Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Treinamento Explosivos Rev01
Treinamento Explosivos Rev01
Explosivos
MANUSEIO COM EXPLOSIVOS E ACESSÓRIOS
Acordo judicial é um procedimento para resolver um conflito de forma amigável. Por meio
de um ACORDO JUDICIAL, duas ou mais partes podem estabelecer as condições em que se
encerra um conflito, feito em um tribunal com a assinatura de um juiz.
Em 2006 as atividades de mineração da Mina do Brumado foram cessadas, a partir de
uma Ação Civil Pública, que é uma forma de proteção contra danos materiais e morais
para garantia de interesses coletivos.
De 2006 a 2012 foram estudadas e discutidas diferentes formas de se recuperar a área,
com vários possíveis cenários de recuperação.
Órgãos envolvidos no acordo da Mina do Brumado: Ministério Público Estadual de
Florestas, Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de MG, Agência Nacional
de Mineração.
3
II – Acordo judicial
4
III – Projeto de Recuperação Ambiental da Mina do Brumado.
Medidas Emergenciais
Limpeza das Cavas 1 e 2
Implantação de Plana de Beneficiamento
Remoção de Finos de Minério das Pilhas 1 e 2
Sinalização das vias para proteção dos animais
Campanhas de prevenção e combate a incêndios
Refino de óleo e graxas para reutilização
Limpeza das caixas separadoras de água e óleo
Monitoramento da qualidade da água
Monitoramento da qualidade do ar
Monitoramento dos níveis de ruído e vibração
Retaludamento da Cava 1
Retaludamento da Cava 2 5
Localização
LICENCIAMENTOS
• Tipos de licenças
7
Desmonte de rochas
8
Segurança
• O desenvolvimento de hábitos de trabalho seguro é muito
importante para conseguir bons resultados .
• Não é muito grande a margem de erro nos trabalhos de
detonação .
• É fundamental que os trabalhadores desenvolvam através
de um treinamento contínuo, de diferentes níveis, uma
atitude de segurança .
• A Segurança no trabalho é uma atitude mental.
9
Planejamento de uma detonação
• Avisos e relações públicas
• Plano de Fogo
• Seleção de explosivos e acessórios
• Organização de pessoal
• Equipamento e materiais
10
Segurança antes das detonações
• Transportes de explosivos e acessórios ao lugar da
detonação;
• Delimitação da área de detonação;
• Retirada de equipamentos;
• Retirar e/ou limitar o número de pessoas.
• Utilizar o EPI adequado
11
Remover as rochas soltas antes de
perfurar a bancada
12
Rochas instáveis
13
Transporte inadequado de
Explosivos
14
Tempestades
15
Nunca trabalhar com o equipamento em condições
precárias de estabilidade
16
Fendas / Trincas
– Colocar avisos
– Comunicar os envolvidos na operação
– Isolar o local
17
Não permitir o acesso de equipamentos durante os
carregamentos
18
Descarregar o explosivo com cuidado
19
Meios de evitar a queda do acessório dentro
do furo
20
Controlar todos os acessos durante as detonações
(cerco)
21
Transporte de Explosivos
Os veículos responsáveis pelo transporte de explosivos
devem ser submetidos à inspeção de Certificado de Inspeção
para o Transporte de Produtos Perigosos a Granel (CIPP).
Esse certificado é emitido pelo Inmetro e é essencial para
toda e qualquer empresa que deseja atuar no transporte de
cargas explosivas.
22
Normas Gerais
• Sinalizar qualquer movimento do veículo;
• Verificar parte mecânica e equipamentos de segurança;
• Sinalizar o veículo com bandeirolas, etiquetas e adesivos;
• Escolher o itinerário;
• Não estacionar a menos de 100m de pontes, viadutos, habitações ou
locais de trabalho.
• Velocidade máxima de 80 km/h em rodovia;
• Nunca fumar;
• Se possível, não parar durante o trajeto;
• Não transportar explosivos com acessórios no mesmo veículo;
• Em obras o veículo possui trânsito preferencial.
23
Regulamentação para
Transporte
Além das normas comuns de transporte estão também
sujeitos a legislação própria.
Legislação
• Dec. 55649 (28/01/65) – R-105 Min. Ex.
• Dec. 2063 (06/10/83)
• Dec. 96044 (18/05/88)
• Portaria 291 (31/05/88) – Min. Transp.
24
Recomendações R-105
• Quantidade do material transportado;
• Tipo de embalagem;
• Condições de segurança de todos os equipamentos
empregados;
• Serviço de carga e descarga deverão ser feitos durante o dia
e com o tempo bom;
• Proibida a presença de estranhos no veículo de transporte.
25
Recomendações do Dec. 96044
• Portar rótulos de risco e painéis de segurança específicos
de acordo com as NBR 7500 e NBR 8286;
• O motorista deverá receber treinamento específico em
órgão credenciado pelo Ministério dos Transportes.
