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CEMIG
CEMIG - COMPANHIA ENERGÉTICA DE MINAS
GERAIS

Comum aos cargos de Ensino Superior: Advogado,


Analista Empresarial, Assistente Social, Enfermeiro
do Trabalho, Engenheiro, Engenheiro de Processos
de Suporte, Meteorologista

EDITAL DO CONCURSO PÚBLICO Nº


02/2023, DE 14 DE JULHO DE 2023

CÓD: SL-156JL-23
7908433239239
INTRODUÇÃO

Como passar em um concurso público?


Todos nós sabemos que é um grande desafio ser aprovado em concurso público, dessa maneira é muito importante o concurseiro
estar focado e determinado em seus estudos e na sua preparação. É verdade que não existe uma fórmula mágica ou uma regra de como
estudar para concursos públicos, é importante cada pessoa encontrar a melhor maneira para estar otimizando sua preparação.

Algumas dicas podem sempre ajudar a elevar o nível dos estudos, criando uma motivação para estudar. Pensando nisso, a Solução
preparou esta introdução com algumas dicas que irão fazer toda a diferença na sua preparação.

Então mãos à obra!


• Esteja focado em seu objetivo: É de extrema importância você estar focado em seu objetivo: a aprovação no concurso. Você vai ter
que colocar em sua mente que sua prioridade é dedicar-se para a realização de seu sonho;

• Não saia atirando para todos os lados: Procure dar atenção a um concurso de cada vez, a dificuldade é muito maior quando você
tenta focar em vários certames, pois as matérias das diversas áreas são diferentes. Desta forma, é importante que você defina uma
área e especializando-se nela. Se for possível realize todos os concursos que saírem que englobe a mesma área;

• Defina um local, dias e horários para estudar: Uma maneira de organizar seus estudos é transformando isso em um hábito,
determinado um local, os horários e dias específicos para estudar cada disciplina que irá compor o concurso. O local de estudo não
pode ter uma distração com interrupções constantes, é preciso ter concentração total;

• Organização: Como dissemos anteriormente, é preciso evitar qualquer distração, suas horas de estudos são inegociáveis. É
praticamente impossível passar em um concurso público se você não for uma pessoa organizada, é importante ter uma planilha
contendo sua rotina diária de atividades definindo o melhor horário de estudo;

• Método de estudo: Um grande aliado para facilitar seus estudos, são os resumos. Isso irá te ajudar na hora da revisão sobre o assunto
estudado. É fundamental que você inicie seus estudos antes mesmo de sair o edital, buscando editais de concursos anteriores. Busque
refazer a provas dos concursos anteriores, isso irá te ajudar na preparação.

• Invista nos materiais: É essencial que você tenha um bom material voltado para concursos públicos, completo e atualizado. Esses
materiais devem trazer toda a teoria do edital de uma forma didática e esquematizada, contendo exercícios para praticar. Quanto mais
exercícios você realizar, melhor será sua preparação para realizar a prova do certame;

• Cuide de sua preparação: Não são só os estudos que são importantes na sua preparação, evite perder sono, isso te deixará com uma
menor energia e um cérebro cansado. É preciso que você tenha uma boa noite de sono. Outro fator importante na sua preparação, é
tirar ao menos 1 (um) dia na semana para descanso e lazer, renovando as energias e evitando o estresse.

A motivação é a chave do sucesso na vida dos concurseiros. Compreendemos que nem sempre é fácil, e às vezes bate aquele desânimo
com vários fatores ao nosso redor. Porém tenha garra ao focar na sua aprovação no concurso público dos seus sonhos.

Como dissemos no começo, não existe uma fórmula mágica, um método infalível. O que realmente existe é a sua garra, sua dedicação
e motivação para realizar o seu grande sonho de ser aprovado no concurso público. Acredite em você e no seu potencial.

A Solução tem ajudado, há mais de 36 anos, quem quer vencer a batalha do concurso público. Vamos juntos!

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ÍNDICE

Língua Portuguesa
1. Compreensão e interpretação de textos.................................................................................................................................... 9
2. Tipologia textual e organização funcional dos gêneros de texto. .............................................................................................. 12
3. Argumentação: pertinência, relevância e coerência dos argumentos;....................................................................................... 13
4. Articulação dos argumentos por meio dos mecanismos de coesão e elementos da organização textual: segmentação e
ordenação................................................................................................................................................................................... 14

5. Oralidade e escrita: processos de retextualização...................................................................................................................... 15


6. Variedades linguísticas e situações de comunicação; linguagem formal e informal. . ............................................................... 16
7. Multimodalidade........................................................................................................................................................................ 16
8. Funções da linguagem. .............................................................................................................................................................. 17
9. Intertextualidade. ...................................................................................................................................................................... 18
10. Semântica................................................................................................................................................................................... 19
11. Figuras de Linguagem................................................................................................................................................................. 20
12. Conhecimentos linguísticos de acordo com a Gramática Normativa da Língua Portuguesa: formação de palavras,................. 22
13. Sinonímia, antonímia.................................................................................................................................................................. 23
14. Seleção vocabular....................................................................................................................................................................... 23
15. Classe de palavras....................................................................................................................................................................... 24
16. Colocação pronominal................................................................................................................................................................ 32
17. Emprego de tempos e modos verbais........................................................................................................................................ 33
18. Estruturação sintática e semântica dos termos na oração e das orações no período; .............................................................. 35
19. Emprego da regência nominal e verbal...................................................................................................................................... 37
20. uso de sinal indicativo de crase.................................................................................................................................................. 40
21. emprego da concordância nominal e verbal............................................................................................................................... 40
22. Paragrafação............................................................................................................................................................................... 41
23. Ortografia, grafia das palavras de acordo com a norma padrão, contemplando o Novo Acordo Ortográfico............................ 42
24. Emprego de sinais de pontuação................................................................................................................................................ 43

Matemática
1. Números: conjuntos numéricos (naturais, inteiros, racionais, irracionais e reais). , divisibilidade............................................. 53
2. Operações fundamentais............................................................................................................................................................ 55
3. fatoração..................................................................................................................................................................................... 57
4. máximo divisor comum e mínimo múltiplo comum,.................................................................................................................. 60
5. operações com frações,.............................................................................................................................................................. 61
6. representação decimal, números decimais periódicos e não periódicos................................................................................... 62
7. Mínimo Múltiplo Comum – MMC e Máximo Divisor Comum – MDC......................................................................................... 64
8. Matemática comercial: razões, proporções, regra de três simples e composta......................................................................... 64
9. Porcentagem. Desconto.............................................................................................................................................................. 67
10. Juros simples. . ........................................................................................................................................................................... 68
11. Estatística: conceitos fundamentais de estatística descritiva (população, amostra e amostragem). Organização de dados
(tabelas e gráficos). .................................................................................................................................................................... 69

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ÍNDICE

12. Medidas de tendência central (média, moda e mediana).......................................................................................................... 75


13. Sequências: progressões aritméticas e geométricas. ................................................................................................................ 77
14. Cálculo algébrico: equações do 1° grau...................................................................................................................................... 79
15. Raízes de uma equação algébrica............................................................................................................................................... 81
16. Funções: conceitos de função (funções reais de uma variável, gráfico, domínio e imagem). Funções polinomiais................... 82
17. funções exponenciais e funções logarítmicas............................................................................................................................. 88
18. Análise combinatória e probabilidade. Princípio fundamental de contagem. Combinação, arranjo e permutação simples.
Probabilidade de um evento. . ................................................................................................................................................... 91
19. Geometria plana: áreas e perímetros (triângulos, quadriláteros e circunferências). ................................................................ 95
20. Mediana e mediatriz.................................................................................................................................................................. 98

Raciocínio Lógico
1. Noções básicas da lógica matemática: proposições, problemas com tabelas, argumentação e associação lógica.................... 103
2. Verdades e mentiras: resolução de problemas........................................................................................................................... 110
3. Diagramas lógicos....................................................................................................................................................................... 112
4. sequências lógicas. . ................................................................................................................................................................... 114
5. Casa de pombos.......................................................................................................................................................................... 115
6. Orientação espacial e temporal.................................................................................................................................................. 117

Informática Básica
*Exceto para Analista Empresarial – Formação Cientista de Dados; 014 - Analista Empresarial – For-
mação Tecnologia da Informação Nível 14; 015 - Analista Empresarial – Formação Tecnologia da
Informação Nível 15; 012 - Analista Empresarial – Formação Matemática Computacional

1. Informática básica: conceitos básicos de hardware e software.................................................................................................. 121


2. História da computação.............................................................................................................................................................. 123
3. Unidades de informação, tipos de media e estrutura geral do computador.............................................................................. 124
4. Sistema operacional.................................................................................................................................................................... 125

5. Software aplicativos e software básico, utilitários...................................................................................................................... 130


6. Conceitos básicos de redes de computadores, tipos e topologias de rede, componentes de rede, modos e meios de trans-
missão, conceitos básicos da Internet e serviços........................................................................................................................ 133
7. Microsoft Office Excel: noções básicas do Excel. Compartilhamento e impressão. Funções, fórmulas, operadores lógicos,
erros. Importação e análise de dados, tabelas, classificação e filtragem, gráficos, tabelas dinâmicas, modelos de dados. In-
serção e formatação de dados, busca e localização, layout, validação, personalização............................................................. 143
8. Microsoft Office Word: introdução e conceitos básicos. Compartilhamento e coautoria, comentários, controle de alterações.
Formatação de texto, lista numeradas e marcadores, espaçamento, estilos, temas. Layout de página, margens, orientação,
bordas, cabeçalho e rodapé, numeração, quebra de página, sumário. Tabelas, imagens, ícones, WordArt, marca d’água, ré-
gua, formas geométricas. Impressão e exportação de documentos, mala direta...................................................................... 149
9. Segurança da informação: conceitos básicos de segurança, políticas de controle de acesso de usuários................................. 158
10. Políticas de backup e proteção de dados, privacidade, gerenciadores e políticas de senhas..................................................... 163
11. Códigos maliciosos, vírus, cavalos de tróia, spywares, ransomwares, worms, spam, etc........................................................... 164

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Informática Básica
*Somente para Analista Empresarial – Formação Cientista de Dados; 014 - Analista Empresarial –
Formação Tecnologia da Informação Nível 14; 015 - Analista Empresarial – Formação Tecnologia da
Informação Nível 15; 012 - Analista Empresarial – Formação Matemática Computacional

1. Noções de informática básica: computador, hardware, software.............................................................................................. 169


2. periféricos, dispositivos de entrada e saída e híbrido, etc.......................................................................................................... 169
3. Noções de Sistemas Operacionais: Linux, Windows, MacOS, Android e iOS.............................................................................. 171
4. Navegadores: Google Chrome, Mozilla Firefox, Internet Explorer.............................................................................................. 172
5. Pacote office: Word, Excel, Power Point), Microsoft 365............................................................................................................ 172

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LÍNGUA PORTUGUESA

A imagem a seguir ilustra uma campanha pela inclusão social.


COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS.

Definição Geral
Embora correlacionados, esses conceitos se distinguem, pois
sempre que compreendemos adequadamente um texto e o objetivo
de sua mensagem, chegamos à interpretação, que nada mais é
do que as conclusões específicas. Exemplificando, sempre que
nos é exigida a compreensão de uma questão em uma avaliação,
a resposta será localizada no próprio no texto, posteriormente,
ocorre a interpretação, que é a leitura e a conclusão fundamentada
em nossos conhecimentos prévios.

Compreensão de Textos
Resumidamente, a compreensão textual consiste na análise do
“A Constituição garante o direito à educação para todos e a
que está explícito no texto, ou seja, na identificação da mensagem.
inclusão surge para garantir esse direito também aos alunos com
É assimilar (uma devida coisa) intelectualmente, fazendo uso
deficiências de toda ordem, permanentes ou temporárias, mais ou
da capacidade de entender, atinar, perceber, compreender.
menos severas.”
Compreender um texto é apreender de forma objetiva a mensagem
transmitida por ele. Portanto, a compreensão textual envolve a
A partir do fragmento acima, assinale a afirmativa incorreta.
decodificação da mensagem que é feita pelo leitor. Por exemplo,
(A) A inclusão social é garantida pela Constituição Federal de
ao ouvirmos uma notícia, automaticamente compreendemos
1988.
a mensagem transmitida por ela, assim como o seu propósito
(B) As leis que garantem direitos podem ser mais ou menos
comunicativo, que é informar o ouvinte sobre um determinado
severas.
evento.
(C) O direito à educação abrange todas as pessoas, deficientes
ou não.
Interpretação de Textos
(D) Os deficientes temporários ou permanentes devem ser
É o entendimento relacionado ao conteúdo, ou melhor, os
incluídos socialmente.
resultados aos quais chegamos por meio da associação das ideias
(E) “Educação para todos” inclui também os deficientes.
e, em razão disso, sobressai ao texto. Resumidamente, interpretar
é decodificar o sentido de um texto por indução.
Comentário da questão:
A interpretação de textos compreende a habilidade de se
Em “A” o texto é sobre direito à educação, incluindo as pessoas
chegar a conclusões específicas após a leitura de algum tipo de
com deficiência, ou seja, inclusão de pessoas na sociedade. =
texto, seja ele escrito, oral ou visual.
afirmativa correta.
Grande parte da bagagem interpretativa do leitor é resultado
Em “B” o complemento “mais ou menos severas” se refere à
da leitura, integrando um conhecimento que foi sendo assimilado
“deficiências de toda ordem”, não às leis. = afirmativa incorreta.
ao longo da vida. Dessa forma, a interpretação de texto é subjetiva,
Em “C” o advérbio “também”, nesse caso, indica a inclusão/
podendo ser diferente entre leitores.
adição das pessoas portadoras de deficiência ao direito à educação,
além das que não apresentam essas condições. = afirmativa correta.
Exemplo de compreensão e interpretação de textos
Em “D” além de mencionar “deficiências de toda ordem”, o
Para compreender melhor a compreensão e interpretação de
texto destaca que podem ser “permanentes ou temporárias”. =
textos, analise a questão abaixo, que aborda os dois conceitos em
afirmativa correta.
um texto misto (verbal e visual):
Em “E” este é o tema do texto, a inclusão dos deficientes. =
FGV > SEDUC/PE > Agente de Apoio ao Desenvolvimento Escolar Espe-
afirmativa correta.
cial > 2015 Português > Compreensão e interpretação de textos
Resposta: Logo, a Letra B é a resposta Certa para essa questão,
visto que é a única que contém uma afirmativa incorreta sobre o
texto.

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IDENTIFICANDO O TEMA DE UM TEXTO IDENTIFICAÇÃO DE EFEITOS DE IRONIA OU HUMOR EM


O tema é a ideia principal do texto. É com base nessa ideia TEXTOS VARIADOS
principal que o texto será desenvolvido. Para que você consiga
identificar o tema de um texto, é necessário relacionar as diferen- Ironia
tes informações de forma a construir o seu sentido global, ou seja, Ironia é o recurso pelo qual o emissor diz o contrário do que
você precisa relacionar as múltiplas partes que compõem um todo está pensando ou sentindo (ou por pudor em relação a si próprio ou
significativo, que é o texto. com intenção depreciativa e sarcástica em relação a outrem).
Em muitas situações, por exemplo, você foi estimulado a ler um A ironia consiste na utilização de determinada palavra ou ex-
texto por sentir-se atraído pela temática resumida no título. Pois o pressão que, em um outro contexto diferente do usual, ganha um
título cumpre uma função importante: antecipar informações sobre novo sentido, gerando um efeito de humor.
o assunto que será tratado no texto. Exemplo:
Em outras situações, você pode ter abandonado a leitura por-
que achou o título pouco atraente ou, ao contrário, sentiu-se atraí-
do pelo título de um livro ou de um filme, por exemplo. É muito
comum as pessoas se interessarem por temáticas diferentes, de-
pendendo do sexo, da idade, escolaridade, profissão, preferências
pessoais e experiência de mundo, entre outros fatores.
Mas, sobre que tema você gosta de ler? Esportes, namoro, se-
xualidade, tecnologia, ciências, jogos, novelas, moda, cuidados com
o corpo? Perceba, portanto, que as temáticas são praticamente in-
finitas e saber reconhecer o tema de um texto é condição essen-
cial para se tornar um leitor hábil. Vamos, então, começar nossos
estudos?
Propomos, inicialmente, que você acompanhe um exercício
bem simples, que, intuitivamente, todo leitor faz ao ler um texto:
reconhecer o seu tema. Vamos ler o texto a seguir?

CACHORROS
Os zoólogos acreditam que o cachorro se originou de uma
espécie de lobo que vivia na Ásia. Depois os cães se juntaram aos
seres humanos e se espalharam por quase todo o mundo. Essa ami-
zade começou há uns 12 mil anos, no tempo em que as pessoas
precisavam caçar para se alimentar. Os cachorros perceberam que,
se não atacassem os humanos, podiam ficar perto deles e comer a
comida que sobrava. Já os homens descobriram que os cachorros
podiam ajudar a caçar, a cuidar de rebanhos e a tomar conta da
casa, além de serem ótimos companheiros. Um colaborava com o
outro e a parceria deu certo.
Ao ler apenas o título “Cachorros”, você deduziu sobre o pos-
sível assunto abordado no texto. Embora você imagine que o tex-
to vai falar sobre cães, você ainda não sabia exatamente o que ele Na construção de um texto, ela pode aparecer em três mo-
falaria sobre cães. Repare que temos várias informações ao longo dos: ironia verbal, ironia de situação e ironia dramática (ou satírica).
do texto: a hipótese dos zoólogos sobre a origem dos cães, a asso-
ciação entre eles e os seres humanos, a disseminação dos cães pelo Ironia verbal
mundo, as vantagens da convivência entre cães e homens. Ocorre quando se diz algo pretendendo expressar outro sig-
As informações que se relacionam com o tema chamamos de nificado, normalmente oposto ao sentido literal. A expressão e a
subtemas (ou ideias secundárias). Essas informações se integram, intenção são diferentes.
ou seja, todas elas caminham no sentido de estabelecer uma unida- Exemplo: Você foi tão bem na prova! Tirou um zero incrível!
de de sentido. Portanto, pense: sobre o que exatamente esse texto
fala? Qual seu assunto, qual seu tema? Certamente você chegou à Ironia de situação
conclusão de que o texto fala sobre a relação entre homens e cães. A intenção e resultado da ação não estão alinhados, ou seja, o
Se foi isso que você pensou, parabéns! Isso significa que você foi resultado é contrário ao que se espera ou que se planeja.
capaz de identificar o tema do texto! Exemplo: Quando num texto literário uma personagem planeja
uma ação, mas os resultados não saem como o esperado. No li-
Fonte: https://portuguesrapido.com/tema-ideia-central-e-ideias-se- vro “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis, a
cundarias/ personagem título tem obsessão por ficar conhecida. Ao longo da
vida, tenta de muitas maneiras alcançar a notoriedade sem suces-

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so. Após a morte, a personagem se torna conhecida. A ironia é que Interpretar um texto permite a compreensão de todo e qual-
planejou ficar famoso antes de morrer e se tornou famoso após a quer texto ou discurso e se amplia no entendimento da sua ideia
morte. principal. Compreender relações semânticas é uma competência
imprescindível no mercado de trabalho e nos estudos.
Ironia dramática (ou satírica) Quando não se sabe interpretar corretamente um texto pode-
A ironia dramática é um efeito de sentido que ocorre nos textos -se criar vários problemas, afetando não só o desenvolvimento pro-
literários quando o leitor, a audiência, tem mais informações do que fissional, mas também o desenvolvimento pessoal.
tem um personagem sobre os eventos da narrativa e sobre inten-
ções de outros personagens. É um recurso usado para aprofundar Busca de sentidos
os significados ocultos em diálogos e ações e que, quando captado Para a busca de sentidos do texto, pode-se retirar do mesmo
pelo leitor, gera um clima de suspense, tragédia ou mesmo comé- os tópicos frasais presentes em cada parágrafo. Isso auxiliará na
dia, visto que um personagem é posto em situações que geram con- apreensão do conteúdo exposto.
flitos e mal-entendidos porque ele mesmo não tem ciência do todo Isso porque é ali que se fazem necessários, estabelecem uma
da narrativa. relação hierárquica do pensamento defendido, retomando ideias já
Exemplo: Em livros com narrador onisciente, que sabe tudo o citadas ou apresentando novos conceitos.
que se passa na história com todas as personagens, é mais fácil apa- Por fim, concentre-se nas ideias que realmente foram explici-
recer esse tipo de ironia. A peça como Romeu e Julieta, por exem- tadas pelo autor. Textos argumentativos não costumam conceder
plo, se inicia com a fala que relata que os protagonistas da história espaço para divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas
irão morrer em decorrência do seu amor. As personagens agem ao entrelinhas. Deve-se ater às ideias do autor, o que não quer dizer
longo da peça esperando conseguir atingir seus objetivos, mas a que o leitor precise ficar preso na superfície do texto, mas é fun-
plateia já sabe que eles não serão bem-sucedidos. damental que não sejam criadas suposições vagas e inespecíficas.

