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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Engenharia Mecânica

Igor Evangelista dos Santos

LABORATÓRIO DE TERMODINÂMICA E TRANSFERÊNCIA DE CALOR:

Termometria

Belo Horizonte

2022
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1. INTRODUÇÃO

A termometria é uma parte da termologia que estuda a temperatura e suas


formas pelas quais a mesma pode ser medida. A temperatura é uma grandeza física
escalar que está associada ao grau de agitação molecular de um sistema. O grau de
agitação térmica molecular não pode ser medida diretamente, por isso a medida da
temperatura é feita indiretamente medindo-se grandezas físicas que variam com ela,
por exemplo, pressão, volume etc. Vale ressaltar que a sensação térmica é uma forma
de medição imprecisa da temperatura

2. OBJETIVO

Calibrar um termopar tipo K, um termopar tipo T e duas resistências de platina PT


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3. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
3.1 Banhos de Calibração

Os banhos de calibração são a fonte ideal para a calibração de sensores de


temperatura, em manutenção e laboratórios. Para a calibração, o item em teste e a
termoresistência padrão são submetidos à uma mesma temperatura no banho de
calibração. Tão logo a temperatura esteja estável, as leituras ou os sinais de saída
dos itens em teste são comparadas com a leitura da termorresistência padrão.
Para alcançar baixas incertezas de medição nesta comparação, uma unidade de
controle da temperatura é necessária para garantir a distribuição homogênea da
temperatura ao longo de tempo na faixa de calibração. Estes requisitos são cumpridos
no banho de calibração

Figura 1 – Banho de Calibração

Fonte: Julabo. (2022)


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3.2. Termopar
O termopar (também chamado de par termoelétricos) é um dos mais
importantes sensores utilizado na medição de temperatura nos mais variados
segmentos industriais.
Figura 2 – Tipos de Termopares

Fonte: Insmart (2021)


Podem ter os mais variados formatos e dimensões conforme o seu uso
São os sensores de temperatura simples, robustos e de baixo custo utilizados nos
mais variados processos dados que sua capacidade de medição pode ser aplicada a
uma ampla faixa de temperatura.
Os termopares se apresentam como os sensores mais adequados para
a medição de temperaturas desde algumas dezenas negativas até milhares de graus
Celsius. São os sensores de temperatura mais utilizados no mundo. Constituído
por dois metais distintos, unidos nas suas extremidades e conectados a um
termômetro termopar ou outro dispositivo com capacidade termopar, formam um
circuito fechado que gera uma força eletromotriz quando as duas junções (T1 e T2)
são mantidas a temperaturas diferentes.
Figura 3 – Diagrama Termopares

Fonte: Samrello (2021)


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4. METODOLOGIA

Materiais:

Foram obtidos dados de 6 medições na faixa de 30°C a 80°C diferentes


sensores:

• termopar tipo K;
• termopar tipo T;
• termômetro de Mercúrio;
• PT 100;
• termistor NTC.
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5. RESULTADOS EXPERIMENTAIS
Tabela 1- Dados indicados pelo professor com os resultados das medições

O experimento é feito com base em determinar no equipamento do banho de


calibração a temperatura que estará o fluido e, quando todo o banho estiver nessa
temperatura o sensor será mergulhado. Após isso, será recolhida a medição obtida
pelo sensor. Então será feito a determinação da próxima temperatura do fluido e
repetir o processo.

Gráfico 1 - Demonstração de dados das 6 medições em um Termopar Tipo K.

Gráfico 2 - Demonstração de dados das 6 medições em um Termopar Tipo T.


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Gráfico 3 - Demonstração de dados das 6 medições em um Termômetro de


Mercúrio.

Gráfico 4 - Demonstração de dados das 6 medições em um PT 100.

Gráfico 5 - Demonstração de dados das 6 medições em um Termistor NTC.


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6. Conclusão

O termômetro de resistência apresentou valores muito abaixo do valor admitido


como real, o que pode significar um erro sistemático. Na análise dos dados obtidos
com o primeiro termopar tipo T observamos que valores não se encontram dentro do
esperado, e ainda temos quatro medidas à menos que o desejado pois o termopar
estragou, com a substituição desse termopar observa-se que o valor obtido pelo
segundo termopar se aproxima mais do valor admitido como real.
Existem dois valores de temperatura obtidos através do termômetro de
mercúrio que não foram observados pelo responsável pela medição. O termômetro de
mercúrio teve que ser substituído pois ele “estourou” a escala.
O termômetro de platina apresentou valores muitos estranhos, não podendo
assim ser usado como padrão. Em seu lugar tivemos que usar a temperatura do
banho. Assim como os outros, o PT100 teve de ser calibrado. Todos os termômetros
apresentaram variações
e erros em relação ao banho, sendo o termômetro de líquido o que menos se
distanciou dos valores certos.
Apesar de apresentar valores errados, os termômetros apresentam
apresentando uma linearidade em seus resultados, que podem ser comprovados
pelos gráficos, apresentando sempre uma tendência. Houve inúmeros problemas,
tais como, termômetros parando de funcionar, escala muito pequena, dificuldade na
medição, dados faltando, o banho não estabilizava direito e problema com
os multímetros.
A equação encontrada foi:
𝑇 = 24,001𝑥 + 26,274
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7. REFERÊNCIA

INCROPERA, Frank P., DEWITT David P., BERGMAN, Theodore L., LAVINE,
Adrienne S. Fundamentos de transferência de calor e massa. 6.ed. Rio de Janeiro:
LTC, 2013.

MORAN, M. J., SHAPIRO, H. N., BOETTNER, D. D., BAILEY, M.B. Princípios de


Termodinâmica para engenharia. 7.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2013
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Conclusão:

Apesar da apuração dos dados obtidos partirem de uma experiência e,


consequentemente, gerar cálculos com variações que influenciam no resultado final, podemos
dizer com os resultados obtidos por meio de cálculos e análises, que o objetivo do experimento
foi alcançado, visto que a medição da vazão foi fundamental para obter o número de Reynolds
e assim definir se o escoamento é laminar ou turbulento, e calcular o Q real. Para um melhor
resultado realizamos a experiência com mais etapas de medição o que melhora a
aproximação dos desvios.

A partir dos resultados obtidos pudemos observar que a prática é diferente da teoria,
pois os valores de Vazão teórico (Q) e real foram divergentes. Outro ponto que pudemos
observar foi a variação do coeficiente de descarga (Cd) em função do modo de cálculo, tendo
uma variação de aproximadamente 10%.

Por meio deste experimento foi possível constatar que quanto menor a área de
escoamento menor será sua vazão e mais será seu coeficiente de descarga, esta pode ser
considerada uma correlação direta, mas vale ressaltar que pequenas variações podem
ocorrer devido a erros na execução do procedimento metodológico, erros de medidas e
precisão dos equipamentos.

De forma geral, é possível afirmar que os vertedores são ferramentas úteis para medir
vazão em pequenos cursos d’água, para baixas ou altas vazões. A placa de orifício como
medidor de vazão apresenta um alto custo mas porém causa uma perda de energia muito
menor e é mais preciso, o que torna o experimento uma boa escolha.

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