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Neurofisiologia 1
Neurofisiologia 1
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 4
5.6 Habênula............................................................................................................. 33
Prezado aluno!
O Grupo Educacional FAVENI , esclarece que o material virtual é semelhante
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável -
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma
pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum
é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em
tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que
lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser
seguida e prazos definidos para as atividades.
Bons estudos!
2 ANATOMIA DO SISTEMA NERVOSO
Processamento em série
Processamento paralelo
3 FORMAÇÃO RETICULAR
Ciclo vigília-sono
Associação de reflexos
Com o passar dos anos, ficou comprovado que diversas regiões presentes na
formação reticular conseguem originar respostas estereotipadas e motoras quando
recebem os devidos impulsos, dentre essas respostas, podemos citar deglutição,
vômito, mastigação, locomoção, modificações vasomotoras e respiratórias, bem como
movimentos oculares.
Tais regiões possuem neurônios capazes de estimular padrões de atividade
motora na respiração, cuja atividade pode ser transformada ou iniciada tanto por
aferências sensoriais quanto por comandos vindos do hipotálamo ou do córtex. Em
relação às aferências sensoriais, elas operam como uma forma de associação de
reflexos onde os estímulos aferentes impulsionam padrões motores complexos,
envolvendo diversas regiões e núcleos.
Temos o núcleo parabducente presente na formação reticular localizada na
ponte, perto do núcleo do nervo abducente, que é vista como a região encarregada
de coordenar a movimentação dos olhos horizontalmente. Por sua vez, a formação do
mesencéfalo possui a região locomotora, que opera com os centros locomotores
localizados na medula. Os neurônios presentes na formação reticular próximos aos
núcleos motores dos nervos facial (lábios), trigêmeo (mandíbula) e hipoglosso (língua)
se encarregam de coordenar a mastigação (MACHADO; HAERTEL, 2014).
Além disso, tais neurônios conseguem controlar a respiração e também são
retroalimentados sensorialmente pelo núcleo do trato solitário, responsável pelo
paladar, e pelo trigêmeo, que identifica a temperatura e a textura dos alimentos, bem
como a posição da mandíbula.
Os neurônios responsáveis pelos modelos de atividade motora estereotipada
que ficam em torno do núcleo motor facial controlam os gestos que definem um
determinado evento emocional, como o choro ou o sorriso, bem difíceis de serem
retratadas de modo voluntário. A formação reticular no tronco possui um conjunto de
neurônios que controlam padrões motores e reflexos que seriam mais difíceis de
serem coordenados voluntariamente por meio do córtex cerebral.
Devemos salientar o sistema vasomotor e o sistema respiratório, pelo papel
que cumprem na coordenação tanto da frequência respiratória quanto da frequência
dos batimentos do coração, sendo ambos procedimentos fundamentais para a
conservação da vida. Sendo assim, ambas as regiões são de importância vital,
tornando uma lesão em qualquer uma delas completamente perigosa.
Os sistemas vasomotores e respiratórios divergem dos outros devido à sua
oscilação, isto é, suas atividades rítmicas são sincronizadas, respectivamente, com
os ritmos cardíaco e respiratório, além de serem espontâneas. Aparentemente,
consiste em uma atividade rítmica endógena, isto é, não depende de estímulos
sensoriais (MACHADO; HAERTEL, 2014).
Em grande parte, o hipotálamo é formado por uma massa cinzenta que fica
reunida em grupos que, geralmente, são muito difíceis de serem separados. Temos
também um conjunto de fibras ligadas a ele, sendo alguns bastante perceptíveis,
como é o caso do fórnix. Ele atravessa cada metade do hipotálamo de cima para
baixo, acabando em seu corpo mamilar específico. O fórnix ainda consegue separar
o hipotálamo em duas regiões, a lateral e a medial.
A região medial se localiza na divisão entre as paredes do terceiro ventrículo
e o fórnix, contendo muita massa cinzenta, além de ser o local com a presença dos
núcleos mais relevantes do hipotálamo. Por sua vez, a região lateral se encontra na
lateral em relação ao fórnix, contendo corpos de neurônio em menor quantidade com
uma grande quantia de fibras de direção longitudinal.
Atravessando a região lateral, temos o feixe presenfálico medial, um sistema
de fibras bastante complexo que possui ligações em ambos os sentidos, no divisão
da formação reticular do mesencéfalo e a região septal presente no sistema límbico.
Podemos separar o hipotálamo em três planos frontais, sendo eles o tuberal, o
supraótico e o mamilar (AIRES, 2012).
Em relação ao hipotálamo supraóptico, ele engloba o quiasma óptico e toda
a região presente em sua parte superior, começando nas paredes do terceiro
ventrículo e terminando no sulco hipotalâmico. Por sua vez, o hipotálamo tuberal
engloba o tuber cinéreo conectado com o infundíbulo e toda a região presente em sua
parte superior. Por fim, o hipotálamo mamilar engloba as regiões da parede do
terceiro ventrículo e os corpos mamilares com seus núcleos, terminando no sulco
hipotalâmico.
