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Aluno (a): Tainá da Silva de Souza

Trabalho Modulo 7 – Respostas


Trabalho 1 – Desde a mais remota antiguidade, o gesso tem estado presente no
progresso do Homem, tanto na construção, quanto em campos como a medicina, a
odontologia e a alimentação. No campo odontológico os modelos de gesso constituem
parte da documentação dos pacientes, podem ser utilizados na resolução de questões
legais e, primordialmente, em finalidades clínicas. Os gessos são obtidos através de um
mineral chamado gipsita, com a fórmula química de CaSO4 2H2O (sulfato de cálcio
diidratado). Existem 5 principais tipos de gesso odontológico, segundo a norma n° 25
da ADA: Gesso tipo I - gesso para impressão; Gesso tipo II - gesso paris ou gesso
comum, utilizado para estudo (articuladores), onde não se exige resistência; Gesso tipo
III -gesso pedra, utilizado para modelos de trabalho (maior resistência); Gesso tipo IV e
V – especial: pedra de alta resistência, utilizados em troqueis, devido à maior dureza e
resistência (modelo de uma única peça dentária). A reação de presa do gesso é
chamada de cristalização. O sulfato de cálcio hemiidratado (gesso) é adicionado à
água. Com o tempo se forma sulfeto de cálcio diidratado (a gipsita original) e ocorre a
liberação de calor. O tempo de presa é estabelecido por dois principais fatores, o
tempo de espatulação e a relação água/pó (diferente para cada tipo). Com maior
quantidade de água, o tempo de presa aumenta, pois os cristais demoram mais para se
entrelaçarem. Com o aumento do tempo de espatulação ocorre a diminuição do
tempo de presa, pois os cristais formados se quebram, estabelecendo novos núcleos
de cristalização. Assim a reação é acelerada. Na Disciplina de Materiais Dentários, os
alunos são apresentados à manipulação de cada opção de gesso odontológico
disponível a fim de proporcioná-los conhecimentos adequados das propriedades desse
material e as indicações clínicas de cada tipo para que possam desfrutar da melhor
forma de todos os recursos e vantagens que o gesso oferece à odontologia.
Trabalho 2 - O alginato odontológico tem em sua composição fosfato de sódio, óxido
de zinco, sulfato de cálcio, terra de diatomáceas e fluoreto de potássio. Por ser um
hidrocolóide irreversível, o alginato odontológico ao ser misturado com água passa
para estado de gel, em decorrência de suas reações químicas. A moldagem do alginato
odontológico resulta na cópia em negativo de estruturas bucais, produzindo então o
molde. O alginato odontológico é recomendado para realizar moldagens anatômicas
para próteses, moldagens para modelos de estudos ou moldagens de hemi arcada. O
tempo de manipulação do alginato odontológico varia de acordo com cada fabricante.
Sendo o tipo 1 - presa rápida: de 1,5 a 3 segundos e tipo 2 - presa normal: 3,5 a 4,5
segundos. Como a composição do pó possui elementos de diferentes densidades, é
altamente recomendado que o pote seja agitado antes do uso para a homogeneização
do conteúdo. Toda a manipulação deve ser feita com o uso de máscara e a proporção
pó-água nunca deve ser alterada com o objetivo de modifi car o tempo de geleifi
cação. Uma menor quantidade de água não permite que o pó reaja adequadamente,
trazendo instabilidade dimensional e menor reprodução de detalhes. Já uma maior
quantidade de água faz com que as fi bras coloidais fi quem dispersas em uma área
maior, provocando seu afastamento e consequente enfraquecimento da estrutura do
gel. O tempo de geleifi cação pode ser alterado por meio da modifi cação da
temperatura da água: a cada grau que se diminui na temperatura, aumenta-se em
cerca de seis segundos o tempo de trabalho.
Trabalho 3 - As resinas compostas são os materiais mais utilizados em restaurações
diretas, seja em dentes anteriores ou posteriores. Isso porque apresentam
características mecânicas e estéticas bastante similares às dos dentes. São formadas
por três partes: uma matriz orgânica, ou seja, uma estrutura biológica e amorfa,
uma carga inorgânica, que é quimicamente inerte e feita de partículas minerais, e
um agente de união, responsável por uni-las. Para que as resinas compostas
endureçam, é necessário que passem por um processo de polimerização. Esse pode ser
feito tanto quimicamente, com a junção de um iniciador e um ativador (chamada
de autopolimerizável), quanto fisicamente, por meio de exposição à luz ultravioleta
(chamada de fotopolimerizável). A escolha entre ambos os tipos dependerá do caso do
paciente. Se for necessário um tempo maior de manipulação da resina, prefira as
fotopolimerizáveis. Já se for possível fazer uma operação mais rápida, opte pela
autopolimerizáveis. As 5 marcas de Resina Composta mais conhecidas são: Resina
Amaris Voco, 3M™ Filtek™ One Resina Bulk Fill, Resina IPS EMPRESS DIRECT – Ivoclar
Vivadent, Tokuyama Estelite Omega – Marcas de Resina Composta, Yflow Yller.