Humor Importância da interpretação


Nesse caso, é muito comum a utilização de situações que pare- A prática da leitura, seja por prazer, para estudar ou para se
çam cômicas ou surpreendentes para provocar o efeito de humor. informar, aprimora o vocabulário e dinamiza o raciocínio e a inter-
Situações cômicas ou potencialmente humorísticas comparti- pretação. A leitura, além de favorecer o aprendizado de conteúdos
lham da característica do efeito surpresa. O humor reside em ocor- específicos, aprimora a escrita.
rer algo fora do esperado numa situação. Uma interpretação de texto assertiva depende de inúmeros fa-
Há diversas situações em que o humor pode aparecer. Há as ti- tores. Muitas vezes, apressados, descuidamo-nos dos detalhes pre-
rinhas e charges, que aliam texto e imagem para criar efeito cômico; sentes em um texto, achamos que apenas uma leitura já se faz sufi-
há anedotas ou pequenos contos; e há as crônicas, frequentemente ciente. Interpretar exige paciência e, por isso, sempre releia o texto,
acessadas como forma de gerar o riso. pois a segunda leitura pode apresentar aspectos surpreendentes
Os textos com finalidade humorística podem ser divididos em que não foram observados previamente. Para auxiliar na busca de
quatro categorias: anedotas, cartuns, tiras e charges. sentidos do texto, pode-se também retirar dele os tópicos frasais
presentes em cada parágrafo, isso certamente auxiliará na apreen-
Exemplo: são do conteúdo exposto. Lembre-se de que os parágrafos não es-
tão organizados, pelo menos em um bom texto, de maneira aleató-
ria, se estão no lugar que estão, é porque ali se fazem necessários,
estabelecendo uma relação hierárquica do pensamento defendido,
retomando ideias já citadas ou apresentando novos conceitos.
Concentre-se nas ideias que de fato foram explicitadas pelo au-
tor: os textos argumentativos não costumam conceder espaço para
divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas entrelinhas.
Devemos nos ater às ideias do autor, isso não quer dizer que você
precise ficar preso na superfície do texto, mas é fundamental que
não criemos, à revelia do autor, suposições vagas e inespecíficas.
Ler com atenção é um exercício que deve ser praticado à exaustão,
assim como uma técnica, que fará de nós leitores proficientes.

Diferença entre compreensão e interpretação


A compreensão de um texto é fazer uma análise objetiva do
texto e verificar o que realmente está escrito nele. Já a interpreta-
ção imagina o que as ideias do texto têm a ver com a realidade. O
ANÁLISE E A INTERPRETAÇÃO DO TEXTO SEGUNDO O GÊ- leitor tira conclusões subjetivas do texto.
NERO EM QUE SE INSCREVE
Compreender um texto trata da análise e decodificação do que
de fato está escrito, seja das frases ou das ideias presentes. Inter-
pretar um texto, está ligado às conclusões que se pode chegar ao
conectar as ideias do texto com a realidade. Interpretação trabalha
com a subjetividade, com o que se entendeu sobre o texto.
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Gêneros Discursivos Exemplo de fato:


Romance: descrição longa de ações e sentimentos de perso- A mãe foi viajar.
nagens fictícios, podendo ser de comparação com a realidade ou
totalmente irreal. A diferença principal entre um romance e uma Interpretação
novela é a extensão do texto, ou seja, o romance é mais longo. No É o ato de dar sentido ao fato, de entendê-lo. Interpretamos
romance nós temos uma história central e várias histórias secun- quando relacionamos fatos, os comparamos, buscamos suas cau-
dárias. sas, previmos suas consequências.
Entre o fato e sua interpretação há uma relação lógica: se apon-
Conto: obra de ficção onde é criado seres e locais totalmente tamos uma causa ou consequência, é necessário que seja plausível.
imaginário. Com linguagem linear e curta, envolve poucas perso- Se comparamos fatos, é preciso que suas semelhanças ou diferen-
nagens, que geralmente se movimentam em torno de uma única ças sejam detectáveis.
ação, dada em um só espaço, eixo temático e conflito. Suas ações
encaminham-se diretamente para um desfecho. Exemplos de interpretação:
A mãe foi viajar porque considerou importante estudar em ou-
Novela: muito parecida com o conto e o romance, diferencia- tro país.
do por sua extensão. Ela fica entre o conto e o romance, e tem a A mãe foi viajar porque se preocupava mais com sua profissão
história principal, mas também tem várias histórias secundárias. O do que com a filha.
tempo na novela é baseada no calendário. O tempo e local são de-
finidos pelas histórias dos personagens. A história (enredo) tem um Opinião
ritmo mais acelerado do que a do romance por ter um texto mais A opinião é a avaliação que se faz de um fato considerando um
curto. juízo de valor. É um julgamento que tem como base a interpretação
que fazemos do fato.
Crônica: texto que narra o cotidiano das pessoas, situações que Nossas opiniões costumam ser avaliadas pelo grau de coerên-
nós mesmos já vivemos e normalmente é utilizado a ironia para cia que mantêm com a interpretação do fato. É uma interpretação
mostrar um outro lado da mesma história. Na crônica o tempo não do fato, ou seja, um modo particular de olhar o fato. Esta opinião
é relevante e quando é citado, geralmente são pequenos intervalos pode alterar de pessoa para pessoa devido a fatores socioculturais.
como horas ou mesmo minutos.
Exemplos de opiniões que podem decorrer das interpretações
Poesia: apresenta um trabalho voltado para o estudo da lin- anteriores:
guagem, fazendo-o de maneira particular, refletindo o momento, A mãe foi viajar porque considerou importante estudar em ou-
a vida dos homens através de figuras que possibilitam a criação de tro país. Ela tomou uma decisão acertada.
imagens. A mãe foi viajar porque se preocupava mais com sua profissão
do que com a filha. Ela foi egoísta.
Editorial: texto dissertativo argumentativo onde expressa a
opinião do editor através de argumentos e fatos sobre um assunto Muitas vezes, a interpretação já traz implícita uma opinião.
que está sendo muito comentado (polêmico). Sua intenção é con- Por exemplo, quando se mencionam com ênfase consequên-
vencer o leitor a concordar com ele. cias negativas que podem advir de um fato, se enaltecem previsões
positivas ou se faz um comentário irônico na interpretação, já esta-
Entrevista: texto expositivo e é marcado pela conversa de um mos expressando nosso julgamento.
entrevistador e um entrevistado para a obtenção de informações. É muito importante saber a diferença entre o fato e opinião,
Tem como principal característica transmitir a opinião de pessoas principalmente quando debatemos um tema polêmico ou quando
de destaque sobre algum assunto de interesse. analisamos um texto dissertativo.

Cantiga de roda: gênero empírico, que na escola se materiali- Exemplo:


za em uma concretude da realidade. A cantiga de roda permite as A mãe viajou e deixou a filha só. Nem deve estar se importando
crianças terem mais sentido em relação a leitura e escrita, ajudando com o sofrimento da filha.
os professores a identificar o nível de alfabetização delas.
TIPOLOGIA TEXTUAL E ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL DOS
Receita: texto instrucional e injuntivo que tem como objetivo
GÊNEROS DE TEXTO.
de informar, aconselhar, ou seja, recomendam dando uma certa li-
berdade para quem recebe a informação.
Definição Geral: as tipologia textuais classificam os textos de
DISTINÇÃO DE FATO E OPINIÃO SOBRE ESSE FATO acordo com seus aspectos linguísticos, em termos de estruturação
e apresentação. Também podem ser denominados tipos textuais,
Fato modo textual ou ainda de organização do discurso, essas
O fato é algo que aconteceu ou está acontecendo. A existência categorizações consistem em formas distintas sob as quais um
do fato pode ser constatada de modo indiscutível. O fato pode é texto pode ser apresentado, com fins de responder a diferentes
uma coisa que aconteceu e pode ser comprovado de alguma manei- propósitos comunicativos.
ra, através de algum documento, números, vídeo ou registro.

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Critérios utilizados pela tipologia textual: elementos sintáticos, Como se classificam os tipos e os gêneros textuais
objetivo da comunicação, vocabulário, estrutura, construções As classificações conforme o gênero podem sofrer mudanças
frásicas, linguagem, emprego dos tempos verbais, modo de e são amplamente flexíveis. Os principais gêneros são: romance,
interação com o leitor, conexões lógicas, entre outros.   conto, fábula, lenda, notícia, carta, bula de medicamento, cardápio
de restaurante, lista de compras, receita de bolo, etc. Quanto aos
Objetivos comunicativos: os elementos que compõem um tipos, as classificações são fixas, e definem e distinguem o texto
texto diversificam-se conforme a finalidade do texto, que pode ser com base na estrutura e nos aspectos linguísticos. Os tipos textuais
narrar, argumentar, informar, descrever e etc.   são: narrativo, descritivo, dissertativo, expositivo e injuntivo.
Os tipos de texto: de acordo com as tipologias textuais, um Resumindo, os gêneros textuais são a parte concreta, enquanto
texto pode ser narrativo, descritivo, dissertativo (argumentativo e as tipologias integram o campo das formas, da teoria. Acompanhe
expositivo) ou explicativo (prescritivo e injuntivo). abaixo os principais gêneros textuais inseridos e como eles se
inserem em cada tipo textual:
Tipologia textual x gênero textual: são dois modos de Texto narrativo: esse tipo textual se estrutura em: apresentação,
classificação de um texto que se baseiam em critérios distintos. desenvolvimento, clímax e desfecho. Esses textos se caracterizam
Enquanto o gênero textual se dedica aos aspectos formais (modelo pela apresentação das ações de personagens em um tempo e
de apresentação do texto e função social), as tipologias textuais espaço determinado. Os principais gêneros textuais que pertencem
têm seu foco na estrutura linguística de um texto, na organização ao tipo textual narrativo são: romances, novelas, contos, crônicas
do discurso e suas características morfossintáticas. e fábulas.
Texto descritivo: esse tipo compreende textos que descrevem
— Texto dialogal lugares ou seres ou relatam acontecimentos. Em geral, esse tipo de
Essa tipologia apresenta um diálogo entre, pelo menos, dois texto contém adjetivos que exprimem as emoções do narrador, e,
locutores. O que difere essa classe da narração é o fato de que, no em termos de gêneros, abrange diários, classificados, cardápios de
texto dialogal, o narrador não é obrigatório e, nos casos em que ele restaurantes, folhetos turísticos, relatos de viagens, etc.
se apresenta, sua função se limita a introduzir o diálogo; este, por Texto expositivo: corresponde ao texto cuja função é transmitir
sua vez, se dará na primeira pessoa. Os principais gêneros textuais ideias utilizando recursos de definição, comparação, descrição,
que se enquadram nessa tipologia são: peças de teatro, debates, conceituação e informação. Verbetes de dicionário, enciclopédias,
entrevistas, conversas em aplicativos eletrônicos.   jornais, resumos escolares, entre outros, fazem parte dos textos
As principais características do texto dialogal: expositivos.
– Predomínio dos verbos na primeira pessoa do singular; Texto argumentativo: os textos argumentativos têm o objetivo
– Discurso direto: emprego de verbos elocutivos e dos sinais de apresentar um assunto recorrendo a argumentações, isto é,
dois-pontos, aspas ou travessões para, respectivamente, indicar o caracteriza-se por defender um ponto de vista. Sua estrutura é
princípio de uma fala ou para marcá-las; composta por introdução, desenvolvimento e conclusão. Os textos
– Traços na linguagem oral. argumentativos compreendem os gêneros textuais manifesto e
abaixo-assinado.
— Texto explicativo Texto injuntivo: esse tipo de texto tem como finalidade de
A finalidade básica dessa tipologia é instruir o leitor em relação orientar o leitor, ou seja, expor instruções, de forma que o emissor
a um procedimento específico. Para isso, o texto expõe informações procure persuadir seu interlocutor. Em razão disso, o emprego de
que prepara o leitor para agir conforme uma determinada verbos no modo imperativo é sua característica principal. Pertencem
conduta. Essa tipologia se divide dois subtipos: a este tipo os gêneros bula de remédio, receitas culinárias, manuais
– Texto explicativo prescritivo: exige que o leitor se conduza de de instruções, entre outros.
um modo determinado. Ex.: editais de concursos, leis e cláusulas Texto prescritivo: essa tipologia textual tem a função de instruir
contratuais. o leitor em relação ao procedimento. Esses textos, de certa forma,
– Texto explicativo injuntivo: permite que o leitor proceda com impedem a liberdade de atuação do leitor, pois decretam que ele
certa autonomia. Ex.: manuais de instruções, receitas culinárias e siga o que diz o texto. Os gêneros que pertencem a esse tipo de
bulas. texto são: leis, cláusulas contratuais, edital de concursos públicos.

GÊNEROS E TIPOS DE TEXTOS


ARGUMENTAÇÃO: PERTINÊNCIA, RELEVÂNCIA E COERÊN-
CIA DOS ARGUMENTOS;
Definições e diferenciação: tipos textuais e gêneros textuais
são dois conceitos distintos, cada qual com sua própria linguagem
e estrutura. Os tipos textuais gêneros se classificam em razão
da estrutura linguística, enquanto os gêneros textuais têm sua — Definição
classificação baseada na forma de comunicação. Assim, os gêneros Argumentação é um recurso expressivo da linguagem
são variedades existente no interior dos modelos pré-estabelecidos empregado nas produções textuais que objetivam estimular as
dos tipos textuais. A definição de um gênero textual é feita a partir reflexões críticas e o diálogo, a partir de um grupo de proposições.
dos conteúdos temáticos que apresentam sua estrutura específica. A elaboração de um texto argumentativo requer coerência e
Logo, para cada tipo de texto, existem gêneros característicos. coesão, ou seja, clareza de ideia e o emprego adequado das
normas gramaticais. Desse modo, a ação de argumentar promove
a potencialização das capacidades intelectuais, visto que se pauta
expressão de ideias e em pontos de vista ordenados e estabelecidos
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com base em um tema específico, visando, especialmente, – Ensaio: por expor ideias, pensamentos e pontos de vista,
persuadir o receptor da mensagem. É importante ressaltar que a esse texto caracteriza-se como argumentativo. Recebe esse
argumentação compreende, além das produções textuais escritas, nome exatamente por estar relacionado à ação de ensaiar, isto
as propagandas publicitárias, os debates políticos, os discursos é, demonstrar as proposições argumentativas com flexibilidade e
orais, entre outros.   despretensão.
– Texto editorial: dentre os textos jornalísticos, o editorial é
Os tipos de argumentação aquele que faz uso da argumentação, pois se trata de uma produção
– Argumentação de autoridade: recorre-se a uma que considera a subjetividade do autor, pela sua natureza crítica e
personalidade conhecida por sua atuação em uma determinada opinativa.
área ou a uma renomada instituição de pesquisa para enfatizar os – Artigos de opinião: são textos semelhantes aos editoriais, por
conceitos influenciar a opinião do leitor. Por exemplo, recorrer ao apresentarem a opinião ao autor acerca de assuntos atuais, porém,
parecer de um médico infectologista para prevenir as pessoas sobre em vez de uma síntese do tema, esses textos são elaborados por
os riscos de contrair o novo corona vírus.   especialistas, pois seu objetivo é fazer uso da argumentação para
– Argumentação histórica: recorre-se a acontecimentos e propagar conhecimento.
marcos da história que remetem ao assunto abordado. Exemplo:
“A desigualdade social no Brasil nos remete às condutas racistas ARTICULAÇÃO DOS ARGUMENTOS POR MEIO DOS ME-
desempenhadas instituições e pela população desde o início do CANISMOS DE COESÃO E ELEMENTOS DA ORGANIZAÇÃO
século XVI, conhecido como período escravista.” TEXTUAL: SEGMENTAÇÃO E ORDENAÇÃO.
– Argumentação de exemplificação: recorre a narrativas do
cotidiano para chamar a atenção para um problema e, com isso,
auxiliar na fundamentação de uma opinião a respeito. Exemplo:
“Os casos de feminicídio e de agressões domésticas sofridas pelas — Definições e diferenciação
mulheres no país são evidenciados pelos sucessivos episódios de Coesão e coerência são dois conceitos distintos, tanto que um
violência vividos por Maria da Penha no período em que ela esteve texto coeso pode ser incoerente, e vice-versa. O que existe em comum
casada com seu ex-esposo. Esses episódios motivaram a criação de entre os dois é o fato de constituírem mecanismos fundamentais
uma lei que leva seu nome, e que visa à garantia da segurança das para uma produção textual satisfatória. Resumidamente, a coesão
mulheres.” textual se volta para as questões gramaticais, isto é, na articulação
– Argumentação de comparação: equipara ideias divergentes interna do texto. Já a coerência textual tem seu foco na articulação
com o propósito de construir uma perspectiva indicando as externa da mensagem.
diferenças ou as similaridades entre os conceitos abordados.
Exemplo: No reino Unido, os desenvolvimentos na educação — Coesão Textual
passaram, em duas décadas, por sucessivas políticas destinadas Consiste no efeito da ordenação e do emprego adequado
ao reconhecimento do professor e à sua formação profissional. No das palavras que proporcionam a ligação entre frases, períodos e
Brasil, no entanto, ainda existe um um déficit na formação desses parágrafos de um texto. A coesão auxilia na sua organização e se
profissionais, e o piso nacional ainda é muito insuficiente.” realiza por meio de palavras denominadas conectivos.
– Argumentação por raciocínio lógico: recorre-se à relação
de causa e efeito, proporcionando uma interpretação voltada As técnicas de coesão
diretamente para o parecer defendido pelo emissor da mensagem. A coesão pode ser obtida por meio de dois mecanismos
Exemplo: “Promover o aumento das punições no sistema penal principais, a anáfora e a catáfora. Por estarem relacionados à
em diversos países não reduziu os casos de violência nesses locais, mensagem expressa no texto, esses recursos classificam-se como
assim, resultados semelhantes devem ser observados se o sistema endofóricas. Enquanto a anáfora retoma um componente, a catáfora
penal do Brasil aplicar maiores penas e rigor aos transgressores das o antecipa, contribuindo com a ligação e a harmonia textual.
leis.”
As regras de coesão
Os gêneros argumentativos Para que se garanta a coerência textual, é necessário que as
– Texto dissertativo-argumentativo: esse texto apresenta um regras relacionadas abaixo sejam seguidas.
tema, de modo que a argumentação é um recurso fundamental de
seu desenvolvimento. Por meio da argumentação, o autor defende Referência
seu ponto de vista e realiza a exposição de seu raciocínio. Resenhas, – Pessoal: emprego de pronomes pessoais e possessivos.
ensaios e artigos são alguns exemplos desse tipo de texto.   Exemplo:
– Resenha crítica: a argumentação também é um recurso «Ana e Sara foram promovidas. Elas serão gerentes de
fundamental desse tipo de texto, além de se caracterizar pelo pelo departamento.” Aqui, tem-se uma referência pessoal anafórica
juízo de valor, isto é, se baseia na exposição de ideias com grande (retoma termo já mencionado).
potencial persuasivo.
– Crônica argumentativa: esse tipo de texto se assemelha aos – Comparativa: emprego de comparações com base em
artigos de opinião, e trata de temas e eventos do cotidiano. Ao semelhanças.
contrário das crônicas cômicas e históricas, a argumentativa recorre Exemplo:
ao juízo de valor para acordar um dado ponto de vista sempre com “Mais um dia como os outros…”. Temos uma referência
vistas ao convencimento e à persuasão do leitor.   comparativa endofórica.

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– Demonstrativa: emprego de advérbios e pronomes Fatores de Coerência


demonstrativos. – As inferências: se partimos do pressuposto que os
Exemplo: interlocutores partilham do mesmo conhecimento, as inferências
“Inclua todos os nomes na lista, menos este: Fred da Silva.” podem simplificar as informações.
Temos uma referência demonstrativa catafórica. Exemplo:
“Sempre que for ligar os equipamentos, não se esqueça de que
– Substituição: consiste em substituir um elemento, quer seja voltagem da lavadora é 220w”.
nome, verbo ou frase, por outro, para que ele não seja repetido.
Analise o exemplo: Aqui, emissor e receptor compartilham do conhecimento de
“Iremos ao banco esta tarde, elas foram pela manhã.” que existe um local adequado para ligar determinado aparelho.

