Em uma avaliação psicológica eticamente fundamentada, deve-se atentar
para o limiar entre fazer todo o possível para o bem-estar de Rita na situação
em que se encontra e fazer apenas o que é possível, apenas aquilo que lhe

07
beneficie verdadeiramente, evitando o que lhe é muito danoso, como, por

9:
:5
exemplo, o excesso de exames invasivos.

15
( ) Certo ( ) Errado

1
02
Gabarito: C

/2
02
Comentários: Assertiva correta. Coloquei essa questão aqui para destacar a

7/
necessidade que os psicólogos tem de saber contextualizar suas atuações e buscar,

-0
om
em situações como essa, o menor dano possível (menor prejuízo).

l.c
ai
19. CESPE - TJDFT - Analista Judiciário - 2008 gm
@
A psicologia e a ética juntas contribuem para uma digna vivência da morte,
na

ou seja, para que esta não seja reduzida simplesmente a um processo biológico que
pi
ia

permita morrer sem dor. O amparo a Rita, cujos dados são compatíveis com a
ib
a.

condição de paciente terminal, bem como à sua família, é importante para auxiliar
an

na tomada de consciência do que está implicado no processo de morrer.


ai
-l

( ) Certo ( ) Errado
1
-6

Gabarito: E
43

Comentários: O texto dessa questão não permite concluir que Rita é uma paciente
.2
10

terminal. Cuidado!
.1
04
-0

20. CESPE - TJDFT - Analista Judiciário - 2008


A

É ético considerar a saúde e o bem-estar do paciente como primordiais, o


N
PI

que implica a suposição legal de que, para preservar a vida, os cuidados médicos e
IA
IB

psicológicos necessitam da permissão do paciente, respeitando o princípio da não-


AL

maleficência, conferindo a Rita a independência de vontade e ação e a informação


LE

sobre o tratamento e suas implicações.


A
N

( ) Certo ( ) Errado
IA
LA

Gabarito: E
Comentários: Legalmente falando, independente do que o paciente quiser, o
médico é obrigado a preservar a vida do mesmo, independente de seu estado de
consciência ou concordância. Claro que a isso se seguem inúmeras discussões
bioéticas, mas para a sua prova saiba que nem tudo que os médicos fazem, ou nós
fazemos, necessita de autorização. Cito casos simples que vivenciamos na
psicologia: denunciar um pai por abuso infantil ou denunciar um paciente que
anuncia que irá assassinar alguém. Nos dois casos não se faz necessário a permissão
do contratante para que o psicólogo tome as providências necessárias.

| 35
21. CESPE – TRE-BA - Analista Judiciário – 2010
Quanto à ética profissional no psicodiagnóstico, julgue os itens
subsequentes.
Em termos gerais, o Código de Ética profissional é uma teorização acerca
das condutas a serem adotadas pelo psicólogo que se propõe a agir corretamente
durante o psicodiagnóstico.

07
( ) Certo ( ) Errado

9:
:5
Gabarito: E

15
Comentários: O Código de Ética não fala das condutas a serem adotadas no

1
02
psicodiagnóstico, mas de um conjunto de orientações que devem ser respeitadas

/2
02
para buscar um comportamento ético.

7/
-0
om
22. CESPE – TRE-BA - Analista Judiciário – 2010

l.c
O Código de Ética orienta o psicólogo, respaldando-o, no que se refere ao

ai
conhecimento da área e ao diagnóstico do sujeito por ele atendido, propiciando um
gm
@
tratamento homogêneo àqueles que necessitam de apoio psicológico.
na

( ) Certo ( ) Errado
pi
ia

Gabarito: E
ib
a.

Comentários: Tratamento homogêneo? É necessário fornecer um tratamento


an

personalizado para cada situação. Além disso, o Código de Ética prescreve


ai
-l

orientações de conduta e não respalda o conhecimento e o diagnóstico do


1
-6

psicólogo. O CESPE, com menor frequência que outras bancas, apresenta assertivas
43

com duplos erros. Aproveite para ganhar ponto nessas, pois acabam sendo de nível
.2
10

fácil.
.1
04
-0

23. CESPE – TRE-BA - Analista Judiciário – 2010


A

O Código de Ética adverte o psicólogo quanto à necessidade de considerar,


N
PI

no momento do diagnóstico, os aspectos sociais na etiologia dos transtornos


IA
IB

psíquicos, como o sexo e a situação socioeconômica, que podem gerar variações


AL

diagnósticas.
LE

( ) Certo ( ) Errado
A
N

Gabarito: C
IA
LA

Comentários: Este não é um princípio expresso do nosso Código de Ética. Por isso
aprenda a interpretar o que está explícito nos princípios fundamentais: III. O
psicólogo atuará com responsabilidade social, analisando crítica e historicamente
a realidade política, econômica, social e cultural.

24. CESPE – TRE-BA - Analista Judiciário – 2010


Uma exigência ideal do ponto de vista ético, mas que dificilmente é
colocada em prática, é a atualização profissional em relação ao conhecimento

| 36
científico, assim como a familiarização com as técnicas e suas respectivas
potencialidades e limites interpretativos no psicodiagnóstico.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E
Comentários: Exigência ideal nada. Olha o que o nosso código de ética fala em seus
princípios fundamentais: IV. O psicólogo atuará com responsabilidade, por meio do
contínuo aprimoramento profissional, contribuindo para o desenvolvimento da

07
Psicologia como campo científico de conhecimento e de prática.

9:
:5
15
25. CESPE - INCA - Tecnologista Júnior – 2010

1
02
A respeito da ética e pesquisa em saúde, julgue os itens a seguir.

/2
02
O Código de Nuremberg (1947) e a Declaração Universal dos Direitos do

7/
Homem (1948) mudaram a história das relações entre pesquisadores e os

-0
om
participantes de pesquisa introduzindo normas que consagraram os direitos

l.c
individuais e a autonomia. Esses instrumentos tratam, fundamentalmente, dos

ai
abusos da pesquisa científica. gm
@
( ) Certo ( ) Errado
na

Gabarito: C
pi
ia

Comentários: O Código de Nuremberg é um conjunto de princípios éticos que


ib
a.

regem a pesquisa com seres humanos, sendo considerado como uma das
an

consequências dos Processos de Guerra de Nuremberg, ocorridos no fim da


ai
-l

Segunda Guerra Mundial. São 10 princípios bem simples:


1
-6

1. O consentimento voluntário do ser humano é absolutamente


43

essencial. Isso significa que a pessoa envolvida deve ser legalmente


.2
10

capacitada para dar o seu consentimento; tal pessoa deve exercer o seu
.1
04

direito livre de escolha, sem intervenção de qualquer desses elementos:


-0

força, fraude, mentira, coação, astúcia ou outra forma de restrição ou


A

coerção posterior; e deve ter conhecimento e compreensão suficientes do


N
PI

assunto em questão para tomar sua decisão. Esse último aspecto requer
IA
IB

que sejam explicadas à pessoa a natureza, duração e propósito do


AL

experimento; os métodos que o conduzirão; as incoveniências e riscos


LE

esperados; os eventuais efeitos que o experimento possa ter sobre a


A
N

saúde do participante. O dever e a responsabilidade de garantir a


IA
LA

qualidade do consentimento recaem sobre o pesquisador que inicia,


dirige ou gerencia o experimento. São deveres e responsabilidades que
não podem ser delegados a outrem impunemente.
2. O experimento deve ser tal que produza resultados vantajosos para a
sociedade, os quais não possam ser buscados por outros métodos de
estudo, e não devem ser feitos casuística e desnecessariamente.
3. O experimento deve ser baseado em resultados de experimentação
animal e no conhecimento da evolução da doença ou outros problemas
em estudo, e os resultados conhecidos previamente devem justificar a
experimentação.

| 37
4. O experimento deve ser conduzido de maneira a evitar todo o
sofrimento e danos desnecessários, físicos ou mentais.
5. Nenhum experimento deve ser conduzido quando existirem razões
para acreditar numa possível morte ou invalidez permanente; exceto,
talvez, no caso de o próprio médico pesquisador se submeter ao
experimento.
6. O grau de risco aceitável deve ser limitado pela importância

07
humanitária do problema que o pesquisador se propõe resolver.

9:
:5
7. Devem ser tomados cuidados especiais para proteger o participante

15
do experimento de qualquer possibilidade, mesmo remota, de dano,

1
02
invalidez ou morte.

/2
02
8. O experimento deve ser conduzido apenas por pessoas

7/
cientificamente qualificadas. Deve ser exigido o maior grau possível de

-0
om
cuidado e habilidade, em todos os estágios, daqueles que conduzem e

l.c
gerenciam o experimento.

ai
9. Durante o curso do experimento, o participante deve ter plena
gm
@
liberdade de se retirar, caso ele sinta que há possibilidade de algum dano
na

com a sua continuidade.


pi
ia

10. Durante o curso do experimento, o pesquisador deve estar


ib
a.

preparado para suspender os procedimentos em qualquer estágio, se ele


an

tiver razoáveis motivos para acreditar que a continuação do experimento


ai
-l

causará provável dano, invalidez ou morte para o participante.


1
-6

A Declaração Universal dos Direitos Humanos, por sua vez, buscou


43

definir as bases de uma futura paz (na época a 2°GM tinha terminado e a
.2
10

Guerra Fria estava nos seus primórdios). Seu objetivo principal foi definir
.1
04

conceitos gerais de proteção aos direitos humanos e a busca de


-0

negociações sobre conflitos internacionais, objetivando evitar guerras e


A

promover a paz e a democracia e fortaleça os Direitos Humanos.


N
PI
IA
IB

26. CESPE - INCA - Tecnologista Júnior – 2010


AL

O progresso das ciências biomédicas proporcionou à bioética um fértil


LE

campo de indagações e fez surgir dilemas que não são mais apenas relativos ao
A
N

direito de transmitir vida e(ou) de suprimi-la, mas que tocam o direito de remodelá-
IA
LA

la e de produzir novos seres vivos.


( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: C
Comentários: Que assunto está sendo falado aqui? Clonagem. Dificilmente isso irá
cair na sua prova, mas você deve saber o que é bioética: A Bioética é uma ética
aplicada, chamada também de “ética prática”, que visa “dar conta” dos conflitos e
controvérsias morais implicados pelas práticas no âmbito das Ciências da Vida e da
Saúde do ponto de vista de algum sistema de valores (chamado também de “ética”)
(Schramm e Braz, 2012). É uma área que envolve várias disciplinas e que atua sobre
questões onde não existe um consenso.

| 38
Essa visão articulada atua, na área da saúde, em questões como: aborto,
fertilização in vitro, eutanásia, clonagem, transgênicos, etc. Além disso, atua na
responsabilização moral dos pesquisadores e dos profissionais dessa área. A
intenção é de estabelecer padrões universais, estabelecidos após a discussão
criteriosa dos assuntos abordados, para uma sociedade mais justa e promotora do
bem estar social. A ciência não é vista como um ente isolado ou acima da
humanidade. Ao contrário, a ciência e a atuação profissional devem ser nortados

07
sempre por um bem maior.

9:
:5
Referência: Schramm, Fermin Roland e Braz, Marlene, Introdução à Bioética.

15
http://www.ghente.org/bioetica/ acessado em fevereiro de 2012.

1
02
/2
02
7/
27. CESPE - INCA - Tecnologista Júnior – 2010

-0
om
A prática analítica e normativa da bioética tem se embasado em quatro

l.c
princípios: a autonomia, que é a escolha livre e intencional de agentes cognitiva e

ai
moralmente competentes; a não-maleficência, que é a valorização de atos que
gm
@
proporcione algum bem a terceiros; a beneficência para evitar danos injustificados
na

a terceiros; e a justiça para proporcionar benefícios, riscos e custos equitativos entre


pi
ia

os envolvidos.
ib
a.

( ) Certo ( ) Errado
an

Gabarito: E
ai
-l

Comentários: Notou que os conceitos estão trocados? Vamos corrigir: a prática


1
-6

analítica e normativa da bioética tem se embasado em quatro princípios:


43

a) autonomia: escolha livre e intencional de agentes cognitiva e


.2
10

moralmente competentes;
.1
04

b) não-maleficência: evitar danos injustificados a terceiros;


-0

c) beneficência: que é a valorização de atos que proporcione algum bem a


A

terceiros;
N
PI

d) justiça: proporcionar benefícios, riscos e custos equitativos entre os


IA
IB

envolvidos.
AL

Um excelente tratado mais aprofundado sobre esses princípios pode ser


LE

encontrado aqui:
A
N

http://www.silviamota.com.br/enciclopediabiobio/artigosbiobio/principios
IA
LA

dabioetica.htm

28. CESPE - INCA - Tecnologista Júnior – 2010


É eticamente legítimo o fato de o homem tentar controlar e direcionar os
processos e as funções de sua biologia, pois isso faz parte do sentido do possível
inscrito na dialética da autonomia humana, que inclui justamente a adaptabilidade
de sua primeira natureza a seus projetos tipicamente humanos, isto é, consecutivos
de sua natureza técnico-cultural.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: C

| 39
Comentários: Esse é justamente o princípio da autonomia descrito na questão
anterior.

29. CESPE - INCA - Tecnologista Júnior – 2010


É possível apontar duas grandes correntes teóricas de tomada de decisão
ética: a corrente teleológica, denominada ética das intenções, que é um ato
avaliado eticamente por seus resultados, pelo alcance dos objetivos da ação

07
empreendida, e a corrente da ética das consequências, isto é, se o homem é um ser

9:
:5
racional, suas decisões devem ser racionais, portanto, são universais.

15
( ) Certo ( ) Errado

1
02
Gabarito: E

/2
02
Comentários: Questão nível Jedi. O CESPE não sabe brincar algumas vezes.

7/
“A tomada de decisão ética tem duas correntes: a Teleológica e a

-0
om
Deontológica. Na Teleológica ou ética das consequências ou dos resultados, o alvo

l.c
é avaliado eticamente pelos resultados da ação, a partir de um paradigma na busca

ai
do maior bem-estar ao maior número de pessoas, (decisão com mais benefícios); a
gm
@
corrente Deontológica, ou ética das intenções ou deveres, que buscam nas ações
na

racionais derivadas de princípios universais que devem ser aplicadas em todo o


pi
ia

tempo e lugar, obedecendo a um imperativo categórico, ou seja, não admite


ib
a.

exceções, e “trata cada indivíduo sempre como um fim em si mesmo, não somente
an

como um meio”.
ai
-l

Referência: Fortes PAC. Ética e saúde: questões éticas, deontológicas e


1
-6

legais, tomada de decisões, autonomia e direitos do paciente, estudo de casos. São


43

Paulo: Ed. Pedagógica e Universitária; 1998.


.2
10

Caso queira saber mais, recomendo que compre o livro:


.1
04

http://www.disal.com.br/detalhes/index.asp?A1=475811184599&A2=C&codigo=10
-0

6940.3
A
N
PI

30. CESPE - INCA - Tecnologista Júnior – 2010


IA
IB

Uma criança, cinco anos de idade, internada em hospital para tratamento


AL

de leucemia mieloblástica aguda, apresenta quadro de anemia intensa. A equipe


LE

médica prescreve transfusão sanguínea, mas os pais recusam tal procedimento.


A
N

Com base nesse caso clínico, julgue os itens que se seguem.


IA
LA

A criança ainda está desenvolvendo as condições necessárias para agir


autonomamente e, portanto, tem autonomia reduzida.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: C
Comentários: A criança ainda é incapaz (psicologicamente e juridicamente) de
assumir total responsabilidade por suas escolhas. Alternativa correta.

31. CESPE - INCA - Tecnologista Júnior – 2010

| 40
Mesmo existindo conflitos de valores ou de princípios paternos com a
equipe de saúde, o pátrio poder não poderá ser confrontado ética e legalmente nos
tribunais.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E
Comentários: Não só o pátrio poder pode ser questionado como, legalmente, deve.
Em raríssimos casos a justiça brasileira tem manifestado a liberdade de convicção

07
religiosa como excusa à obrigação paternal de cuidar do filho.

9:
:5
15
32. CESPE - TRE/ES - Analista Judiciário – 2011

1
02
Com base no Código de Ética Profissional do Psicólogo, julgue os itens

/2
02
subsequentes.

7/
É dever do psicólogo transmitir, a quem de direito, somente os resultados

-0
om
necessários para a tomada de decisões que afetem o usuário ou beneficiário,

l.c
decorrentes da prestação de serviços psicológicos.

ai
( ) Certo ( ) Errado gm
@
Gabarito: C
na

Comentários: Assertiva Correta:


pi
ia

Art. 1º – São deveres fundamentais dos psicólogos:


ib
a.

...
an

g) Informar, a quem de direito, os resultados decorrentes da prestação de


ai
-l

serviços psicológicos, transmitindo somente o que for necessário para a


1
-6

tomada de decisões que afetem o usuário ou beneficiário.


43
.2
10

33. CESPE - TRE/ES - Analista Judiciário – 2011


.1
04

É vedado ao psicólogo apresentar, em meios de comunicação, resultados


-0

de serviços psicológicos que possam expor pessoas, grupos ou organizações.


A

( ) Certo ( ) Errado
N
PI

Gabarito: C
IA
IB

Comentários: Assertiva correta.


AL

Art. 2º – Ao psicólogo é vedado:


LE

...
A
N

q) Realizar diagnósticos, divulgar procedimentos ou apresentar resultados de


IA
LA

serviços psicológicos em meios de comunicação, de forma a expor pessoas,


grupos ou organizações.

34. CESPE - TRE/ES - Analista Judiciário – 2011


Em caso de demissão ou exoneração, o psicólogo deve manter consigo
laudos, relatórios e todo material relativo aos serviços prestados, sendo-lhe vedado
passar esses documentos a seu substituto, visto que este não será o psicólogo
responsável pelo sigilo dessas informações, que cabe apenas ao psicólogo que as
coletou.

| 41
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E
Comentários: Percebe como as questões sobre ética profissional são fáceis? Eles
costumam pegar, na maioria das vezes, conceitos do nosso código de ética para
estressarem o assunto. A maioria das questões serão respondidas com uma
simples, mas atenta, leitura do código:
Art. 15 – Em caso de interrupção do trabalho do psicólogo, por quaisquer

07
motivos, ele deverá zelar pelo destino dos seus arquivos confidenciais.

9:
:5
§ 1° – Em caso de demissão ou exoneração, o psicólogo deverá repassar

15
todo o material ao psicólogo que vier a substituí-lo, ou lacrá-lo para

1
02
posterior utilização pelo psicólogo substituto.

/2
02
§ 2° – Em caso de extinção do serviço de Psicologia, o psicólogo responsável

7/
informará ao Conselho Regional de Psicologia, que providenciará a

-0
om
destinação dos arquivos confidenciais.

l.c
ai
35. CESPE - TRE/ES - Analista Judiciário – 2011 gm
@
O Código de Ética prevê o direito de greve. No caso de a greve ter como
na

objetivo melhores condições de trabalho da categoria, é permitida a não


pi
ia

comunicação antecipada da paralisação aos usuários ou beneficiários dos serviços.


ib
a.

( ) Certo ( ) Errado
an

Gabarito: E
ai
-l

Comentários: Você acertou essa. Não foi?


1
-6

Art. 5º – O psicólogo, quando participar de greves ou paralisações, garantirá


43

que:
.2
10

a) As atividades de emergência não sejam interrompidas;


.1
04

b) Haja prévia comunicação da paralisação aos usuários ou beneficiários dos


-0

serviços atingidos pela mesma.


A
N
PI

36. CESPE - TRE/ES - Analista Judiciário – 2011


IA
IB

Caso um psicólogo observe que outro profissional de psicologia esteja


AL

prestando serviço que acarrete risco ao usuário, esse psicólogo deve levar o caso ao
LE

conselho da categoria, não devendo, em nenhuma hipótese, interferir diretamente


A
N

nos serviços alheios.


IA
LA

( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E
Comentários: Essa foi fácil! Vejas as hipóteses abaixo.
Art. 7º – O psicólogo poderá intervir na prestação de serviços psicológicos
que estejam sendo efetuados por outro profissional, nas seguintes
situações:
a) A pedido do profissional responsável pelo serviço;
b) Em caso de emergência ou risco ao beneficiário ou usuário do serviço,
quando dará imediata ciência ao profissional;

| 42
c) Quando informado expressamente, por qualquer uma das partes, da
interrupção voluntária e definitiva do serviço;
d) Quando se tratar de trabalho multiprofissional e a intervenção fizer parte
da metodologia adotada.

37. CESPE - TRE/ES - Analista Judiciário – 2011


O psicólogo que atue em uma equipe multiprofissional deve, ao elaborar

07
documentos, registrar todas as informações a respeito do usuário ou beneficiário

9:
:5
por ele obtidas. Essas informações devem ser compartilhadas com a equipe, a qual,

15
como o próprio psicólogo, é também responsável pelo seu sigilo.

1
02
( ) Certo ( ) Errado

/2
02
Gabarito: E

7/
Comentários: É comum encontrarmos questões falando do sigilo profissional com

-0
om
relação a equipes multiprofissionais. Vamos destrinchar os principais artigos do

l.c
atual código com relação a esse tema para que você não erre mais:

ai
Art. 6º – O psicólogo, no relacionamento com profissionais não psicólogos:
gm
@
...
na

b) Compartilhará somente informações relevantes para qualificar o serviço


pi
ia

prestado, resguardando o caráter confidencial das comunicações,


ib
a.

assinalando a responsabilidade, de quem as receber, de preservar o sigilo.


an
ai
-l

Art. 7º – O psicólogo poderá intervir na prestação de serviços psicológicos


1
-6

que estejam sendo efetuados por outro profissional, nas seguintes situações:
43

...
.2
10

d) Quando se tratar de trabalho multiprofissional e a intervenção fizer parte


.1
04

da metodologia adotada.
-0

Art. 9º – É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de


A

proteger, por meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou


N
PI

organizações, a que tenha acesso no exercício profissional.


IA
IB

Art. 12 – Nos documentos que embasam as atividades em equipe


AL

multiprofissional, o psicólogo registrará apenas as informações necessárias para o


LE

cumprimento dos objetivos do trabalho.


A
N

Ficou claro o erro? Vamos reescrever a assertiva:


IA
LA

O psicólogo que atue em uma equipe multiprofissional deve, ao elaborar


documentos, registrar (todas as informações) apenas as informações
necessárias a respeito do usuário ou beneficiário por ele obtidas. Essas
informações devem ser compartilhadas com a equipe, a qual, como o
próprio psicólogo, é também responsável pelo seu sigilo.

38. CESPE - SEGERES - Especialista em Desenvolvimento Humano e Social –


2011

| 43
De acordo com o código de ética profissional que rege a profissão de
psicólogo, julgue o item abaixo.
Um psicólogo não pode receber de paciente empréstimo ou doação — além
de seus honorários —, salvo quando o paciente o faz de livre e espontânea vontade.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E
Comentários: Mesmo que o paciente empreste ou doe algo ao psicólogo, estará

07
configurado uma falta ética. Confira o código: Art. 2º – Ao psicólogo é vedado: ... o)

9:
:5
Pleitear ou receber comissões, empréstimos, doações ou vantagens outras de

15
qualquer espécie, além dos honorários contratados, assim como intermediar

1
02
transações financeiras;

/2
02
7/
39. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011

-0
om
A respeito da atuação do psicólogo no campo institucional e da ética nas

l.c
relações humanas, julgue os itens subsecutivos.

ai
De acordo com a perspectiva da moral e dos direitos humanos, as decisões
gm
@
morais são baseadas nos padrões de equidade, justiça e imparcialidade.
na

( ) Certo ( ) Errado
pi
ia

Gabarito: E
ib
a.

Comentários: Parece que é fácil responder esse tipo de questão, não é verdade?
an

Mas não se engane e atente para algumas diferenças. Essa aplicação de ética no
ai
-l

trabalho (uma ética aplicada) é mais bem estudada na administração do que na


1
-6

psicologia. Por isso sugiro (sempre que o edital colocar o conceito ético de forma
43

mais abrangente que o Código de Ética) abarcar o estudo através dos conceitos de
.2
10

ética administrativa.
.1
04

Existem quatro abordagens principais para a tomada de uma decisão ética


-0

e cada uma dessas abordagens tem pressupostos básicos do que é considerado


A

ético nas decisões humanas.


N
PI

a) Abordagem utilitária - os comportamentos morais produzem um


IA
IB

bem maior para um numero maior.


AL

b) Abordagem individualista - as ações morais quando elas


LE

promovem os melhores interesses no longo prazo do individuo, o que


A
N

basicamente leva a um bem maior.


IA
LA

c) Abordagem da moral e dos direitos - as decisões morais são aquelas


que melhor mantém os direitos das pessoas afetados por elas.
d) Abordagem da justiça - as decisões morais precisam ser baseadas
nos padrões de equidade, justiça e imparcialidade.
Vamos reescrever a assertiva do modo certo?
“De acordo com a perspectiva da (moral e dos direitos humanos) justiça, as
decisões morais são baseadas nos padrões de equidade, justiça e imparcialidade.”

40. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011

| 44
Segundo a abordagem individualista da ética no trabalho, os
comportamentos morais produzem um bem maior para um número maior de
pessoas.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E
Comentários: Como vimos na questão anterior, a descrição não corresponde à
abordagem individualista. A assertiva ficaria correta assim: “Segundo a abordagem

07
(individualista) utilitária da ética no trabalho, os comportamentos morais

9:
:5
produzem um bem maior para um número maior de pessoas.”

15
1
02
/2
02
41. CESPE - ABIN - Oficial Técnico de Inteligência – Área de Psicologia - 2010

7/
A respeito do papel profissional, das atribuições e das competências do

-0
om
psicólogo organizacional, julgue os itens subsequentes.

l.c
O psicólogo organizacional deve preservar o sigilo profissional e o respeito

ai
à intimidade dos trabalhadores que atende, inclusive quando requisitado a depor
gm
@
em juízo, na hipótese de eventual reclamação trabalhista contra o empregador na
na

justiça do trabalho.
pi
ia

( ) Certo ( ) Errado
ib
a.

Gabarito: E
an

Comentários: O certo seria: o psicólogo organizacional deve preservar o sigilo


ai
-l

profissional e o respeito à intimidade dos trabalhadores que atende, NO ENTANTO,


1
-6

PORDERÁ QUEBRAR O SIGILO quando requisitado a depor em juízo, na hipótese de


43

eventual reclamação trabalhista contra o empregador na justiça do trabalho. [nesse


.2
10

caso, comunicará apenas o essencial e buscará o menor prejuízo do trabalhador]


.1
04
-0

42. CESPE – DEPEN - 2013


A

Com base no Código de Ética Profissional do Psicólogo, julgue os itens


N
PI

seguintes.
IA
IB

No exercício de sua profissão, o psicólogo pode ser responsabilizado


AL

individual ou coletivamente por suas ações e pelas consequências advindas dessas


LE

ações.
A
N

( ) Certo ( ) Errado
IA
LA

Gabarito: C
Comentários: De acordo com o nosso Código de Ética1, logo em sua introdução,
temos a seguinte descrição: “Um Código de Ética profissional, ao estabelecer
padrões esperados quanto às práticas referendadas pela respectiva categoria
profissional e pela sociedade, procura fomentar a auto-reflexão exigida de cada
indivíduo acerca da sua práxis, de modo a responsabilizá-lo, pessoal e
coletivamente, por ações e suas consequências no exercício profissional”.

1
Resolução CFP n° 10/2005

| 45
43. CESPE – DEPEN - 2013
O conjunto fixo e normativo da atuação e das técnicas que regem a práxis do
psicólogo, conforme especificado no código de ética, é pautado nas
responsabilidades e no compromisso que o profissional tem consigo mesmo e com
a sociedade.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E

07
Comentários: O nosso Código de Ética não é um conjunto fixo e normativo da

9:
:5
atuação e das técnicas. O próprio Código afirma em seu preâmbulo: “Este Código

15
de Ética pautou-se pelo princípio geral de aproximar-se mais de um instrumento de

1
02
reflexão do que de um conjunto de normas a serem seguidas pelo psicólogo”.

/2
02
7/
44. CESPE – DEPEN - 2013

-0
om
O código de ética estabelece um conjunto de padrões e condutas esperadas no

l.c
que tange à prática profissional, exigindo sempre uma reflexão crítica e contínua do

ai
exercício da profissão pelo psicólogo. gm
@
( ) Certo ( ) Errado
na

Gabarito: C
pi
ia

Comentários: Essa concepção está correta e decorre diretamente do Inciso III da lei
ib
a.

que aprova nosso Código de Ética: “O psicólogo atuará com responsabilidade


an

social, analisando crítica e historicamente a realidade política, econômica, social e


ai
-l

cultural”.
1
-6
43

45. CESPE – DEPEN - 2013


.2
10

A normatização de técnicas é um objetivo fundamental do código de ética


.1
04

profissional advindo da necessidade de assegurar práticas éticas pautadas nos


-0

direitos fundamentais do indivíduo.


A

( ) Certo ( ) Errado
N
PI

Gabarito: E
IA
IB

Comentários: A normatização das técnicas não é o escopo do nosso Código de


AL

Ética. Além disso, não há lei que trate especificamente de tal normatização de
LE

técnicas. O que encontramos, na atualidade, é um conjunto de princípios da


A
N

atuação do profissional psicólogo espalhados por diferentes resoluções. Essa


IA
LA

concepção é coerente com a postura do Conselho Federal de Psicologia de não


limitar técnicas psicológicas, mas de garantir que elas tenham um padrão mínimo
de qualidade em sua aplicação profissional.

46. CESPE – DEPEN - 2013


O código de ética considera valores e demandas sociais, sendo norteado por
padrões éticos que garantem vínculos adequados entre os profissionais e entre o
profissional e a sociedade de modo geral.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: C

| 46
Comentários: Na primeira alínea introdutória de nosso Código de Ética,
encontramos essa definição: “a. Valorizar os princípios fundamentais como grandes
eixos que devem orientar a relação do psicólogo com a sociedade, a profissão, as
entidades profissionais e a ciência, pois esses eixos atravessam todas as práticas e
estas demandam uma contínua reflexão sobre o contexto social e institucional”.

47. CESPE – DEPEN - 2013

07
O Código de Ética do Profissional do Psicólogo prevê exceções para a quebra de

9:
:5
sigilo profissional, devendo o profissional embasar sua decisão para mantê-lo na

15
busca do maior benefício para as partes envolvidas.

1
02
( ) Certo ( ) Errado

/2
02
Gabarito: E

7/
Comentários: Temos aqui um conjunto de artigos que nos ajudam a entender o erro

-0
om
dessa assertiva. Em verdade, apesar de termos o dever de respeitarmos o sigilo,

l.c
como diz o Art. 9º de nossa Resolução CFP n° 10/2005, logo em seguida, no art. 10, a

ai
própria resolução fala que, excetuando-se os casos previstos em lei, o psicólogo
gm
@
poderá decidir pela quebra de sigilo, baseando sua decisão na busca do menor
na

prejuízo. Seu parágrafo único fala que em caso de quebra do sigilo previsto no caput
pi
ia

deste artigo, o psicólogo deverá restringir-se a prestar as informações estritamente


ib
a.

necessárias. O que tudo isso significa? Significa que o psicólogo pode decidir pela
an

quebra do sigilo profissional e que deve restringir-se as informações estritamente


ai
-l

necessárias e pautado pelo princípio do menor prejuízo, e não aquelas que gerem o
1
-6

maior benefício para as partes envolvidas. Essa distinção, apesar de parecer


43

semelhante, é fundamental para qualquer concurso.


.2
10
.1
04

48. CESPE – DEPEN - 2013


-0

A missão fundamental de um código de ética profissional é normatizar a


A

natureza técnica do trabalho, assegurando, assim, um padrão de conduta dos


N
PI

profissionais que fortaleça o reconhecimento social da categoria.


IA
IB

( ) Certo ( ) Errado
AL

Gabarito: E
LE

Comentários: Os Códigos de Ética devem priorizar a descrição de princípios


A
N

profissionais e não manuais de aplicação de procedimentos e técnicas. Essa


IA
LA

perspectiva visa assegurar a postura profissional ética do trabalhador. Nosso


Código de Ética, por exemplo, fala que: “Este Código de Ética pautou-se pelo
princípio geral de aproximar-se mais de um instrumento de reflexão do que de um
conjunto de normas a serem seguidas pelo psicólogo”.

49. CESPE – DEPEN - 2013


O Código de Ética Profissional do Psicólogo aproxima-se mais de um
instrumento de reflexão do que de um conjunto de normas a serem seguidas pelo
psicólogo.
( ) Certo ( ) Errado

| 47
Gabarito: C
Comentários: Essa é uma assertiva correta e que foi elaborada com preguiçosa pela
banca. Assim como comentamos na questão passada, o nosso Código de Ética diz:
“Este Código de Ética pautou-se pelo princípio geral de aproximar-se mais de um
instrumento de reflexão do que de um conjunto de normas a serem seguidas pelo
psicólogo”.

07
50. CESPE – DEPEN - 2013

9:
:5
João Gregório, graduado em psicologia há um ano, tem afinidade com a

15
psicologia clínica e planeja iniciar uma pós-graduação lato sensu nessa área de

1
02
conhecimento. Seu cartão pessoal apresenta as seguintes informações: “João

/2
02
Gregório Matias Júnior; psicólogo clínico; atendimento a famílias e casais; faça uma

7/
visita; apenas R$ 30,00 a sessão; conflitos? depressão? pânico? Ligue já e marque

-0
om
sua consulta; telefone de contato 30XX513”.

l.c
Com base no Código de Ética Profissional do Psicólogo, julgue os itens a

ai
seguir, acerca da promoção pública dos serviços de psicologia.
gm
@
O cartão pessoal referido deixa evidente qual o público-alvo de João. Esse é
na

um aspecto relevante, pois, de acordo com o código de ética, deve-se propor


pi
ia

apenas atividades privativas do psicólogo.


ib
a.

( ) Certo ( ) Errado
an

Gabarito: E
ai
-l

Comentários: Essa divulgação do pretenso público-alvo está em desacordo com o


1
-6

art. 20 do nosso Código de Ética. Por esse artigo, apesar de ficarmos em dúvida se
43

podemos ou não divulgar o nosso público de atendimento, temos a certeza, pela


.2
10

literalidade da lei, que não podemos propor atividades privativas de outras


.1
04

profissões (o que é diferente de propormos apenas atividades privativas de nossa


-0

profissão).
A

Considerando que esse artigo será a base das questões a seguir, opto por
N
PI

apresenta-lo em sua integralidade. Veja:


IA
IB

“Art. 20 – O psicólogo, ao promover publicamente seus serviços, por quaisquer


AL

meios, individual ou coletivamente:


LE

a) Informará o seu nome completo, o CRP e seu número de registro;


A
N

b) Fará referência apenas a títulos ou qualificações profissionais que possua;


IA
LA

c) Divulgará somente qualificações, atividades e recursos relativos a técnicas


e práticas que estejam reconhecidas ou regulamentadas pela profissão;
d) Não utilizará o preço do serviço como forma de propaganda;
e) Não fará previsão taxativa de resultados;
f) Não fará auto-promoção em detrimento de outros profissionais;
g) Não proporá atividades que sejam atribuições privativas de outras
categorias profissionais;
h) Não fará divulgação sensacionalista das atividades profissionais”.

51. CESPE – DEPEN - 2013

| 48
Na promoção pública de serviços de psicologia, é vedado ao psicólogo utilizar o
preço da sessão como forma de propaganda.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: C
Comentários: Correto, vide alínea “d” do Art. 20 do nosso Código de Ética.

52. O cartão pessoal de João atende aos requisitos previstos no código de ética

07
do profissional de psicologia, visto que as informações disponibilizadas por

9:
:5
João divulgam práticas reconhecidas e regulamentadas pela profissão.

15
( ) Certo ( ) Errado

1
02
Gabarito: E

/2
02
Comentários: O cartão de João está longe de atender ao recomendado pela

7/
Resolução CFP n° 10/2005. Além de termos o erro de descrever o preço, de não

-0
om
informar o seu CRP, é sensacionalista na divulgação de seus serviços (vide alínea

l.c
“h”da Resolução CFP n° 10/2005).

ai
gm
@
53. CESPE – DEPEN - 2013
na

De acordo com o código de ética, é facultado ao profissional prestar


pi
ia

informações, no cartão pessoal, quanto ao registro no conselho ou órgão de classe.


ib
a.

( ) Certo ( ) Errado
an

Gabarito: E
ai
-l

Comentários: A apresentação do número de registro no CRP é obrigatória. Vide


1
-6

alínea “a” da Resolução CFP n° 10/2005.


43
.2
10

54. CESPE – DEPEN - 2013


.1
04

O cartão de João está em conformidade com o padrão especificado no código


-0

de ética, pois apresenta os títulos e as qualificações de João.


A

( ) Certo ( ) Errado
N
PI

Gabarito: E
IA
IB

Comentários: Está em forte desconformidade com o determinado pela Resolução


AL

CFP n° 10/2005. Não apresenta número de registro CRP, é sensacionalista e divulga


LE

preço.
A
N
IA
LA

55. CESPE – SESA – EC - 2013


Assinale a opção correta referente ao Código de Ética Profissional dos
Psicólogos.
A) Constitui princípio fundamental estabelecido pelo Código de Ética Profissional
dos Psicólogos a promoção de saúde e de qualidade de vida dos indivíduos e das
coletividades, devendo o psicólogo ser neutro em quaisquer formas de violência e
de discriminação.
B) O profissional da psicologia deverá atuar com responsabilidade social e
econômica, estando a par dos contextos históricos e sociais. Cabe ao profissional

| 49
ainda a análise crítica das realidades social, cultural e individual na tomada de
decisão.
C) O psicólogo deverá atuar com responsabilidade no desenvolvimento da
psicologia como campo científico de conhecimento e de prática.
D) O profissional da psicologia deverá promover a universalização do acesso da
população às informações e aos serviços, não cabendo sua contribuição no que
tange ao conhecimento das especificidades da ciência psicológica.

07
E) Constitui princípio fundamental estabelecido pelo Código de Ética Profissional

9:
:5
dos Psicólogos o trabalho fundamentado no respeito e na promoção da liberdade,

15
da dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado nos valores

1
02
que embasam o artigo 5° da Constituição Federal.

/2
02
Gabarito: C

7/
Comentários: Questão fácil e que pode ser respondida apenas com a parte inicial

-0
om
da Resolução CFP 10/2005, Dos Princípios Fundamentais. Os erros são os seguintes:

l.c
A) Ele não será neutro! Pelo inciso II dos Princípios Fundamenais, ele contribuirá

ai
para a eliminação de quaisquer formas de negligência, discriminação, exploração,
gm
@
violência, crueldade e opressão.
na

B) Segundo o inciso III, o psicólogo atuará com responsabilidade social, analisando


pi
ia

crítica e historicamente a realidade política, econômica, social e cultural. Assim,


ib
a.

não podemos falar que ele atuará com responsabilidade econômica.


an

C) Correto! Segundo o Inciso IV, o psicólogo atuará com responsabilidade, por meio
ai
-l

do contínuo aprimoramento profissional, contribuindo para o desenvolvimento da


1
-6

Psicologia como campo científico de conhecimento e de prática.


43

D) Negativo, segundo o inciso V, o psicólogo contribuirá para promover a


.2
10

universalização do acesso da população às informações, ao conhecimento da


.1
04

ciência psicológica, aos serviços e aos padrões éticos da profissão.


-0

E) Segundo o inciso I, o psicólogo baseará o seu trabalho no respeito e na promoção


A

da liberdade, da dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado


N
PI

nos valores que embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Nada de
IA
IB

falar em 5˚ artigo da Constituição Federal.


AL
LE

56. CESPE – Telebrás – 2013


A
N

Acerca da ética do psicólogo organizacional, julgue os itens de 106 a 110.


IA
LA

Ao ingressar em determinada organização, o psicólogo deve compatibilizar


princípios e regras da ética profissional com missão, filosofia, políticas, normas e
práticas da empresa em que atua.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: C
Comentários: Correta. Segundo o Art. 3º de nossa Resolução CFP n° 10/2005: “O
psicólogo, para ingressar, associar-se ou permanecer em uma organização,
considerará a missão, a filosofia, as políticas, as normas e as práticas nela vigentes
e sua compatibilidade com os princípios e regras deste Código”.

| 50
57. CESPE – Telebrás – 2013
O psicólogo deve estar capacitado pessoal, teórica e tecnicamente para assumir
suas responsabilidades profissionais.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: C
Comentários: É dever fundamental do psicólogo, segundo a alínea “b” do Art. 1º de
nossa Resolução CFP n° 10/2005, assumir responsabilidades profissionais somente

07
por atividades para as quais esteja capacitado pessoal, teórica e tecnicamente.

9:
:5
15
58. CESPE – Telebrás – 2013

1
02
O compartilhamento de informações relevantes com profissionais que não

/2
02
sejam psicólogos, mas atuem na gestão da organização, é dever do psicólogo no

7/
exercício do trabalho.

-0
om
( ) Certo ( ) Errado

l.c
Gabarito: E

ai
Comentários: O Psicólogo não tem qualquer obrigação de compartilhar
gm
@
informações relevantes, decorrentes de sua atividade profissional com
na

profissionais não relacionados ao caso em atendimento (o que caracterizaria uma


pi
ia

equipe multiprofissional). Assim, o erro da assertiva é afirmar que podemos


ib
a.

compartilhar tais informações com profissionais de fora da equipe


an

multiprofissional, como é o caso dos que atuam na gestão da organização.


ai
-l

Se fosse o caso de equipe multiprofissional, segundo o art. 6º de nossa


1
-6

Resolução CFP n° 10/2005, em sua alínea “b”, poderíamos dizer que o psicólogo, no
43

relacionamento com profissionais não psicólogos compartilhará somente


.2
10

informações relevantes para qualificar o serviço prestado, resguardando o caráter


.1
04

confidencial das comunicações, assinalando a responsabilidade, de quem as


-0

receber, de preservar o sigilo.


A
N
PI

59. CESPE – Telebrás – 2013


IA
IB

A censura pública é a penalidade que pode ser aplicada ao profissional


AL

psicólogo que disseminar a base científica que fundamenta a profissão.


LE

( ) Certo ( ) Errado
A
N

Gabarito: E
IA
LA

Comentários: Não há no nosso Código de Ética, a descrição dos casos em que as


penalidades deverão ser aplicadas.

60. CESPE – Telebrás – 2013


O psicólogo é impedido de intervir na prestação de serviços psicológicos que
estejam sendo efetuados por outro profissional, mesmo que este profissional aja
contra a ética profissional.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E

| 51
Comentários: Segundo o art. 7º do nosso Código de Ética, em sua alínea “b”, o
psicólogo poderá intervir na prestação de serviços psicológicos que estejam sendo
efetuados por outro profissional, em caso de emergência ou risco ao beneficiário ou
usuário do serviço, quando dará imediata ciência ao profissional. Assim, existe uma
brecha na legislação que nos permite agir na prestação de serviços psicológicos que
estejam sendo efetuados por outro profissional que caracteriza-se como falta ética
e, ao mesmo tempo, represente emergência ou risco ao beneficiário.

07
Apenas para relembrar, podemos intervir no trabalho de outros profissionais

9:
:5
nos seguintes casos:

15
e) A pedido do outro profissional responsável pelo serviço;

1
02
f) Em caso de emergência ou risco ao beneficiário;

/2
02
g) Quando o trabalho do outro profissional estiver encerrado;

7/
h) Quando for a metodologia adotada.

-0
om
l.c
61. CESPE – UNIPAMPA – 2013

ai
Considerando a atuação de um psicólogo em equipe multidisciplinar de
gm
@
saúde de um órgão público e as normas éticas e de rotina que devem ser seguidas
na

pelos profissionais que trabalham nesse mesmo órgão, julgue os itens


pi
ia

subsequentes.
ib
a.

Caso o psicólogo seja requisitado a depor em juízo, deverá conduzir seu


an

depoimento estritamente de acordo com as normas éticas institucionais.


ai
-l

( ) Certo ( ) Errado
1
-6

Gabarito: E
43

Comentários: O erro está no final da assertiva. O psicólogo deve conduzir seu


.2
10

depoimento de acordo com as normas éticas PROFISSIONAIS.


.1
04
-0

62. CESPE – UNIPAMPA – 2013


A

Ao testemunhar que um colega da mesma equipe, de outra especialidade, age


N
PI

de modo negligente e discriminativo em relação a um paciente em atendimento, o


IA
IB

psicólogo não deve se manifestar sobre o ocorrido e dedicar-se à execução de suas


AL

atividades, a não ser que a denúncia desse tipo de fato esteja prevista nas normas
LE

éticas do órgão.
A
N

( ) Certo ( ) Errado
IA
LA

Gabarito: E
Comentários: Segundo a alínea “e”, do art. 2, é vedado ao psicólogo ser conivente
com erros, faltas éticas, violação de direitos, crimes ou contravenções penais
praticados por psicólogos na prestação de serviços profissionais. Assim, ele não
pode ser conivente com tal tipo de situação.
Além disso, o psicólogo pode intervir nessa situação aviltante ao nosso
Código de Ética. Isso é o que diz a alínea “b” do art. 7º: “O psicólogo poderá intervir
na prestação de serviços psicológicos que estejam sendo efetuados por outro
profissional [...] Em caso de emergência ou risco ao beneficiário ou usuário do
serviço, quando dará imediata ciência ao profissional”.

| 52
63. CESPE – UNIPAMPA – 2013
O psicólogo não deve disponibilizar para outros profissionais da equipe de
saúde, que não sejam também psicólogos, quaisquer informações obtidas por ele
sobre o paciente.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E

07
Comentários: Essa vedação não existe. Segundo a alínea “b” do Art. 6º de nosso

9:
:5
Código de Ética: O psicólogo, no relacionamento com profissionais não psicólogos

15
compartilhará somente informações relevantes para qualificar o serviço prestado,

1
02
resguardando o caráter confidencial das comunicações, assinalando a

/2
02
responsabilidade, de quem as receber, de preservar o sigilo.

7/
-0
om
64. CESPE – UNIPAMPA – 2013

l.c
Ao reconhecer limitações pessoais para progredir no atendimento a um

ai
paciente, havendo na equipe um colega com chances reconhecidas de evoluir com
gm
@
o trabalho, o psicólogo deve fazer o encaminhamento a esse colega sem juntar
na

informações sobre o atendimento já realizado, de modo que o novo atendimento


pi
ia

possa ser iniciado isento de influências ou opiniões.


ib
a.

( ) Certo ( ) Errado
an

Gabarito: E
ai
-l

Comentários: Ele deve passar as informações necessárias ao futuro profissional


1
-6

para o prosseguimento dos serviços. Isso é o que diz a alínea “k” do art. 1 da nossa
43

resolução: “Sugerir serviços de outros psicólogos, sempre que, por motivos


.2
10

justificáveis, não puderem ser continuados pelo profissional que os assumiu


.1
04

inicialmente, fornecendo ao seu substituto as informações necessárias à


-0

continuidade do trabalho”.
A
N
PI

65. CESPE – UNIPAMPA – 2013


IA
IB

Ao receber um paciente encaminhado por um colega de outra área, que solicitou


AL

urgência no atendimento, é facultado ao psicólogo oferecer ao paciente a


LE

possibilidade de atendimento
A
N

em um serviço particular onde esse psicólogo também atua, com o objetivo de que
IA
LA

o atendimento seja mais rápido.


( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E
Comentários: Ao psicólogo é vedado, segundo a alínea “l” do art. 2º da Resolução
CFP nº 10/2005: “Desviar para serviço particular ou de outra instituição, visando
benefício próprio, pessoas ou organizações atendidas por instituição com a qual
mantenha qualquer tipo de vínculo profissional”.

66. CESPE – TJ-SE – Psicólogo – 2014

| 53
Uma jovem de vinte e três anos de idade, filha primogênita, em
acompanhamento psicológico desde os nove anos de idade, em virtude de
passividade exacerbada nos relacionamentos interpessoais, mostrou-se, no início
do tratamento, ansiosa e com dependência significativa de sua mãe. Ao longo do
seu desenvolvimento, apresentou outras queixas, tais como alteração repentina de
humor, agressividade, insegurança e angústia. As manifestações clínicas mais
recentes relatadas pela jovem foram dificuldade na tomada de decisões e na

07
iniciação de projetos pessoais, sentimentos de desamparo ao estar sozinha e

9:
:5
preocupação exacerbada com a possibilidade de deixar de receber cuidado e apoio

15
das pessoas que considera em seu rol de amizade.

1
02
Considerando o caso clínico apresentado, julgue os itens a seguir, à luz do

/2
02
disposto no Código de Ética Profissional do Psicólogo e das abordagens teóricas da

7/
psicologia.

-0
om
53 Nesse caso, para iniciar o tratamento, quando a jovem era ainda criança, o

l.c
psicólogo necessitou de autorização de ambos os responsáveis — pai e mãe —, dada

ai
a previsão desta determinação no Código de Ética Profissional do Psicólogo.
gm
@
Gabarito: E
na

Comentários: Necessita de autorização de um dos pais apenas.


pi
ia
ib
a.

67. CESPE – TJ-SE – Psicólogo – 2014


an

Considere que um funcionário tenha procurado o psicólogo do setor de


ai
-l

qualidade de vida no trabalho, órgão hierarquicamente superior à área de gestão


1
-6

de pessoas da empresa onde trabalha, e que tenha denunciado ser vítima de


43

assédio moral do responsável pela área de gestão de pessoas. Considere, ainda, que
.2
10

o referido funcionário tenha alegado que, no último ano, havia sofrido ações
.1
04

prolongadas e repetidas de humilhação, ofensas, xingamentos e constrangimentos,


-0

inclusive na presença da equipe de trabalho.


A

Com base na situação hipotética apresentada, julgue os itens subsequentes,


N
PI

acerca da qualidade de vida no trabalho e da ética profissional do psicólogo


IA
IB

organizacional.
AL

O psicólogo que atendeu o funcionário deve considerar as relações de poder


LE

existentes no ambiente organizacional e se posicionar de forma crítica, conforme


A
N

os princípios do código de ética profissional, mesmo que estes sejam contrários aos
IA
LA

interesses da empresa.
Gabarito: C
Comentários: Eu avisei que esse inciso cai na literalidade! Veja o que diz o CEP:
VII. O psicólogo considerará as relações de poder nos contextos em que atua
e os impactos dessas relações sobre as suas atividades profissionais,
posicionando-se de forma crítica e em consonância com os demais
princípios deste Código.

68. CESPE – TJ-SE – Psicólogo – 2014

| 54
Considere que um funcionário tenha procurado o psicólogo do setor de
qualidade de vida no trabalho, órgão hierarquicamente superior à área de gestão
de pessoas da empresa onde trabalha, e que tenha denunciado ser vítima de
assédio moral do responsável pela área de gestão de pessoas. Considere, ainda, que
o referido funcionário tenha alegado que, no último ano, havia sofrido ações
prolongadas e repetidas de humilhação, ofensas, xingamentos e constrangimentos,
inclusive na presença da equipe de trabalho.

07
Com base na situação hipotética apresentada, julgue os itens subsequentes,

9:
:5
acerca da qualidade de vida no trabalho e da ética profissional do psicólogo

15
organizacional.

1
02
Caso o psicólogo seja demitido ou transferido do seu posto de trabalho, ele

/2
02
deverá repassar todo o material ao psicólogo substituto, porém, não havendo outro

7/
profissional habilitado para substituí-lo, deverá encaminhar todos os arquivos

-0
om
lacrados à direção da empresa.

l.c
Gabarito: E

ai
Comentários: Os arquivos devem ser encaminhados ao CRP. gm
@
na
pi
ia
ib
a.
an
ai
-l

1 Avaliação psicológica e psicodiagnóstico. 1.1


1
-6
43

Fundamentos e etapas da medida psicológica. 1.2


.2
10

Instrumentos de avaliação. 1.2.1 Critérios de seleção,


.1
04

avaliação e interpretação dos resultados.


-0
A
N
PI
IA
IB

Testes Válidos em 2019


AL

As Pirâmides Coloridas de Pfister


LE

Escala de Inteligência Wechsler para Crianças - 4ª edição (WISC-IV)


A
N

Teste Wisconsin de Classificação de Cartas


IA
LA

Teste Wisconsin de Classificação de Cartas (WCST)


Teste Wisconsin de Classificação de Cartas - versão para idosos
Escala de Inteligência Wechsler para Adultos (WAIS III)
Escala de Inteligência Wechsler Abreviada (WASI)
O Rorschach - Teoria e Desempenho (Sistema Klopfer)
Rorschach - Sistema Compreensivo Favorável
Rorschach - Sistema da Escola Francesa (1. O Psicodiagnóstico de Rorschach em
Adultos: Atlas, Normas e Reflexões. 2. A Prática do Rorschach)
Rorschach - Sistema de Avaliação por Desempenho
Rorschach Clínico

| 55
O teste de zulliger no sistema compreensivo - forma individual (ZSC )
Z-Teste Coletivo e Individual Técnica de Zulliger
Teste de Zulliger no sistema Escola de Paris: forma individual
O Teste Palográfico na Avaliação da Personalidade
Psicodiagnóstico Miocinético (PMK)
Casa - Árvore- Pessoa - Técnica Projetiva de Desenho (HTP)
Teste de Apercepção Infantil - Figuras de Animais (CAT-A)

07
Teste de Apercepção Infantil - Figuras Humanas (CAT-H)

9:
:5
Teste de Apercepção Temática (TAT)

15
Matrizes Avançadas de Raven

1
02
Matrizes Progressivas Avançadas de Raven

/2
02
Matrizes Progressivas Coloridas de Raven-CPM

7/
Myers-Briggs Type Indicator -Inventário de Tipos Psicológicos (MBTI)

-0
om
Inventário de Depressão de Beck (BDI-II)

l.c
Bateria de Provas de Raciocínio (BPR-5)

ai
Bateria Fatorial de Personalidade (bfp) gm
@
Inventário de Personalidade NEO Revisado (NEO PI-R )
na

Inventário Dimensional Clínico da Personalidade 2 e Inventário Dimensional Clínico


pi
ia

da Personalidade versão triagem (IDCP-2 )


ib
a.

