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UFRJ

PLANO DE ESTUDO DE ESTAGIO PÓS-DOUTORAL

O PROCESSO DE PARTICIPAÇÃO SOCIAL NA TOMADA DE DECISÃO


DO GOVERNO E SUA RELAÇÃO COM AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

INSTITUIÇÃO NO BRASIL: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO


(UFRJ) ESCOLA DE ENEGENHARIA – NÚCLEO DE ANALISES DE SISTEMAS
AMBIENTAIS (NASA/UFRJ)

INSTITUIÇÃO NO EXTERIOR: UNIVERSIDADE DE ABERDEEN,


DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA E MEIO AMBIENTE, ESCÓCIA

INSTITUIÇÃO FINANCIADORA: CAPES/MEC

PROPONENTE: RICARDO BRAUN, PhD


Versão 00 Março 2008

Resumo

O presente documento relata as principais atividades a serem desenvolvidas durante


o estágio pós-doutoral na Escola de Engenharia, Departamento de Recursos
Hídricos e Ambientais, e no Departamento de Geografia e Meio Ambiente da
Universidade de Aberdeen, Escócia.

A questão da participação social no processo de tomada de decisão do governo é


crucial para alcançar as metas do desenvolvimento sustentável postuladas na
Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (1992), e mais
recentemente na Declaração do Milênio durante na Rio + 10, realizada em
Joanesburgo na África do Sul em 2002. Contudo o processo de participação social
fomentado pelo governo brasileiro ainda é incipiente em relação a demanda para
alcançar as metas estabelecidas na Agenda Brasileira (Agenda 21). Em outras
palavras, faltam políticas e ações locais que garantem que opiniões e
recomendações da sociedade consultada sejam efetivamente incorporadas ao
processo de tomada de decisão do governo. Soma-se a isso a questão das
emissões de gases de efeito estufa (GEE) relacionados `as mudanças climáticas
causados primordialmente pelo desenvolvimento econômico acelerado e o consumo
da sociedade moderna. Neste contexto fica a grande questão de como garantir
efetiva participação social no processo de decisão do governo relacionado ao
desenvolvimento sustentável, e que ao mesmo envolva a sociedade para minimizar
as causas do aquecimento global?

Como base nisso, o estágio acadêmico de pós-doutorado será primordial para a


colaboração acadêmica em instituições de excelência enfocando nova linha de
pesquisa sobre as questões de participação social em planos e programas
governamentais e sua real efetividade. Viabilizando também atualizar
conhecimentos sobre esquemas inovadores que incluam questões relacionadas `a
diminuição do aquecimento global. Planeja-se também desenvolver modelo
(pragmático) de participação social que englobe tanto as questões relacionadas ao

1
desenvolvimento sustentável como as questão de mudanças climáticas objetivando
melhorar este processo em planos e programas governamentais.

1. Introdução

O processo de modernização através do desenvolvimento tecnológico acelerado,


durante todo o último século, trouxe inúmeros benefícios e maior conforto e
qualidade de vida para as pessoas de uma maneira geral, mas também gerou
degradações ecológicas e problemas sociais e econômicos globais muito evidentes
hoje em dia (Clark, 2000). Dentre eles os desmatamentos, a poluição hídrica, a
saúde ambiental degradada, as desigualdades sociais e a geração dos gases de
efeito estufa (GEE). Alem disso a economia insustentável e o desequilíbrio social,
particularmente nos países em desenvolvimento como o Brasil, tem demandado
uma nova ordem mundial para minimizar tanto a exploração desenfreada dos
recursos naturais para suprir o mercado globalizado, como os desequilíbrios sociais
e econômicos entre os hemisférios norte e sul.

Nos últimos anos vem se intensificando o processos de mudanças climáticas e os


impactos decorrentes do aquecimento global, contudo a sociedade continua a
consumir e contribuir com o desenvolvimento deste fenômeno, aumentando o
desencadeamento de impactos globais (Mai, et al, 2006). Apesar das discussões
sobre o desenvolvimento sustentável nas mega-conferências de Estocolmo em
1972, do Rio de Janeiro em 1992 (RIO 92) e na África do Sul (Rio +10) em 2002,
muito pouco tem sido feito para tornar o nosso planeta um local mais sustentável.