26
Documentos Necessários para o
Transporte
• (declaração de carga, nota fiscal, conhecimento de
transporte, manifesto de carga, documentos
auxiliares de documentos eletrônicos, ou outro
documento que acompanhe a expedição)
• Os veículos de transporte deverão conter placas em
todos os ângulos indicando o grupo de risco, o
número de identificação e uma letra que designe o
grupo de compatibilidade.
27
28
29
Segurança após a detonação
1.Retornar ao local após a dissipação dos gases;
2.O Blaster comunica se o local está liberado;
3.No caso de falhas:
- não investigar imediatamente
- não permitir o início dos trabalhos antes de resolver o problema
- não retirar explosivos por meio mecânico: Assoprar o furo com
jato de ar/d’água
- não perfurar locais que possam atingir furos falhados;
- não aproveitar furos remanescentes p/ continuar a perfuração;
- Recolher amostras e número do lote p/ análise
30
Roteiro de Apresentação
• Definição de Explosivos Evolução dos Explosivos
• Classificação quanto à composição Propriedade dos Explosivos
• Testes para identificar Nitroglicerina (NG) Acessórios para detonação
• Escorvas e Ligações Acendimento dos estopins
• Desmonte a Céu Aberto Desmonte a Subsolo
• Segurança Transporte
• Armazenamento Certificado de Registro
• Carta Blaster Aspectos Legais
• Plano de Fogo Mina Céu Aberto Plano de Fogo Mina Subsolo
31
Definição de Explosivo
• Substância ou mistura de substâncias químicas que tem a
propriedade de, ao ser iniciado convenientemente, sofrer
transformações químicas violentas e rápidas, transformando-se em
gases, que resultam na liberação de grandes quantidades de energia
em um reduzido espaço de tempo.
• Após a explosão, uma onda de choque percorre a rocha com a
velocidade de 3 a 5.000 m/s
32
Evolução dos Explosivos
• Pólvora Negra
• uso industrial em 1627.
• Nitroglicerina
• 1846 como remédio;
• 1867 Alfred Nobel.
• Primeira Geração de Dinamites
• 1873 fabricada a primeira dinamite com 75% de
força.
33
Evolução dos Explosivos
• Nitrato de Amônio – 1923
• ANFO – segunda geração até 1955
• baixa resistência à água;
• baixa densidade.
• Lamas Explosivas – terceira geração – Mr. Cook
• maior densidade;
• maior sensibilidade;
• maior confinamento.
34
Evolução dos Explosivos
• Emulsões – Quarta Geração – 1960
• dispersão de óleo em água;
• maior segurança;
• maior resistência na água;
• melhor combinação química.
35
Características dos Explosivos
• Força;
• Velocidade;
• Densidade;
• Resistência à água;
• Resistência ao armazenamento;
• Resistência ao choque;
• Exudação.
36
Força
• Corresponde a quantidade de energia liberada pelo explosivo
na detonação;
• Capacidade de realizar trabalho;
• É medida em relação à NG que possui 100% de força.
Velocidade
É a medida com que a onda de detonação percorre a
coluna de explosivo.
• função da densidade;
• grau de confinamento;
• homogeneidade do explosivo.
37
Densidade
É a relação entre a massa do explosivo e o seu volume.
Sensibilidade
Propriedade dos explosivos detonarem por simpatia quando
próximos de uma carga escorvada detonada propositadamente, e
quanto a sua capacidade para ser iniciado.
38
Resistência à Água
Intervalo de tempo durante o qual o explosivo pode
ficar em contato com a água, sem perder suas
características.
Resistência ao Armazenamento
Intervalo de tempo em que os explosivos podem
ficar estocados sem perder as qualidades e sem
ocorrer a sua detonação.
39
Resistência ao Choque
Propriedade do explosivo de não detonar
quando submetido a certos choques acidentais.
Exudação
É o desprendimento de material líquido da massa do
explosivo.
• o líquido exudado pode ser água com sais diluídos ou NG
(Nitroglicerina).
40
Causas da Exudação
• Longas estocagens;
• Armazenagem inadequada;
• Temperatura elevada;
• Defeito de fabricação.
41
Acessórios de Detonação
São elementos que tem a finalidade de iniciar
cargas explosivas, fornecer ou transmitir chama para
iniciar uma explosão e/ou propagar uma onda explosiva
de um ponto para outro ou de uma carga para outra.
42
Estopim
• Filamento de pólvora envolto por camadas de fio de
algodão, revestidos por material plástico.
• transmitem uma chama à espoleta simples.
• velocidade: 140 seg/m
43
Espoleta Simples
• Usada como iniciador de outros explosivos
• +/- 800 mg de explosivo
44
Espoleta Elétrica
• Uma espoleta simples com a parte superior fechada e isolada,
contendo uma resistência elétrica envolta numa substância
pirotécnica.
45
Detonador Eletrônico
46
Conjunto Espoleta/Estopim
47
Sistemas Não-elétricos
• São tubos de plástico flexíveis, e ocos que possuem em sua
extremidade uma espoleta, que poderá ser instantânea. Sua parede
interna é revestida por mistura pirotécnica ou por explosivo de alta
velocidade.