Inventário dos Seis Fatores de Personalidade (IFP-6)


an

Inventário Fatorial de Personalidade (IFP-II) Favorável


ai
-l

Inventário Fatorial de Personalidade Revisado - Versão Reduzida (IFP-R)


1
-6

Inventário Hogan de Personalidade (HPI)


43

Inventário Reduzido dos Cinco Fatores de Personalidade (ICFP-R)


.2
10

Inventário de Habilidades Sociais 2 (IHS 2 Del Prette)


.1
04

Inventário de Habilidades Sociais Conjugais (IHSC)


-0

Inventário de Habilidades Sociais Para Adolescentes (IHSA-Del-Prette)


A

Inventário de Habilidades Sociais, Problemas de Comportamento e Competência


N
PI

Acadêmica para Crianças (SSRS)


IA
IB

Inventário de Percepção de Suporte Familiar (IPSF)


AL

Entrevista Familiar Estruturada (EFE)


LE
A
N
IA
LA

Testes Desfavoráveis
16 PF - quinta edição
BFM-5 Bateria de Funções Mentais para Motoristas - Testes de Memória de Placas
(BFM-5) [Temos os BFMs 1, 2, 3 e 4, mas não o 5]
Manual Prático de Avaliação do HTP (Casa-Árvore-Pessoa) e Família [Temos o Casa
- Árvore- Pessoa - Técnica Projetiva de Desenho (HTP)]
Teste Palográfico [Temos O Teste Palográfico na Avaliação da Personalidade]
Escala de Inteligência Wechsler para Crianças - Terceira Edição (WISC-III) [Temos o
WISC-IV]

| 56
Escala de Maturidade Mental Colúmbia (CMMS) [Temos a CMMS-3]
Escala Fatorial de Ajustamento Emocional/Neuroticismo (EFN)
Escalas Beck: Inventário de Depressão Beck (BDI), Inventário de Ansiedade Beck
(BAI), Escala de Desesperança Beck (BHS), Escala de Ideação Suicida Beck (BSI)
[Temos o BDI-II apenas]
Escalas de Personalidade de Comrey (CPS)
Inventário de Habilidades Sociais (IHS-Del-Prette) [Temos o IHS-2]

07
Matrizes Progressivas de Raven - Escala Geral - Séries A, B, C, D e E [Temos o teste

9:
:5
Matrizes Progressivas de Raven]

15
Teste das Fábulas

1
02
Z- Teste (Teste Zulliger) – Freitas

/2
02
Z-Teste (Técnica de Zulliger)

7/
-0
om
Conceitos de Avaliação Psicológica e Psicodiagnóstico

l.c
ai
gm
Podemos dizer, segundo a corrente majoritária, que a avaliação psicológica
@
é mais global e que não possui limitações temporais, enquanto que o
na

psicodiagnóstico é um processo limitado no tempo e que tem sua base nos testes
pi
ia

psicológicos. Os dois processos de investigação podem usar entrevistas e testes


ib
a.

psicológicos.
an
ai
-l

Avaliação Psicológica Psicodiagnóstico


1
-6
43

Temporalidade Não limitado no tempo Limitado no tempo


.2

Foco Global Específico


10
.1

Testes Psicológicos Pode Utilizar Utiliza


04

Entrevista Utiliza Utiliza


-0

Tabela 1: semelhanças e diferenças entre a avaliação psicológica e o


A
N
PI

psicodiagnóstico.
IA
IB

Quando falamos que a avaliação psicológica não é limitada no tempo,


AL
LE

estamos nos referindo ao fato desta não poder ser feita, em hipótese alguma, em
A

momento único. O psicodiagnóstico, ao contrário, pode ser feito em apenas um


N
IA

encontro ou em uma sucessão de encontros. Sobre os procedimentos utilizados na


LA

avaliação psicológica, destacamos que qualquer procedimento para levantamento


de dados (técnicas, entrevistas, instrumentos, observação, etc.) pode ser utilizado,
desde que não seja isolado. Por outro lado, não é possível fazer psicodiagnóstico
sem a utilização de testes. Nesse caso, podemos utilizar outras formas de levantar
dados (como entrevistas), mas a ênfase nos testes é obrigatória.
A Avaliação Psicológica, em si, refere-se à coleta e interpretação de
informações psicológicas, resultantes de um conjunto de procedimentos confiáveis
que permitam ao Psicólogo avaliar o comportamento. Desse modo, a avaliação visa
abarcar um estudo individual acerca das diferenças de indivíduos de um mesmo

| 57
grupo, ou de potencialidades e características individuais ou grupais
(comportamento, afeto, cognição, memória, organização e funcionamento do
psiquismo, etc.).
Decorrente dessas definições, podemos listar as seguintes funções de uma
avaliação psicológica:
1. Levantar condições psicológicas de um ou mais indivíduos em
determinada ocasião, para diagnosticar a sua situação no presente e

07
conhecer a sua posição dentro do universo a que pertence;

9:
:5
2. Fornecer bases objetivas e confiáveis para selecionar candidatos a

15
cursos, funções, encargos e cargos, avaliar desempenhos, promover,

1
02
treinar e desenvolver funcionários e dar orientação educacional e

/2
02
vocacional a educandos;

7/
3. Contribuir (com informações seguras e amplas) para o

-0
om
autoconhecimento – noção indispensável à orientação do

l.c
autodesenvolvimento e ao seu controle;

ai
4. Promover dados fidedignos e prognósticos sobre pessoas; e,
gm
@
5. Dar fundamentos confiáveis para comparações entre grupos.
na
pi
ia

Outra propriedade da avaliação psicológica é que esta pode subsidiar atestados


ib
a.

e laudos/relatórios, enquanto que o psicodiagnóstico não. Veja o que a Resolução


an

CFP n°7 de 2003 fala sobre isso:


ai
-l

II - MODALIDADES DE DOCUMENTOS
1
-6

1. Declaração *
43

2. Atestado psicológico
.2
10

3. Relatório / laudo psicológico


.1
04

4. Parecer psicológico *
-0

* A Declaração e o Parecer psicológico não são


A

documentos decorrentes da avaliação Psicológica,


N
PI

embora muitas vezes apareçam desta forma. Por


IA
IB

isso consideramos importante constarem deste


AL

manual afim de que sejam diferenciados.


LE

Fonte: Resolução CFP n°7 de 2003.


A
N

Confira o que a Resolução CFP n°7 de 2003 fala:


IA
LA

3 – RELATÓRIO PSICOLÓGICO
3.1. Conceito e finalidade do relatório ou laudo
psicológico
O relatório ou laudo psicológico é uma apresentação
descritiva acerca de situações e/ou condições psicológicas e
suas determinações históricas, sociais, políticas e culturais,
pesquisadas no processo de avaliação psicológica. Como todo
DOCUMENTO, deve ser subsidiado em dados colhidos e
analisados, à luz de um instrumental técnico (entrevistas,
dinâmicas, testes psicológicos, observação, exame psíquico,

| 58
intervenção verbal), consubstanciado em referencial técnico-
filosófico e científico adotado pelo psicólogo.
A finalidade do relatório psicológico será a de
apresentar os procedimentos e conclusões gerados pelo
processo da avaliação psicológica, relatando sobre o
encaminhamento, as intervenções, o diagnóstico, o
prognóstico e evolução do caso, orientação e sugestão de

07
projeto terapêutico, bem como, caso necessário, solicitação de

9:
:5
acompanhamento psicológico, limitando-se a fornecer

15
somente as informações necessárias relacionadas à demanda,

1
02
solicitação ou petição.

/2
02
Fonte: Resolução CFP n°7 de 2003

7/
-0
om
Considerando a referida Resolução, e que o relatório/laudo decorre da

l.c
avaliação psicológica, podemos dizer que esse processo deve ser subsidiado em

ai
dados colhidos e analisados, à luz de: gm
@
a) um instrumental técnico
na

a. entrevistas;
pi
ia

b. dinâmicas;
ib
a.

c. testes psicológicos;
an

d. observação;
ai
-l

e. exame psíquico;
1
-6

f. intervenção verbal.
43

b) referencial técnico-filosófico e científico adotado pelo psicólogo


.2
10
.1
04

Atenção: Se levarmos a essa discussão o termo “psicodiagnóstico” na acepção de


-0

Ocampo, teremos uma conceituação diversa. Para Ocampo o psicodiagnóstico tem


A

o mesmo sentido que a avaliação psicológica. Ela, em conjunto com outros autores,
N
PI

constitui a corrente minoritária na conceituação de avaliação psicológica e


IA
IB

psicodiagnóstico.
AL
LE

Já que estamos falando dessa resolução, veja o que ela fala sobre Avaliação
A
N

Psicológica em si:
IA
LA

Art. 3º - Toda e qualquer comunicação por escrito


decorrente de avaliação psicológica deverá seguir as
diretrizes descritas neste manual.
...
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
A avaliação psicológica é entendida como o
processo técnico-científico de coleta de dados, estudos e
interpretação de informações a respeito dos fenômenos
psicológicos, que são resultantes da relação do indivíduo

| 59
com a sociedade, utilizando-se, para tanto, de estratégias
psicológicas – métodos, técnicas e instrumentos.
Os resultados das avaliações devem considerar e
analisar os condicionantes históricos e sociais e seus
efeitos no psiquismo, com a finalidade de servirem como
instrumentos para atuar não somente sobre o indivíduo,
mas na modificação desses condicionantes que operam

07
desde a formulação da demanda até a conclusão do

9:
:5
processo de avaliação psicológica.

15
...

1
02
2.2. Princípios Técnicos

/2
02
O processo de avaliação psicológica deve

7/
considerar que os objetos deste procedimento (as

-0
om
questões de ordem psicológica) têm determinações

l.c
históricas, sociais, econômicas e políticas, sendo os

ai
mesmas elementos constitutivos no processo de
gm
@
subjetivação.
na

...
pi
ia

Os psicólogos, ao produzirem documentos


ib
a.

escritos, devem se basear exclusivamente nos


an

instrumentais técnicos (entrevistas, testes, observações,


ai
-l

dinâmicas de grupo, escuta, intervenções verbais) que se


1
-6

configuram como métodos e técnicas psicológicas para a


43

coleta de dados, estudos e interpretações de informações


.2
10

a respeito da pessoa ou grupo atendidos, bem como sobre


.1
04

outros materiais e grupo atendidos e sobre outros


-0

materiais e documentos produzidos anteriormente e


A

pertinentes à matéria em questão. Esses instrumentais


N
PI

técnicos devem obedecer às condições mínimas requeridas


IA
IB

de qualidade e de uso, devendo ser adequados ao que se


AL

propõem a investigar.
LE

Fonte: Resolução CFP n°7 de 2003


A
N
IA
LA

Existem, ainda, quatro elementos essenciais configuram o campo da


Avaliação Psicológica:
a) Objeto - Fenômenos ou processos psicológicos;
b) Objetivo visado - Diagnosticar, compreender, avaliar a ocorrência
de determinadas condutas;
c) Campo Teórico - Sistema conceitual, estado da arte do
conhecimento;
d) Método - Condições através da qual é possível conhecer a forma
de acesso ao que se pretende explorar.

| 60
Destaco que, apesar de a avaliação psicológica ter diferenças em relação ao
psicodiagnóstico, temos semelhanças. Os dois processos são de investigação e
configuram-se como uma situação com papéis bem definidos e com um contrato
no qual um paciente se submete a um psicólogo que, por sua vez, se compromete a
atender as demandas dentro de suas possibilidades.
Sabemos que o psicodiagnóstico é um processo investigativo limitado no
tempo e que a avaliação psicológica não pode ser realizada em momento único.

07
Sabemos que o psicodiagnóstico deve, obrigatoriamente, ser feito com a utilização

9:
:5
de testes psicológicos enquanto que a avaliação psicológica não precisa,

15
necessariamente, ser feita a partir desses testes. O nó górdio está no entendimento

1
02
que o psicodiagnóstico é um tipo de avaliação psicológica.

/2
02
Agora, vamos nos aprofundar um pouco mais na compreensão do que

7/
exatamente é o psicodiagnóstico. Segundo Cunha (2000), psicodiagnóstico é um

-0
om
processo científico, limitado no tempo, no qual se realiza uma avaliação

l.c
psicológica, por meio de testagem. A utilização da bateria de testes propicia o

ai
levantamento de dados que devem ser interligados com o histórico do paciente.
gm
@
A obtenção do histórico é realizada com base no plano de avaliação, pré-
na

estabelecido através de perguntas ou hipóteses iniciais, que auxiliam na definição


pi
ia

dos instrumentos e momento adequado para sua aplicação. Com isso, permite-se
ib
a.

a identificação e avaliação de aspectos específicos, assim como a elaboração da


an

melhor forma de intervenção para o paciente testado.


ai
-l

Sendo assim, percebe-se que o mesmo é científico, pois é derivado de um


1
-6

levantamento prévio de hipóteses, confirmadas ou não por passos


43

predeterminados e com objetivos específicos. O psicodiagnóstico é realizado numa


.2
10

sala (ou consultório) onde o psicólogo recebe os encaminhamentos de outros


.1
04

(profissionais da saúde, comunidade escolar, poder judiciário) ou atende demandas


-0

individuais que procuram diretamente esse tipo de trabalho científico.


A

Destacamos, novamente, que o psicodiagnóstico é um procedimento


N
PI

científico que necessariamente utiliza testes psicológicos, diferente da avaliação


IA
IB

psicológica na qual o psicólogo pode ou não utilizar esses instrumentos.


AL

Ainda segundo Cunha, o psicodiagnóstico pode atender a várias funções.


LE

Essas funções também são relativas à avaliação psicológica e, assim como as fases
A
N

que descreveremos posteriormente, podem ser entendidas como características


IA
LA

das duas ferramentas de trabalho (psicodiagnóstico e avaliação psicológica).


Vejamos:

Objetivos de uma avaliação psicológica clínica


Objetivos Especificações
Avaliação É determinado o nível de funcionamento da personalidade.
compreensiva São examinadas as funções do ego, em especial a de insight,
condições do sistema de defesa, para facilitar a indicação de
recursos terapêuticos e prever a possível resposta aos mesmos.

| 61
Entendimento Ultrapassa o objetivo da avaliação compreensiva por
dinâmico ou pressupor um nível mais elevado de inferência clínica com
Psicodinâmico abordagens teóricas. O diagnóstico psicodinâmico se
caracteriza pela busca dos fatores causais do transtorno
mental, em oposição ao diagnóstico nosológico, que pretende
ser descritivo. Dentre os fatores causais estão conflitos que
dificilmente chegam até a consciência e que determinam o

07
funcionamento da estrutura psíquica do paciente

9:
:5
Prevenção Procura investigar problemas precocemente, avaliar riscos,

15
fazer uma estimativa de forças e franquezas do ego, de sua

1
02
capacidade para enfrentar situações novas, difíceis e

/2
02
estressantes

7/
Prognóstico Busca determinar o provável curso do caso

-0
om
Perícia forense Fornece subsídios para questões relacionadas com

l.c
"insanidade", competência para o exercício das funções de

ai
cidadão, avaliação de incapacidades ou patologias que podem
gm
@
se associar com infrações de lei, etc.
na

Fonte: Cunha (2000).


pi
ia
ib
a.

Resumidamente, Cunha circunscreve o psicodiagnóstico ao contexto


an

clínico, restringindo-se a uma das muitas práticas possíveis de avaliação


ai
-l

psicológica, e tendo como um dos possíveis objetivos a identificação de


1
-6

psicopatologias existentes no indivíduo. Nesse ponto, tem-se uma perspectiva de


43
.2

estudar o sujeito a partir de possíveis sinais e sintomas, forças e fraquezas, por ele
10

apresentados, que compreendidos em conjunto, levariam à identificação de um


.1
04

quadro de morbidade ou sofrimento psíquico.


-0

Retomando as discussões sobre as diferenças entre a avaliação psicológica


A
N

e o psicodiagnóstico, qual dos dois processos tende a sofrer maior influência das
PI
IA

abordagens psicoterapêuticas? A resposta é simples: a avaliação psicológica.


IB

Apesar dos dois processos serem científicos, trabalharem com hipóteses e a


AL

comprovação ou refutação destas, e dos dois processos possuírem algum nível de


LE

viés das escolas psicológicas, é a avaliação psicológica que possui um grau maior
A
N

de organização de seus processos a partir das teorias e técnicas psicoterápicas. Isso


IA
LA

é facilmente comprovado quando percebemos, por exemplo, a diferença da


avaliação da personalidade dentro de um contexto psicodinâmico e em um
contexto comportamental.

A corrente minoritária: Ocampo, Trinca e Arzeno.

| 62
Antes de adentrarmos no tópico seguinte, é necessário fazer uma
observação fundamental e que gera muita confusão aos que estudam para
concursos. Os conceitos e diferenciações que aqui trabalho estão orientados para
concurso e existe uma exceção ao pensamento majoritário. É a visão de Ocampo
sobre Psicodiagnóstico.
Essa visão tem sido pouco cobrada nos últimos anos, mas mesmo assim você
deve ter ciência para não errar na hora da prova. O modo como Ocampo, Trinca e

07
Arzeno trabalham o Psicodiagnóstico o aproxima da avaliação psicológica. Deixa de

9:
:5
ser a simples aplicação, correção e integração dos dados provenientes de testagens

15
psicológicas para uma postura de "diagnóstico compreensivo" do fenômeno. Esse

1
02
modelo compreensivo propõe uma visão totalizadora no entendimento do

/2
02
indivíduo. É uma compreensão psicológica globalizada do paciente, utilizando-se

7/
de todos os materiais que forem necessários para se chegar a essa compreensão:

-0
om
entrevistas, testes, e técnicas psicológicas, contatos com outros profissionais

l.c
ligados ao caso, visita à escola, exames médicos, sem privilegiar nenhum deles. A

ai
aplicação de testes, que é obrigatória para o Conselho Federal de Psicologia e para
gm
@
a corrente majoritária, não é obrigatória nesse tipo de psicodiagnóstico de acordo
na

com essa corrente. Desse modo, essa concepção de psicodiagnóstico torna-se


pi
ia

sinônimo de avaliação psicológica. O único ponto que ainda reside é que ainda
ib
a.

tratamos o psicodiagnóstico como um processo limitado no tempo.


an

Para Ocampo o paciente sempre chega ao psicólogo com uma queixa ou


ai
-l

sofrimento referente a um problema do qual ele não sabe como resolver. Do outro
1
-6

lado, encontra-se o psicólogo, considerado pelo paciente como detentor de, um


43

conhecimento técnico capaz de decifrá-lo e tendo a solução de seu problema.


.2
10

Dentro desta relação bi pessoal, considera-se, também, toda a compreensão da


.1
04

dinâmica de relações estabelecidas entre o paciente e seus familiares.


-0

Ocampo prossegue e afirma que a meta principal do processo


A

psicodiagnóstico é a compreensão da personalidade do paciente; envolvendo


N
PI

aspectos passados, presentes (diagnóstico) e futuros (prognóstico) de seu estar no


IA
IB

mundo. Para tanto, são utilizadas certas técnicas (entrevistas semi-dirigidas,


AL

técnicas projetivas, entrevista de devolução), e atingindo uma compreensão mais


LE

global e completa do caso, o psicólogo pode elaborar um laudo psicológico.


A
N

Esse processo psicodiagnóstico é constituído por quatro etapas, segundo


IA
LA

Ocampo:
Primeiro Momento: um contato com o paciente por meio de
entrevistas iniciais.
Segundo Momento: aplicação de algumas técnicas
psicológicas (testes, técnicas projetivas).
Terceiro Momento: encerramento do processo por meio de
entrevista de devolução ao paciente e/ou seus pais.
Quarto Momento: elaboração de um informe psicológico
endereçado ao profissional que encaminhou o paciente ao
psicólogo acompanha esta última fase.

| 63
Para Arzeno 2 , no entanto, temos cinco momentos identificáveis no
psicodiagnóstico:
1 - O primeiro passo ocorre desde o momento em que
o consultante faz a solicitação da consulta até o encontro
pessoal com o profissional.
2 - O segundo passo ocorre na ou nas primeiras

07
entrevistas nas quais tenta-se esclarecer o motivo latente e o

9:
:5
motivo manifesto da consulta, as ansiedades e defesas que a

15
pessoa que consulta mostra (e seus pais ou o resto da família),

1
02
a fantasia de doença, cura e análise que cada um traz e a

/2
02
construção da história do indivíduo e da família em questão.

7/
3 - O terceiro momento é o que dedicamos a refletir sobre o

-0
om
material colhido e sobre as hipóteses iniciais para planejar

l.c
os passos a serem seguidos e os instrumentos diagnósticos a

ai
serem utilizados: hora lúdica, entrevistas familiares, testes
gm
@
gráficos, verbais, lúdicos etc.
na

4 - O quarto momento consiste na realização da


pi
ia

estratégia diagnóstica planejada que pode sofrer


ib
a.

modificações durante o percurso de acordo com a


an

necessidade.
ai
-l

5 - O quinto momento é aquele dedicado ao estudo do


1
-6

material colhido para obter um quadro mais claro possível


43

sobre o caso em questão.


.2
10
.1
04

Para finalizar este ponto, é interessante destacarmos dois:


-0

O psicodiagnóstico segundo Ocampo e Arzeno


A
N

Ocampo et al. (2005) e Arzeno (2003) sistematizaram o procedimento do


PI

psicodiagnóstico dentro do referencial psicanalítico, desenvolvendo uma


IA
IB

concepção ampla e enriquecedora, que valoriza a entrevista clínica (em vez da


AL

tradicional anamnese descritiva), a relação transferencial/contratransferencial e a


LE

devolução, ao final do processo.


A
N

Para essas autoras, o psicodiagnóstico é uma prática clínica bem delimitada,


IA
LA

com objetivo, tempo e papéis definidos, diferenciada do processo analítico. É


realizado sempre com o objetivo de obter uma compreensão profunda e completa
da personalidade do paciente (ou do grupo familiar), incluindo elementos
constitutivos, patológicos e adaptativos. Abrange aspectos presentes (diagnóstico
atual) e futuros (prognóstico), sendo indicado para esclarecimento do diagnóstico,
encaminhamento e/ou tratamento. Utiliza, como principais instrumentos, a

2
Fonte: Maria Esther Garcia Arzeno. Psicodiagnóstico Clínico: novas
Contribuições.

| 64
entrevista clínica, a aplicação de testes e técnicas projetivas, a entrevista devolutiva
e a elaboração do laudo (quando solicitado). Como em todo procedimento clínico,
tem um cuidado especial com o enquadre: no início do processo, definem-se o
objetivo; os papéis de cada um (psicólogo, paciente, pais e/ou família); a duração
(em média quatro ou cinco sessões, que podem ser ampliadas ou reduzidas, de
acordo com a necessidade); local, horário e tempo das entrevistas; honorários e
forma de pagamento.

07
Para Ocampo et al. (2005), o psicodiagnóstico é um processo que envolve

9:
:5
quatro etapas. A primeira vai do contato inicial à primeira entrevista com o

15
paciente; a segunda é a fase de aplicação dos testes e técnicas projetivas; a terceira

1
02
é o encerramento do processo, com a devolução oral ao paciente (e/ou aos pais); e

/2
02
a quarta consiste na elaboração do informe escrito (laudo) para o solicitante.

7/
Arzeno (2003) detalha essas etapas em sete passos. O primeiro passo inclui

-0
om
desde a solicitação da consulta pelo cliente até o primeiro encontro pessoal com o

l.c
profissional. Nessa fase, é importante observar como é feito o contato inicial, quais

ai
as primeiras impressões etc. O segundo passo envolve a realização das primeiras
gm
@
entrevistas, quando se busca identificar o motivo latente e manifesto da consulta,
na

as ansiedades e defesas que o paciente, pais e/ou família apresentam, as


pi
ia

expectativas e fantasias de doença e de cura que trazem. É importante observar


ib
a.

como o paciente se coloca, o que é priorizado no relato, que tipo de relação


an

estabelece com o psicólogo (e entre si, no caso do casal e/ou família), para
ai
-l

identificar os aspectos transferenciais e contratransferenciais, bem como as


1
-6

resistências e a capacidade de elaboração e mudança. O terceiro passo é o


43

momento de reflexão sobre o material colhido e análise das hipóteses iniciais, para
.2
10

planejamento dos passos seguintes e escolha dos instrumentos diagnósticos a


.1
04

serem empregados. O quarto passo é o momento da realização da estratégia


-0

diagnóstica planejada – entrevistas e aplicação dos testes e técnicas selecionadas,


A

de acordo com o caso. Em geral, age-se conforme o planejado, mas, se houver


N
PI

necessidade, podem-se introduzir modificações, durante o processo. O quinto


IA
IB

passo é o momento da análise e integração dos dados levantados. É o estudo


AL

conjunto do material apreendido nas entrevistas, nos testes e na história clínica,


LE

para obter uma compreensão global do caso. Essa fase exige do profissional
A
N

domínio teórico-metodológico e grande capacidade analítica, a fim de identificar as


IA
LA

recorrências e convergências entre os dados, assim como os aspectos mais


relevantes dentro do material, que possibilitam uma compreensão ampla da
personalidade do indivíduo e/ou da dinâmica familiar e do casal. O sexto passo é o
momento da devolução da informação, que pode ser feita em uma ou mais
entrevistas. Geralmente, é realizada de forma separada – uma com o indivíduo que
foi trazido como protagonista principal da consulta, e outra com os pais e o restante
da família. Freqüentemente, durante a entrevista devolutiva, surgem novos
elementos, os quais ajudam a validar as conclusões ou esclarecer os pontos
obscuros. O último passo envolve a elaboração do laudo psicológico com as
conclusões diagnósticas e prognósticas, incluindo as recomendações terapêuticas

| 65
adequadas ao caso. A elaboração do laudo é um aspecto importante do processo,
pois, quando malfeito, pode prejudicar o paciente, em vez de ajudá-lo.
O modelo compreensivo
O processo diagnóstico do tipo compreensivo, desenvolvido por Trinca
(1984a), é outro modelo muito difundido entre os profissionais brasileiros, que
trabalham com avaliação psicológica na abordagem psicanalítica. Ele também
busca uma visão totalizadora e integradora da personalidade, por meio de uma

07
compreensão abrangente das dinâmicas psíquicas, intrafamiliares e socioculturais.

9:
:5
Para isso, utiliza referenciais múltiplos – além da psicanálise, a análise é

15
complementada com outros referenciais teóricos (teorias do desenvolvimento e

1
02
maturação e da família). Tem ainda, como características importantes, a

/2
02
valorização do pensamento clínico e uma maior flexibilidade, na estruturação do

7/
processo.

-0
om
O modelo compreensivo se estrutura de acordo com o contexto. O uso ou

l.c
não de testes psicológicos ou de outros procedimentos clínicos de investigação da

ai
personalidade fica na dependência do pensamento clínico empregado (TRINCA,
gm
@
1983). Na interpretação dos dados, o pensamento clínico funciona como um
na

princípio organizador, define critérios, procedimentos e esquemas de raciocínio,


pi
ia

para integração dos dados e análise. Ele é influenciado não só pela teoria, mas,
ib
a.

também, pela experiência clínica do profissional, pelo contexto e pelas


an

personalidades do cliente e do psicólogo. Para Trinca (1984b, p. 32):


ai
-l

embora as teorias sejam fatores importantes no background do profissional, é mister


1
-6

que sua atividade clínica seja empreendida com o mínimo de interferência de suas
43

teorias sobre sua capacidade de observar e captar os fatos relevantes.


.2
10

O modelo fenomenológico
.1
04

O psicodiagnóstico fenomenológico (ANCONA-LOPEZ, 1995; CUPERTINO,


-0

1995; YEHIA, 1995) introduz algumas mudanças significativas no modelo proposto


A

por Ocampo et al. (2005) e Arzeno (2003). Dentre suas inovações, destacam-se
N
PI

quatro características principais: 1. considera o processo psicodiagnóstico uma


IA
IB

prática interventiva: diagnóstico e intervenção são processos simultâneos e


AL

complementares; 2. propõe que a devolução seja feita durante o processo e não ao


LE

final; 3. enfatiza o sentido da experiência dos envolvidos no processo; e 4. redefine


A
N

a relação paciente-psicólogo em termos de poder, papéis e realização de tarefas.


IA
LA

No modelo fenomenológico, o cliente é um parceiro ativo e envolvido no


trabalho de compreensão e eventual encaminhamento posterior. O psicólogo se
afasta do lugar de técnico ou especialista detentor do saber e estabelece com o
paciente uma relação de cooperação, em que a capacidade de ambas as partes, de
observarem, aprenderem e compreenderem, constitui a base indispensável ao
trabalho. Psicólogo e paciente se envolvem, a partir de pontos de vista diferentes,
mas igualmente importantes, na tarefa de construir os sentidos da existência de um
deles – o cliente (YEHIA, 1995).
Fonte: Araujo, 2007.

| 66
Os 7 Fatores que Devem Ser Considerados
1. Quem Formula a Solicitação Se a consulta chegar diretamente a nós podemos
agir com inteira liberdade e selecionar os testes conforme as hipóteses provisórias
surgidas na primeira entrevista e com base na história clínica do paciente. Se a
solicitação for feita por outro profissional, é imprescindível pedir-lhe que seja
absolutamente claro no que se refere ao motivo da solicitação de psicodiagnóstico,

07
9:
de forma a selecionar a bateria mais adequada. O teste que foi solicitado não deve

:5
ser excluído da bateria de testes a ser aplicada.

15
1
2. Idade Cronológica do Consultante Uma caixa de brinquedos será imprescindível

02
se a consulta for para uma criança. Na entrevista familiar também será incluída a

/2
02
caixa de brinquedos se houver crianças ou púberes. Quanto à administração dos

7/
-0
testes não tenho encontrado diferenças substanciais em relação aos adultos.

om
3. O Nível Sociocultural do Paciente e o Seu Grupo Étnico Quanto a este aspecto,

l.c
a seleção de uma bateria de testes deve levar em consideração o seguinte: Que a

ai
gm
instrução dada ao sujeito seja perfeitamente entendida. Isso ocorre com uma
@
maioria estatística do grupo de idêntico nível sociocultural e pertencente ao mesmo
na

grupo étnico. Que a conduta através da qual esperamos a resposta à instrução


pi
ia

dada seja a habitual para o sujeito comum pertencente a esse grupo. Que o
ib
a.

material usado como estímulo seja também o habitual para a maioria.


an
ai

4. Casos com Deficiência Sensorial ou Comunicativa A experiência clínica e a hora


-l

de jogo tornam-se muito importante e os testes que vierem a ser aplicados são mais
1
-6
43

do que nunca um meio complementar. Os testes com histórias relatadas podem


.2

ser transformados em histórias escritas pelo próprio sujeito se as suas dificuldades


10
.1

são com a fala. Até o Rorschach pode ser respondido por escrito. Tratando-se de
04

um cego pode-se usar, por exemplo, o teste de frases incompletas, os Questionários


-0

de Personalidade ou o Questionário Desiderativo. Existe uma versão do Raven,


A
N

para crianças pequenas, de blocos com sistemas de encaixe.


PI
IA

5. O Momento Vital O momento ideal deve ser o de um momento evolutivo no qual


IB

o indivíduo possa estabelecer pelo menos um mínimo de "rapport" com o psicólogo


AL
LE

e em que ele consiga também se ligar na tarefa que a bateria projetiva lhe propõe.
A

São mais complicados em momentos de resistência e em momentos evolutivos nos


N
IA

quais necessariamente a capacidade libidinal do sujeito estará voltada para si


LA

mesma (introversão) porque o Ego está enfrentando situações atuais complicadas.


É contra-indicado realizar um psicodiagnóstico quando o sujeito estiver
atravessando uma séria crise evolutiva ou existencial. Nesses casos, somente após
um período de tratamento seria válido realizar o psicodiagnóstico.
6. Contexto Espaço-Temporal no qual se realiza
Em nossos consultórios e em condições normais: Faço uma primeira entrevista com
os pais, logo recebo o paciente para uma entrevista livre (hora de jogo se for uma
criança). Após uns trinta minutos começo com os testes gráficos. Na entrevista
seguinte aplico o Rorschach, deixando para uma terceira o Bender. Se for

| 67
necessário aplicar o WISC ou Wechsler, os divido entre as três entrevistas
individuais. Finalmente realizo a entrevista familiar. Tudo depende do caso. No final
faço a entrevista de devolução para os pais, para o filho e, às vezes, para toda a
família. Dificilmente isso tudo levará mais de seis entrevistas.
Em instituições: Escolho um Desenho Livre, Duas Pessoas, Desiderativo e
Rorschach. Em crianças, o Rorschach raramente leva mais de dez minutos. Nos mais
velhos ele pode ser aplicado em quinze ou vinte minutos usando a técnica de limitar

07
ao máximo de três respostas por lâmina. Costumo usar também o teste "Z" de

9:
:5
Zulliger, semelhante ao Rorschach mas com três lâminas, que é possível aplicar em

15
dez minutos com adolescentes e adultos. Nessas condições de trabalho é também

1
02
necessário limitar o tempo dos testes gráficos.

/2
02
Com crianças bastam vinte minutos de hora de jogo e outros tantos para Desenho

7/
Livre, H.T.P. e Rorschach. Tudo depende do motivo de consulta. E o psicólogo que

-0
om
possuir uma grande experiência clínica e profundos conhecimentos poderá

l.c
trabalhar com baterias menores.

ai
7. Elementos da Personalidade a Investigar Não coloco no inicio da bateria aquele
gm
@
teste que considero o mais importante, para não ser sujeito à desconfiança lógica
na

por parte do paciente, o aplico em uma segunda entrevista. Também não o deixo
pi
ia

para o final, quando o paciente já poderá estar cansado de responder a tantas


ib
a.

instruções.
an

Organicidade: H.T.P. Cromático, Rorschach e Bender.


ai
-l

Oligofrenia e oligotimia em crianças: teste de figura humana. É recomendável


1
-6

alternar subtestes verbais com os de execução para torná-Ios mais amenos. Em


43

adolescente ou adulto: Wechsler, Rorschach, Raven para adultos, junto a outros


.2
10

testes gráficos para verificar se consegue ou não ver o clichê.


.1
04

Neurose ou psicose: bateria completa de testes projetivos incluindo a escala de


-0

execução do Wechsler.
A

Perigo de atuações (adição a drogas, homossexualismo; condutas antissociais,


N
PI

abortos, etc.): bateria completa de testes projetivos. Sendo muito importante deter-
IA
IB

se nas associações verbais (que estimularemos ao máximo) nos inquéritos do


AL

Rorschach
LE

Fonte: Arzeno, Psicodiagnóstico Clínico.


A
N
IA
LA

Problemas na avaliação psicológica e no psicodiagnóstico


Aqui é salutar recorrer a um trecho de artigo para elucidar corretamente essa
discussão:
[…]
No entanto, não parece ser possível estabelecer uma concordância entre a
comunidade psicológica, no que diz respeito aos métodos e às técnicas utilizadas,
assim como ao tempo previsto para a realização da avaliação, e aos
procedimentos, pois considerando que a Psicologia é uma ciência em que muitas

| 68
orientações teóricas e leituras de homem são possíveis, e considerando ainda,
que há dentro da psicologia uma grande variedade de contextos de atuação do
psicólogo, o que exige dele diferentes posturas de acordo com as necessidades
específicas, certamente diferentes processos avaliativos são necessários. É
compreensível que, de tal subdivisão, decorram diferentes estilos e posturas
profissionais e essas diferenças podem trazer contribuições para a área, à medida
que estimulam reflexões, discussões e críticas; acredita-se, desta forma, que o

07
resultado disto seja positivo e gere o desenvolvimento.

9:
:5
Muitos são os estudos e as pesquisas que geram discussões a respeito da

15
Avaliação Psicológica. Azevedo, Almeida, Pasquali e Veiga (1996) apontam que o

1
02
baixo teor científico dos instrumentos padronizados vem sendo veementemente

/2
02
denunciado. Esses autores discutem que o fato de estudos na área estarem sendo

7/
realizados revela uma melhor reputação da investigação psicológica e do uso de

-0
om
instrumentos padronizados. Apontam também para os últimos estudos que

l.c
partem do princípio de que a avaliação psicológica é indispensável, e procuram

ai
destacar a melhora da qualidade dos instrumentos padronizados.
gm
@
[…]
na

Para eles, não haveria problemas se instrumentos novos fossem lançados


pi
ia

no mercado, se fossem criados instrumentos que abordassem diferentes tipos de


ib
a.

construtos, se as amostras utilizadas para a padronização dos instrumentos


an

fossem brasileiras, se fossem realizadas mais pesquisas sobre validade e


ai
-l

fidedignidade, se as instruções fossem melhor estruturadas, se os manuais


1
-6

fossem completos, se houvesse instrumentos para avaliar diferentes realidades


43

sócio-culturais, ou ainda, se o custo do material não fosse tão alto.


.2
10

Tais exigências dos sujeitos não parecem exageradas, já que muitos autores
.1
04

têm falado sobre isso, como por exemplo, Wechsler (1999) que sugeriu um Guia
-0

de Procedimentos Éticos para a Avaliação Psicológica, em que consta: "Ao


A

selecionar um teste psicológico, o psicólogo deve:


N
PI

(...) considerar as características psicométricas do instrumento


IA
IB

a ser utilizado, tais como sensibilidade, validade, precisão e


AL

existência de normas específicas ou gerais para a população


LE

brasileira, (...) verificar se o manual do teste possui informações


A
N

necessárias para aplicação, correção e interpretação dos


IA
LA

resultados do mesmo" (p. 136).


Ainda em relação aos problemas graves, os psicólogos justificam também
que esses problemas não estariam ocorrendo se os testes não fossem aplicados
indevida, indiscriminada e mecanicamente; por pessoal não qualificado, sem
critérios; com instruções erradas; se não houvesse erro de avaliação;
supervalorização do quantitativo; interpretação generalizada e o uso de um único
instrumento como resultado definitivo.
Fonte: NORONHA, Ana Paula Porto. Os problemas mais graves e mais freqüentes no
uso dos testes psicológicos. Psicol. Reflex. Crit.[online]. 2002, vol.15, n.1 [cited 2014-
01-25], pp. 135-142 . Available from:

| 69
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
79722002000100015&lng=en&nrm=iso>. ISSN 0102-
7972. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-79722002000100015.

Fundamentos e etapas da medida psicológica.

07
9:
Quais os fundamentos e etapas da medida psicológica? Os fundamentos são

:5
15
os conceitos básicos da avaliação psicológica e as etapas são a sucessão de

1
processos definidos que levam à conclusão da avaliação psicológica ou

02
/2
psicodiagnóstico.

02
7/
-0
Plano de avaliação e bateria de testes

om
l.c
ai
Segundo Cunha (2000), esta é uma expressão usada para designar um
gm
conjunto de testes ou de técnicas que podem variar entre dois e cinco ou mais
@
na

instrumentos, que são incluídos no processo psicodiagnóstico para fornecer


pi

subsídios que permitam confirmar ou infirmar as hipóteses iniciais, atendendo o


ia
ib

objetivo da avaliação. A bateria de testes é utilizada principalmente por duas


a.
an

razões:
ai

1. Por se considerar que nenhum teste sozinho conseguiria fazer uma


-l
1

avaliação abrangente da pessoa como um todo.


-6
43

2. Por se acreditar que o uso de diferentes testes envolve a tentativa de uma


.2
10

validação inter-testes dos dados obtidos, diminuindo assim a margem de erro e


.1

provendo um fundamento mais embasado para se chegar a inferências clínicas.


04
-0
A

SATEPSI
N
PI
IA
IB

O Sistema de Avaliação dos Testes Psicológicos (Satepsi) do Conselho


AL

Federal de Psicologia, iniciado em 2001 (Resolução CFP nº 002/2003), consiste em


LE

um sistema de certificação de instrumentos de avaliação psicológica para uso


A
N

profissional, que avalia e qualifica os instrumentos em apto ou inapto para uso, a


IA
LA

partir da verificação objetiva de um conjunto de requisitos técnicos mínimos


(fundamentação teórica, precisão, validade e normatização) definidos pela área.
Essa resolução surgiu, entre outros motivos, pela observação da grande
quantidade de processos éticos envolvendo a avaliação psicológica. Ao mesmo
tempo, notava-se que grande parte dos testes publicados que até então eram
frequentemente usados na prática profissional não possuíam estudos que
comprovassem sua eficiência como técnica de avaliação. Grave isso: só podemos
utilizar os testes psicológicos listados como favoráveis no Satepsi. Mas Alyson,
podemos utilizar os outros? Podemos sim, mas não são considerados científicos e,

| 70
logo, não são reconhecidos como válidos (seria como dizer: não perca seu tempo
usando um teste não reconhecido). Relembrando a Resolução CFP n.º 002/2003:

Art. 10 - Será considerado teste psicológico em condições de


uso, seja ele comercializado ou disponibilizado por outros
meios, aquele que, após receber Parecer da Comissão
Consultiva em Avaliação Psicológica, for aprovado pelo CFP.3

07
9:
:5
15
Administração dos Testes na Aplicação

1
02
/2
02
Alguns outros pontos devem ser observados na aplicação dos testes. Não

7/
-0
tenho a pretensão de escrever melhor que alguns autores. Por isso transcrevo

om
literalmente um trecho que acho fundamental:

l.c
ai
gm
Os procedimentos na aplicação dos testes têm como objetivo garantir a sua
@
na

validade, porque, mesmo dada a sua condição técnica e científica, um teste pode
pi

produzir resultados inválidos se for mal aplicado. Assim, deve seguir a risca as
ia
ib

instruções e recomendações que explicitam os seus manuais. Sem, entretanto,


a.
an

como dizem Alchieri & Cruz (2003), assumir uma postura estereotipada e rígida.
ai
-l

Como se espera saber o nível de aptidão ou as preferências do testando, este deve


1

se sentir na sua melhor forma para agir de acordo com as suas habilidades, e não
-6
43

sob a interferência de distratores ambientais. No processo de aplicação levam-se


.2
10

em consideração alguns aspectos indispensáveis para a realização satisfatória


.1

dessa atividade: Qualidade do ambiente físico; Qualidade do ambiente psicológico;


04
-0

e Material de testagem.
A

1 - A Qualidade do Ambiente Físico


N
PI

Todas as estruturas do ambiente físico devem colocar o testando em


IA
IB

favorável disposição de reação. De forma que é preciso considerar as condições do


AL

local de trabalho: cadeira, mesa, espaço físico; Atmosféricas: iluminação,


LE

temperatura, higiene; De silêncio: isolamento acústico.


A

2 - A Qualidade do Ambiente Psicológico


N
IA

O psicólogo deve atenuar o nível de ansiedade do(s) examinando(s) a um


LA

mínimo possível através do rapport, bem como:


a) Verificar se o(s) examinando(s) apresenta(m) alguma dificuldade de saúde
e/ou impedimentos relacionados (Alchieri & Cruz, 2003);
b) Esclarecer o(s) examinado(s) de modo que ele(s) compreenda(m)
exatamente as tarefas a serem executadas;

3
Esse artigo já caiu em concurso. Fica a dica.

| 71
c) Memorizar as instruções e ministrá-las em voz alta e pausada, de uma
única vez, e igual para todos (qualquer mudança implica em alteração ou invalidade
dos resultados).
3 - Material de Testagem
Todo material que será utilizado no processo de aplicação deve constar em
quantidade a mais do número de candidato ou examinando: Quando se trata de
material reutilizável verificar se está em perfeito estado (ALCHIERI & CRUZ, 2003);

07
Cadernos de exercício; Folhas de resposta; Papel ofício A4 e lápis específicos

9:
:5
conforme o teste (para o H.T.P - teste da casa/árvore/pessoa -, por exemplo, exige-

15
se o grafite no 2).

1
02
/2
02
Questões Relacionadas ao Aplicador ou Examinador

7/
1 - Das Condições Técnicas do Aplicador

-0
om
Segundo Anastásia e Ordena (2000), muitas das questões sobre o rigor e o

l.c
valor da avaliação psicológica passam pela atuação do psicólogo que a realiza,

ai
assim sendo, exige-se dele que apresente tais condições mínimas:
gm
@
a) Conhecimento atualizado da literatura e de pesquisas disponíveis sobre o
na

comportamento humano e sobre o instrumental psicológico;


pi
ia

b) Treinamento específico para o uso dos instrumentos;


ib
a.

c) Domínio sobre os critérios estabelecidos para avaliar e interpretar


an

resultados obtidos;
ai
-l

d) Capacidade para considerar os resultados obtidos à luz das informações


1
-6

mais amplas sobre o indivíduo, contextualizando-os;


43

e) Seguir as orientações existentes sobre organizações dos laudos finais e,


.2
10

acima de tudo, garantir princípios éticos quanto ao sigilo e à proteção ao(s)


.1
04

indivíduo(s) avaliado(s) (apud Pacheco, 2005).


-0

2 - Modo de Atuação do Aplicador


A

O aplicador ou examinador também deve ter cuidados com os itens


N
PI

seguintes:
IA
IB

a) Não aceitar pressão quanto ao emprego de determinados instrumentos a


AL

fim de reduzir os custos para empresa ou escola, que interfiram na qualidade do


LE

trabalho (Alchieri & Cruz, 2003);


A
N

b) Fazer prevalecer o princípio da isonomia, que consiste em tratar a todos


IA
LA

do mesmo modo (remarcar um teste para um candidato, por exemplo, é dar


tratamento diferenciado, o que infringe este princípio legal);
c) Não responder as questões dos examinandos com maiores detalhes do
que os permitidos pelo manual (Alchieri & Cruz, 2003). Ou seja, as dúvidas sobre
todas as questões devem ser esclarecidas sem que o aplicador dê indicativo de
resposta (este item é mais delicado quando se trata de criança ou pessoa com
cuidados especiais);
d) Usar um vocabulário apropriado (sem: gíria, jargão psicológico, palavras
chulas ou rebuscadas); procurar ter equilíbrio emocional; e evitar interrupções
durante a testagem;

| 72
e) Evitar a familiarização do público com os conteúdos dos testes, o que
perderia sua característica avaliativa; assegurar que os testes são utilizados por
examinador qualificado; controlar a comercialização dos testes psicológicos;
considerar as condições em que foram realizados os testes, quando for apurar e
interpretar seus resultados;
f) A aparência, nesse tipo de atividade, o aplicador não é livre para usar
qualquer roupa, uma vez que esta variável interfere nos resultados. Recomendam-

07
se roupas limpas e adequadas, ou seja, formais, discretas, nunca “chamativas” ou

9:
:5
sensuais; e o uso moderado de perfume. Tem pessoas muito sensíveis à odores, que

15
podem se sentir incomodadas ao lado ou na mesma sala com a fragrância muito

1
02
forte de uma outra. Se for uma grávida o incômodo pode ser ainda mais acentuado.

/2
02
3 - Controle dos Vieses do Aplicador

7/
A postura do aplicador pode afetar o processo. Pesquisas conclusivas dão

-0
om
conta de sua grande interferência nos resultados. O psicólogo é um ser humano com

l.c
seus problemas, etc., como os demais, mas também é um técnico, e por isto mesmo

ai
deve está consciente desta influência, para procurar minimizá-la. Espera-se que
gm
@
tenha adquirido habilidades próprias da profissão, das quais faça uso em situação
na

de testagem, a exemplo, do autoconhecimento mais elaborado que lhe permita


pi
ia

conhecer melhor as suas aptidões e limitações. Para ser psicólogo, Calligaris (2004)
ib
a.

diz que não é necessário ser “normais” nem é preciso estarmos curados de nossas
an

neuroses, mas seria bem-vindo que a gente não se tomasse pelo ouro do mundo
ai
-l

(p.92). Ou seja, entre outros, a arrogância, parece mais comprometedora em


1
-6

quaisquer dos processos desse exercício profissional.


43
.2
10

Questões Específicas que Dizem Respeito ao(s) Examinado(s) ou Testando(s)


.1
04

1 - Os Direitos dos Testandos


-0

No Brasil, a atuação do psicólogo na testagem é considerada uma atividade


A

pericial. Por lei, os peritos devem prestar serviço de qualidade à sociedade, e esta
N
PI

qualidade pode ser cobrada judicialmente. Isto é, o psicólogo responde até


IA
IB

criminalmente por sua conduta na área dos testes psicológicos. Os direitos do


AL

testando, de modo geral, são norteados pelos comitês de ética em Psicologia e


LE

pelas normas para Testagem Educacional e Psicológica da American Psychological


A
N

Association (APA), nos seguintes aspectos:


IA
LA

a) Consentimento dos testandos ou seus representantes legais, antes da


realização da testagem. As exceções a esta regra são: Testagem por determinação
legal (perícia) ou governamental (testagem nacional); Testagem como parte de
atividades escolares regulares; Testagem de seleção, em que a participação implica
consentimento;
b) Testagem em escolares e aconselhamento, os sujeitos têm o direito a
explicações em linguagem que eles compreendam sobre os resultados que os testes
irão produzir e das recomendações que deles decorram;

| 73
c)Testagem em escolas, clínicas, quando os escores são utilizados para
tomar decisões que afetam os testandos, estes ou seus representantes legais têm o
direito de conhecer seu escore e sua interpretação.
2 - Sigilo e Divulgação dos Resultados
O candidato (empresa), paciente (clínica), orientando (clínica e escola) que
submetem aos testes tem o direito a toda e qualquer informação que desejar; O
solicitante da testagem, dono da empresa, no caso da seleção ou juiz, no caso

07
pericial (mas, as informações serão estritamente relacionadas ao motivo da

9:
:5
solicitação). O sigilo e a segurança dos resultados dos testes devem seguir as

15
normas seguintes:

1
02
a) Os arquivos devem ser seguros, de modo que ninguém possa ter acesso a

/2
02
um dado sem a autorização do profissional responsável;

7/
b) O código de ética do psicólogo diz: É dever do psicólogo respeitar o sigilo

-0
om
profissional a fim de proteger, por meio da confidencialidade, a intimidade das

l.c
pessoas, grupos ou organizações, a que tenha acesso no exercício profissional (Art.

ai
9º, 2005, p.13). gm
@
Fonte: http://www.algosobre.com.br/psicologia/os-testes-psicologicos-e-as-suas-
na

praticas.html
pi
ia
ib
a.
an
ai
-l
1

Fases da Avaliação Psicológica


-6
43
.2
10

E quanto as fases da avaliação psicológica? Cunha facilita nossas vidas e


.1

descreve as etapas do Processo de Avaliação Psicológica ou Psicodiagnóstico


04
-0

- 1º momento: realização da(s) primeira(s) entrevista(s) para


A

levantamento e esclarecimento dos motivos (manifesto e latente) da


N
PI

consulta, as ansiedades, defesas, fantasias e a construção da história


IA
IB

do indivíduo e da família em questão. Nesta etapa ocorre a definição


AL

das hipóteses iniciais e dos objetivos do exame. (demanda, hipóteses)


LE

- 2º momento: reflexão sobre material coletado na etapa anterior e


A

sobre as hipóteses iniciais a fim de planejar e selecionar os


N
IA

instrumentos a serem utilizados na avaliação. Em alguns casos se


LA

mostram de suma importância as entrevistas, incluindo os membros


mais implicados na patologia do paciente e/ou grupo familiar.
(seleção de escopo e de testes)
- 3º momento: realização da estratégia diagnóstica planejada. Na
avaliação, de um modo geral, não é obrigatório (apesar de bastante
indicado) o uso de testes psicológicos. Nessa fase ocorre o
levantamento quantitativo e qualitativo dos dados. É relevante
salientar que não deve haver um modelo rígido de psicodiagnóstico
ou de avaliação psicológica, uma vez que cada caso é único,

| 74
demonstrando necessidades únicas, sendo estas sanadas com
instrumentos próprios para elas. (aplicação de testes e/ou técnicas)
- 4º momento: estudo do material coletado. Nesta etapa faz-se a
integração dos dados e informações, buscando recorrências e
convergências dentro do material, encontrar o significado de pontos
obscuros, correlacionar os instrumentos entre si e com as histórias
obtidas no primeiro momento, formulando inferências por estas

07
relações tendo como ponto de partida as hipóteses iniciais e os

9:
:5
objetivos da avaliação. (consolidação das informações)

15
- 5º momento: entrevista de devolução. Nela ocorre a comunicação

1
02
dos resultados obtidos, as orientações a respeito do caso e o

/2
02
encerramento do processo. Ela pode ocorrer somente uma vez, ou

7/
diversas vezes, uma vez que, geralmente, faz-se uma devolutiva de

-0
om
forma separada para o paciente (em primeiro lugar) e outra para os

l.c
pais e o restante da família. Quando o paciente é um grupo familiar,

ai
a devolutiva e as conclusões são transmitidas a todos. (devolução das
gm
@
informações)
na

Podemos simplificar essas cinco etapas em três, de acordo com as


pi
ia

entrevistas realizadas:
ib
a.

a) Entrevista Inicial: É a primeira entrevista de um processo de


an

psicodiagnóstico. Semidirigida, durante a qual o sujeito fica livre para


ai
-l

expor seus problemas.