O desenvolvimento sustentável constitui um conceito social, porque emergiu da


sociedade como visão de um mundo melhor para as presentes e futuras gerações.
Um dos desafios principais dos governos é por um lado, diminuir a degradação
ambiental e por outro lado incentivar decisões pró-ativas do governo para financiar a
sustentabilidade local (Braun, 2004). Neste contexto entra a fundamental questão da
participação social no processo de tomada de decisão do governo.

A participação social constitui um dos temas principais do processo de


desenvolvimento sustentável1, muito enfatizado não somente na Declaração do Rio
mas na própria Agenda Brasileira, com destaque para o tema de gestão de recursos
naturais e cidades sustentáveis (MMA, 2000), que enfatiza a necessidade, tanto de
disseminar informações adaptadas aos diferentes públicos e camadas sociais, como
para viabilizar a tomada de decisão consensual pelo governo visando legitimar o
processo de desenvolvimento sustentável. Argumenta-se, em termos gerais, que a
sociedade, desde cidadãos comuns até tomadores de decisões, são os
responsáveis pela sustentabilidade e sobrevivência de nosso planeta. De acordo
com Braun (2007) isto implica desenvolver um sistema eficaz que envolva
diretamente esses agentes no desenvolvimento de tarefas cooperativas simples
como reciclar lixo e andar menos de carro, até complexa gestão sustentável na
organização, planejamento, administração e gerenciamento de alto nível das ações
previstas em planos e programas do governo.

O processo de participação da sociedade no processo de tomada de decisão pode


ser dar de diversas maneiras, desde as mais ativas até as menos eficazes, conforme
visto no quadro a seguir.

1
Principio nº 10 da Declaração do Rio e diverso capítulos da AG21 Global.
2
Quadro 1. Classificação das diferentes formas de Participação Social

• Auto-Mobilização: as pessoas se mobilizam por iniciativa própria sem a


participação de agentes externos, apesar desses poderem facilitar o processo de
comunicação e participação.

• Interativa: as pessoas são envolvidas no processo de análise, no


desenvolvimento de planos de ação, e no processo de tomada de decisões.

• Consultiva: as pessoas respondem perguntas feitas por agentes externos,


relacionadas ao processo de sustentabilidade.

• Funcional: a participação do público é fomentada por agências externas, para


alcançar metas do projeto, geralmente após as decisões terem sido tomadas.

• Passiva: os participantes/envolvidos são apenas informados das decisões


tomadas sobre o tema.

• Incentivos Materiais: os participantes tomam parte apenas para obter


alimentos, dinheiro, etc.

• Manipulativa: algumas representações locais participam, mas são minoria em


relação aos agentes externos.

Fonte: Pretty et al, 1995; Dalal Clayton e Bass (2002)

Existe ainda a participação instrumental, que é utilizada pelos governos e pelas


agências de financiamento multilateral, que consiste em associar a participação com
a implementação de projetos, onde o planejamento participativo é ineficaz por falta
de decisões consensuais. Em resumo, muitas formas de participação podem em
certos casos ajudar a tomada de decisão, mas não são sustentáveis no sentido mais
amplo do conceito, pois a sociedade não se envolve profundamente neste processo.
As formas mais recomendadas para o desenvolvimento sustentável ão a interativa e
a auto-mobilização. Com base no quadro acima as formas consultiva e funcional
podem ser usadas como meio de capacitar a sociedade ao exercicio de participação
na tomada de decisão.

De acordo como a Nações Unidas (ONU) o processo de consulta pública deve


garantir que os agentes sociais envolvidos tenham conhecimento de
empreendimentos propostos, assim como dos impactos potenciais a serem gerados
(problemas e oportunidades/benefícios), para apoiar o planejamento de ações e a
melhor tomada de decisões (World Bank, 1992). Neste contexto recomenda-se que
a participação dos agentes sociais ocorra a partir de uma estrutura vertical dos
diferentes setores da sociedade, conforme visto a seguir (Isocarp, 1984):

Tabela 1 – Setores da sociedade aptas ao processo de Participação Social


3
A - Governo ordem política (ex. executivo municipal, legislativo municipal,
órgãos do executivo estadual e federal;

B - Planejadores ordem técnica (ex. universidade, funcionários do governo;

C -Setor Privado ordem econômica (empresários/investidores extra locais,


empresários/comerciantes locais);

D – Agente ordem civil-cidadania (ex. moradores, usuários, entidades tais


Locais como ONGs, igrejas, partidos, sindicatos e grupos minoritários).

