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CASO PRÁTICO

[AULA 24.11.2022]

TEMÁTICAS:
SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA
E

RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA SUBSIDIÁRIA

A empresa “XPTO, Lda.” foi constituída em 2015 e teve, até agora, os seguintes
gerentes designados pelos sócios e constantes do registo comercial:
 Até 31.12.2021: António e Bruno;
 De 01.01.2022 a 31.03.2022: Carlos
 A partir de 01.04.2022 até agora: Diana.
O Bruno nunca exerceu, efetivamente, quaisquer funções na empresa, tendo estado
sempre alheado da sua gestão; quem sempre geriu a sociedade, até 31.12.2021, foi apenas o
António.
A partir de 01.04.2022, Ester, diretora-geral da empresa, passou a tomar múltiplas
decisões relativas aos negócios e à vida da sociedade, sozinha ou conjuntamente com Diana,
nomeadamente: estabelecimento de contactos e negociações com clientes e fornecedores;
assinatura de contratos e cheques; organização do trabalho nas diversas áreas da empresa;
distribuição de tarefas pelos trabalhadores; admissão e despedimento de trabalhadores.
A empresa tem, desde a sua constituição, 10 trabalhadores no seu quadro de pessoal,
sobre cujos salários deve ser efetuada retenção na fonte, a título de IRS, no valor mensal
global de € 2.000,00.
A empresa está atualmente (novembro de 2022) a enfrentar graves dificuldades
financeiras, detendo apenas, como património relevante, uma pequena loja, avaliada em €
100.000,00.
Factos a considerar:

a) No decurso do primeiro semestre de 2020, a empresa não efetuou a retenção na


fonte, a título de IRS, sobre os salários pagos aos seus trabalhadores.
b) No decurso do segundo semestre de 2020, a empresa efetuou a retenção na fonte,
a título de IRS, sobre os salários pagos aos seus trabalhadores; porém, a empresa
não entregou o respetivo montante monetário (€ 110.000,00) ao Estado.
c) Relativamente ao ano de 2021, a empresa autoliquidou IRC no montante de €
200.000,00, cujo pagamento deveria ter sido efetuado em maio de 2022; porém,
a empresa não efetuou esse pagamento.
d) Na declaração periódica de IVA que entregou em 15.05.2022, relativa ao primeiro
trimestre de 2022, a empresa apurou o montante de € 120.000,00 de imposto a
pagar (na referida data) ao Estado; porém, a empresa não efetuou esse
pagamento.

Relativamente a cada um dos enunciados factos, pronuncie-se sobre a


responsabilidade tributária dos intervenientes, designadamente quanto aos respetivos
pressupostos e forma de efetivação.

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