Perceba que a diferença entre a referência e a substituição é – O conhecimento de mundo: todos nós temos uma bagagem
evidente principalmente no fato de que a substituição adiciona ao de saberes adquirida ao longo da vida e que é arquivada na nossa
texto uma informação nova. No exemplo usado para a referência, o memória. Esses conhecimentos podem ser os chamados scripts
pronome pessoal retoma as pessoas “Ana e Sara”, sem acrescentar (roteiros, tal como normas de etiqueta), planos (planejar algo
quaisquer informações ao texto. com um objetivo, tal como jogar um jogo), esquemas (planos de
funcionamento, como a rotina diária: acordar, tomar café da manhã,
– Elipse: trata-se da omissão de um componente textual – sair para o trabalho/escola), frames (rótulos), etc.
nominal, verbal ou frasal – por meio da figura denominando eclipse. Exemplo:
Exemplo: “Coelhinho e ovos de chocolate! Vai ser um lindo Natal!”
“Preciso falar com Ana. Você a viu?” Aqui, é o contexto que
proporciona o entendimento da segunda oração, pois o leitor fica O conhecimento cultural nos leva a identificar incoerência na
ciente de que o locutor está procurando por Ana. frase, afinal, “coelho” e “ovos de chocolate” são elementos, os
chamados frames, que pertencem à comemoração de Páscoa, e
– Conjunção: é o termo que estabelece ligação entre as orações. nada têm a ver com o Natal.
Exemplo:
“Embora eu não saiba os detalhes, sei que um acidente Elementos da organização textual: segmentação, encadea-
aconteceu.” Conjunção concessiva. mento e ordenação.

– Coesão lexical: consiste no emprego de palavras que fazem A segmentação é a divisão do texto em pequenas partes para
parte de um mesmo campo lexical ou que carregam sentido melhorar a compreensão. A encadeamento é a ligação dessas par-
aproximado. É o caso dos nomes genéricos, sinônimos, hiperônimos, tes, criando uma lógica e coesão no texto. A ordenação é a dispo-
entre outros. sição dessas partes de forma a transmitir uma mensagem clara e
Exemplo: coerente. Juntos, esses elementos ajudam a criar uma estrutura
“Aquele hospital público vive lotado. A instituição não está eficiente para o texto.
dando conta da demanda populacional.”

— Coerência Textual ORALIDADE E ESCRITA: PROCESSOS DE RETEXTUALIZA-


A Coerência é a relação de sentido entre as ideias de um texto ÇÃO.
que se origina da sua argumentação – consequência decorrente
dos saberes conhecimentos do emissor da mensagem. Um texto Denomina-se retextualização o processo de produção de um
redundante e contraditório, ou cujas ideias introduzidas não novo texto a partir de um ou mais textos-base. Em eventos lin-
apresentam conclusão, é um texto incoerente. A falta de coerência guísticos rotineiros, a atividade de retextualização é exercida para
prejudica a fluência da leitura e a clareza do discurso. Isso quer dizer atender aos mais diversos propósitos comunicativos: uma secretá-
que a falta de coerência não consiste apenas na ignorância por parte ria que anota informações orais do chefe para redigir uma carta,
dos interlocutores com relação a um determinado assunto, mas da uma pessoa contando a outra o que leu em jornais e/ou revistas,
emissão de ideias contrárias e do mal uso dos tempos verbais. alunos que fazem anotações em uma aula, dentre outros. Embora
Observe os exemplos: esse processo aconteça naturalmente, não é mecânico, pois envol-
“A apresentação está finalizada, mas a estou concluindo até ve operações complexas que interferem tanto na linguagem e no
o momento.” Aqui, temos um processo verbal acabado e um gênero como no sentido, uma vez que se opera, fundamentalmen-
inacabado. te, com novos parâmetros de ação interlocutiva, porque é um novo
texto que será produzido: trata-se de atribuir novo propósito à inte-
“Sou vegana e só como ovos com gema mole.” Os veganos ração, além de redimensionar as projeções de imagem dos interlo-
não consomem produtos de origem animal. cutores, de seus papéis sociais e comunicativos, dos conhecimentos
partilhados, das motivações e intenções, do espaço e do tempo de
Princípios Básicos da Coerência produção e recepção.
– Relevância: as ideias têm que estar relacionadas.
– Não Contradição: as ideias não podem se contradizer. Nesse sentido, retextualização, revisão e reescrita são proces-
– Não Tautologia: as ideias não podem ser redundantes. sos distintos. Enquanto o processo de retextualização implica modi-
ficações profundas no texto, em função da alteração dos propósitos
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comunicativos ou dos gêneros envolvidos na atividade, nos proces- – Os jargões de grupos sociais específicos: outras turmas
sos de revisão e reescrita trabalha-se o mesmo texto, com o obje- têm seu vocabulário particular, como é o caso dos capoeiristas,
tivo de aperfeiçoá-lo, ajustá-lo à situação discursiva, mantendo-se, por exemplo, no meio dos quais a expressão “meia-lua” tem um
portanto, inalterado o propósito comunicativo. Assim, revisão e re- significado bem diverso daquele que fará sentido para as pessoas
escrita são etapas do processo de refacção de um texto produzido, que não integram esse universo; o mesmo ocorre com a expressão
antes de sua divulgação. “dar a caneta”, que, entre os futebolistas é compreendida como um
tipo de driblar o adversário, bem diferente do que será assimilado
São várias as possibilidades de retextualização: de texto oral pela população em geral.
para texto oral; de texto oral para texto escrito; de texto escrito – Os jargões profissionais: em razão dos tempos técnicos, as
para texto escrito; de texto multimodal para texto oral; de texto profissões também têm bastante influência nas variantes sociais.
multimodal para texto escrito; de texto não verbal para texto escri- São termos cuja utilização é restrita a um círculo profissional. Os
to, dentre outras. contadores, por exemplo, usam os temos “ativo” e “passivo”
para expressar ideias bem diferentes daquelas empregadas pelas
A realização dessa atividade envolve tanto relações entre gêne- pessoas em geral.
ros e textos – o fenômeno da intertextualidade – quanto relações – Variações históricas (diacrônicas): essas variantes estão
entre discursos – a interdiscursividade. Sob esse enquadre, propor relacionadas ao desenvolvimento da história. Determinadas
uma atividade de produção de texto que envolva retextualização expressões deixar de existir, enquanto outras surgem e outras se
como estratégia para o ensino de língua materna pode favorecer transformam conforme o tempo foi passando. Exemplos:
situações em que o aprendiz precisa refletir sobre as regularidades – Vocabulário: a palavra defluxo foi substituída, com o tempo,
linguísticas, textuais e discursivas dos gêneros envolvidos, visto que por resfriado; o uso da mesóclise era muito comum no século XIX,
tais atividades implicam realizar um movimento que engloba a or- hoje, não se usa mais.
ganização das informações do texto (em tópicos e subtópicos), o – Grafia: as reformas ortográficas são bastante regulares,
esquema global do gênero a que pertence, seu tipo textual predo- sendo que, na de 1911, uma das mudanças mais significativas foi
minante e as sequências de que se compõe (narração, descrição, a substituição do ph por f (pharmácia – farmácia) e, na de 2016, a
exposição, argumentação e injunção), passando pelo uso das unida- queda do trema foi apenas uma delas (bilíngüe – bilingue).
des linguísticas, no trabalho de produção (uso do vocabulário, dos – Variações geográficas (diatópicas): essa variante está
recursos morfossintáticos, dos mecanismos coesivos, entre outros), relacionada com à região em que é gerada, assim como ocorre o
e pelos aspectos discursivos, que remetem ao evento de interação português brasileiro e os usos que se fazem da língua portuguesa
no qual o texto emerge (por exemplo, a construção do quadro in- em Angola ou em Portugal, denominadas regionalismo. No
terlocutivo, a delimitação de propósitos comunicativos, do tempo e contexto nacional, especialmente no Brasil, as variações léxicas, de
do espaço da interação). fonemas são abundantes. No interior de um estado elas também
são recorrentes.
Fonte: Disponível em: https://www.ceale.fae.ufmg.br/glossarioceale/ – Exemplos: “abóbora”, “jerimum” e “moranga” são três
verbetes/retextualizacao.Acesso em: 25.jul.2023 formas diferentes de se denominar um mesmo fruto, que
dependem da região onde ele se encontra. Exemplo semelhante é
o da “mandioca”, que recebe o nome de “macaxeira” ou mesmo
VARIEDADES LINGUÍSTICAS E SITUAÇÕES DE COMUNICA-
de “aipim”.
ÇÃO; LINGUAGEM FORMAL E INFORMAL.
– Variações situacionais (diafásicas): também chamadas de
variações estilísticas, referem-se ao contexto que requer a adaptação
da fala ou ao estilo dela. É o caso das questões de linguagem formal
— Definição e informal, adequação à norma-padrão ou descaso com seu uso.
A língua é a expressão básica de um povo e, portanto, passa por A utilização de expressões aprimoradas e a obediência às normas-
mudanças conforme diversos fatores, como o contexto, a época, a padrão da língua remetem à linguagem culta, oposta à linguagem
região, a cultura, as necessidades e as vivências do grupo e de cada coloquial. Na fala, a tonalidade da voz também importante. Dessa
indivíduo nele inserido. A essas mudanças na língua, damos o nome forma, a maneira de se comunicar informalmente e a escolha
de variações ou variantes linguísticas. Elas consistem nas diversas vocabular não serão, naturalmente, semelhantes em ocasiões
formas de expressão de um idioma de um país, tendo em vista que como uma entrevista de emprego. Essas variações observam o
a língua padrão de uma nação não é homogênea. A construção do contexto da interação social, considerando tanto o ambiente em
enunciado, a seleção das palavras e até mesmo a tonalidade da fala, que a comunicação se dá quanto as expectativas dos envolvidos.
entre outras características, são considerados na análise de uma
variação linguística.
MULTIMODALIDADE
Confira a seguir os quatro tipos de variantes linguísticas
existentes.
– Variações sociais (diastráticas): são as diferenças relacionadas O ensino e a aprendizagem da leitura e da escrita precisam le-
ao grupo social da pessoa que fala. As gírias, por exemplo, fazem var em conta, atualmente, a variedade dos modos de comunica-
parte da linguagem informal dos grupos mais jovens. Assim como ção existentes, o que chamamos de multimodalidade. Nessa nova
ocorre com os mais novos. perspectiva, que se opõe às abordagens educacionais ocidentais
mais tradicionais, devem-se considerar os modos de comunicação
linguísticos – a escrita e a oralidade –, visuais – imagens, fotogra-
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fias –, ou gestuais – apontar o dedo, balançar a cabeça negativa Funções da Linguagem Elementos da
ou afirmativamente, por exemplo. Essa diversidade de modos de Comunicação
comunicação foi incorporada tanto pelos meios de comunicação
mais tradicionais, como livros e jornais, quanto pelos mais moder- Função referencial ou denotativa contexto
nos, como computadores, celulares, televisão, entre outros. Dessa Função emotiva ou expressiva emissor
forma, professores precisam preocupar-se, atualmente, em ensinar
Função apelativa ou conativa receptor
não só as habilidades técnicas necessárias para manusear os dife-
rentes meios de comunicação, mas também o metaconhecimento Função poética mensagem
que é necessário para compreender, de maneira integrada e signifi- Função fática canal
cativa, as diferentes mídias e seu funcionamento. Isso já vem ocor-
rendo – e deverá ampliar-se cada vez mais – já a partir dos anos Função metalinguística código
iniciais de escolarização.
Função Referencial
Os usuários transitam entre modos e meios de comunicação A função referencial tem como objetivo principal informar, re-
de acordo com o que denominamos “interesses”, e é muito impor- ferenciar algo. Esse tipo de texto, que é voltado para o contexto da
tante, em termos de competência comunicativa, compreender as comunicação, é escrito na terceira pessoa do singular ou do plural,
escolhas dos usuários nas novas mídias – tão importante quanto o que enfatiza sua impessoalidade.
era compreendê-las na mídia impressa ou em outras mídias mais Para exemplificar a linguagem referencial, podemos citar os
tradicionais. A questão central permanece sendo a de que somos materiais didáticos, textos jornalísticos e científicos. Todos eles, por
produtores de significados e a de que os modos e os meios de co- meio de uma linguagem denotativa, informam a respeito de algo,
municação são recursos dos quais nos apropriamos para produzir sem envolver aspectos subjetivos ou emotivos à linguagem.
significados.
Exemplo de uma notícia:
Os educadores precisam, portanto, levar os alunos a desen- O resultado do terceiro levantamento feito pela Aliança Global
volver o conhecimento e as habilidades necessárias para produzir para Atividade Física de Crianças — entidade internacional dedica-
significados. Assim como as abordagens etnográficas utilizadas da ao estímulo da adoção de hábitos saudáveis pelos jovens — foi
para compreender o fenômeno do letramento procuram entender decepcionante. Realizado em 49 países de seis continentes com o
os usos e os significados da leitura e da escrita em determinados objetivo de aferir o quanto crianças e adolescentes estão fazendo
contextos sociais, também a nova abordagem da multimodalidade exercícios físicos, o estudo mostrou que elas estão muito sedentá-
pode contribuir para o entendimento dos contextos de comuni- rias. Em 75% das nações participantes, o nível de atividade física
cação, focando em modos e mídias específicos, em determinados praticado por essa faixa etária está muito abaixo do recomendado
contextos sociais e culturais. A incorporação da multimodalidade para garantir um crescimento saudável e um envelhecimento de
em abordagens educacionais tradicionais exige uma mudança fun- qualidade — com bom condicionamento físico, músculos e esquele-
damental – não só na maneira como enxergamos a comunicação, tos fortes e funções cognitivas preservadas. De “A” a “F”, a maioria
mas também na maneira como professores e alunos interagem no dos países tirou nota “D”.
mundo moderno, multimodal e multimídia. Desde a alfabetização,
tais mudanças demandarão novas práticas: os professores já con- Função Emotiva
tam com livros didáticos e de literatura que conjugam linguagens Caracterizada pela subjetividade com o objetivo de emocionar.
gráficas, visuais e verbais; as crianças da geração atual já se cons- É centrada no emissor, ou seja, quem envia a mensagem. A mensa-
tituem como usuários de TV, rádio e mídia digital, internalizando gem não precisa ser clara ou de fácil entendimento.
gestos, atitudes e comportamentos que potencializam uma intera- Por meio do tipo de linguagem que usamos, do tom de voz que
ção cada vez mais multimodal. A questão da escola é tomar essas empregamos, etc., transmitimos uma imagem nossa, não raro in-
linguagens múltiplas como objeto de discussão, contribuindo para conscientemente.
uma recepção mais crítica e consciente. Emprega-se a expressão função emotiva para designar a utili-
zação da linguagem para a manifestação do enunciador, isto é, da-
Fonte: Disponível em: https://www.ceale.fae.ufmg.br/glossarioceale/ quele que fala.
verbetes/multimodalidade. Acesso em: 25.jul.2023
Exemplo: Nós te amamos!

FUNÇÕES DA LINGUAGEM. Função Conativa


A função conativa ou apelativa é caracterizada por uma lingua-
Funções da linguagem são recursos da comunicação que, de gem persuasiva com a finalidade de convencer o leitor. Por isso, o
acordo com o objetivo do emissor, dão ênfase à mensagem trans- grande foco é no receptor da mensagem.
mitida, em função do contexto em que o ato comunicativo ocorre. Trata-se de uma função muito utilizada nas propagandas, pu-
São seis as funções da linguagem, que se encontram direta- blicidades e discursos políticos, a fim de influenciar o receptor por
mente relacionadas com os elementos da comunicação. meio da mensagem transmitida.
Esse tipo de texto costuma se apresentar na segunda ou na ter-
ceira pessoa com a presença de verbos no imperativo e o uso do
vocativo.
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Não se interfere no comportamento das pessoas apenas com 2. POR METONÍMIA: quem é amigo, companheiro, camarada.
a ordem, o pedido, a súplica. Há textos que nos influenciam de ma- “é uma de suas amizades fiéis”
neira bastante sutil, com tentações e seduções, como os anúncios
publicitários que nos dizem como seremos bem-sucedidos, atraen-
tes e charmosos se usarmos determinadas marcas, se consumirmos
INTERTEXTUALIDADE.
certos produtos.
Com essa função, a linguagem modela tanto bons cidadãos,
que colocam o respeito ao outro acima de tudo, quanto esperta- — Definições gerais
lhões, que só pensam em levar vantagem, e indivíduos atemoriza- Intertextualidade é, como o próprio nome sugere, uma relação
dos, que se deixam conduzir sem questionar. entre textos que se exerce com a menção parcial ou integral de
Exemplos: Só amanhã, não perca! elementos textuais (formais e/ou semânticos) que fazem referência
Vote em mim! a uma ou a mais produções pré-existentes; é a inserção em um texto
de trechos extraídos de outros textos. Esse diálogo entre textos
Função Poética não se restringe a textos verbais (livros, poemas, poesias, etc.) e
Esta função é característica das obras literárias que possui envolve, também composições de natureza não verbal (pinturas,
como marca a utilização do sentido conotativo das palavras. esculturas, etc.) ou mista (filmes, peças publicitárias, música,
Nela, o emissor preocupa-se de que maneira a mensagem será desenhos animados, novelas, jogos digitais, etc.).
transmitida por meio da escolha das palavras, das expressões, das
figuras de linguagem. Por isso, aqui o principal elemento comunica- — Intertextualidade Explícita x Implícita
tivo é a mensagem. – Intertextualidade explícita: é a reprodução fiel e integral
A função poética não pertence somente aos textos literários. da passagem conveniente, manifestada aberta e diretamente nas
Podemos encontrar a função poética também na publicidade ou palavras do autor. Em caso de desconhecimento preciso sobre a
nas expressões cotidianas em que há o uso frequente de metáforas obra que originou a referência, o autor deve fazer uma prévia da
(provérbios, anedotas, trocadilhos, músicas). existência do excerto em outro texto, deixando a hipertextualidade
evidente.
Exemplo: As características da intertextualidade explícita são:
“Basta-me um pequeno gesto, – Conexão direta com o texto anterior;
feito de longe e de leve, – Obviedade, de fácil identificação por parte do leitor, sem
para que venhas comigo necessidade de esforço ou deduções;
e eu para sempre te leve...” – Não demanda que o leitor tenha conhecimento preliminar
(Cecília Meireles) do conteúdo;
– Os elementos extraídos do outro texto estão claramente
Função Fática transcritos e referenciados.
A função fática tem como principal objetivo estabelecer um ca-
nal de comunicação entre o emissor e o receptor, quer para iniciar a – Intertextualidade explícita direta e indireta: em textos
transmissão da mensagem, quer para assegurar a sua continuação. acadêmicos, como dissertações e monografias, a intertextualidade
A ênfase dada ao canal comunicativo. explícita é recorrente, pois a pesquisa acadêmica consiste
Esse tipo de função é muito utilizado nos diálogos, por exem- justamente na contribuição de novas informações aos saberes já
plo, nas expressões de cumprimento, saudações, discursos ao tele- produzidos. Ela ocorre em forma de citação, que, por sua vez, pode
fone, etc. ser direta, com a transcrição integral (cópia) da passagem útil, ou
indireta, que é uma clara exploração das informações, mas sem
Exemplo: transcrição, re-elaborada e explicada nas palavras do autor.
-- Calor, não é!? – Intertextualidade implícita: esse modo compreende os textos
-- Sim! Li na previsão que iria chover. que, ao aproveitarem conceitos, dados e informações presentes em
-- Pois é... produções prévias, não fazem a referência clara e não reproduzem
integralmente em sua estrutura as passagens envolvidas. Em
Função Metalinguística outras palavras, faz-se a menção sem revelá-la ou anunciá-la.
É caracterizada pelo uso da metalinguagem, ou seja, a lingua- De qualquer forma, para que se compreenda o significado da
gem que se refere a ela mesma. Dessa forma, o emissor explica um relação estabelecida, é indispensável que o leitor seja capaz de
código utilizando o próprio código. reconhecer as marcas intertextuais e, em casos mais específicos,
Nessa categoria, os textos metalinguísticos que merecem des- ter lido e compreendido o primeiro material. As características da
taque são as gramáticas e os dicionários. intertextualidade implícita são: conexão indireta com o texto fonte;
Um texto que descreva sobre a linguagem textual ou um do- o leitor não a reconhece com facilidade; demanda conhecimento
cumentário cinematográfico que fala sobre a linguagem do cinema prévio do leitor; exigência de análise e deduções por parte do leitor;
são alguns exemplos. os elementos do texto pré-existente não estão evidentes na nova
Exemplo: estrutura.
Amizade s.f.: 1. sentimento de grande afeição, simpatia, apreço
entre pessoas ou entidades. “sentia-se feliz com a amizade do seu
mestre”

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— Tipos de Intertextualidade Exemplo:


1 – Paródia: é o processo de intertextualidade que faz uso da
crítica ou da ironia, com a finalidade de subverter o sentido original
do texto. A modificação ocorre apenas no conteúdo, enquanto a
estrutura permanece inalterada. É muito comum nas músicas, no
cinema e em espetáculos de humor. Observe o exemplo da primeira
estrofe do poema “Vou-me embora pra Pasárgada”, de Manuel
Bandeira:

TEXTO ORIGINAL
“Vou-me embora para Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei?”