Apesar de ser necessário categorizar e organizar os grupos de pessoas e


representantes da sociedade envolvidas (ou afetadas) pelas ações de planos e
programas de governo, muitas vezes comete-se o erro de resumir a participação
social a meras reuniões onde as decisões tomadas pelo governo são apenas
informados aos agentes sociais. Ademais a literatura internacional mostra que certos
setores da sociedade são excluídas do processo de decisão. Entre os grupo
excluídos estão os etnias nativas, as comunidades rurais e grupos religiosos (ex.
igreja católica, igreja evangélica, grupos afro de candomblé, entre outros), que
muitas vezes tem papel local importante em congregar pessoas e disseminar
informações comunitárias (Braun, 1992).

No Brasil a participação social a nível de projeto é obrigatória legalmente para


estudos de impacto ambiental (EIA/RIMA) de empreendimentos de desenvolvimento
(ex. estradas, fábricas, entre outras), onde os a população, inclusive órgãos de
governos e o setor privado são ouvidos em audiências públicas. Contudo não existe
legislação específica para a realização do processo de participação social em planos
e programas de desenvolvimento do governo, ou de qualquer outro setor. O que
vem acontecendo na última década é que as instituições de financiamento como o
Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Banco Mundial (BM) tem
exigido, como parte dos investimentos de desenvolvimento, a realização de
esquemas de participação social na elaboração de planos e programas estratégicos
de governo. Soma-se a isso a pressão crescente por parte da sociedade civil
organizada para a realização de consultas locais com diversos setores da sociedade
quando se trata de ações de governo. Neste contexto muitos planos e programas no
Brasil tem incorporado a componente ‘participação social’ em planos e programas
através de avaliações ambientais estratégicas (AAE). Dentre eles estão as
avaliações ambientais de Planos de Desenvolvimento do Turismo Sustentável
(PDITS) como parte do Programa de Desenvolvimento do Turismo no Nordeste
(PRODETUR NE II), inclusive planos de desenvolvimento como o Programa de
Desenvolvimento Sustentável do Semi-Árido (PDS-SAS), a AAE do Costa Norte de
Turismo, entre outros. Em geral muitos planos governamentais, inclusive do setor
privado, tem desenvolvido esquemas de participação social na tomada de decisão.
Porém, uma análise mais criteriosa mostra que este processo ainda é incerto pois
carece de ações que integrem a posição dos agentes sociais consultas ao processo
de planejamento do começo ao fim. De acordo com Braun (2006), os agentes
sociais muitas vezes reclamam que suas opiniões não são levadas em consideração
pelo governo e somente realizam consultas públicas porque as instituições
financeiras exigiram isto nos termos de referência. Alem disso não existe nenhum
mecanismo que avalie como as opiniões e sugestões da sociedade foram
incorporadas ao processo de tomada de decisão do governo. Outro ponto de análise
é que apesar de haver esquemas de participação social não existe formalmente
nenhuma discussão enfocando a problemática do aquecimento global alertada por
instituições científicas. Em outras palavras, os esquemas de participação social se
voltam especificamente para a questão sócio-ambiental do plano ou programa

4
discutido não abordando a relação das ações de governo com a questão global das
mudanças climáticas.

A comunidade científica internacional coloca que o problema de mudança climática é


um problema mundial que afeta todos os seres vivos. O quadro a seguir mostra
indicadores quantitativos de diversas instituições internacionais sobre a questão do
aquecimento global.

Quadro 2. Indicadores de Mudanças Climáticas

• A concentração de CO2 na atmosfera irá continuar a crescer mais de 20% nos


próximos 50 anos (National Office of Forest-ONF)

• As emissões de CO2 das atividades humanas aumentaram de um nível insignificante


a 200 anos atrás para 25 nilhões de toneladas no mundo todo (US Department of
Energy)

• O consumo de CO2 aumenta a cada ano. Mesmo que este crescimento césar agora,
nosso consumo aumentará 70% entre 2000 e 2030 (International Energy Agency-IEA)

• Se nada for feito para combater a emissão dos gases de efeito estufa (GEE) as
temperaturas deverão aumentar entre 1,4 a 5,8 graus Celsius em 2100. (Comisariat `a
l’Energie Atomique)

• As emissões de CO2 causadas por combustíveis fósseis incrementou muito mais do


que o esperado: 1,1% por ano em 1990 e 3% ao ano entre 2000 e 2005.
(Intergovernmental Panel on Climate Change – IPCC)

Fonte: Altram, 2008

O aquecimento global é causado primordialmente pelo aumento dos níveis de CO2


na atmosfera devido as atividades sócio-econômicas, onde cada indivíduo da
sociedade moderna contribui com este problema.