1
-6

b) Entrevistas Subsequentes: busca a obtenção de mais dados com


43

riqueza de detalhes.
.2
10

c) Entrevista de Devolução ou Devolutiva: No término do


.1
04

psicodiagnóstico, o técnico tem algo a dizer ao entrevistado em


-0

relação ao que fundamenta a indicação. Deve-se evitar o uso de


A

jargão técnico (expressões própria da ciência circulante entre os


N
PI

profissionais da área, em outras palavras “gíria profissional”), e


IA
IB

iniciar por sintoma ligado diretamente à queixa principal; A entrevista


AL

de devolução deve encerrar com a indicação terapêutica.


LE
A
N

Definição de Teste Psicológico


IA
LA

Segundo a Resolução CFP n.º 002/2003:


Art. 1º - Os Testes Psicológicos são instrumentos de avaliação ou
mensuração de características psicológicas, constituindo-se um
método ou uma técnica de uso privativo do psicólogo, em
decorrência do que dispõe o § 1°do Art. 13 da Lei n° 4.119/62.
Parágrafo único. Para efeito do disposto no caput deste artigo, os
testes psicológicos são procedimentos sistemáticos de observação e
registro de amostras de comportamentos e respostas de indivíduos

| 75
com o objetivo de descrever e/ou mensurar características e
processos psicológicos, compreendidos tradicionalmente nas áreas
emoção/afeto, cognição/inteligência, motivação, personalidade,
psicomotricidade, atenção, memória, percepção, dentre outras, nas
suas mais diversas formas de expressão, segundo padrões definidos
pela construção dos instrumentos.

07
Tipos de testes Psicológicos

9:
:5
15
1
Quais são as técnicas de investigação psicológica? São todas as técnicas

02
/2
utilizadas pelo psicólogo que não são testes psicológicos. Por testes psicológicos

02
devemos entender tanto os testes psicométricos quanto os projetivos.

7/
-0
Para facilitar, podemos listar da seguinte forma:

om
Métodos e Técnicas Testes Psicológicos

l.c
Entrevista (todos os tipos): anamnese, Testes Impressionistas (projetivos ou

ai
devolutiva, inicial, triagem, com a gráficos) gm
@

criança, com a mãe, com os pais, com a Testes Psicométricos


na
pi

família, etc.
ia
ib

Visita à escola, ao trabalho, etc.


a.

Hora do jogo
an
ai

Desenho livre da família, de uma


-l

história, etc.
1
-6
43

Jogo da memória
.2

Observação
10
.1

Pesquisa documental, etc.


04

Em uma antiga questão de concurso encontramos a melhor distinção entre as


-0

classificações:
A
N

CESPE – TCU – Psicólogo – 2011


PI
IA

Os testes psicométricos baseiam-se na teoria da medida e,


IB

especificamente na psicometria, fazem uso de números para


AL
LE

descrever os fenômenos psicológicos, ao passo que os testes


A

impressionistas (projetivos e expressivos), ainda que se utilizem de


N
IA

números, fundamentam-se na descrição linguística.


LA

A assertiva está correta e devemos entender a mesma da seguinte forma:

Testes Psicológicos

Testes Psicométricos Testes Impressionistas

Testes Expressivos Testes Projetivos

Testes Gráficos

| 76
A melhor maneira de entender e classificar os testes é a partir da forma como
ele produz os próprios resultados. Temos, portanto, três formas gerais de testes
psicológicos: os testes psicométricos, os testes projetivos e os testes gráficos.
Observe que os testes projetivos e os expressivos são “tipos” de testes
impressionistas.
Vamos começar!

07
Os testes psicométricos são escalas ou inventários, de resposta previamente

9:
:5
determinada e que podem apresentar resultados, mesmo quando apenas uma

15
subescala é a aplicada. As normas gerais utilizadas são quantitativas, o resultado é

1
02
um número ou medida. Grupos de itens podem ser avaliados separadamente. Os

/2
02
testes psicométricos têm um caráter científico, se baseiam na teoria da medida e,

7/
mais especificamente, na psicometria. Utilizam números para descrever os

-0
om
fenômenos psicológicos, assim, são considerados objetivos. É o caso, por exemplo,

l.c
das Escalas Weschler, do IHS, do IFP, dos Inventários Beck, etc.

ai
Os testes projetivos, diferentemente dos testes psicométricos, são
gm
@
caracterizados por estímulos ambíguos, ou seja, estímulos que podem eliciar
na

diferentes tipos de respostas em diferentes pessoas. Esse tipo de teste é usado


pi
ia

apenas para a avaliação da personalidade. Suas normas de correção são


ib
a.

qualitativas, ou seja, são testes menos objetivos. Apesar disso, apresentam fatores
an

ainda quantitativos (quando contamos a frequência de respostas, por exemplo). O


ai
-l

resultado se expressa através de uma tipologia. Além disso, o diagnóstico não pode
1
-6

ser dado apenas por uma prancha, mas pela avaliação global dos resultados de
43

todo o teste (pois trabalham com tipologias). É a constância de certas


.2
10

características avaliadas no teste como um todo que dará a relativa certeza de um


.1
04

diagnóstico (ex.: testes de personalidade em geral). Não se confundem com os


-0

testes gráficos, pois o avaliado não expressa-se graficamente para a produção da


A

projeção. Esses testes manifestam conteúdos latentes através da conduta


N
PI

manifesta. Seguem, em regra, a fase de aplicação seguida de inquérito. São


IA
IB

exemplos de testes projetivos o Rorschach, Zulliger, TAT e CAT-A.


AL

Por fim, os testes gráficos, também conhecidos como expressivos, são


LE

caracterizados pela participação motora do avaliado na produção de informações


A
N

para a avaliação. Esses testes adquirem um papel central dentro do


IA
LA

psicodiagnóstico porque detectam níveis profundos de integração e estruturação e


apoiam-se no fato de que o desenho surge, na evolução, como expressão da
necessidade infantil de recriação dos objetos internos e do mundo interno, sentido
profundo que conserva na vida primeva (infantil). São exemplos de testes gráficos
o HTP, PMK e Palográfico.

O que são os testes impressionistas


A diferença fundamental entre estes dois tipos de testes, é que os
testes psicométrico se baseiam na teoria da medida, em que usava
números (estatística) para descrever os fenômenos psicológicos, já os

| 77
testes impressionista, podem, mas não se fundamentam nos
números ou na teoria da medida. Exemplo de teste psicométrico,
como o de Inteligência (QI), assim como testes de atitudes. Já os
testes impressionistas ou projetivos, são como desenho de um casa
ou figura humana. Os testes psicométrico são maximamente
padronizados em suas tarefas e em sua interpretação, em que o
aplicador deve chegar a resultados. Já os impressionistas

07
apresentam tarefas não-estruturadas, sendo a decodificação e

9:
:5
interpretação dependentes em grande parte do aplicador, pode gerar

15
resultados e interpretação até contrastantes. Por isso os testes

1
02
psicométrico preferem utilizar técnicas de resposta do tipo escolha

/2
02
forçada, não gerando ambigüidades, já os testes impressionistas

7/
requerem livres dos sujeitos, tornando a apuração mais ambígua e

-0
om
sujeita aos vieses de interpretação. Os testes psicométrico aparecem

l.c
menos riscos do que os testes impressionistas. O psicométrista prima

ai
pela objetividade, por tarefas são padronizadas, a correção ou
gm
@
apuração das respostas é mecânica, já o impressionista trabalha com
na

a subjetividade, por tarefas que são pouco ou nada estruturadas, a


pi
ia

apuração das respostas deixam margem para interpretações


ib
a.

subjetivas. Portanto, o Teste Psicométrico (fotógrafo, medida,


an

padronização, pobreza, produto, objetividade) x Teste


ai
-l

Impressionista (artista, descrição, não-padronização, riqueza,


1
-6

processo, subjetividade).
43

PASQUALI, L. Testes Psicológicos: conceitos, história, tipos e usos.


.2
10

Em: PASQUALI, L. Técnicas de Exame Psicológico – TEP: manual. São


.1
04

Paulo: Casa do Psicólogo, 2001. Cap. 1


-0
A
N
PI

O que são os testes expressivos:


IA
IB

Para Mira y López (MIRA, 1987) as técnicas expressivas


AL

apresentam uma singularidade bem específica. Elas abrangem todas


LE

aquelas técnicas onde as expressões da personalidade poderiam ser


A
N

registradas através de meios audiovisuais, incluindo além das


IA
LA

técnicas grafológicas e miocinéticas,


fonográficas, fisiognomônicas, assim como todos os registros
feitos com filme e fotografias, além daquelas técnicas que registram
reações de natureza fisiológica (cutâneas, respiratórias, circulatórias,
metabólicas, eletroencefalográficas). Segundo este autor, estas
técnicas permitiriam a exploração da personalidade, mas nelas o
sujeito não se projetaria. As pessoas concentram-se em si mesmas;
elas se comportam como podem, com suas reações habituais, que
independem de uma vontade consciente. São técnicas que não

| 78
utilizam a linguagem falada, e onde o sujeito não pode intervir no
resultados porque este escapa ao seu controle consciente.
Já Anderson e Anderson (1967), em seu livro Técnicas
Projetivas do Diagnóstico Psicológico, outro manual clássico sobre
testes de personalidade, no capítulo sobre as técnicas expressivas, só
inclui os estudos da grafologia, dos movimentos corporais e
expressões fisionômicas. Testes como o PMK, o HTP, o MAPS, o teste

07
do Mosaico, e as técnicas que compreendem narrativas e

9:
:5
acabamentos serão todos agrupados sob a classificação Outros

15
Métodos Projetivos.

1
02
Anastasi (1967) e Anzieu (1978) distinguem os métodos

/2
02
expressivos por sua qualidade de catarse. Anzieu (1978) dá um lugar

7/
de destaque às técnicas expressivas, quando atribui ao desenho uma

-0
om
das origens dos métodos projetivos. Porém, também não dedica

l.c
qualquer capítulo especial para eles.

ai
Com Anastasi (1967) as técnicas expressivas acabam
gm
@
sendo absorvidas como uma das categorias dos testes projetivos. Ela
na

cita entre os principais tipos desta categoria expressiva, as técnicas


pi
ia

do desenho e de pintura, as atividades de brinquedo, e o psicodrama.


ib
a.

Estes métodos serviriam como recursos diagnósticos e terapêuticos.


an

Através da oportunidade de auto-expressão oferecidas por eles, o


ai
-l

sujeito não apenas revelaria suas dificuldades, como também


1
-6

conseguiria se libertar delas.


43

[...]
.2
10

Anzieu (1978) tentou esclarecer a diferença entre


.1
04

expressão e projeção. Em relação ao desenho, ao considerar seu uso


-0

enquanto puramente terapêutico ou catártico, lembra que com este


A

objetivo, o desenho não se configura como um teste. Isto porque um


N
PI

teste vai sempre supor uma situação padronizada, acompanhada por


IA
IB

uma intenção de avaliação. Como técnicas expressivas que podem


AL

expressar a personalidade, o desenho livre, o relato livre e o jogo


LE

dramático improvisado, bastante utilizados em procedimentos


A
N

psicoterapêuticos. Para melhor esclarecer seu ponto de vista, ele


IA
LA

acaba recorrendo a uma distinção feita anteriormente por Bellak e


Symonds, que achamos interessante reproduzir aqui. Para estes
autores existiriam três tipos de testes:
1] Técnicas expressivas - onde o sujeito fica inteiramente
livre, não apenas em relação às instruções como também em relação
ao material proposto. Porém, ao adotar esta posição, algumas
técnicas expressivas ficam sem localização, já que para algumas
técnicas expressivas existem regras objetivas. Em relação aos
desenhos do tipo HTP, Desenho do Animal, Desenho da Escola, certos
critérios são padronizados: as instruções são as mesmas, a folha

| 79
ofício é padrão, assim como o lápis número dois, configurando um
mínimo de objetividade no material. É preciso lembrar
que adaptação, expressão e projeção estão sempre presentes
quando as técnicas expressivas se referem aos desenhos. Em termos
do comportamento adaptativo, vai ser preciso considerar se frente à
solicitação da tarefa o sujeito reagiu de forma adequada, além de
verificar a adequação aos padrões de idade, sexo, grupo cultural, etc.

07
Em relação ao comportamento puramente expressivo, é preciso

9:
:5
analisar o estilo particular que se prende à produção do sujeito.

15
Finalmente, em termos projetivos, vai ser necessário verificar os

1
02
conteúdos simbólicos atribuídos aos desenhos. Estas abordagens

/2
02
são complementares, e precisam ser analisadas com cuidado.

7/
2] Testes Projetivos - onde as respostas são livres, porém o material é

-0
om
definido e padronizado. A definição aqui não se aplica ao conteúdo, e

l.c
sim ao material que é utilizado. O conteúdo deve ser vago, ambíguo

ai
e pouco estruturado. Quanto mais indefinido for o conteúdo de uma
gm
@
imagem ou de uma mancha, mais certeza pode-se ter quanto à
na

qualidade projetiva do material obtido. Para tornar mais claro esta


pi
ia

definição relacionada a uma indefinição, podemos pensar no


ib
a.

Rorschach, onde o material utilizado é bem definido: são pranchas


an

com as mesmas manchas, põem onde as próprias manchas são


ai
-l

bastante indefinidas. Outro exemplo pode ser visto no Teste de


1
-6

Apercepção Tridimensional de Doris Twitchell Allen (apud (BELL,


43

1978), uma espécie de Rorschach em terceira dimensão, e que se


.2
10

constitui de formas geométricas vagas e pouco estruturadas, com as


.1
04

quais o sujeito deve construir uma situação e uma estória. Anzieu


-0

(1978) vai subdividir os testes projetivos em temáticos e estruturais.


A

Entretanto, vale a pena lembrar que os desenhos também poderiam


N
PI

ser posicionados dentro desta categoria, já que oferecem uma


IA
IB

excelente oportunidade para a projeção de sentimentos sobre os


AL

quais o sujeito não tem um conhecimento direto, e “não quer ou não


LE

pode revelar, isto é, aspectos mais profundos e inconscientes; isso


A
N

porque, sendo um meio menos usual de comunicação do que a


IA
LA

linguagem, tem um conteúdo simbólico menos reconhecido” (VAN


KOLCK, 1981, p.2).
3] Testes Psicométricos - onde só existe uma resposta correta, e onde o
material requer uma precisão rigorosa.
Finalizando, as técnicas expressivas oferecem inúmeras
variações. Enquanto técnicas gráficas, os desenhos podem ser
organizados de acordo com a maior ou menor liberdade dos temas
propostos. Baseando-nos nesta exposição que fizemos, vamos
sugerir uma fusão dos princípios de organização de alguns autores.
Sugerimos o agrupamento destas técnicas gráficas em quatro

| 80
categorias, obedecendo ao princípio de liberdade que se prendem
aos temas e tarefas.
1] Tarefas altamente estruturadas, e que vão ser avaliadas
de acordo com o grau de adaptação maior ou menor em relação ao
modelo proposto. Referem-se aos testes em que se propõe que o
sujeito procure reproduzir algumas figuras. Nesta categoria estariam
incluídos os Testes de Bender (CLAWSON, 1989), as Figuras

07
Complexas de Rey (1942/1999), o próprio PMK de Mira y Lopéz

9:
:5
(1962/1987) ou o teste Palográfico de Minicucci (1991), ou o teste de

15
Vetter (GAYRAL, 1977) construído em 1939, e que consiste na cópia de

1
02
figuras geométricas elementares (quadrados, triângulos, linhas

/2
02
ordenadas em forma de escada, ângulos retos, etc.)

7/
2] Tarefas com estruturação intermediária, onde é pedido

-0
om
que o sujeito complemente alguns sinais iniciais (que podem ser

l.c
pontos, linhas ou curvas). Nessa categoria inclui-se o teste de

ai
Wartegg, ou mesmo a técnica do Rabisco de Winnicott (1984). Tendo
gm
@
em vista a preocupação de Winnicott (1984) que não gostaria de ver
na

sua técnica transformada em um método projetivo estruturado e


pi
ia

com regras bem estabelecidas, é importante lembrar o quanto ele


ib
a.

enfatizava a necessidade de flexibilidade. Nesta técnica, a liberdade


an

de escolha está sempre em primeiro lugar, sendo a criança livre para


ai
-l

escolher conversar, cantar, brincar ou desenhar (MAZZOLINI, 2007).


1
-6

Gayral (1977) fala de um outro técnica intermediária, construída por


43

Horn e Hellersberg, e que apresenta 12 quadros com uma


.2
10

estimulação pictórica rica, exigindo que criação de desenhos


.1
04

complexos.
-0

3] O terceiro grupo envolve o desenho de temas


A

determinados. E aqui é possível localizar as inúmeras técnicas


N
PI

gráficas, como o Teste da Figura Humana (MACHOVER, l974), o Teste


IA
IB

da Árvore (KOCH, 1949/1962); o Teste HTP (BUCK, 2003) que pede o


AL

desenho de uma Casa-Árvore-Pessoa, o Desenho da Família de


LE

Corman (1969), o Desenho do Interior do Corpo, de Desenho do


A
N

Interior do Corpo (TAIT & ASCHER, 1955), o Desenho do Animal de


IA
LA

Levy & Levy (1969), o teste da Mandala de Dias (1996), o Desenho do


Professor de Klepsch (1984), o teste de Fay (GAYRAL, 1977), onde é
pedido o desenho de uma mulher passeando na rua, num dia de
chuva. São inúmeras as derivações destas técnicas gráficas.
4] Por último, algumas técnicas se diferenciam porque
propõe ao sujeito um tema indeterminado, tal como os Desenhos
Livres, ou o Finger-Paint. Aqui se localizam melhor o Teste das
Garatujas na versão de Meurisse (GAYRAL, 1977), ou tal como foi
idealizado por Corman (1971). “Estes desenhos livres e atemáticos
oferecem uma ampla margem de liberdade para a criação livre,

| 81
utilizando como estímulo elementos que têm mais de um
significado”. (GAYRAL, 1977: 72-73). Sem a intermediação de qualquer
indicação, esta produção espontânea pode expressar vivencias e
conteúdos emocionais bastante reveladoras.

Fonte: Conceito de Expressão e Testes Expressivos. Elza Rocha Pinto. Disponível

07
em: http://psyerp.blogspot.com.br/2013/07/o-conceito-de-expressao.html

9:
:5
15
1
02
Instrumentos de avaliação: critérios de seleção, avaliação e

/2
02
interpretação dos resultados.

7/
-0
om
Existem “n” tipos de instrumentos de avaliação que podemos utilizar para

l.c
ai
mensurar nossas hipóteses de psicólogos. Para Cronbach (apud PASQUALI, 2001),
gm
um teste é um procedimento sistemático para observar o comportamento e
@
na

descrevê-lo com a ajuda de escalas numéricas ou categorias fixas. Um teste


pi

psicológico é fundamentalmente uma mensuração objetiva e padronizada de uma


ia
ib

amostra de comportamento. Uma verificação ou projeção futura dos potenciais do


a.
an

sujeito. A finalidade de um teste consiste em medir as diferenças existentes, quanto


ai
-l

a determinada característica, entre diversos sujeitos, ou então o comportamento


1

do mesmo indivíduo em diferentes ocasiões – diferença inter e intra – individual,


-6
43

respectivamente.
.2
10

Sabemos que na escolha dos testes, devemos atentar para alguns pontos
.1

importantes que listo, didaticamente, a seguir:


04
-0

1- Estar contemplado na lista do Satespsi


A

a. Ser Fidedigno
N
PI

b. Ser válido
IA
IB

2- O teste deve ser capaz de mensurar o que o examinador se


AL

propõe a examinar
LE

3- A aplicação deve ser realizada em um ambiente e que não


A

interfira na validade e fidedignidade do teste.


N
IA

4- O examinador deve ser capaz de interpretar seus dados


LA

satisfatoriamente e de devolver essas informações de


forma adequada.
Vamos fazer um estudo um pouco mais aprofundado desses conceitos. Mas,
antes, devemos diferenciar os conceitos de padronização, normatização e amostra
de padronização.

Padronização e Normatização

| 82
Vamos começar com um quadro com definições simplificadas sobre os
termos.

Conceito Sinônimos Definição


Validade - Capacidade do teste medir realmente o
que pretende medir
Fidedignidade Confiabilidade, capacidade dos resultados serem

07
precisão e reproduzidos dados às mesmas condições

9:
:5
reprodutibilidade

15
1
Padronização -
4
Uniformidade na aplicação dos testes

02
Normatização5 - Escores utilizados para a correção dos

/2
02
resultados

7/
-0
Amostra de - Identifica as amostras de estudo para

om
Padronização validar os testes. Quanto maior o “erro de

l.c
amostragem” menos útil é o teste. Por isso,

ai
gm
a amostra de padronização deve ser ampla
@
e representativa da população
na

considerada, tanto no aspecto


pi
ia

quantitativo como qualitativo.


ib
a.
an
ai

A grande maioria dos autores entende que os conceitos de padronização e


-l

normatização são diferentes, mas relacionados. Autores como Cronbach (1996) ,


1
-6

Alchiere e Cruz (2003) e Pasquali (2003, 2010) diferenciam Padronização e


43
.2

Normatização da seguinte forma:


10

Padronização: é a uniformidade na aplicação dos testes (material,


.1
04

ambiente, aplicador, instruções de aplicação, correção, etc.) e o


-0

processo de estabelecer procedimentos padronizados e valores


A
N

normativos para a comparação e a avaliação do desempenho dos


PI
IA

indivíduos ou grupos.
IB

Normatização: é a uniformidade na interpretação dos escores dos


AL

testes segundo tabelas, percentis, escore z, etc. As normas fornecem


LE

valores padrão por meio da equivalência dos escores brutos obtidos


A
N

no teste, com alguma forma de escore derivado.


IA
LA

Cuidado com a definição de Anne Anastasi (1977). A autora entende que


“padronização” contém o conceito de “normatização”. Para a autora a
padronização é alcançada quando existe a uniformidade dos procedimentos no uso
de um teste, desde os cuidados a serem tomados na aplicação do teste, ou seja
uniformidade das condições de testagem até os parâmetros ou critérios para a
interpretação dos resultados dos sujeitos submetidos à testagem.

4
Em resumo: é a aplicação padronizada (aplicação do teste psicológico).
5
Em resumo: é a correção padronizada.

| 83
Urbina (2007), na esteira de Anastasi, entende que toda “padronização”
contém o conceito de “normatização”. A padronização é a uniformidade dos
procedimentos, desde a aplicação até a correção e interpretação dos resultados,
englobando o local em que o teste é administrado, circunstancias de
administração, examinador, ou seja tudo que pode afetar os resultados,
objetivando tornar tão uniforme quanto possível todas as variáveis que estão sob
controle do examinador. Urbina não fala de normatização, mas coloca a sua

07
definição dentro do conceito de padronização, ao dizer que a padronização

9:
:5
funciona a partir do uso de padrões para a avaliação dos resultados. Os padrões são

15
normas derivadas de um grupo de indivíduos representativo de uma população,

1
02
denominados amostra normativa ou amostra de padronização.

/2
02
Portando, para Anastasi e Urbina não há uma diferença dos conceitos

7/
padronização e normatização. Mas, vamos deixar um ponto muito claro. Caso

-0
om
peçam as autoras, utilize os dois conceitos como sinônimos, senão, siga

l.c
diferenciando os dois tópicos.

ai
A padronização envolve: gm
@
a) Material de testagem
na

b) Qualidade do teste (ele tem de ser válido e preciso)


pi
ia

c) Pertinência do teste à demanda


ib
a.

d) Adequação do teste ao sujeito avaliado (nível intelectual,


an

escolaridade, etc.)
ai
-l

e) Apresentação e condições do material


1
-6

f) Ambiente de testagem
43

g) Condições Psicológicas do examinador e do avaliado


.2
10

h) Rapport
.1
04

i) Tempo e duração de aplicação


-0

j) Habilidade do aplicador
A

k) Respeito à lei de aplicação do teste psicológico


N
PI

l) Sigilo e divulgação dos resultados


IA
IB

A normatização envolve:
AL

a) Padrões para interpretar um resultado


LE

b) Normas gerais, estatísticas descritivas e escore padrão


A
N

c) Normas de desenvolvimento e normas intragrupo


IA
LA

a. As normas de desenvolvimento tem relação com as faixas


etárias e a idade mental. Pode incluir nível de escolaridade
b. As normas intragrupo são aplicadas para a identificação
da posição do sujeito dentro do seu grupo (exemplo: nível
de inteligência de um aluno dentro de sua sala de aula).

Fidedignidade

| 84
O termo Fidedignidade (sinônimo de confiabilidade e de precisão) está
relacionado com a capacidade dos resultados serem reproduzidos dados às
mesmas condições (princípio da reprodutibilidade). Como os resultados das
repetidas aplicações do teste foram consistentes, pode-se afirmar que o teste
apresenta boa fidedignidade. Fidedignidade ou confiabilidade refere à capacidade
dos resultados serem reproduzidos dadas as mesmas condições, ou seja: na mesma
amostra o mesmo teste apresenta o mesmo resultado.

07
A medição é formada por três elementos:

9:
:5
a) A medida verdadeira

15
b) O erro amostral (relacionado com o tamanho da amostra)

1
02
c) O erro não amostral ou sistemático (relacionado com as respostas

/2
02
em branco do entrevistado)

7/
A medição da confiabilidade pode ser feita a partir dos seguintes critérios:

-0
om
a) Medida de estabilidade (confiabilidade por teste-reteste) –

l.c
estabilidade temporal

ai
b) Método de formas alternativas ou paralelas gm
@
c) Método de metades Partidas (Split-half)
na

d) Coeficiente Alfa de Cronbach e Coeficiente KR-20


pi
ia
ib
a.
an

Validade
ai
-l
1
-6

A Validade de um teste significa a capacidade que esse teste tem em medir


43
.2

aquilo que ele se propõe, ou seja, um determinado constructo teórico. Em outras


10

palavras, o seu resultado deve se relacionar significativamente com a expressão do


.1
04

comportamento que quer ser mensurado. Existem várias classificações de validade


-0

na literatura:
A
N

Classificação I
PI
IA

Validade Interna: condições de aplicação do instrumento


IB

Validade Externa: condições de generalização (representatividade


AL

da amostra e a correspondência entre os respondentes e a unidade de


LE

análise).
A
N
IA

Classificação II6
LA

a) Validade Aparente: enfoca a forma do instrumento e o vocabulário


utilizado. É a menos satisfatória das validades, pois avalia somente
se há consistência teórica no instrumento utilizado (relação entre
teoria adotada e instrumento). Pode ser avaliada por um conjunto de
juízes, é uma avaliação subjetiva. (relação teoria-teste)
b) Validade de Conteúdo (evidências relacionadas ao conteúdo):
verifica se o instrumento é capaz de representar o que se deseja

6
Compilação do Professor Alyson Barros que recomendo que use para concurso.

| 85
medir. Um instrumento de medição deve conter todos os itens de
domínio do conteúdo das variáveis que se pretende medir. A área do
conteúdo deve ser sistematicamente analisada a fim de analisar que
todos os aspectos fundamentais sejam expressos (em proporções
corretas). Esse conteúdo deve ser descrito antes da elaboração do
instrumento. Pode ser entendido como Validade de Traço (busca da
coerência interna de cada medida e a consistência sob os diferentes

07
enunciados). (relação itens-escopo pretendido)

9:
:5
c) Validade de Constructo: elo entre o nível conceitual e o operacional.

15
É dado pela medida em que a definição operacional (constructo) de

1
02
um conceito reflete de fato seu verdadeiro significado. Aqui existe um

/2
02
marco teórico que deve estar consistente com outros instrumentos

7/
da área. Pode ser realizada pela correlação entre testes.

-0
om
(comparação com outros testes)

l.c
d) Validade de Critério: é o delineamento das evidências relacionadas

ai
a um critério. Ocorre a comparação com algum critério externo. Este
gm
@
critério é um padrão com o qual se julga a validade de um
na

instrumento. Se o critério se fica no presente temos a Validade


pi
ia

Convergente (correlação ao mesmo tempo). Se o critério se fixa no


ib
a.

futuro, temos a Validade Preditiva (validade para predizer no futuro


an

os desempenhos individuais). Essa validade preditiva é estabelecida


ai
-l

através de correlações dos resultados do teste com subsequente


1
-6

medida do critério. Dentro da validade de critério ainda existe a


43

Validade Discriminante, que refere-se a capacidade do instrumento


.2
10

não fornecer dados estranhos ao que se propõe medir. A Validade


.1
04

Empírica (ou Nomológica) é a comparação entre os resultados de um


-0

instrumento com um critério exterior. Quando o instrumento


A

consegue distinguir indivíduos sabidamente diferentes, estamos


N
PI

diante da Validade Simultânea.


IA
IB

e) Validade Total: é obtida pela soma das validade de conteúdo, de


AL

critério e de constructo. Quanto maior esse desempenho, mais


LE

estamos medindo àquilo proposto.


A
N

Classificação III7
IA
LA

1) Validade de construto (construct validity): o teste mede um atributo


ou qualidade que não é “operacionalmente definido”; (Cronbach &
Meehl, 1955).

7
ATENÇÃO: Essa terceira nos é apresentada por Pasquali, em seu artigo alidade dos
“Testes Psicológicos: Será Possível Reencontrar o Caminho?”. Psicologia: Teoria e
Pesquisa. 2007, Vol. 23 n. especial, pp. 099-107. Essa classificação é gigante,
recomendo que concentre-se na classificação anterior. Porém, essa orientação não
descartará a leitura atenta!

| 86
2) Validade de conteúdo (content validity): o teste cons- titui uma
amostra representativa de um universo de conteúdo (Cronbach &
Meehl, 1955; Haynes, Richard, & Kubany, 1995), além de ser relevante
(Messick, 1989).
3) Validade de critério (criterion-oriented validity): o teste prediz um
critério externo (Cronbach & Meehl, 1955).
4) Validade preditiva (predictive validity): variedade da validade de

07
critério, em que este é medido tempora- riamente depois de obtidos

9:
:5
os dados do teste (Cronbach & Meehl, 1955).

15
5) Validade concorrente (concorrent validity): variedade da validade

1
02
de critério, em que este é medido simultaneamen- te à coleta dos

/2
02
dados do teste (Cronbach & Meehl, 1955).

7/
6) Validade aparente (face validity): consiste em se ter “peritos”

-0
om
revendo os conteúdos de um teste para ver se eles são apropriados

l.c
“em sua cara” (Mosier, 1947, 1951).

ai
7) Validade generalizável (validity generalization): a informação dos
gm
@
escores do teste deve ser generalizável sobre populações e tempo
na

(Mosier, 1947, 1951; Messick, 1989).


pi
ia

8) Validade discriminante (discriminant validity): um teste tem


ib
a.

validade discriminante se mostrar correlação nula com um teste que


an

mede um traço independente de persona- lidade (Campbell & Fiske,


ai
-l

1959).
1
-6

9) Validade convergente (convergent validity): um teste


43

tem validade convergente se mostrar correlação alta


.2
10

com um teste que mede um traço de personalidade


.1
04

teoricamente rela- cionado ao que o teste mede


-0

(Campbell & Fiske, 1959);


A

10) Validade incremental (incremental validity): a questão de se uma


N
PI

medida particular aporta poder explicativo sobre e além de outra


IA
IB

media para predizer um critério relevante (Bryant, 2000).


AL

11) Validade fatorial (factorial validity): um tipo de validade de


LE

construto em que testes são submetidos à análise fatorial para


A
N

verificar se possuem variância comum (caso em que se diz que estão


IA
LA

cobrindo o mesmo construto) (Guilford, 1946).


12) Validade lógica (logical validity): um teste julgado válido por
peritos (Cronbach, 1949).
13) Validade empírica (empirical validity): Cronbach (1949).
14) Validade conseqüencial (consequential validity): os aspectos
sociais dos escores dos testes devem ser levados em conta (Messick,
1989).
15) Validade intrínseca (Intrinsic validity): Gulliksen (1950).
16) Validade substantiva (Substantive validity): validade baseada em
bases racionais ou teóricas (Messick, 1989).

| 87
17) Validade estrutural (structural validity): as respostas devem ser
internamente consistentes sobre diferentes partes do teste (Messick,
1989).
18) Validade externa (external validity): os escores do teste devem se
correlacionar com outras medidas ou variáveis de fundo (Messick,
1989) ou a medida pode ser generaliza- da através de várias situações
(Emory, 1985; Lönnqvist & Hannula, s/d ).

07
19) Validade interna (internal validity): são as validades de critério, de

9:
:5
conteúdo e de construto (Emory, 1985; Lönn- qvist & Hannula, s/d ).

15
20) Validade de hipótese (hypothesis validity): uma medi- da tem

1
02
validade de hipótese se, em relação a outras variáveis, ela “se

/2
02
comporta” como dela se espera (Weber, 1990).

7/
21) Validade indireta (indirect validity): o mesmo que validade de

-0
om
hipótese (Janis, 1965).

l.c
22) Validade posditiva (posdictive validity): o oposto de validade

ai
preditiva (Haynes & cols., 1995). gm
@
23) Validade curricular (curricular validity): constitui uma extensão da
na

validade de conteúdo e consiste em verificar o aumento da


pi
ia

aprendizagem (se se descobre que há aumento de aprendizagem em


ib
a.

dois testes com validade de conteúdo, então se verifica validade


an

curricular).
ai
-l

24) Validade diferencial (differential validity): validade de uma bateria


1
-6

de testes avaliada pela capacidade de predizer diferenças no


43

desempenho em dois ou mais critérios.


.2
10

25) Validade cruzada (cross validity): confirmar a vali- dade dos


.1
04

resultados a partir de um novo exame com estudo empírico feito com


-0

uma segunda amostra independente.


A

26) Validade de grupos mistos (mixed-group validity): duas amostras


N
PI

com formatos diferentes no traço ou diferen-


IA
IB

tes probabilidades em expressar dado comportamento são


AL

comparadas.
LE

27) Validade múltipla (multiple validity): um teste tem validade


A
N

múltipla quando estiver atrelado a uma amostra vasta de critérios.


IA
LA

28) Validade ecológica (ecologial validity): o quanto um instrumento


psicológico mede fatores espaciais, temporais e situacionais do
campo de aplicação.
29) Validade sintética (synthetic validity): validade de teste complexo
ou de uma bateria de testes baseada no fato de que vários fatores
foram representados num único escore composto.
30) Validade condicional (conditional validity): a validade do teste
depende do uso que dele se faz.
31) Validade incondicional (unconditional validity): a validade do teste
depende do construto sendo medido e não do uso que dele se faz.

| 88
32) ?
Como disse o próprio Pasquali nessa classificação “Você está convidado a
acrescentar outros tipos de valida- de, se quiser utilizar sua criatividade ou sobrar
espaço! Quer dizer: parece que perdemos o rumo! Isso, porque se reduziu a validade
de um instrumento de medida a um julgamento sobre as condições de obtenção de
uma dada medida (o escore no teste), a utilidade e os usos que se fazem ou se
podem fazer da mesma. Ela já não é mais um parâmetro objetivo de instrumento.

07
Assim, validade significa tudo o que diz respeito aos testes psicológicos e,

9:
:5
conseqüentemente, não explica mais nada”.

15
1
02
/2
02
7/
-0
om
A opinião de Pasquali sobre o conceito de Validade

l.c
ai
Para Pasquali, no livro Psicometria, o entendimento da Validade de testes
gm
@
psicológicos ainda não é algo passível de consenso. No entanto ele apresenta, no
na

seu ponto de vista, a divisão da validade da seguinte forma8:


pi
ia
ib
a.

I. VALIDADE DE CONSTRUCTO
an

Sinônimos: conceito, intrínseca, fatorial e aparente.


ai
-l

Conceito: mensuração de um atributo ou qualidade, o qual não tenha sido


1
-6

definido operacionalmente (Cronbach e Meheel).


43

Mensuração:
.2
10

1. Análise de representação comportamental do construto (avalia


.1
04

critérios internos ao teste)


-0

Análise da Consistência Interna


A

Correlação interna dos itens


N
PI

Análise Fatorial
IA
IB

Quantidade de itens mínimos para produzir resultados


AL

2. Análise por hipótese (avalia critérios externos ao teste)


LE

Validação convergente-discriminante
A
N

Correlação com outros testes


IA
LA

3. Curva de informação de TRI


4. Falsete estatístico do erro da TCT
Erro de estimação

II. VALIDADE DE CRITÉRIO


Conceito: Eficácia em predizer um desempenho específico de um sujeito.
Tipos:

8
Dica do Professor: Recomendo que preste bastante atenção às técnicas estatísticas
para cada tipo de validade!

| 89
Validade preditiva
Validação concorrente – critério de validação é coletado após
a aplicação do teste
Validade concorrente
Validação concorrente – critério de validação é coletado
simultaneamente.

07
III. VALIDADE DE CONTEÚDO

9:
:5
Conceito: Capacidade em descrever comportamentos específicos.

15
Método:

1
02
(1) definição do conteúdo

/2
02
(2) explicitação dos processos psicológicos (os objetivos) a serem

7/
avaliados

-0
om
(3) determinação da proporção relativa de representação no tópico

l.c
de cada tópico do conteúdo.

ai
Mensuração: gm
@
Mensuração é praticamente garantida pela técnica de construção do teste:
na

1. Definição do domínio cognitivo


pi
ia

2. Definição do universo do conteúdo


ib
a.

3. Definição da representatividade de conteúdo


an

4. Elaboração da tabela de especificação


ai
-l

5. Construção do teste
1
-6

6. Análise teórica dos itens


43

7. Análise empírica dos itens


.2
10
.1
04
-0

Tipos de testes
A
N
PI
IA

Para classificarmos os testes que queremos usar, precisamos usar critérios.


IB

Segundo a literatura, podemos usar os seguintes:


AL

a) Segundo o método utilizado:


LE

a. Psicométricos – as normas gerais utilizadas são quantitativas, o


A
N
IA

resultado é um número ou medida. Grupos de itens podem ser


LA

avaliados separadamente. Os testes psicométricos têm um


caráter científico, se baseiam na teoria da medida e, mais
especificamente, na psicometria. Utilizam números para
descrever os fenômenos psicológicos, assim, são considerados
objetivos.
b. Projetivos - normas são qualitativas, ou seja, são testes menos
objetivos. O resultado se expressa através de uma tipologia. Por
terem uma avaliação qualitativa, evidentemente que seus
elementos (itens de teste) não podem ser medidos em separado.

| 90
E a constância de certas características avaliadas no teste como
um todo que dará a relativa certeza de um diagnóstico (ex.: testes
de personalidade em geral). Os testes projetivos caracterizam-se
pela ambigüidade do material (geralmente imagens ou borrões
de tinta) que é apresentado ao sujeito cuja personalidade está
sendo avaliada. O CAT (Children Apperception Test) é uma versão
do TAT para crianças, onde os seres humanos são substituídos

07
por animais.

9:
:5
b) Segundo a Finalidade:

15
a. Testes de Velocidade ou Rapidez: Os testes puros de velocidade

1
02
medem a rapidez de raciocínio ou execução de determinada

/2
02
tarefa. Caracterizam-se pelo tempo certo de administração e pelo

7/
fato de serem homogêneos, isto é, medirem o mesmo fatos

-0
om
comum em todos os itens muito fáceis para se ter como variável

l.c
apenas a rapidez de execução. (relativa constância de

ai
dificuldade) gm
@
b. Testes de Potência ou Nível: Os testes puros de potência são
na

aqueles que medem, não a rapidez da execução, mas a qualidade


pi
ia

da mesma. Avaliam a potencialidade do indivíduo em relação a


ib
a.

alguma característica. Os itens apresentam-se em dificuldade


an

crescente – teste heterogêneo- e isso toma mais tempo para a sua


ai
-l

realização. Não se pode dizer que o tempo é ilimitado, pois isso


1
-6

implicaria ter-se que estar à disposição do testando.


43

c) Segundo a Influência do Examinador


.2
10

a. Pessoais: o administrador gerencia o rapport. Em princípio, todos


.1
04

os testes presenciais são pessoais – o que varia é o grau de


-0

influência. Os testes projetivos, em maior grau, e os testes


A

psicométricos, em menor grau, são exemplos disso.


N
PI

b. Impessoais: geralmente são os testes auto-administrados


IA
IB

d) Segundo o Modo de Administração:


AL

a. Individuais
LE

b. Coletivos
A
N

c. auto-administrados
IA
LA

e) Segundo o Atributo Medido


a. De rendimento.
b. Aproveitamento ou realização: servem para medir o grau de
eficiência na realização de uma tarefa aprendida. O objetivo é
medir, objetivamente, o conhecimento que o indivíduo adquiriu
sobre algo, em relação ao seu grupo.
c. Aptidão (ou habilidade): têm como objetivo avaliar a
capacidade com que uma pessoa pode adquirir novo
conhecimento relacionado com uma determinada habilidade ou
competência específica. Medem o “potencial ” do indivíduo para

| 91
aprender ou realizar uma tarefa. Uma forma de subdivisão desses
testes é: testes de aptidão específica; testes de aptidão especial.
Os testes de aptidão geral (Fator g) medem inteligência como um
todo; dão a medida geral da esfera intelectiva. São os testes que
se referem, ao mesmo tempo, a diferentes aspectos da atividade
inteligente. Como exemplo desses instrumentos, temos o INV, o
Barcelona, o Dominó, etc. Os testes que medem o Fator G

07
dividem-se em testes ou escalas que avaliam o desenvolvimento

9:
:5
mental, ou seja, a inteligência em seu aspecto evolutivo e testes

15
de capacidade mental que mensuram a função intelectiva já

1
02
desenvolvida.

/2
02
d. Personalidade: Os testes de personalidade medem as

7/
características de personalidade propriamente ditas, que não se

-0
om
referem aos aspectos cognitivos da conduta. Ex.: estabilidade

l.c
emocional, atitude, interesse, sociabilidade, etc.

ai
gm
@
na

Distorções e Cuidados na Aplicação dos Testes


pi
ia
ib
a.

Vamos nos concentrar, por enquanto, nos cuidados (e distorções) que o


an
ai

examinador deve ter no processo de aplicação e correção dos instrumentos


-l

psicológicos.
1
-6
43
.2
10
.1
04
-0
A
N
PI
IA
IB
AL
LE
A
N
IA
LA

| 92
LA
IA
N
A
LE
AL
IB
IA
PI
N
A
-0
04
.1
10
.2
43
-6
1
-l
ai
an
a.
ib
ia
pi
na
@
gm
ai
l.c
om
-0
7/
02
/2
02
1
15
:5
9:
07

| 93
Testes de aptidão cognitiva.
As principais capacidades cognitivas (ou aptidões cognitivas) são:
inteligência, atenção/foco, percepção, memória e linguagem. Porém, podemos ter
outras aptidões cognitivas, como planejamento, execução de tarefas, raciocínio,
lógica, estratégias, tomada de decisões e resolução de problemas.

07
9:
Estudo dos testes psicológicos

:5
15
1
02
Iremos, a seguir, nos deter nos principais testes psicológicos utilizados em

/2
nosso país. Esse estudo não exclui a necessidade do contato com o material original

02
7/
e sua aplicação para a adequada habilidade em aplicar o mesmo.

-0
om
TESTES PSICOMÉTRICOS

l.c
ai
gm
Escala Colúmbia de Maturidade Intelectual (CMMS 3 – Columbia Mental Maturity
@
na

Scale)
pi
ia
ib

Escala utilizada na avaliação da capacidade de raciocínio geral de crianças


a.
an

normais e também de crianças que tenham qualquer problema de comunicação,


ai

audição, linguagem ou motor. É considerada, atualmente, um dos melhores


-l
1

instrumentos para avaliar crianças em idade pré-escolar (CUNHA, 2000). O teste se


-6
43

caracteriza por ser individual, rápido, de fácil aplicação, que fornece uma estimativa
.2
10

da aptidão geral de raciocínio de crianças, a partir da idade de 3 anos e 6 meses até


.1

10 anos. Possui 92 itens de classificação de figuras e desenhos que são dispostos em


04
-0

uma série de 8 escalas ou níveis que se sobrepõe.


A

Observação importante: embora considerado uma medida de raciocínio


N
PI

geral ou de maturidade mental, por suas autoras, ele tem sido mais indicado como
IA

teste de triagem intelectual, para selecionar crianças a serem submetidas a uma


IB
AL

avaliação intelectual completa.


LE
A
N
IA

WAIS – III (aplicado de 16 a 89 anos)


LA

Ele compreende 14 subtestes, sendo aplicados de forma alternada (subteste


de execução em seguida o verbal), iniciando pelo subteste de execução Completar
Figuras, mas, dependendo do objetivo da avaliação, a aplicação de todos não é
necessária. Para o cálculo do QI total, por exemplo, são necessários 11 subtestes
(CUNHA, 2000). Os testes suplementares e opcionais não entram no cômputo do QI
total:
a) Subtestes Verbais: Vocabulário, Semelhanças, Aritmética, Dígitos,
Informação, Compreensão e Sequência de Números e Letras (suplementar);

| 94
b) Subtestes de Execução: Completar Figuras, Códigos, Cubos, Raciocínio
Mental, Arranjo de Figuras, Procurar Símbolos (suplementar) e Armar
Objetos (opcional);
O que cada Índice Fatorial reflete e os subtestes referentes a cada um deles
são:
a) Compreensão Verbal: subtestes – Vocabulário, Informação e Semelhanças;
evidencia o conhecimento verbal adquirido e o processo mental necessário

07
para responder às questões, que seria a capacidade de compreensão

9:
:5
(raciocínio verbal).

15
b) Organização Perceptual: formado pelos subtestes Cubos, Completar

1
02
Figuras e Raciocínio Matricial; mede o raciocínio não-verbal, raciocínio

/2
02
fluido, atenção para detalhes e integração viso-motora.

7/
c) Memória de Trabalho: obtido pelos subtestes Aritmética, Dígitos e

-0
om
Sequência de Números e Letras; está relacionado à capacidade de atentar-

l.c
se para a informação, mantê-la brevemente e processá-la na memória para,

ai
em seguida, emitir uma resposta. gm
@
d) Velocidade de Processamento: subtestes componentes – Códigos e
na

Procurar Símbolos; refere-se à resistência à distrabilidade, mede os


pi
ia

processos relacionados à atenção, memória e concentração para processar,


ib
a.

rapidamente, a informação visual.


an
ai
-l

Inventário Fatorial de Personalidade – R (IFR versão reduzida)


1
-6

Atenção: o IFP-R está válido. Esse é o IFR-Reduzido.


43

O IFP da Casa do Psicólogo que ainda não aparece como válido (apenas
.2
10

seu estudo de atualização)


.1
04

O IFP-R é um teste de personalidade composto de 141 afirmações e usado


-0

exclusivamente pelo LabPAM/CESPE. Trata-se de uma adaptação do IFP que é


A

utilizado em concursos não realizados pelo CESPE, com quase todas as perguntas
N
PI

iguais, mudando basicamente a tabela de percentil, que como nos demais testes
IA
IB

elaborados ou adaptados pelo LabPAM/CESPE (ICFP-R, EdAAI, Rathus), o IFP-R


AL

exige respostas tendendo a extremos na maioria dos fatores para se obter


LE

adequação. Isto se deve à amostragem usada para elaborar as tabelas de percentil


A
N

especificamente em situações de seleção, que nestes casos as pessoas tendem


IA
LA

majoritariamente a induzirem as respostas para o modo mais adequado possível.


Eis os fatores avaliados:

Assistência: Prestar auxílio e proteção às pessoas. (altruísmo)


Intracepção: Capacidade de analisar, especular, formular, generalizar / refere-
se ao indivíduo que racionaliza excessivamente suas emoções.
Afago: necessidade de proteção, carinho e mimo.
Deferência: Acatar e respeitar decisões de superiores.
Afiliação: Capacidade de associar-se a outra pessoa e permanecer leal a ela.

| 95
Dominância: Capacidade de controlar o ambiente e influenciar o
comportamento alheio, através de persuasão. Diz respeito ao sujeito que
manipula e manda nos outros, que se mete em confusão e brigas e que gosta de
ser o centro das atenções.
Desempenho: Capacidade de superar obstáculos e as próprias fraquezas, ser
bom trabalhador.
Exibição: Refere-se a pessoas que gostam de falar de si mesmas.

07
Agressão: Usar a força para se opor.

9:
:5
Ordem: Capacidade de organização, equilíbrio, precisão.

15
Persistência: Perseverança ao realizar algo difícil, superando a si mesmo.

1
02
Mudança: Capacidade de mudar diante de circunstâncias

/2
02
Autonomia: Capacidade de se governar por leis próprias; ser independente e

7/
agir segundo o impulso.

-0
om
Escalas de controle:

l.c
Validação: Consiste em frases óbvias, beirando a idiotice, que servem

ai
para testar se o candidato entendeu o teste, se está lendo-o ou se esta
gm
@
o respondendo às cegas (chutando tudo). Uma pontuação alta nessa
na

característica pode anular o teste do candidato e,


pi
ia

consequentemente, eliminá-lo, além de por em dúvida sua


ib
a.

inteligência.
an

Desejabilidade social: Consiste em frases sobre coisas erradas que


ai
-l

todos fazem ou já fizerem pelo menos uma vez na vida, mas que não
1
-6

são agradáveis de confessar (especialmente na hora de lutar por um


43

emprego). A finalidade dessa escala é verificar se o candidato está


.2
10

respondendo o que ele acha ser a melhor resposta, em vez de


.1
04

responder o que ele realmente pensa ou é. Em outras palavras, ela


-0

serve para ver se o candidato está tentando se passar por “bom


A

moço”.
N
PI

Atenção: Protocolos com escore acima de 30 na Escala de Validade e escore


IA
IB

acima de 70 na Escala Desejabilidade Social não devem ser considerados válidos,


AL

uma vez que o sujeito pode ter respondido sem a devida seriedade, indicando
LE

manipulação das respostas.


A
N
IA
LA

Escala de Identificação dos itens:


7 - Totalmente característico
6- Muito característico
5- Característico
4- Indiferente
3- Pouco característico
2- Muito pouco característico
1- Nada característico
Quem quiser conhecer mais, eis um link que não indico (entre por conta
própria):

| 96
http://users1.ml.mindenkilapja.hu/users/huisph/uploads/ifpr.pdf
Também não indico:
http://users1.ml.mindenkilapja.hu/users/huisph/uploads/k2_versao1.1.pdf

Escalas Beck
Muita atenção nesse tópico. As Escalas Beck são constituídas por quatro

07
escalas/inventários9:

9:
:5
O Inventário de Depressão (BDI)

15
O Inventário de Ansiedade (BAI)

1
02
A Escala de Desesperança (BHS)

/2
02
A Escala de Ideação Suicida (BSI)

7/
Essas escalas foram desenvolvidas por Aaron Beck e seus colegas no Center

-0
om
for Cognitive Therapy (CCT), na Universidade da Filadélfia. Apesar de Beck ser

l.c
considerado o pai da Terapia Cognitiva, seus inventários não representam a visão

ai
cognitiva, mas a visão nosológica geral de classificação e diagnóstico da depressão,
gm
@
ansiedade, desesperança e ideação suicida. Assim, as escalas Beck não são de
na

origem cognitivista. Ficou claro 10 ? Cognitivistas usam, behavioristas usam,


pi
ia

rogerianos usam, psiquiatras... Bom, apesar das Beck ser um psiquiatra e as escalas
ib
a.

serem patentemente autoaplicáveis e de estúpida fácil correção, para fins de


an

concurso, apenas psicólogos podem aplicar essas escalas no Brasil.


ai
-l

Somente a Escala Beck de Depressão II está válida no Brasil atualmente.


1
-6
43
.2
10
.1
04
-0
A

Testes/Técnicas Projetivos(as)
N
PI
IA
IB

Segundo Silva (2008), os testes projetivos requerem respostas livres; sua


AL

apuração é ambígua, sujeita aos vieses de interpretação do avaliador. O psicólogo


LE

trabalha com tarefas pouco ou nada estruturadas, a apuração das respostas deixa
A
N

margem para interpretações subjetivas do próprio avaliador, e os resultados são


IA
LA

totalmente dependentes da sua percepção, dos seus critérios de entendimento e


bom senso.
Os testes e metodologias cujas metodologias são projetivas são aqueles
cujas normas são qualitativas, ou seja, são testes menos objetivos. O resultado se
expressa por meio de uma tipologia. Por terem uma avaliação qualitativa, seus
elementos (itens de teste) não podem ser medidos em separado. A constância de
determinadas características avaliadas no teste, como um todo, que dará a relativa

9
Entenda Escala e Inventário como sinônimos.
10
As escalas não refletem qualquer teoria em particular.

| 97
certeza de um diagnóstico (exemplo: testes de personalidade em geral) (ESTÁCIO,
2008).