Vale ressaltar que, na porção ventral da parede do terceiro ventrículo,
adjacente à lâmina terminal, temos uma região pequena que ficou conhecida como
região pré-óptica, um local que se origina, no ponto de vista embrionário, da parte
central da vesícula telencefálica, sendo assim, não pertence ao diencéfalo (AIRES,
2012).
Ainda assim, a região pré-ópitica, didaticamente, é abordada em conjunto com
o diencéfalo pelo fato de estar conectado funcionalmente ao hipotálamo supraóptico.
Além disso, temos nessa região a presença do órgão vascular da lâmina terminal, que
cumpre o papel de detectar sinais químicos próprios para o metabolismo salino e
termorregulação, com a ausência de uma barreira hematoencefálica.
Em relação às funções do hipotálamo, elas são diversas, como a administração
da homeostase, isto é, a conservação do organismo conforme os limites para um bom
funcionamento dos órgãos. Nesse contexto, o hipotálamo tem a função de regular
tanto o sistema endócrino quanto o sistema nervoso autônomo, os associando com
os comportamentos condizentes com as demandas cotidianas (AIRES, 2012).
O hipotálamo também coordena diversos processos motivacionais
fundamentais para manutenção da vida, tanto da espécie quanto do indivíduo, como
a sede, a fome e o sexo. Esses processos consistem em estímulos internos que
incentivam adaptações corporais e ações específicas. Como exemplo, podemos citar
a sensação de calor, que cria um desconforto capaz de estimular mecanismos
involuntários para amenizá-lo, como procura por um ambiente fresco e sudorese.
Isso acontece também com as sensações de sede, fome e frio, originando
ações específicas e adaptações internas com o intuito de manter a vida do indivíduo
e sua estabilidade em relação ao ambiente. Iremos abordar sobre as funções mais
relevantes do hipotálamo nos tópicos seguintes.
Essa relação começou a ser estudada por causa de uma doença conhecida
como diabetes insipidus, que consiste no excesso de urina produzida por um
indivíduo, no entanto, não é estimulado pelo excesso de açúcar, como é o caso da
diabetes mellitus, e sim pela redução de ADH (antidiuretic hormone, ou “hormônio
antidiurético”) na corrente sanguínea (MACHADO; HAERTEL, 2014).
Foi constatado que a diabetes insipidus não acontece exclusivamente por uma
patologia que acomete a neuro-hipófise, também pode estar relacionado com lesões
hipotalâmicas. Isso acontece pelo fato do ADH ser produzido pelos neurônios dos
núcleos paraventricular e supraóptico do hipotálamo, sendo enviado para a neuro-
hipófise através das fibras do trato hipotálamo-hipofisário para, assim, ser secretado.
Os capilares de aspecto fenestrado presentes na neuro-hipófise favorecem a
liberação do ADH na corrente sanguínea, uma liberação que também é potencializada
pela ausência da barreira hematoencefálica. A ação do ADH acontece nos túbulos
renais, estimulando a reabsorção de água.
É importante ressaltar também que a ocitocina não é exclusivamente
importante para a estimulação da contração uterina e das células mioepteliais das
glândulas mamárias. Ela também é conhecida por desempenhar um papel importante
na regulação do comportamento social, emoções e vínculo afetivo entre indivíduos,
como na relação entre mãe e filho.
O leite consegue ser liberado através de um reflexo neuroendócrino estimulado
pela sucção do mamilo, que envia impulsos para a medula e, posteriormente, para o
hipotálamo, que produz ocitocina nos núcleos paraventricular e supraóptico, sendo
liberado na neuro-hipófise. Além disso, o choro do bebê também estimula a liberação
de ocitocina.
5.3 Hipotálamo
5.6 Habênula
5.7 Amígdala
Ligações e estrutura
Funções
Também conhecida como S1, tanto ela quanto a área de sensibilidade somática
geral estão presentes no giro pós central, que representa as áreas 1, 2 e 3 de
Brodmann. A área 3 se encontra no fundo do sulco central, já as áreas 1 e 2 estão na
superfície do giro pós central, como podemos visualizar nas imagens 1 e 2.
Essa área recebe radiações talâmicas vindas dos núcleos ventrais
posteromedial e posterolateral, transportando estímulos nervosos referentes à dor,
temperatura, tato, pressão e propriocepção. Caso impulsos nervosos sejam
direcionados à área somestésica, podemos observar que o indivíduo terá
manifestações sensitivas mal definidas em certas partes do corpo, semelhantes ao
formigamento ou à dormência.
Temos uma região específica para os pés e para os órgãos genitais localizadas
na parte superior do giro pós-central, enquanto na porção superolateral do hemisfério
temos as regiões que representam o tronco, a perna e o braço, que não ocupam muito
espaço. Logo abaixo uma região maior, encarregada pela sensibilidade da mão, com
a região responsável pela cabeça localizada logo em seguida, contendo uma região
bem grande ocupada pelas áreas encarregadas pela boca e pela face. Por fim,
seguimos com as regiões que representam a faringe e a língua no sulco lateral.