PARÓDIA DE MILLÔR FERNANDES


“Que Manoel Bandeira me perdoe, mas vou-me embora de
Pasárgada
Sou inimigo do Rei
Não tenho nada que eu quero
Não tenho e nunca terei”
Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br
2 – Paráfrase: aqui, ocorre a reafirmação sentido do texto
inicial, porém, a estrutura da nova produção nada tem a ver com 6) Epígrafe: é a transição de uma pequena passagem do texto
a primeira. É a reprodução de um texto com as palavras de quem de origem na abertura do texto corrente. Em geral, a epígrafe está
escreve o novo texto, isto é, os conceitos do primeiro texto são localizada no início da página, à direita e em itálico. Mesmo sendo
preservados, porém, são relatados de forma diferente. Exemplos: uma passagem “solta”, esse tipo de intertextualidade está sempre
observe as frases originais e suas respectivas paráfrases: relacionado ao teor do novo texto.
Exemplo:
“Deus ajuda quem cedo madruga” – A professora ajuda quem
muito estuda. “A tarefa não é tanto ver aquilo que ninguém viu,
“To be or not to be, that is the question” – Tupi or not tupi, mas pensar o que ninguém ainda pensou sobre
that is the question. aquilo que todo mundo vê.”
Arthur Schopenhauer
3 – Alusão: é a referência, em um novo texto, de uma dada
obra, situação ou personagem já retratados em textos anteriores,
de forma simples, objetiva e sem quaisquer aprofundamentos. Veja SEMÂNTICA.
o exemplo a seguir:

“Isso é presente de grego” – alusão à mitologia em que os Visão Geral: o significado das palavras é objeto de estudo
troianos caem em armadilhada armada pelos gregos durante a da semântica, a área da gramática que se dedica ao sentido das
Guerra de Troia. palavras e também às relações de sentido estabelecidas entre elas.

4 – Citação: trata-se da reescrita literal de um texto, isto é, Denotação e conotação


consiste em extrair o trecho útil de um texto e copiá-lo em outro. Denotação corresponde ao sentido literal e objetivo das
A citação está sempre presente em trabalhos científicos, como palavras, enquanto a conotação diz respeito ao sentido figurado das
artigos, dissertações e teses. Para que não configure plágio (uma palavras. Exemplos:
falta grave no meio acadêmico e, inclusive, sujeita a processo “O gato é um animal doméstico.”
judicial), a citação exige a indicação do autor original e inserção “Meu vizinho é um gato.”
entre aspas. Exemplo:
“Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se No primeiro exemplo, a palavra gato foi usada no seu verdadeiro
transforma.” sentido, indicando uma espécie real de animal. Na segunda frase, a
(Lavoisier, Antoine-Laurent, 1773). palavra gato faz referência ao aspecto físico do vizinho, uma forma
de dizer que ele é tão bonito quanto o bichano.
5 – Crossover: com denominação em inglês que significa
“cruzamento”, esse tipo de intertextualidade tem sido muito Hiperonímia e hiponímia
explorado nas mídias visuais e audiovisuais, como televisão, séries Dizem respeito à hierarquia de significado. Um hiperônimo,
e cinema. Basicamente, é a inserção de um personagem próprio de palavra superior com um sentido mais abrangente, engloba um
um universo fictício em um mundo de ficção diferente. Freddy & hipônimo, palavra inferior com sentido mais restrito.
Jason” é um grande crossover do gênero de horror no cinema.
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Exemplos: Figuras de palavra


– Hiperônimo: mamífero: – hipônimos: cavalo, baleia. Emprego de um termo com sentido diferente daquele conven-
– Hiperônimo: jogo – hipônimos: xadrez, baralho. cionalmente empregado, a fim de se conseguir um efeito mais ex-
pressivo na comunicação.
Polissemia e monossemia
A polissemia diz respeito ao potencial de uma palavra Metáfora: comparação abreviada, que dispensa o uso dos co-
apresentar uma multiplicidade de significados, de acordo com o nectivos comparativos; é uma comparação subjetiva. Normalmente
contexto em que ocorre. A monossemia indica que determinadas vem com o verbo de ligação claro ou subentendido na frase.
palavras apresentam apenas um significado. Exemplos:
– “Língua”, é uma palavra polissêmica, pois pode por um idioma Exemplos
ou um órgão do corpo, dependendo do contexto em que é inserida. ...a vida é cigana
– A palavra “decalitro” significa medida de dez litros, e não É caravana
tem outro significado, por isso é uma palavra monossêmica. É pedra de gelo ao sol.
(Geraldo Azevedo/ Alceu Valença)
Sinonímia e antonímia
A sinonímia diz respeito à capacidade das palavras serem Encarnado e azul são as cores do meu desejo.
semelhantes em significado. Já antonímia se refere aos significados (Carlos Drummond de Andrade)
opostos. Desse modo, por meio dessas duas relações, as palavras
expressam proximidade e contrariedade. Comparação: aproxima dois elementos que se identificam,
Exemplos de palavras sinônimas: morrer = falecer; rápido = ligados por conectivos comparativos explícitos: como, tal qual, tal
veloz. como, que, que nem. Também alguns verbos estabelecem a com-
Exemplos de palavras antônimas: morrer x nascer; pontual x paração: parecer, assemelhar-se e outros.
atrasado.
Exemplo
Homonímia e paronímia Estava mais angustiado que um goleiro na hora do gol, quando
A homonímia diz respeito à propriedade das palavras você entrou em mim como um sol no quintal.
apresentarem: semelhanças sonoras e gráficas, mas distinção de (Belchior)
sentido (palavras homônimas), semelhanças homófonas, mas
distinção gráfica e de sentido (palavras homófonas) semelhanças Catacrese: emprego de um termo em lugar de outro para o
gráficas, mas distinção sonora e de sentido (palavras homógrafas). qual não existe uma designação apropriada.
A paronímia se refere a palavras que são escritas e pronunciadas de
forma parecida, mas que apresentam significados diferentes. Veja Exemplos
os exemplos: – folha de papel
– Palavras homônimas: caminho (itinerário) e caminho (verbo – braço de poltrona
caminhar); morro (monte) e morro (verbo morrer). – céu da boca
– Palavras homófonas: apressar (tornar mais rápido) e apreçar – pé da montanha
(definir o preço); arrochar (apertar com força) e arroxar (tornar
roxo). Sinestesia: fusão harmônica de, no mínimo, dois dos cinco sen-
– Palavras homógrafas: apoio (suporte) e apoio (verbo apoiar); tidos físicos.
boto (golfinho) e boto (verbo botar); choro (pranto) e choro (verbo
chorar) . Exemplo
– Palavras parônimas: apóstrofe (figura de linguagem) e Vem da sala de linotipos a doce (gustativa) música (auditiva)
apóstrofo (sinal gráfico), comprimento (tamanho) e cumprimento mecânica.
(saudação). (Carlos Drummond de Andrade)

A fusão de sensações físicas e psicológicas também é sineste-


sia: “ódio amargo”, “alegria ruidosa”, “paixão luminosa”, “indiferen-
FIGURAS DE LINGUAGEM.
ça gelada”.

As figuras de linguagem ou de estilo são empregadas para Antonomásia: substitui um nome próprio por uma qualidade,
valorizar o texto, tornando a linguagem mais expressiva. É um re- atributo ou circunstância que individualiza o ser e notabiliza-o.
curso linguístico para expressar de formas diferentes experiências
comuns, conferindo originalidade, emotividade ao discurso, ou tor- Exemplos
nando-o poético. O filósofo de Genebra (= Calvino).
O águia de Haia (= Rui Barbosa).
As figuras de linguagem classificam-se em
– figuras de palavra; Metonímia: troca de uma palavra por outra, de tal forma que
– figuras de pensamento; a palavra empregada lembra, sugere e retoma a que foi omitida.
– figuras de construção ou sintaxe.

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Exemplos Figuras de sintaxe ou de construção


Leio Graciliano Ramos. (livros, obras) Dizem respeito a desvios em relação à concordância entre os
Comprei um panamá. (chapéu de Panamá) termos da oração, sua ordem, possíveis repetições ou omissões.
Tomei um Danone. (iogurte)
Podem ser formadas por:
Alguns autores, em vez de metonímia, classificam como siné- omissão: assíndeto, elipse e zeugma;
doque quando se têm a parte pelo todo e o singular pelo plural. repetição: anáfora, pleonasmo e polissíndeto;
inversão: anástrofe, hipérbato, sínquise e hipálage;
Exemplo ruptura: anacoluto;
A cidade inteira viu assombrada, de queixo caído, o pistoleiro concordância ideológica: silepse.
sumir de ladrão, fugindo nos cascos de seu cavalo. (singular pelo
plural) Anáfora: repetição da mesma palavra no início de um período,
(José Cândido de Carvalho) frase ou verso.

Figuras Sonoras Exemplo


Aliteração: repetição do mesmo fonema consonantal, geral- Dentro do tempo o universo
mente em posição inicial da palavra. [na imensidão.
Dentro do sol o calor peculiar
Exemplo [do verão.
Vozes veladas veludosas vozes volúpias dos violões, vozes ve- Dentro da vida uma vida me
ladas. [conta uma estória que fala
(Cruz e Sousa) [de mim.
Dentro de nós os mistérios
Assonância: repetição do mesmo fonema vocal ao longo de um [do espaço sem fim!
verso ou poesia. (Toquinho/Mutinho)

Exemplo Assíndeto: ocorre quando orações ou palavras que deveriam


Sou Ana, da cama, vir ligadas por conjunções coordenativas aparecem separadas por
da cana, fulana, bacana vírgulas.
Sou Ana de Amsterdam.
(Chico Buarque) Exemplo
Não nos movemos, as mãos é
Paronomásia: Emprego de vocábulos semelhantes na forma ou que se estenderam pouco a
na prosódia, mas diferentes no sentido. pouco, todas quatro, pegando-se,
apertando-se, fundindo-se.
Exemplo (Machado de Assis)
Berro pelo aterro pelo desterro berro por seu berro pelo seu
[erro Polissíndeto: repetição intencional de uma conjunção coorde-
quero que você ganhe que nativa mais vezes do que exige a norma gramatical.
[você me apanhe
sou o seu bezerro gritando Exemplo
[mamãe. Há dois dias meu telefone não fala, nem ouve, nem toca, nem
(Caetano Veloso) tuge, nem muge.
(Rubem Braga)
Onomatopeia: imitação aproximada de um ruído ou som pro-
duzido por seres animados e inanimados. Pleonasmo: repetição de uma ideia já sugerida ou de um ter-
mo já expresso.
Exemplo
Vai o ouvido apurado Pleonasmo literário: recurso estilístico que enriquece a expres-
na trama do rumor suas nervuras são, dando ênfase à mensagem.
inseto múltiplo reunido
para compor o zanzineio surdo Exemplos
circular opressivo Não os venci. Venceram-me
zunzin de mil zonzons zoando em meio à pasta de calor eles a mim.
da noite em branco (Rui Barbosa)
(Carlos Drummond de Andrade)
Morrerás morte vil na mão de um forte.
Observação: verbos que exprimem os sons são considerados (Gonçalves Dias)
onomatopaicos, como cacarejar, tiquetaquear, miar etc. Pleonasmo vicioso: Frequente na linguagem informal, cotidia-
na, considerado vício de linguagem. Deve ser evitado.
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Exemplos Silepse
Ouvir com os ouvidos. Silepse de gênero: Não há concordância de gênero do adjetivo
Rolar escadas abaixo. ou pronome com a pessoa a que se refere.
Colaborar juntos. Exemplos
Hemorragia de sangue. Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho...
Repetir de novo. (Rachel de Queiroz)

Elipse: Supressão de uma ou mais palavras facilmente suben- V. Ex.a parece magoado...
tendidas na frase. Geralmente essas palavras são pronomes, con- (Carlos Drummond de Andrade)
junções, preposições e verbos.
Silepse de pessoa: Não há concordância da pessoa verbal com
Exemplos o sujeito da oração.
Compareci ao Congresso. (eu)
Espero venhas logo. (eu, que, tu) Exemplos
Ele dormiu duas horas. (durante) Os dois ora estais reunidos...
No mar, tanta tormenta e tanto dano. (verbo Haver) (Carlos Drummond de Andrade)
(Camões)
Na noite do dia seguinte, estávamos reunidos algumas pessoas.
Zeugma: Consiste na omissão de palavras já expressas anterior- (Machado de Assis)
mente.
Silepse de número: Não há concordância do número verbal
Exemplos com o sujeito da oração.
Foi saqueada a vila, e assassina dos os partidários dos Filipes.
(Camilo Castelo Branco) Exemplo
Corria gente de todos os lados, e gritavam.
Rubião fez um gesto, Palha outro: mas quão diferentes. (Mário Barreto)
(Machado de Assis)

Hipérbato ou inversão: alteração da ordem direta dos elemen- CONHECIMENTOS LINGUÍSTICOS DE ACORDO COM A GRA-
tos na frase. MÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA: FORMA-
ÇÃO DE PALAVRAS
Exemplos
Passeiam, à tarde, as belas na avenida.
Visão geral: a formação de palavras que integram o léxico
(Carlos Drummond de Andrade)
da língua baseia-se em dois principais processos morfológicos
(combinação de morfemas): a derivação e a composição.
Paciência tenho eu tido...
Derivação: é a formação de uma nova palavra (palavra
(Antônio Nobre)
derivada) com base em uma outra que já existe na língua (palavra
primitiva ou radical).
Anacoluto: interrupção do plano sintático com que se inicia a
frase, alterando a sequência do processo lógico. A construção do
1 – Prefixal por prefixação: um prefixo ou mais são adicionados
período deixa um ou mais termos desprendidos dos demais e sem
à palavra primitiva.
função sintática definida.

Exemplos PREFIXO PALAVRA PRIMITIVA PALAVRA DERIVADA


E o desgraçado, tremiam-lhe as pernas. inf fiel infiel
(Manuel Bandeira)
sobre carga sobrecarga
Aquela mina de ouro, ela não ia deixar que outras espertas bo-
tassem as mãos. 2 – Sufixal ou por sufixação: é a adição de sufixo à palavra
(José Lins do Rego) primitiva.

Hipálage: inversão da posição do adjetivo (uma qualidade que PALAVRA


pertence a um objeto é atribuída a outro, na mesma frase). SUFIXO PALAVRA DERIVADA
PRIMITIVA
Exemplo gol leiro goleiro
...em cada olho um grito castanho de ódio. feliz mente felizmente
(Dalton Trevisan)
...em cada olho castanho um grito de ódio)

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3 – Prefixal e sufixal: nesse tipo, a presença do prefixo ou do sufixo à palavra primitiva já é o suficiente para formação de uma nova
palavra.

PREFIXO PALAVRA PRIMITIVA SUFIXO PALAVRA DERIVADA


inf feliz – Infeliz
– feliz mente Felizmente
des igual – desigual
– igual dade igualdade

4 – Parassintética: também consiste na adição de prefixo e sufixo à palavra primitiva, porém, diferentemente do tipo anterior, para
existência da nova palavra, ambos os acréscimos são obrigatórios. Esse processo parte de substantivos e adjetivos para originar um verbo.

PREFIXO PALAVRA PRIMITIVA SUFIXO PALAVRA DERIVADA


em pobre cer empobrecer
em trist ecer estristecer

5 – Regressiva: é a remoção da parte final de uma palavra primitiva para, dessa forma, obter uma palavra derivada. Esse origina
substantivos a partir de formas verbais que expressam uma ação. Essas novas palavras recebem o nome de deverbais. Tal composição
ocorre a partir da substituição da terminação verbal formada pela vogal temática + desinência de infinitivo (“–ar” ou “–er”) por uma das
vogais temáticas nominais (-a, -e,-o).”

VERBO RADICAL DESINÊNCIA VOGAL TEMÁTICA SUBSTANTIVO


debater debat er e debate
sustentar sustent ar o sustento
vender vend er a venda

6 – Imprópria (ou conversão): é o processo que resulta na mudança da classe gramatical de uma palavra primitiva, mas não modifica
sua forma. Exemplo: a palavra jantar pode ser um verbo na frase “Convidaram-me para jantar”, mas também pode ser um substantivo na
frase “O jantar estava maravilhoso”.

Composição: é o processo de formação de palavra a partir da junção de dois ou mais radicais. A composição pode se realizar por
justaposição ou por aglutinação.   
– Justaposição: na junção, não há modificação dos radicais. Exemplo: passa + tempo - passatempo; gira + sol = girassol.  
– Aglutinação: existe alteração dos radicais na sua junção. Exemplo: em + boa + hora = embora; desta + arte = destarte.

SINONÍMIA, ANTONÍMIA

Prezado Candidato, o tema acima supracitado, já foi abordado em tópicos anteriores.

SELEÇÃO VOCABULAR

Adequação vocabular” é adequar as palavras a situação de fala. As gírias, por exemplo, podem ser perfeitamente ajustadas a certos
contextos.
A adequação vocabular trata das corretas situações em que devemos usar as melhores situações vocabulares. Isto é, trata dos mo-
mento em que determinadas linguagens devem ser usada.
É o caso por exemplo de quando estamos diante de uma situação informal, com amigos, e conhecidos, onde podemos usar gírias
além de demais palavras menor formais. Diferente de situações em que estamos diante de momento mais formais, como o trabalho por
exemplo.

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O ato de escrever
O que para alguns parece fácil e agradável, para outros representa um sacrifício sem perspectivas favoráveis. Nas práticas escolares,
não se prepara o aluno para ser escritor, mas para escrever satisfatoriamente numa linguagem que revele precisão vocabular e clareza de
ideias.
Um texto correto e preciso resulta de um pensamento organizado, ao qual se somam a capacidade para aproveitar os recursos ex-
pressivos da língua e a interpretação analítica da realidade, em especial na dissertação. Qualquer que seja a modalidade redacional, sua
finalidade é concretizar a comunicação de ideias (conteúdo), valorizadas por uma expressão estética da linguagem (forma). Não basta,
pois, saber o que escrever, mas como escrever.
As dificuldades para redigir podem ter origem na timidez, no receio da iniciativa inovadora, na falta de estímulos, em métodos didáti-
cos desinteressantes ou ainda num conjunto de fatores que bloqueiam a escrita.
Há quem atribua as deficiências da escrita aos meios de comunicação de massa que, saturando nossos sentidos com imagem e som,
pouco exigem de nossa capacidade reflexiva, ocupando um espaço que poderia ser preenchido pela leitura.
Quaisquer que sejam os entraves na escrita, é no aprimoramento da linguagem que temos o instrumento mais eficaz para expressar
o pensa mento. A habilidade com que a usamos permite-nos apreender o mundo e agir sobre ele.
Ao escrevermos, fazemos da linguagem nossa conquista maior, combinando as impressões dos sentidos, a vivência pessoal e o pensa-
mento crítico. Para aperfeiçoar o exercício redacional, devemos aguçar a capacidade de interpretação, o espírito questionador e analítico,
bem como o desprendimento para criar e inovar.
Assim, a redação, como atividade compensadora e satisfatória, é produto de um saber linguístico, da ordenação do pensamento e da
imaginação criadora, num contínuo e diletante processo de aprendizagem.

Da palavra ao texto
A palavra existe a serviço da comunicação. As circunstâncias históricas, o mundo concreto e os anseios espirituais, ao longo de seus pro-
cessos de desenvolvimento, foram criando a necessidade de nomeação dos objetos. Assim, o desejo de comunicar nossas ideias fica mediado por
uma unidade menor que se chama signo. O signo é o símbolo dos objetos ou ideias que queremos veicular (oral ou textualmente): a maneira de
articular as palavras e de organizá-las na frase, no texto determina nosso discurso, nosso estilo (forma de expressão pessoal).

A linguagem culta ou padrão


É aquela ensinada nas escolas e serve de veículo às ciências em que se apresenta com terminologia especial. É usada pelas pessoas
instruídas das diferentes classes sociais e caracteriza-se pela obediência às normas gramaticais. Mais comumente usada na linguagem
escrita e literária, reflete prestígio social e cultural. É mais artificial, mais estável, menos sujeita a variações. Está presente nas aulas, con-
ferências, sermões, discursos políticos, comunicações científicas, noticiários de TV, programas culturais etc.

A linguagem popular ou coloquial


É aquela usada espontânea e fluentemente pelo povo. Mostra-se quase sempre rebelde à norma gramatical e é carregada de vícios
de linguagem (solecismo – erros de regência e concordância; barbarismo – erros de pronúncia, grafia e flexão; ambiguidade; cacofonia;
pleonasmo), expressões vulgares, gírias e preferência pela coordenação, que ressalta o caráter oral e popular da língua. A linguagem po-
pular está presente nas mais diversas situações: conversas familiares ou entre amigos, anedotas, irradiação de esportes, programas de TV
(sobretudo os de auditório), novelas, expressão dos estados emocionais etc.