Teste de Apercepção Temática (TAT)


Primeiramente, “apercepção” significa a visão integrada do todo. Não deixe
o “a” da palavra te enganar.
É um teste de personalidade que pode ser aplicado a partir dos 14 anos. É

07
individual. O teste pretende revelar impulsos, emoções e sentimentos conflituosos

9:
:5
de sujeitos de ambos os sexos com idade variante entre 14 e 40 anos. Seu valor está

15
presente principalmente no fato de tornar visíveis tendências subjacentes inibidas

1
02
que o sujeito não deseja aceitar ou que não tem condições de admitir por serem

/2
02
inconscientes. Tais relatos se fazem a partir de pranchas que são apresentadas aos

7/
sujeitos. No total são 30 pranchas com gravuras e 1 em branco. Destas, 11 são

-0
om
aplicadas ambos os sexos e todas as idades. Sendo assim, geralmente são aplicadas

l.c
em cada sujeito uma média de 20 pranchas (11 universais e 9 selecionadas

ai
conforme sexo e faixa etária), podendo ser utilizadas duas sessões para aplicação.
gm
@
Henry A. Murray, criador do TAT afirma que o primeiro passo na análise de
na

uma história é a identificação do herói da história. Após essa etapa, identificam-se


pi
ia

os motivos/tendências subjacentes ao enredo, o estado interior do herói, o exame


ib
a.

das pressões ambientais e o desfecho da história.


an

- Identificação do herói da história: representa a pessoa ou papel


ai
-l

com quem o sujeito se identifica. As relações que se estabelecem


1
-6

entre o herói e outros personagens podem refletir atitudes


43

conscientes ou inconscientes do sujeito frente a estes, ou revelar o


.2
10

papel que estes desempenham na vida do sujeito (frustração,


.1
04

estimulação etc.). É importante que se identifique os traços e as


-0

tendências dos heróis (superioridade, inferioridade, extroversão,


A

introversão), bem como atitudes frente à autoridade (submissão,


N
PI

medo, agressão, dependência, gratidão etc.).


IA
IB

- Reconhecimento de seus motivos, tendências e necessidades:


AL

são identificados na conduta do herói, como ações de iniciativa em


LE

relação a pessoas, objetos, situações; ou reação do herói às ações de


A
N

outras pessoas. Exemplos: realização, aquisição, aventura,


IA
LA

curiosidade, construção, passividade, agressão, autonomia etc.


- Exploração dos estados interiores do herói: procura-se avaliar os
afetos que se manifestam e em que direção e forma são conduzidos.
Também se deve analisar como surgem, como se resolvem e qual a
intensidade dos conflitos.
- Exame das pressões ambientais: identificar e avaliar as pressões
que o herói percebe como vindas do ambiente e os efeitos destas. As
pressões podem facilitar ou impedir a satisfação da necessidade,
representando, assim, a forma como o sujeito vê ou interpreta seu
meio.

| 98
- Desfecho da história: indica como o herói resolve suas dificuldades,
conflitos e como trabalha suas necessidades internas e enfrenta as
pressões do ambiente. A partir do desfecho pode-se identificar o êxito
ou fracasso na resolução das dificuldades, observando a proporção
entre os finais felizes e infelizes, otimistas e pessimistas, mágicos e
realistas ou os convencionais. Examina-se também se o herói
demonstra insights das suas dificuldades, se consegue chegar a

07
conclusões sobre estas. Além disso, permite avaliar a adequação ou

9:
:5
não à realidade, fornecendo alguns dados para a formulação

15
terapêutica.

1
02
Fonte: Freitas, 2000.

/2
02
Veja duas lâminas do TAT.

7/
-0
om
l.c
ai
gm
@
na
pi
ia
ib
a.
an
ai
-l
1
-6
43
.2
10

CAT-A
.1

O Children Apperception Test - Animais é um teste projetivo infantil


04
-0

indicado para avaliar o estágio de desenvolvimento infantil, a necessidade de


A

intervenção terapêutica e o acompanhamento da evolução do processo


N
PI

terapêutico. É um teste de personalidade que, ao contrário do TAT, utiliza cartões


IA

com temas de animais.


IB
AL

É o único teste infantil de personalidade válido na atualidade!


LE
A

Wartegg (desfavorável)
N
IA
LA

Teste/Técnica de Zulliger
Criado por Hans Zulliger em 1942, em função da necessidade de selecionar
um alto contingente de soldados para o exército suíço, em curto espaço de tempo.
Apesar de ser parecido com o Rorschach, não é uma versão reduzida do mesmo.
Sua aplicação pode ser tanto individual quanto grupal. É o único teste
projetivo de aplicação coletiva. De forma muito parecida com o Rorschach, o
Zulliger segue 4 etapas em sua aplicação individual: 1) rapport, 2) instruções, 3),
aplicação propriamente dita; 4) inquérito ou investigação.

| 99
No inquérito o psicólogo deve procurar saber onde o examinando situou as
respostas nas manchas do Cartão. Assim, o examinador, com a orientação do
examinado, identifica os conteúdos verbalizados e verifica a qualidade das
respostas.

O Zulliger avalia a personalidade humana (entre outras coisas), e constitui-


se de três pranchas:

07
Prancha I - Aspectos primitivos da personalidade

9:
:5
Prancha II - Afetividade/Emoções

15
Prancha III - Relacionamento

1
02
Sua aplicação pode ser individual ou coletiva, para toda e qualquer finalidade

/2
02
(psicodiagnóstico, avaliação da personalidade, seleção de pessoal, avaliação de

7/
desempenho, etc.). A interpretação integrada das três pranchas propicia uma visão

-0
om
muito aprofundada da personalidade humana, seja em sua estrutura ou em sua

l.c
dinâmica, especialmente em relação aos seus aspectos afetivo-emocionais, bem

ai
como em termos de intelectualidade, pensamento, objetivos de vida, sociabilidade,
gm
@
relacionamento interpessoal, etc.
na

A seguir apresento uma sistematização/simplificação do capítulo 24 do livro


pi
ia

Psicodiagnóstico V, que trata da correção do Zulliger (Sistema Klopfer):


ib
a.

Tanto o Rorschach como o Z-Teste apresentam categorias, tais como


an

número de respostas, respostas globais (G), detalhe comum (D), forma precisa (F+),
ai
-l

movimento humano (M), movimento animal (FM), altamente quantificáveis, e que,


1
-6

consequentemente, possibilitam estudos comparativos e correlacionais em


43

elevado padrão estatístico. O capítulo prossegue com o método Klopfer para a


.2
10

correção do Z-teste (que é a mesma coisa que Teste Zulliger).


.1
04

Avaliamos:
-0

a) Localização
A

b) Determinantes
N
PI

a. Forma
IA
IB

b. Movimento
AL

c. Cor
LE

d. textura e conteúdo.
A
N

c) Conteúdos
IA
LA

Localizaç Significado Geral


ão Localizações que expressam como a pessoa usa sua inteligência
Localizaç Nome Significado
ão
(G) Figura a percepção de síntese, senso de organização,
identificada capacidade de planejamento e capacidade de
na imagem abstração do sujeito
global

| 100
(D) Figura a capacidade de discriminação perceptiva dos dados
identificada da realidade e o senso de objetividade. Pode indicar o
em detalhes uso da inteligência voltada para o concreto e
comuns pragmático
(Dd) Figura capacidade de análise e senso de observação
identificada
em detalhes

07
incomuns

9:
:5
(S) Figura interferência da ansiedade situacional

15
identificada

1
02
em espaço

/2
02
em branco

7/
-0
Curiosidades:

om
- Pessoas com propensão ao uso da fuga e da fantasia apresentam percentual

l.c
de globais elevado.

ai
gm
- Um índice de globais inferior à média conduz à hipótese de pessoa pouco
@
inteligente, com a capacidade de síntese prejudicada e com falta de visão de
na

conjunto da realidade.
pi
ia

- Deficientes mentais têm dificuldades para se organizar ante as manchas,


ib
a.

caindo num processo de repetição, na perseverarão de globais com o


an

mesmo conteúdo.
ai
-l

- Pessoas com quadro obsessivo de personalidade manifestam elevado


1
-6

percentual de D e Dd combinado com elevado número de respostas,


43
.2

enquanto defesas obsessivas de personalidade se caracterizam pelo


10

elevado percentual de Dd, mas com o número de respostas considerado


.1
04

normal.
-0
A
N

Determin Significado Geral


PI
IA

antes: São a expressão do modo como o examinando estabelece a relação


IB

Forma entre o mundo externo através das manchas e o seu mundo interno.
AL

Forma: conteúdo percebido de modo particularizado, singularizado


LE

pelo examinando, tendo sido este levado simplesmente pela forma


A
N

Forma Nome Significado


IA
LA

(F+) Respostas de O F+ indica respostas comuns e com formas simples.


forma de boa Significados do somatório Forma (F+, F– e F±). O
qualidade somatório F num protocolo é indicativo consistente de
(F-) Respostas de o examinando perceber as coisas com objetividade,
forma de má com adequado senso lógico; é a expressão da
qualidade ou capacidade para perceber as coisas como elas se
confusas apresentam na realidade e sem interferência
(F±) Respostas prejudicial ou distorcida das emoções; é a expressão
imprecisas racional e intelectual do controle geral adequado que

| 101
a pessoa tem sobre seus dinamismos psíquicos (como
instintos, reações afetivo-emocionais e impulsivas). O
resultado final é o F%.

Curiosidades:
- Quando ocorrem muitas respostas F, temos a indicação de controle
demasiado de repressão dos afetos e emoções, com prejuízo na

07
espontaneidade. Quando temos poucas respostas F, temos pobreza

9:
:5
intelectual e/ou pouco senso de responsabilidade.

15
A diminuição de F+% com correspondente aumento de F±% acontece mais

1
-

02
comumente em pessoas com perturbação afetiva e emocional, sem,

/2
02
contudo, se tratar de psicose; isso ocorre mais em neurose de ansiedade e

7/
-0
neurose de histeria. Já, por outro lado, a diminuição de F+% com

om
correspondente aumento de F-% é comum de acontecer em caso de psicose

l.c
ou de neurose depressiva.

ai
gm
@
na

Determin Significado Geral


pi
ia

antes: Movimento: interpretações determinadas pela percepção da forma e


ib
a.

Movimen acrescidas de sensações cinestésicas


an

to
ai
-l

Movimen Nome Significado


1
-6

to
43
.2

M+ movimento Espera-se como normal um índice de 1 a 2 M num


10

de boa protocolo, na forma coletiva, e um mínimo de 2 M, na


.1
04

qualidade aplicação individual. Índice elevado de M, mais do que


-0

M- movimento três em aplicação coletiva, pode significar inteligência


A
N

secundário altamente criativa ou propensão da pessoa testada a


PI
IA

ou de não reações ou defesas de tipo maníaco. A ausência de M é


IB

boa frequente, ainda, em casos de deficiência mental, de


AL

qualidade esquizofrenia simples com estereotipia de


LE

M± Movimento pensamento.
A
N

impreciso Respostas com conteúdo humano em ação são do tipo


IA
LA

(não sabe movimento de boa qualidade (M+) e indicam boas


dizer se há condições intelectuais e imaginação criadora, ao
movimento) passo que as de tipo M– são mais comuns em casos de
pessoas inibidas, ansiosas e de relacionamento
interpessoal receoso e tenso.
FM Movimento válvula de escape aos impulsos libidinais e como uma
animal precária tolerância à frustração. Elevado índice de FM
pode significar imaturidade e infantilismo, e quando
combinado com F% baixo, com ausência de M e de FC,

| 102
é sinal de impulsividade descontrolada. Quando o
índice de FM é alto, combinado com CF+C > FC e F%
baixo, pode-se levantar a hipótese de compulsividade
do sujeito testado.
Fm Forma Movimento não causado por humanos ou animais, mas
inanimada com forma definida em movimento (exemplo: um
definida com avião subindo)

07
movimento

9:
:5
mF Forma Movimento não causado por humanos ou animais e

15
inanimada imprecisão do que está em movimento (exemplo: algo

1
02
INdefinida parecido com um avião)

/2
02
com

7/
-0
movimento

om
m Ações de Conteúdos abstratos, sem forma e difusos em

l.c
conteúdos movimento. É indicativo de conflito intrapsíquico, em

ai
abstratos gm
consequência de tensões vivenciadas pelo
@
examinando entre o esquema de valores formado e
na

presente no seu mundo interno, e o esquema de


pi
ia

valores socioculturais que o mundo externo, em


ib
a.

transformações, está lhe apresentando.


an
ai
-l

Curiosidades:
1
-6

- O somatório de movimento inanimado (Fm+ mF+ m) indica a presença de


43
.2

conflitos internos com os quais a pessoa está encontrando dificuldades para


10

conviver.
.1
04

- A presença de o m (puro), sem o mínimo indicativo de forma, expressa


-0

forças e tensões internas sentidas como hostis e que o sujeito não consegue
A
N

controlar.
PI
IA

Determin Significado Geral


IB

antes: Cor Cromática: avalia reações emocionais de aproximação e/ou fuga


AL

Cor
LE

Cor Nome Significado


A
N
IA

(FC) Forma e cor Identifica a capacidade de a pessoa receber e retribuir


LA

afeto adequadamente, investir afeto nas demais e de


se permitir ser objeto de afetos dos outros, também
adequadamente. As condições afetivo-emocionais são
tanto mais maduras quanto mais autênticas e de boa
qualidade sejam as respostas de forma e cor.
(CF) Cor e forma Forma imprecisa identificada através da cor (o
examinado não consegue precisar o formato). . Indica
tendências a excitabilidade emocional, escapes
agressivos e a atitudes sem o adequado controle

| 103
(C) Cor Pura Cor identificada sem forma alguma definida (exemplo:
muitas cores bonitas, sangue, fumaça, etc). É uma
projeção de reações emocionais livres e o examinador
deve ficar atento à capacidade de controle emocional
do examinado.
(Cdesc) Cor descrita Identificação pura da cor (exemplo: vermelho). Indica
limitação da inteligência.

07
(Cn) Cor nomeada Identificação de várias cores pelo nome. Indica

9:
:5
ou comprometimento emocional.

15
enumerada

1
02
/2
02
7/
-0
om
Determin Significado Geral

l.c
antes: Textura: avalia a necessidade de contato

ai
Textura gm
@
Textura Nome Significado
na

(Fc, cF, c) Textura (é o A textura é uma forma tátil de expressão das condições
pi
ia

“c” afetivas da pessoa, quer buscando o afeto em alguém


ib
a.

minúsculo) ou em alguma coisa, quer investindo o afeto em outras


an
ai

pessoas, situações e objetos. Aquelas que são capazes


-l

de atitudes adequadas (com a devida percepção de


1
-6

limites), na dinamiza- ção dessa busca ou de


43
.2

investimento, apresentam, na técnica, o Fc


10

proporcionalmente igual ou maior que cF+c. Por outro


.1
04

lado, as que não o fazem adequadamente (sem a


-0

devida percepção de limites) têm Fc menor que cF+c.


A
N
PI
IA

Determin Significado Geral


IB

antes: Cor acromática: instabilidade emocional


AL

Cor
LE

acromáti
A
N
IA

ca
LA

Textura Nome Significado


(FC’, C’F e Cor Indica a tendência da pessoa evitar estímulos que lhe
C’) acromática () possam mobilizar reações emocionais e sentimentos
para o mundo exterior. Expressam depressão como
traço de personalidade e não apenas reações
depressivas transitórias.

Significado Geral

| 104
Determin Sombreado e perspectiva: avalia a necessidade de contato e meios de
antes: adaptação ou ajustamento, quando enfrenta uma situação, que lhe
Sombrea aumenta o nível de ansiedade e, consequentemente, lhe mobiliza
do e sentimentos de insegurança, de temor ou medo.
perspecti
va
Nome Significado

07
(Fk, kF e Sombreado São conteúdos vistos em transparências, imagens

9:
:5
k) radiológico e fotográficas, radiológicas ou radiográficas. Revelam

15
perspectiva sentimentos desagradáveis da pessoa, vividos

1
02
intensamente ante situações novas e desconhecidas a

/2
02
serem superadas por ela, e, consequentemente,

7/
-0
representa a ansiedade situacional. A proporção Fk >

om
k+kF indica que o examinado consegue controlar a

l.c
ansiedade situacional pela intelectualização; porém,

ai
gm
se dispõe de poucas condições para controle da
@
ansiedade, apresenta a proporção invertida, Fk < k+kF.
na

(FK, KF e Sombreado Diferente do anterior, a forma ou elemento vago é


pi
ia

K) perspectiva tridimensional. A reação adaptativa ou o mecanismo


ib
a.

utilizado para tolerar a ansiedade é mais adequado e,


an

por certo, sadio. FK > KF+K indica que a pessoa usa a


ai
-l

introspecção, partindo de auto-avaliação como


1
-6

processo adaptativo para tolerar a ansiedade.


43
.2
10
.1
04

Conteúd Significado Geral


-0

os Pessoas flexíveis no modo de perceber e avaliar as coisas dão de três


A
N

ou mais categorias de conteúdos; já aquelas que produzem menos de


PI
IA

três tendem a ser estereotipadas e inflexíveis, até mesmo na própria


IB

conduta.
AL

Conteúd Nome Significado


LE

os
A
N
IA

H+Hd conteúdos Significa adequada capacidade de relacionamento


LA

humanos com as pessoas. Considera-se como normal num


protocolo, de pessoa adulta, o percentual dentro da
faixa dos 15 a 25 do total de respostas.
(H) e (Hd) Conteúdo Os conteúdos humanos com características de
humano animais, de monstro, podem indicar relacionamento
descaracteriz interpessoal receoso, cauteloso e controlador.
ado
(A +Ad) Conteúdo Alto nível de A indica pobreza sociocultural.
animal

| 105
(Anat) Respostas Supervalorização da inteligência para tolerar a
com ansiedade, tensão e sentimentos de frustração,
conteúdo ressalvado quando se tratar de profissional da área
anatômico médica, que, por prática funcional.

07
9:
:5
Teste/Técnica de Rorschach

15
Talvez seja a mais famosa das técnicas de avaliação psicológica. O teste de é

1
02
uma técnica de avaliação psicológica através de pictogramas (também é conhecido

/2
02
como método de auto-expressão). Apesar de ser vulgarmente conhecido como

7/
-0
teste psicológico, ressalto que é uma técnica e não um teste em si. Define-se por

om
técnica o conjunto de procedimentos (orientados, mas não padronizados) que

l.c
necessitam da subjetividade do avaliador na mensuração dos resultados. Assim,

ai
não é um teste de correção objetiva. gm
@
Essa técnica foi desenvolvida pelo psiquiatra suíço Hermann Rorschach e
na

consiste em dar respostas sobre com o que se parecem as dez pranchas com
pi
ia

manchas de tinta simétricas. A partir das respostas, procura-se obter um quadro


ib
a.

amplo da dinâmica psicológica do indivíduo. O Rorschach baseia-se na


an

chamada hipótese projetiva. De acordo com essa hipótese, a pessoa a ser testada,
ai
-l

ao procurar organizar uma informação ambígua (ou seja, sem um significado claro,
1
-6

como as pranchas do teste de Rorschach), projeta aspectos de sua própria


43

personalidade.
.2
10

Para Mangabeira (2011)11:


.1
04

Para Rorschach, a simetria é fundamental para o sucesso do teste, pois


-0

estimula a interpretação do borrão como uma só cena, equaliza o ponto de partida


A
N

dessa interpretação para todos os pacientes e confere às figuras “ritmo” que,


PI
IA

embora necessário, tem a desvantagem de estereotipar e agir sobre as


IB

interpretações. Objetiva-se forçar o examinando a não ver apenas “manchas” sem


AL

significado, mas visualizar algo a mais.


LE

A aplicação do teste é simples: o médico pergunta “o que poderia ser isto?”


A
N

e o paciente recebe as pranchas em suas mãos, podendo movimentá-las à vontade,


IA
LA

em qualquer direção, devendo, apenas, mantê-las a distância de, no máximo, um


braço. Ele tem liberdade para falar à vontade sobre os borrões, sobre o que eles
poderiam ser: a partir do que for visto, a prova teria a capacidade de examinar,
separadamente, diferentes componentes da inteligência do paciente.
Os examinandos creem que a prova situa-se no âmbito de um teste de
imaginação. Contudo, argumenta Rorschach (1967), a interpretação de formas
fortuitas está no contexto da percepção e das ideias. A imaginação é um fator que,

11
Mangabeira, Clark. Morcegos e borboletas: indagações semióticas sobre o Teste de
Rorschach. Estudos Semióticos, vol. 7, nº 2 (p. 34–43).

| 106
estimulada ou não pelo médico, agirá nos indivíduos imaginativos, enquanto os
pobres dessa função não a usarão. Entretanto, os resultados de ambos poderão ser
comparados, pois, como está se testando as percepções, o conceito que lhes dá
base é que estas têm origem na impressão que os borrões passam, ao mesmo
tempo em que se ligam a sensações antigas de experiências anteriores.
Desse modo, haveria três processos interrelacionados na percepção:
sensação, evocação e associação. A percepção seria “uma assimilação associativa

07
de engramas disponíveis (imagens recordação) a com- plexos de sensações

9:
:5
recentes” (Rorschach, 1967, p.17), e o teste, como percepção, avaliaria exatamente

15
a assimilação desses dois níveis, caracterizada pelo autor como um amplo trabalho

1
02
intrapsíquico que dá àquela percepção seu caráter interpretativo.

/2
02
Rorschach (1967) delimita um nível ou zona de normalidade quanto à

7/
interpretação: nos seus termos, os doentes mentais orgânicos, os débeis, maníacos,

-0
om
dentre outros, além de alguns indivíduos por ele considerados normais ou

l.c
acometidos por estados ou momentos afetivos diversos, não interpretam as

ai
imagens, mas as definem. Não há, nestes casos, interpretação propriamente dita –
gm
@
visto que esta depende da assimilação intrapsíquica entre as sensações atuais
na

provocadas pela figura e um conjunto de antigas –, mas simples percepções:


pi
ia

enquanto a primeira envolve a consciência do trabalho de assimilação, a segunda,


ib
a.

não tem consciência do mesmo.


an

[…]
ai
-l

A primeira indagação a ser registrada é sobre o número de respostas, a


1
-6

quantidade de recusas de pranchas e o tempo de duração entre a exibição da figura


43

e a fala do paciente. A segunda, se a resposta foi determinada pela forma, sensação


.2
10

de movimento e/ou cor das imagens. Em terceiro, se o borrão foi interpretado como
.1
04

um todo ou em partes e, neste caso, quais partes. E, por último, o conteúdo, o que
-0

efetivamente foi visto, o que, como o autor já delineou, apenas prevalece como
A

parte do ponto de vista formal.


N
PI

O número de respostas não interfere muito, para o autor, no processo de


IA
IB

associação, pois dependeria mais do estado afetivo. O importante a ser registrado


AL

é o padrão da interpretação e sua decomposição nos fatores forma, cor, movimento


LE

e generalidade do que foi visto, a partir dos quais o resultado do protocolo será
A
N

dado. A maioria dos indivíduos, Rorschach (1967) afirma, privilegia a forma dos
IA
LA

borrões, seja a dele como um todo, seja a de um detalhe seu. Idealmente, o


examinando escolhe do seu conjunto de imagens-evocações aquela que mais se
aproxima do que está vendo na figura e os associa. Esse tipo de resposta é
denominado resposta-forma (F) e, por ser a maioria e para evitar conjecturas
subjetivas do examinador, o autor montou, estatisticamente, a partir do protocolo
de cem indivíduos normais, uma zona de normalidade – tal qual a zona já citada da
interpretação – com base no número das formas que aparecem com mais
frequência, classificadas como F+. Como o teste foi construído para permitir a
avaliação da inteligência, um dos seus componentes é a acuidade da visão de
formas a qual, num contexto superficial, é atrapalhada por distúrbios eufóricos e

| 107
facilitada por perturbações depressivas.
Se as interpretações forem determinadas tanto pela percepção da forma do
borrão, quanto por uma sensação de movimento do mesmo, trata-se de outra
categoria, as respostas-movimento (K), as quais o paciente está condicionando por
uma cinestesia. A descrição de uma forma com uma associação posterior de
movimento não é do tipo K: o movimento deve necessariamente ser sentido, como,
por exemplo, a resposta “dois anjos batendo asas”, que difere do tipo “um pato que

07
cai na água”. A primeira é do tipo K, enquanto a segunda é do tipo F. Na primeira, o

9:
:5
borrão foi efetivamente, segundo Rorschach (1967), definido pela forma e pelo

15
movimento, a segunda elucida apenas a forma da figura à qual foi, posteriormente,

1
02
adicionado um movimento. A diferença para se classificar corretamente a

/2
02
interpretação é pautar-se por aquilo que teve participação primária na sua

7/
determinação e, em caso de dúvida, deve-se compará-la com respostas

-0
om
seguramente do tipo K.

l.c
As respostas-cor são aquelas cuja determinação sofre influência das cores

ai
da prancha. São de três tipos: se a interpretação foi determinada primariamente
gm
@
pela forma e co-determinada pela cor, deve ser anotada como resposta forma-cor
na

(FC); no caso da cor ser o elemento principal de percepção pelo paciente, embora a
pi
ia

forma não fique negligenciada, trata-se de uma res- posta cor-forma (CF) –
ib
a.

conforme o exemplo dado por Rorschach (1967), “um ramalhete de flores”,


an

enquanto uma resposta apreendida a partir do vermelho do borrão –; quando a


ai
-l

interpretação pauta-se apenas na cor, são respostas primárias de cor (C), como no
1
-6

caso de “o céu”.
43

O modo de apreensão das imagens divide-se em: respostas-globais (G), se o


.2
10

borrão for interpretado como um todo; respostas-detalhe (D), quando versam sobre
.1
04

partes da figuras; e repostas de pequeno-detalhe (Dd), com interpretações das


-0

menores partes da prancha. Há, ainda, outra classificação: as G primárias são as


A

respostas que levaram em consideração a figura como um todo abarcando o maior


N
PI

número possível de detalhes; as G confabulatórias partem de um detalhe para


IA
IB

chegar ao todo, mas compreendem a totalidade da figura; nas G sucessivo-


AL

combinatórias percebe-se, em primeiro lugar, alguns detalhes que, posteriormente,


LE

são correlacionados. Ademais, as respostas de formas intermediárias I (DbI) são


A
N

aquelas que apreenderam o espaço em branco existente no borrão, e as de pequeno


IA
LA

detalhe oligofrênico (Do) se referem a partes do corpo humano em figuras que


outros indivíduos viram imagens humanas inteiras. Destaca-se, ainda, que a
sucessão de respostas consideradas normais é a que segue a ordem G–D–Dd, com
variações de quantidade de cada uma delas, como veremos.
Fonte: Mangabeira, Clark. Morcegos e borboletas: indagações semióticas sobre o
Teste de Rorschach. Estudos Semióticos, vol. 7, nº 2 (p. 34–43).

As pranchas do teste, desenvolvidas por Rorschach, são sempre as mesmas.


No entanto, para a codificação e a interpretação das informações, diferentes

| 108
sistemas são utilizados. Para o Satepsi, os seguintes modos de correção foram
aceitos:
I - O Rorschach: Teoria e Desempenho (Sistema Klopfer); O Rorschach: Teoria e
Desempenho II (Sistema Klopfer)
II - Rorschach - Sistema da Escola Francesa ( 1. O Psicodiagnóstico de Rorschach em
Adultos: Atlas, Normas e Reflexões. 2. A Prática do Rorschach)
III - Rorschach Sistema Compreensivo (Manual de Classificação e Manual de

07
Interpretação)

9:
:5
IV - Rorschach Clínico

15
1
Uma versão “tosca” do Rorschach pode ser vista aqui:

02
http://theinkblot.com/

/2
02
Veja as lâminas do Rorschach

7/
-0
om
l.c
ai
gm
@
na
pi
ia
ib
a.
an
ai
-l
1
-6
43
.2
10
.1
04
-0
A
N
PI
IA
IB
AL
LE
A
N
IA
LA

| 109
07
9:
:5
15
1
02
/2
02
7/
-0
om
l.c
ai
gm
@
na
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a.
an
ai
-l
1
-6
43
.2
10
.1
04
-0
A
N
PI

Testes Psicomotores
IA
IB
AL
LE
A
N

Teste da Casa, Árvore e Pessoa (HTP)


IA
LA

A única versão aprovada é a de John N. Buck. Seu livro (HTP: manual e guia
de interpretação). Segundo o manual:

| 110
07
9:
:5
A aplicação é simples, são entregues ao indivíduo três folhas em branco, um

15
1
lápis e uma borracha, solicitando que ele desenhe uma casa, uma árvore e uma

02
pessoa. Propõe-se que seja entregue uma folha de cada vez, sendo que, para o

/2
02
desenho da casa, a folha seja entregue na posição horizontal e para os outros dois

7/
-0
desenhos, seja na posição vertical. A fase gráfica de cada desenho precede a uma

om
fase verbal, sugerindo que o indivíduo fale sobre cada um dos desenhos, utilizando-

l.c
se de um material estruturado com questionamentos específicos para este fim.

ai
gm
Além disso, deve-se anotar as reações verbais e não-verbais do sujeito durante a
@
aplicação. É curioso ressaltar que Ao desenho da árvore e da pessoa permitem
na

investigar o que se costuma chamar de autoimagem e autoconceito ou diferentes


pi
ia

aspectos do self. De modo geral, conforme o autor acima, pensa-se na casa como o
ib
a.

lar e as suas implicações, subentendendo o clima da vida doméstica e as inter-


an

relações familiares, tanto na época atual como na infância. Quanto mais o sujeito
ai
-l

estiver comprometido, mais existe a possibilidade de projeções de relações mais


1
-6

regressivas.
43
.2
10

PMK (voltou do mortos e está válido atualmente)


.1
04

O psicodiagnóstico miocinético (PMK) é um teste de expressão gráfica que


-0

revela, segundo o princípio da dissociação miocinética, as tendências de reações


A
N

temperamentais e caracterológicas do indivíduo, associadas aos lados dominado e


PI
IA

dominante do cérebro, respectivamente.


IB

O Psicodiagnóstico Miocinético (PMK) foi criado pelo Prof. Emílio Mira y


AL

López em Londres. O seu teste passou a ser amplamente divulgado até ser
LE

reconhecida como uma das principais técnicas psicológicas para a avaliação e


A
N

compreensão da personalidade. Ele nos dá uma visão bastante clara e diferenciada


IA
LA

da personalidade humana, sua estrutura e dinâmica, mostrando como a pessoa é


em sua essência e como ela reage em contato com o meio ambiente: Tônus vital
(elação e depressão), Agressividade (hetero e auto), Reação vivencial (extra e
intratensão), Emotividade, Dimensão tensional (excitabilidade e inibição),
Predomínio tensional (impulsividade e rigidez/controle).
Podemos dizer que:
O PMK, portanto, "é uma técnica expressiva para avaliar os vários aspectos
da personalidade" (Van Kolck, 1975, p. 377) [...]
A base teórica desse teste pode ser resumida em três pontos principais:

| 111
1º) Teoria Motriz da Consciência ao postular que toda intenção ou propósito de
reação é acompanhado de uma modificação do tônus postural, também chamado
de "princípio de sinesia";
2º) Princípio da dessimetria corporal motora ou Princípio da dissociação miocinética
que postula a existência de diferenças entre os dois hemisférios cerebrais (metade
dominada - genotípica - e a metade dominante - fenotípica). "Mira adotou uma
hipótese própria da Psicologia Morfológica: nas pessoas destras da nossa

07
civilização, as expressões motoras da metade direita (ou seja, dominante) do corpo

9:
:5
revelam, tendências atuais ou caracterológicas do indivíduo enquanto que os da

15
outra metade manifestam tendências instintivas ou temperamentais" (Anzieu,

1
02
1979, p. 225).

/2
02
3º) Princípio da Miocinese no espaço: Refere-se à concepção de que o espaço

7/
psíquico não é neutro. O PMK, por meio dos movimentos nas três direções do

-0
om
espaço, sagital, horizontal e vertical, permite determinar o tônus postural e

l.c
atitudinal, indicando o propósito da ação dominante no sujeito com o sentido do

ai
espaço considerado. Logo, essas direções "fornecem dados sobre o 'esqueleto
gm
@
caracterológico' do sujeito" (Van Kolck, 1975, p. 377).
na

População a que se destina


pi
ia

Destina-se a indivíduos com mais de 9 anos de idade, com qualquer nível de


ib
a.

escolaridade. Entretanto, dada à natureza da tarefa, é mais eficiente a partir da


an

adolescência.
ai
-l

Descrição
1
-6

Composto de seis folhas (tamanho 31,5 X 26 cm), nas quais já se encontram


43

impressos os diferentes traçados a serem executados, ora com a mão dominante,


.2
10

ora com a mão não dominante, ou com ambas ao mesmo tempo apresentam-se ao
.1
04

examinando; as sete tarefas: os lineogramas, os ziguezagues, as escadas e os


-0

círculos, as cadeias e os Us. Para a aplicação é necessária uma mesa especial,


A

possibilitando que a pessoa sentada execute os traçados nos planos sagital,


N
PI

horizontal e vertical, com os braços posicionados bem acima, sem apoiá-los na


IA
IB

mesa. O material específico do teste compõe-se ainda de um anteparo manual, de


AL

dois cartões especiais, quatro lápis pretos, lápis azuis e um vermelho e borracha. O
LE

movimento é iniciado com controle visual do examinando, depois é escondida sua


A
N

visão, utilizando-se o anteparo e, é solicitado ao sujeito, que continue o traçado.


IA
LA

Para o levantamento quantitativo, há necessidade de um conjunto de máscaras


criadas por Alice Galland Mira.
Administração
A aplicação é individual, devendo ser feita em duas sessões, com intervalo
aproximado de oito dias. No caso de aplicação em uma só vez, utiliza-se a forma
reduzida do teste. O reteste pode ser feito um mês depois.
Avaliação e interpretação
Para a avaliação de cada subteste, utiliza-se a respectiva máscara,
sobrepondo-a ao traçado do modelo de cada folha, verificando-se os desvios
primários e secundários, tanto da mão direita como da esquerda. Os dados são

| 112
anotados nas próprias folhas do teste e são transpostos para a folha de registro a
fim de que se proceda a interpretação global. Essa interpretação é feita em termos
dos dados qualitativos, assim como de outros dados qualitativos, tais como:
qualidade e tipo do traçado até aspectos específicos de realização de cada subteste.
Indicações
Avaliação de aspectos da personalidade em diagnóstico clínico, orientação
vocacional e seleção para determinadas ocupações, uma vez que o

07
PMK é praticamente o único teste que pode ser usado como medida entre a

9:
:5
personalidade e tônus muscular, donde decorre sua utilidade para a identificação

15
de desajustamentos espaço-motores em funções de segurança. Além disso, sua

1
02
natureza não-verbal torna sua aplicação mais fácil e produtiva do que a do

/2
02
Rorschach (seleção de motoristas, condutores de veículos, triagem de alcoólatras,

7/
etc). (Anzieu, 1979, p. 225).

-0
om
Enfoque objetivo do PMK para o diagnóstico de comprometimento orgânico:

l.c
segundo Alice G. Mira (1987), existem várias contribuições valiosas sobre o PMK no

ai
campo da neurologia e menciona que o autor do teste, Mira y López, observa que
gm
@
em se tratando de casos orgânicos com perturbações mentais, as características
na

qualitativas do teste são surpreendentes, pois permitem, pela análise dos


pi
ia

resultados, confirmar o distúrbio neurológico correspondente. Segundo a referida


ib
a.

autora, Mira y López sustenta ainda que:


an

como característica miocinética primordial nos diversos quadros neurológicos, há


ai
-l

uma aparência geral de organicidade, isto é, um aspecto de alteração orgânica


1
-6

revelada pela pressão tosca, rude e desalinhada, geralmente acompanhada por


43

tremores e caracterizada por uma dificuldade de realização das formas complexas,


.2
10

notando-se alterações, aglutinações e desorganizações até a capacidade de realizá-


.1
04

las. (Mira, 1987, p. 151).


-0

Fonte: CHUEIRI, Mary Stela Ferreira. Estudo comparativo entre os testes


A
N

psicológicos Bender e PMK no levantamento de indicadores de seqüelas


PI

neurológicas causadas por alcoolismo. Psic [online]. 2004, vol.5, n.2 [citado 2017-
IA
IB

08-17], pp. 26-35 . Disponível em:


AL

<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-
LE

73142004000200005&lng=pt&nrm=iso>. ISSN 1676-7314.


A
N
IA
LA

Ele é aplicado com a ajuda de uma mesa especial (que custa o seu Rim
esquerdo) e um anteparo. A mesa é móvel e pode ser colocada tanto na vertical para
a aplicação do teste quanto na horizontal:

| 113
07
9:
:5
15
Segundo a Vetor Editora:

1
02
A aplicação do Teste PMK é individual, em indivíduos com idades

/2
entre 18 e 70 anos de qualquer nível de escolaridade. A correção do

02
7/
Teste PMK pode ser feita manualmente ou pelo sistema de correção

-0
informatizada do Teste PMK - SKIM.

om
No Brasil usamos 6 folhas de aplicação.

l.c
A própria Vetor Editora nos apresenta o nome de cada folha.
ai
gm
A Coleção do Teste PMK é composta por [...] Teste PMK -
@

Lineogramas, [...]Teste PMK - Zigue-Zague, [...] Teste PMK -


na
pi

Escadas/Círculos, [...] Teste PMK - Cadeias, [...] Teste PMK - Paralelas


ia
ib

Egocípetas, [...] Teste PMK - Paralelas Egocífugas, [...]


a.
an

Quais as instruções para cada folha? Vejamos:


ai

Folha 1: “Lineogramas” (agressividade; tônus vital, tensão e emotividade)


-l
1

Inicia-se pela mão dominante (horizontal de dentro para fora e sagital de


-6
43

baixo para cim a) três ciclos com a pessoa vendo e mais dez c om os olhos tapados
.2

primeiramente com mesa deitada (na sagital). Depois de terminar as quatro


10
.1

primeiras linhas coloca -se a mesa na vertical e inicia-se as linhas verticais pela mão
04

dominante, da mesma maneira três ciclos vistos e dez com os olhos tapados.
-0

Folha 2: “Zigue-e-zague” (agressividade e estrutura da personalidade)


A
N

Os movimentos são feitos com as duas mãos simultaneamente, primeiro


PI
IA

com o zigue -e-zague egocífugo (de baixo para cima), após o egocípeto (de cima
IB

para baixo), sempre com a mesa na sagital. O testando vê os três primeiros “ zigues”
AL
LE

se tudo estiver certo tampa -lhe os olhos e somente para quando o mesmo atingir a
A

segunda linha com as duas mãos.


N
IA

Folha 3: “Escadas” (Tônus Vital e estrutura da personalidade)


LA

O teste é feito com a mesa na vertical. Primeiramente com a mão dominante,


o testando deve fazer primeiramente como no exemplo, quando conseguir
completar três escadas vendo tampa-lhe a visão para que continue. Ao chegar ao
topo da folha o psicólogo diz desce e o mesmo começa a fazer o movimento de
descida na outra metade da folha, tendo que chegar ao meio da folha (mesmo nível
do início). Inverte-se a folha para que inicie com a mão dominada.
Folha 4: “Cadeias” (agressividade, tensão, estrutura da personalidade e contato
com o meio)

| 114
A folha é usada na sagital. Inicia-se com a mão dominante (cadeias
egocífugas e egocípetas respectivamente). O testando, com m ão direita deve fazer
os círculos no sentido horário, com a mão esquerda o sentido anti-horário. O
testando deve conseguir chegar até o início da cadeia adjacente (fazendo ego cífuga
terminar no começo do desenho da egocípeta e vice-e-versa).
Folha 5: “paralelas egocífugas e Us verticais” (agressividade, tensão, contato
com o meio, tônus vital e emotividade)

07
As paralelas são feitas com a mesa na sagital e o s Us na vertical. Inicia-se

9:
:5
com a paralela da mão dominante, os traço são feitos de dentro para fora . O

15
testando vê os primeiros três riscos depois lhe é tampada a visão, terminando com

1
02
os traços chegarem até o fim da coluna. Os Us são contados a partir do terceiro ciclo

/2
02
(olhos abertos) terminando no décimo terceiro (olhos fechados) traços começando

7/
de dentro para fora.

-0
om
Folha 6: “paralelas egocípetas e Us sagitais” (agressividade, tensão, contato com

l.c
o meio)

ai
Toda a folha é feita com a mesa na sagital. Iniciam-se com a paralela da mão
gm
@
dominante, traços de dentro para fora. O testando vê os primeiros três riscos ,
na

depois lhe é tampada a visão, terminando com os traços chegarem até o fim da
pi
ia

coluna. Os Us são contados a partir do terceiro ciclo (olhos abertos) terminando no


ib
a.

décimo terceiro (olhos fechados) traços começando de dentro para fora.


an
ai
-l
1
-6

Teste Palográfico
43
.2
10

O teste Palográfico foi idealizado e elaborado pelo Prof. Salvador Escala


.1
04

Milá, do Instituto Psicotécnico de Barcelona, na Espanha. É uma técnica projetiva


-0

de movimento expressivo e, como tal, apresenta semelhanças como o P.M.K, do


A

professor Mira Y Lopes e outros testes.


N
PI

O teste palográfico (PLG), pode ser entendido como a avaliação da


IA
IB

personalidade com base na expressão gráfica. A folha de papel representa o mundo


AL

no qual o indivíduo se coloca afetivamente e a maneira pela qual ele se relaciona


LE

com o meio externo, através dos traçados.


A
N

Ao escrever, projetamos sobre o papel formas simbólicas, vivas em nós, que


IA
LA

expressam nossa vida interior, ou seja, modificamos as formas tradicionais ou


caligráficas, de acordo com as ideias conscientes e as imagens inconscientes que
determinam a nossa personalidade.
A folha de papel representa, portanto, o mundo onde evoluímos, e cada
movimento escritural é simbólico de nosso comportamento nesse mundo.
Podemos concluir, então, que todos os movimentos, todos os gestos humanos
estão carregados de significado e concorrem à expressão da personalidade como
um todo.
Sim, a Vetor tem um sistema de correção informatizada (para a nossa
alegria!). Chama-se SKIP - Sistema de Correção Informatizada do Palográfico.

| 115
Sua versão para a testagem da personalidade encontra-se favorável no site
do SATEPSI.

Teste Bender

Esqueçam o que aprenderam na faculdade!


O teste Bender é:

07
um teste visomotor, um teste de inteligência e, ao mesmo tempo, um

9:
:5
teste expressivo.

15
O Teste Gestáltico de Bender (TGB) foi criado por Lauretta Bender, em 1938,

1
02
com o objetivo de fornecer um índice de maturação percepto-motora obtido por

/2
02
meio de princípios de organização gestálticos.

7/
O Bender possibilita tanto uma exploração nomotética como idiográfica do

-0
om
indivíduo. Ele é indicado e foi validade para a mensuração da inteligência de

l.c
crianças de 4 a 12 anos, mas pode ser aplicado a adolescentes e adultos, com idade

ai
mental correspondente. gm
@
Esse teste é não-verbal de inteligência (ou maturidade intelectual) e é
na

composto por nove cartões medindo 14,9 cm de comprimento por 10,1 cm de


pi
ia

altura, cada um deles. Consiste de cartelas em cor branca, compostas por figuras
ib
a.

diferenciadas que estão desenhadas em cor preta. São estímulos formados por
an

linhas contínuas ou pontos, curvas sinuosas ou ângulos.


ai
-l

Como é a aplicação? O aplicador exibe uma das 9 figuras do teste a uma


1
-6

criança para copiá-las em uma folha em branco.


43

Bender não propôs qualquer forma de correção para as respostas, mas


.2
10

categorizou, em forma de quadro, as respostas mais frequentes para cada faixa


.1
04

etária. E concluiu em seus estudos que o sujeito reage ao estímulo dado pelo ato
-0

motor conforme suas possibilidades maturativas. Podem ser aplicadas a partir dos
A

4 anos de idade, com crianças, adolescentes e adultos, dependendo da edição


N
PI

escolhida.
IA
IB

Koppitz dizia que no Bender a reprodução das figuras é determinada por


AL

princípios biológicos e sensório-motores, que variam em razão do desenvolvimento


LE

e nível maturacional do indivíduo, assim como de seu estado patológico funcional


A
N

e organicamente induzido.
IA
LA

Considerações finais sobre os testes psicológicos


Para encerrarmos esse tópico, devo tecer alguns comentários adicionais. Os
testes projetivos requerem respostas livres; sua apuração é ambígua, sujeita aos
vieses de interpretação do avaliador. Suas normas de correção são qualitativas e o
resultado se expressa por meio de uma tipologia. Por conta disso, seus elementos

| 116
(itens de teste) não podem ser medidos em separado. E ai vai uma observação
importantíssima:
Não existem testes projetivos de inteligência!

Os testes de inteligência são testes de aptidão e geralmente são


psicométricos. Mas Alyson, o Bender é um teste projetivo que avalia a inteligência,
não é? Não!!! O Bender é um teste gráfico EXPRESSIVO (ou visomotor/psicomotor)

07
de inteligência, não é projetivo. Muito cuidado com isso!

9:
:5
Além disso, um dos principais problemas dos testes de inteligência é que

15
esses testes podem apresentar vieses culturais tendendo a favorecer pessoas com

1
02
nível socioeconômico mais elevado. E como calculamos o Q.I. de uma pessoa?

/2
02
Vejamos o seguinte exemplo:

7/
Uma criança com um Q.I. igual a 100 deve ter uma idade mental igual a sua

-0
om
idade cronológica. Isto porque o coeficiente de inteligência (QI) é igual à idade

l.c
mental (IM) dividido pela idade cronológica (IC) e multiplicado por 100. Assim

ai
!"
gm
temos: QI= !# x 100. Se o QI é igual a 100 então a IM é igual à IC.
@
na
pi
ia

HUTZ, C.S.; BANDEIRA, D.R.; TRENTINI, C.M.; KRUG, J.S.


ib
a.
an

Psicodiagnóstico. Porto Alegre: Artmed, 2016.


ai
-l
1
-6
43

Preencha este PDF a partir do seu vídeo no PSICOLOGIA NOVA


.2
10

Atenção: vale a pena ter esse livro!!!


.1
04
-0

Prefácio
A
N

É a continuidade do livro Psicodiagnóstico-V!!!


PI
IA
IB

Conceituação de Psicodiagnóstico na atualidade (Capítulo I,


AL
LE

Krug, Trentini e Bandeira) HUTZ, C.S.; BANDEIRA, D.R.;


A
N

TRENTINI, C.M.; KRUG, J.S. Psicodiagnóstico. Porto Alegre:


IA
LA

Artmed, 2016.

Sinônimos para Psicodiagnóstico


Avaliação Diagnóstico
Psicoavaliação
Testagem
Ocampo e Arzeno
Psicodiagnóstico

| 117
processo psicodiagnóstico inclui aplicação de testes e técnicas
projetivas
prática avaliativa de psicanalistas em suas primeiras consultas
possibilidade do uso de entrevistas livres ou totalmente abertas, algo
não viável no psicodiagnóstico devido à limitação do tempo
Trinca
Psicodiagnóstico

07
Pode ou não usar testes

9:
:5
Krug

15
Psicodiagnóstico

1
02
Usa testes

/2
02
CFP

7/
Avaliação psicológica

-0
om
Processo amplo

l.c
Integração de informações provenientes de diversas fontes

ai
Métodos possíveis gm
@
testes, entrevistas, observações e análise de documentos,
na

Testagem psicológica
pi
ia

principal fonte de informação


ib
a.

testes psicológicos de diferentes tipos


an

Krug, Trentini e Bandeira (Livro: Psicodiagnóstico)


ai
-l

Psicodiagnóstico
1
-6

Não usa teste obrigatoriamente


43

Procedimento científico
.2
10

Investigação
.1
04

Intervenção Clínica
-0

Limitado no tempo
A

Emprega técnica e/ou testes


N
PI

Gera uma ou mais indicações terapêuticas e


IA
IB

encaminhamentos.
AL

É uma Intervenção
LE

É uma investigação
A
N

Possui orientação teórica para a compreensão da situação


IA
LA

avaliada
não existe a possibilidade de o psicólogo trabalhar sem uma teoria de base, uma
vez que os fenômenos são observados e analisados à luz de pressupostos teóricos,
em um processo interativo.

Visão antiga de psicodiagnóstico


Ocorre somente com aplicação de testes
Visão positivista
Visão atual do conceito de psicodiagnóstico

| 118
Abrange qualquer tipo de avaliação psicológica de caráter clínico que se
apoie em uma teoria psicológica de base e que adote uma ou mais técnicas
(observação, entrevista, testes projetivos, testes psicométricos, etc.)
reconhecidas pela ciência psicológica.
Não é realizado em avaliativas em contextos jurídicos ou organizacionais
Por apresentar variáveis como a simulação e a dissimulação
conscientes.

07
Não se limita a uma avaliação de sinais e sintomas

9:
:5
Não busca apenas um diagnóstico nosológico

15
Não é a simples aplicação de testes

1
02
É um procedimento complexo, interventivo, baseado na coleta de múltiplas

/2
02
informações, que possibilite a elaboração de uma hipótese diagnóstica

7/
alicerçada em uma compreensão teórica.

-0
om
l.c
ai
gm
@
na
pi
ia

Psicodiagnóstico: formação, cuidados éticos, avaliação de


ib
a.

demanda e estabelecimento de objetivos. HUTZ, C.S.;


an
ai

BANDEIRA, D.R.; TRENTINI, C.M.; KRUG, J.S.


-l
1
-6

Psicodiagnóstico. Porto Alegre: Artmed, 2016.


43
.2
10
.1

Pontos principais sobre o psicodiagnóstico


04
-0

A graduação nem sempre é suficiente para realizar avaliação psicológica


A

É preciso ter uma boa pergunta de partida


N
PI

Imprescinde de hipóteses
IA

Objetivos do psicodiagnóstico (p. 25):


IB
AL

São dados pela avaliação da demanda


LE

Objetivos (Cunha)
A

a) a classificação simples;
N
IA

b) a descrição;
LA

c) a classificação nosológica;
d) o diagnóstico diferencial;
e) a avaliação compreensiva;
e) o entendimento dinâmico;
f) a prevenção;
g) o prognóstico; e
h) a perícia forense.
Polêmica
Os autores não enquadram aqui a perícia forense

| 119
O processo psicodiagnóstico (Rigoni e Sá)
HUTZ, C.S.; BANDEIRA, D.R.; TRENTINI, C.M.; KRUG, J.S.
Psicodiagnóstico. Porto Alegre: Artmed, 2016.
Finalidades (Arzeno)

07
1. Investigação diagnóstica

9:
:5
tem como objetivo explicar o que acontece além do que o avaliando

15
consegue expressar de forma consciente – e isso não significa rotulá-lo.

1
02
2. Avaliação do tratamento:

/2
02
visa avaliar o andamento do tratamento. Seria o “reteste”, no qual se

7/
aplica novamente a mesma bateria de testes usados na primeira ocasião ou

-0
om
uma bateria equivalente.

l.c
3. Como meio de comunicação

ai
procura facilitar a comunicação e, em consequência, a tomada de
gm
@
insight.
na

4. Na investigação
pi
ia

com o intuito de criar novos instrumentos de exploração da


ib
a.

personalidade e, também, de planejar a investigação para o estudo de uma


an

determinada patologia, etc.


ai
-l

Outras Finalidades (Rigoni e Sá)


1
-6

pode ser terapêutico


43

Outra perspectiva para o Psicodiagnóstico (Rigoni e Sá)


.2
10

A escuta e o olhar clínico são superiores à aplicação de testes


.1
04

Etapas (Ocampo)
-0

A primeira principia no contato inicial, estendendo-se até a primeira


A

entrevista com o avaliando;


N
PI

A segunda consiste na aplicação de testes e técnicas psicológicas;


IA
IB

A terceira diz respeito à conclusão do processo, com a devolução oral ao


AL

avaliando (e/ou aos pais); e


LE

A última refere-se à elaboração do informe escrito (laudo/relatório) para o


A
N

solicitante e para o avaliando (e/ou aos pais).


IA
LA

Etapas (Rigoni e Sá)


1. Determinar os motivos da consulta e/ou do encaminhamento e levantar
dados sobre a história pessoal (dados de natureza psicológica, social,
médica, profissional, escolar).
2. Definir as hipóteses e os objetivos do processo de avaliação. Estabelecer
o contrato de trabalho (com o examinando e/ou responsável).
3. Estruturar um plano de avaliação (selecionar instrumentos e/ou técnicas
psicológicas).
4. Administrar as estratégias e os instrumentos de avaliação.
5. Corrigir ou levantar, qualitativa e quantitativamente, as estratégias e os

| 120
instrumentos de avaliação.
6. Integrar os dados colhidos, relacionados com as hipóteses iniciais e com
os objetivos da avaliação.
7. Formular as conclusões, definindo potencialidades e vulnerabilidades.
8. Comunicar os resultados por meio de entrevista de devolução e de um
laudo/relatório psicológico. Encerrar o processo de avaliação.
Os Primeiros Momentos (Rigoni e Sá)

07
Embasa o plano de ação

9:
:5
No motivo de consulta deve-se discriminar entre o motivo manifesto e

15
motivo latente

1
02
Assinatura de um termo de consentimento livre e esclarecido para a

/2
02
avaliação

7/
A primeira entrevista com crianças precisa ser feita com os pais ou

-0
om
responsáveis

l.c
Com adolescentes, a primeira entrevista poderá ser realizada com os

ai
pais/responsáveis ou com o próprio adolescente, dependendo de seu caso e/ou
gm
@
idade.
na

É possível entrevistar membros da família implicados na demanda


pi
ia

Contrato de Trabalho (pode sofrer alterações)


ib
a.

papéis de cada parte


an

a questão de sigilo e privacidade


ai
-l

o número aproximado de encontros, incluindo-se as primeiras


1
-6

entrevistas
43

a bateria de testes que será utilizada, se necessário


.2
10

as entrevistas de devolução
.1
04

a forma como serão pagos os honorários


-0

Ordem de aplicação da bateria de testes


A

Do menos ansiogênico para o mais ansiogênico


N
PI

Recomendação: começar pelos testes gráficos


IA
IB

Devolução
AL

Forma sistemática
LE

é a entrevista mais habitual, que tem como objetivo a devolução dos


A
N

resultados e a entrega do laudo.