Tal somatopia se assemelha bastante àquela evidenciada na região motora,
onde temos uma área responsável pela mão que tem um tamanho considerável,
principalmente a área relacionada com os dedos. Isso consegue comprovar que a
extensão da representação cortical de uma porção específica do corpo tem relação
com a relevância funcional e com a densidade de aferências em relação à biologia da
espécie.
Lesões que acometem essa área podem surgir com acidentes vasculares
cerebrais que podem afetar tanto a artéria cerebral média quanto a artéria cerebral
anterior, com isso, temos uma perda da capacidade de diferenciação no lado oposto
da lesão, uma vez que o paciente perde a habilidade de notar movimentos das partes
do corpo, de discernir dois pontos ou diferenciar as intensidades de um estímulo.
O paciente com essa área lesada também é incapaz de detectar a região do
corpo que foi tocada, além de não conseguir diferenciar os níveis de peso, temperatura
e textura daquilo que toca. Desse modo, o paciente não possui estereognosia, isto é,
a habilidade de identificar sensorialmente os objetos que segura em sua mão.
Vale ressaltar que as categorias de sensibilidade mais rústicas, como é o caso
da sensibilidade protopática (incluindo sensibilidade dolorosa e térmica e o tato não
discriminativo) continuam quase totalmente intactos, uma vez que estão relacionadas
com o tálamo.
Consiste em uma área que está presente no lobo parietal superior, logo atrás
da área somestésica primária, representando a área 5 e uma porção da área 7 de
Brodmann. Caso essa área seja lesionada, origina uma agnosia tátil, isto é, inaptidão
para reconhecer objetos por meio do tato.
Também conhecida como V1, essa região pode ser encontrada nos lábios do
sulco calcarino, que representa a área 17 de Brodsmann, denominada também como
córtex estriado, é por essa região que as fibras do trato genículo-calcarino se ligam,
vindas do corpo geniculado lateral.
Caso a área visual primária receba impulsos elétricos, pode gerar alucinações
visuais, onde a pessoa pode visualizar círculos reluzentes, sem conseguir perceber
objetos com formas definidas. Quando direcionamos certos estímulos a locais
específicos, podemos visualizar impulsos elétricos em determinadas porções da área
17.
Ficou constatado que a retina se direcionou ao lábio superior do sulco calcarino,
enquanto a metade inferior foi direcionada para o lábio inferior, a parte posterior da
retina também se direciona para a porção posterior do mesmo sulco e, por fim, a parte
anterior se direcionou para a porção anterior. Com isso, podemos concluir que temos
uma correspondência perfeita entre o córtex visual e a retina, conhecida como
retinotopia. Vale ressaltar que uma ablação bilateral feita na área 17 resulta na perda
total da visão em um ser humano.
No entanto, a maioria dos mamíferos não possui sua visão completamente
corticalizada, podendo detectar uma certa sensação luminosa que possibilita que o
animal evite os objetos em seu caminho, mesmo tendo uma lesão bilateral na região
visual. A visualização do contorno dos objetos é de responsabilidade do córtex
primário VI, dando origem a uma forma rústica que é moldada nas áreas visuais
secundárias.
Atualmente, sabemos que essa área está presente no lobo pariental, mais
especificamente em uma pequena região adjacente à área somestésica que se
encarrega pelo rosto. Com isso, podemos afirmar que a área vestibular possui
relações, predominantemente, com a região de projeção da sensibilidade
proprioceptiva, muito mais que com a região auditiva.
Os receptores vestibulares já foram conhecidos como proprioreceptores
especiais, uma vez que reconhecem e transmitem estímulos referentes ao movimento
e à posição da cabeça. Alguns estudiosos sugerem que a área vestibular do córtex
teria uma importância fundamental na apreciação consciente da orientação no espaço
(MACHADO; HAERTEL, 2014).
6.5 Área Olfatória
Área Pré-Motora
Se trata de uma região que preenche uma boa porção da área 6, estando
presente na face medial do giro frontal superior. Possui ligações com a área motora,
com o corpo estriado e com a área pré-frontal, sendo a segunda por meio do tálamo.
Essa área também cumpre um papel relevante no planejamento motor, especialmente
em sequências de movimentos mais complicadas (MACHADO; HAERTEL, 2014).
A ínsula consiste em uma região que contém duas porções divididas pelo sulco
central, a posterior e a anterior, que divergem tanto em função quanto em estrutura.
O córtex insular posterior é descrito como um isocórtex heterotípico agranular, um
aspecto particular que pode ser evidenciado em regiões primárias da área sensorial
visceral e da área gustativa.
Por sua vez, o córtex insular anterior consiste em um isocórtex homótipo, um
aspecto presente nas áreas de associação. Quando realizamos um processo de
neuroimagem nessa região em seres humanos, conseguimos perceber que ela está
envolvida nas seguintes funções:
GUYTON, A.; HALL, J. E. Tratado de Fisiologia Médica. 13. ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2007.
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica: textos e atlas. 10. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e fisiologia. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.