Restauração direta em passo único
1º Caso inicial.
2º Dente isolado.
3º Alisamento do ângulo cavo superficial.
4º Cavidade pronta.
5º Condicionamento ácido de esmalte por 30 segundos (Condac 37- FGM)
6º Condicionamento ácido de dentina por 15 segundos (Condac 37 – FGM)
7º Aplicação de adesivo Ambar (FGM) e feita a fotopolimerização.
8º Inserção da resina Opus Bulk Fill APS (FGM) em um único incremento
9º Restauração finalizada ainda com isolamento
10º Restauração finalizada sem isolamento após polimento com Discos de Feltro
Diamond (FGM) e pasta de polimento Diamond R (FGM).
Trabalho 4 – Os ionômeros de vidro surgiram dos estudos pioneiros de Wilson & Kent
no final da década de 1960 e chegaram ao mercado em 1975, passando depois por
sucessivos desenvolvimentos. Atualmente, o cimento de ionômero de vidro (CIV) está
disponível em duas formulações: o ionômero de vidro convencional e o ionômero de
vidro híbrido ou modificado por resina. Os cimentos ionoméricos convencionais
dependem unicamente da reação de cura ácido-base e suas vantagens são: (a)
liberação de fluoreto durante longo tempo em serviço, anti-cariogenicamente; (b) boa
adesão, ligando-se quimicamente à estrutura do dente, às ligas não preciosas e ao
ouro recoberto com estanho. Suas desvantagens são: (c) susceptibilidade à
desidratação; (d) muito baixa resistência à tração; (e) muito baixa tenacidade à fratura.
Essas características requerem limitadas melhorias possíveis na sua consistência
coesiva. Com o objetivo de melhorar as propriedades físicas e diminuir a sensibilidade
à umidade, surgiram os cimentos de ionômero de vidro modificados por resina. Estes
contêm monômeros orgânicos polimerizáveis, geralmente hidroxietilmetacrilato
(HEMA), o que proporciona uma reação adicional de polimerização, que pode ser
autoativada ou foto-ativada. Entretanto, a inclusão de HEMA também provocou
aumento dos efeitos tóxicos e, como consequência, os ionômeros de vidro
modificados por resina têm sido apontados como mais citotóxicos que os
convencionais. O termo biocompatibilidade é definido como "a habilidade de um
material exercer sua função, proporcionando uma boa resposta do hospedeiro". Esta
definição está inserida no conceito de biofuncionalidade e não é uma propriedade
única, mas um conjunto de processos que ocorrem através da interação dos tecidos
com o material artificial. O cimento de ionômero de vidro convencional sempre foi
considerado um material biocompatível para aplicações em dentística, pois apresenta
as seguintes propriedades: pequena reação exotérmica, rápida neutralização e
liberação de íons benignos como sódio, alumínio, silício, fósforo e flúor em condições
neutras e cálcio em condições ácidas. Exceto o alumínio, esses íons são utilizados em
uma variedade de reações fisiológicas, muitas das quais são associadas ao processo de
remineralização da superfície dentária. O alumínio liberado pode apresentar
toxicidade, mas isso não ocorre devido à sua baixa liberação e pequena
biodisponibilidade.
Sua manipulação é feita da seguinte maneira: Coloca-se a quantidade de pó
recomendado para cada caso sobre a placa de vidro ou bloco de papel. Divide-se o pó
em duas metades. Goteje o líquido com o frasco na posição perpendicular. Aglutina-se
a primeira metade do pó ao líquido e manipula-se 1 por 15 segundos.