IA
LA

Forma assistemática
Paciente exageradamente ansioso e/ou com risco de suicídio
Devolução das informações por etapas (pequenos feedbacks)
Entrevista de devolução
Recomendação
1. Abordar primeiro aspectos mais sadios, adaptativos e/ou
preservados da dinâmica de funcionamento do avaliando
2. comunicar aspectos que requerem maior cuidado E sugerir
encaminhamentos apropriados.

| 121
Entrevista psicológica no psicodiagnóstico (Cap. 5, Serafini)
HUTZ, C.S.; BANDEIRA, D.R.; TRENTINI, C.M.; KRUG, J.S.
Psicodiagnóstico. Porto Alegre: Artmed, 2016.

07
9:
Psicodiagnóstico

:5
15
Tipo de avaliação psicológica desenvolvida no âmbito clínico

1
Etapas da Entrevista Inicial

02
/2
1ª Etapa

02
Paciente encaminhado para avaliação

7/
-0
Contato com a fonte de encaminhamento para levantamento de

om
informações

l.c
2ª Etapa

ai
Paciente Adulto gm
@
Próprio paciente
na

Paciente Adolescente
pi
ia

Pode ser realizada com o próprio paciente


ib
a.

Seguida pela entrevista com os pais


an
ai

Paciente Criança
-l

Realizada inicialmente com os pais


1
-6

Seguida da entrevista com a criança


43
.2

3ª Etapa
10

Entrevista com outras fontes de informação


.1
04

Ocorre sempre com autorização do paciente ou de responsáveis


-0

Definições
A
N

Entrevista livre
PI
IA

é mais aberta
IB

podendo partir de uma pergunta mais generalista e seguir sendo


AL

construída ao longo do seu desenvolvimento


LE

deve ter algum tipo de direcionamento por parte do avaliador


A
N
IA

Para Ocampo e Arzeno


LA

a entrevista inicial se caracterizaria como uma entrevista


semidirigida.
o paciente é quem constrói a forma como as
informações serão trazidas.
Entrevistas semiestruturadas
contam com perguntas pré- formuladas
o avaliador segue um roteiro de questões
novas perguntas podem emergir a partir das respostas dadas pelo
paciente ou familiar.

| 122
Entrevistas estruturadas
limita o avaliador
seguem um roteiro bastante rígido
não inserimos questões novas
não há possibilidade de respostas diferentes
Diferenças entre as modalidades de entrevista de livre estruturação,
semiestruturada e estruturada

07
Livre estruturação

9:
:5
Aberta. Não existem perguntas pré-formuladas.

15
O paciente é livre p ara trazer as informações que achar pertinentes na

1
02
ordem que desejar.

/2
02
O avaliador deve ter em mente os temas a ser abordados, pois, em alguns

7/
momentos, ele deverá direcionar a entrevista.

-0
om
Bastante utilizada no psicodiagnóstico

l.c
Semiestruturada

ai
Flexível. Existe um roteiro com algumas perguntas predeterminadas.
gm
@
O paciente responde às questões de acordo com a ordem trazida pelo
na

avaliador, mas suas respostas podem gerar novos questionamentos.


pi
ia

O avaliador deve ir além das questões pré-elaboradas. Novas questões


ib
a.

podem emergir a partir das respostas do paciente.


an

Bastante utilizada no psicodiagnóstico


ai
-l

Estruturada
1
-6

Rígida. As perguntas são pré-formuladas, assim com as alternativas de


43

resposta.
.2
10

Não há espaço para respostas diferentes das opções pré-formuladas.


.1
04

Deve seguir o roteiro de forma fiel. Novas questões não serão acrescentadas
-0

e as já existentes não podem ser modificadas.


A

Menos utilizada no psicodiagnóstico


N
PI
IA
IB
AL
LE
A
N

A entrevista de anamnese (Cap. 6, Silva e Bandeira)


IA
LA

Anamnese
é um tipo de entrevista realizada para investigar a história do examinando,
ou seja, os aspectos de sua vida considerados relevantes para o entendimento da
queixa.
Geralmente é feita em forma de entrevista semiestruturada
Necessita de rapport adequado com o informante

| 123
Escolha dos instrumentos e das técnicas no psicodiagnóstico
(Cap. 7, Trentini, Bandeira e Krug)
Fatores que determinam a escolha dos testes
Hipóteses
Conhecimento sobre desenvolvimento humano
Conhecimento sobre psicopatologia

07
Orientações para a ordem de aplicação dos testes

9:
Instrumentos mais simples em detrimento dos mais complexos

:5
15
Instrumentos menos ansiogênicos

1
02
Testes projetivos

/2
Aplicamos primeiro para que não sejam “contaminados” pelos

02
7/
outros

-0
om
l.c
ai
gm
Entrevista lúdica diagnóstica (Cap. 8, Trentini, Bandeira e
@
na

Krug)
pi
ia

Entrevista clínica realizada com crianças em um contexto psicodiagnóstico


ib
a.

Sinônimo de entrevista lúdica diagnóstica


an
ai

É um procedimento técnico utilizado a fim de conhecer e compreender a


-l

realidade da criança em processo de avaliação.


1
-6

Pode ser feita em vários encontros


43
.2

É uma entrevista inicial


10

refere-se à primeira etapa diagnóstica


.1
04

Diferença em relação a entrevista lúdica terapêutica


-0

tem começo, desenvolvimento e fim em si mesmo


A
N

opera como uma unidade que deve ser interpretada como tal
PI
IA
IB

O Exame do Estado Mental (Cap. 9, Osório)


AL
LE

Definição do EEM
A

avaliação acurada e sistemática de sintomas objetivos e subjetivos dos


N
IA

transtornos mentais, das crises vitais e condições dos transtornos similares e das
LA

condições clínicas de outra natureza


seus dados são obtidos em entrevistas abertas ou semiestruturadas.
Avalia tanto aspectos patológicos quanto sadios
Focado no presente
Mas considera os últimos 30 dias
Não deve ser confundido com o Mini-Exame do Estado Mental
Modelos teóricos e suas repercussões no EEM
modelo descritivo-fenomenológico (Kraepelin, Schneider e Jaspers)
neurobiológico (Andreasen e Kandel)

| 124
psicanalíticos (Freud, Hartmann, Erikson, Kohut, Klein, Winnicott e outros)
cognitivo-comportamental (behaviorismo, teorias da aprendizagem,
psicologia cognitiva);
interpessoal (psicobiologia e teorias do apego/separação)
culturalistas ou neofreudianos (Sullivan e Horney)
sistêmico familiar (cibernética, teoria dos sistemas, teoria da comunicação)
existencial-humanista (Maslow e Rogers);

07
modelo social (Hollingshead e Redlich nos Estados Unidos; Thomas Main e

9:
:5
Maxwell Jones na Inglaterra; Ulysses Pernambucano, no Brasil)

15
1
02
Síndromes, transtornos e Doenças mentais

/2
02
Primeiro passo

7/
Diagnóstico sindrômico

-0
om
Levantamento de Sinais e Sintomas

l.c
ai
Psicodiagnóstico Interventivo (Cap. 15, Barbieri e Heck) gm
@
É uma forma de avaliação psicológica, subordinada ao pensamento clínico
na

Busca a apreensão da dinâmica intrapsíquica, compreensão da problemática do


pi
ia

indivíduo e intervenção nos aspectos emergentes, relevantes e/ou determinantes


ib
a.

dos desajustamentos responsáveis por seu sofrimento psíquico e que, ao mesmo


an
ai

tempo, e por isso, permite uma intervenção eficaz.


-l

Produz efeitos terapêuticos


1
-6

Geralmente é de base psicanalítica


43
.2

É considerado o herdeiro do psicodiagnóstico compreensivo


10

Busca obter uma compreensão ampla e integrada do indivíduo, levando em


.1
04

conta as dinâmicas intrapsíquicas, intrafamiliares e socioculturais de acordo com o


-0

seu nível desenvolvimental.


A
N

Seu objetivo é alcançado por meio do contato emocional empático com o


PI
IA

paciente (Trinca, 1984).


IB

Priorização de técnicas de associação livre


AL

Isso não impede a utilização de instrumentos padronizados, como as escalas


LE

psicométricas
A
N
IA

Aberastury
LA

no primeiro contato com a criança


são levantadas as fantasias inconscientes de enfermidade e de cura.

1.3 Técnicas de entrevista.

A entrevista não consiste em "aplicar"


instruções, mas em investigar a
personalidade do entrevistado, ao

| 125
mesmo tempo que nossas teorias e
instrumentos de trabalho.
Bleger

Teremos, a seguir, aqui um verdadeiro tratado sobre a entrevista


psicológica. Fundamentalmente, qualquer candidato, para qualquer banca e

07
qualquer concurso deve saber não só o que é entrevista psicológica e as suas

9:
:5
características, mas onde ela é aplicada, quais as suas possibilidades e as técnicas

15
de entrevista.

1
02
Assim, tentarei organizar da forma mais objetiva possível esse tópico.

/2
02
7/
Conceitos Iniciais

-0
om
l.c
ai
Não vejo melhor maneira de começar esse conteúdo do que citar uma das
gm
mais brilhantes e claras passagens que me deparei na organização dos conteúdos
@
na

de hoje:
pi

A entrevista é a técnica que permite o acesso às representações mais


ia
ib

pessoais dos sujeitos: história, conflitos, representações, crenças, sonhos, fantasmas,


a.
an

acontecimentos vividos, etc. É um instrumento insubstituível no domínio das ciências


ai
-l

humanas e ainda no domínio da Psicologia, em que há que tentar compreender a


1

origem de diferentes psicopatologias. Com efeito, só o paciente nos pode dizer “onde”
-6
43

e “como” sofre; há portanto, que escutá-lo. Descrevemos a entrevista segundo os


.2
10

vários modelos teóricos vigentes, e é unânime entre todas as correntes, que a


.1

entrevista é uma “conversa” profunda entre duas pessoas num contexto especifico. A
04
-0

eficácia de qualquer tratamento ou procedimento psicológico está diretamente


A

relacionada com a qualidade da entrevista. Sugerimos um modelo de entrevista e na


N
PI

última parte do presente estudo, enfatizamos os fenómenos do campo relacional que


IA
IB

se processam durante qualquer tipo de entrevista. A entrevista é uma técnica sui


AL

generis, que nos permite aceder ao mundo privado de outro ser humano. A entrevista
LE

é o meio pela qual o entrevistador tenta perceber e sentir o Outro.


A
N

Fonte: http://www.psicologia.pt/artigos/textos/TL0031.PDF
IA
LA

Como você percebeu, conceituar entrevista psicológica é um processo


fácil. A entrevista psicológica é um processo bidirecional (interação entre duas ou
mais pessoas), com o propósito previamente fixado no qual uma delas procura
saber o que acontece com a outra, o entrevistado.
Entrevista à Processo bidirecional de comunicação, com propósito definido, onde
o entrevistador levanta dados acerca do entrevistado.

Desse modo, a entrevista é uma técnica de investigação científica em


psicologia, sendo um instrumento fundamental do método clínico, mas que não se

| 126
restringe a esse. Podemos dizer que a entrevista é um método de avaliação
psicológica que se assemelha ao método científico, aonde o entrevistador vai
formulando uma série de hipóteses com o desenrolar da entrevista. Os objetivos da
entrevista podem ser: 1) reconstituir a história do sujeito (anamnese); 2) sondar
seus conhecimentos (argüição oral); 3) avaliar suas aptidões para uma
aprendizagem (orientação) ou um emprego (seleção); 4) contribuir para o
psicodiagnóstico e indicação do tratamento de pessoas com distúrbios psicológicos

07
(entrevista inicial ou preliminar).

9:
:5
E o que falam os outros autores? Fundamentalmente, a entrevista é

15
definida como uma técnica de levantamento de dados que pode ser aplicada nas

1
02
mais diferentes áreas da psicologia. Em algumas raras exceções, seu objetivo maior

/2
02
é a condução de um caso, como na perspectiva rogeriana por exemplo. Sua

7/
aplicabilidade ultrapassa o campo clínico, e atinge tanto a psicologia

-0
om
organizacional, quanto a psicologia forense, escolar, dos esportes, infantil, social,

l.c
neuropsicologia, psicopedagogia, etc. Dependendo da área, teremos

ai
características próprias. gm
@
Mas, o que é realmente a entrevista psicológica? Vejamos brevemente
na

quatro grandes definições do que é a entrevista psicológica.


pi
ia

Para Bleger (1998) "[A Entrevista psicológica] consiste em uma relação humana na
ib
a.

qual um dos integrantes deve procurar saber o que está acontecendo e deve atuar
an

segundo esse conhecimento".


ai
-l

No livro Psicodiagnóstico V (Cunha, 2003) temos que a entrevista


1
-6

psicológica é um processo bidirecional de interação, entre duas ou mais pessoas


43

com o propósito previamente fixado no qual uma delas, o entrevistador, procura


.2
10

saber o que acontece com a outra, o entrevistado, procurando agir conforme esse
.1
04

conhecimento.
-0

Para o Manual de Avaliação Psicológica, editado pelo Conselho Federal de


A

Psicologia 812, a entrevista é uma técnica de investigação científica em psicologia,


N
PI

sendo um instrumento fundamental do método clínico. (...) Compreende o


IA
IB

desenvolvimento de uma relação entre o entrevistado e o entrevistador,


AL

relacionada com o significado da comunicação. Revela dados introspectivos (a


LE

informação do entrevistado sobre os seus sentimentos e experiências), bem como


A
N

o comportamento verbal e não-verbal do entrevistador e do entrevistado.


IA
LA

Por fim, Gil (1999) compreende a entrevista como uma forma de diálogo
assimétrico, em que uma das partes busca coletar dados e a outra se apresenta
como fonte de informação.
Complementando as definições anteriores, podemos dizer que a entrevista
psicológica é um processo de comunicação, estabelecido por uma conversação, e
que atende a propósitos definidos anteriormente ao contato entre entrevistador e
entrevistado. Ela serve, fundamentalmente, para levantar dados para o

12
Disponível em: http://crppr.org.br/download/165.pdf

| 127
entrevistador e, mais especificamente no caso clínico, pode servir para deixar claro
algumas informações para o próprio entrevistado.
Conceitos fáceis, correto? Nem tanto. Precisamos aprofundar bastante
para entendermos as nuances da entrevista em cada tipo de contexto, formato ou
objetivo antes de entendermos as técnicas de entrevista. Sigamos com a matéria.
Apesar da fácil conceituação, devemos diferenciar a entrevista psicológica
da anamnese, da conversa comum e da consulta. A consulta é entendida como uma

07
mera assistência técnica de profissionais. A entrevista possui uma orientação, é

9:
:5
conduzida por um profissional (o que já difere da conversa comum) e é arquitetada

15
dialeticamente (o que difere da consulta strictu sensu). Além disso, é uma

1
02
construção da realidade através do discurso e não uma identificação objetiva de

/2
02
conceitos e itens. No contexto de contato com o paciente, não consegue aflorar a

7/
totalidade do repertório de sua personalidade. Uma diferenciação entre entrevista

-0
om
psicológica e a anamnese é o fato de que na entrevista a atenção está centrada no

l.c
não-dito nas contradições do discurso do entrevistado, ao passo que na anamnese

ai
o que importa são as informações que o paciente fornece independentemente dos
gm
@
padrões inconscientes que as deflagram. Assim, na entrevista, os fenômenos do
na

inconsciente devem ser avaliados enquanto que na anamnese apenas o que é


pi
ia

manifesto é útil.
ib
a.
an

Essas dissociações e contradições, são


ai
-l

inerentes à condição humana, e a entrevista


1
-6

oferece condições para que as mesmas sejam


43

refletidas e trabalhadas.
.2
10

Bleger
.1
04
-0

A diferença básica entre entrevista e qualquer


A

outro tipo de relação interpessoal (como a


N
PI

anamnese) é que a regra fundamental da


IA
IB

entrevista, sob este aspecto é de procurar


AL

fazer com que o campo seja configurado


LE

especialmente pelas variáveis que


A
N

dependam do entrevistado. Como regra


IA
LA

fundamental da entrevista, o entrevistador


deve procurar fazer com que o campo seja
configurado especialmente pelas variáveis
que dependam do entrevistado (Bleger
orienta que as variáveis do entrevistador sejam as mínimas possíveis para facilitar
a observação dos fenômenos psíquicos).
Veremos os conceitos de Bleger com mais propriedade no decorrer da aula.

| 128
Breves Contribuições Históricas
A utilização do termo “entrevista psicológica” é recente, porém, em função
de seu significado, podemos identificá-la muito antes do surgimento da própria
psicologia enquanto ciência.
Já encontramos a entrevista psicológica desde o início do século XIX,
dentro de um modelo médico, a partir dos estudos de Kraeplin. Essa estratégia de

07
9:
levantamento de dados já era utilizada para detalhar as informações dos pacientes

:5
15
e para identificar síndromes e patologias da época. As psicanalistas Anna Freud e

1
Melanie Klein ajudaram a mudar o foco da entrevista psicológica para o campo das

02
/2
transferências e das defesas do pacientes, sem enfatizar as classificações

02
diagnósticas.

7/
-0
Sullivan adicionou á entrevista psicológica a necessidade de consideração

om
do contexto social na fala do entrevistado. Rogers, através da sua abordagem de

l.c
Aconselhamento Psicológico, centrou a compreensão dos dados da entrevista a

ai
partir do referencial do entrevistado13. gm
@
na
pi
ia

Tipos de Entrevistas Psicológicas


ib
a.
an
ai

Classificar os tipos de entrevistas psicológicas não é uma tarefa simples.


-l
1

Seja pela grande quantidade de classificações existentes, seja pela dificuldade de


-6
43

convergência entre alguns raros autores. No entanto, a seguir apresento um


.2
10

apanhado geral que é bastante útil para concursos. É um levantamento feito não só
.1

a partir da teoria disponível na área, mas das bancas que cobram esse tipo de
04
-0

assunto.
A

Vejamos, então, as classificações dos tipos de entrevistas.


N
PI
IA
IB
AL

Quanto ao número de entrevistados


LE

1. Individual
A

2. Grupal
N
IA
LA

Quanto ao Beneficiário14

13
Essa era uma das bases da aceitação incondicional.
14
Conceito de Bleger

| 129
1. Em benefício do entrevistado 15 : é a entrevista solicitada pelo próprio
entrevistado, como exemplos temos a entrevista clínica para
aconselhamento, consulta psicológica ou psiquiátrica)
2. Em favor dos resultados: é a entrevista que objetiva levantar informações
de interesse do psicólogo, como exemplos temos as pesquisas, enquetes,
sondagens de opinião, estudos de mercado, pesquisas científicas, etc.
3. Em benefício de terceiros: é a entrevista que não parte da iniciativa nem

07
do psicólogo nem do entrevistado, mas de um terceiro interessado nas

9:
:5
informações, como por exemplo as entrevistas para a obtenção da CNH, as

15
que ocorrem nos processos de seleção, por solicitação médica, empregador

1
02
ou professor.

/2
02
7/
-0
om
Quanto a presencialidade

l.c
ai
Para Gil (1999), as entrevistas podem se dá em duas modalidades: face a
gm
@
face e por Telefone. Eu acrescento, ainda, a entrevista mediada por computador,
na

pois em 1999 ele jamais poderia imaginar essa revolução.


pi
ia

1. Entrevista face a face: é a entrevista tradicional


ib
a.

2. Por telefone: desenvolvido nas últimas décadas. O custo é mais baixo e era
an

mais aplicada para contextos de seleção. Apesar de Gil acreditar na


ai
-l

viabilidade de tal procedimento, esse método perdeu um grande espaço para


1
-6

as entrevistas mediadas por computadores e desconheço quem ainda a use.


43

Se ainda funcionar, apresentará como limitações a possibilidade de


.2
10

interrupção da entrevista16, a impossibilidade de descrever as características


.1
04

comportamentais e não-verbais do entrevistado ou as circunstâncias em que


-0

se realizou a entrevista.
A

3. Mediadas por computadores: podem ser síncronas ou assíncronas 17 e


N
PI

geralmente são baseadas tanto na transmissão de áudio quanto de vídeo. São


IA
IB

entrevistas mais comuns em processos de seleção, análise do trabalho e em


AL

contextos educativos. Possui a facilidade no agendamento das entrevistas,


LE

maior aceitação dos entrevistados, possibilidade de entrevistas em escala18.


A
N

Como limitações das mediadas por computador, temos as mesmas


IA
LA

dificuldades que as mediadas por telefone.

15
Dos três tipos de entrevista apresentados, é a única automotivada por parte do
entrevistado.
16
Pois provavelmente a TIM vai derrubar a sua ligação. Rs.
17
As entrevistas síncronas são aquelas em que o contato entre o entrevistado e o
entrevistador ocorre ao mesmo tempo, enquanto que a assíncrona ocorre em tempos
diferentes e não permite, assim, a interação ao vivo.
18
É possível realizar mais entrevistas que nos métodos anteriores.

| 130
Quanto ao número de entrevistados e entrevistadores

1. Um entrevistador e um entrevistado19.
2. Um entrevistador e vários entrevistados (entrevista em grupo)20.
3. Vários entrevistadores e um entrevistado21.
4. Vários entrevistadores e vários entrevistados simultaneamente22.

07
9:
:5
Quanto a abertura da entrevista

15
1
02
A variável “abertura” reflete o modo como o entrevistador conduz as

/2
02
perguntas para respostas específicas ou não.

7/
1. Entrevista Aberta: Esse tipo de entrevista busca obter respostas livres,

-0
om
independente de termos um roteiro a ser seguido ou não. Assim, podemos ter

l.c
entrevistas abertas que partam tanto de perguntas e pautas determinadas23

ai
para alcançarmos respostas livres quanto podemos ter entrevistas abertas
gm
@
com perguntas e pautas livres. O que importa, sempre, é que as respostas
na

sejam livres. Desse modo, a entrevista abrange mais do que o que foi definido
pi
ia

anteriormente. Outra observação importante é que nesse tipo de entrevista,


ib
a.

o entrevistado tem a oportunidade de responder com suas palavras e do seu


an

modo o que está sendo pedido, assim como o entrevistador por organizar a
ai
-l

entrevista de acordo com o desenrolar da própria entrevista. Além disso, esse


1
-6

tipo de entrevista ajuda a investigar a personalidade do entrevistado de forma


43

mais ampla.
.2
10

2. Entrevista Fechada: as perguntas, a pauta e as respostas são fixas.


.1
04

Permite a melhor compreensão sistemática para a comparação entre os


-0

entrevistados ou a comparação com padrões de referencia nosológicos, por


A

exemplo. Esse tipo de entrevista tem, necessariamente, perguntas, pautas e


N
PI

respostas definidas. A entrevista não abrange mais do que foi definido


IA
IB

anteriormente.
AL

Observe que as entrevistas abertas têm como vantagem o aumento da


LE

profundidade dos dados colhidos e são ideais para a exploração de informações,


A
N

sendo utilizada, por exemplo, no inquérito do Rorschach, na anamnese, no


IA
LA

levantamento de histórias de vida, exploração de casos individuais e nos grupos

19
Modelo mais comum e característico da prática clínica.
20
Modelo menos comum, porém, possível em processos de seleção de pessoas.
21
Modelo menos comum, porém, possível em seleção de pessoas.
22
Citei apenas para não deixar em branco. É uma bagunça! Não sei onde isso se
aplica.
23
Podemos ter entrevistas abertas com a utilização de roteiros padronizados, por exemplo. Nesse
caso, as perguntas e a ordem de apresentação das perguntas são preestabelecidas, e o
entrevistador pode repetir, pedir esclarecimentos ou parafrasear a pergunta se a resposta não for
adequada ao que se perguntou.

| 131
focais. Por outro lado, reduzem a possibilidade de comparação entre
entrevistados24.

Quanto a diretividade da entrevista

O compromisso com as respostas é dado pela forma como conduzimos a

07
entrevista. Assim, temos a entrevista diretiva (ou dirigida), a entrevista não-diretiva

9:
:5
(ou não-dirigida) e a entrevista semi-diretiva (ou semi-dirigida).

15
1. Entrevista diretiva: temos respostas específicas que devemos

1
02
necessariamente alcançar. Por isso, conduzimos a entrevista de modo a

/2
02
abordar integralmente a pauta solicitada, mesmo que fora de ordem, por

7/
perguntas previamente determinadas ou não25.

-0
om
2. Entrevista semi-diretiva (ou semi-dirigida): temos um intermédio entre

l.c
a diretividade e não-diretividade da entrevista. As perguntas podem ser

ai
determinadas previamente ou não, assim como a pauta e as respostas
gm
@
desejadas. Em outras palavras, apesar do entrevistador possuir um roteiro
na

básico de perguntas e de pontos que devem ser abordados, pode incluir novas
pi
ia

questões e novos conteúdos para investigação.


ib
a.

3. Entrevista não-diretiva: as respostas são livres e as perguntas e pauta são


an

desenvolvidas ao longo da entrevista. Desse modo, outros assuntos podem


ai
-l

ser explorados ao longo do contato do entrevistador com o entrevistado.


1
-6

Vejamos um quadro que clarifica as diferenças quanto a diretividade das


43

entrevistas diretiva e não-diretiva.


.2
10

Quanto a Diretividade
.1
04

Entrevista diretiva Entrevista não-diretiva


-0

É a entrevista que determina o tipo de É a entrevista totalmente livre e que


A
N

resposta desejada, mas não especifica não especifica nem as questões e nem
PI

necessariamente as questões, ou seja, as respostas requeridas. É também


IA
IB

deixa as perguntas a critério do denominada entrevista exploratória,


AL

entrevistador. É aplicada para informal ou não-estruturada. Trata-se


LE

conhecer certos conceitos pessoais dos de uma entrevista cuja sequência e


A
N

entrevistado e que demandam certa orientação fica a critério de cada


IA
LA

liberdade para que o entrevistador entrevistador, que caminha dentro da


possa captá-los adequadamente. linha de menor resistência ou da

24
Não é impossível comparar os resultados de entrevistas abertas, porém, dá muuuito
mais trabalho.
25
Alguns autores falam que toda entrevista diretiva possui apenas questões fechadas
(determinadas). Manifesto minha discordância conceitual em função do foco ser nas
respostas. Assim, é possível termos entrevistas diretivas com perguntas previamente
determinadas ou não.

| 132
extensão de assuntos, sem se
preocupar com sequência ou roteiro,
mas com o nível e profundidade que a
entrevista pode alcançar.
Assim, no caso da entrevista diretiva, o entrevistador precisa saber
formular as questões de acordo com o andamento da entrevista para obter o tipo
de resposta ou informação requerida. A entrevista diretiva é, essencialmente, uma

07
entrevista de resultados. Na entrevista não-diretiva, o entrevistador corre o risco

9:
:5
de esquecer ou omitir alguns assuntos ou informações. Essa entrevista não-diretiva

15
é uma técnica criticada pela sua baixa consistência devido ao fato de não se basear

1
02
em um roteiro ou itinerário previamente estabelecido.

/2
02
7/
-0
om
Quanto a estruturação da entrevista

l.c
ai
A estruturação da entrevista diz respeito a definição das perguntas, das
gm
@
respostas e de pauta, ou, ainda, a rigorosidade dessa pauta. Para fins de concurso,
na

adotaremos a seguinte definição:


pi
ia

1. Entrevista estruturada: as perguntas são definidas previamente, não há


ib
a.

possibilidade de novas perguntas ao longo da entrevista. A pauta abordada e


an

as respostas também são previamente definidas.


ai
-l

2. Entrevista semi-estruturada: apresenta um conjunto de questões


1
-6

previamente definidas que são utilizadas ao longo da entrevista e que geram,


43

no decorrer da investigação, novas hipóteses e novas perguntas. A pauta


.2
10

inicial é determinada, mas pode mudar ao longo da entrevista. As respostas


.1
04

são livres. Assim, o entrevistador tem a liberdade tanto de conduzir a


-0

entrevista por outros caminhos quanto para compelir o entrevistado a voltar


A
N

ao roteiro inicial.
PI

3. Entrevista não-estruturada: é aquela em que o entrevistador não segue


IA
IB

uma pauta estruturada, ou, ainda, que a constrói ao longo da entrevista.


AL

Assim, temos:
LE
A
N

Estruturação da Entrevista Psicológica


IA
LA

Entrevista livre ou não Entrevista Semi- Entrevista Estruturada


estruturada estruturada ou
Semidirigida
É o tipo menos Apresenta certo grau de Desenvolve-se a partir de
estruturado, e só se estruturação, já que se uma relação fixa de
distingue da simples guia por uma relação de perguntas, cuja ordem e
conversação porque tem pontos de interesses que redação permanecem
como objetivo básico a o entrevistador vai invariável para todos os
coleta de dados. O que se explorando ao longo do entrevistados, que
pretende é a obtenção de seu curso. As pautas geralmente são em

| 133
uma visão geral do devem ser ordenadas e grande número.
problema pesquisado, guardar certa relação Possibilita o tratamento
bem como a entre si. O entrevistador quantitativo dos dados
identificação de alguns faz poucas perguntas com qualidade.
aspectos da diretas e deixa o
personalidade do entrevistado falar
entrevistado. livremente à medida que

07
se refere às pautas

9:
:5
assimiladas. Quando

15
este, por ventura, se

1
02
afasta, o entrevistador

/2
02
intervém de maneira

7/
sutil, para preservar a

-0
om
espontaneidade da

l.c
entrevista.

ai
gm
@
Sobre a entrevista semi-estruturada26, temos:
na

Para Triviños (1987, p. 146) a entrevista semi-estruturada tem como


pi
ia

característica questionamentos básicos que são apoiados em teorias e hipóteses


ib
a.

que se relacionam ao tema da pesquisa. Os questionamentos dariam frutos a


an

novas hipóteses surgidas a partir das respostas dos informantes. O foco principal
ai
-l

seria colocado pelo investigador-entrevistador. Complementa o autor,


1
-6

afirmando que a entrevista semi-estruturada “[...] favorece não só a descrição dos


43

fenômenos sociais, mas também sua explicação e a compreensão de sua


.2
10

totalidade [...]” além de manter a presença consciente e atuante do pesquisador


.1
04

no processo de coleta de informações (TRIVIÑOS, 1987, p. 152).


-0

Para Manzini (1990/1991, p. 154), a entrevista semi-estruturada está


A

focalizada em um assunto sobre o qual confeccionamos um roteiro com


N
PI

perguntas principais, complementadas por outras questões inerentes às


IA
IB

circunstâncias momentâneas à entrevista. Para o autor, esse tipo de entrevista


AL

pode fazer emergir informações de forma mais livre e as respostas não estão
LE

condicionadas a uma padronização de alternativas.


A
N
IA
LA

O que Chiavenato diz sobre a estruturação das entrevistas


Segundo Chiavenato (Gestão de Pessoas: O novo papel dos recursos
humanos nas organizações, 2014, 4ª Edição):
Entrevista totalmente padronizada: é a entrevista estruturada e com um roteiro
preestabelecido. O entrevistador faz perguntas padronizadas e previamente

26
Fonte: Manzini, Eduardo José. Entrevista semi-estruturada: análise de objetivos e de roteiros.
Departamento de Educação Especial, Programa de Pós Graduação em Educação, Unesp, Marília.
Disponível em: http://www.sepq.org.br/IIsipeq/anais/pdf/gt3/04.pdf

| 134
elaboradas no sentido de obter respostas definidas. Por isso, perde profundidade
e flexibilidade e torna-se limitada. Pode assumir várias formas, como escolha
simples (verdadeiro-falso, sim-não, agrada-desagrada), escolha múltipla, etc.
Apresenta a vantagem de oferecer um roteiro ao entrevistador que não precisa se
preocupar quanto à sequência dos assuntos a serem pesquisados junto ao
candidato, pois a entrevista já está programada de antemão. É o tipo de
entrevista planejada e organizada para ultrapassar limitações dos

07
entrevistadores.

9:
:5
Entrevista padronizada apenas nas perguntas: é a entrevista com perguntas

15
previamente elaboradas, mas que permitem resposta aberta, ou seja, resposta

1
02
livre por parte do candidato. O entrevistador se baseia em uma

/2
02
listagem (checklist) de assuntos a questionar e colhe as respostas ou as

7/
informações do candidato.

-0
om
Entrevista diretiva: é a entrevista que determina o tipo de resposta desejada,

l.c
mas não especifica as questões, ou seja, deixa as perguntas a critério do

ai
entrevistador. É aplicada para conhecer certos conceitos pessoais dos candidatos e
gm
@
que demandam certa liberdade para que o entrevistador possa captá-los
na

adequadamente. O entrevistador precisa saber formular as questões de acordo


pi
ia

com o andamento da entrevista para obter o tipo de resposta ou informação


ib
a.

requerida. A entrevista diretiva é uma entrevista de resultados.


an

Entrevista não diretiva: é a entrevista totalmente livre, que não especifica nem
ai
-l

as questões nem as respostas requeridas. É também denominada entrevista


1
-6

exploratória, informal ou não estruturada. Sua sequência e orientação ficam a


43

critério do entrevistador, que caminha em uma linha de menor resistência ou da


.2
10

extensão de assuntos, sem se preocupar com um roteiro, mas com o nível de


.1
04

profundidade a ser alcançado. O entrevistador corre o risco de esquecer ou omitir


-0

assuntos ou informações importantes. É uma técnica criticada pela baixa


A

consistência pelo fato de não se basear em um roteiro ou itinerário previamente


N
PI

estabelecido.
IA
IB
AL
LE

Resumo do Professor Alyson Barros


A
N
IA
LA

Como foi possível perceber, é fundamental que façamos uma diferenciação


entre os tipos de entrevistas que acabamos de classificar quanto a sua diretividade,
estruturação e abertura. Pois esse é um assunto que cai em metade das questões
que versam sobre entrevista psicológica.
Criei um modelo comparativo para auxiliar o candidato na diferenciação
dos tipos de entrevistas que estudamos. Não é um modelo baseado na vida real,
mas em todas as questões sobre entrevistas psicológicas até aqui cobrados em
todas as bancas e nos últimos 5 anos. Por isso, deu um trabalho danado!
Separei, então, as seguintes variáveis: perguntas, pauta e respostas. Eis a
definição de cada uma dessas variáveis:

| 135
Perguntas: podem ser previamente determinadas ou
não. Além disso, dentro da entrevista psicológica,
podemos ter situações onde as perguntas podem ser
determinadas previamente e novas perguntas são criadas
ao longo da entrevista.
Pauta: é o conjunto de conteúdos que deve ser abordado.
Em outras palavras, é o roteiro a ser seguido. Podemos ter

07
uma pauta pré-determinada, com questões previamente

9:
:5
determinadas ou não, e uma pauta livre.

15
Respostas: podem ser pré-determinadas ou não. Quando

1
02
é determinada, temos um conjunto possível de respostas

/2
02
categorizáveis, quando não é determinada, o

7/
entrevistado é livre para organizar a resposta como julgar

-0
om
necessário.

l.c
ai
Da combinação dessas variáveis e da abertura, diretividade e estruturação
gm
@
da entrevista, podemos constituir a seguinte tabela27:
na
pi
ia
ib
a.
an
ai
-l
1
-6
43
.2
10
.1
04
-0
A
N
PI
IA
IB
AL
LE
A
N
IA
LA

27
A tabela é meramente ilustrativa e representa uma consolidação do que
estudamos até aqui sobre o referido assunto. Não é isenta de erros,
especialmente quanto aparecer algum autor mundialmente desconhecido que
subverta essa ordem.

| 136
07
9:
:5
15
1
02
/2
02
7/
-0
om
l.c
ai
gm
@
na
pi
ia
ib
a.
an
ai
-l
1
-6

Os itens grifados em amarelo são os que representam as principais


43
.2

diferenças dentro de cada grupo.


10

Quando os itens “perguntas determinadas” e “perguntas livres” estiverem


.1
04

simultaneamente marcados, indicará que o entrevistador pode começar com um


-0

roteiro prévio de perguntas e depois adicionar as que julgue necessárias, assim


A
N

como também poderá usar ou apenas perguntas determinadas ou apenas


PI
IA

perguntas livres.
IB

No caso da entrevista semi-estruturada e da entrevista semi-diretiva,


AL

temos um detalhe que as diferenciam, por exemplo, da entrevista aberta e da


LE

entrevista diretiva. As questões são previamente determinadas, porém, no curso da


A
N
IA

entrevista, novas questões podem surgir.


LA

Por fim, temos algumas importantes conclusões a partir do nosso estudo.


Toda entrevista não diretiva é não estruturada e toda entrevista fechada é
estruturada.

Objetivos da Entrevista
Quais são os objetivos das entrevistas psicológicas? Cunha responde isso
em seu livro Psicodiagnóstico V:

| 137
Objetivos da Entrevista Psicológica (Cunha)
Diagnóstico Visa estabelecer o diagnóstico e o prognóstico do
paciente, bem como as indicações terapêuticas
adequadas. Assim, faz-se necessário uma coleta de
dados sobre a história do paciente e sua motivação para
o tratamento. Quase sempre, a entrevista diagnóstica é

07
parte de um processo mais amplo de avaliação clínica

9:
:5
que inclui testagem psicológica.

15
Psicoterapia Procura colocar em prática estratégia de intervenção

1
02
psicológica nas diversas abordagens para acompanhar o

/2
02
paciente, esclarecer suas dificuldades, tentando ajudá-

7/
-0
lo à solucionar seus problemas.

om
De Encaminhamento Serve para encaminhar o entrevistado após uma breve

l.c
triagem. Logo no início da entrevista, deve ficar claro

ai
gm
para o entrevistado, que a mesma tem como objetivo
@
indicar seu tratamento, e que este não será conduzido
na

pelo entrevistador.
pi
ia

De Seleção É um tipo de entrevista de cunho profissional e objetiva


ib
a.

levantar informações pertinentes do candidato à vaga.


an

Pode focar tanto informações quanto o histórico do


ai
-l

candidato quanto traços de personalidade e


1
-6

competências (Conhecimentos, Habilidades e Atitudes).


43
.2

De Desligamento Identifica os benefícios do tratamento por ocasião da


10

alta do paciente, examina junto com ele os planos da


.1
04

pós-alta ou a necessidade de trabalhar algum problema


-0

ainda pendente. Na esfera organizacional, pode servir


A
N

para levantar informações sobre o motivo do


PI
IA

desligamento.
IB

De Pesquisa Investiga temas em áreas das mais diversas ciências,


AL

somente se realiza a partir da assinatura do entrevistado


LE

ou paciente, do documento: Termo de Consentimento


A
N

Livre e Esclarecido (Resolução CNS n˚ 196/96), no qual


IA
LA

estará explícita a garantia ao sigilo das suas informações


e identificação, e liberdade de continuar ou não no
processo.

Entrevista Diagnóstica e de Psicodiagnóstico

| 138
É parte, na maioria das vezes, de um processo amplo de avaliação que
inclui testagem psicológica. Visa estabelecer o diagnóstico e o prognóstico do
paciente, bem como as indicações terapêuticas adequadas. Podem ser sindrômicas
ou dinâmicas. O primeiro visa à descrição de sinais (como, por exemplo: baixa
autoestima, sentimentos de culpa) e sintomas (humor deprimido, ideação suicida)
para a classificação de um quadro ou síndrome (Transtorno Depressivo Maior). O
diagnóstico psicodinâmico visa à descrição e à compreensão da experiência ou do

07
modo particular de funcionamento do sujeito, tendo em vista uma abordagem

9:
:5
teórica.

15
Sobre a entrevista psicológica nesse contexto, é válido ressaltar:

1
02
Entrevistas diagnósticas e outros procedimentos clínicos de avaliação

/2
02
psicológica

7/
-0
O psicodiagnóstico, realizado segundo os modelos anteriormente

om
descritos, apesar de continuar sendo uma importante estratégia de avaliação

l.c
psicológica, fundamental na formação e atuação profissional dos psicólogos, tem

ai
gm
sido, nos últimos anos, objeto de muitas críticas, especialmente pelo uso, muitas
@
vezes desnecessário, de uma extensa bateria de testes psicológicos, pelo longo
na

tempo gasto no processo e, também, pelo uso indevido de laudos, freqüentemente


pi
ia

mal elaborados (ROSA, 1995). Tais críticas não anulam a importância e a indicação
ib
a.

do psicodiagnóstico, principalmente em situações específicas que exigem um


an

estudo mais aprofundado para um diagnóstico diferencial. Mas, freqüentemente, se


ai
-l

o profissional possui experiência clínica e um bom domínio teórico e técnico, é


1
-6

possível utilizar procedimentos de avaliação mais simplificados, que exploram com


43

criatividade e profundidade os recursos da entrevista clínica diagnóstica.


.2
10

Atualmente, no nosso meio psicológico acadêmico e profissional, alguns


.1
04

profissionais de formação psicanalista rejeitam radicalmente o uso de qualquer


-0

teste ou técnica de investigação da personalidade. No trabalho diagnóstico,


A
N

utilizam apenas a entrevista psicanalítica nos moldes realizados por Freud (1969a),
PI

Lacan (apud QUINET, 1991) e Mannoni (2004), conforme destaca Priszkulnik (1998).
IA
IB

Mas a prática mais comum, principalmente com crianças, introduz na


AL

entrevista diagnóstica técnicas menos estruturadas, como o “jogo do rabisco” de


LE

Winnicott (2005a); ou o brincar de forma livre e espontânea, como propõe


A
N

Aberastury (1992), na “hora do jogo”; ou ainda o desenhar e contar estórias,


IA
LA

conforme Trinca (1997) no Procedimento de “Desenhos-Estórias”.


Tradicionalmente usadas dentro do processo do psicodiagnóstico, essas
técnicas são, hoje, freqüentemente empregadas de forma mais flexível. Como
aponta Trinca (1997), a flexibilização do uso de técnicas auxiliares, na entrevista
clínica, consolida uma nova maneira de realizar o diagnóstico psicológico como um
procedimento predominantemente clínico.
Fonte: Araujo, 2007.

| 139
Etapas das entrevistas na Avaliação Psicológica
Creio que seja interessante tecer alguns comentários sobre o a as etapas
da entrevista psicológica dentro do processo de diagnóstico na avaliação
psicológica. Cunha facilitou nossas vidas e descreveu as etapas do Processo de
Avaliação Psicológica ou Psicodiagnóstico

07
- 1º momento: realização da(s) primeira(s) entrevista(s) para levantamento e

9:
esclarecimento dos motivos (manifesto e latente) da consulta, as ansiedades,

:5
15
defesas, fantasias e a construção da história do indivíduo e da família em questão.

1
Nesta etapa ocorre a definição das hipóteses iniciais e dos objetivos do exame.

02
/2
(demanda, hipóteses)

02
- 2º momento: reflexão sobre material coletado na etapa anterior e sobre as

7/
-0
hipóteses iniciais a fim de planejar e selecionar os instrumentos a serem utilizados

om
na avaliação. Em alguns casos se mostram de suma importância as entrevistas,

l.c
incluindo os membros mais implicados na patologia do paciente e/ou grupo

ai
familiar. (seleção de escopo e de testes) gm
@

- 3º momento: realização da estratégia diagnóstica planejada. Na avaliação, de um


na
pi

modo geral, não é obrigatório (apesar de bastante indicado) o uso de testes


ia
ib

psicológicos. Nessa fase ocorre o levantamento quantitativo e qualitativo dos


a.

dados. É relevante salientar que não deve haver um modelo rígido de


an
ai

psicodiagnóstico ou de avaliação psicológica, uma vez que cada caso é único,


-l
1

demonstrando necessidades únicas, sendo estas sanadas com instrumentos


-6
43

próprios para elas. (aplicação de testes e/ou técnicas)


.2

- 4º momento: estudo do material coletado. Nesta etapa faz-se a integração dos


10
.1

dados e informações, buscando recorrências e convergências dentro do material,


04

encontrar o significado de pontos obscuros, correlacionar os instrumentos entre si


-0

e com as histórias obtidas no primeiro momento, formulando inferências por estas


A
N

relações tendo como ponto de partida as hipóteses iniciais e os objetivos da


PI
IA

avaliação.
IB

- 5º momento: entrevista de devolução. Nela ocorre a comunicação dos resultados


AL
LE

obtidos, as orientações a respeito do caso e o encerramento do processo. Ela pode


A

ocorrer somente uma vez, ou diversas vezes, uma vez que, geralmente, faz-se uma
N
IA

devolutiva de forma separada para o paciente (em primeiro lugar) e outra para os
LA

pais e o restante da família. Quando o paciente é um grupo familiar, a devolutiva e


as conclusões são transmitidas a todos.
Simplificadamente, quanto a sequência das entrevistas de avaliação
diagnóstica, temos:
a) Entrevista Inicial: É a primeira entrevista de um processo de psicodiagnóstico.
Semidirigida, durante a qual o sujeito fica livre para expor seus problemas.
b) Entrevistas Subseqüentes: busca a obtenção de mais dados com riqueza de
detalhes

| 140
c) Entrevista de Devolução ou Devolutiva: No término do psicodiagnóstico, o
técnico tem algo a dizer ao entrevistado em relação ao que fundamenta a
indicação. Deve-se evitar o uso de jargão técnico (expressões própria da ciência
circulante entre os profissionais da área, em outras palavras “gíria profissional”),
e iniciar por sintoma ligado diretamente à queixa principal; A entrevista de
devolução deve encerrar com a indicação terapêutica.

07
9:
:5
Rapport, transferência e contratransferência

15
1
02
/2
Falta-nos entender os papéis desempenhados no processo de entrevista

02
psicológica. Os papéis, em conjunto com variáveis relacionais, dão o tom da

7/
-0
entrevista. Chamo de variáveis relacionais o rapport, as técnicas utilizadas, a

om
habilidade do entrevistador e entrevistado para elaborarem a comunicação, a

l.c
transferência e a contratransferência.

ai
gm
O rapport é o entrelaçamento de papéis desempenhados
@
(entrevistador/entrevistado, avaliador/avaliado) onde os dois se harmonizam para
na

uma tarefa comum. Ele deve ocorrer tanto na psicoterapia quanto na entrevista
pi
ia

psicológica e na avaliação psicológica. Esse conceito reflete a confiança e a


ib
a.

motivação que o sujeito passivo da relação deposita no processo. É sinônimo de


an
ai

confiança no processo e em quem conduz o processo.


-l

A transferência e a contratransferência são fenômenos que estão presentes


1
-6

em toda relação interpessoal. A transferência advém do entrevistado, que atribui


43
.2

papéis ao entrevistador e se comporta em função desses papéis por ele atribuídos.


10

Um conceito fundamental dentro da transferência é o de repetição. Para Freud, a


.1
04

transferência é apenas um fragmento da repetição e que a repetição é uma


-0

transferência do passado esquecido para todos os aspectos da situação atual.


A
N

Assim, é um processo de reatribuição de conteúdos latentes e inconscientes. Os


PI
IA

desejos inconscientes se atualizam sobre determinados objetos, num certo tipo de


IB

relação estabelecida, eminentemente, no quadro da relação analítica. Destaco que


AL

a transferência é caracterizada, ainda, pela repetição de protótipos infantis vividos


LE

com um sentimento de atualidade acentuada.


A
N
IA

O processo de transferência é unânime em quase todas as perspectivas


LA

teóricas que trabalham com a entrevista, porém é da psicanálise que vem as


maiores contribuições. Nela, a transferência é reconhecida como o terreno em que
se dá a problemática de um tratamento, pois é a sua instalação, as suas
modalidades, a sua interpretação e a sua resolução que as caracteriza. Destaco que
desde o início, a transferência é a arma mais forte da resistência.
É importante distinguirmos duas classificações dessa transferência.
Freud tem o intuito de demonstrar o quanto as forças da natureza estão
presentes através da transferência e que também o analista deve estar atento para
saber exatamente com o que está lidando, utilizando a transferência erótica para

| 141
uma maior compreensão do paciente. Nesse mesmo trabalho, o autor classificou a
transferência em positiva e negativa. A transferência positiva se refere, então, a
todas as pulsões e derivados relativos à libido, especialmente os sentimentos de
afeto e carinho, incluindo os desejos eróticos, desde que tenham sido sublimados
sob a forma de amor não-sexual e não persistam como um vínculo erotizado. Por
outro lado, a transferência negativa se refere à existência de pulsões agressivas com
seus inúmeros derivados, como inveja, ciúmes, voracidade, destrutividade e

07
sentimentos eróticos intensos.

9:
:5
Fonte: http://www.scielo.br/pdf/rprs/v27n2/v27n2a09.pdf

15
1
02
A contratransferência, por sua vez, advém do entrevistador e se

/2
02
caracteriza por reações que se originam do campo psicológico em que se estrutura

7/
-0
a entrevista. É um grande feedback do processo conduzido e, pela perspectiva

om
psicanalítica, as emoções vividas pelo analista são consideradas reativas às do

l.c
paciente, vinculando-se, portanto, ao passado deste último, e não dizendo respeito

ai
diretamente à pessoa do analista. gm
@
Para Bleger, as variáveis do entrevistador devem ser controladas
na

(constantes) para que ocorra uma melhor observação. Assim, em situações de


pi
ia

contratransferência, o entrevistador deve procurar entender seu desconforto no


ib
a.

contexto da entrevista, da pessoa do entrevistado e de sua própria pessoa.


an

Ainda segundo Bleger:


ai
-l

Numa entrevista podem ocorrer a transferência e a contratransferência, a


1
-6

primeira por parte do paciente e a última por parte do entrevistador. Na


43
.2

transferência o paciente se comporta como se estivesse em uma situação repetida


10

interagindo com alguém conhecido (alguma figura importante do passado) e na


.1
04

contratransferência ocorre o mesmo, só que seguindo do entrevistador para o


-0

paciente e como forma de reação à transferência.


A
N

Para esse autor, a transferência e a contratransferência ocorrem em todas


PI
IA

as relações, mas, no caso da entrevista, a contratransferência deve,


IB

necessariamente, ser vigiada para que o entrevistador não ultrapasse uma


AL

intensidade que possa prejudicar o aproveitamento da entrevista.


LE

Atenção: o entrevistador deve evitar os efeitos da contratransferência.


A
N
IA

Entendido esses conceitos fica claro que o psicólogo possui o papel de


LA

investigador, de coordenador do processo de auto exposição do


paciente/candidato. O psicólogo é, então, o profissional permeado pelos seus
conhecimentos teóricos e práticos (e permeado pelo ethos da profissão) que irá
conduzir o entrevistado a outro patamar de conhecimento. Em suma, é o papel do
entrevistador é o de facilitar o desvelamento e a expressão da construção da
realidade do entrevistado. Via de regra, então, o entrevistado possui um papel
passivo na condução da entrevista, mas ativo na construção da forma como vai
responder às conduções dadas pelo entrevistador.

| 142
Técnicas de Entrevista
Tudo claro até aqui? Vamos estudar, então, as técnicas de entrevista:
Sua orientação filosófica geralmente determina quais delas eles utilizarão
mais e o grau de ênfase atribuído a determinada técnica, mas em verdade, tais

07
técnicas todas são a base do processo de entrevista.

9:
Essas técnicas incluem o questionamento direto, a reflexão, a reexposição

:5
15
(paráfrase: colocar em palavras que possibilitem uma melhor compreensão), o

1
esclarecimento, a confrontação, a auto-revelação, o silêncio, a explicação, a

02
/2
“reframing” (restruturação cognitiva), a interpretação e o humor.

02
7/
Questionamento: Esta é a técnica mais freqüentemente empregada pelos

-0
entrevistadores clínicos. O questionamento pode ser tanto direto como em

om
aberto.

l.c
Reflexão: Essa técnica requer que o entrevistador tenha habilidade de
ai
gm
reproduzir o material cognitivo ou emocional do paciente, de modo a mostrar-
@

lhe que seus sentimentos ou declarações foram compreendidas. O emprego


na
pi

excessivo da reflexão em uma entrevista é contraproducente, porque muitas


ia
ib

áreas importantes são deixadas de lado.


a.
an

Reexposição (Paráfrase): A reexposição simplesmente coloca em outras


ai

palavras, de maneira mais clara e articulada, o que o paciente diz. A


-l
1

reexposição é em geral empregada para facilitar a compreensão e para


-6
43

esclarecer, enquanto a reflexão e utilizada como uma intervenção


.2

terapêutica.
10
.1

Clarificação: A clarificação geralmente se faz pela utilização de alguma das


04

outras técnicas (questionamento, paráfrase ou reexposição), mas o seu


-0

propósito é auxiliar o paciente a compreender o que é dito na entrevista.


A
N
PI

Confrontação: A confrontação é a técnica através da qual o terapeuta aponta


IA

discrepâncias entre o que é observado e o que é falado. Às vezes ela é


IB

empregada quando o paciente diz alguma coisa diferente daquilo que o


AL
LE

terapeuta está percebendo dele. A confrontação é freqüentemente utilizada


A

com drogados e outros pacientes com transtornos de caráter, a fim de


N
IA

desfazer suas negações e defesas rígidas. Ela em geral produz o efeito de


LA

aumentar a ansiedade e desencadear a negação e a evitação que ela buscava


atingir.
A confrontação pode ser construtiva ou destrutiva, quando mal utilizada ela
pode ser maléfica; deve ser utilizada por terapeutas experientes.
Auto-revelação: Através desta técnica, o terapeuta transmite ao paciente
suas experiências pessoais ou sentimentos. A auto-revelação por parte do
terapeuta facilita a auto-revelação do paciente. Porém, esta técnica deve ser
empregada com moderação porque pode provocar uma falsa expectativa no

| 143
paciente. O terapeuta precisa ser criterioso ao determinar quais informações
devem ser reveladas, bem como seu possível efeito no paciente.
Silêncio: O silêncio pode ser uma técnica de entrevista e um artifício
terapêutico que proporciona ao paciente uma oportunidade de processar e
compreender o que foi dito, encaminhando a entrevista, assim, em direção
positiva. O paciente deve compreender o motivo do silêncio porque
geralmente visa facilitar a introspecção ou permite ao paciente reassimilar

07
suas emoções depois de liberá-las.