CLASSE DE PALAVRAS

— Definição
Classes gramaticais são grupos de palavras que organizam o estudo da gramática. Isto é, cada palavra existente na língua portuguesa
condiz com uma classe gramatical, na qual ela é inserida em razão de sua função. Confira abaixo as diversas funcionalidades de cada classe
gramatical.

— Artigo
É a classe gramatical que, em geral, precede um substantivo, podendo flexionar em número e em gênero.

A classificação dos artigos


Artigos definidos: servem para especificar um substantivo ou para referirem-se a um ser específico por já ter sido mencionado ou por
ser conhecido mutuamente pelos interlocutores. Eles podem flexionar em número (singular e plural) e gênero (masculino e feminino).
Artigos indefinidos: indicam uma generalização ou a ocorrência inicial do representante de uma dada espécie, cujo conhecimento não
é compartilhado entre os interlocutores, por se tratar da primeira vez em que aparece no discurso. Podem variar em número e gênero.
Observe:

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NÚMERO/GÊNERO MASCULINO FEMININO EXEMPLOS


Preciso de um pedreiro.
Singular Um Uma
Vi uma moça em frente à casa.
Localizei uns documentos antigos.
Plural Umas Umas
Joguei fora umas coisas velhas.

Outras funções do artigo


Substantivação: é o nome que se dá ao fenômeno de transformação de adjetivos e verbos em substantivos a partir do emprego do
artigo. Observe:  
– Em “O caminhar dela é muito elegante.”, “caminhar”, que teria valor de verbo, passou a ser o substantivo do enunciado.

Indicação de posse: antes de palavras que atribuem parentesco ou de partes do corpo, o artigo definido pode exprimir relação de
posse. Por exemplo:
“No momento em que ela chegou, o marido já a esperava.”
Na frase, o artigo definido “a” esclarece que se trata do marido do sujeito “ela”, omitindo o pronome possessivo dela.

Expressão de valor aproximado: devido à sua natureza de generalização, o artigo indefinido inserido antes de numeral indica valor
aproximado. Mais presente na linguagem coloquial, esse emprego dos artigos indefinidos representa expressões como “por volta de” e
“aproximadamente. Observe:
“Faz em média uns dez anos que a vi pela última vez.”
“Acrescente aproximadamente umas três ou quatro gotas de baunilha.”

Contração de artigos com preposições


Os artigos podem fazer junção a algumas preposições, criando uma única palavra contraída. A tabela abaixo ilustra como esse processo
ocorre:

PREPOSIÇÃO
de em a per/por
singular o do no ao pelo
masculino
plural os dos nos aos pelos
ARTIGOS
DEFINIDOS singular a da na à pela
feminino plural as das nas às pelas
singular um dum num
masculino plural uns duns nuns
ARTIGOS
INDEFINIDOS singular uma duma numa
feminino plural umas dumas numas

— Substantivo
Essa classe atribui nome aos seres em geral (pessoas, animais, qualidades, sentimentos, seres mitológicos e espirituais). Os substantivos
se subdividem em:
Próprios ou Comuns: são próprios os substantivos que nomeiam algo específico, como nomes de pessoas (Pedro, Paula) ou lugares
(São Paulo, Brasil). São comuns os que nomeiam algo na sua generalidade (garoto, caneta, cachorro).
Primitivos ou derivados: se não for formado por outra palavra, é substantivo primitivo (carro, planeta); se formado por outra palavra,
é substantivo derivado (carruagem, planetário).
Concretos ou abstratos: os substantivos que nomeiam seres reais ou imaginativos, são concretos (cavalo, unicórnio); os que nomeiam
sentimentos, qualidades, ações ou estados são abstratos.  
Substantivos coletivos: são os que nomeiam os seres pertencentes ao mesmo grupo. Exemplos: manada (rebanho de gado),
constelação (aglomerado de estrelas), matilha (grupo de cães).  

— Adjetivo
É a classe de palavras que se associa ao substantivo para alterar o seu significado, atribuindo-lhe caracterização conforme uma
qualidade, um estado e uma natureza, bem como uma quantidade ou extensão à palavra, locução, oração, pronome, enfim, ao que quer
que seja nomeado.

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Os tipos de adjetivos Exemplos:


Simples e composto: com apenas um radical, é adjetivo simples – Criaturas da noite (criaturas noturnas).
(bonito, grande, esperto, miúdo, regular); apresenta mais de um – Paixão sem freio (paixão desenfreada).
radical, é composto (surdo-mudo, afrodescendente, amarelo- – Associação de comércios (associação comercial).
limão).  
Primitivo e derivado: o adjetivo que origina outros adjetivos é — Verbo
primitivo (belo, azul, triste, alegre); adjetivos originados de verbo, É a classe de palavras que indica ação, ocorrência, desejo,
substantivo ou outro adjetivo são classificados como derivados (ex.: fenômeno da natureza e estado. Os verbos se subdividem em:
substantivo morte → adjetivo mortal; adjetivo lamentar → adjetivo Verbos regulares: são os verbos que, ao serem conjugados, não
lamentável). têm seu radical modificado e preservam a mesma desinência do
Pátrio ou gentílico: é a palavra que indica a nacionalidade ou verbo paradigma, isto é, terminado em “-ar” (primeira conjugação),
origem de uma pessoa (paulista, brasileiro, mineiro, latino).   “-er” (segunda conjugação) ou “-ir” (terceira conjugação).  Observe
o exemplo do verbo “nutrir”:
O gênero dos adjetivos – Radical: nutr (a parte principal da palavra, onde reside seu
Uniformes: possuem forma única para feminino e masculino, significado).
isto é, não flexionam seu termo. Exemplo: “Fred é um amigo leal.” – Desinência: “-ir”, no caso, pois é a terminação da palavra e,
/ “Ana é uma amiga leal.”   tratando-se dos verbos, indica pessoa (1a, 2a, 3a), número (singular
Biformes: os adjetivos desse tipo possuem duas formas, que ou plural), modo (indicativo, subjuntivo ou imperativo) e tempo
variam conforme o gênero. Exemplo: “Menino travesso.” / “Menina (pretérito, presente ou futuro). Perceba que a conjugação desse
travessa”. no presente do indicativo: o radical não sofre quaisquer alterações,
tampouco a desinência. Portanto, o verbo nutrir é regular: Eu nutro;
O número dos adjetivos tu nutre; ele/ela nutre; nós nutrimos; vós nutris; eles/elas nutrem.
Por concordarem com o número do substantivo a que se – Verbos irregulares: os verbos irregulares, ao contrário dos
referem, os adjetivos podem estar no singular ou no plural. Assim, regulares, têm seu radical modificado quando conjugados e /ou
a sua composição acompanha os substantivos. Exemplos: pessoa têm desinência diferente da apresentada pelo verbo paradigma.
instruída → pessoas instruídas; campo formoso → campos Exemplo: analise o verbo dizer conjugado no pretérito perfeito
formosos. do indicativo: Eu disse; tu dissestes; ele/ela disse; nós dissemos;
vós dissestes; eles/elas disseram. Nesse caso, o verbo da segunda
O grau dos adjetivos conjugação (-er) tem seu radical, diz, alterado, além de apresentar
Quanto ao grau, os adjetivos se classificam em comparativo duas desinências distintas do verbo paradigma”. Se o verbo dizer
(compara qualidades) e superlativo (intensifica qualidades). fosse regular, sua conjugação no pretérito perfeito do indicativo
seria: dizi, dizeste, dizeu, dizemos, dizestes, dizeram.
Comparativo de igualdade: “O novo emprego é tão bom
quanto o anterior.”   — Pronome
Comparativo de superioridade: “Maria é mais prestativa do O pronome tem a função de indicar a pessoa do discurso (quem
que Luciana.” fala, com quem se fala e de quem se fala), a posse de um objeto
Comparativo de inferioridade: “O gerente está menos atento e sua posição. Essa classe gramatical é variável, pois flexiona em
do que a equipe.”    número e gênero. Os pronomes podem suplantar o substantivo
Superlativo absoluto: refere-se a apenas um substantivo, ou acompanhá-lo; no primeiro caso, são denominados “pronome
podendo ser: substantivo” e, no segundo, “pronome adjetivo”. Classificam-se em:
– Analítico - “A modelo é extremamente bonita.” pessoais, possessivos, demonstrativos, interrogativos, indefinidos e
– Sintético - “Pedro é uma pessoa boníssima.” relativos.

Superlativo relativo: refere-se a um grupo, podendo ser de: Pronomes pessoais


– Superioridade - “Ela é a professora mais querida da escola.” Os pronomes pessoais apontam as pessoas do discurso
– Inferioridade - “Ele era o menos disposto do grupo.”   (pessoas gramaticais), e se subdividem em pronomes do caso reto
(desempenham a função sintática de sujeito) e pronomes oblíquos
Pronome adjetivo (atuam como complemento), sendo que, para cada caso reto, existe
Recebem esse nome porque, assim como os adjetivos, esses um correspondente oblíquo.
pronomes alteram os substantivos aos quais se referem. Assim, CASO RETO CASO OBLÍQUO
esse tipo de pronome flexiona em gênero e número para fazer
concordância com os substantivos. Exemplos: “Esta professora é Eu Me, mim, comigo.
a mais querida da escola.” (o pronome adjetivo esta determina o Tu Te, ti, contigo.
substantivo comum professora).
Ele Se, o, a , lhe, si, consigo.
Locução adjetiva Nós Nos, conosco.
Uma locução adjetiva é formada por duas ou mais palavras,
Vós Vos, convosco.
que, associadas, têm o valor de um único adjetivo. Basicamente,
consiste na união preposição + substantivo ou advérbio. Eles Se, os, as, lhes, si, consigo.

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Observe os exemplos:
– Na frase “Maria está feliz. Ela vai se casar.”, o pronome cabível é do caso reto. Quem vai se casar? Maria.  
– Na frase “O forno? Desliguei-o agora há pouco. O pronome “o” completa o sentido do verbo. Fechei o que? O forno.

Lembrando que os pronomes oblíquos o, a, os, as, lo, la, los, las, no, na nos, e nas desempenham apenas a função de objeto direto.  

Pronomes possessivos
Esses pronomes indicam a relação de posse entre o objeto e a pessoa do discurso.

PESSOA DO DISCURSO PRONOME


1 pessoa – Eu
a
Meu, minha, meus, minhas
2 pessoa – Tu
a
Teu, tua, teus, tuas
3a pessoa– Seu, sua, seus, suas

Exemplo: “Nossos filhos cresceram.” → o pronome indica que o objeto pertence à 1ª pessoa (nós).

Pronomes de tratamento
Tratam-se termos solenes que, em geral, são empregados em contextos formais — a única exceção é o pronome você. Eles têm a
função de promover uma referência direta do locutor para interlocutor (parceiros de comunicação). São divididos conforme o nível de
formalidade, logo, para cada situação, existe um pronome de tratamento específico. Apesar de expressarem interlocução (diálogo), à qual
seria adequado o emprego do pronome na segunda pessoa do discurso (“tu”), no caso dos pronomes de tratamento, os verbos devem ser
usados em 3a pessoa.

PRONOME USO ABREVIAÇÕES


Você situações informais V./VV
Senhor (es) e
pessoas mais velhas Sr. Sr.a (singular) e Srs. , Sra.s. (plural)
Senhora (s)
Vossa Senhoria em correspondências e outros textos redigidos V. S.a/V.Sas
altas autoridades, como Presidente da República, senadores,
Vossa Excelência V. Ex.a/ V. Ex.as
deputados, embaixadores
Vossa Magnificência reitores das Universidades V. Mag.a/V. Mag.as
Vossa Alteza príncipes, princesas, duques V.A (singular) e V.V.A.A. (plural)
Vossa Reverendíssima sacerdotes e religiosos em geral V. Rev. m.a/V. Rev. m. as
Vossa Eminência cardeais V. Ex.a/V. Em.as
Vossa Santidade Papa V.S.

Pronomes demonstrativos
Sua função é indicar a posição dos seres no que se refere ao tempo ao espaço e à pessoa do discurso – nesse último caso, o pronome
determina a proximidade entre um e outro. Esses pronomes flexionam-se em gênero e número.

PESSOA DO DISCURSO PRONOMES POSIÇÃO


1a pessoa Este, esta, estes, estas, isto. Os seres ou objetos estão próximos da pessoa que fala.
Os seres ou objetos estão próximos da pessoa com quem se
2a pessoa Esse, essa, esses, essas, isso.
fala.
3a pessoa Aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo. Com quem se fala.

Observe os exemplos:
“Esta caneta é sua?”
“Esse restaurante é bom e barato.”

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Pronomes Indefinidos
Esses pronomes indicam indeterminação ou imprecisão, assim, estão sempre relacionados à 3ª pessoa do discurso. Os pronomes
indefinidos podem ser variáveis (flexionam conforme gênero e número) ou invariáveis (não flexionam). Analise os exemplos abaixo:
– Em “Alguém precisa limpar essa sujeira.”, o termo “alguém” quer dizer uma pessoa de identidade indefinida ou não especificada).
– Em “Nenhum convidado confirmou presença.”, o termo “nenhum” refere-se ao substantivo “convidado” de modo vago, pois não se
sabe de qual convidado se trata.
– Em “Cada criança vai ganhar um presente especial.”, o termo “cada” refere-se ao substantivo da frase “criança”, sem especificá-lo.
– Em “Outras lojas serão abertas no mesmo local.”, o termo “outras” refere-se ao substantivo “lojas” sem especificar de quais lojas se
trata.
Confira abaixo a tabela com os pronomes indefinidos:

CLASSIFICAÇÃO PRONOMES INDEFINIDOS


VARIÁVEIS Muito, pouco, algum, nenhum, outro, qualquer, certo, um, tanto, quanto, bastante, vários, quantos, todo.
INVARIÁVEIS Nada, ninguém, cada, algo, alguém, quem, demais, outrem, tudo.
Pronomes relativos
Os pronomes relativos, como sugere o nome, se relacionam ao termo anterior e o substituem, sendo importante, portanto, para
prevenir a repetição indevida das palavras em um texto. Eles podem ser variáveis (o qual, cujo, quanto) ou invariáveis (que, quem, onde).
Observe os exemplos:
– Em “São pessoas cuja história nos emociona.”, o pronome “cuja” se apresenta entre dois substantivos (“pessoas” e “história”) e se
relaciona àquele que foi dito anteriormente (“pessoas”).
– Em “Os problemas sobre os quais conversamos já estão resolvidos.” , o pronome “os quais” retoma o substantivo dito anteriormente
(“problemas”).

CLASSIFICAÇÃO PRONOMES RELATIVOS


VARIÁVEIS O qual, a qual, os quais, cujo, cuja, cujos, cujas, quanto, quanta, quantos, quantas.
INVARIÁVEIS Quem, que, onde.

Pronomes interrogativos
Os pronomes interrogativos são palavras variáveis e invariáveis cuja função é formular perguntas diretas e indiretas. Exemplos:
“Quanto vai custar a passagem?” (oração interrogativa direta)
“Gostaria de saber quanto custará a passagem.” (oração interrogativa indireta)

CLASSIFICAÇÃO PRONOMES INTERROGATIVOS


VARIÁVEIS Qual, quais, quanto, quantos, quanta, quantas.
INVARIÁVEIS Quem, que.

— Advérbio
É a classe de palavras invariável que atua junto aos verbos, aos adjetivos e mesmo aos advérbios, com o objetivo de modificar ou
intensificar seu sentido, ao adicionar-lhes uma nova circunstância. De modo geral, os advérbios exprimem circunstâncias de tempo, modo,
lugar, qualidade, causa, intensidade, oposição, aprovação, afirmação, negação, dúvida, entre outras noções. Confira na tabela:

CLASSIFICAÇÃO PRINCIPAIS TERMOS EXEMPLOS


Bem, mal, assim, melhor, pior, depressa,
devagar.
“Coloquei-o cuidadosamente no berço.”
ADVÉRBIO DE MODO Grande parte das palavras terminam em
“Andou depressa por causa da chuva”
“-mente”, como cuidadosamente, calmamente,
tristemente.
“O carro está fora.”
ADVERBIO DE LUGAR Perto, longe, dentro, fora, aqui, ali, lá e atrás. “Foi bem no teste?”
“Demorou, mas chegou longe!”
Antes, depois, hoje, ontem, amanhã sempre, “Sempre que precisar de algo, basta chamar-me.”
ADVÉRBIO DE TEMPO
nunca, cedo e tarde. “Cedo ou tarde, far-se-á justiça.”

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“Eles formam um casal tão bonito!”


ADVÉRBIO DE INTENSIDADE Muito, pouco, bastante, tão, demais, tanto. “Elas conversam demais”
“Você saiu muito depressa”
Sim e decerto e palavras afirmativas com o
“Decerto passaram por aqui”
sufixo “-mente” (certamente, realmente).
ADVÉRBIO DE AFIRMAÇÃO “Claro que irei!”
Palavras como claro e positivo, podem ser
“Entendi, sim.”
advérbio, dependendo do contexto.
Não e nem. Palavras como negativo, nenhum, “Jamais reatarei meu namoro com ele.”
ADVÉRBIO DE NEGAÇÃO nunca, jamais, entre outras, podem ser “Sequer pensou para falar.”
advérbio de negação, conforme o contexto. “Não pediu ajuda.”
Talvez, quiçá, porventura e palavras que “Quiçá seremos recebidas.”
ADVÉRBIO DE DÚVIDA expressem dúvida acrescidas do sufixo “Provavelmente sairei mais cedo.”
“-mente”, como possivelmente. “Talvez eu saia cedo.”
“Por que vendeu o livro?” (oração interrogativa
Quando, como, onde, aonde, donde, por que. direta, que indica causa)
ADVÉRBIO DE Esse advérbio pode indicar circunstâncias de “Quando posso sair?” (oração interrogativa direta,
INTERROGAÇÃO modo, tempo, lugar e causa. É usado somente que indica tempo)
em frases interrogativas diretas ou indiretas. “Explica como você fez isso.”
(oração interrogativa indireta, que indica modo).

— Conjunção
As conjunções integram a classe de palavras que tem a função de conectar os elementos de um enunciado ou oração e, com isso,
estabelecer uma relação de dependência ou de independência entre os termos ligados. Em função dessa relação entre os termos
conectados, as conjunções podem ser classificadas, respectivamente e de modo geral, como coordenativas ou subordinativas. Em outras
palavras, as conjunções são um vínculo entre os elementos de uma sentença, atribuindo ao enunciado uma maior mais clareza e precisão
ao enunciado.

Conjunções coordenativas: observe o exemplo:


“Eles ouviram os pedidos de ajuda. Eles chamaram o socorro.” – “Eles ouviram os pedidos de ajuda e chamaram o socorro.”

No exemplo, a conjunção “e” estabelece uma relação de adição ao enunciado, ao conectar duas orações em um mesmo período: além
de terem ouvido os pedidos de ajuda, chamaram o socorro. Perceba que não há relação de dependência entre ambas as sentenças, e que,
para fazerem sentido, elas não têm necessidade uma da outra. Assim, classificam-se como orações coordenadas, e a conjunção que as
relaciona, como coordenativa.

Conjunções subordinativas: analise este segundo caso:


“Não passei na prova, apesar de ter estudado muito.”

Neste caso, temos uma locução conjuntiva (duas palavras desempenham a função de conjunção). Além disso, notamos que o sentido
da segunda sentença é totalmente dependente da informação que é dada na primeira. Assim, a primeira oração recebe o nome de oração
principal, enquanto a segunda, de oração subordinada. Logo, a conjunção que as relaciona é subordinativa.

Classificação das conjunções


Além da classificação que se baseia no grau de dependência entre os termos conectados (coordenação e subordinação), as conjunções
possuem subdivisões.

Conjunções coordenativas: essas conjunções se reclassificam em razão do sentido que possuem cinco subclassificações, em função o
sentido que estabelecem entre os elementos que ligam. São cinco:

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CLASSIFICAÇÃO FUNÇÃO EXEMPLOS


Estabelecer relação de adição (positiva
“No safári, vimos girafas, leões e zebras.” /
Conjunções coordenativas ou negativa). As principais conjunções
“Ela ainda não chegou, nem sabemos quando vai
aditivas coordenativas aditivas são “e”, “nem” e
chegar.”
“também”.
Estabelecer relação de oposição. As principais
“Havia flores no jardim, mas estavam murchando.” /
Conjunções coordenativas conjunções coordenativas adversativas
“Era inteligente e bom com palavras, entretanto,
adversativas são “mas”, “porém”, “contudo”, “todavia”,
estava nervoso na prova.”
“entretanto”.
Estabelecer relação de alternância. As principais “Pode ser que o resultado saia amanhã ou depois.” /
Conjunções coordenativas
conjunções coordenativas alternativas são “ou”, “Ora queria viver ali para sempre, ora queria mudar
alternativas
“ou... ou”, “ora... ora”, “talvez... talvez”.. de país.”
Estabelecer relação de conclusão. As principais “Não era bem remunerada, então decidi trocar de
Conjunções coordenativas
conjunções coordenativas conclusivas são emprego.” /
conclusivas
“portanto”, “então”, “assim”, “logo”. “Penso, logo existo.”
Estabelecer relação de explicação. As principais “Quisemos viajar porque não conseguiríamos
Conjunções coordenativas
conjunções coordenativas explicativas são descansar aqui em casa.” /
explicativas
“porque”, “pois”, “porquanto”. “Não trouxe o pedido, pois não havia ouvido.”