Com base na atual situação mundial torna-se necessário aplicar ações imediatas,
entre elas a conscientização da sociedade de que medidas emergenciais são
necessárias para minimizar este processo. Como a redução de CO2 na atmosfera
representa um desafio para todos, desde os indivíduos numa família até grandes
companhias e indústrias, torna-se necessário enfatizar a questão de participação
social no processo de tomada de decisões do governo.

Neste contexto a principal questão que surge em relação ao planos e programas de


governo, é qual a efetividade do processo de participação social na tomada de
decisão, e como as opiniões e recomendações dos agentes sociais estão sendo
incorporadas para que as ações de desenvolvimento do governo sejam
sustentaveis? Seguindo esta linha de raciocínio a outra questão, é como integrar, no
contexto do processo de participação social, medidas para conscientizar a
população para minimizar o processo de aquecimento global?

O principal objetivo do estágio de pós-doutorado é, além de analisar a efetividade do


processo de participação social de estudos de caso selecionados, identificar
mecanismos inovadores e criativos de participação social que tenham sido
desenvolvidos com os agentes sociais e efetivamente incorporados pelo governo no
seu processo de decisão. O segundo objetivo é elaborar um modelo de participação
social que incorpore estratégias para minimizar as causas do aquecimento global, e
a redução de gases de efeito estufa (GEE). Por fim o estágio proposto servirá para
atualizar conhecimentos na área de participação social e mudanças climáticas
5
estreitando a cooperação acadêmica entre a UFRJ e a Universidade de Aberdeen,
no sentido de abrir novas linhas de pesquisa entre estas duas instituições.

O presente plano foi organizado em diferentes itens conforme orientações da


CAPES/MEC. O primeiro constitui a introdução, seguido das justificativas para a
realização do estágio pós-doutoral. Contem ainda uma lista bibliográfica de
referência, a metodologia de trabalho, a definição e delimitação do estudo, o plano
de trabalho e cronograma do estágio, e por fim os métodos de análise de resultados
do estudo.

2. Justificativas

A questão da participação social na tomada de decisão do governo constitui um dos


marcos fundamentais para o desenvolvimento sustentável. No Brasil esta questão é
de real importância, porém ainda incipiente em relação `a ao preconizado na
Declaração do Rio e na Agenda 21 Brasileira.

O quadro a seguir lista as justificativas para o desenvolvimento do estudo em


questão.

Quadro 3. Justificativas para o Desenvolvimento do Estágio Pós-Doutoral

• Ausência de programas acadêmicos e cursos especializados no Brasil que


abordam especificamente métodos de participação social, enfocando a melhoria do
processo de tomada de decisão do governo;

• Ausência de programas acadêmicos que enfocam a combinação entre


participação social e mitigação das causas de aquecimento global;

• Oportunidade de abrir nova linha de pesquisa no Brasil que relaciona a questão


da participação social com o processo de mudanças climáticas;

• Oportunidade de conhecer novas abordagens e métodos de participação social


desenvolvidas por instituições de excelência no Reino Unido (Europa);

• Oportunidade de identificar esquemas de participação social que tenha


combinado a questão de mudanças climáticas com o processo de tomada de
decisão do governo;

• Oportunidade de fortalecer os laços de cooperação acadêmica entre a


Universidade Federal do Rio de Janeiro e a Universidade de Aberdeen.

3. Objetivos do Estágio

O estágio pós-doutoral proposto irá ampliar a cooperação acadêmica entre a


Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade de Aberdeen,
permitindo uma atualização do tema sugerido e apoiando o desenvolvimento de
estudos através dos seguintes objetivos:

• Analisa estudos de caso no Brasil e no Reino Unido (Europa);

• Analisar a efetividade do processo de participação social na tomada de decisão do


governo;

6
• Analisar a efetividade do processo de participação social de estudos de caso no
Reino Unido (Europa);

• Identificar novos mecanismos de efetiva participação social no Reino Unido


(Europa) viáveis ao contexto brasileiro;

• Atualizar o estado da arte sobre as questões de participação social e redução das


causas do aquecimento global; e

• Desenvolver modelo que integre a questão de participação social com estratégias


de mitigação do aquecimento global.