Trabalho 5 - Cimento de Hidróxido de Cálcio: Pode ser fotoativado, pasta única, ou
quimicamente ativado sob a forma de uma pasta base (pH 8,6) constituída de
tungstato de cálcio (responsável pela radiopacidade), fosfato de cálcio tribásico e óxido
de zinco em salicilato de glicol; e pasta catalizadora (pH 11,3) composta por hidróxido
de cálcio, óxido de zinco e estearato de zinco em sulfonamida de etileno tolueno. Os
componentes responsáveis pela presa são o hidróxido de cálcio e um salicilato que
reagem para formar um dissalicilato de cálcio amorfo. Apresenta relativa dureza e
resistência mecânica, além de alguns serem impermeáveis aos ácidos (os
fotopolimerizáveis – de acordo com o fabricante) e eficazes contra estímulos térmicos
e elétricos, possibilitando indicar como base única no caso de proteções indiretas e
diretas, pulpotomias, forramento cavitários de cavidades profundas e cimentação de
próteses provisórias. Em comparação com o P.A, os cimentos apresentam pH menos
alcalino, devido ao menor teor de Ca(OH)2 , promovem uma camada mais delgada de
necrose por coagulação, a formação de barreira mineralizada é mais lenta e irregular e
apresenta maior resistência. Não se deve colocar o cimento de hidróxido de cálcio
diretamente na polpa exposta devido às dificuldades técnicas, pois é muito difícil e
exige grande habilidade uma vez que endurecem mais rapidamente em contato com
os fluidos pulpares, e isso impede uma correta aposição e contato íntimo com a polpa.
Além disso, o exsudado pulpar, decorrente do trauma da exposição, desloca o cimento
do fundo cavitário fazendo com que o efeito biológico não seja tão efetivo como no
caso da pasta e do P.A. Alguns estudos mostram que uma polpa exposta quando é
capeada com cimento de hidróxido de cálcio, após 90 dias observa-se a formação de
uma barreira mineralizada irregular, incompleta e estruída em relação à superfície
pulpar.
Como utilizar / manipular: O pó de hidróxido de cálcio puro (P.A) deve ser inserido na
cavidade com uso do aplicador de pó de hidróxido de cálcio específico, na região mais
profunda da cavidade, podendo ficar em contato com a polpa exposta. Pode ser
utilizado também a porta dycal ou uma sonda exploradora umedecida em soro
fisiológico ou até mesmo com o auxílio do porta amálgama. O cimento de hidróxido de
cálcio quimicamente ativado é fornecido comercialmente em duas pastas diferentes:
uma catalisadora e uma base. Ambas devem ser dispensadas em quantidades iguais
sobre uma placa de vidro ou bloco de papel impermeável descartável e manipulada
com o próprio aplicador de hidróxido de cálcio por 5 a 10 segundos. Por apresentar
presa rápida, 2 a 3 minutos, a homogeneização deve ser realizada de maneira rápida e
eficiente, até a obtenção de uma cor uniforme e viscosidade adequada. Sua inserção
na cavidade deve ser na porção mais profunda (região mais próxima da polpa),
evitando excesso e contato com as paredes circundantes. O aumento da umidade e
temperatura diminui o tempo de presa e de trabalho.
O cimento de fosfato de zinco, podemos inferir que é o mais antigo dos agentes
cimentantes. Por conta disso, vale ressaltar que é o cimento com o mais longínquo
tempo em uso na vida clínica odontológica. O que faz desse agente um padrão para
servir de comparação aos novos sistemas de cimentação. Em sua composição, o
cimento de fosfato de zinco possui dois principais componentes, sendo eles o pó e o
líquido. O pó é constituído de óxido de zinco (90%), funcionando como reagente
básico, e o óxido de magnésio (10%), exercendo o papel de retardador. Em
contrapartida, o líquido contém ácido ortofosfórico, água (que controla a ionização do
àcido) e alguns sais metálicos.
Trabalho 5 CONTINUAÇÃO: Duas propriedades físicas desse cimento são relevantes
para a retenção das próteses fixas, sendo elas as propriedades mecânicas e a
solubilidade. A prótese poderá sofrer deslocamento se o for tencionado além de seu
limite de resistência de compressão, aproximadamente 104 megapascals (MPa), e de
tração diametral superior a 5,5 MPa, FRIZZO et al., em 2009, analisou e comparou a
resistência ao cisalhamento de resina composta Z250 em dentes, dividindo-os em 5
grupos, o grupo 1(fosfato de zinco) apresentou resultados inferiores às outras técnicas
de cimentação. A utilização do cimento resinoso associado ao uso de adesivo na peça
de resina composta apresenta a melhor resistência de união ao cisalhamento.
Manipulação
1. 5 pontos para manuseio. Não é necessário usar dispositivos de medição para
atingir as proporções de pó e líquido, porque a consistência pode variar de
acordo com a situação clínica.
2. Uma telha fria deve ser usada
3. De acordo com as instruções, o pó deve ser dividido em várias partes. Uma boa
regra a seguir é a espátula de cada incremento por 15 a 20 segundos.
4. A prótese deve ser colocada imediatamente antes da formação da matriz.
5. O excesso de cimento só é removido quando o cimento endurece. É
aconselhável aplicar uma camada de verniz ou outro revestimento
impermeável na margem da restauração. Isto permite um maior tempo de
maturação e aumenta a resistência à dissolução em fluidos orais.

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