Conjunções subordinativas: com base no sentido construído entre as duas orações relacionadas, a conjunção subordinativa pode ser
de dois subtipos:  

1 – Conjunções integrantes: introduzem a oração que cumpre a função de sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo,
complemento nominal ou aposto de outra oração. Essas conjunções são que e se. Exemplos:  
«É obrigatório que o senhor compareça na data agendada.”   
“Gostaria de saber se o resultado sairá ainda hoje.”

2 – Conjunções adverbiais: introduzem sintagmas adverbiais (orações que indicam uma circunstância adverbial relacionada à oração
principal) e se subdividem conforme a tabela abaixo:

CLASSIFICAÇÃO FUNÇÃO EXEMPLOS


São empregadas para introduzir a oração que Que e se. Analise:
cumpre a função de sujeito, objeto direito, “É obrigatório que o senhor compareça na data
Conjunções Integrantes
objeto indireto, predicativo, complemento agendada.” e
nominal ou aposto de outra oração. “Gostaria de saber se o resultado sairá ainda hoje.”
Conjunções subornativas Introduzem uma oração subordinada que Porque, pois, por isso que, uma vez que, já que, visto
causais denota causa. que, que, porquanto.
Estabelecer relação de alternância. As principais
Conjunções subornativas
conjunções coordenativas alternativas são “ou”, Conforme, segundo, como, consoante.
conformativas
“ou... ou”, “ora... ora”, “talvez... talvez”..
Introduzem uma oração subordinada em que
Conjunções subornativas é indicada uma hipótese ou uma condição Se, caso, salvo se, desde que, contanto que, dado
condicionais necessária para que seja realizada ou não o fato que, a menos que, a não ser que.
principal.
Mais, menos, menor, maior, pior, melhor, seguidas
Conjunções subornativas Introduzem uma oração que expressa uma de que ou do que. Qual depois de tal. Quanto depois
comparativas comparação. de tanto. Como, assim como, como se, bem como,
que nem.
Indicam uma oração em que se admite um Por mais que, por menos que, apesar de que,
Conjunções subornativas
fato contrário à ação principal, mas incapaz de embora, conquanto, mesmo que, ainda que, se bem
concessivas
impedí-la. que.

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Introduzem uma oração, cujos acontecimentos


Conjunções subornativas são simultâneos, concomitantes, ou seja, À proporção que, ao passo que, à medida que, à
proporcionais ocorrem no mesmo espaço temporal daqueles proporção que.
contidos na outra oração.
Depois que, até que, desde que, cada vez que, todas
Conjunções subornativas Introduzem uma oração subordinada indicadora
as vezes que, antes que, sempre que, logo que, mal,
temporais de circunstância de tempo.
quando.
Introduzem uma oração na qual é indicada a Tal, tão, tamanho, tanto (em uma oração, seguida
Conjunções subornativas
consequência do que foi declarado na oração pelo que em outra oração). De maneira que, de
consecutivas
anterior. forma que, de sorte que, de modo que.
Conjunções subornativas Introduzem uma oração indicando a finalidade
A fim de que, para que.
finais da oração principal.

— Numeral
É a classe de palavra variável que exprime um número determinado ou a colocação de alguma coisa dentro de uma sequência. Os
numerais podem ser: cardinais (um, dois, três), ordinais (primeiro, segundo, terceiro), fracionários (meio, terço, quarto) e multiplicativos
(dobro, triplo, quádruplo). Antes de nos aprofundarmos em cada caso, vejamos o emprego dos numerais, que tem três principais finalidades:
1 – Indicar leis e decretos: nesses casos, emprega-se o numeral ordinal somente até o número nono; após, devem ser utilizados os
numerais cardinais. Exemplos: Parágrafo 9° (parágrafo nono); Parágrafo 10 (Parágrafo 10).
2 – Indicar os dias do mês: nessas situações, empregam-se os numerais cardinais, sendo que a única exceção é a indicação do primeiro
dia do mês, para a qual deve-se utilizar o numeral ordinal. Exemplos: dezesseis de outubro; primeiro de agosto.
3 – Indicar capítulos, séculos, capítulos, reis e papas: após o substantivo emprega-se o numeral ordinal até o décimo; após o décimo
utiliza-se o numeral cardinal. Exemplos: capítulo X (décimo); século IV (quarto); Henrique VIII (oitavo), Bento XVI (dezesseis).

Os tipos de numerais
Cardinais: são os números em sua forma fundamental e exprimem quantidades.
Exemplos: um dois, dezesseis, trinta, duzentos, mil.  
– Alguns deles flexionam em gênero (um/uma, dois/duas, quinhentos/quinhentas).
– Alguns números cardinais variam em número, como é o caso: milhão/milhões, bilhão/bilhões, trilhão/trilhões, e assim por diante.
– Apalavra ambos(as) é considerada um numeral cardinal, pois significa os dois/as duas. Exemplo: Antônio e Pedro fizeram o teste,
mas os dois/ambos foram reprovados.

Ordinais: indicam ordem de uma sequência (primeiro, segundo, décimo, centésimo, milésimo…), isto é, apresentam a ordem de
sucessão e uma série, seja ela de seres, de coisas ou de objetos.
– Os numerais ordinais variam em gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural). Exemplos: primeiro/primeira, primeiros/
primeiras, décimo/décimos, décima/décimas, trigésimo/trigésimos, trigésima/trigésimas.  
– Alguns numerais ordinais possuem o valor de adjetivo. Exemplo: A carne de segunda está na promoção.  

Fracionários: servem para indicar a proporções numéricas reduzidas, ou seja, para representar uma parte de um todo. Exemplos: meio
ou metade (½), um quarto (um quarto (¼), três quartos (¾), 1/12 avos.  
– Os números fracionários flexionam-se em gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural). Exemplos: meio copo de leite,
meia colher de açúcar; dois quartos do salário-mínimo.   

Multiplicativos: esses numerais estabelecem relação entre um grupo, seja de coisas ou objetos ou coisas, ao atribuir-lhes uma
característica que determina o aumento por meio dos múltiplos. Exemplos: dobro, triplo, undécuplo, doze vezes, cêntuplo.  
– Em geral, os multiplicativos são invariáveis, exceto quando atuam como adjetivo, pois, nesse caso, passam a flexionar número e
gênero (masculino e feminino). Exemplos: dose dupla de elogios, duplos sentidos.

Coletivos: correspondem aos substantivos que exprimem quantidades precisas, como dezena (10 unidades) ou dúzia (12 unidades).
– Os numerais coletivos sofrem a flexão de número: unidade/unidades, dúzia/dúzias, dezena/dezenas, centena/centenas.

— Preposição
Essa classe de palavras cujo objetivo é marcar as relações gramaticais que outras classes (substantivos, adjetivos, verbos e advérbios)
exercem no discurso. Por apenas marcarem algumas relações entre as unidades linguísticas dentro do enunciado, as preposições não
possuem significado próprio se isoladas no discurso. Em razão disso, as preposições são consideradas classe gramatical dependente, ou
seja, sua função gramatical (organização e estruturação) é principal, embora o desempenho semântico, que gera significado e sentido,
esteja presente, possui um valor menor.

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Classificação das preposições elementos do enunciado. As interjeições podem ser empregadas


Preposições essenciais: são aquelas que só aparecem na língua também para chamar exigir algo ou para chamar a atenção do
propriamente como preposições, sem outra função. São elas: a, interlocutor e são unidades cuja forma pode sofrer variações como:
antes, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, – Locuções interjetivas: são formadas por grupos e palavras
por (ou per, em dadas variantes geográficas ou históricas), sem, que, associadas, assumem o valor de interjeição. Exemplos: “Ai de
sob, sobre, trás. mim!”, “Minha nossa!” Cruz credo!”.
Exemplo 1 – ”Luís gosta de viajar.” e “Prefiro doce de coco.” Em – Palavras da língua: “Eita!” “Nossa!”
ambas as sentenças, a preposição de manteve-se sempre sendo – Sons vocálicos: “Hum?!”, “Ué!”, “Ih…!»
preposição, apesar de ter estabelecido relação entre unidades
linguísticas diferentes, garantindo-lhes classificações distintas Os tipos de interjeição
conforme o contexto. De acordo com as reações que expressam, as interjeições
podem ser de:
Exemplo 2 – “Estive com ele até o reboque chegar.” e “Finalizei
o quadro com textura.” Perceba que nas duas fases, a mesma ADMIRAÇÃO “Ah!”, “Oh!”, “Uau!”
preposição tem significados distintos: na primeira, indica recurso/
instrumento; na segunda, exprime companhia. Por isso, afirma-se ALÍVIO “Ah!, “Ufa!”
que a preposição tem valor semântico, mesmo que secundário ao ANIMAÇÃO “Coragem!”, “Força!”, “Vamos!”
valor estrutural (gramática).
APELO “Ei!”, “Oh!”, “Psiu!”
Classificação das preposições APLAUSO “Bravo!”, “Bis!”
Preposições acidentais: são aquelas que, originalmente, não
apresentam função de preposição, porém, a depender do contexto, DESPEDIDA/SAUDAÇÃO “Alô!”, “Oi!”, “Salve!”, “Tchau!”
podem assumir essa atribuição.  São elas: afora, como, conforme,
durante, exceto, feito, fora, mediante, salvo, segundo, visto, entre DESEJO “Tomara!”
outras. DOR “Ai!”, “Ui!”
Exemplo: ”Segundo o delegado, os depoimentos do
suspeito apresentaram contradições.” A palavra “segundo”, que, DÚVIDA “Hã?!”, “Hein?!”, “Hum?!”
normalmente seria um numeral (primeiro, segundo, terceiro), ao ESPANTO “Eita!”, “Ué!”
ser inserida nesse contexto, passou a ser uma preposição acidental,
por tem o sentido de “de acordo com”, “em conformidade com”.   IMPACIÊNCIA
“Puxa!”
(FRUSTRAÇÃO)
Locuções prepositivas IMPOSIÇÃO “Psiu!”, “Silêncio!”
Recebe esse nome o conjunto de palavras com valor e
SATISFAÇÃO “Eba!”, “Oba!”
emprego de uma preposição. As principais locuções prepositivas
são constituídas por advérbio ou locução adverbial acrescido da SUSPENSÃO “Alto lá!”, “Basta!”, “Chega!”
preposição de, a ou com. Confira algumas das principais locuções
prepositivas.
COLOCAÇÃO PRONOMINAL
abaixo de de acordo junto a
acerca de debaixo de junto de A colocação do pronome átono está relacionada à harmonia da
acima de de modo a não obstante frase. A tendência do português falado no Brasil é o uso do prono-
me antes do verbo – próclise. No entanto, há casos em que a norma
a fim de dentro de para com culta prescreve o emprego do pronome no meio – mesóclise – ou
à frente de diante de por debaixo de após o verbo – ênclise.
De acordo com a norma culta, no português escrito não se ini-
antes de embaixo de por cima de
cia um período com pronome oblíquo átono. Assim, se na lingua-
a respeito de em cima de por dentro de gem falada diz-se “Me encontrei com ele”, já na linguagem escrita,
atrás de em frente de por detrás de formal, usa-se “Encontrei-me’’ com ele.
Sendo a próclise a tendência, é aconselhável que se fixem bem
através de em razão de quanto a as poucas regras de mesóclise e ênclise. Assim, sempre que estas
com respeito a fora de sem embargo de não forem obrigatórias, deve-se usar a próclise, a menos que preju-
dique a eufonia da frase.
— Interjeição
É a palavra invariável ou sintagma que compõem frases que Próclise
manifestam por parte do emissor do enunciado uma surpresa, uma Na próclise, o pronome é colocado antes do verbo.
hesitação, um susto, uma emoção, um apelo, uma ordem, etc.,
por parte do emissor do enunciado. São as chamadas unidades Palavra de sentido negativo: Não me falou a verdade.
autônomas, que usufruem de independência em relação aos demais Advérbios sem pausa em relação ao verbo: Aqui te espero pa-
cientemente.
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Havendo pausa indicada por vírgula, recomenda-se a ênclise: Exemplo: Não lhe havia dito a verdade.
Ontem, encontrei-o no ponto do ônibus.
Pronomes indefinidos: Ninguém o chamou aqui. Haver de e ter de + infinitivo: Pronome átono deve ficar depois
Pronomes demonstrativos: Aquilo lhe desagrada. do infinitivo.
Orações interrogativas: Quem lhe disse tal coisa? Exemplos:
Orações optativas (que exprimem desejo), com sujeito ante- Hei de dizer-lhe a verdade.
posto ao verbo: Deus lhe pague, Senhor! Tenho de dizer-lhe a verdade.
Orações exclamativas: Quanta honra nos dá sua visita!
Orações substantivas, adjetivas e adverbiais, desde que não se- Observação
jam reduzidas: Percebia que o observavam. Não se deve omitir o hífen nas seguintes construções:
Verbo no gerúndio, regido de preposição em: Em se plantando, Devo-lhe dizer tudo.
tudo dá. Estava-lhe dizendo tudo.
Verbo no infinitivo pessoal precedido de preposição: Seus in- Havia-lhe dito tudo.
tentos são para nos prejudicarem.

Ênclise
EMPREGO DE TEMPOS E MODOS VERBAIS
Na ênclise, o pronome é colocado depois do verbo.

Verbo no início da oração, desde que não esteja no futuro do Flexão de tempo e de modo: os tempos situam o fato ou a
indicativo: Trago-te flores. ação verbal dentro de determinado momento; pode estar em plena
Verbo no imperativo afirmativo: Amigos, digam-me a verdade! ocorrência, pode já ter ocorrido ou não. Essas três possibilidades
Verbo no gerúndio, desde que não esteja precedido pela pre- básicas, mas não únicas, são: presente, pretérito e futuro.
posição em: Saí, deixando-a aflita.
Verbo no infinitivo impessoal regido da preposição a. Com O modo indica as diversas atitudes do falante com relação ao
outras preposições é facultativo o emprego de ênclise ou próclise: fato que enuncia. São três os modos:
Apressei-me a convidá-los. - Modo Indicativo: a atitude do falante é de certeza, precisão.
O fato é ou foi uma realidade. Apresenta presente, pretérito perfei-
Mesóclise to, imperfeito e mais que perfeito, futuro do presente e futuro do
Na mesóclise, o pronome é colocado no meio do verbo. pretérito.
- Modo Subjuntivo: a atitude do falante é de incerteza, de dú-
É obrigatória somente com verbos no futuro do presente ou no vida, exprime uma possibilidade. O subjuntivo expressa uma incer-
futuro do pretérito que iniciam a oração. teza, dúvida, possibilidade, hipótese. Apresenta presente, pretérito
Dir-lhe-ei toda a verdade. imperfeito e futuro. Ex: Tenha paciência, Lourdes; Se tivesse dinhei-
Far-me-ias um favor? ro compraria um carro zero; Quando o vir, dê lembranças minhas.
- Modo Imperativo: a atitude do falante é de ordem, um dese-
Se o verbo no futuro vier precedido de pronome reto ou de jo, uma vontade, uma solicitação. Indica uma ordem, um pedido,
qualquer outro fator de atração, ocorrerá a próclise. uma súplica. Apresenta imperativo afirmativo e imperativo nega-
Eu lhe direi toda a verdade. tivo.
Tu me farias um favor?
Emprego dos Tempos do Indicativo
Colocação do pronome átono nas locuções verbais - Presente do Indicativo: para enunciar um fato momentâneo.
Verbo principal no infinitivo ou gerúndio: Se a locução verbal Ex.: Estou feliz hoje. Para expressar um fato que ocorre com fre-
não vier precedida de um fator de próclise, o pronome átono deve- quência. Ex.: Eu almoço todos os dias na casa de minha mãe. Na
rá ficar depois do auxiliar ou depois do verbo principal. indicação de ações ou estados permanentes, verdades universais.
Exemplos: Ex.: A água é incolor, inodora, insípida.
Devo-lhe dizer a verdade. - Pretérito Imperfeito: para expressar um fato passado, não
Devo dizer-lhe a verdade. concluído. Ex.: Nós comíamos pastel na feira; Eu cantava muito
bem.
Havendo fator de próclise, o pronome átono deverá ficar antes - Pretérito Perfeito: é usado na indicação de um fato passado
do auxiliar ou depois do principal. concluído. Ex.: Cantei, dancei, pulei, chorei, dormi...
Exemplos: - Pretérito Mais-Que-Perfeito: expressa um fato passado ante-
Não lhe devo dizer a verdade. rior a outro acontecimento passado. Ex.: Nós cantáramos no con-
Não devo dizer-lhe a verdade. gresso de música.
- Futuro do Presente: na indicação de um fato realizado num
Verbo principal no particípio: Se não houver fator de próclise, instante posterior ao que se fala. Ex.: Cantarei domingo no coro da
o pronome átono ficará depois do auxiliar. igreja matriz.
Exemplo: Havia-lhe dito a verdade. - Futuro do Pretérito: para expressar um acontecimento poste-
rior a um outro acontecimento passado. Ex.: Compraria um carro se
Se houver fator de próclise, o pronome átono ficará antes do tivesse dinheiro
auxiliar.
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1ª Conjugação: -AR Pretérito Imperfeito: se eu dançasse, se tu dançasses, se ele


Presente: danço, danças, dança, dançamos, dançais, dançam. dançasse, se nós dançássemos, se vós dançásseis, se eles danças-
sem.
Pretérito Perfeito: dancei, dançaste, dançou, dançamos, dan- Futuro: quando eu dançar, quando tu dançares, quando ele
çastes, dançaram. dançar, quando nós dançarmos, quando vós dançardes, quando
Pretérito Imperfeito: dançava, dançavas, dançava, dançáva- eles dançarem.
mos, dançáveis, dançavam.
2ª Conjugação -ER
Pretérito Mais-Que-Perfeito: dançara, dançaras, dançara,
Presente: que eu coma, que tu comas, que ele coma, que nós
dançáramos, dançáreis, dançaram.
comamos, que vós comais, que eles comam.
Futuro do Presente: dançarei, dançarás, dançará, dançare- Pretérito Imperfeito: se eu comesse, se tu comesses, se ele co-
mos, dançareis, dançarão. messe, se nós comêssemos, se vós comêsseis, se eles comessem.
Futuro do Pretérito: dançaria, dançarias, dançaria, dançaría- Futuro: quando eu comer, quando tu comeres, quando ele co-
mos, dançaríeis, dançariam. mer, quando nós comermos, quando vós comerdes, quando eles
comerem.
2ª Conjugação: -ER 3ª conjugação – IR
Presente: como, comes, come, comemos, comeis, comem. Presente: que eu parta, que tu partas, que ele parta, que nós
partamos, que vós partais, que eles partam.
Pretérito Perfeito: comi, comeste, comeu, comemos, comes-
Pretérito Imperfeito: se eu partisse, se tu partisses, se ele par-
tes, comeram.
tisse, se nós partíssemos, se vós partísseis, se eles partissem.
Pretérito Imperfeito: comia, comias, comia, comíamos, co- Futuro: quando eu partir, quando tu partires, quando ele partir,
míeis, comiam. quando nós partirmos, quando vós partirdes, quando eles partirem.
Pretérito Mais-Que-Perfeito: comera, comeras, comera,
comêramos, comêreis, comeram. Emprego do Imperativo
Imperativo Afirmativo
Futuro do Presente: comerei, comerás, comerá, comeremos, - Não apresenta a primeira pessoa do singular.
comereis, comerão. - É formado pelo presente do indicativo e pelo presente do sub-
Futuro do Pretérito: comeria, comerias, comeria, comería- juntivo.
mos, comeríeis, comeriam. - O Tu e o Vós saem do presente do indicativo sem o “s”.
- O restante é cópia fiel do presente do subjuntivo.
3ª Conjugação: -IR
Presente do Indicativo: eu amo, tu amas, ele ama, nós ama-
Presente: parto, partes, parte, partimos, partis, partem. mos, vós amais, eles amam.
Pretérito Perfeito: parti, partiste, partiu, partimos, partistes, Presente do subjuntivo: que eu ame, que tu ames, que ele ame,
partiram. que nós amemos, que vós ameis, que eles amem.
Imperativo afirmativo: ama tu, ame ele, amemos nós, amai vós,
Pretérito Imperfeito: partia, partias, partia, partíamos, par- amem vocês.
tíeis, partiam.
Pretérito Mais-Que-Perfeito: partira, partiras, partira, partí- Imperativo Negativo
ramos, partíreis, partiram. - É formado através do presente do subjuntivo sem a primeira
Futuro do Presente: partirei, partirás, partirá, partiremos, pessoa do singular.
partireis, partirão. - Não retira os “s” do tu e do vós.