9:
:5
Exploração: Através desta técnica é possível a investigação de áreas da vida

15
do paciente que requerem um exame mais profundo. Também pode ser

1
02
empregada para determinar o grau de insight do paciente, e o quanto ele

/2
02
precisa ser pressionado para que possa experienciar um dado sentimento. Os

7/
terapeutas não devem ter medo de explorar certas áreas, mesmo que elas

-0
om
possam ser encaradas como delicadas.

l.c
Reframing (Reestruturação cognitiva): Esta técnica faz com que o paciente

ai
e o terapeuta reafirmem suas crenças, atitudes ou sentimentos de maneira
gm
@
mais realista, proporcionando uma perspectiva nova de uma situação e
na

servindo para desfazer afirmações negativas. Esta técnica pode levar a


pi
ia

mudanças no comportamento e embora seja eficaz, ele não dispensa a prática


ib
a.

e o desenvolvimento das habilidades do terapeuta, de modo que pode


an

alcançar sua eficácia total.


ai
-l

Interpretação: Através desta técnica, o terapeuta oferece informações de um


1
-6

modo que permite ao paciente explorar seu comportamento e compreender


43

sua motivação. Esta técnica é a mais difícil de ser alcançada, porque implica
.2
10

no domínio amplo da teoria da personalidade e motivação, acompanhada de


.1
04

experiências supervisionada.
-0

A maioria dos terapeutas, usa a interpretação de uma forma ou outra. Alguns


A

confiam nela muito mais do que nas demais e os pacientes podem


N
PI

simplesmente aceitar as afirmações do terapeuta, acreditando em sua


IA
IB

experiência, sabedoria e autoridade. Por esta razão, devemos ser criteriosos e


AL

cuidadosos ao fornecer interpretações.


LE

Humor: A compreensão do papel do humor na avaliação clínica é recente.


A
N

Porém, o humor pode reduzir a ansiedade, facilitar o movimento terapêutico


IA
LA

e enriquecer a entrevista. Uma confiança excessiva nesta abordagem dará ao


paciente a impressão de que o terapeuta não está levando a sério a entrevista.
Portanto, o humor deve ser empregado moderadamente com o propósito
básico de beneficiar o paciente.
Fonte: Silva, sd.
Devo salientar, que existe, ainda, a técnica de deflexão. Essa técnica,
comumente utilizada nas entrevistas de seleção de pessoal, consiste na mudança
de uma linha de pensamento/atuação para seguir outra. É o desvio do caminho
normal, não busca medir reação do candidato, mas tornar objetivo a condução da
entrevista.

| 144
Conteúdo EXTRA para a banca CESPE/CEBRASPE

Pesquisa: caracterização dos delineamentos da pesquisa

07
quantitativa e qualitativa aplicados à saúde.

9:
:5
15
Se por um lado temos as pesquisas quantitativas focadas em números, por

1
02
outro temos as pesquisas qualitativas orientadas para a apreensão dos fenômenos.

/2
02
As abordagens quantitativistas de pesquisa enfatizam o significado dos fenômenos

7/
-0
estudados. Mas, quais são as principais formas de avaliação quantitativa? E

om
qualitativa? Quando aplicar uma ou outra? Para abordarmos esse assunto com

l.c
mais qualidade (em breve quantidade), é interessante recorrermos a dois pequenos

ai
trechos de texto que são verdadeiras obras de arte: gm
@
Diferenciações entre a Pesquisa Qualitativa e a Pesquisa Quantitativa
na

Ao revisar a literatura sobre a pesquisa qualitativa, o que chama atenção


pi
ia

imediata é o fato de que, freqüentemente, a pesquisa qualitativa não está sendo


ib
a.

definida por si só, mas em contraponto a pesquisa quantitativa. Apresentaremos


an
ai

alguns destes contrastes e comparações. Para organizar as diferenças e


-l

similaridades entre a pesquisa qualitativa e a pesquisa quantitativa, consideramos:


1
-6

a) características da pesquisa qualitativa; b) postura do pesquisador; c) estratégias


43
.2

de coleta de dados; d) estudo de caso; e) papel do sujeito e f) aplicabilidade e uso


10

dos resultados da pesquisa.


.1
04

Características da pesquisa qualitativa


-0

A clássica afirmação de Dilthey "explicamos a natureza, compreendemos a vida


A
N

mental" (citado por Hofstätter, 1957, p. 315) pode ser vista como o ponto de partida
PI
IA

para as diferenças entre a pesquisa qualitativa e a pesquisa quantitativa. A primazia


IB

do "compreender a vida mental" reaparece em todas as discussões sobre a


AL

natureza da pesquisa qualitativa. Qual, então, a natureza da pesquisa qualitativa?


LE

Quais alguns dos pressupostos desta abordagem?


A
N

Flick, von Kardorff e Steinke (2000), apresentam quatro bases teóricas: a) a


IA
LA

realidade social é vista como construção e atribuição social de significados; b) a


ênfase no caráter processual e na reflexão; c) as condições "objetivas"5 de vida
tornam-se relevantes por meio de significados subjetivos; d) o caráter comunicativo
da realidade social permite que o refazer do processo de construção das realidades
sociais torne-se ponto de partida da pesquisa. Subseqüentemente, estes autores
"traduzem" estas bases teóricas em 12 características da pesquisa qualitativa.
Mayring (2002), por outro lado, apresenta 13 alicerces da pesquisa qualitativa.
Agregando estes dois conjuntos, chegamos a cinco grupos de atributos da pesquisa
qualitativa: a) características gerais; b) coleta de dados; c) objeto de estudo; d)
interpretação dos resultados; e) generalização.

| 145
Características gerais
Seguindo o pensamento de Dilthey citado acima, Flick e cols. (2000) apontam a
primazia da compreensão como princípio do conhecimento, que prefere estudar
relações complexas ao invés de explicá-las por meio do isolamento de variáveis.
Uma segunda característica geral é a construção da realidade. A pesquisa é
percebida como um ato subjetivo de construção. Os autores afirmam que
a descoberta e a construção de teorias são objetos de estudo desta abordagem. Um

07
quarto aspecto geral da pesquisa qualitativa, conforme estes autores, é que apesar

9:
:5
da crescente importância de material visual, a pesquisa qualitativa é uma ciência

15
baseada em textos, ou seja, a coleta de dados produz textos que nas diferentes

1
02
técnicas analíticas são interpretados hermeneuticamente.

/2
02
Cabe alertar ao leitor que a primeira destas quatro características pode ser

7/
considerada um contraponto artificial. Dificilmente um pesquisador adjetivado

-0
om
como quantitativo exclui o interesse em compreender as relações complexas. O que

l.c
tal pesquisador defende é que a maneira de chegar a tal compreensão é por meio

ai
de explicações ou compreensões das relações entre variáveis. Segundo, sem
gm
@
dúvida, pode-se conceber as múltiplas atividades que compõem o processo de
na

pesquisa como um ato social de construção de conhecimento. A questão não


pi
ia

respondida, porém é, "qual a correspondência entre o conhecimento socialmente


ib
a.

construído e a realidade alheia?" – supondo, obviamente, que ela exista


an

independentemente do pesquisador. A descoberta e a construção de teorias


ai
-l

simplesmente constituem o cerne de qualquer ciência. Uma preferência por


1
-6

material textual é uma legitima opção de procedimento, desde que não se


43

contraponha aos princípios elencados no próximo parágrafo.


.2
10

Coleta de dados
.1
04

Tanto Mayring (2002) quanto Flick e cols. (2000) consideram o estudo de caso como
-0

o ponto de partida ou elemento essencial da pesquisa qualitativa. Em ambas as


A

publicações ressaltam-se o princípio da abertura. Tal postura vai além da


N
PI

formulação de perguntas abertas. Nas palavras de Mayring (p. 28), "nem


IA
IB

estruturações teóricas e hipóteses, nem procedimentos metodológicos devem impedir


AL

a visão de aspectos essenciais do objeto [de pesquisa]". Ao mesmo tempo, enfatiza,


LE

que "apesar da abertura exigida, os métodos são sujeitos a um controle contínuo (...)
A
N

Os passos da pesquisa precisam ser explicitados, ser documentados e seguir regras


IA
LA

fundamentadas" (p. 29). O princípio da abertura se traduz para Flick e cols. (2000)
no fato da pesquisa qualitativa ser caracterizada por um espectro de métodos e
técnicas, adaptados ao caso específico, ao invés de um método padronizado único.
Ressaltam, assim, que o método deve se adequar ao objeto de estudo.
Pode-se argumentar que não somente o controle metodológico, mas também as
demais características mencionadas acima, aplicam-se a qualquer tipo de pesquisa.
A questão subjacente que se coloca é a seguinte: a partir de que momento do
processo de pesquisa vai-se de um caso específico, deixando-se portas abertas para
agregar dados não esperados, não se restringindo a um único método padronizado?
Ao conceber o processo de pesquisa como um mosaico que descreve um fenômeno

| 146
complexo a ser compreendido é fácil entender que as peças individuais
representem um espectro de métodos e técnicas, que precisam estar abertas a
novas idéias, perguntas e dados. Ao mesmo tempo, a diversidade nas peças deste
mosaico inclui perguntas fechadas e abertas, implica em passos predeterminados
e abertos, utiliza procedimentos qualitativos e quantitativos.
Objeto de estudo
Para Mayring (2002) a ênfase na totalidade do indivíduo como objeto de estudo é

07
essencial para a pesquisa qualitativa, i.é, o princípio da Gestalt. Além do mais, a

9:
:5
concepção do objeto de estudo qualitativo sempre é visto na sua historicidade, no

15
que diz respeito ao processo desenvolvimental do indivíduo e no contexto dentro

1
02
do qual o indivíduo se formou. Tanto Mayring quanto Flick e cols. (2000) sublinham

/2
02
que o ponto de partida de um estudo seja centrado num problema, pois a

7/
diferenciação entre pesquisa básica e aplicada não é frutífera. Flick e cols.

-0
om
salientam, ainda, que as perspectivas de todos os participantes da pesquisa são

l.c
relevantes e não apenas a do pesquisador.

ai
A questão do objeto de estudo na pesquisa qualitativa nos leva de volta às
gm
@
controvérsias entre a posição da Gestalt e dos experimentalistas. A afirmação "o
na

todo é maior do que a soma das suas partes" não significa que não possa ser
pi
ia

conveniente, concentrar-se "apenas" numa parte do processo da pesquisa.


ib
a.

Interpretação dos resultados


an

Tanto Mayring (2002) quanto Flick e cols. (2000) apontam acontecimentos e


ai
-l

conhecimentos cotidianos como elementos da interpretação de dados. Os


1
-6

acontecimentos no âmbito do processo de pesquisa não são desvinculados da vida


43

fora do mesmo. Isto leva, ainda, a contextualidade como fio condutor de qualquer
.2
10

análise em contraste com uma abstração nos resultados para que sejam facilmente
.1
04

generalizáveis. Implica, ainda, num processo de reflexão contínua sobre o seu


-0

comportamento enquanto pesquisador e, finalmente, numa interação


A

dinâmica entre este e seu objeto de estudo.


N
PI

Uma distinção mais acentuada entre a pesquisa qualitativa e a pesquisa


IA
IB

quantitativa diz respeito à interação dinâmica entre o pesquisador e o objeto de


AL

estudo. No caso da pesquisa quantitativa, dificilmente se escuta o participante após


LE

a coleta de dados. Uma inclusão de acontecimentos e conhecimentos cotidianos na


A
N

interpretação de dados depende, no caso da pesquisa quantitativa, da audiência e


IA
LA

do meio de divulgação. Ao mesmo tempo em que um nível maior de abstração pode


impedir a inclusão do cotidiano, qualquer passo na direção de uma aplicação de
resultados necessariamente inclui o dia-a-dia. O mesmo se aplica para a questão do
contexto. A reflexão contínua, obviamente, não é específica da pesquisa qualitativa;
deve acontecer em qualquer pesquisa científica.
Generalização de resultados
A generalização de resultados da pesquisa qualitativa passa por quatro dimensões.
Mayring (2002) introduz o conceito da generalização argumentativa. À medida que
os achados na pesquisa qualitativa se apóiem em estudo de caso, estes dependem
de uma argumentação explícita apontando quais generalizações seriam factíveis

| 147
para circunstâncias específicas. No caso da pesquisa quantitativa, uma amostra
representativa asseguraria a possibilidade de uma generalização dos resultados.
Relaciona-se a isto a ênfase no processo indutivo, partindo de elementos individuais
para chegar a hipóteses e generalizações. Entretanto, este processo deve
seguir regras, que não são uniformes, mas específicas a cada circunstância. Desta
maneira, é de suma importância que as regras sejam explicitadas para permitir uma
eventual generalização. Finalmente, Mayring não exclui a quantificação, mas

07
enfatiza que a função importante da abordagem qualitativa é a de permitir uma

9:
:5
quantificação com propósito. Desta maneira, poder-se-ia chegar a generalizações

15
mais consubstanciadas.

1
02
Postura pessoal do pesquisador

/2
02
Uma primeira distinção entre a pesquisa qualitativa e a pesquisa quantitativa

7/
refere-se ao fato de que na pesquisa qualitativa há aceitação explícita da influência

-0
om
de crenças e valores sobre a teoria, sobre a escolha de tópicos de pesquisa, sobre o

l.c
método e sobre a interpretação de resultados. Já na pesquisa quantitativa, crenças

ai
e valores pessoais não são consideradas fontes de influência no processo
gm
@
científicas. Será mesmo? Considerando que um tema importante da psicologia
na

social é o estudo de atitudes, crenças e valores, a questão não é se valores


pi
ia

influenciam comportamentos e estados subjetivos, inclusive os valores do cientista.


ib
a.

O que se coloca é como lidar com esta influência no contexto da pesquisa – seja ela
an

qualitativa ou quantitativa.
ai
-l

Além da influência de valores no processo de pesquisa, há de se constatar um


1
-6

envolvimento emocional do pesquisador com o seu tema de investigação. A


43

aceitação de tal envolvimento caracterizaria a pesquisa qualitativa. Já a intenção


.2
10

de controlá-lo, ou sua negação, caracterizariam a pesquisa quantitativa. Da mesma


.1
04

maneira que os valores fazem parte da vida humana, o estudo das emoções é
-0

assunto importante da psicologia clínica e da personalidade, razão pela qual, mais


A

uma vez, volta-se à questão mais relevante: como lidar com esta influência no
N
PI

contexto da pesquisa?
IA
IB

Estratégias de coleta de dados


AL

Uma resposta ao problema de como lidar com os valores e o envolvimento


LE

emocional do pesquisador com o seu objeto é por meio do controle das variáveis do
A
N

estudo. O contraponto feito entre a pesquisa qualitativa e a pesquisa quantitativa é


IA
LA

o de estudar um determinado fenômeno no seu contexto natural versus estudá-lo


no laboratório. A primeira estratégia – da pesquisa qualitativa – implica em relativa
falta de controle de variáveis estranhas ou, ainda, a constatação de que não existem
variáveis interferentes e irrelevantes. Todas as variáveis do contexto são
consideradas como importantes. Na segunda estratégia – da pesquisa quantitativa
– tenta-se obter um controle máximo sobre o contexto, inclusive produzindo
ambientes artificiais com o objetivo de reduzir ou eliminar a interferência de
variáveis interferentes e irrelevantes. Entre as variáveis irrelevantes e
potencialmente interferentes, incluem-se tanto atributos do pesquisador, por

| 148
exemplo, seus valores, quanto variáveis contextuais ou atributos do objeto de
estudo que "não interessam" naquele momento da pesquisa.
Antes de tudo, consideramos essa classificação de variáveis em relevantes e
interferentes uma questão estratégica no processo de pesquisa. Em princípio,
qualquer variável pode explicar uma parte, mesmo que infinitésima, da
variabilidade do fenômeno sob estudo. Entretanto, existem variáveis que por razões
teóricos e/ou de experiência prévia são mais promissoras do que outras. Além do

07
mais, por razões práticas, há de se limitar as variáveis estudadas num mesmo

9:
:5
tempo a um número manejável, seja em termos de recursos – de tempo e dinheiro

15
– por parte do pesquisador, seja da disponibilidade dos participantes da pesquisa.

1
02
Desta maneira, limitar o número de variáveis estudadas numa determinada

/2
02
pesquisa não implica que as demais variáveis sejam necessariamente consideradas

7/
improcedentes – uma boa pesquisa sempre está aberta ao surgimento de novas

-0
om
variáveis e a explicações alternativas do cenário considerado no início da

l.c
investigação. O fato de se levar em conta mais explicitamente os valores e os demais

ai
atributos do pesquisador requer, por parte da pesquisa qualitativa, maior
gm
@
detalhamento dos pressupostos teóricos subjacentes, bem como do contexto da
na

pesquisa. Por outro lado, a estandardização dos procedimentos na pesquisa


pi
ia

quantitativa pode indicar avanço no estabelecimento de um maior grau de


ib
a.

intersubjetividade entre pesquisadores que usam um determinado procedimento.


an

Estudo de caso
ai
-l

O chamado paradoxo da psicologia coloca em confronto o estudo aprofundado de


1
-6

um evento individual, objeto de interesse da Psicologia por excelência com a


43

necessidade do estabelecimento de parâmetros para os atributos destes eventos.


.2
10

Por exemplo, médias constituem parâmetros para descrever eventos individuais,


.1
04

mas, tais parâmetros são obtidos somente em estudos que ignoram a


-0

individualidade dos eventos. Assim, ao descrever a individualidade de uma pessoa


A

como agradável, está implícita a resposta à pergunta "em termos de que


N
PI

referencial?" Este referencial pode ser qualitativo: "mais agradável do que fulano"
IA
IB

ou pode ser quantitativo: "sete pontos numa escala de 0 a 10". Seja como for, tais
AL

parâmetros referenciais somente são obtidos por meio de investigações mais


LE

complexas do que de estudos de caso. Observa-se, assim, que abordagens


A
N

qualitativas, que tendem a serem associadas a estudos de caso, dependem de


IA
LA

estudos quantitativos, que visem gerar resultados generalizáveis, i.é, parâmetros.


Desta maneira dilui-se a controvérsia entre o estudo de caso, i.é, uma investigação
aprofundada de uma instância de algum fenômeno, e o estudo envolvendo um
número estatisticamente significativo de instâncias de um mesmo fenômeno, a
partir do qual seria possível generalizar para outras instâncias. Além do mais, num
estudo de caso é possível utilizar tanto procedimentos qualitativos quanto
quantitativos.
Papel do sujeito
Mencionou-se, acima, a questão do envolvimento emocional e valorativo do
pesquisador com a temática do seu estudo. Deve-se indagar, também, sobre o grau

| 149
de passividade dos participantes de uma pesquisa. Até que ponto os sujeitos de um
estudo são envolvidos na concepção, realização e interpretação de resultados de
uma pesquisa? A associação feita é de que um participante ativo supõe uma
pesquisa qualitativa, já um participante passivo, é "sujeito" de uma pesquisa
quantitativa. Embora a pesquisa-ação seja uma abordagem que permite um papel
mais ativo do participante, há de se ressaltar que no desenvolvimento original da
pesquisa-ação por parte de Lewin (1982), qualquer abordagem – observacional,

07
experimental, survey, qualitativa, quantitativa – poderia ser utilizada, como

9:
:5
demonstrado por Sommer e Amick (1984/2003). Voltaremos à questão da pesquisa-

15
ação e pesquisa participante, mais adiante.

1
02
Aplicabilidade e uso da pesquisa

/2
02
Existe uma longa controvérsia sobre o valor relativo da natureza da ciência básica

7/
versus aplicada. A argumentação compreende desde "pesquisa sem aplicação é um

-0
om
desperdício" até "gerar conhecimento é um fim em si, qualquer utilidade é

l.c
secundária" (Günther, 1986). Por alguma razão pouco clara, a posição da primazia

ai
da pesquisa aplicada é associada à pesquisa qualitativa e da pesquisa básica à
gm
@
pesquisa quantitativa. Esta associação pode estar relacionada ao processo de
na

"tradução" da questão inicialmente qualitativa em estratégias de coleta de dados


pi
ia

quantitativos e à (re)tradução dos resultados quantitativos para uma resposta


ib
a.

qualitativa.
an

Subjacente à discussão em torno da pesquisa básica versus pesquisa aplicada está


ai
-l

a questão da finalidade do conhecimento. Uma postura ativista, conforme a qual a


1
-6

finalidade da ciência seria a de ajudar as pessoas (participantes da pesquisa) a obter


43

autodeterminação seria mais característica da pesquisa qualitativa. Por outro lado,


.2
10

a ciência que "somente" contribui para com o avanço do conhecimento aplicável a


.1
04

todas as pessoas – podendo ou não manter o status quo – seria postulado pela
-0

pesquisa quantitativa. Não surpreende que essa associação seja mais contestada
A

pelos cientistas naturais, vide, por exemplo, a palestra do físico Res Jost (1970/1995)
N
PI

sobre o conto de fada da torre de marfim.


IA
IB

Sem dúvida, o próprio fato de existirem estas associações indica que pesquisas, de
AL

qualquer natureza, não são atividades desvinculadas das características do


LE

pesquisador, nem do contexto sociocultural dentro do qual são realizadas. Por


A
N

outro lado, temos sérias dúvidas quanto à procedência das respectivas associações
IA
LA

com a pesquisa qualitativa e a pesquisa quantitativa. A postura do pesquisador


diante do seu objeto de estudo pode levar a estratégias de pesquisa diferentes, mas
não significa que um, ou outro, atribua maior valor ao contexto sociocultural da
pesquisa. O ato de se abordar indivíduos para que participem em pesquisa
demonstra o reconhecimento da sua expertise. Da mesma maneira que é difícil
defender a participação de todos os participantes de uma pesquisa em todas as
fases da mesma (por exemplo, crianças de cinco anos sendo observadas
num playground), o pesquisador deve solicitar e utilizar os comentários dos seus
sujeitos sobre a sua pesquisa. O fato de considerar a distinção entre pesquisa
aplicada versus básica pouca vantajosa no contexto do avanço do conhecimento,

| 150
torna uma eventual associação destas duas vertentes a pesquisa qualitativa e a
pesquisa quantitativa, respectivamente, ainda menos relevante. Em resumo, os
pontos listados acima constituem (devem constituir) preocupações de qualquer
pesquisador.

Pesquisa Qualitativa: Delineamento, Coleta, Transcrição e Análise de Dados


No início deste artigo, apontamos três aproximações básicas para compreender o

07
comportamento e os estados subjetivos na psicologia: a) observar o

9:
:5
comportamento que ocorre naturalmente no âmbito real; b) criar situações

15
artificiais e observar o comportamento diante de tarefas definidas para essas

1
02
situações; e c) perguntar às pessoas sobre o seu comportamento e seus estados

/2
02
subjetivos. Diante da exposição sobre os pressupostos da pesquisa qualitativa fica

7/
a pergunta, onde e como técnicas qualitativas específicas se enquadram nesta

-0
om
divisão tripartite? Conforme já afirmado, são características da pesquisa qualitativa

l.c
sua grande flexibilidade e adaptabilidade. Ao invés de utilizar instrumentos e

ai
procedimentos padronizados, a pesquisa qualitativa considera cada problema
gm
@
objeto de uma pesquisa específica para a qual são necessários instrumentos e
na

procedimentos específicos. Tal postura requer, portanto, maior cuidado na


pi
ia

descrição de todos os passos da pesquisa: a) delineamento, b) coleta de dados, c)


ib
a.

transcrição e d) preparação dos mesmos para sua análise específica. Inspirado em


an

Mayring (2002), que organizou seu livro introdutório desta maneira, trataremos de
ai
-l

cada um destes quatro passos para o contexto da pesquisa qualitativa de maneira


1
-6

separada. Julgamos esta separação útil, uma vez que existem muitas combinações
43

entre os diferentes delineamentos, maneiras de coletar, transcrever e analisar os


.2
10

dados. Freqüentemente, manuais da pesquisa qualitativa apresentam coleta e


.1
04

análise de dados interligados (por exemplo, Camic, Rhodes & Yardley, 2003; Denzin
-0

& Lincoln, 1994). Mesmo que se considere tal junção interessante, já que mostra a
A

integração entre coleta e análise, tal procedimento tende a ocultar as demais


N
PI

possibilidades de combinar elementos destas técnicas de pesquisa.


IA
IB

Delineamentos da pesquisa qualitativa


AL

Mayring (2002) apresenta seis delineamentos da pesquisa qualitativa: estudo de


LE

caso, análise de documentos, pesquisa-ação, pesquisa de campo, experimento


A
N

qualitativo e avaliação qualitativa. Para qualquer pesquisador acostumado a


IA
LA

trabalhar quantitativamente fica evidente que nenhum destes delineamentos é


necessariamente qualitativo.
Estudo de caso
No contexto de um estudo de caso, delimitado como a coleta e análise de dados
sobre um exemplo individual para definir um fenômeno mais amplo (Vogt, 1993)
podem-se coletar e analisar tanto dados quantitativos quanto qualitativos. Além
disto, é concebível observar comportamento no seu contexto natural, criar
experimentos que utilizem o sujeito como seu próprio controle (Campbell & Stanley,
1963; Ibrahim, 1979), bem como realizar entrevistas, aplicar questionários ou
administrar testes.

| 151
Análise de documento
A análise de documentos é a variante mais antiga para realizar pesquisa,
especialmente no que diz respeito à revisão de literatura. Além de procedimentos
tradicionais de leitura e resumo de idéias, é possível extrair e sumarizar resultados
por meio de meta-análise (e.g., Rosenthal, 1984). A utilização de documentos como
fonte sistemática de dados foi iniciada por Leopold von Ranke, o pai da história
científica na primeira parte do século XIX (Grafton, 1997). Desde então,

07
desenvolveram-se tanto técnicas mais quantitativas quanto qualitativas para lidar

9:
:5
com fontes secundárias e documentais. Dependendo da natureza dos documentos

15
existem as mais diferentes maneiras de encará-los, desde relatos verbais e

1
02
respostas a perguntas de pesquisadores futuros, até segmentos de texto

/2
02
selecionados como "sujeitos" entre um corpo lingüístico grande, por meio de

7/
procedimentos de amostragem.

-0
om
Pesquisa-ação

l.c
Não somente no Brasil a pesquisa-ação foi incorporada ao campo da pesquisa

ai
qualitativa (vide Thiollent, 1985). Num texto que propõe dar uma breve introdução
gm
@
à pesquisa-ação, Newman (2000) sequer faz referência a Lewin, embora a
na

perspectiva original da pesquisa-ação tenha sido a de realizar investigações que


pi
ia

contribuam, ao mesmo tempo, para o avanço científico e à transformação social


ib
a.

(Lewin, 1982). Conforme apontado por Sommer (1977) e Sommer e Amick


an

(1984/2003), a pesquisa-ação independe da técnica, podendo ser utilizada com


ai
-l

experimento, observação ou survey. Observa-se, ainda, uma junção entre a


1
-6

pesquisa-ação e a pesquisa participante (videBrandão, 1985, 1987).


43

Pesquisa de campo
.2
10

Esta abordagem engloba, desde a década de 1930, uma ampla variedade de


.1
04

delineamentos desde a sua introdução ao contexto acadêmico por Jahoda,


-0

Lazarsfeld e Zeisel (1933). Este estudo é especialmente interessante do ponto de


A

vista do método da pesquisa qualitativa, ao mesmo tempo em que se constitui


N
PI

como exemplo de triangulação, i.é, uma integração de diferentes abordagens e


IA
IB

técnicas – qualitativas e quantitativas – num mesmo estudo. O manual de métodos


AL

em antropologia cultural (Naroll & Cohen, 1970) inclui a secção "processo de


LE

pesquisa de campo" envolvendo desde métodos quantitativos experimentais (e.g.,


A
N

Sechrest, 1970) até procedimentos qualitativos clínicos (Edgerton, 1970). Amplitude


IA
LA

semelhante de técnicas pode ser encontrada na obra de Werner e Schoepfle (1987),


bem como em outros livros sobre pesquisa de campo.
Experimento qualitativo e avaliação qualitativa
O fato de qualificar experimento e avaliação com o adjetivo "qualitativo" reforça a
constatação de que estes procedimentos, além da interpretação tradicional da
pesquisa quantitativa, podem incluir uma abordagem qualitativa.
Em suma, nenhum dos seis delineamentos metodológicos comentados acima
constitui seara qualitativa ou quantitativa. Num próximo passo, analisaremos
elementos do processo de pesquisa – coleta, transcrição e análise de dados –
utilizados na pesquisa qualitativa.

| 152
Coleta de dados na pesquisa qualitativa
Para o contexto da pesquisa qualitativa, as três maneiras de coleta de dados
apontadas por Kish (1987) – observação, experimento e survey – podem ser
reagrupadas como coleta de dados visuais e verbais. Independente dos
delineamentos elencados acima, diferentes técnicas de coleta de dados visuais e
verbais podem ser utilizadas. Diante dos objetivos deste artigo, constatamos um
grande número de procedimentos em diversos livros da área. Flick (1995) diferencia

07
entre quatro tipos de entrevistas: a) focalizada, b) semi-estandardizada, c) centrada

9:
:5
num problema e d) centrada no contexto (e.g., com especialistas ou etnógrafos).

15
Além do mais, aponta três tipos de relatos: a) entrevista narrativa, b) entrevista

1
02
episódica e c) contos. Descreve, ainda, três tipos de procedimentos grupais: a)

/2
02
entrevista em grupo, b) discussão em grupo e c) narrativa em grupo. No que diz

7/
respeito aos procedimentos visuais, Flick menciona a) observação, b) observação

-0
om
participante, c) etnografia, d) fotografia e e) análise de filmes. Mayring (2002)

l.c
descreve quatro maneiras de levantar dados no contexto da pesquisa qualitativa:

ai
a) dados verbais por meio de entrevista centrada num problema, b) entrevista
gm
@
narrativa, c) grupo de discussão e d) dados visuais por meio da observação
na

participante.
pi
ia

Seguem-se algumas referências em Português e Inglês que tratam de maneiras de


ib
a.

coleta de dados com maior detalhe:


an

Dados verbais:
ai
-l

- Entrevista de maneira geral: Banister, Burman, Parker,


1
-6

- Taylor e Tindall (1994); Fontana e Frey (1994);


43

- Entrevista centrada no problema: Schorn (2000);


.2
10

- Entrevista episódica: Flick (2002);


.1
04

- Entrevistas individuais e grupais: Gaskell (2002);


-0

- Entrevista narrativa: Dick (2000), Jovchelovitch e Bauer (2002);


A

- Entrevista por telefone: Burke e Miller (2001).


N
PI

Dados visuais:
IA
IB

- Uso de vídeo, filme e fotografias: Loizos (2002), Ratcliff (2003), Neiva-Silva e Koller
AL

(2002);
LE

- Observações: Adler e Adler (1994), Banister e cols. (1994).


A
N

Transcrição de dados na pesquisa qualitativa


IA
LA

Não apenas na pesquisa qualitativa, o passo entre a coleta de dados e a sua análise
parece ser o mais ignorado na literatura. Especialmente na pesquisa qualitativa,
este passo é de suma importância diante da grande variabilidade nas maneiras de
coletar dados e da sua não-estandardização. Mayring (2002) diferencia entre a)
meios de representação de dados, b) transcrição de dados propriamente dita e c)
construção de sistemas descritivos.
Representação de dados
Os meios de representação de dados de qualquer pesquisa são intimamente ligados
às técnicas de coleta dos mesmos. Isto é mais evidente no caso de escolher meios
visuais: o próprio ato de fotografar ou filmar um determinado evento já inclui a

| 153
"transcrição" de uma idéia em uma representação, no caso visual. As imagens já se
encontram concatenadas.
Transcrição de dados
A transcrição de material verbal pode tomar as mais variadas formas. A maneira
mais detalhada é a transcrição literal de uma entrevista gravada com a inclusão de
sinais indicando entonações, sotaques, regionalismo e "erros" de fala. É a
transcrição mais completa, mais informativa e, também, a mais cara em termos de

07
tempo e de dinheiro. Existe a transcrição comentada, não necessariamente

9:
:5
mutuamente excludente da anterior, na qual se registra explicitamente hesitações

15
na fala além das expressões faciais e corporais que acompanham as verbalizações

1
02
da pessoa. Registros filmados ajudam, consideravelmente, na preparação deste

/2
02
tipo de transcrição. Outra forma de transcrição consiste no protocolo resumido, se

7/
bem que este já implique num processamento da informação dentro de algum

-0
om
esquema interpretativo já existente. Os protocolos seletivos, apropriados no caso

l.c
de muito material, não somente supõem um esquema interpretativo subjacente,

ai
mas necessitam ainda mais do que as outras formas, de transcrição e de regras
gm
@
explícitas para a seleção do material.
na

Construção de sistemas descritivos


pi
ia

Se o meio de representação de dados forma o elo com a técnica da coleta de dados,


ib
a.

a construção de sistemas descritivos a partir da transcrição faz o elo com a


an

interpretação dos dados. Embora a pesquisa qualitativa seja mais indutiva do que
ai
-l

dedutiva, não há como afirmar que a construção de um sistema descritivo seja


1
-6

totalmente livre de perspectivas, valores e emoções de quem prepara um sistema


43

de categorização de eventos. Diante das considerações acima sobre a postura do


.2
10

pesquisador e as estratégias de coleta de dados, uma descrição detalhada dos


.1
04

procedimentos da coleta, da transcrição e da análise de dados é essencial.


-0

A grounded theory é um exemplo do quanto à transcrição e a interpretação estão


A

entrelaçadas (Glaser & Strauss, 1967).


N
PI

Análise de dados na pesquisa qualitativa


IA
IB

A variedade de técnicas de análise de dados corresponde à variedade de coleta,


AL

embora não exista uma relação direta entre as duas. Mayring (2002) menciona sete
LE

maneiras de analisar dados qualitativos: a) grounded theory, b) análise


A
N

fenomenológica, c) paráfrase social-hermenêutica, d) análise de conteúdo


IA
LA

qualitativa, e) hermenêutica objetiva, f) interpretação psicanalítica de textos e g)


análise tipológica. No livro de Bauer e Gaskell (2000/2002) há oito capítulos
apresentando enfoques analíticos para texto, imagem e som. À medida que os
recortes de cunho metodológico-analíticos variam, Camic e cols. (2003) e Denzin e
Lincoln (1994) apresentam vários capítulos sobre análise de dados qualitativos.
Soma-se a esta diversidade o uso cada vez mais intenso de recursos computacionais
na área; no Anexo são apresentadas algumas referências e links para páginas de
programas.

Critérios de Qualidade de Pesquisa

| 154
O que constitui "pesquisa bem feita", confiável, merecedora de ser tornada
pública para contribuir para o manancial de conhecimento sobre um determinado
assunto? Lienert (1989) diferencia entre critérios principais e critérios secundários.
Entre os primeiros, constam objetividade, fidedignidade e validade. Entre os
segundos, constam utilidade, economia de esforço, normatização e
comparabilidade. Seria difícil, se não impossível, verificar a base científica de uma
pesquisa por meio de estudos adicionais se a mesma não satisfaz a estes critérios.

07
Até que ponto estes – ou outros – critérios se aplicam à pesquisa qualitativa?

9:
:5
Steinke (2000) aponta três posturas quanto à aplicabilidade de critérios de

15
qualidade à pesquisa qualitativa. Uma primeira posição rejeita critérios de

1
02
qualidade. O freqüentemente citado argumento de Feyerabend (1976), segundo o

/2
02
qual "qualquer coisa" vale, parece-nos confortável, entretanto mal compreendido.

7/
Diante da multiplicidade de problemas a serem estudados, deve-se adaptar o

-0
om
método à pergunta. Neste sentido, qualquer método que "dê conta do recado" vale.

l.c
Tal estratégia, porém, não exime o pesquisador de mostrar até que ponto há uma

ai
correspondência entre o método escolhido e a pergunta e, muito menos, da
gm
@
indagação sobre a qualidade dos resultados. Raciocínio semelhante aplica-se ao
na

argumento sócio-construtivista contra uma avaliação da pesquisa qualitativa:


pi
ia

conhecimento e avaliação são parte do processo de criação de conhecimento,


ib
a.

resultado de construção social e, portanto, dependente do contexto e dos atores,


an

não constituindo uma realidade à parte. Mesmo assim, há de se reconhecer que


ai
-l

parte inerente do processo social da construção de conhecimento é o julgamento


1
-6

dos atores (pesquisadores) em aceitar, ou não, a posição subjetiva do outro.


43

Uma segunda posição argumenta em favor de critérios específicos da


.2
10

pesquisa qualitativa, questionando a aplicabilidade de critérios de qualidade


.1
04

utilizados na pesquisa quantitativa. Partindo da natureza sui generis da pesquisa


-0

qualitativa, podem ser utilizados vários critérios específicos (Steinke, 2000):


A

a validação comunicativaimplica numa checagem com o participante da pesquisa,


N
PI

no sentido de perguntar se o pesquisador o entendeu corretamente. Na validação


IA
IB

da situação de entrevista verifica-se até que ponto foi possível estabelecer uma
AL

relação de confiança entre pesquisador e entrevistado. A triangulação implica na


LE

utilização de abordagens múltiplas para evitar distorções em função de um


A
N

método, uma teoria ou um pesquisador.


IA
LA

A terceira posição tenta adaptar critérios da pesquisa quantitativa para


determinar a qualidade da pesquisa qualitativa. Miles e Huberman (1994)
apresentam uma série de critérios que constituem tais adaptações. Grunenberg
(2001) foi além, ao realizar uma meta-análise de pesquisas qualitativas das áreas da
educação e das ciências sociais com o objetivo de verificar a qualidade da pesquisa
qualitativa. O resultado desta análise foi a criação de uma lista de critérios de
qualidade.
Agregando as considerações de Grunenberg (2001), Mayring (2002), Miles e
Huberman (1994), bem como as de Steinke (2000), apresentamos os seguintes

| 155
critérios – formulados em termos de perguntas – para uma análise de até que ponto
uma pesquisa qualitativa pode ser considerada de boa qualidade.
- As perguntas da pesquisa são claramente formuladas?
- O delineamento da pesquisa é consistente com o objetivo e as perguntas?
- Os paradigmas e os construtos analíticos foram bem explicitados?
- A posição teórica e as expectativas do pesquisador foram explicitadas?
- Adotaram-se regras explícitas nos procedimentos metodológicos?

07
- Os procedimentos metodológicos são bem documentados?

9:
:5
- Adotaram-se regras explícitas nos procedimentos analíticos?

15
- Os procedimentos analíticos são bem documentados?

1
02
- Os dados foram coletados em todos os contextos, tempos e pessoas sugeridos pelo

/2
02
delineamento?

7/
- O detalhamento da análise leva em conta resultados não-esperados e contrários

-0
om
ao esperado?

l.c
- A discussão dos resultados leva em conta possíveis alternativas de interpretação?

ai
- Os resultados são – ou não – congruentes com as expectativas teóricas?
gm
@
- Explicitou-se a teoria que pode ser derivada dos dados e utilizada em outros
na

contextos?
pi
ia

- Os resultados são acessíveis, tanto para a comunidade acadêmica quanto para os


ib
a.

usuários no campo?
an

- Os resultados estimulam ações – básicas e aplicadas – futuras?


ai
-l

Consistente com os princípios tanto da pesquisa qualitativa quanto da


1
-6

pesquisa quantitativa (i.e., validade), estes critérios podem alcançar algum nível
43

numa gradação qualitativa, mas não valor numérico. Há de se lembrar que, sem
.2
10

tais critérios, não existe diálogo entre resultados de pesquisa – sejam estes de
.1
04

natureza qualitativa ou quantitativa. Sem diálogo entre os resultados, não há como


-0

se chegar a uma compreensão – no sentido de Dilthey – da natureza do ser humano.


A

O capitulo Making good sense: Drawing and verifying conclusions do livro de


N
PI

Miles e Huberman (1994) apresenta uma análise mais detalhada da qualidade das
IA
IB

pesquisas qualitativas. Igualmente interessante é a discussão na revista on-line


AL

"Forum: Qualitative Social Research" sobre a questão da qualidade. Esta discussão


LE

foi iniciada por Reichertz em 2000 e seguida, em cada número subseqüente da


A
N

revista, de réplicas e tréplicas (em ordem de publicação: Breuer, 2000; Huber, 2001;
IA
LA

Kiener & Schanne, 2001; Breuer & Reichertz, 2002; Lauken, 2002; Fahrenberg, 2003;
Rost, 2003; Breuer, 2003).

A Escolha entre a Pesquisa Qualitativa e a Pesquisa Quantitativa


Inicialmente, devemos admitir que não concordamos com a dicotomia de
Dilthey quando afirmou "explicamos a natureza, compreendemos a vida mental".
O ser humano e, portanto, sua vida mental faz parte da natureza; desta maneira,
encontra-se em constante interface com a natureza. Conseqüentemente, a ciência
do ser humano e da sua vida mental consiste em um esforço concomitante de

| 156
explicar e compreender. Mais enfaticamente, explicação e compreensão dependem
uma da outra, são impossíveis uma sem a outra.
Para o processo de investigação científica, tal perspectiva implica que o
pesquisador, enquanto consumidor de pesquisa, na fase da revisão de literatura,
não se deve restringir a resultados frutos de uma determinada abordagem,
ignorando ou, até, vilificando as demais, muitas vezes por falta de conhecimento.
Enquanto participante do processo de construção de conhecimento,

07
idealmente, o pesquisador não deveria escolher entre um método ou outro, mas

9:
:5
utilizar as várias abordagens, qualitativas e quantitativas que se adequam à sua

15
questão de pesquisa. Do ponto de vista prático existem razões de ordens diversas

1
02
que podem induzir um pesquisador a escolher uma abordagem, ou outra.

/2
02
Assim como é difícil ser fluente em mais de uma cultura e língua, é

7/
igualmente difícil aproximar-se de um tema de pesquisa a partir de paradigmas

-0
om
distintos. Turato (2004) alerta para uma "lamentável indiferença à real não-

l.c
harmonia dos paradigmas" (p. 22), argumentando contra abordagens que

ai
combinam métodos qualitativos e quantitativos. Nós ressaltamos, entretanto, que
gm
@
uma abordagem mista não necessariamente implica numa algaravia metodológica.
na

Um primeiro argumento em favor de um determinado método está implícito


pi
ia

no princípio da abertura (veja subitem Coleta de dados), na escolha de um método


ib
a.

adequado para a pergunta que está sendo estudada. À medida que perguntas de
an

pesquisa freqüentemente são multifacetadas, comportam mais de um método.


ai
-l

Assim, uma segunda consideração, obviamente, é a da competência específica do


1
-6

pesquisador. Cabe ressaltar que tal competência deve incluir a sabedoria quando
43

for apropriado, de não realizar uma pesquisa por extrapolar determinadas


.2
10

habilidades, ao invés de modificar a pergunta em função da sua competência.


.1
04

Considerações mais objetivas incluem recursos disponíveis: quanto tempo


-0

existe para realizar a pesquisa e preparar o relatório com os resultados? Que


A

incentivos estão disponíveis para contratar colaboradores e assistentes de


N
PI

pesquisa? Quais os recursos materiais (gravadores, máquinas fotográficas,


IA
IB

filmadoras, computadores) existentes? Qual o acesso à população a ser estudada?


AL

Em suma, a questão não é colocar a pesquisa qualitativa versus a pesquisa


LE

quantitativa, não é decidir-se pela pesquisa qualitativa ou pela pesquisa


A
N

quantitativa. A questão tem implicações de natureza prática, empírica e técnica.


IA
LA

Considerando os recursos materiais, temporais e pessoais disponíveis para lidar


com uma determinada pergunta científica, coloca-se para o pesquisador e para a
sua equipe a tarefa de encontrar e usar a abordagem teórico-metodológica que
permita, num mínimo de tempo, chegar a um resultado que melhor contribua para
a compreensão do fenômeno e para o avanço do bem-estar social.
Fonte: GUNTHER, Hartmut. Pesquisa qualitativa versus pesquisa quantitativa: esta
é a questão?. Psic.: Teor. e Pesq., Brasília , v. 22, n. 2, p. 201-209, Aug. 2006
. Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
37722006000200010&lng=en&nrm=iso>. access
on 28 Mar. 2018. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-37722006000200010.

| 157
E...

AS CARACTERÍSTICAS DOS MÉTODOS QUALITATIVOS1


Primeiramente, o interesse do pesquisador volta-se para a busca do significado das
coisas, porque este tem um papel organizador nos seres humanos. O que as
"coisas" (fenômenos, manifestações, ocorrências, fatos, eventos, vivências, idéias,

07
sentimentos, assuntos) representam, dá molde à vida das pessoas. Num outro nível,

9:
:5
os significados que as "coisas" ganham, passam também a ser partilhados

15
culturalmente e assim organizam o grupo social em torno destas representações e

1
02
simbolismos. Nos settings da saúde em particular, conhecer as significações dos

/2
02
fenômenos do processo saúde-doença é essencial para realizar as seguintes coisas:

7/
-0
melhorar a qualidade da relação profissional-paciente-família-instituição;

om
promover maior adesão de pacientes e da população frente a tratamentos

l.c
ministrados individualmente e de medidas implementadas coletivamente;

ai
gm
entender mais profundamente certos sentimentos, idéias e comportamentos dos
@
doentes, assim como de seus familiares e mesmo da equipe profissional de saúde.
na

Segunda propriedade do método: o ambiente natural do sujeito é inequivocamente


pi
ia

o campo onde ocorrerá a observação sem o controle de variáveis. Terceiro ponto: o


ib
a.

pesquisador é o próprio instrumento de pesquisa, usando diretamente seus órgãos


an

do sentido para apreender os objetos em estudo, espelhando-os então em sua


ai
-l

consciência onde se tornam fenomenologicamente representados para serem


1
-6

interpretados. Quarto atributo: o método tem maior força no rigor da validade


43

(validity) dos dados coletados, já que a observação dos sujeitos, por ser acurada, e
.2
10

sua escuta em entrevista, por ser em profundidade, tendem a levar o pesquisador


.1
04

bem próximo da essência da questão em estudo. Quinta característica: se


-0

a generalização não é a dos resultados (matematicamente) obtidos, pois não se


A
N

pauta em quantificações das ocorrências ou estabelecimento de relações causa-


PI

efeito, ela se torna possível a partir dos pressupostos iniciais revistos, ou melhor,
IA
IB

dos conceitos construídos ou conhecimentos originais produzidos. Caberá ao leitor


AL

e consumidor da pesquisa usá-los para examinar sua plausibilidade e utilidade para


LE

entender casos e settings novos.


A
N

Com finalidade didática, é relevante traçar os perfis comparativos entre as


IA
LA

características das metodologias quáli e quânti aplicadas ao campo da saúde.


Na Tabela 1, o leitor contemplará os níveis conceituais de ambas as metodologias,
iniciando por qual atitude científica se deve ter quando utilizado um ou outro
método. Vê-se também a força maior de cada método (reliability versus validity),
assim como qual deveria ser o real recorte do objetoeleito para investigação em uma
e outra estratégia metodológica; e finalmente, identificar as dessemelhanças
quanto ao desenho do projeto e aos tipos de instrumentos usuais para cada
pesquisa. Ponto crítico é mostrar as distinções existentes na técnica de
amostragem e o perfil da amostra de sujeitos. A análise dos dados mostra que são
diferentes os caminhos de lapidação daquilo que foi coletado em ambos os

| 158
métodos. Por fim, há de se clarear o que são as conclusões, de fato, de um e de outro
método, com o conseqüente trabalho de desfazer os nós quanto
à generalização realmente possível e pretendida pelo método quantitativo e pelo
qualitativo.

07
9:
:5
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07

| 160
Essa importante tábua de dissimilitudes mostra que os métodos têm identidades
próprias, do momento em que seus autores levantam as perguntas (hipóteses de
trabalho) até quando redigem seus relatórios finais de pesquisa. A complexidade de
cada empreitada e, sobretudo, as construções epistemológicas autônomas
desautorizam grande parte das pesquisas, que se auto-intitulam como "quanti-
quali", a continuar apresentando-se ao meio acadêmico por meio deste presumido
modelo misto. Na realidade, muitos dos trabalhos assim denominados são apenas

07
de construção quantitativa, já que encaixar simples citações literais de falas de

9:
:5
sujeitos, que responderam a questionários previamente padronizados, não

15
configura legitimamente a existência de uma reivindicada simultaneidade com

1
02
pesquisa qualitativa.

/2
02
Encerrando o presente artigo, advêm as Tabelas 2 e 3, aspirando codificar,

7/
respectivamente, os construtos mais comuns usados nas pesquisas qualitativas e

-0
om
quantitativas. Em apreciação panorâmica e comparativa de ambos os quadros, é

l.c
esperado que o leitor se aproprie da capacidade de distinguir os enquadres da

ai
saúde a que se reservam ambos os métodos. Na coluna da direita, ao explicitar
gm
@
como cada concepção se constitui, foram empregadas definições bem
na

estabelecidas na literatura da epidemiologia e/ou bem tipificadas como descritores


pi
ia

nas ciências da saúde.


ib
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-0
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02
/2
02
1
15
:5
9:
07

| 163
Fonte: TURATO, Egberto Ribeiro. Métodos qualitativos e quantitativos na área da
saúde: definições, diferenças e seus objetos de pesquisa.Rev. Saúde Pública, São
Paulo , v. 39, n. 3, p. 507-514, June 2005 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-
89102005000300025&lng=en&nrm=iso>. access
on 28 Mar. 2018. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102005000300025.

07
9:
:5
15
1
02
/2
02
7/
-0
om
Pesquisa-ação e Pesquisa-participativa

l.c
ai
gm
São dois tipos de pesquisa parecidas, mas que apresentam várias diferenças
@

em sua metodologia. Vejamos:


na
pi
ia
ib

Pesquisa-participativa Pesquisa-ação
a.
an

Criada por Paulo Freire (ou cientistas Origem nos trabalhos de Kurt-Lewin,
ai

norte-americanos e europeus pós pesquisas experimentais de


-l
1

interessados em intervir no Terceiro campo.


-6
43

Mundo).
.2

Modelo qualitativo de pesquisa Modelo qualitativo de pesquisa


10
.1

Aproxima o pesquisador e o objeto de É conduzido pelos pesquisadores, com


04

sua pesquisa de trabalho social. É a ajuda da comunidade.


-0

conduzida pelos pesquisadores e a


A
N
PI

comunidade.
IA

Busca resolver problemas de interesse Objetiva promover mudanças sociais,


IB
AL

coletivo. Busca a mudança social do onde os pesquisadores reúnem dados,


LE

grupo social em sua comunidade. comprovações ou observações para


A

denunciar situações de injustiças,


N
IA

equívocos ou danos ambientais e


LA

apresentar propostas de mudanças.


É um tipo de pesquisa educacional Apresenta direção, sentido e
voltada para a ação intencionalidade da transformação
social claramente definidos.
Geralmente não possui um É um processo da pesquisa, geralmente
planejamento ou um projeto anterior à estruturado, onde seus membros
prática, onde a conclusão e os efeitos investigam de forma conjunta e
são primeiramente vistos na prática, sistematizada um dado ou uma
entretanto os mesmos objetivos só situação cujo objetivo é resolver um

| 164
serão alcançados com sucesso se determinado problema, ou tomar
houver esse empenhos dos consciência, ou ainda produzir
participantes. conhecimentos, sob um conjunto de
ética aceito mutuamente

Debulhar: http://www.scielo.br/pdf/psoc/v17n3/a03v17n3.pdf

07
9:
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15
1
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/2
02
7/
-0
om
Questões

l.c
ai
1. gm
CESPE - TCE-PA - Auditor de Controle Externo - Psicologia – 2016
@

No que se refere à avaliação psicológica e ao psicodiagnóstico, julgue o item que se


na
pi

segue.
ia
ib

A comunicação dos resultados, enquanto etapa do processo psicodiagnóstico, é


a.
an

uma fonte de informação que permite sintetizar o caso e emitir o diagnóstico.


ai

( ) Certo ( ) Errado
-l
1
-6
43

2. CESPE - EBSERH - Psicólogo Hospitalar – 2018


.2

Julgue o item subsecutivo, concernente à entrevista psicológica.


10
.1

A entrevista inicial é fundamental para o diagnóstico e o tratamento em saúde


04

mental.
-0

( ) Certo ( ) Errado
A
N
PI
IA

3. CESPE - TCE-PA - Auditor de Controle Externo - Psicologia – 2016


IB

No que se refere à avaliação psicológica e ao psicodiagnóstico, julgue o item que se


AL
LE

segue.
A

Conteúdos transferenciais e contratransferenciais devem ser evitados na entrevista


N
IA

de devolução, haja vista a objetividade do processo psicodiagnóstico.


LA

( ) Certo ( ) Errado

4. CESPE - TRT - 10ª REGIÃO (DF e TO) - Analista Judiciário - Psicologia -


2013
Julgue o item seguinte, a respeito de laudos e instrumentos de avaliação
psicológica.
Um teste psicológico fidedigno é aquele que mensura de fato a variável que se
propõe a mensurar.
( ) Certo ( ) Errado

| 165
5. CESPE -AC - Psicólogo - 2006
Assinale a opção que não constitui um teste projetivo para avaliação psicológica.
A Machover
B Wartegg
C Zulliger
D Wechsler

07
9:
:5
6. CESPE – FUB – Psicologia Organizacional – 2015

15
Os testes psicológicos utilizados no processo de seleção de pessoas

1
02
demonstram maior eficácia se comparados a outras técnicas, como entrevistas

/2
02
ou técnicas de simulação, pois esses testes são considerados prospectivos e

7/
precisos, além de focalizarem as aptidões dos candidatos.