4. Bibliografia de Referência

Almeida, J. R. (2008) Ciências Ambientais. Thex Editora – Almeida Cabral.

Almeida, J. R., Moraes, F.E., Souza, J. M., Malheiros, T.M. (1999) Planejamento Ambiental -
Caminho para Participação Popular e Gestão Ambiental para Nosso Futuro Comum. Uma
Necessidade, Um Desafio. Thex Editora, Rio de Janeiro.

Altram (2008) Reducing CO2 Levels in the Atmosphere, our Tecnhological Challenge. Altram
Foundation for Innovation 2007 Award.

Coelho, M. C. C., Aquino, A. R., Almeida, J. R. (2006) Desenvolvimento Sustentável e o


Protocolo de Quioto. Revista Brasileira de Pesquisa e Desenvolvmento, Vol. 8 – nº 2, Agosto
de 2006.

Clark, B. D (2000) Environmental Indicators and sustainable development. CORDAH.

Clark, B.D, (1999). Sustainable Development: Key Concepts and the Post-Rio Agenda.
CORDAH.

Chapman, R., Boston, J., Schwass, M. (2006) Confronting Climate Change – Critical Issues
for New Zealand. Science ISBN 086473 5464.

Dalal-Clayton, B. and Bass, S (2002). Sustainable Development Strategies, A Resource


Book. OECD, UNDP, Earthscan publications Ltd, UK/USA.

Deval, B. and Sessions, G. (1985) Deep Ecology – Living as Nature Mattered. Gibbs Smith
Publisher, South Lake City.

Franca, L.P. (1998) Processo de Gestão do Desenvolvimento: Proposta Metodológica de


Sistematização das Informações para o Planejamento Participativo. Federal University of Rio
de Janeiro-UFRJ/ Centre for Energetic Programme - COPPE, Rio de Janeiro.

ICLEI (2000) Manual de Planejamento Participativo. Sub-Projeto: Capacitando os Atores.


International Council for Local Environmental Initiatives Forum 21, Rio de Janeiro.

IPCC (2001) The Third Assessment Reporto of the Intergovernmental Panel on Climate
Change.

ISOCARP (1984) Implementation of Planning in Small Towns: Agents of Actions.


Isocarp/AIU/IGSRP, The Netherlands.

Kitchin, R., and Tate, N.J. (2000) Conducting Research into Human Geography – Theory,
Methodology and Practice. Prentice Hall, Peaerson Education limited, Edinburgh.

Kranz, P. (1999) Pequeno Guia da Agenda 21 Local (Small Guide for the Local Agenda 21).
Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Rio de Janeiro.

7
Mai, L. A., Guimarães A. L., Aquino, A. R., Almeida, J.R. (2006) Mudanças Climáticas
Globais e Problemas Sociais: A Relação com o Consumismo. Revista Brasileira de Pesquisa
e Desenvolvmento, Vol. 8 – nº 2, Agosto de 2006.

Marconi, M. and Lakatos, E. M. (200) Metodologia Científica (Scientific Methodology). Editora


Atlas S.A., São Paulo.

MMA (2000) Agenda 21 Locais (Local Agenda 21). Ministério de Meio Ambiente -MMA,
file:///HI/yrxb9/Environment/OUTROS/Iniciativas-gf.html.

NAE – SECOM (2005) Mudança do Clima - Volume I - Vulnerabilidade, Impactos e


Adaptação `a Mudança do Clima Negociações Internacionais sobre a Mudança do Clima –
Cadernos NAE Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Numeo 3/
2005.

NAE – SECOM (2005) Mudança do Clima - Volume II – Mercado de Carbono. Cadernos


NAE Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Numeo 4/ 2005.

Ng, T. L (2002). Engagging and Enabling the Public to Participate in Strategic Environmental
Assessment. Conference on Restoring Environmental Assessment Tools for Sustainability,
Environmental Protection Department the Government of the Hong Kong Spaecial
Admnistrative Region, The Chinese University of Hong Kong, 8 – 13 December 2002

Pretty, J.N.; Guijt, I., Thompson, J., Scoones, I. (1997) A Trainer’s Guide for Participatory
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World Brank (2002) Climate Change, Annex F.

World Bank (1999) Public Consultation in the Environental Assessment Process: A Strategic
Approach. Environmental Assessment Sourcebook Update. No. 26, May 1999.