48
Cordel Detonante
• Transmite detonação para toda a coluna de explosivos e permite a
ligação de diversos furos numa só detonação;
• Consiste num núcleo cilíndrico de explosivos (nitropenta) envolto
por fibras Têxteis e PVC.
• velocidade aprox. 7.000 m/s
49
Escorvas e Ligações
• Possui a finalidade de ativar a massa explosiva colocando
um dispositivo de detonação em contato com a carga.
50
Escorva no Cartucho - Cordel
51
Acendimento de Estopins
• Não tente acender um número de estopins exageradamente
grande;
• Velocidade de queima: 140 seg/m;
• Planeje a divisão de trabalho;
• Não utilize instrumentos que podem ter sua chama apagada
facilmente;
• Acender estopins de menos de 0,5m, pode ser uma operação
suicida;
• No caso de acender 3 ou mais estopins, usar um sistema de
alarme que indique quando deverá abandonar a área.
52
53
54
55
Classificação dos Explosivos
• Dinamites leves;
• Dinamites Gelatinosas;
• Lamas;
• Nitrocarbonitratos (NCN);
• Emulsões.
• Plasma (Novo)
56
Dinamites Leves
• Base Nitrato de Amônio;
• Baixa resistência a água;
• Baixa densidade;
• Baixa velocidade.
57
Dinamites Gelatinosas
• Maior teor de NG (Nitro-Glicerina);
• Alta resistência a água;
• Média a alta densidade;
• Velocidades altas.
58
Lamas
• Alta resistência a água;
• Densidades flexíveis de 1,10 a 1,45 g/cm3;
• Componentes: NG, nitrato de amônia e produtos
aluminizados.
59
Emulsões
• Nitrato de amônio;
• óleo e água;
• densidade baixa 0,9 a 1,25
• alta energia;
• alta velocidade.
60
Nitrocarbonitratos
• Mistura de nitrato de amônio com algum tipo de combustível
(óleo diesel);
• Pode conter alumínio.
61
Plasma
66
67
Certificado de Registro
Fornecido pelo Ministério do Exército através dos
SFPCs, é o documento que habilita as empresas a
comprar, estocar, consumir e/ou vender produtos
controlados como: explosivos, armas, munições e
pirotécnicos
68
Carta Blaster
69
Existem hoje 3 categorias:
- Blaster de 3ª categoria: profissional habilitado a executar
trabalhos de carregamento e detonação a céu aberto onde
não haja habitações e concentração humana;
- Blaster de 2ª categoria: profissional habilitado a executar
trabalhos de carregamento e detonação em minerações e
construções a subsolo;
- Blaster de 1ª categoria: profissional habilitado a executar
trabalhos de carregamento e detonação em áreas
urbanas.
70
Aspectos Legais
O manuseio de explosivos implica em riscos de
*grande monta (perda total), consequentes a alta
periculosidade de que são providos. Estes riscos são
representados pelos danos físicos ou materiais que
podem ocasionar a terceiros.
Normalmente a ação penal recairá sobre o
responsável técnico (Engenheiro e Blaster), e a ação civil
na empresa.
Cabe destacar responsabilidade penal do Engenheiro
ou Blaster, pois o mesmo será incurso no crime de
natureza culposa, caracterizado por negligência,
imprudência ou imperícia.
71
Desmonte a Céu Aberto
• O Desmonte a Céu Aberto corresponde ao conjunto de
operações que se verificam na superfície, com a
finalidade de lavrar uma pedreira (rochas) ou mina
(minerais metálicos ou não-metálicos).
72
Plano de Fogo
Leva-se em consideração:
• Tipo de rocha;
• Características geológicas;
• Equipamento de perfuração disponível;
• Capacidade da caçamba da carregadeira (pá mecânica);
• Altura da bancada;
• Produção necessária;
• Equipamento de britagem;
• Proximidade com habitações e estradas;
• Segurança dos desmontes. 73
Detonação Secundária
• Corresponde à operação de desmonte realizada após a
detonação principal, visando a fragmentação irregular das
rochas.
• Tem por objetivo facilitar a remoção do material detonado e
sua introdução no britador.
74
Desmonte de Rocha a Céu - Aberto
75
Terminologia
• BANCADA: forma dada ao terreno rochoso pelos fogos sucessivos e
constantes, composta de topo, praça e face;
76
• PROFUNDIDADE DO FURO: é o comprimento total perfurado que devido á
inclinação e da sub–furação, será maior que a altura da bancada;
77
• TAMPÃO: parte superior do furo que não é carregado com explosivos, mais
sim com terra, pedrisco (mais aconselhável), tendo como finalidade evitar que
os gases provenientes da detonação escapem pela boca do furo, diminuindo
a ação do explosivo;
• RAZÃO DE CARREGAMENTO: é a quantidade de explosivo usada para
detonar um certo volume de rocha;
78
Perguntas ou Dúvidas?
FIM
80
• NRM 16
• NR 19
• ABNT 9653
• BRITANITE
81