-0
om
l.c
7. CESPE – FUB – Psicologia Organizacional – 2015

ai
Testes psicológicos, entrevistas e técnicas de simulação são exemplos de técnicas
gm
@
de seleção de pessoas.
na
pi
ia

8. CESPE – FUB – Psicologia Organizacional – 2015


ib
a.

O psicólogo responsável pelo processo seletivo de uma empresa, ao se afastar de


an

suas funções, por motivos de saúde, deverá cuidar para que o material proveniente
ai
-l

de testes psicológicos possa ser utilizado pelo psicólogo que vier a substituí-lo.
1
-6
43

9. CESPE – FUB – Psicologia Organizacional – 2015


.2
10

Os instrumentos e as técnicas da avaliação psicológica utilizados nos processos de


.1
04

seleção de pessoas devem estar acessíveis ao gestor de recursos humanos, pois,


-0

ainda que este não seja psicólogo, o material de trabalho pertence à organização.
A
N
PI

10. CESPE - TRE-Bahia - Psicólogo - 2017


IA
IB

No que se refere a avaliação e testagem psicológica, julgue os seguintes itens.


AL

I Fidedignidade ou padronização refere-se ao sistema de interpretação dos escores


LE

obtidos em um teste.
A
N

II A validade de um teste reside na sua capacidade de medir aquilo que se propõe a


IA
LA

avaliar.
III A precisão é uma característica necessária e suficiente para garantir a validade
de um instrumento.
Assinale a opção correta.
A Apenas o item I está certo.
B Apenas o item II está certo.
C Apenas o item III está certo.
D Apenas os itens I e II estão certos.
E Apenas os itens II e III estão certos

| 166
11. CESPE - TRE-Bahia - Psicólogo - 2017
No que tange ao processo psicodiagnóstico, julgue os itens a seguir.
I Devido à ausência de padronização, as técnicas psicológicas são insuficientes para
fundamentar conclusões de um processo psicodiagnóstico.
II Para ser considerado válido, um processo psicodiagnóstico pode fundamentar-se
tanto em resultados advindos da aplicação de testes psicológicos quanto em
técnicas psicológicas.

07
III As características do psicólogo responsável pela avaliação devem ser dissociadas

9:
:5
da escolha dos instrumentos a serem utilizados no processo.

15
IV Observações e pesquisa documental são exemplos de técnicas psicológicas.

1
02
Estão certos apenas os itens

/2
02
A I e II.

7/
B I e III.

-0
om
C II e III.

l.c
D II e IV.

ai
E III e IV. gm
@
na

12. CESPE - TRE-Bahia - Psicólogo - 2017


pi
ia

Em se tratando de instrumentos de avaliação em saúde mental, as escalas de


ib
a.

avaliação permitem
an

A definição do prognóstico de uma doença, mas perdem funcionalidade no


ai
-l

rastreamento de indivíduos que necessitem de tratamento específico.


1
-6

B a estimação da frequência dos sintomas, mas não têm função alguma na


43

determinação da gravidade de uma doença.


.2
10

C a qualificação de características psíquicas, mas não comportamentais.


.1
04

D a determinação de diagnósticos clínicos.


-0

E a avaliação das características clínicas de uma doença ou mesmo a determinação


A

do nível necessário de cuidado.


N
PI
IA
IB

13. CESPE – DPF – Psicologia – 2014


AL

Com relação à avaliação psicológica, ao psicodiagnóstico e à atuação do psicólogo,


LE

julgue os próximos itens.


A
N

No processo avaliativo, o psicólogo pode fazer uso de métodos com enfoques


IA
LA

quantitativos e qualitativos.

14. CESPE – DPF – Psicologia – 2014


A classificação do caso e a previsão do seu curso possível podem constituir alguns
dos objetivos do psicodiagnóstico.

15. CESPE – DPF – Psicologia – 2014


O psicodiagnóstico é um processo científico de avaliação psicológica que tem por
objetivos clínicos prioritários a identificação do funcionamento psicológico e o
estabelecimento dos critérios diagnósticos.

| 167
16. CESPE – DPF – Psicologia – 2014
A estratégia de avaliação realizada no paciente pode estar vinculada à abordagem
teórica do psicólogo que realizará a investigação.

17. CESPE - TRT 8ª Região - 2013


Assinale a opção correta no que se refere à avaliação psicológica de acordo com a

07
ética profissional.

9:
:5
A) Do ponto de vista ético, a avaliação psicológica deve ser desenvolvida à parte de

15
qualquer pesquisa, ou seja, os processos são excludentes.

1
02
B) A avaliação psicológica deve ater-se ao diagnóstico do avaliado, pois a produção

/2
02
de resultados em relação ao avaliado, ainda que em seu benefício, fere a ética

7/
profissional.

-0
om
C) Por estar amparado em instrumentos e técnicas psicológicos apropriados, tais

l.c
como testes e entrevistas, o resultado da avaliação psicológica está isento do risco

ai
de maleficência. gm
@
D) Na avaliação psicológica, prioriza-se a aplicação de instrumentos e técnicas
na

específicos, portanto o fato de o psicólogo não ser especialista na área em que a


pi
ia

avaliação deve ser feita não o torna inapto a efetuar a avaliação psicológica.
ib
a.

E) A avaliação psicológica, conjunto de procedimentos realizados para a produção


an

de um diagnóstico, não deve envolver predição sobre comportamentos, prática


ai
-l

que, por denotar julgamento do avaliador, fere a ética profissional.


1
-6
43

18. CESPE – TRE-BA - Analista Judiciário – 2010


.2
10

Durante o psicodiagnóstico, o psicólogo deve reconhecer que a


.1
04

socialização das mulheres, que as conduz a assumir a responsabilidade pela vida


-0

socioafetiva da família, pode estar na origem de suas dificuldades de expressar


A

raiva ou descontentamento.
N
PI

( ) Certo ( ) Errado
IA
IB
AL

19. CESPE – TRE-BA - Analista Judiciário – 2010


LE

O psicólogo, durante o psicodiagnóstico, por tratar da vida psíquica do ser


A
N

humano, deve verificar se o paciente possui recursos psíquicos para abordar suas
IA
LA

questões mais difíceis ou se ele está necessitando de psicofármacos.


( ) Certo ( ) Errado

20. CESPE - MPU – 2013


No que se refere à psicometria, julgue os itens a seguir.
O coeficiente Alfa de Cronbach mede a independência entre os itens de um teste.
( ) Certo ( ) Errado

21. CESPE - MPU – 2013


Várias escalas de medida psicológica classificam-se como aditivas.

| 168
( ) Certo ( ) Errado

22. CESPE - MPU – 2013


Na seleção dos itens que comporão uma escala, são considerados o construto
teórico e o objeto da medição.
( ) Certo ( ) Errado

07
23. CESPE - MPU – 2013

9:
:5
Testes produzidos no exterior podem, depois de traduzidos, ser aplicados no Brasil,

15
independentemente de validação.

1
02
( ) Certo ( ) Errado

/2
02
7/
24. CESPE - MPU – 2013

-0
om
Emprega-se a técnica estatística denominada análise fatorial na verificação de

l.c
validade de conteúdo.

ai
( ) Certo ( ) Errado gm
@
na

25. CESPE - MPU – 2013


pi
ia

Nos testes psicométricos, a validade e a fidedignidade de medidas aplicam-se


ib
a.

apenas a instrumentos quantitativos.


an

( ) Certo ( ) Errado
ai
-l
1
-6

26. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


43

Tendo em vista que, em 2003, o Conselho Federal de Psicologia (CFP)


.2
10

estabeleceu que os instrumentos de mensuração psicológica devem seguir padrões


.1
04

técnicos objetivos, julgue os itens a seguir, concernentes a avaliação psicológica.


-0

Os testes psicométricos baseiam-se na teoria da medida e, especificamente na


A

psicometria, fazem uso de números para descrever os fenômenos psicológicos, ao


N
PI

passo que os testes impressionistas (projetivos e expressivos), ainda que se utilizem


IA
IB

de números, fundamentam-se na descrição linguística.


AL

( ) Certo ( ) Errado
LE
A
N

27. CESPE - DEPEN – 2013


IA
LA

Com relação aos fundamentos e às etapas da medida psicológica e aos


instrumentos de avaliação, julgue os itens que se seguem.
Quando aplicados à avaliação diagnóstica, os termos validade e fidedignidade são
sinônimos.
( ) Certo ( ) Errado

28. CESPE - DEPEN – 2013


No que tange à amostra de padronização, a amostra grande é representativa do tipo
de sujeito para o qual o teste foi planejado. Assim sendo, advém desse tipo de
amostra o estabelecimento de normas e critérios de aplicabilidade do teste.

| 169
( ) Certo ( ) Errado

29. CESPE - DEPEN – 2013


A uniformização das condições de aplicação e o estabelecimento de normas gerais
são aspectos relevantes dos processos de padronização de testes psicológicos.
( ) Certo ( ) Errado

07
30. CESPE - DEPEN – 2013

9:
:5
O teste psicológico, que é uma medida objetiva e padronizada de uma amostra de

15
comportamento, é uma etapa necessária e fundamental da avaliação diagnóstica.

1
02
( ) Certo ( ) Errado

/2
02
7/
31. CESPE - CNJ -2013

-0
om
O psicodiagnóstico requer a utilização de uma bateria de testes projetivos e de

l.c
inteligência, que permitam ao profissional ter a noção geral do funcionamento e da

ai
personalidade do indivíduo avaliado. gm
@
( ) Certo ( ) Errado
na
pi
ia

32. CESPE - TRT 8ª Região - 2013


ib
a.

Considerando os fundamentos da psicometria, assinale a opção correta.


an

A) No início dos estudos psicométricos, Galton foi o responsável pelo


ai
-l

desenvolvimento das medidas das diferenças individuais e da avaliação de


1
-6

desempenho acadêmico.
43

B) A análise fatorial múltipla embasou as pesquisas da denominada era dos testes


.2
10

de inteligência, que marcou os anos iniciais do século XX.


.1
04

C) A psicometria origina-se da orientação mentalista (baseada em processos


-0

mentais) e da orientação clínica.


A

D) O teste de inteligência de Binet foi fundamental para o desenvolvimento da


N
PI

psicometria devido ao seu caráter primoroso de quantificação.


IA
IB

E) A psicometria reuniu, de início, psicólogos com preocupações psicopedagógicas


AL

e clínicas e os de orientação estatística.


LE
A
N

33. CESPE - TRT 8ª Região - 2013


IA
LA

No que se refere ao psicodiagnóstico, assinale a opção correta.


A) O psicodiagnóstico corresponde a uma avaliação psicológica com propósitos
clínicos, que abrange todos os modelos de avaliação psicológica individual.
B) O psicodiagnóstico e seus respectivos testes derivam da psicologia experimental.
C) O fato de o resultado de um psicodiagnóstico nem sempre satisfazer às
necessidades da fonte de solicitação deve-se, geralmente, à dificuldade de precisão
das informações que se pretende solicitar.
D) Em se tratando de psicodiagnóstico infantil, para não comprometer o vínculo de
confiança entre a criança e o terapeuta, recomenda-se que a entrevista com os pais
seja realizada na presença da criança.

| 170
E) Os pais não devem conversar com a criança com antecedência, somente no
primeiro encontro com o psicólogo, sobre o motivo da ida ao psicólogo, pois isso
aumentaria suas defesas inconscientes.

34. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


Tendo em vista que, em 2003, o Conselho Federal de Psicologia (CFP)
estabeleceu que os instrumentos de mensuração psicológica devem seguir padrões

07
técnicos objetivos, julgue os itens a seguir, concernentes a avaliação psicológica.

9:
:5
As inúmeras ferramentas usadas em avaliação psicológica prestam-se apenas

15
à aplicação de testes que ajudam o psicólogo a traçar um perfil mais preciso dos

1
02
profissionais em processos seletivos.

/2
02
( ) Certo ( ) Errado

7/
-0
om
35. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011

l.c
Tendo em vista que, em 2003, o Conselho Federal de Psicologia(CFP)

ai
estabeleceu que os instrumentos de mensuração psicológica devem seguir padrões
gm
@
técnicos objetivos, julgue os itens a seguir, concernentes a avaliação psicológica.
na

Na mensuração dos resultados, os testes psicométricos requerem tanto


pi
ia

habilidades analíticas quanto habilidades inferenciais do psicólogo.


ib
a.

( ) Certo ( ) Errado
an
ai
-l

36. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011 (Atualizada)


1
-6

Tendo em vista que, em 2003, o Conselho Federal de Psicologia (CFP)


43

estabeleceu que os instrumentos de mensuração psicológica devem seguir padrões


.2
10

técnicos objetivos, julgue os itens a seguir, concernentes a avaliação psicológica.


.1
04

Relatórios e laudos psicológicos são formas de comunicar os resultados de uma


-0

avaliação psicológica a outros profissionais da área de saúde.


A

( ) Certo ( ) Errado
N
PI
IA
IB

37. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


AL

Em relação ao psicodiagnóstico, julgue os itens que se seguem.


LE

O objetivo do psicodiagnóstico é a compreensão mais completa possível da


A
N

personalidade do paciente ou do grupo familiar.


IA
LA

( ) Certo ( ) Errado

38. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


Em relação ao psicodiagnóstico, julgue os itens que se seguem.
O psicodiagnóstico, forma específica de avaliação psicológica, é um processo
científico limitado no tempo, que utiliza técnicas e testes psicológicos, em nível
individual ou não.
( ) Certo ( ) Errado

39. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011

| 171
O Sistema de Avaliação dos Testes Psicológicos foi instituído pelo CFP, em 2003,
como uma das ações permanentes para qualificar os métodos e as técnicas
empregados no processo de avaliação psicológica. Essa medida foi considerada um
avanço na qualidade dos instrumentos utilizados nessa avaliação e na construção
de políticas comprometidas com o rigor científico e ético.
Considerando tais orientações, julgue o próximo item, a respeito dos testes
psicológicos.

07
Cabe unicamente ao psicólogo a escolha da metodologia a ser empregada na

9:
:5
avaliação psicológica, mas a seleção das estratégias adequadas a cada contexto e

15
demanda deverá ser da responsabilidade de um grupo de profissionais, com

1
02
formação na área de saúde, entre os quais haja pelo menos um que já tenha

/2
02
aplicado tais estratégias.

7/
( ) Certo ( ) Errado

-0
om
l.c
40. CESPE - SEGERES - Especialista em Desenvolvimento Humano e Social –

ai
2011 gm
@
A respeito de medida psicológica, julgue os próximos itens.
na

Os testes psicológicos referentes a construtos propõem-se a avaliar o nível dos


pi
ia

comportamentos, os conceitos psicológicos ou os processos psíquicos.


ib
a.

( ) Certo ( ) Errado
an
ai
-l

41. CESPE - 2011 - STM - Analista Judiciário - Psicologia - Específicos


1
-6

No que se refere ao processo psicodiagnóstico, julgue os itens que se seguem.


43

Os objetivos do psicodiagnóstico dependem das hipóteses ou perguntas


.2
10

iniciais apresentadas no encaminhamento.


.1
04

( ) Certo ( ) Errado
-0
A

42. CESPE - 2011 - STM - Analista Judiciário - Psicologia – Específicos


N
PI

No que se refere ao processo psicodiagnóstico, julgue os itens que se seguem.


IA
IB

Em razão de muitos testes estarem sob processo de validação, devem-se


AL

utilizar diversos testes no psicodiagnóstico.


LE

( ) Certo ( ) Errado
A
N
IA
LA

43. CESPE - 2011 - STM - Analista Judiciário - Psicologia – Específicos


No que se refere ao processo psicodiagnóstico, julgue os itens que se seguem.
Por meio dos dados obtidos no psicodiagnóstico, podem-se embasar os
objetivos do prognóstico e da prevenção.
( ) Certo ( ) Errado

44. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


No que concerne a testes psicológicos, julgue o item a seguir.

| 172
O PMK, que consiste na análise de traços e desenhos (linhas, círculos, zigue-
zagues, retas paralelas) feitos com lápis, é considerado o único teste adequado para
a avaliação da personalidade de psicólogos.
( ) Certo ( ) Errado

45. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


No que concerne a testes psicológicos, julgue o item a seguir.

07
A fidedignidade de um teste psicológico diz respeito à sua coerência

9:
:5
sistemática, precisão e estabilidade.

15
( ) Certo ( ) Errado

1
02
/2
02
7/
46. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011

-0
om
No que concerne a testes psicológicos, julgue o item a seguir.

l.c
O teste de apercepção temática (TAT), de Henry Murray, concentra-se na

ai
dinâmica das relações interpessoais e atualmente consiste em uma série de 31
gm
@
quadros que retratam situações sociais e relações interpessoais.
na

( ) Certo ( ) Errado
pi
ia
ib
a.

47. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


an

No que concerne a testes psicológicos, julgue o item a seguir.


ai
-l

As letras H, T e P que compõem a sigla que identifica o teste projetivo referem-


1
-6

se, respectivamente, a house, tree e personality.


43

( ) Certo ( ) Errado
.2
10
.1
04

48. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


-0

No que concerne a testes psicológicos, julgue o item a seguir.


A

O teste de Zulliger, constituído por três pranchas —prancha I, relativa a


N
PI

aspectos primitivos da personalidade, como ansiedade e disforia; prancha II,


IA
IB

referente a afetividade/emoções; prancha III, relativa a relacionamento —,é um


AL

teste de Rorschach abreviado.


LE

( ) Certo ( ) Errado
A
N
IA
LA

49. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


No que concerne a testes psicológicos, julgue o item a seguir.
O teste de Rorschach, método de estudo da personalidade fundamentado na
análise de respostas a estímulos não estruturados, serve de base para a observação
dos fenômenos psíquicos complexos relacionados com os processos de percepção,
associação, projeção, e também de comunicação e expressão verbal.
( ) Certo ( ) Errado

50. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


No que concerne a testes psicológicos, julgue o item a seguir.

| 173
Os testes psicológicos, além de serem confiáveis, são padronizados e atendem
a requisitos de fidedignidade e validade.
( ) Certo ( ) Errado

51. CESPE - DPU - Psicólogo – 2010


No que concerne à avaliação psicológica, o conceito de validade
A refere-se somente ao contexto clínico.

07
B refere-se ao alcance com que o teste mensura aquilo que se propõe a medir.

9:
:5
C não se aplica aos testes projetivos, já que não são padronizados.

15
D não se refere aos testes.

1
02
E não se refere necessariamente aos testes válidos, pois estão relacionados a

/2
02
alguma teoria da psicologia.

7/
-0
om
52. CESPE - TCE-PA - Auditor de Controle Externo - Psicologia – 2016

l.c
No que se refere à avaliação psicológica e ao psicodiagnóstico, julgue o item que se

ai
segue. gm
@
O parecer psicológico é o documento a ser elaborado ao final da avaliação
na

psicológica.
pi
ia

( ) Certo ( ) Errado
ib
a.
an

53. CESPE - MPU - Analista - Psicologia – 2013


ai
-l

Julgue o item subsequente, referente às técnicas de entrevista em


1
-6

psicodiagnóstico.
43

Por meio da entrevista clínica, é possível ao profissional verificar características


.2
10

indicadas pelos instrumentos padronizados.


.1
04

( ) Certo ( ) Errado
-0
A
N
PI

54. CESPE – TRE-BA – Psicólogo – 2017


IA
IB

Caso clínico 9A1AAA


AL

Uma criança de seis anos de idade foi levada pela mãe para avaliação
LE

psicológica por apresentar enurese noturna, ansiedade, compulsão alimentar,


A
N

insônia, baixo rendimento escolar e medo de pássaros, de acordo com o relato


IA
LA

materno. O pai da criança não quis acompanhá-las na consulta porque se


posicionou contra a intervenção psicológica.
Na escolha da técnica de entrevista adequada para a anamnese da paciente
do caso clínico 9A1AAA, o psicólogo deve evitar a entrevista
A de livre estruturação, pois crianças tendem a omitir informações quando os pais
estão presentes.
B estruturada, devido a sua baixa aplicabilidade clínica, já que não considera
suficientemente as demandas do paciente.
C semiestruturada, porque ela dificulta a aplicação de testes psicológicos,
procedimento ideal para o caso em questão.

| 174
D de triagem, devido à tenra idade da paciente.
E de triagem, por ser irrelevante para a decisão acerca da intervenção a ser
adotada no caso.

55. CESPE – DEPEN – Psicologia – 2014


Acerca da entrevista clínica (EC), julgue os itens seguintes.
Na perspectiva da psicanálise, os mecanismos da transferência são responsáveis pelos

07
laços sociais estabelecidos entre psicólogo e paciente durante a EC.

9:
:5
15
56. CESPE – DEPEN – Psicologia – 2014

1
02
De acordo com a abordagem psicodinâmica, a formação reativa é um mecanismo

/2
02
de defesa que pode surgir em relações psicoterapêuticas, por exemplo, durante a

7/
-0
realização de uma EC.

om
l.c
57. CESPE – DEPEN – Psicologia – 2014

ai
gm
A técnica psicológica mais apropriada para o atendimento de pacientes com
@
transtornos depressivos é a EC.
na
pi
ia

58. CESPE – DEPEN – Psicologia – 2014


ib
a.

A EC não se aplica ao diagnóstico diferencial de pacientes com transtornos fóbicos e


an

transtornos do estresse pós-traumático, já que esses diferentes transtornos podem


ai
-l

derivar um do outro.
1
-6
43

59. CESPE – DEPEN – Psicologia – 2014


.2
10

Nas instituições penitenciárias, o psicólogo deve, prioritariamente, utilizar a EC


.1
04

como estratégia de intervenção para prevenir psicopatologias sociais.


-0
A
N

60. CESPE – DEPEN – Psicologia – 2014


PI

Recomenda-se que as entrevistas clínicas sejam associadas aos testes projetivos


IA
IB

para identificar de modo mais preciso as estruturas clínicas prevalentes nos


AL

pacientes.
LE
A
N

61. CESPE – DEPEN – Psicologia – 2014


IA
LA

Na EC, o psicólogo deve identificar a tensão entre as necessidades e os desejos do


paciente para, além de interpretar corretamente seus sintomas, realizar o
encaminhamento adequado.

62. CESPE - 2011 - TRE-ES - Analista - Psicologia - Específicos


Com relação ao processo de psicodiagnóstico e às técnicas projetivas, julgue os
itens a seguir.
A linguagem corporal do paciente, mesmo que manifestada exageradamente
durante a entrevista inicial — como, por exemplo, quando ele pisca repetidamente

| 175
na abordagem de assunto —, deve ser desprezado pelo psicólogo na avaliação, a
qual deve basear-se unicamente nos dados obtidos por meio de testes.
( ) Certo ( ) Errado

63. CESPE - MPU – 2013


Por meio da entrevista clínica, é possível ao profissional verificar características
indicadas pelos instrumentos padronizados.

07
( ) Certo ( ) Errado

9:
:5
15
64. CESPE - TRT 8ª Região - 2013

1
02
Em relação à entrevista clínica, assinale a opção correta.

/2
02
A) O resultado da entrevista está relacionado tanto à experiência e à habilidade do

7/
entrevistador na tarefa de entrevistar quanto ao seu domínio da técnica de

-0
om
entrevista.

l.c
B) O treinamento adequado de um entrevistador obedece a um protocolo que

ai
garante a verificação de todos os aspectos e detalhes importantes da entrevista.
gm
@
C) Sendo o beneficiado direto da entrevista clínica as pessoas entrevistadas, não se
na

recomenda a utilização dessa técnica de avaliação quando estiverem envolvidos


pi
ia

interesses múltiplos, a exemplo da realização de entrevista a pedido de uma


ib
a.

empresa.
an

D) O objetivo dessa entrevista é descrever e avaliar aspectos pessoais, relacionais


ai
-l

ou sistêmicos do indivíduo, casal ou família, sendo o tempo delimitado conforme o


1
-6

sujeito a ser avaliado.


43

E) Havendo dificuldades no levantamento de informações, o avaliador deve


.2
10

interromper a entrevista para não ocorrer distorções ou influências na avaliação.


.1
04
-0

65. CESPE - TRT 8ª Região - 2013


A

Na entrevista lúdica,
N
PI

A) é aconselhável que não haja interpretação.


IA
IB

B) a criança se expressa nas seguintes modalidades de brinquedo: autoesfera,


AL

microesfera e macroesfera.
LE

C) a existência de transferência positiva entre a criança e o psicoterapeuta é


A
N

essencial para o sucesso do procedimento.


IA
LA

D) somente nos encontros finais do acompanhamento, quando o psicoterapeuta


questiona a criança a respeito das histórias surgidas no ato de brincar, a criança
será capaz de estruturar a
representação de seus conflitos, defesas e fantasias.
E) o terapeuta não estabelece contrato psicoterápico com as crianças, apenas com
os pais.

66. CESPE - 2011 - TRE-ES - Analista - Psicologia - Específicos


Com relação ao processo de psicodiagnóstico e às técnicas projetivas, julgue os
itens a seguir.

| 176
A entrevista inicial, que consiste na coleta de todos os dados do paciente, deve ser
livre, de forma a se garantir a fidedignidade dos dados coletados. Isso significa que
o paciente é quem deve guiá-la, conforme sua queixa ou o motivo que o levou ao
psicodiagnóstico.
( ) Certo ( ) Errado

67. CESPE - 2011 - STM - Analista Judiciário - Psicologia - Específicos

07
Com relação à entrevista clínica e à entrevista lúdica, julgue os itens seguintes.

9:
:5
Durante a entrevista lúdica, o psicólogo não pode fazer perguntas para a criança, a

15
fim de não direcionar a criança ou o conteúdo expresso.

1
02
( ) Certo ( ) Errado

/2
02
7/
68. CESPE - 2011 - STM - Analista Judiciário - Psicologia - Específicos

-0
om
Com relação à entrevista clínica e à entrevista lúdica, julgue os itens seguintes.

l.c
Na entrevista lúdica, a criança expressa seus sentimentos no brincar (com

ai
brinquedos disponibilizados pelo psicólogo) e também por meio de suas palavras.
gm
@
( ) Certo ( ) Errado
na
pi
ia

69. CESPE - 2011 - STM - Analista Judiciário - Psicologia – Específicos


ib
a.

Com relação à entrevista clínica e à entrevista lúdica, julgue os itens seguintes.


an

Durante a entrevista lúdica, o psicólogo não pode fazer perguntas para a


ai
-l

criança, a fim de não direcionar a criança ou o conteúdo expresso.


1
-6

( ) Certo ( ) Errado
43
.2
10

70. CESPE - 2011 - STM - Analista Judiciário - Psicologia – Específicos


.1
04

Com relação à entrevista clínica e à entrevista lúdica, julgue os itens seguintes.


-0

A entrevista clínica é um dos componentes do processo de avaliação


A

psicológica de um sujeito.
N
PI

( ) Certo ( ) Errado
IA
IB
AL

71. CESPE - 2011 - STM - Analista Judiciário - Psicologia - Específicos


LE

Com relação à entrevista clínica e à entrevista lúdica, julgue os itens


A
N

seguintes.
IA
LA

Na entrevista clínica, requere-se delimitação temporal, de modo que se


programe seu início e fim.
( ) Certo ( ) Errado

72. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


Julgue o item a seguir
Na entrevista, o psicólogo deve reconhecer as defesas e os modos de
estruturação e explicitá-los para o sujeito, especialmente quando as defesas atuem
diretamente na relação com o entrevistador (transferência).
( ) Certo ( ) Errado

| 177
73. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011
Julgue o item a seguir
A entrevista devolutiva tem como único objetivo averiguar a atitude da
pessoa em relação à avaliação e às recomendações, ao seu desejo de segui-las ou
de recusá-las.

07
( ) Certo ( ) Errado

9:
:5
15
1
02
74. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011

/2
02
Julgue o item a seguir

7/
Incluem-se entre os objetivos da entrevista psicológica a investigação, o

-0
om
diagnóstico e a orientação.

l.c
( ) Certo ( ) Errado

ai
gm
@
75. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011
na

Julgue o item a seguir


pi
ia

Independentemente do objetivo a que se propõe, o psicólogo pode


ib
a.

utilizar a entrevista livre para complementar o processo de avaliação psicológica.


an

( ) Certo ( ) Errado
ai
-l
1
-6

76. CESPE - SEGERES - Especialista em Desenvolvimento Humano e Social –


43

2011
.2
10

Julgue os itens seguintes, relativos a técnicas de entrevista.


.1
04

A entrevista motivacional é de longa duração, razão pela qual deve ser


-0

realizada em várias entrevistas sucessivas.


A

( ) Certo ( ) Errado
N
PI
IA
IB
AL

77. CESPE - SEGERES - Especialista em Desenvolvimento Humano e Social –


LE

2011
A
N

Julgue os itens seguintes, relativos a técnicas de entrevista.


IA
LA

Na entrevista de devolução — entrevista final posterior a aplicação do


último teste —, o psicólogo faz uma comunicação verbal ao paciente, mas não a
seus pais.
( ) Certo ( ) Errado

Questões comentadas e gabaritadas

1. CESPE - TCE-PA - Auditor de Controle Externo - Psicologia – 2016

| 178
No que se refere à avaliação psicológica e ao psicodiagnóstico, julgue o item que se
segue.
A comunicação dos resultados, enquanto etapa do processo psicodiagnóstico, é
uma fonte de informação que permite sintetizar o caso e emitir o diagnóstico.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: Certo
Comentários: A comunicação dos resultados permite organizar as informações e

07
até alinhar os entendimentos entre avaliador e a pessoa que recebe a devolutiva.

9:
:5
15
2. CESPE - EBSERH - Psicólogo Hospitalar – 2018

1
02
Julgue o item subsecutivo, concernente à entrevista psicológica.

/2
02
A entrevista inicial é fundamental para o diagnóstico e o tratamento em saúde

7/
mental.

-0
om
( ) Certo ( ) Errado

l.c
Gabarito: Certo

ai
Comentários: Ela é o instrumento mais potente de qualquer processo de avaliação
gm
@
psicológica.
na
pi
ia

3. CESPE - TCE-PA - Auditor de Controle Externo - Psicologia – 2016


ib
a.

No que se refere à avaliação psicológica e ao psicodiagnóstico, julgue o item que se


an

segue.
ai
-l

Conteúdos transferenciais e contratransferenciais devem ser evitados na entrevista


1
-6

de devolução, haja vista a objetividade do processo psicodiagnóstico.


43

( ) Certo ( ) Errado
.2
10

Gabarito: Errado
.1
04

Comentários: Esses conteúdos irão ocorrer e devem ser gerenciados. Não significa,
-0

em hipótese alguma, que devam ser evitados!


A
N
PI

4. CESPE - TRT - 10ª REGIÃO (DF e TO) - Analista Judiciário - Psicologia -


IA
IB

2013
AL

Julgue o item seguinte, a respeito de laudos e instrumentos de avaliação


LE

psicológica.
A
N

Um teste psicológico fidedigno é aquele que mensura de fato a variável que se


IA
LA

propõe a mensurar.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: Errado
Comentários: Nunca confunda uma coisa com a outra. Validade é diferente de
fidedignidade.
Conceito Sinônimos Definição
Validade - Capacidade do teste medir realmente o
que pretende medir

| 179
Fidedignidade Confiabilidade, capacidade dos resultados serem
precisão e reproduzidos dados às mesmas condições
reprodutibilidade
Padronização28 - Uniformidade na aplicação dos testes
Normatização29 - Escores utilizados para a correção dos
resultados
Amostra de - Identifica as amostras de estudo para

07
9:
Padronização validar os testes. Quanto maior o “erro de

:5
amostragem” menos útil é o teste. Por

15
1
isso, a amostra de padronização deve ser

02
ampla e representativa da população

/2
02
considerada, tanto no aspecto

7/
-0
quantitativo como qualitativo.

om
l.c
ai
5. CESPE -AC - Psicólogo - 2006 gm
@
Assinale a opção que não constitui um teste projetivo para avaliação psicológica.
na

A Machover
pi
ia

B Wartegg
ib
a.

C Zulliger
an

D Wechsler
ai
-l

Gabarito: D
1
-6

Comentários: Obviamente que as escalas Wechsler não são projetivas. Mas, aqui
43
.2

cabem mais algumas informações.


10

O teste da figura humana de Machover é projetivo, mas creio que nunca foi validado
.1
04

no Brasil. O Wartegg é projetivo, mas está desfavorável. O Zulliger é projetivo e está


-0

favorável atualmente:
A
N

O teste de zulliger no sistema compreensivo - forma individual (ZSC )


PI
IA

Teste de Zulliger no sistema Escola de Paris: forma individual


IB

Z-Teste Coletivo e Individual Técnica de Zulliger


AL

As escalas Wechsler (que não são projetivas) favoráveis são as seguintes:


LE

Escala de Inteligência Wechsler para Crianças - 4ª edição (WISC-IV)


A
N

Escala de Inteligência Wechsler Abreviada (WASI)


IA
LA

Escala de Inteligência Wechsler para Adultos (WAIS III)

6. CESPE – FUB – Psicologia Organizacional – 2015


Os testes psicológicos utilizados no processo de seleção de pessoas
demonstram maior eficácia se comparados a outras técnicas, como entrevistas
ou técnicas de simulação, pois esses testes são considerados prospectivos e
precisos, além de focalizarem as aptidões dos candidatos.

28
Em resumo: é a aplicação padronizada (aplicação do teste psicológico).
29
Em resumo: é a correção padronizada.

| 180
Gabarito: E
Comentários: Veja que a questão não está falando de validade ou
fidedignidade. a questão fala de eficácia. o que vem a ser eficácia? É a utilidade
dele. sim, é um conceito genérico e sem relevância (e o melhor que posso dar
sem que façamos confusão com validade e fidedignidade). O teste é mais eficaz
que a entrevista ou as técnicas de simulação? Eu não tenho como afirmar isso!

07
9:
:5
7. CESPE – FUB – Psicologia Organizacional – 2015

15
Testes psicológicos, entrevistas e técnicas de simulação são exemplos de técnicas

1
02
de seleção de pessoas.

/2
02
Gabarito: C

7/
Comentários: Sim, são ferramentas utilizadas na seleção de pessoas.

-0
om
l.c
8. CESPE – FUB – Psicologia Organizacional – 2015

ai
O psicólogo responsável pelo processo seletivo de uma empresa, ao se afastar de
gm
@
suas funções, por motivos de saúde, deverá cuidar para que o material proveniente
na

de testes psicológicos possa ser utilizado pelo psicólogo que vier a substituí-lo.
pi
ia

Gabarito: C
ib
a.

Comentários: Sim, isso é coerente com o nosso código de ética! Naquela parte em
an

que é falado sobre a extinção do serviço e a substituição do profissional.


ai
-l
1
-6

9. CESPE – FUB – Psicologia Organizacional – 2015


43

Os instrumentos e as técnicas da avaliação psicológica utilizados nos processos de


.2
10

seleção de pessoas devem estar acessíveis ao gestor de recursos humanos, pois,


.1
04

ainda que este não seja psicólogo, o material de trabalho pertence à organização.
-0

Gabarito: E
A

Comentários: Tem de estar acessíveis ao psicólogo, e ainda assim ao que estiver


N
PI

ligado ao trabalho em questão. Olha a questão do sigilo ai.


IA
IB
AL

10. CESPE - TRE-Bahia - Psicólogo - 2017


LE

No que se refere a avaliação e testagem psicológica, julgue os seguintes itens.


A
N

I Fidedignidade ou padronização refere-se ao sistema de interpretação dos escores


IA
LA

obtidos em um teste.
II A validade de um teste reside na sua capacidade de medir aquilo que se propõe a
avaliar.
III A precisão é uma característica necessária e suficiente para garantir a validade
de um instrumento.
Assinale a opção correta.
A Apenas o item I está certo.
B Apenas o item II está certo.
C Apenas o item III está certo.
D Apenas os itens I e II estão certos.

| 181
E Apenas os itens II e III estão certos
Gabarito: B
Comentários: Vejamos cada assertiva:
I Fidedignidade ou padronização refere-se ao sistema de interpretação dos escores
obtidos em um teste. CORREÇÃO: Fidedignidade é uma coisa, padronização é
outra. Além disso, o sistema de interpretação dos escores obtidos é chamado de
Normatização.

07
II A validade de um teste reside na sua capacidade de medir aquilo que se propõe a

9:
:5
avaliar. DEFINIÇÃO CORRETA

15
III A precisão é uma característica necessária e suficiente para garantir a validade

1
02
de um instrumento. CORREÇÃO: A precisão é sinônimo de fidedignidade.

/2
02
Para que não haja mais confusão, vejamos um quadro que elaborei para a banca

7/
CESPE:

-0
om
Conceito Sinônimos Definição

l.c
Validade - Capacidade do teste medir realmente o

ai
que pretende medir gm
@
Fidedignidade Confiabilidade, capacidade dos resultados serem
na

precisão e reproduzidos dados às mesmas condições


pi
ia

reprodutibilidade
ib
a.

Padronização30 - Uniformidade na aplicação dos testes


an

Normatização - Escores utilizados para a correção dos


ai

31
-l

resultados
1
-6

Amostra de - Identifica as amostras de estudo para


43
.2

Padronização validar os testes. Quanto maior o “erro de


10

amostragem” menos útil é o teste. Por


.1
04

isso, a amostra de padronização deve ser


-0

ampla e representativa da população


A
N

considerada, tanto no aspecto


PI
IA

quantitativo como qualitativo.


IB
AL
LE

11. CESPE - TRE-Bahia - Psicólogo - 2017


A
N

No que tange ao processo psicodiagnóstico, julgue os itens a seguir.


IA
LA

I Devido à ausência de padronização, as técnicas psicológicas são insuficientes para


fundamentar conclusões de um processo psicodiagnóstico.
II Para ser considerado válido, um processo psicodiagnóstico pode fundamentar-se
tanto em resultados advindos da aplicação de testes psicológicos quanto em
técnicas psicológicas.
III As características do psicólogo responsável pela avaliação devem ser dissociadas
da escolha dos instrumentos a serem utilizados no processo.

30
Em resumo: é a aplicação padronizada (aplicação do teste psicológico).
31
Em resumo: é a correção padronizada.

| 182
IV Observações e pesquisa documental são exemplos de técnicas psicológicas.
Estão certos apenas os itens
A I e II.
B I e III.
C II e III.
D II e IV.
E III e IV.

07
Gabarito: D

9:
:5
Comentários: Diferenciar métodos de técnicas nunca foi uma tarefa fácil no âmbito

15
da psicologia, especialmente para concurso público. Gostaria que, a partir desse

1
02
momento, você considerasse métodos de investigação em psicologia como

/2
02
sinônimo de técnicas de investigação psicológica.

7/
Quais são as técnicas de investigação psicológica? São todas as técnicas

-0
om
utilizadas pelo psicólogo que não são testes psicológicos. Por testes psicológicos

l.c
devemos entender tanto os testes psicométricos quanto os projetivos.

ai
Para facilitar, podemos listar da seguinte forma:gm
@
Métodos e Técnicas Testes Psicológicos
na

Entrevista (todos os tipos): anamnese, Testes Impressionistas (projetivos ou


pi
ia

devolutiva, inicial, triagem, com a gráficos)


ib
a.

criança, com a mãe, com os pais, com a Testes Psicométricos


an

família, etc.
ai
-l

Visita à escola, ao trabalho, etc.


1
-6

Hora do jogo
43

Desenho livre da família, de uma


.2
10

história, etc.
.1
04

Jogo da memória
-0

Observação
A
N

Pesquisa documental, etc.


PI
IA
IB

Como é possível perceber, as técnicas psicológicas podem ou não ter um


AL

mínimo de padronização e são suficientes para embasar o processo diagnóstico.


LE

(Assertiva I errada).
A
N

Por fim, as características do psicólogo devem ser levadas em conta. Sua


IA
LA

experiência com o teste projetivo de Rorschach, por exemplo, determinará se o


teste será utilizado ou não.

12. CESPE - TRE-Bahia - Psicólogo - 2017


Em se tratando de instrumentos de avaliação em saúde mental, as escalas de
avaliação permitem
A definição do prognóstico de uma doença, mas perdem funcionalidade no
rastreamento de indivíduos que necessitem de tratamento específico.
B a estimação da frequência dos sintomas, mas não têm função alguma na
determinação da gravidade de uma doença.

| 183
C a qualificação de características psíquicas, mas não comportamentais.
D a determinação de diagnósticos clínicos.
E a avaliação das características clínicas de uma doença ou mesmo a determinação
do nível necessário de cuidado.
Gabarito: E
Comentários: As escalas de avaliação utilizadas em saúde mental são instrumentos
padronizados e estruturados que permitem a comparação com um critério a ser

07
estudado. Essas escalas determinam o nível de comprometimento de um avaliado

9:
:5
com o padrão adotado (gravidade do critério), além de poderem medir as

15
características clínicas, o impacto na qualidade de vida e outros aspectos

1
02
relevantes da sintomatologia e do sujeito. As escalas são os melhores instrumentos

/2
02
para rastreio, permitem prever um prognóstico provável, ajudam a estimar a

7/
frequência de sintomas e a qualificação de características psíquicas e

-0
om
comportamentais. No entanto, essas escalas não podem determinar diagnósticos

l.c
clínicos isoladamente. O verbete “determinar” macula o princípio investigativo de

ai
pluralidade de métodos para o alcance do diagnóstico. gm
@
Curiosidade: a Psicometria clássica entende por aquilo que supostamente deve
na

medir como sendo o critério32.


pi
ia
ib
a.
an

13. CESPE – DPF – Psicologia – 2014


ai
-l

Com relação à avaliação psicológica, ao psicodiagnóstico e à atuação do psicólogo,


1
-6

julgue os próximos itens.


43

No processo avaliativo, o psicólogo pode fazer uso de métodos com enfoques


.2
10

quantitativos e qualitativos.
.1
04

Gabarito: C
-0

Comentários: JUSTIFICATIVA – Conforme literatura consagrada na área, o


A

psicólogo responsável pela avaliação poderá utilizar métodos com enfoque


N
PI

qualitativos e quantitativos no processo psicodiagnóstico, a fim de avaliar a


IA
IB

fidedignidade dos subsídios que suas estratégias lhe fornecem.


AL
LE

14. CESPE – DPF – Psicologia – 2014


A
N

A classificação do caso e a previsão do seu curso possível podem constituir alguns


IA
LA

dos objetivos do psicodiagnóstico.


Gabarito: C
Comentários: JUSTIFICATIVA – O psicodiagnóstico é um processo científico que
utiliza técnicas e testes psicológicos a fim de compreender problemas à luz de
pressupostos teóricos, identificar e avaliar questões específicas, classificando o
caso ou mesmo prevendo o seu curso possível.

32
PASQUALI, Luiz. Psicometria. Rev. esc. enferm. USP [online]. 2009, vol.43, n.spe [cited 2017-12-10],
pp.992-999. Available from: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-
62342009000500002&lng=en&nrm=iso>. ISSN 0080-6234. http://dx.doi.org/10.1590/S0080-
62342009000500002.

| 184
15. CESPE – DPF – Psicologia – 2014
O psicodiagnóstico é um processo científico de avaliação psicológica que tem por
objetivos clínicos prioritários a identificação do funcionamento psicológico e o
estabelecimento dos critérios diagnósticos.
Gabarito: E
Comentários: JUSTIFICATIVA – Conforme literatura consagrada na área, o

07
psicodiagnóstico é uma avaliação psicológica que almeja identificar as forças e as

9:
:5
fraquezas do funcionamento psicológico, não havendo prioridade para a

15
classificação psiquiátrica ou mesmo para a existência de uma psicopatologia. Os

1
02
critérios para diagnósticos não são estabelecidos nessa avaliação.

/2
02
7/
16. CESPE – DPF – Psicologia – 2014

-0
om
A estratégia de avaliação realizada no paciente pode estar vinculada à abordagem

l.c
teórica do psicólogo que realizará a investigação.

ai
Gabarito: C gm
@
Comentários: JUSTIFICATIVA – As estratégias de avaliação compreendem a
na

variedade de enfoques teóricos e recursos disponíveis ao psicólogo no processo de


pi
ia

avaliação. Dessa maneira, tais avaliações podem estar articuladas ao enfoque teórico
ib
a.

adotado pelo profissional que realizará a investigação.


an
ai
-l
1
-6

17. CESPE - TRT 8ª Região - 2013


43

Assinale a opção correta no que se refere à avaliação psicológica de acordo com a


.2
10

ética profissional.
.1
04

A) Do ponto de vista ético, a avaliação psicológica deve ser desenvolvida à parte de


-0

qualquer pesquisa, ou seja, os processos são excludentes.


A

B) A avaliação psicológica deve ater-se ao diagnóstico do avaliado, pois a produção


N
PI

de resultados em relação ao avaliado, ainda que em seu benefício, fere a ética


IA
IB

profissional.
AL

C) Por estar amparado em instrumentos e técnicas psicológicos apropriados, tais


LE

como testes e entrevistas, o resultado da avaliação psicológica está isento do risco


A
N

de maleficência.
IA
LA

D) Na avaliação psicológica, prioriza-se a aplicação de instrumentos e técnicas


específicos, portanto o fato de o psicólogo não ser especialista na área em que a
avaliação deve ser feita não o torna inapto a efetuar a avaliação psicológica.
E) A avaliação psicológica, conjunto de procedimentos realizados para a produção
de um diagnóstico, não deve envolver predição sobre comportamentos, prática
que, por denotar julgamento do avaliador, fere a ética profissional.
Gabarito: Anulada.
Comentários: Não temos questão correta. Segundo a banca, que tinha dado a “E”
como correta, o trabalho de avaliação psicológica envolve também a predição de

| 185
comportamentos futuros, respeitando assim a ética profissional. Por isso, opta-se
pela anulação da questão.

18. CESPE – TRE-BA - Analista Judiciário – 2010


Durante o psicodiagnóstico, o psicólogo deve reconhecer que a
socialização das mulheres, que as conduz a assumir a responsabilidade pela vida
socioafetiva da família, pode estar na origem de suas dificuldades de expressar

07
raiva ou descontentamento.

9:
:5
( ) Certo ( ) Errado

15
Gabarito: C

1
02
Comentários: Assertiva correta e questão polêmica. Deixe-me traduzir para que as

/2
02
mais feministas fiquem com raiva da banca: “Durante o psicodiagnóstico, o

7/
psicólogo deve reconhecer que as diferenças de papéis dos gêneros e as possíveis

-0
om
repercussões desses papéis na origem das dificuldades de expressar raiva ou

l.c
descontentamento.”

ai
gm
@
19. CESPE – TRE-BA - Analista Judiciário – 2010
na

O psicólogo, durante o psicodiagnóstico, por tratar da vida psíquica do ser


pi
ia

humano, deve verificar se o paciente possui recursos psíquicos para abordar suas
ib
a.

questões mais difíceis ou se ele está necessitando de psicofármacos.


an

( ) Certo ( ) Errado
ai
-l

Gabarito: C
1
-6

Comentários: Perfeita colocação. Adiciono que na entrevista inicial (seja de


43

psicodiagnóstico, de psicoterapia ou de triagem) é necessário avaliar os aspectos


.2
10

psíquicos (ou egóicos – como preferir) e sua capacidade de prosseguir com o


.1
04

processo.
-0
A

20. CESPE - MPU – 2013


N
PI

No que se refere à psicometria, julgue os itens a seguir.


IA
IB

O coeficiente Alfa de Cronbach mede a independência entre os itens de um teste.


AL

( ) Certo ( ) Errado
LE

Gabarito: E
A
N

Comentários: É justamente o contrário! Para Pasquali 33 , os coeficientes de alfa


IA
LA

visam verificar a consistência interna do teste através da análise da consistência


interna dos itens, isto é, verificando a congruência que cada item do teste tem com
o restante dos itens do mesmo teste. O alfa (ou Alpha) de Cronbach é o mais
conhecido para tal propósito. Ele proporciona uma medida de de fidedignidade
(confiabilidade) e, por isso, oferece um resultado estetístico da capacidade dos
resultados serem reproduzidos dados às mesmas condições (princípio da
reprodutibilidade).

33
Pasquali, Luiz. Psicometria: teoria dos testes na Psicologia e na Educação.
Editora Vozes. 2003.

| 186
Vamos aprofundar um pouco. Segundo Maroco e Teresa (2006)34 A fiabilidade de
uma medida refere a capacidade desta ser consistente. Se um instrumento de
medida dá sempre os mesmos resultados (dados) quando aplicado a alvos
estruturalmente iguais, podemos confiar no significado da medida e dizer que a
medida é fiável. Dizemo-lo porém com maior ou menor grau de certeza porque toda
a medida é sujeita a erro. Assim a fiabilidade que podemos observar nos nossos
dados é uma estimativa, e não um “dado”. [...] “Erro” é a variabilidade observada

07
no processo de mensuração de um mesmo objecto. Ausência de erro é

9:
:5
“consistência”. Consistência é assim o termo fundamental para definir o conceito

15
de fiabilidade.

1
02
/2
02
Atenção: A medição da confiabilidade pode ser feita a partir dos seguintes critérios:

7/
e) Medida de estabilidade (confiabilidade por teste-reteste) – estabilidade

-0
om
temporal

l.c
f) Método de formas alternativas ou paralelas

ai
g) Método de metades Partidas (Split-half) gm
@
h) Coeficiente Alfa de Cronbach e Coeficiente KR-20
na
pi
ia
ib
a.

21. CESPE - MPU – 2013


an

Várias escalas de medida psicológica classificam-se como aditivas.


ai
-l

( ) Certo ( ) Errado
1
-6

Gabarito: C
43

Comentários: Escalas aditivas são aquelas que possuem itens correlacionados uns
.2
10

com outros. Segundo Cunha (Psicodiagnóstico V), a maioria das escala de medidas
.1
04

em ciências do comportamento são escalas aditivas, obtidas a partir da soma de


-0

vários itens selecionados. A construção de escalas aditivas é normalmente feita a


A

partir de marcos teóricos estabelecidos e de resultados empíricos de pesquisas já


N
PI

realizados ou adaptadas de outros países para o contexto local.


IA
IB

Lembro de uma questão da FCC que tratava exatamente do mesmo assunto.


AL

FCC - 2012 - MPE-PE - Analista Ministerial - Psicologia


LE

Em psicodiagnóstico, na avaliação psicométrica, ocorre que a maioria das escalas


A
N

de medida em ciências do comportamento são escalas aditivas, isto é, são obtidas


IA
LA

a partir da soma de vários itens selecionados como indicadores do constructo


teórico em relação ao qual há interesse em
a) medir.
b) acirrar.
c) modificar.
d) suprimir.

34
Maroco, João. Garcia-Marques, Teresa. Qual a fiabilidade do alfa de
Cronbach? Questões antigas e soluções modernas? Laboratório de Psicologia,
4(1): 65-90. 2006.

| 187
e) desqualificar.
Gabarito: A

22. CESPE - MPU – 2013


Na seleção dos itens que comporão uma escala, são considerados o construto
teórico e o objeto da medição.
( ) Certo ( ) Errado

07
Gabarito: C

9:
:5
Comentários: Correto! Além de muitas outras coisas, são indispensáveis o

15
constructo teórico e a definição do objeto da medição, ambos avaliados pela

1
02
validade de constructo.

/2
02
7/
23. CESPE - MPU – 2013

-0
om
Testes produzidos no exterior podem, depois de traduzidos, ser aplicados no Brasil,

l.c
independentemente de validação.

ai
( ) Certo ( ) Errado gm
@
Gabarito: E
na

Comentários: Testes produzidos no exterior devem ser validados para a população


pi
ia

nacional. Exemplo: BDI-II Inventário de Depressão de Beck. E ainda assim temos


ib
a.

erros, como o caso da figura que falta uma chaminé no teste do WISC-III.
an
ai
-l

24. CESPE - MPU – 2013


1
-6

Emprega-se a técnica estatística denominada análise fatorial na verificação de


43

validade de conteúdo.
.2
10

( ) Certo ( ) Errado
.1
04

Gabarito: E
-0

Comentários: Na verdade, é útil para a validade de constructo e não a validade de


A

conteúdo. Para Cunha, a validade de conteúdo não é determinada


N
PI

estatisticamente, não é expressa por um coeficiente de correlação, mas sim resulta


IA
IB

do julgamento de diferentes juízes ou pessoas de reconhecido saber na área da


AL

atitude ou traço que está sendo medido (página 163 do Psicodiagnóstico V).
LE
A
N

25. CESPE - MPU – 2013


IA
LA

Nos testes psicométricos, a validade e a fidedignidade de medidas aplicam-se


apenas a instrumentos quantitativos.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E
Comentários: Essa foi a mais obscura questão da prova. Quanto a testes
quantitativos tudo bem, mas qual o erro da questão? Tenho três hipóteses para
justificar a manutenção do gabarito Errado pelo CESPE:
Hipótese 1: A grande questão é, a assertiva especifica em que campo de atuação
devemos entender que a validade e a fidedignidade aplicam-se apenas a
instrumentos quantitativos? Sim, no campo dos testes psicométricos! Assim, nesse

| 188
campo, necessariamente, temos apenas testes quantitativos, correto? Errado. Essa
assertiva serve para mostrar que o CESPE utiliza, provavelmente, a seguinte
definição de classificação de testes (quanto ao método):
a) Psicométricos (Regra: normas quantitativas, resultado número ou medida,
itens objetivos que podem ser mensurados independentemente):
§ testes de inteligência
§ técnicas expressivo-gráficas psicométricas (exceção: um teste

07
qualitativo corrigido por normas quantitativas E qualitativas)

9:
:5
§ inventários de personalidade

15
inventário de traços ou estados afetivos

1
§

02
§ inventários de sintomas específicos

/2
02
§ Escala de maturidade Viso-Motora.