World Brank Group (1998) Greenhouse Gás Abatement and Climate Change. Pollution
Prevention and Abatement Handbook.

World Bank (1992) Approach to the Environment in Brazil: A Review of Selected Projects –
1993. Water Resources Management Policy Paper, The World Bank. Washington, D.C.

Bibliografia do Autor

Incentivos Econômicos e Gestão Municipal Inteligente (Economic Instruments and Intelligent


Management of Local Agenda). Editora Benchmark (192 pag.). Livro a ser publicada. 2007.

Sustainability at The Local Level: Management Tools and Municipal Tax Incentive Model,
Environment, Development and Sustainability. Publisher: Springer Netherlands, ISSN: 1387-
585X (Paper) 1573-2975 (Online) 5, Issue 2006: Online First, 2006a

Modelo de Participação Social na CNT Via Reuniões Participativas e Estratégia de


Mobilização Social, Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) da Costa Norte de Turismo
(CNT): l. PRODETUR NE II, MTUR/BID/PNUD, 2006b.

Avaliação da Participação Social na elaboração dos Plano de Desenvolvimento Sustentável


(PDIT) do Pólo Costa Norte de Turismo (CNT),Ceará, Piauí, Maranhão. Relatório de
Avaliação Ambiental Programática (AAP): Participação Social e. PRODETUR NE II,
MTUR/BID/PNUD, 2006c

Avaliação de Ecossistemas e Recursos Naturais, e Avaliação da Participação Social na


elaboração do Plano de Desenvolvimento Sustentável (PDIT) Pólo Costa dos Corais,
Alagoas. Relatório de Avaliação Ambiental Programática (AAP): Participação Social e.
PRODETUR NE II, MTUR/BID/PNUD, 2005a.

Avaliação de Ecossistemas e Recursos Naturais, e Avaliação da Participação Social na


elaboração do Desenvolvimento Sustentável (PDIT) Pólo Costa das Dunas, Rio Grande do
Norte. Relatório de Avaliação Ambiental Programática (AAP): Participação Social.
8
PRODETUR NE II, MTUR/BID/PNUD, 2005b.

Avaliação de Ecossistemas e Recursos Naturais, e Avaliação da Participação Social na


elaboração do Plano de Desenvolvimento Sustentável (PDIT) Pólo Costa dos Coqueiros,
Sergipe. Relatório de Avaliação Ambiental Programática (AAP): Participação Social.
PRODETUR NE II, MTUR/BID/PNUD, 2005c.

Incentivos Fiscais, Motivação Social E Sustentabilidade Local. Revista Mundo e Vida,


Alternativa em Estudos Ambientais, PGCA/UFF. Vol. 6 (Sup. 20 Niterói, 2005d

Municipal Environmental Management and Incentive Scheme for Agenda 21 Implementation


In Brígida Sub-Basin, Brazil. PhD Thesis presented at the University of Aberdeen, Scotland ,
UK. March 2004.

5. Metodologia

Em termos gerais o estudo pós-doutoral irá trabalhar com dados de diversas áreas
de conhecimento porque o tema de ‘participação social’, afeta diretamente as
questões relacionadas `a proteção ambiental e ao desenvolvimento sustentável, é
de cunho inter e trans-disciplinário. O estudo proposto baseia-se em situações do
mundo-real onde a participação social constitui processo chave para resolver
assuntos importantes como o aquecimento global e a preservação ambiental para as
presentes e futuras gerações no Brasil.

O estudo proposto aplicará a metodologia científica pragmatica-dedutiva (Marconi e


Lakatos, 2001, Kitchin e Tate, 2000), que busca inicialmente gerar dados para
posteriormente concluir. Isto será realizado através de levantamentos e pesquisas
para responder `as questões fundamentais sobre a efetividade da participação social
e mudanças climáticas no processo de tomada de decisão do governo, (vide
questões na introdução deste Plano de Estudo). Posteriormente serão feitas
conclusões sobre os fatos viabilizando a proposição de mecanismos (modelo) para
melhorar o processo em discussão.

As pesquisas serão realizadas com base em dados secundários e análise de


estudos de caso no Brasil e no Reino Unido (Europa). A maior parte das pesquisas
serão realizadas com base em dados qualitativos, onde diferentes métodos de
pesquisa serão utilizados (ex, análise em banco de dados e arquivos especializados,
observações de campo e entrevistas informais) (Kitchin e Tate, 2000). O método de
entrevista, quando houver, será face-a-face, e comunicação via telefone e email,
quando necessário.

