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Ago11 Teste2
Ago11 Teste2
Professor/a: Classificação:
Grupo I
C. ter uma crença verdadeira implica que o conhecimento não é fruto da sorte ou do acaso.
A. verdadeira, porque ter uma crença verdadeira justificada é uma condição necessária
e suficiente para o conhecimento.
B. falsa, porque basta ter uma crença verdadeira para termos conhecimento.
C. verdadeira, porque ter uma crença verdadeira justificada não é condição necessária
nem suficiente para o conhecimento.
D. falsa, porque ter uma crença verdadeira justificada é condição necessária, mas não
suficiente para o conhecimento.
B. O vestido é florido.
C. O bolo é doce.
C. Há crenças básicas.
D. Há crenças verdadeiras.
C. verdadeira, porque Descartes duvidou das crenças a posteriori e das crenças a priori.
D. falsa, porque a dúvida é metódica, o que significa que é um meio para alcançar
AGO11DP © Porto Editora
um conhecimento certo e indubitável.
C. Há ideias inatas.
D. Há conhecimento a priori.
“Se adquirir um conhecimento a posteriori, então todo o conhecimento que usar desse
conceito é a posteriori.”
Grupo III
É possível conhecer?
Grupo I
1. B.
2. D.
3. A.
4. B.
5. A.
6. C.
7. D.
8. A.
9. C.
10. B.
Grupo II
1.
1.1. O conhecimento a priori é um tipo de conhecimento que pode ser obtido apenas usando-se
o pensamento ou a razão, ou seja, independentemente dos sentidos. Por exemplo, para
sabermos que “A metade de quatro é dois.”, não precisamos de recorrer aos dados dos
sentidos, basta o raciocínio.
O conhecimento a posteriori, é um tipo de conhecimento que só pode ser obtido através
dos sentidos e da experiência. É também chamado de conhecimento empírico (decorrente
da experiência). Não conseguimos saber que “A neve é branca.” através do raciocínio,
precisamos de recorrer aos sentidos para obter e justificar esta crença.
2.1. O cogito resulta do próprio ato de duvidar: ao duvidar, Descartes está a exercer um ato
de pensamento e, ao pensar, tem claramente de existir. O ato de duvidar é a prova de
que existe enquanto ser pensante (res cogitans).
2.3. O cogito é criticado por ser limitativo ao nível das conclusões que podemos retirar dele.
Do cogito só podemos concluir que há pensamentos e nada mais. Ora, do facto de haver
pensamentos não se pode concluir sequer que tem de haver um pensador, o que significa
que a conclusão «Penso, logo existo.» é duvidosa.
Grupo III
1.
1.1. As teorias que respondem à questão colocada “É possível conhecer?” são o ceticismo e o
fundacionalismo: o fundacionalismo racionalista de Descartes e o fundacionalismo
empirista de David Hume.
O ceticismo considera que não podemos afirmar que é possível conhecer, porque nenhuma
fonte de justificação das nossas crenças é satisfatória.
O fundacionalismo racionalista de Descartes e o fundacionalismo empirista de David Hume
afirmam a possibilidade do conhecimento. Diferem na perspetiva de qual a principal fonte
de justificação das nossas crenças: Descartes considera que é a razão, David Hume,
considera que é a experiência.
No caso de o aluno considerar que não é possível conhecer, deve referir-se aos principais
argumentos céticos para duvidar:
Argumento da ilusão: Tudo o que é uma fonte de justificação segura do conhecimento
não nos engana. Os sentidos enganam-nos. Logo, os sentidos não são uma fonte de
justificação segura de conhecimento.
Argumento da divergência de opiniões: Se fosse possível justificar as nossas crenças, não
haveria lugar para divergências de opinião. Há divergências de opinião. Logo, é impossível
justificar as nossas crenças.
Argumento da regressão infinita da justificação: A justificação de qualquer crença é
inferida de outras crenças. Se a justificação de qualquer crença é inferida de outras
No caso de o aluno considerar que é possível conhecer, deve referir-se aos principais
argumentos do:
Fundacionalismo racionalista de Descartes:
– Sendo um racionalista, Descartes considera que a razão é a fonte fundamental do
conhecimento.
– A razão pode dar-nos conhecimento universal e necessário de verdades objetivas e é
ela que nos permite a descoberta das ideias do cogito e de Deus. O conhecimento a priori
tem, como tal, um papel fundamental.
– Existem ideias inatas, isto é, ideias que já nascem connosco, nomeadamente o cogito
e a ideia de Deus. As ideias inatas são descobertas racionalmente.
– O cogito e Deus são duas crenças fundacionais para a reconstrução do edifício do
conhecimento certo, seguro e inabalável. São crenças básicas, autojustificadas, e
que justificam todas as restantes crenças.
– O cogito fornece o critério da verdade, que consiste na clareza e distinção das ideias,
e que permite distinguir as ideias verdadeiras das ideias falsas. Deus é a garantia de
tudo aquilo que concebemos clara e distintamente e é o princípio fundante da realidade
e da verdade objetiva.
– Para Descartes, não há limites para o conhecimento: pela razão, podemos descobrir
os atributos essenciais do cogito (res cogitans), de Deus (res divina) e do mundo exterior
(res extensa).
OU
lhe corresponda, pelo que, pela experiência, não podemos afirmar a sua existência) e do
mundo exterior (porque, embora a coerência e a constância de certas perceções nos
levem a acreditar que há coisas externas dotadas de uma existência contínua, não
podemos confundir a perceção de um objeto com esse objeto). David Hume defende,
portanto, um ceticismo moderado, isto porque não rejeita a possibilidade de conhecer a
realidade, mas reconhece a imperfeição e os limites do entendimento humano, que não
pode ir além da experiência, exigindo que sejamos moderados nas nossas opiniões.