7/
b) Projetivos (normas qualitativa, resultados menos quantitativos, resultado

-0
om
expresso através de uma tipologia, itens não podem ser medidos separadamente).

l.c
No campo das técnicas expressivo-gráficas (ou impressionistas), temos, por

ai
exemplo, a aplicação dos conceitos de validade e de fidedignidade em testes
gm
@
qualitativos, como a validade de conteúdo, avaliada por especialistas, ou a
na

fidedignidade, avaliada por teste-reteste. Esses testes psicométricos (conhecidos


pi
ia

também como testes impressionistas) ainda que utilizem números, se fundamentam


ib
a.

na descrição linguística.
an

Hipótese 2: O CESPE usou o termo “testes psicométricos” de forma ampla e


ai
-l

generalizante (o que seria um crime cometido pela Banca).


1
-6

Hipótese 3: existe alguma classificação muito secreta do mundo da psicometria e


43

que nem Pasquali, nem Alchieri e nem Cunha conhecem!


.2
10

Conclusão: Acredito fortemente na viabilidade da primeira hipótese, apesar de


.1
04

contrariar em parte a próxima questão.


-0
A

26. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


N
PI

Tendo em vista que, em 2003, o Conselho Federal de Psicologia (CFP)


IA
IB

estabeleceu que os instrumentos de mensuração psicológica devem seguir padrões


AL

técnicos objetivos, julgue os itens a seguir, concernentes a avaliação psicológica.


LE

Os testes psicométricos baseiam-se na teoria da medida e, especificamente na


A
N

psicometria, fazem uso de números para descrever os fenômenos psicológicos, ao


IA
LA

passo que os testes impressionistas (projetivos e expressivos), ainda que se utilizem


de números, fundamentam-se na descrição linguística.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: C
Comentários: Isso! Anote essa diferenciação entre testes psicométricos e testes
impressionistas (projetivos e expressivos).
1- Testes psicométricos
2- Testes impressionistas projetivos
3- Testes impressionistas expressivos
Veja que nessa questão o CESPE considerou que os testes expressivos são uma

| 189
categoria a parte dos testes psicométricos.

27. CESPE - DEPEN – 2013


Com relação aos fundamentos e às etapas da medida psicológica e aos
instrumentos de avaliação, julgue os itens que se seguem.
Quando aplicados à avaliação diagnóstica, os termos validade e fidedignidade são
sinônimos.

07
( ) Certo ( ) Errado

9:
:5
Gabarito: E

15
Comentários: Nossa. Aluno nosso não erra essa. Validade e fidedignidade são

1
02
conceitos diferentes.

/2
02
7/
28. CESPE - DEPEN – 2013

-0
om
No que tange à amostra de padronização, a amostra grande é representativa do tipo

l.c
de sujeito para o qual o teste foi planejado. Assim sendo, advém desse tipo de

ai
amostra o estabelecimento de normas e critérios de aplicabilidade do teste.
gm
@
( ) Certo ( ) Errado
na

Gabarito: C
pi
ia

Comentários: A padronização é o processo de estabelecimento de normas,


ib
a.

standarts que servirão de critério para a comparação após atestarmos a validade e


an

fidedignidade do teste. Além disso, em um grupo social que pretendemos estudar,


ai
-l

grande amostras são, obviamente, mais representativas que pequenas amostras.


1
-6
43

29. CESPE - DEPEN – 2013


.2
10

A uniformização das condições de aplicação e o estabelecimento de normas gerais


.1
04

são aspectos relevantes dos processos de padronização de testes psicológicos.


-0

( ) Certo ( ) Errado
A

Gabarito: C
N
PI

Comentários: A uniformização das condições de aplicação e a definição de normas


IA
IB

gerais de aplicação e correção são condições essenciais tanto para os estudos de


AL

padronização de testes psicológicos, quanto para os de validade e de fidedignidade.


LE
A
N
IA
LA

30. CESPE - DEPEN – 2013


O teste psicológico, que é uma medida objetiva e padronizada de uma amostra de
comportamento, é uma etapa necessária e fundamental da avaliação diagnóstica.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E
Comentários: Como sabemos, o teste psicológico pode estar contido, ou não, na
avaliação psicológica. Legalmente, ele é obrigatório no psicodiagnóstico.

31. CESPE - CNJ -2013

| 190
O psicodiagnóstico requer a utilização de uma bateria de testes projetivos e de
inteligência, que permitam ao profissional ter a noção geral do funcionamento e da
personalidade do indivíduo avaliado.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E
Comentários: O psicodiagnóstico, como proferido por Cunha, requer uma bateria
de testes, mas que não necessariamente serão projetivos e de inteligência.

07
Podemos ter testes expressivos, por exemplo.

9:
:5
15
1
02
32. CESPE - TRT 8ª Região - 2013

/2
02
Considerando os fundamentos da psicometria, assinale a opção correta.

7/
A) No início dos estudos psicométricos, Galton foi o responsável pelo

-0
om
desenvolvimento das medidas das diferenças individuais e da avaliação de

l.c
desempenho acadêmico.

ai
B) A análise fatorial múltipla embasou as pesquisas da denominada era dos testes
gm
@
de inteligência, que marcou os anos iniciais do século XX.
na

C) A psicometria origina-se da orientação mentalista (baseada em processos


pi
ia

mentais) e da orientação clínica.


ib
a.

D) O teste de inteligência de Binet foi fundamental para o desenvolvimento da


an

psicometria devido ao seu caráter primoroso de quantificação.


ai
-l

E) A psicometria reuniu, de início, psicólogos com preocupações psicopedagógicas


1
-6

e clínicas e os de orientação estatística.


43

Gabarito: E
.2
10

Comentários: Vejamos os erros e acertos de cada uma:


.1
04

A) No início dos estudos psicométricos, Galton foi o responsável pelo


-0

desenvolvimento das medidas das diferenças individuais e da avaliação de


A

desempenho acadêmico.
N
PI

Na verdade, esse foi Binet e não Galton.


IA
IB

B) A análise fatorial múltipla embasou as pesquisas da denominada era dos testes


AL

de inteligência, que marcou os anos iniciais do século XX.


LE

A era da análise fatorial é posterior a dos testes de inteligência (lembre-se de


A
N

Spearman). Na década da análise fatorial, havia a inclusão de fatores colturais e


IA
LA

sociais, contrariando a ideia de fator geral que era característica da era dos testes
de Inteligência.
C) A psicometria origina-se da orientação mentalista (baseada em processos
mentais) e da orientação clínica.
Na verdade, sua orientação inicial foi claramente comportamentalista e fora do
contexto clínico. Começou a ganhar corpo, por exemplo, no contexto acadêmico,
clínica e, na primeira Guerra Mundial, militar.
D) O teste de inteligência de Binet foi fundamental para o desenvolvimento da
psicometria devido ao seu caráter primoroso de quantificação.

| 191
Na verdade, como veremos a seguir, sua ênfase foi mais no critério avaliado do que
nas estatísticas do teste. Apesar de usar métodos quantitativos, não foi essa a sua
bandeira (pois Binet criticava justamente isso em seus antecessores).
E) A psicometria reuniu, de início, psicólogos com preocupações psicopedagógicas
e clínicas e os de orientação estatística.
Correto!

07
Sobre a história (resumida) da avaliação psicológica, recomendo a seguinte

9:
:5
classificação apresentada por Pasquali35:

15
A Década de Galton: 1880. Para Francis Galton (biólogo inglês) à avaliação das

1
02
aptidões humanas se dava por meio da medida sensorial, através da capacidade de

/2
02
discriminação do tato e dos sons. Galton (apud ANASTASI, 1977) entendia que,

7/
A única informação que nos atinge, vinda dos acontecimentos externos, passa,

-0
om
aparentemente pelo caminho de nossos sentidos. Quanto maior o discernimento

l.c
que os sentidos tenham de diferentes, maior o campo em que podem agir no nosso

ai
julgamento de inteligência (p.8). gm
@
A contribuição de Galton para psicometria ocorreu em três áreas: Criação de testes
na

antropométricos para medida de discriminação sensorial (barras para medir a


pi
ia

percepção de comprimento); Apito para percepção de altura do tom; Criação de


ib
a.

escalas de atitudes (escala de pontos, questionários e associação livre2);


an

Desenvolvimento e simplificação de métodos estatísticos (método da análise


ai
-l

quantitativa dos dados coletados).


1
-6

A Década de Cattell: 1890. Influenciado por Galton, James M. Cattell (psicólogo


43

americano) desenvolveu medidas das diferenças individuais, o que resultou na


.2
10

criação da terminologia Mental Test (teste mental). Elaborou em Leipzig sua tese
.1
04

sobre diferenças no Tempo de Reação. Este consiste em registrar os minutos


-0

decorridos entre a apresentação de um estímulo ou ordem para começar a tarefa,


A

e a primeira resposta emitida pelo examinando. Cattell seguiu as ideias de Galton,


N
PI

dando ênfase às medidas sensoriais, porque elas permitiam uma maior precisão.
IA
IB

A Década de Binet: 1900. Seus interesses se voltavam para avaliação das aptidões
AL

mais nas áreas acadêmica e da saúde. Alfred Binet e Henri fizeram uma série de
LE

crítica aos testes até então utilizadas, afirmando que eram medidas exclusivamente
A
N

sensoriais que, embora permitisse maior precisão, não tinham relação importante
IA
LA

com as funções intelectuais. Seu conteúdo intelectual fazia somente referências às


habilidades muito específicas de memorizar, calcular, quando deveriam se ater às
funções mais amplas como memória, imaginação, compreensão, etc. Em 1905,
Binet e Simon desenvolveram o primeiro teste com 30 itens (dispostos em ordem
crescente de dificuldade) com o objetivo de avaliar as mais variadas funções como
julgamento, compreensão e raciocínio, para detectar o nível de inteligência ou

35
PASQUALI, L (Org.) Técnicas de exame psicológico – TEP. Manual. Vol. I:
Fundamentos das técnicas psicológicas. São Paulo: Casa do Psicólogo / CFP,
2001.

| 192
retardo mental de adultos e crianças das escolas de Paris. Estes testes de conteúdo
cognitivo atendiam a funções mais amplas, e foram bem aceitos, principalmente
nos EUA, a partir da sua tradução por Terman (1916), nascendo, assim, a era dos
testes com base no Q.I. (idealizado por W. Stern).
Q.I. = 100 (IM/IC)3
O período de 1910-1930, é considerado a era dos testes de inteligência sob as
influências: Do segundo teste de Binet e Simon (1909); Do artigo de Spearman sobre

07
o fator G (1909); Da revisão do teste de Binet para os EUA (Terman, 1916); e do

9:
:5
impacto da primeira guerra mundial com a necessidade de seleção rápida e

15
eficiente, de contingente para as forças armadas.

1
02
A Década da Análise Fatorial: 1930. Por volta de 1920, diminuiu o entusiasmo pelos

/2
02
testes de inteligência, sobretudo por se demonstrar dependentes da cultura onde

7/
foram criados, o que contrariava a ideia de fator geral universal de Spearman. Kelley

-0
om
quebrou a tradição de Spearman em 1928, e foi seguido, na Inglaterra, por Thomson

l.c
(1939) e Burt (1941), e nos EUA, por Thurstone.

ai
A Era da Sistematização: 1940-1980. Esta época é marcada por duas tendências
gm
@
opostas: Os trabalhos de síntese e os de crítica. Em 1954, Guilford reedita
na

Psychometric Methods e tenta sistematizar a teoria clássica, e Torgerson (1958) a


pi
ia

teoria sobre a medida escolar. Além disso, Cattell e Warburton (1967) procuraram
ib
a.

sintetizar os dados de medida em personalidade, e Guilford (1967) a teoria sobre a


an

inteligência. Entre os trabalhos da crítica, destaca-se Stevens (1946), que levantou


ai
-l

o problema das escalas de medidas.


1
-6

Divulgou-se também a primeira crítica à teoria clássica dos testes na obra de Lord e
43

Novick (1968, Statistical Theory of Mental Tests Scores), que iniciou o


.2
10

desenvolvimento de uma teoria alternativa, a do traço latente, que se junta à teoria


.1
04

moderna de Psicometria, e a Teoria de Resposta ao Item - TRI. Outra tendência


-0

crítica para superar as dificuldades da Psicometria clássica foi iniciada pela


A

Psicologia Cognitiva de Sternberg e Detterman (1979), Sternberg e Weil (1980), com


N
PI

seu modelo, procedimentos e pesquisas sobre os componentes cognitivos, na área


IA
IB

da inteligência.
AL

A Era da Psicometria Moderna (Teoria de Resposta ao Item - TRI): 1980. Talvez


LE

chamar a era atual de TRI seja inadequada, porque: a) Esta teoria embora seja o
A
N

modelo no Primeiro Mundo, ainda não resolveu todos seus problemas


IA
LA

fundamentais para se tornar um modelo definitivo de psicometria e, b) Ela não veio


para substituir toda a psicometria clássica, mas, apenas partes dela. Porém, é o que
há de mais novo nesse campo.

33. CESPE - TRT 8ª Região - 2013


No que se refere ao psicodiagnóstico, assinale a opção correta.
A) O psicodiagnóstico corresponde a uma avaliação psicológica com propósitos
clínicos, que abrange todos os modelos de avaliação psicológica individual.
B) O psicodiagnóstico e seus respectivos testes derivam da psicologia experimental.

| 193
C) O fato de o resultado de um psicodiagnóstico nem sempre satisfazer às
necessidades da fonte de solicitação deve-se, geralmente, à dificuldade de precisão
das informações que se pretende solicitar.
D) Em se tratando de psicodiagnóstico infantil, para não comprometer o vínculo de
confiança entre a criança e o terapeuta, recomenda-se que a entrevista com os pais
seja realizada na presença da criança.
E) Os pais não devem conversar com a criança com antecedência, somente no

07
primeiro encontro com o psicólogo, sobre o motivo da ida ao psicólogo, pois isso

9:
:5
aumentaria suas defesas inconscientes.

15
Gabarito: C

1
02
Comentários: O psicodiagnóstico não abrange todos os modelos de avaliação

/2
02
psicológica individual (o modelo ecológico, por exemplo, é uma avaliação

7/
psicológica que não pode ser executado pelo psicodiagnóstico). Os testes utilizados

-0
om
no psicodiagnóstico derivam das mais diversas abordagens da psicologia, e não

l.c
apenas na base experimental. Um erro possível, mas comum, é o da definição clara

ai
da demanda ou da hipótese de teste. Isso pode comprometer a satisfação do
gm
@
solicitante. Ocampo sugere que a entrevista clínica para o psicodiagnóstico seja
na

feita com os pais diante da criança, para não romper o vínculo de confiança do
pi
ia

infante com o psicólogo. Arzeno, por sua vez, indica que a criança receba
ib
a.

orientações antes de ir para a primeira sessão de psicodiagnóstico, para não ser


an

pega de surpresa.
ai
-l
1
-6

34. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


43

Tendo em vista que, em 2003, o Conselho Federal de Psicologia (CFP)


.2
10

estabeleceu que os instrumentos de mensuração psicológica devem seguir padrões


.1
04

técnicos objetivos, julgue os itens a seguir, concernentes a avaliação psicológica.


-0

As inúmeras ferramentas usadas em avaliação psicológica prestam-se apenas


A

à aplicação de testes que ajudam o psicólogo a traçar um perfil mais preciso dos
N
PI

profissionais em processos seletivos.


IA
IB

( ) Certo ( ) Errado
AL

Gabarito: E
LE

Comentários: E desde quando só servem para auxiliar o processo seletivo?


A
N

Assertiva errada.
IA
LA

35. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


Tendo em vista que, em 2003, o Conselho Federal de Psicologia(CFP)
estabeleceu que os instrumentos de mensuração psicológica devem seguir padrões
técnicos objetivos, julgue os itens a seguir, concernentes a avaliação psicológica.
Na mensuração dos resultados, os testes psicométricos requerem tanto
habilidades analíticas quanto habilidades inferenciais do psicólogo.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E

| 194
Comentários: Nos testes “impressionistas” essas habilidades são requeridas. No
caso de testes psicométricos, basta passar o crivo e fazer a avaliação quantitativa
para encontrar o resultado. Não é preciso uma interpretação ou análise
aprofundada, basta identificar pontuações em uma escala.

36. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011 (Atualizada)

07
Tendo em vista que, em 2003, o Conselho Federal de Psicologia (CFP)

9:
:5
estabeleceu que os instrumentos de mensuração psicológica devem seguir padrões

15
técnicos objetivos, julgue os itens a seguir, concernentes a avaliação psicológica.

1
02
Relatórios e laudos psicológicos são formas de comunicar os resultados de uma

/2
02
avaliação psicológica a outros profissionais da área de saúde.

7/
( ) Certo ( ) Errado

-0
om
Gabarito: E

l.c
Comentários: Assertiva errada à luz da atual RESOLUÇÃO CFP N.º 6/2019. O laudo

ai
decorre, o relatório não! gm
@
Art. 11 - O relatório psicológico consiste em um documento que, por meio de uma
na

exposição escrita, descritiva e circunstanciada, considera os condicionantes


pi
ia

históricos e sociais da pessoa, grupo ou instituição atendida, podendo também ter


ib
a.

caráter informativo. Visa a comunicar a atuação profissional da(o) psicóloga(o) em


an

diferentes processos de trabalho já desenvolvidos ou em desenvolvimento,


ai
-l

podendo gerar orientações, recomendações, encaminhamentos e intervenções


1
-6

pertinentes à situação descrita no documento, não tendo como finalidade produzir


43

diagnóstico psicológico.
.2
10
.1
04

Art. 13 - O laudo psicológico é o resultado de um processo de avaliação


-0

psicológica, com finalidade de subsidiar decisões relacionadas ao contexto em que


A

surgiu a demanda. Apresenta informações técnicas e científicas dos fenômenos


N
PI

psicológicos, considerando os condicionantes históricos e sociais da pessoa, grupo


IA
IB

ou instituição atendida.
AL
LE

37. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


A
N

Em relação ao psicodiagnóstico, julgue os itens que se seguem.


IA
LA

O objetivo do psicodiagnóstico é a compreensão mais completa possível da


personalidade do paciente ou do grupo familiar.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: C
Comentários: Aprenderemos uma coisa aqui. Quando o edital der sinais de
familiaridade com a psicanálise, considere Ocampo no estudo do psicodiagnóstico.
Ela fala, na página 11 de “O Processo psicodiagnóstico e as técnicas projetivas”:
Investigação psicológica deve conseguir uma descrição e compreensão da
personalidade do paciente.

| 195
38. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011
Em relação ao psicodiagnóstico, julgue os itens que se seguem.
O psicodiagnóstico, forma específica de avaliação psicológica, é um processo
científico limitado no tempo, que utiliza técnicas e testes psicológicos, em nível
individual ou não.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: C

07
Comentários: Ok, perceba que o CESPE caracteriza bem o psicodiagnóstico dentro

9:
:5
da Avaliação Psicológica.

15
1
02
39. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011

/2
02
O Sistema de Avaliação dos Testes Psicológicos foi instituído pelo CFP, em 2003,

7/
como uma das ações permanentes para qualificar os métodos e as técnicas

-0
om
empregados no processo de avaliação psicológica. Essa medida foi considerada um

l.c
avanço na qualidade dos instrumentos utilizados nessa avaliação e na construção

ai
de políticas comprometidas com o rigor científico e ético. gm
@
Considerando tais orientações, julgue o próximo item, a respeito dos testes
na

psicológicos.
pi
ia

Cabe unicamente ao psicólogo a escolha da metodologia a ser empregada na


ib
a.

avaliação psicológica, mas a seleção das estratégias adequadas a cada contexto e


an

demanda deverá ser da responsabilidade de um grupo de profissionais, com


ai
-l

formação na área de saúde, entre os quais haja pelo menos um que já tenha
1
-6

aplicado tais estratégias.


43

( ) Certo ( ) Errado
.2
10

Gabarito: E
.1
04

Comentários: O psicólogo é responsável, sempre, pela escolha das estratégias de


-0

sua atuação. Independente de estar em grupo de profissionais ou não ou de ter


A

experiência ou não.
N
PI
IA
IB

40. CESPE - SEGERES - Especialista em Desenvolvimento Humano e Social –


AL

2011
LE

A respeito de medida psicológica, julgue os próximos itens.


A
N

Os testes psicológicos referentes a construtos propõem-se a avaliar o nível dos


IA
LA

comportamentos, os conceitos psicológicos ou os processos psíquicos.


( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: C
Comentários: Correto. Essa é a definição de Validade de Constructo. Essa validade
pode ser definida como o elo entre o nível conceitual e o operacional. É dado pela
medida em que a definição operacional (constructo) de um conceito reflete de fato
seu verdadeiro significado. Aqui existe um marco teórico que deve estar consistente
com outros instrumentos da área. Pode ser realizada pela correlação entre testes.
(comparação com outros testes). Assertiva correta.

| 196
41. CESPE - 2011 - STM - Analista Judiciário - Psicologia - Específicos
No que se refere ao processo psicodiagnóstico, julgue os itens que se seguem.
Os objetivos do psicodiagnóstico dependem das hipóteses ou perguntas
iniciais apresentadas no encaminhamento.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: C

07
Comentários: Correto. Destaco ainda que a definição desses objetivos ocorre já nos

9:
:5
primeiros contatos para o levantamento da demanda. Assertiva correta.

15
Relembremos os momentos do psicodiagnóstico:

1
02
- 1º momento: realização da(s) primeira(s) entrevista(s) para levantamento e

/2
02
esclarecimento dos motivos (manifesto e latente) da consulta, as ansiedades,

7/
defesas, fantasias e a construção da história do indivíduo e da família em questão.

-0
om
Nesta etapa ocorre a definição das hipóteses iniciais e dos objetivos do exame.

l.c
(demanda, hipóteses)

ai
- 2º momento: reflexão sobre material coletado na etapa anterior e sobre as
gm
@
hipóteses iniciais a fim de planejar e selecionar os instrumentos a serem utilizados
na

na avaliação. Em alguns casos se mostram de suma importância as entrevistas,


pi
ia

incluindo os membros mais implicados na patologia do paciente e/ou grupo


ib
a.

familiar. (seleção de escopo e de testes)


an

- 3º momento: realização da estratégia diagnóstica planejada. Na avaliação, de um


ai
-l

modo geral, não é obrigatório (apesar de bastante indicado) o uso de testes


1
-6

psicológicos. Nessa fase ocorre o levantamento quantitativo e qualitativo dos


43

dados. É relevante salientar que não deve haver um modelo rígido de


.2
10

psicodiagnóstico ou de avaliação psicológica, uma vez que cada caso é único,


.1
04

demonstrando necessidades únicas, sendo estas sanadas com instrumentos


-0

próprios para elas. (aplicação de testes e/ou técnicas)


A

- 4º momento: estudo do material coletado. Nesta etapa faz-se a integração dos


N
PI

dados e informações, buscando recorrências e convergências dentro do material,


IA
IB

encontrar o significado de pontos obscuros, correlacionar os instrumentos entre si


AL

e com as histórias obtidas no primeiro momento, formulando inferências por estas


LE

relações tendo como ponto de partida as hipóteses iniciais e os objetivos da


A
N

avaliação. (consolidação das informações)


IA
LA

- 5º momento: entrevista de devolução. Nela ocorre a comunicação dos resultados


obtidos, as orientações a respeito do caso e o encerramento do processo. Ela pode
ocorrer somente uma vez, ou diversas vezes, uma vez que, geralmente, faz-se uma
devolutiva de forma separada para o paciente (em primeiro lugar) e outra para os
pais e o restante da família. Quando o paciente é um grupo familiar, a devolutiva e
as conclusões são transmitidas a todos. (devolução das informações)

42. CESPE - 2011 - STM - Analista Judiciário - Psicologia – Específicos


No que se refere ao processo psicodiagnóstico, julgue os itens que se seguem.

| 197
Em razão de muitos testes estarem sob processo de validação, devem-se
utilizar diversos testes no psicodiagnóstico.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E
Comentários: Opa, devemos utilizar apenas os validados constantes no SATEPSI.
Assertiva errada.

07
9:
:5
43. CESPE - 2011 - STM - Analista Judiciário - Psicologia – Específicos

15
No que se refere ao processo psicodiagnóstico, julgue os itens que se seguem.

1
02
Por meio dos dados obtidos no psicodiagnóstico, podem-se embasar os

/2
02
objetivos do prognóstico e da prevenção.

7/
( ) Certo ( ) Errado

-0
om
Gabarito: C

l.c
Comentários: Correto! Segundo cunha, temos:

ai
• Classificação simples; gm
@
• Classificação descritiva;
na

• Classificação nosológica;
pi
ia

• Diagnóstico diferencial;
ib
a.

• Avaliação compreensiva;
an

• Entendimento dinâmico;
ai
-l

• Prevenção;
1
-6

• Prognóstico;
43

• Perícia forense.
.2
10
.1
04
-0

Objetivos do Psicodiagnóstico e da avaliação psicológica clínica


A

Objetivos Especificações
N
PI

Classificação Simples classificação do desempenho do examinando em


IA
IB

simples relação a um determinado padrão, como por exemplo, em uma


AL

avaliação intelectual
LE

Descrição Ultrapassa a classificação simples, interpretando diferenças de


A
N

resultados, identificando forças e franquezas e descrevendo o


IA
LA

desempenho do paciente, como em uma avaliação de déficits


neuropsicológicos
Classificação Hipóteses iniciais são testadas, tomando como referência
nosológica critérios de diagnósticos do DSM-IV ou CID 10
Diagnóstico São investigadas irregularidades ou inconsistências de um
diferencial quadro sintomático, para diferenciar alternativas diagnósticas,
níveis de funcionamento ou natureza da patologia
Avaliação Tem como objetivo determinar o nível de funcionamento da
compreensiva personalidade. São examinadas as funções do ego, em especial
a de insight, condições do sistema de defesa, para facilitar a

| 198
indicação de recursos terapêuticos bem como estimar o
progresso ou os resultados desse tratamento.
Entendimento Ultrapassa o objetivo da avaliação compreensiva por
dinâmico ou pressupor um nível mais elevado de inferência clínica com
Psicodinâmico abordagens teóricas. O diagnóstico psicodinâmico se
caracteriza pela busca dos fatores causais do transtorno
mental, em oposição ao diagnóstico nosológico, que pretende

07
ser descritivo. Dentre os fatores causais estão conflitos que

9:
:5
dificilmente chegam até a consciência e que determinam o

15
funcionamento da estrutura psíquica do paciente

1
02
Prevenção Procura investigar problemas precocemente, avaliar riscos,

/2
02
fazer uma estimativa de forças e franquezas do ego, de sua

7/
capacidade para enfrentar situações novas, df difíceis e

-0
om
estressantes

l.c
Prognóstico Busca determinar o provável curso do caso

ai
Perícia forense gm
Fornece subsídios para questões relacionadas com
@
"insanidade", competência para o exercício das funções de
na

cidadão, avaliação de incapacidades ou patologias que podem


pi
ia

se associar com infrações de lei, etc.


ib
a.
an
ai
-l
1
-6

44. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


43
.2

No que concerne a testes psicológicos, julgue o item a seguir.


10

O PMK, que consiste na análise de traços e desenhos (linhas, círculos, zigue-


.1
04

zagues, retas paralelas) feitos com lápis, é considerado o único teste adequado para
-0

a avaliação da personalidade de psicólogos.


A
N

( ) Certo ( ) Errado
PI
IA

Gabarito: E
IB

Comentários: No site do CFP temos uma lista enorme de testes de personalidade.


AL

Rorscharch, Zulliger, IFP, etc.


LE
A
N
IA
LA

45. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


No que concerne a testes psicológicos, julgue o item a seguir.
A fidedignidade de um teste psicológico diz respeito à sua coerência
sistemática, precisão e estabilidade.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: C
Comentários: Isso, correto. Não confunda fidedignidade com validade!
O termo Fidedignidade (sinônimo de confiabilidade) está relacionado com a
capacidade dos resultados serem reproduzidos dados às mesmas condições
(princípio da reprodutibilidade). Como os resultados das repetidas aplicações do

| 199
teste foram consistentes, pode-se afirmar que o teste apresenta boa fidedignidade.
Fidedignidade ou confiabilidade refere à capacidade dos resultados serem
reproduzidos dadas as mesmas condições, ou seja: na mesma amostra o mesmo
teste apresenta o mesmo resultado.
A Validade de um teste, por sua vez, significa a capacidade que esse teste tem em
medir aquilo que ele se propõe, ou seja, um determinado constructo teórico.

07
9:
:5
46. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011

15
No que concerne a testes psicológicos, julgue o item a seguir.

1
02
O teste de apercepção temática (TAT), de Henry Murray, concentra-se na

/2
02
dinâmica das relações interpessoais e atualmente consiste em uma série de 31

7/
quadros que retratam situações sociais e relações interpessoais.

-0
om
( ) Certo ( ) Errado

l.c
Gabarito: C

ai
Comentários: Perfeito. São 31 quadros (sendo que 1 é totalmente branco) que
gm
@
apresentam situações humanas habituais. O TAT é uma técnica projetiva que
na

consiste em apresentar uma série de pranchas selecionadas previamente pelo


pi
ia

examinador ao sujeito, que deverá contar uma história sobre cada uma delas. As
ib
a.

narrativas obtidas revelam frequentemente componentes importantes da


an

personalidade, decorrentes de duas tendências psicológicas: a tendência de


ai
-l

interpretar uma situação humana ambígua baseando-se nas suas experiências


1
-6

passadas e em seus anseios atuais, e a outra tendência, a de utilizar o acervo de


43

suas experiências e expressar sentimentos e necessidades (conscientes e


.2
10

inconscientes). Recomendo: http://www.fae.br/cur_psicologia/literaturas/TAT.pdf


.1
04
-0
A

47. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


N
PI

No que concerne a testes psicológicos, julgue o item a seguir.


IA
IB

As letras H, T e P que compõem a sigla que identifica o teste projetivo referem-


AL

se, respectivamente, a house, tree e personality.


LE

( ) Certo ( ) Errado
A
N

Gabarito: E
IA
LA

Comentários: A CESPE é brincalhona. Mandou essa para todo mundo acertar.


House Tree e Person (não é personality). Assertiva errada.

48. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


No que concerne a testes psicológicos, julgue o item a seguir.
O teste de Zulliger, constituído por três pranchas —prancha I, relativa a
aspectos primitivos da personalidade, como ansiedade e disforia; prancha II,
referente a afetividade/emoções; prancha III, relativa a relacionamento —,é um
teste de Rorschach abreviado.

| 200
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E
Comentários: Não é um teste de Rorschach abreviado, não é um teste de Rorschach
abreviado, não é um teste de Rorschach abreviado! Pronto, falei.

49. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011

07
No que concerne a testes psicológicos, julgue o item a seguir.

9:
:5
O teste de Rorschach, método de estudo da personalidade fundamentado na

15
análise de respostas a estímulos não estruturados, serve de base para a observação

1
02
dos fenômenos psíquicos complexos relacionados com os processos de percepção,

/2
02
associação, projeção, e também de comunicação e expressão verbal.

7/
( ) Certo ( ) Errado

-0
om
Gabarito: C

l.c
Comentários: Perfeita definição do teste (ou técnica) de Rorschach

ai
gm
@
na

50. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


pi
ia

No que concerne a testes psicológicos, julgue o item a seguir.


ib
a.

Os testes psicológicos, além de serem confiáveis, são padronizados e atendem


an

a requisitos de fidedignidade e validade.


ai
-l

( ) Certo ( ) Errado
1
-6

Gabarito: C
43

Comentários: Sim, depois do crivo do CFP, pressupõe-se que todo teste psicológico
.2
10

atual seja válido, padronizado e fidedigno.


.1
04
-0
A

51. CESPE - DPU - Psicólogo – 2010


N
PI

No que concerne à avaliação psicológica, o conceito de validade


IA
IB

A refere-se somente ao contexto clínico.


AL

B refere-se ao alcance com que o teste mensura aquilo que se propõe a medir.
LE

C não se aplica aos testes projetivos, já que não são padronizados.


A
N

D não se refere aos testes.


IA
LA

E não se refere necessariamente aos testes válidos, pois estão relacionados a


alguma teoria da psicologia.
Gabarito: B
Comentários: Nossa... Essa foi muito fraca. Nem para botar alguma alternativa com
o conceito de fidedignidade para confundir o candidato eles colocaram.

52. CESPE - TCE-PA - Auditor de Controle Externo - Psicologia – 2016


No que se refere à avaliação psicológica e ao psicodiagnóstico, julgue o item que se
segue.

| 201
O parecer psicológico é o documento a ser elaborado ao final da avaliação
psicológica.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: Errado
Comentários: O laudo (Resolução CFP n 6 de 2019) é o documento elaborado ao
final da avaliação psicológica.

07
53. CESPE - MPU - Analista - Psicologia – 2013

9:
:5
Julgue o item subsequente, referente às técnicas de entrevista em

15
psicodiagnóstico.

1
02
Por meio da entrevista clínica, é possível ao profissional verificar características

/2
02
indicadas pelos instrumentos padronizados.

7/
( ) Certo ( ) Errado

-0
om
Gabarito: Certo

l.c
Comentários: A entrevista vai além dos dados colhidos pelos testes. Ocampo

ai
orienta, e a banca concorda, que deve ser semiestruturada. Ela serve tanto para
gm
@
identificar a expressão do que foi colhido nos testes quanto para direcionar para a
na

necessidade de novas aplicações.


pi
ia
ib
a.

54. CESPE – TRE-BA – Psicólogo – 2017


an

Caso clínico 9A1AAA


ai
-l

Uma criança de seis anos de idade foi levada pela mãe para avaliação
1
-6

psicológica por apresentar enurese noturna, ansiedade, compulsão alimentar,


43

insônia, baixo rendimento escolar e medo de pássaros, de acordo com o relato


.2
10

materno. O pai da criança não quis acompanhá-las na consulta porque se


.1
04

posicionou contra a intervenção psicológica.


-0

Na escolha da técnica de entrevista adequada para a anamnese da paciente


A

do caso clínico 9A1AAA, o psicólogo deve evitar a entrevista


N
PI

A de livre estruturação, pois crianças tendem a omitir informações quando os pais


IA
IB

estão presentes.
AL

B estruturada, devido a sua baixa aplicabilidade clínica, já que não considera


LE

suficientemente as demandas do paciente.


A
N

C semiestruturada, porque ela dificulta a aplicação de testes psicológicos,


IA
LA

procedimento ideal para o caso em questão.


D de triagem, devido à tenra idade da paciente.
E de triagem, por ser irrelevante para a decisão acerca da intervenção a ser
adotada no caso.
Gabarito: B
Comentários: Na entrevista estruturada, além de nós não conseguirmos alcançar
conteúdos qualitativamente mais relevantes que permitam diferenciar cada caso,
não é possível aprofundar assuntos que desperta mais a atenção do examinador.
Além disso, considerando que na entrevista estruturada a ordem das perguntas não

| 202
varia, é possível que haja o aumento de ansiedade por parte do entrevistado
justamente por não podermos começar com perguntas mais simples ou amplas.

55. CESPE – DEPEN – Psicologia – 2014


Acerca da entrevista clínica (EC), julgue os itens seguintes.
Na perspectiva da psicanálise, os mecanismos da transferência são responsáveis pelos
laços sociais estabelecidos entre psicólogo e paciente durante a EC.

07
Gabarito: E

9:
:5
Comentários: Os mecanismos de transferência não constituem, não formam, os laços

15
sociais. Também não podemos afirmar que os laços sociais na entrevista clínica são

1
02
formados pela soma da transferência com a contratransferência. Laços sociais são

/2
02
vinculações sociais entre o terapeuta e o paciente e incluem o papel social de cada um

7/
na relação. A transferência e a contratransferência são efeitos dentro dessa relação.

-0
om
l.c
56. CESPE – DEPEN – Psicologia – 2014

ai
De acordo com a abordagem psicodinâmica, a formação reativa é um mecanismo
gm
@
de defesa que pode surgir em relações psicoterapêuticas, por exemplo, durante a
na

realização de uma EC.


pi
ia

Gabarito: C
ib
a.

Comentários: Sim, a formação reativa pode surgir dentro da entrevista clínica. Esse
an

mecanismo de defesa ocorre quando o paciente expressa um sentimento ou vontade


ai
-l

diametralmente oposto ao que verdadeiramente tem inconscientemente.


1
-6
43

57. CESPE – DEPEN – Psicologia – 2014


.2
10

A técnica psicológica mais apropriada para o atendimento de pacientes com


.1
04

transtornos depressivos é a EC.


-0

Gabarito: E
A

Comentários: A entrevista clínica é uma das técnicas, mas não a principal para tratar
N
PI

pacientes depressivos.
IA
IB
AL

58. CESPE – DEPEN – Psicologia – 2014


LE

A EC não se aplica ao diagnóstico diferencial de pacientes com transtornos fóbicos e


A
N

transtornos do estresse pós-traumático, já que esses diferentes transtornos podem


IA
LA

derivar um do outro.
Gabarito: C
Comentários: Sim, a banca considerou como correta e eu considero como errada.
Aliás, acredito em erro duplo. A EC pode ajudar nesse tipo de diagnóstico diferencial,
e muito bem, e um transtorno não deriva do outro!!!

59. CESPE – DEPEN – Psicologia – 2014


Nas instituições penitenciárias, o psicólogo deve, prioritariamente, utilizar a EC
como estratégia de intervenção para prevenir psicopatologias sociais.
Gabarito: E

| 203
Comentários: Prioritariamente? Não né. E serve para prevenir psicopatologias
sociais? Desconheço essa função.

60. CESPE – DEPEN – Psicologia – 2014


Recomenda-se que as entrevistas clínicas sejam associadas aos testes projetivos
para identificar de modo mais preciso as estruturas clínicas prevalentes nos
pacientes.

07
Gabarito: C

9:
:5
Comentários: O que está descrito na assertiva é o ideal para a avaliação psicológica.

15
1
02
61. CESPE – DEPEN – Psicologia – 2014

/2
02
Na EC, o psicólogo deve identificar a tensão entre as necessidades e os desejos do

7/
paciente para, além de interpretar corretamente seus sintomas, realizar o

-0
om
encaminhamento adequado.

l.c
Gabarito: C

ai
Comentários: Em outras palavras, o psicólogo deve identificar o manifesto e o latente
gm
@
na demanda do paciente.
na
pi
ia

62. CESPE - 2011 - TRE-ES - Analista - Psicologia - Específicos


ib
a.

Com relação ao processo de psicodiagnóstico e às técnicas projetivas, julgue os


an

itens a seguir.
ai
-l

A linguagem corporal do paciente, mesmo que manifestada exageradamente


1
-6

durante a entrevista inicial — como, por exemplo, quando ele pisca repetidamente
43

na abordagem de assunto —, deve ser desprezado pelo psicólogo na avaliação, a


.2
10

qual deve basear-se unicamente nos dados obtidos por meio de testes.
.1
04

( ) Certo ( ) Errado
-0

Gabarito: E
A

Comentários: o comportamento não-verbal é uma fonte de informações tão vasta


N
PI

quanto o que é manifestado verbalmente. Assertiva errada.


IA
IB
AL

63. CESPE - MPU – 2013


LE

Por meio da entrevista clínica, é possível ao profissional verificar características


A
N

indicadas pelos instrumentos padronizados.


IA
LA

( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: C
Comentários: Isso mesmo. Com a entrevista clínica podemos, por exemplo,
contemplar escalas e questionários que indicarão classificações ou até
diagnósticos.

64. CESPE - TRT 8ª Região - 2013


Em relação à entrevista clínica, assinale a opção correta.

| 204
A) O resultado da entrevista está relacionado tanto à experiência e à habilidade do
entrevistador na tarefa de entrevistar quanto ao seu domínio da técnica de
entrevista.
B) O treinamento adequado de um entrevistador obedece a um protocolo que
garante a verificação de todos os aspectos e detalhes importantes da entrevista.
C) Sendo o beneficiado direto da entrevista clínica as pessoas entrevistadas, não se
recomenda a utilização dessa técnica de avaliação quando estiverem envolvidos

07
interesses múltiplos, a exemplo da realização de entrevista a pedido de uma

9:
:5
empresa.

15
D) O objetivo dessa entrevista é descrever e avaliar aspectos pessoais, relacionais

1
02
ou sistêmicos do indivíduo, casal ou família, sendo o tempo delimitado conforme o

/2
02
sujeito a ser avaliado.

7/
E) Havendo dificuldades no levantamento de informações, o avaliador deve

-0
om
interromper a entrevista para não ocorrer distorções ou influências na avaliação.

l.c
Comentários: A

ai
Gabarito: A capacidade de conduzir a entrevista está relacionada as competências
gm
@
previamente aprendidas pelo entrevistador quanto a sua capacidade em colocar
na

em prática tais competências. No entanto, obedecer a um protocolo não garante


pi
ia

que todos os aspectos importantes de uma entrevista sejam sempre satisfeitos,


ib
a.

além disso, como beneficiários da entrevista clínica, podemos ter tanto o


an

entrevistado quanto seus familiares ou o profissional solicitante. O tempo é


ai
-l

delimitado de acordo com o problema a ser estudado e não de acordo com o sujeito
1
-6

atendido. Havendo dificuldades no levantamento de informações, o entrevistador


43

deve utilizar outras técnicas para alcançar seus objetivos, nada de interromper a
.2
10

entrevista.
.1
04
-0

65. CESPE - TRT 8ª Região - 2013


A

Na entrevista lúdica,
N
PI

A) é aconselhável que não haja interpretação.


IA
IB

B) a criança se expressa nas seguintes modalidades de brinquedo: autoesfera,


AL

microesfera e macroesfera.
LE

C) a existência de transferência positiva entre a criança e o psicoterapeuta é


A
N

essencial para o sucesso do procedimento.


IA
LA

D) somente nos encontros finais do acompanhamento, quando o psicoterapeuta


questiona a criança a respeito das histórias surgidas no ato de brincar, a criança
será capaz de estruturar a
representação de seus conflitos, defesas e fantasias.
E) o terapeuta não estabelece contrato psicoterápico com as crianças, apenas com
os pais.
Gabarito: A
Comentários: Quem ousa falar isso? Aberastury. No capítulo 9 do livro
Psicodiagnóstico 5, temos:
Na entrevista lúdica, Aberastury (1978) considera também conveniente não

| 205
interpretar, já que ainda não temos como saber se a criança será tratada ou não
e, em caso de encaminhamento, qual a técnica mais adequada para aplicar.
Então, é muito delicado arriscar uma interpretação, porque podem se romper as
defesas, cuja fragilidade ou rigidez ainda não conhecemos, e, como
conseqüência, despertar muita ansiedade e/ou culpa, bem como alimentar
fantasias de que seus impulsos podem atacar ou destruir a relação com o
psicólogo, sentimentos estes que ficariam sem resolver, se a decisão for a de não

07
acompanhar psicoterapicamente a criança.

9:
:5
15
66. CESPE - 2011 - TRE-ES - Analista - Psicologia - Específicos

1
02
Com relação ao processo de psicodiagnóstico e às técnicas projetivas, julgue os

/2
02
itens a seguir.

7/
-0
A entrevista inicial, que consiste na coleta de todos os dados do paciente, deve ser

om
livre, de forma a se garantir a fidedignidade dos dados coletados. Isso significa que

l.c
o paciente é quem deve guiá-la, conforme sua queixa ou o motivo que o levou ao

ai
psicodiagnóstico. gm
@
( ) Certo ( ) Errado
na

Gabarito: E
pi
ia

Comentários: A entrevista inicial deve ser dirigida pelo entrevistador, com o


ib
a.

objetivo de formular hipóteses!


an
ai
-l

67. CESPE - 2011 - STM - Analista Judiciário - Psicologia - Específicos


1
-6

Com relação à entrevista clínica e à entrevista lúdica, julgue os itens seguintes.


43

Durante a entrevista lúdica, o psicólogo não pode fazer perguntas para a criança, a
.2
10

fim de não direcionar a criança ou o conteúdo expresso.


.1
04

( ) Certo ( ) Errado
-0

Gabarito: E
A
N

Comentários: Pode sim. O objetivo da entrevista lúdica é justamente levantar


PI

dados junto a criança.


IA
IB
AL

68. CESPE - 2011 - STM - Analista Judiciário - Psicologia - Específicos


LE

Com relação à entrevista clínica e à entrevista lúdica, julgue os itens seguintes.


A
N

Na entrevista lúdica, a criança expressa seus sentimentos no brincar (com


IA
LA

brinquedos disponibilizados pelo psicólogo) e também por meio de suas palavras.


( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E
Comentários: Vamos por partes. O que é a entrevista lúdica? É o tipo de entrevista
feita com crianças e que pode ser estruturada ou não. Geralmente esse tipo de
entrevista deixa a criança livre para mexer e/ou brincar com os materiais. O
terapeuta realiza de forma gradual questões que tenham relação com o brinquedo
e/ou brincar do momento, ao mesmo tempo em que realiza questões referentes à
problemática em questão. Mas como, então, essa assertiva está errada?

| 206
Muito provavelmente o erro está no fato de que na entrevista lúdica, pelo
menos para fins de concurso e para a postura adotada por Klein, Freud e
Aberastury, nem sempre o brincar e o conversar eliciarão transferência e, mesmo
assim, nem sempre teremos a exposição de sentimentos. Lembre-se que para
Aberastury, na entrevista lúdica não temos a intepretação das transferências.
Essa foi a única explicação que consegui para justificar o erro da assertiva.
Porém, não estou convencido e acredito que o CESPE errou em não anular ou

07
alterar o gabarito. Enfim... sigamos com a banca.

9:
:5
15
1
02
69. CESPE - 2011 - STM - Analista Judiciário - Psicologia – Específicos

/2
02
Com relação à entrevista clínica e à entrevista lúdica, julgue os itens seguintes.

7/
Durante a entrevista lúdica, o psicólogo não pode fazer perguntas para a

-0
om
criança, a fim de não direcionar a criança ou o conteúdo expresso.

l.c
( ) Certo ( ) Errado

ai
Gabarito: E gm
@
Comentários: Como explicamos anteriormente, a entrevista lúdica pode ser
na

estruturada ou não estruturada. Além disso, destaco que pode ser dirigida ou não
pi
ia

pelo psicólogo. Quando ela é estruturada, necessariamente ela é dirigida! Assertiva


ib
a.

errada.
an
ai
-l
1
-6

70. CESPE - 2011 - STM - Analista Judiciário - Psicologia – Específicos


43

Com relação à entrevista clínica e à entrevista lúdica, julgue os itens seguintes.


.2
10

A entrevista clínica é um dos componentes do processo de avaliação


.1
04

psicológica de um sujeito.
-0

( ) Certo ( ) Errado
A

Gabarito: C
N
PI

Comentários: Correto! Bleger fala que a entrevista é uma técnica de investigação


IA
IB

científica em psicologia, sendo um instrumento fundamental do método clínico.


AL
LE
A
N
IA
LA

71. CESPE - 2011 - STM - Analista Judiciário - Psicologia - Específicos


Com relação à entrevista clínica e à entrevista lúdica, julgue os itens
seguintes.
Na entrevista clínica, requere-se delimitação temporal, de modo que se
programe seu início e fim.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: C
Comentários: Com relação à entrevista clínica, podemos afirmar que ela comporta
diferentes fases. Os autores concordam com a existência de uma fase de
introdução, uma de exploração, uma de teste de hipótese e, finalmente, uma fase

| 207
de feedback (devolução da informação). Além disso, como é referido na assertiva,
existe uma programação de tempo de duração da entrevista. Assertiva correta.

72. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


Julgue o item a seguir
Na entrevista, o psicólogo deve reconhecer as defesas e os modos de

07
estruturação e explicitá-los para o sujeito, especialmente quando as defesas atuem

9:
:5
diretamente na relação com o entrevistador (transferência).

15
( ) Certo ( ) Errado

1
02
Gabarito: E

/2
02
Comentários: Tudo bem que é interessante reconhecer defesas e modos de

7/
estruturação da personalidade, assim como os processos transferenciais, mas não

-0
om
é indicado explicitá-los.

l.c
ai
gm
@
73. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011
na

Julgue o item a seguir


pi
ia

A entrevista devolutiva tem como único objetivo averiguar a atitude da


ib
a.

pessoa em relação à avaliação e às recomendações, ao seu desejo de segui-las ou


an

de recusá-las.
ai
-l

( ) Certo ( ) Errado
1
-6

Gabarito: E
43

Comentários:
.2
10

Errada. A entrevista devolutiva visa devolver aos pacientes e solicitantes,


.1
04

o resultado da avaliação realizada. Deve ser clara e objetiva, orientando-os para


-0

procedimentos futuros.
A
N
PI
IA
IB

74. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


AL

Julgue o item a seguir


LE

Incluem-se entre os objetivos da entrevista psicológica a investigação, o


A
N

diagnóstico e a orientação.
IA
LA

( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: C
Comentários: Veja as modalidades/objetivos para as entrevistas
psicológicas:
a) Diagnóstica Visa estabelecer o diagnóstico e o prognóstico do paciente, bem como
as indicações terapêuticas adequadas. Assim, faz-se necessário uma
coleta de dados sobre a história do paciente e sua motivação para o
tratamento. Quase sempre, a entrevista diagnóstica é parte de um
processo mais amplo de avaliação clínica que inclui testagem
psicológica. É parte, na maioria das vezes, de um processo amplo de

| 208
avaliação que inclui testagem psicológica. Podem ser sindrômicas ou
dinâmicas. O primeiro visa à descrição de sinais (como, por exemplo:
baixa autoestima, sentimentos de culpa) e sintomas (humor
deprimido, ideação suicida) para a classificação de um quadro ou
síndrome (Transtorno Depressivo Maior). O diagnóstico
psicodinâmico visa à descrição e à compreensão da experiência ou do
modo particular de funcionamento do sujeito, tendo em vista uma

07
abordagem teórica.

9:
:5
b) Psicoterápica Procura colocar em prática estratégia de intervenção psicológica nas

15
1
diversas abordagens para acompanhar o paciente, esclarecer suas

02
dificuldades, tentando ajudá-lo à solucionar seus problemas;

/2
02
c) De Logo no início da entrevista, deve ficar claro para o entrevistado, que

7/
-0
Encaminhamento a mesma tem como objetivo indicar seu tratamento, e que este não

om
será conduzido pelo entrevistador. (triagem)

l.c
d) De Seleção O entrevistador deve ter um conhecimento prévio do currículo do

ai
gm
entrevistado, do perfil do cargo, deve fazer uma sondagem sobre as
@
informações que o candidato tem a respeito da empresa, e destacar
na

os aspectos mais significativos do examinando em relação à vaga


pi
ia

pleiteada, etc.;
ib
a.

e) De Identifica os benefícios do tratamento por ocasião da alta do


an
ai

Desligamento paciente, examina junto com ele os planos da pós-alta ou a


-l

necessidade de trabalhar algum problema ainda pendente.


1
-6
43

f) De Pesquisa Investiga temas em áreas das mais diversas ciências, somente se


.2

realiza a partir da assinatura do entrevistado ou paciente, do


10
.1

documento: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Resolução


04

CNS no 196/96), no qual estará explícita a garantia ao sigilo das suas


-0

informações e identificação, e liberdade de continuar ou não no


A
N

processo.
PI
IA
IB
AL
LE
A

75. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


N
IA

Julgue o item a seguir


LA

Independentemente do objetivo a que se propõe, o psicólogo pode


utilizar a entrevista livre para complementar o processo de avaliação psicológica.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E
Comentários: Independente nada. Assertiva errada. Quando a entrevista é
estritamente estruturada, por exemplo, admite-se apenas que o psicólogo siga o
roteiro.

| 209
76. CESPE - SEGERES - Especialista em Desenvolvimento Humano e Social –
2011
Julgue os itens seguintes, relativos a técnicas de entrevista.
A entrevista motivacional é de longa duração, razão pela qual deve ser
realizada em várias entrevistas sucessivas.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E

07
Comentários: A entrevista motivacional busca fazer com que o entrevistado supere

9:
:5
ambivalências e adote uma postura com relação à sua problemática (se

15
responsabilize). É uma técnica da ACP (Rogers) e costuma ser indicado em casos de

1
02
dependência de substâncias. Não só pode ser de longa duração e realizada em

/2
02
várias entrevistas como também pode, preferencialmente, ser realizada em uma

7/
única entrevista. Assertiva errada.

-0
om
l.c
ai
77. CESPE - SEGERES - Especialista em Desenvolvimento Humano e Social –
gm
@
2011
na

Julgue os itens seguintes, relativos a técnicas de entrevista.


pi
ia

Na entrevista de devolução — entrevista final posterior a aplicação do


ib
a.

último teste —, o psicólogo faz uma comunicação verbal ao paciente, mas não a
an

seus pais.
ai
-l

( ) Certo ( ) Errado
1
-6

Gabarito: Anulada
43

Comentários: Segundo a CESPE: A redação do item está incompleta, motivo pelo


.2
10

qual se opta pela anulação do item.


.1
04
-0
A

Bons estudos! =]
N
PI

Professor Alyson Barros


IA
IB
AL
LE
A
N
IA
LA

| 210

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