A tabela a seguir resume as diferentes atividades de pesquisa e desenvolvimento


dos estudos pretendidos.

9
Tabela 2 - Metodologia de Pesquisa

ATIVIDADES DE FONTE DE DADOS TIPO DE MÉTODOS DE


PESQUISA INFORMAÇÃO PESQUISA
• Dados levantados nas Universidades
de Aberdeen e UFRJ;
Revisão de • Planos de Desenvolvimento do
literatura e Turismo Sustenável (PDITS) de Estados • Dados
seleção de do Nordeste PRODETUR NE II; secudários
estudos de caso • Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) • Abordagem
sobre participação da Costa Norte de Turismo (Costa das bibliográfica:
Social no Brasil e Emoções), PRODETUR; livros, relatórios
no Reino Unido • AAE do Plano de Desenvolvimento e revistas
(Europa) Sustentável do Semi-Árido (PDS-SAS); especializadas;
• Nuclear Residues Contingency Plan – • Opinião • Análise em
Social Participation - UK Commission on especializada. banco de dados
Nuclear Wastes; e arquivos
• Outros especializados;
Análise de • Observações
Abordagens e • Bibliografia especializada em de campo;
Métodos sobre Participação Social e Mudanças • Entrevistas
Participação Climáticas • Dados informais
Social e primários e
Mudanças secundários;
Climáticas • Opinião
Desenvolver • Estudos de Caso analisados sobre especializada;
Proposta (Modelo) esquemas de Participação Social a nível • Abordagem
de Participação governamental e no nível informal da bibliográfica:
Social que integre sociedade civil organizada; livros, relatórios
a Questão de • Estudos de caso relacionadas `a e revistas
Mudanças questão de mudanças climáticas especializadas;
Climáticas

Conforme colocado acima o estágio pós-doutoral viabilizará uma análise


comparativa de estudos de caso no Brasil e no Reino Unido (Europa), afim de
identificar novos mecanismos de participação social que garantem a efetiva inserção
das recomendações e opiniões dos agentes sociais envolvidos em planos e
programas de desenvolvimento do governo.

As instituições e programas que serão contatadas no Brasil para o levantamento de


dados são vistas a seguir:

• Programa de Desenvolvimento do Turismo (PRODETUR NE II) – Ministério do Turismo;


• Estudos e planos de desenvolvimento (PDITS) de governos estaduais na região do
PRODETUR NE II;
• Equipe do Plano de Desenvolvimento Sustentável do Semi-Árido (PSD-SAS) - Governo de
Estado de Sergipe;
• Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Escola de Engenharia, NASA, LIMA;
• Outras instituições e programas

As instituições e programas que serão contatadas no Reino Unido (Europa) para o


levantamento de dados são vistas a seguir:

• European Union (EU) Environment Department


• UK Commission on Nuclear Waste
• McWeu Land Institute
• Centre for Human Ecology, University of Edinburgh
• Departamento de Geografia e Meio Ambiente, Universidade de Aberdeen,
• Outras instituições e programas

10
6. Definição e Delimitação do Objeto de Estudo

A área de estudo foi definida como ‘a efetividade do processo de participação social


na tomada de decisão nos planos e programas de desenvolvimento do governo com
enfoque nos planos de turismo, e os impactos oriundos’. O escopo (delimitação) do
estudo é o campo de ‘análise da efetividade da inserção da participação social no
sentido de indicar mecanismos para melhorar o processo de decisão do governo’.
Em outras palavras, o propósito final do estudo é, além de viabilizar discussão
acadêmica fomentar mecanismos que detecte e qualifique os problemas,
desenvolver ‘modelo de participação social efetivo e que integre a questão de
minimização das causas do aquecimento global’.

7. Plano de Trabalho

O estágio pós-doutoral foi sub-dividida nas seguintes fases, conforme visto na tabela
a seguir.