Futuro do Pretérito: partiria, partirias, partiria, partiríamos, Presente do Subjuntivo: que eu ame, que tu ames, que ele
partiríeis, partiriam. ame, que nós amemos, que vós ameis, que eles amem.
Imperativo negativo: não ames tu, não ame você, não amemos
Emprego dos Tempos do Subjuntivo nós, não ameis vós, não amem vocês.
- Presente: é empregado para indicar um fato incerto ou duvi-
doso, muitas vezes ligados ao desejo, à suposição. Ex.: Duvido de Além dos três modos citados (Indicativo, Subjuntivo e Impera-
que apurem os fatos; Que surjam novos e honestos políticos. tivo), os verbos apresentam ainda as formas nominais: infinitivo –
- Pretérito Imperfeito: é empregado para indicar uma condição impessoal e pessoal, gerúndio e particípio.
ou hipótese. Ex.: Se recebesse o prêmio, voltaria à universidade.
- Futuro: é empregado para indicar um fato hipotético, pode ou
não acontecer. Quando você fizer o trabalho, será generosamente
gratificado.

1ª Conjugação –AR
Presente: que eu dance, que tu dances, que ele dance, que nós
dancemos, que vós danceis, que eles dancem.
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– Oração simples: “Eu quero silêncio.”


ESTRUTURAÇÃO SINTÁTICA E SEMÂNTICA DOS TERMOS – Oração composta: “Eu quero silêncio para poder ouvir o
NA ORAÇÃO E DAS ORAÇÕES NO PERÍODO; noticiário”.

Período
Definição: sintaxe é a área da Gramática que se dedica ao É a construção composta por uma ou mais orações, sempre com
estudo da ordenação das palavras em uma frase, das frases em um sentido completo. Assim como as orações, o período também pode
discurso e também da coerência (relação lógica) que estabelecem ser simples ou composto, que se diferenciam em razão do número
entre si. Sempre que uma frase é construída, é fundamental que de orações que apresenta: o período simples contém apenas uma
ela contenha algum sentido para que possa ser compreendida pelo oração, e o composto mais de uma. Lembrando que a oração é uma
receptor. Por fazer a mediação da combinação entre palavras e frase que contém um verbo. Assim, para não ter dúvidas quanto à
orações, a sintaxe é essencial para que essa compreensão se efetive. classificação, basta contar quantos verbos existentes na frase.
Para que se possa compreender a análise sintática, é importante – Período simples: “Resolvo esse problema até amanhã.” -
retomarmos alguns conceitos, como o de frase, oração e período. apresenta apenas um verbo.
Vejamos: – Período composto: Resolvo esse problema até amanhã ou
ficarei preocupada.” - contém dois verbos.
Frase
Trata-se de um enunciado que carrega um sentido completo — Análise Sintática
que possui sentido integral, podendo ser constituída por somente É o nome que se dá ao processo que serve para esmiuçar a
uma ou várias palavras podendo conter verbo (frase verbal) ou estrutura de um período e das orações que compõem um período.
não (frase nominal). Uma frase pode exprimir ideias, sentimentos, Termos da oração: é o nome dado às palavras que atribuem
apelos ou ordens. Exemplos: “Saia!”, “O presidente vai fazer seu sentido a uma frase verbal. A reunião desses elementos forma o
discurso.”, “Atenção!”, “Que horror!”. que chamamos de estrutura de um período. Os termos essenciais
se subdividem em: essenciais, integrantes e acessórios. Acompanhe
A ordem das palavras: associada à pontuação apropriada, a seguir as especificidades de cada tipo.
a disposição das palavras na frase também é fundamental para a
compreensão da informação escrita, e deve seguir os padrões da 1 – Termos Essenciais (ou fundamentais) da oração
Língua Portuguesa. Observe que a frase “A professora já vai falar.” Sujeito e Predicado: enquanto um é o ser sobre quem/o qual
Pode ser modificada para, por exemplo, “Já vai falar a professora.” , se declara algo, o outro é o que se declara sobre o sujeito e, por
sem que haja prejuízo de sentido. No entanto, a construção “Falar a isso, sempre apresenta um verbo ou uma locução verbal, como nos
já professora vai.” , apesar da combinação das palavras, não poderá respectivos exemplos a seguir:
ser compreendida pelo interlocutor. Exemplo: em “Fred fez um lindo discurso.”, o sujeito é “Fred”,
que “fez um lindo discurso” (é o restante da oração, a declaração
Oração sobre o sujeito).
É uma unidade sintática que se estrutura em redor de um Nem sempre o sujeito está no início da oração (sujeito direto),
verbo ou de uma locução verbal. Uma frase pode ser uma oração, podendo apresentar-se também no meio da fase ou mesmo após
desde que tenha um verbo e um predicado; quanto ao sujeito, nem o predicado (sujeito inverso). Veja um exemplo para cada um dos
sempre consta em uma oração, assim como o sentido completo. O respectivos casos:
importante é que seja compreensível pelo receptor da mensagem. “Fred fez um lindo discurso.”
Analise, abaixo, uma frase que é oração com uma que não é. “Um lindo discurso Fred fez.”
1 – Silêncio!”: É uma frase, mas não uma oração, pois não “Fez um lindo discurso, Fred.”
contém verbo.
2 – “Eu quero silêncio.”: A presença do verbo classifica a frase – Sujeito determinado: é aquele identificável facilmente pela
como oração. concordância verbal.
– Sujeito determinado simples: possui apenas um núcleo
Unidade sintática (ou termo sintático): a sintaxe de uma ligado ao verbo. Ex.: “Júlia passou no teste”.
oração é formada por cada um dos termos, que, por sua vez, – Sujeito determinado composto: possui dois ou mais núcleos.
estabelecem relação entre si para dar atribuir sentido à frase. No Ex.: “Júlia e Felipe passaram no teste.”
exemplo supracitado, a palavra “quero” deve unir-se às palavras
“Eu” e “silêncio” para que o receptor compreenda a mensagem. – Sujeito determinado implícito: não aparece facilmente na
Dessa forma, cada palavra desta oração recebe o nome de termo oração, mas a frase é dotada de entendimento. Ex.: “Passamos no
ou unidade sintática, desempenhando, cada qual, uma função teste.” Aqui, o termo “nós” não está explícito na oração, mas a
sintática diferente. concordância do verbo o destaca de forma indireta.
– Sujeito indeterminado: é o que não está visível na oração
Classificação das orações: as orações podem ser simples ou e, diferente do caso anterior, não há concordância verbal para
compostas. As orações simples apresentam apenas uma frase; as determiná-lo.
compostas apresentam duas ou mais frases na mesma oração.
Analise os exemplos abaixo e perceba que a oração composta tem Esse sujeito pode aparecer com:
duas frases, e cada uma tem seu próprio sentido. – Verbo na 3a pessoa do plural. Ex.: “Reformaram a casa velha”.

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– Verbo na 3a pessoa do singular + pronome “se”: “Contrata-se – Objeto indireto: complementam verbos transitivos indiretos,
padeiro.”». isto é, aqueles que dependem de preposição para que seu sentido
– Verbo no infinitivo impessoal: “Vai ser mais fácil se você seja compreendido.
estiver lá.”
Quanto ao objeto direto, podemos ter:
– Orações sem sujeito: são compostas somente por predicado, – Um pronome substantivo: “A equipe que corrigiu as provas.”
e sua mensagem está centralizada no verbo, que é impessoal. – Um pronome oblíquo direto: “Questionei-a sobre o
Essas orações podem ter verbos que constituam fenômenos da acontecido.”
natureza, ou os verbos ser, estar, haver e fazer quando indicativos – Um substantivo ou expressão substantivada: “Ele consertou
de fenômeno meteorológico ou tempo. Observe os exemplos: os aparelhos.»
“Choveu muito ontem”.
“Era uma hora e quinze”. – Complementos Nominais: esses termos completam o sentido
de uma palavra, mas não são verbos; são nomes (substantivos,
– Predicados Verbais: resultam da relação entre sujeito e adjetivos ou advérbios), sempre seguidos por preposição. Observe
verbo, ou entre verbo e complementos. Os verbos, por sua vez, os exemplos:
também recebem sua classificação, conforme abaixo: – “Maria estava satisfeita com seus resultados.” – observe que
– Verbo transitivo: é o verbo que transita, isto é, que vai adiante “satisfeita” é adjetivo, e “com seus resultados” é complemento
para passar a informação adequada. Em outras palavras, é o verbo nominal.
que exige complemento para ser entendido. Para produzir essa – “O entregador atravessou rapidamente pela viela. –
compreensão, esse trânsito do verbo, o complemento pode ser “rapidamente” é advérbio de modo.
direto ou indireto. No primeiro caso, a ligação direta entre verbo e – “Eu tenho medo do cachorro.” – Nesse caso, “medo” é um
complemento. Ex.: “Quero comprar roupas.”. No segundo, verbo e substantivo.
complemento são unidos por preposição. Ex.: “Preciso de dinheiro.”
– Verbo intransitivo: não requer complemento, é provido de – Agentes da Passiva: são os termos de uma oração que praticam
sentido completo. São exemplos: morrer, acordar, nascer, nadar, a ação expressa pelo verbo, quando este está na voz passiva. Assim,
cair, mergulhar, correr. estão normalmente acompanhados pelas preposições de e por.
– Verbo de ligação: servem para expressar características de Observe os exemplos do item anterior modificados para a voz
estado ao sujeito, sendo eles: estado permanente (“Pedro é alto.”), passiva:
estado de transição (“Pedro está acamado.”), estado de mutação – “Os resultados foram motivo de satisfação de Maria.”
(“Pedro esteve enfermo.”), estado de continuidade (“Pedro continua – “O cachorro foi alvo do meu medo.”
esbelto.”) e estado aparente (“Pedro parece nervoso.”). – “A viela foi atravessada rapidamente pelo entregador.”
– Predicados nominais: são aqueles que têm um nome
(substantivo ou adjetivo) como cujo núcleo significativo da oração. 3 – Termos acessórios da oração
Ademais, ele se caracteriza pela indicação de estado ou qualidade, Diversamente dos termos essenciais e integrantes, os termos
e é composto por um verbo de ligação mais o predicativo do sujeito. acessórios não são fundamentais o sentido da oração, mas servem
– Predicativo do sujeito: é um termo que atribui características para complementar a informação, exprimindo circunstância,
ao sujeito por meio de um verbo. Exemplo: em “Marta é determinando o substantivo ou caracterizando o sujeito. Confira
inteligente.”, o adjetivo é o predicativo do sujeito “Marta”, ou seja, abaixo quais são eles:
é sua característica de estado ou qualidade. Isso é comprovado pelo – Adjunto adverbial: são os termos que modificam o sentido
“ser” (é), que é o verbo de ligação entre Marta e sua característica do verbo, do adjetivo ou do advérbio. Analise os exemplos:
atual. Esse elemento não precisa ser, obrigatoriamente, um adjetivo, “Dormimos muito.”
mas pode ser uma locução adjetiva, ou mesmo um substantivo ou
palavra substantivada. O termo acessório “muito” classifica o verbo “dormir”.
– Predicado Verbo-Nominal: esse tipo deve apresentar sempre “Ele ficou pouco animado com a notícia.”
um predicativo do sujeito associado a uma ação do sujeito acrescida
de uma qualidade sua. Exemplo: “As meninas saíram mais cedo da O termo acessório “pouco” classifica o adjetivo “animado”
aula. Por isso, estavam contentes. “Maria escreve bastante bem.”
O sujeito “As meninas” possui como predicado o verbo “sair”
e também o adjetivo “contentes”. Logo, “estavam contentes” é o O termo acessório “bastante” modifica o advérbio “bem”.
predicativo do sujeito e o verbo de ligação é “estar”.
Os adjuntos adverbiais podem ser:
2 – Termos integrantes da oração – Advérbios: pouco, bastante, muito, ali, rapidamente longe, etc.
Basicamente, são os termos que completam os verbos de uma – Locuções adverbiais: o tempo todo, às vezes, à beira-mar, etc.
oração, atribuindo sentindo a ela. Eles podem ser complementos – Orações: «Quando a mercadoria chegar, avise.” (advérbio de
verbais, complementos nominais ou mesmo agentes da passiva. tempo).
– Complementos Verbais: como sugere o nome, esses termos
completam o sentido de verbos, e se classificam da seguinte forma: – Adjunto adnominal: é o termo que especifica o substantivo,
– Objeto direto: completa verbos transitivos diretos, não com função de adjetivo. Em razão disso, pode ser representado
exigindo preposição. por adjetivos, locuções adjetivas, artigos, numerais adjetivos ou
pronomes adjetivos. Analise o exemplo:
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“O jovem apaixonado presenteou um lindo buquê à sua colega – Oração subordinada substantiva completiva nominal: “Tenho
de escola.” expectativa de que os planos serão melhores em breve!”
– Sujeito: “jovem apaixonado” – Oração subordinada substantiva predicativa: “O que importa
– Núcleo do predicado verbal: “presenteou” é que meus pais são saudáveis.”
– Objeto direto do verbo entregar: “um lindo buquê”
– Objeto indireto: “à amiga de classe” – Adjuntos adnominais: – Oração subordinada substantiva apositiva: “Apenas saiba
no sujeito, temos o artigo “o” e “apaixonado”, pois caracterizam disto: que tudo esteja organizado quando eu voltar!”
o “jovem”, núcleo do sujeito; o numeral “um” e o adjetivo “lindo” – Oração subordinada adverbial causal: “Não posso me
fazem referência a “buquê” (substantivo); o artigo “à” (contração demorar porque tenho hora marcada na psicóloga.”
da preposição + artigo feminino) e a locução “de trabalho” são os – Oração subordinada adverbial consecutiva: “Ficamos tão
adjuntos adnominais de “colega”. felizes que pulamos de alegria.”
– Oração subordinada adverbial final: “Eles ficaram vigiando
– Aposto: é o termo que se relaciona com o sujeito para para que nós chegássemos a casa em segurança.”
caracterizá-lo, contribuindo para a complementação uma – Oração subordinada adverbial temporal: “Assim que eu
informação já completa. Observe os exemplos: cheguei, eles iniciaram o trabalho.”
“Michael Jackson, o rei do pop, faleceu há uma década.” – Oração subordinada adverbial condicional: “Se você vier logo,
“Brasília, capital do Brasil, foi construída na década de 1950.” espero por você.»
– Oração subordinada adverbial concessiva: “Ainda que
– Vocativo: esse termo não apresenta relação sintática nem estivesse cansado, concluiu a maratona.”
com sujeito nem com predicado, tendo sua função no chamamento – Oração subordinada adverbial comparativa: “Marta sentia
ou na interpelação de um ouvinte, e se relaciona com a 2a pessoa como se ainda vivesse no interior.”
do discurso. Os vocativos são o receptor da mensagem, ou seja, a – Oração subordinada adverbial conformativa: “Conforme
quem ela é dirigida. Podem ser acompanhados de interjeições de combinamos anteriormente, entregarei o produto até amanhã.”
apelo. Observe: – Oração subordinada adverbial proporcional: “Quanto mais
“Ei, moça! Seu documento está pronto!” me exercito, mais tenho disposição.”
“Senhor, tenha misericórdia de nós!” – Oração subordinada adjetiva explicativa: “Meu filho, que
“Vista o casaco, filha!” passou no concurso, mudou-se para o interior.”
– Oração subordinada adjetiva restritiva: “A aluna que esteve
— Estudo da relação entre as orações enferma conseguiu ser aprovada nas provas.”
Os períodos compostos são formados por várias orações.
As orações estabelecem entre si relações de coordenação ou de
subordinação.
EMPREGO DA REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL
– Período composto por coordenação: é formado por
orações independentes. Apesar de estarem unidas por conjunções
ou vírgulas, as orações coordenadas podem ser entendidas Visão geral: na Gramática, regência é o nome dado à relação
individualmente porque apresentam sentidos completos. de subordinação entre dois termos. Quando, em um enunciado ou
Acompanhe a seguir a classificação das orações coordenadas: oração, existe influência de um tempo sobre o outro, identificamos
– Oração coordenada aditiva: “Assei os salgados e preparei os o que se denomina termo determinante, essa relação entre esses
doces.” termos denominamos regência.
– Oração coordenada adversativa: “Assei os salgados, mas não
preparei os doces.” — Regência Nominal
– Oração coordenada alternativa: “Ou asso os salgados ou É a relação entre um nome o seu complemento por meio de
preparo os doces.” uma preposição. Esse nome pode ser um substantivo, um adjetivo
– Oração coordenada conclusiva: “Marta estudou bastante, ou um advérbio e será o termo determinante.
logo, passou no exame.” O complemento preenche o significado do nome, cujo sentido
– Oração coordenada explicativa: “Marta passou no exame estaria impreciso ou ambíguo se não fosse pelo complemento.
porque estudou bastante.” Observe os exemplos:
“A nova entrada é acessível a cadeirantes.”
– Período composto por subordinação: são constituídos por “Eu tenho o sonho de viajar para o nordeste.”
orações dependentes uma da outra. Como as orações subordinadas “Ele é perito em investigações como esta.”
apresentam sentidos incompletos, não podem ser entendidas
de forma separada. As orações subordinadas são divididas em Na primeira frase, adjetivo “acessível” exige a preposição a,
substantivas, adverbiais e adjetivas. Veja os exemplos: do contrário, seu sentido ficaria incompleto. O mesmo ocorre com
– Oração subordinada substantiva subjetiva: “Ficou provado os substantivos “sonho“ e “perito”, nas segunda e terceira frases,
que o suspeito era realmente o culpado.” em que os nomes exigem as preposições de e em para completude
– Oração subordinada substantiva objetiva direta: “Eu não de seus sentidos. Veja nas tabelas abaixo quais são os nomes que
queria que isso acontecesse.” regem. Veja nas tabelas abaixo quais são os nomes que regem uma
– Oração subordinada substantiva objetiva indireta: “É preposição para que seu sentido seja completo.
obrigatório de que todos os estudantes sejam assíduos.”

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REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO A


acessível a cego a fiel a nocivo a
agradável a cheiro a grato a oposto a
alheio a comum a horror a perpendicular a
análogo a contrário a idêntico a posterior a
anterior a desatento a inacessível a prestes a
apto a equivalente a indiferente a surdo a
atento a estranho a inerente a visível a
avesso a favorável a necessário a

REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO POR


admiração por devoção por responsável por
ansioso por respeito por

REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO DE


sedento
amante de cobiçoso de digno de inimigo de natural de
de
amigo de contemporâneo de dotado de livre de obrigação de seguro de
ávido de desejoso de fácil de longe de orgulhoso de sonho de
capaz de diferente de impossível de louco de passível de
cheio de difícil de incapaz de maior de possível de

REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO EM


doutor em hábil em interesse em negligente em primeiro em
exato em incessante em lento em parco em versado em
firme em indeciso em morador em perito em

REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO PARA


apto para essencial para mau para
bastante para impróprio para pronto para
bom para inútil para próprio para

REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO COM


amoroso com compatível com descontente com intolerante com
aparentado com cruel com furioso com liberal com
caritativo com cuidadoso com impaciente com solícito com

— Regência Verbal
Os verbos são os termos regentes, enquanto os objetos (direto e indireto) e adjuntos adverbiais são os termos regidos. Um verbo
possui a mesma regência do nome do qual deriva.

Observe as duas frases:


I – “Eles irão ao evento.” O verbo ir requer a preposição a (quem vai, vai a algum lugar), e isso o classifica como verbo transitivo direto;
“ao evento” são os termos regidos pelo verbo, isto é, constituem seu complemento.  
II – “Ela mora em região pantanosa.” O verbo morar exige a preposição em (quem mora mora em algum lugar), portanto, é verbo
transitivo indireto.  