Tabela 3 – Fases de Desenvolvimento do Estágio Pós-Doutoral

FASES DO ESTÁGIO LOCAL INSTITUIÇÃO INDICADOR RESULTADO

1. ORGANIZAÇÃO DO ESTÁGIO
• Realização de contatos Plano de Trabalho Plano de
com os orientadores; Brasil UFRJ, e desenvolvido em Trabalho
• Elaboração do Plano de Univ. português e inglês montado e
Trabalho Aberdeen Março/Abril 2008 submetido `a
CAPES
2. INICIO DO ESTÁGIO NO BRASIL
• Levantamento e revisão X documentos Material de
de literatura e seleção de UFRJ, levantados em banco estudo
estudos de caso; MTUr, LIMA, de dados e arquivos selecionado e
Brasil especializados; X analisado
• Análise critica de estudos NASA
Entrevistas informais
de caso realizadas;
Julho/Agosto 2008
3. DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO NA ESCÓCIA
Planejar pesquisas nas Lista de instituições
instituições no Reino Escócia Univ. organizadas com Plano de
Unido (Europa) na Aberdeen contatos e datas em pesquisa
Universidade de Aberdeen Setembro 2008 montado
Realizar levantamento de X documentos e Material
material de pesquisa em Escócia Univ. estudos de representativo
banco de dados e arquivos Aberdeen selecionados para selecionado
especiais na Escócia análise
Setembro/Outubro
2008
Realizar contatos e Reino Instituições X contatos Material de
entrevistas informais Unido de desenvolvidos em contatos,
(Europa) excelência instituições entre levantamentos e
no Reino outubro/ novembro entrevistas
Unido 2008 catalogados
Preparar índice e texto do Escócia Univ. Índice do paper Índice pronto
trabalho de pós-doutorado Aberdeen finalizado em
Dezembro 2008
4. FINALIZAÇÃO DO ESTÁGIO
• Desenvolvimento de um Paper finalizado e Paper e
‘paper’ a ser publicado em Brasil e UFRJ e apresentação realizda conferência
revista internacional; Escócia Univ. em janeiro de 2009 apresentada
• Apresentação formal dos Aberdeen
principais resultados e
conclusões da pesquisa

Obs. O ‘X’ significa um número que será definido durante o desenvolvimento das pesquisas.

11
8. Cronograma de Execução

O cronograma de trabalho é visto na tabela a seguir.

CRONOGRAMA
EM MESES
FASES DO DESENVOLVIMENTO DO INSTITUIÇÕES 1 2 3 4 5 6 7
ESTÁGIO ENVOLVIDAS
1 ORGANIZAÇÃO DO ESTÁGIO CAPES /UFRJ /
• Plano de Trabalho elaborado e Universidade de
pedido de bolsa concedido Aberdeen
2 INICIO DO ESTÁGIO NO BRASIL UFRJ (NASA,
• Levantamento e revisão de LIMA) MTUr,
literatura e seleção de estudos de PRODETUR,
caso; Outros
• Análise critica de estudos de
caso
3 DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO University of
NA ESCÓCIA Aberdeen,
• Realizar levantamento de MacWe Land
material de pesquisa em banco de Institute;
dados e arquivos especiais na European
Escócia; Comission on
Environment
• Realizar contatos e entrevistas Nuclear
informais Commission UK;
• Preparar índice e texto do Outras
trabalho de pós-doutorado
4 FINALIZAÇÃO DO ESTÁGIO UFRJ e
• Desenvolvimento de um ‘paper’ a Universidade de
ser publicado em revista Aberdeen
internacional;
• Apresentação formal dos
principais resultados e conclusões
da pesquisa

LEGENDA
Tempo Resultante
Duração de Atividades
Marco importante

O total de tempo de estágio previsto é de seis meses, sendo dois meses no Brasil e
quatro em Aberdeen na Escócia.

9. Forma de Análise de Resultados

A análise de resultados será feita através de método critico considerando os


resultados apresentados em ordem cronológica em relação ao desenvolvimento do
texto, a lógica do desenvolvimento da pesquisa, as conclusões e recomendações
expressadas em relação ao tema de trabalho e a sua relação com a metodologia
científica pragmatica-dedutiva (Marconi e Lakatos, 2001, Kitchin e Tate, 2000) e sua
relação de como resolver assuntos sócio-ambientais no mundo-real (vide item 5
Metodologia de Trabalho). A avaliação do estágio será feita através da elaboração
de um documento contendo o desenvolvimento da pesquisa e as conclusões
principais submetido a academia. O documento será posterirmente transformado em
artigo ‘paper’ a ser publicado em revista internacional. Será feito uma apresentação
formal do desenvolvimento e conclusões do estudo na UFRJ, ao final do estágio.

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