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No sentido de / pela REGE


VERBO EXEMPLO
transitividade PREPOSIÇÃO?
ajudar, dar assistência NÃO “Por favor, assista o time.”
Assistir ver SIM “Você assistiu ao jogo?”
pertencer SIM “Assiste aos cidadãos o direito de protestar.”
valor, preço NÃO “Esse imóvel custa caro.”
Custar
desafio, dano, peso moral SIM “Dizer a verdade custou a ela.”
fundamento / verbo
NÃO “Isso não procede.”
Proceder instransitivo
origem SIM “Essa conclusão procede de muito vivência.”
finalidade, objetivo SIM “Visando à garantia dos direitos.”
Visar
avistar, enxergar NÃO “O vigia logo visou o suspeito.”
desejo NÃO “Queremos sair cedo.”
Querer
estima SIM “Quero muito aos meus sogros.”
pretensão SIM “Aspiro a ascensão política.”
Aspirar
absorção ou respiração NÃO “Evite aspirar fumaça.”
consequência / verbo
NÃO “A sua solicitação implicará alteração do meu trajeto.”
Implicar transitivo direto
insistência, birra SIM “Ele implicou com o cachorro.”
convocação NÃO “Chame todos!”
“Chamo a Talita de Tatá.”
Chamar Rege complemento, com “Chamo Talita de Tatá.”
apelido
e sem preposição “Chamo a Talita Tatá.”
“Chamo Talita Tatá.”
o que se paga NÃO “Paguei o aluguel.”
Pagar
a quem se paga SIM “Pague ao credor.”
quem chega, chega a algum
Chegar lugar / verbo transitivo SIM “Quando chegar ao local, espere.”
indireto
quem obedece a algo /
Obedecer SIM “Obedeçam às regras.”
alguém / transitivo indireto
Esquecer verbo transitivo direito NÃO “Esqueci as alianças.”
... exige um
verbo transitivo direito e
Informar complemento sem e “Informe o ocorrido ao gerente.”
indireto, portanto...
outro com preposição
quem vai vai a algum lugar /
Ir SIM “Vamos ao teatro.”
verbo transitivo indireto
Quem mora em algum lugar “Eles moram no interior.”
Morar SIM
(verbo transitivo indireto) (Preposição “em” + artigo “o”).
Namorar verbo transitivio direito NÃO “Júlio quer namorar Maria.”
verbo bi transitivo (direto e
Preferir SIM “Prefira assados a frituras.”
indireto)
quem simpatiza simpatiza
Simpatizar com algo/ alguém/ verbo SIM “Simpatizei-me com todos.”
transitivo indireto

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4 – Tratando-se de locuções, isto é, grupo de palavras que


expressam uma única ideia, a crase somente deve ser empregada
USO DE SINAL INDICATIVO DE CRASE se a locução for iniciada por preposição e essa locução tiver como
núcleo uma palavra feminina, ocorrerá crase.
Definição: na gramática grega, o termo quer dizer “mistura “ou Exemplos:
“contração”, e ocorre entre duas vogais, uma final e outra inicial, “Tudo às avessas.”
em palavras unidas pelo sentido. Basicamente, desse modo: a “Barcos à deriva.”
(preposição) + a (artigo feminino) = aa à; a (preposição) + aquela
(pronome demonstrativo feminino) = àquela; a (preposição) + 5 – Outros casos envolvendo locuções e crase:
aquilo (pronome demonstrativo feminino) = àquilo. Por ser a junção Na locução «à moda de”, pode estar implícita a expressão
das vogais, a crase, como regra geral, ocorre diante de palavras “moda de”, ficando somente o à explícito.
femininas, sendo a única exceção os pronomes demonstrativos Exemplos:
aquilo e aquele, que recebem a crase por terem “a” como sua vogal “Arroz à (moda) grega.”
inicial. Crase não é o nome do acento, mas indicação do fenômeno “Bife à (moda) parmegiana.”
de união representado pelo acento grave.
A crase pode ser a contração da preposição a com: Nas locuções relativas a horários, ocorra crase apenas no caso
– O artigo feminino definido a/as: “Foi à escola, mas não de horas especificadas e definidas: Exemplos:
assistiu às aulas.” “À uma hora.”
– O pronome demonstrativo a/as: “Vá à paróquia central.” “Às cinco e quinze”.
– Os pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo:
“Retorne àquele mesmo local.”
– O a dos pronomes relativos a qual e as quais: “São pessoas às EMPREGO DA CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL
quais devemos o maior respeito e consideração”.

Perceba que a incidência da crase está sujeita à presença de Visão Geral: sumariamente, as concordâncias verbal e nominal
duas vogais a (preposição + artigo ou preposição + pronome) na estudam a sintonia entre os componentes de uma oração.
construção sintática. – Concordância verbal: refere-se ao verbo relacionado ao
sujeito, sendo que o primeiro deve, obrigatoriamente, concordar
Técnicas para o emprego da crase em número (flexão em singular e plural) e pessoa (flexão em 1a,
1 – Troque o termo feminino por um masculino, de classe 2a, ou 3a pessoa) com o segundo. Isto é, ocorre quando o verbo é
semelhante. Se a combinação ao aparecer, ocorrerá crase diante da flexionado para concordar com o sujeito.
palavra feminina. – Concordância nominal: corresponde à harmonia em gênero
Exemplos: (flexão em masculino e feminino) e número entre os vários nomes
“Não conseguimos chegar ao hospital / à clínica.” da oração, ocorrendo com maior frequência sobre os substantivos
“Preferiu a fruta ao sorvete / à torta.” e o adjetivo. Em outras palavras, refere-se ao substantivo e suas
“Comprei o carro / a moto.” formas relacionadas: adjetivo, numeral, pronome, artigo. Tal
“Irei ao evento / à festa.” concordância ocorre em gênero e pessoa

2 – Troque verbos que expressem a noção de movimento (ir, vir, Casos específicos de concordância verbal
chegar, voltar, etc.) pelo verbo voltar. Se aparecer a preposição da, Concordância verbal com o infinitivo pessoal: existem três
ocorrerá crase; caso apareça a preposição de, o acento grave não situações em que o verbo no infinitivo é flexionado:
deve ser empregado. I – Quando houver um sujeito definido;
Exemplos: II – Sempre que se quiser determinar o sujeito;
“Vou a São Paulo. / Voltei de São Paulo.” III – Sempre que os sujeitos da primeira e segunda oração
“Vou à festa dos Silva. / Voltei da Silva.” forem distintos.
“Voltarei a Roma e à Itália. / Voltarei de Roma e da Itália.”
Observe os exemplos:
3 – Troque o termo regente da preposição a por um que “Eu pedir para eles fazerem a solicitação.”
estabeleça a preposição por, em ou de. Caso essas preposições não “Isto é para nós solicitarmos.”
se façam contração com o artigo, isto é, não apareçam as formas
pela(s), na(s) ou da(s), a crase não ocorrerá. Concordância verbal com o infinitivo impessoal: não há flexão
Exemplos: verbal quando o sujeito não for definido, ou sempre que o sujeito
“Começou a estudar (sem crase) – Optou por estudar / Gosta da segunda oração for igual ao da primeira oração, ou mesmo
de estudar / Insiste em estudar.” em locuções verbais, com verbos preposicionados e com verbos
“Refiro-me à sua filha (com crase) – Apaixonei-me pela sua imperativos.
filha / Gosto da sua filha / Votarei na sua filha.”
“Refiro-me a você. (sem crase) – Apaixonei-me por você / Exemplos:
Gosto de você / Penso em você.” “Os membros conseguiram fazer a solicitação.”
“Foram proibidos de realizar o atendimento.”

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Concordância verbal com verbos impessoais: nesses casos, – “Ele é prestativo.” e “Ela é prestativa.”
verbo ficará sempre em concordância com a 3a pessoa do singular, – “Eles são prestativos.” e “Elas são prestativas.”
tendo em vista que não existe um sujeito.
Observe os casos a seguir: Concordância nominal com adjetivos: sempre que existir dois
– Verbos que indicam fenômenos da natureza, como anoitecer, ou mais adjetivos no singular, o substantivo permanece no singular,
nevar, amanhecer. se houver um artigo entre os adjetivos. Se o artigo não aparecer, o
Exemplo: “Não chove muito nessa região” ou “Já entardeceu.» substantivo deve estar no plural:

– O verbo haver com sentido de existir. Exemplo: “Havia duas – “A blusa estampada e a colorida.” e “O casaco felpudo e o
professoras vigiando as crianças.” xadrez.”
– O verbo fazer indicando tempo decorrido. Exemplo: “Faz – “As blusas estampada e colorida.” e “Os casacos felpudo e
duas horas que estamos esperando.” xadrez.”

Concordância nominal com é proibido e é permitido: nessas


Concordância verbal com o verbo ser: diante dos pronomes expressões, o adjetivo flexiona em gênero e número, sempre que
tudo, nada, o, isto, isso e aquilo como sujeito, há concordância houver um artigo determinando o substantivo. Caso não exista
verbal com o predicativo do sujeito, podendo o verbo permanecer esse artigo, o adjetivo deve permanecer invariável, no masculino
no singular ou no plural: singular:
– “Tudo que eu desejo é/são férias à beira-mar.” – “É proibida a circulação de pessoas não identificadas.” e “É
– “Isto é um exemplo do que o ocorreria.” e “Isto são exemplos proibido circulação de pessoas não identificadas.”
do que ocorreria.” – “É permitida a entrada de crianças.” e “É permitido entrada
de crianças acompanhadas.”
Concordância verbal com pronome relativo quem: o verbo, Concordância nominal com menos: a palavra menos
ou faz concordância com o termo precedente ao pronome, ou permanece é invariável independente da sua atuação, seja ela
permanece na 3a pessoa do singular: advérbio ou adjetivo:
– “Fui eu quem solicitou.» e “Fomos nós quem solicitou.» – “Menos pessoas / menos pessoas”.
– “Menos problema /menos problemas.”
Concordância verbal com pronome relativo que: o verbo
concorda com o termo que antecede o pronome: Concordância nominal com muito, pouco, bastante, longe,
– “Foi ele que fez.» e “Fui eu que fiz.» barato, meio e caro: esses termos instauram concordância em
– “Foram eles que fizeram.” e “Fomos nós que fizemos.» gênero e número com o substantivo quando exercem função de
adjetivo:
Concordância verbal com a partícula de indeterminação do – “Tomei bastante suco.” e “Comprei bastantes frutas.”
sujeito se: nesse caso, o verbo cria concordância com a 3a pessoa do – “A jarra estava meia cheia.” e “O sapato está meio gasto”.
singular sempre que a oração for constituída por verbos intransitivos – “Fizemos muito barulho.” e “Compramos muitos presentes.”
ou por verbos transitivos indiretos:
– «Precisa-se de cozinheiro.” e «Precisa-se de cozinheiros.”
PARAGRAFAÇÃO
Concordância com o elemento apassivador se: aqui, verbo
concorda com o objeto direto, que desempenha a função de sujeito
paciente, podendo aparecer no singular ou no plural: A paragrafação, ação de criar parágrafos, é uma convenção
– Aluga-se galpão.” e “Alugam-se galpões.” da escrita, assim como a ortografia e a pontuação, por exemplo.
Muitos podem se perguntar: se é uma convenção da escrita, por
Concordância verbal com as expressões a metade, a maioria, que pensar nisso na Educação Infantil e no Ciclo de Alfabetização,
a maior parte: preferencialmente, o verbo fará concordância com etapas em que boa parte dos alunos ainda não domina o sistema
a 3° pessoa do singular. Porém, a 3a pessoa do plural também pode de escrita? Porque é possível ensinar às crianças noções sobre a
ser empregada: organização e o funcionamento do texto escrito mesmo antes de
– “A maioria dos alunos entrou” e “A maioria dos alunos elas se apropriarem do sistema alfabético-ortográfico. Isso significa
entraram.” que é possível ensinar noções de paragrafação a esses pequenos
– “Grande parte das pessoas entendeu.” e “Grande parte das aprendizes.
pessoas entenderam.” A noção mais corrente de parágrafo é que ele se constitui num
afastamento da palavra inicial da frase da margem esquerda do pa-
Concordância nominal muitos substantivos: o adjetivo deve pel. Mas não é só essa marca gráfica que define um parágrafo. O
concordar em gênero e número com o substantivo mais próximo, parágrafo se desenvolve em torno de uma ideia central e apresenta
mas também concordar com a forma no masculino plural: diferentes modos de organização, definidos em função do gênero
– “Casa e galpão alugado.” e “Galpão e casa alugada.” textual e do objetivo de quem o escreveu (contrastar, enumerar,
– “Casa e galpão alugados.” e “Galpão e casa alugados.” explicar, destacar relações de causa-consequência, etc.) .
É desejável que, ao introduzir o trabalho com a paragrafação
Concordância nominal com pronomes pessoais: o adjetivo no Ciclo de Alfabetização, escolha-se um parágrafo-padrão, recor-
concorda em gênero e número com os pronomes pessoais: rente em textos informativos, como os que circulam em publica-
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ções voltadas para o público infantil (cadernos especiais de jornais, Os acentos: esses sinais modificam o som da letra sobre
revistas, livros paradidáticos). O critério utilizado aqui para definir a qual recaem, para que palavras com grafia similar possam
parágrafo-padrão é a frequência com que um determinado tipo de ter leituras diferentes, e, por conseguinte, tenham significados
parágrafo ocorre. distintos.  Resumidamente, os acentos são agudo (deixa o som da
Na condução do trabalho, é importante ficar atento para que os vogal mais aberto), circunflexo (deixa o som fechado), til (que faz
alunos não construam o pressuposto de que se deve criar um novo com que o som fique nasalado) e acento grave (para indicar crase).
parágrafo, quando se muda de assunto. Em um texto informativo, O alfabeto: é a base de qualquer língua. Nele, estão
o assunto é o mesmo, o que não significa que o texto vai repetir estabelecidos os sinais gráficos e os sons representados por cada
uma mesma ideia em toda a sua extensão. Nesse ponto, pode-se um dos sinais; os sinais, por sua vez, são as vogais e as consoantes.  
concluir que a paragrafação está relacionada à progressão temáti- As letras K, Y e W: antes consideradas estrangeiras, essas letras
ca, que consiste em manter o assunto, mas variar o aspecto desse foram integradas oficialmente ao alfabeto do idioma português
assunto que será abordado. Uma analogia pode ser a comparação brasileiro em 2009, com a instauração do Novo Acordo Ortográfico.
com uma filmagem de uma festa de aniversário. A câmera aborda As possibilidades da vogal Y e das consoantes K e W são, basicamente,
diferentes aspectos da festa – os convidados, a decoração, o aniver- para nomes próprios e abreviaturas, como abaixo:  
sariante, o bolo –, tudo, porém, diz respeito à mesma festa. A filma- – Para grafar símbolos internacionais e abreviações, como Km
gem de cada um desses aspectos corresponderia a um parágrafo, (quilômetro), W (watt) e Kg (quilograma).
mas o assunto continua a ser a festa. – Para transcrever nomes próprios estrangeiros ou seus
Atividades com o objetivo de mostrar às crianças como funcio- derivados na língua portuguesa, como Britney, Washington, Nova
na a paragrafação podem ser propostas tanto na leitura (o profes- York.  
sor é o leitor) como na escrita (o professor é o escriba). Na leitura,
pode-se, por exemplo, ler um texto informativo sobre um animal Relação som X grafia: confira abaixo os casos mais complexos
‘curioso’, extraído de revista ou site adequado aos pequenos apren- do emprego da ortografia correta das palavras e suas principais
dizes, e pedir a eles que indiquem o aspecto do assunto abordado regras:
em cada parágrafo. Outra possibilidade, durante a leitura, é dizer
aos alunos que o autor do texto se esqueceu de colocar os parágra- «ch” ou “x”?: deve-se empregar o X nos seguintes casos:
fos e pedir a eles que o ajudem a indicá-los. Para isso, basta retirar – Em palavras de origem africana ou indígena. Exemplo: oxum,
os recuos que assinalam, graficamente, os parágrafos. Se o trabalho abacaxi.  
é no Ciclo de Alfabetização, é possível dar informações sobre o con- – Após ditongos. Exemplo: abaixar, faixa.
teúdo de cada parágrafo. Por exemplo: o 1º parágrafo explica por – Após a sílaba inicial “en”. Exemplo: enxada, enxergar.
que o animal tem aquele nome, o 2º parágrafo descreve as carac- – Após a sílaba inicial “me”. Exemplo: mexilhão, mexer,
terísticas do animal, o 3º parágrafo fala sobre os hábitos do animal mexerica.   
e sobre o lugar onde vive, o 4º parágrafo fala sobre o que pode ser
feito para preservar esse animal. Na produção escrita, pode-se, por s” ou “x”?: utiliza-se o S nos seguintes casos:
exemplo, indicar o assunto sobre o qual os alunos escreverão e de- – Nos sufixos “ese”, “isa”, “ose”. Exemplo: síntese, avisa,
limitar o tópico que deve ser tratado em cada parágrafo. Os alunos verminose.
ditam o texto e o professor registra no quadro. Depois, o texto deve – Nos sufixos “ense”, “osa” e “oso”, quando formarem adjetivos.
passar por uma revisão para que os alunos avaliem se cada parágra- Exemplo: amazonense, formosa, jocoso.
fo assumiu como tópico o que foi delimitado. – Nos sufixos “ês” e “esa”, quando designarem origem, título ou
nacionalidade. Exemplo: marquês/marquesa, holandês/holandesa,
Fonte: Disponível em: https://www.ceale.fae.ufmg.br/glossarioceale/ burguês/burguesa.
verbetes/paragrafacao. Acesso em: 25.jul.2023. – Nas palavras derivadas de outras cujo radical já apresenta “s”.
Exemplo: casa – casinha – casarão; análise – analisar.

ORTOGRAFIA, GRAFIA DAS PALAVRAS DE ACORDO COM Porque, Por que, Porquê ou Por quê?
A NORMA PADRÃO, CONTEMPLANDO O NOVO ACORDO – Porque (junto e sem acento): é conjunção explicativa, ou seja,
ORTOGRÁFICO. indica motivo/razão, podendo substituir o termo pois. Portanto,
toda vez que essa substituição for possível, não haverá dúvidas de
que o emprego do porque estará correto. Exemplo: Não choveu,
— Definições
porque/pois nada está molhado.  
Com origem no idioma grego, no qual orto significa “direito”,
– Por que (separado e sem acento): esse formato é empregado
“exato”, e grafia quer dizer “ação de escrever”, ortografia é o nome
para introduzir uma pergunta ou no lugar de “o motivo pelo qual”,
dado ao sistema de regras definido pela gramática normativa que
para estabelecer uma relação com o termo anterior da oração.
indica a escrita correta das palavras. Já a Ortografia Oficial se refere
Exemplos: Por que ela está chorando? / Ele explicou por que do
às práticas ortográficas que são consideradas oficialmente como
cancelamento do show.  
adequadas no Brasil. Os principais tópicos abordados pela ortografia
– Porquê (junto e com acento): trata-se de um substantivo e,
são: o emprego de acentos gráficos que sinalizam vogais tônicas,
por isso, pode estar acompanhado por artigo, adjetivo, pronome
abertas ou fechadas; os processos fonológicos (crase/acento grave);
ou numeral. Exemplo: Não ficou claro o porquê do cancelamento
os sinais de pontuação elucidativos de funções sintáticas da língua e
do show.  
decorrentes dessas funções, entre outros.  

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– Por quê (separado e com acento): deve ser empregado ao 2 – Isolar o vocativo
fim de frases interrogativas. Exemplo: Ela foi embora novamente. “Crianças, venham almoçar!”
Por quê?   “Quando será a prova, professora?”

Parônimos e homônimos 3 – Separar apostos


– Parônimos: são palavras que se assemelham na grafia e na “O ladrão, menor de idade, foi apreendido pela polícia.”
pronúncia, mas se divergem no significado. Exemplos: absolver
(perdoar) e absorver (aspirar); aprender (tomar conhecimento) e 4 – Isolar expressões explicativas:
apreender (capturar). “As CPIs que terminaram em pizza, ou seja, ninguém foi
– Homônimos: são palavras com significados diferentes, mas responsabilizado.”
que divergem na pronúncia. Exemplos: “gosto” (substantivo) e
“gosto” (verbo gostar) / “este” (ponto cardeal) e “este” (pronome 5 – Separar conjunções intercaladas
demonstrativo). “Não foi explicado, porém, o porquê das falhas no sistema.”

6 – Isolar o adjunto adverbial anteposto ou intercalado:


“Amanhã pela manhã, faremos o comunicado aos
EMPREGO DE SINAIS DE PONTUAÇÃO.
funcionários do setor.”
“Ele foi visto, muitas vezes, vagando desorientado pelas ruas.”
— Visão Geral
O sistema de pontuação consiste em um grupo de sinais 7 – Separar o complemento pleonástico antecipado:
gráficos que, em um período sintático, têm a função primordial “Estas alegações, não as considero legítimas.”
de indicar um nível maior ou menor de coesão entre estruturas
e, ocasionalmente, manifestar as propriedades da fala (prosódias) 8 – Separar termos coordenados assindéticos (não conectadas
em um discurso redigido. Na escrita, esses sinais substituem os por conjunções)
gestos e as expressões faciais que, na linguagem falada, auxiliam a “Os seres vivos nascem, crescem, reproduzem-se, morrem.”
compreensão da frase.
O emprego da pontuação tem as seguintes finalidades: 9 – Isolar o nome de um local na indicação de datas:
– Garantir a clareza, a coerência e a coesão interna dos diversos “São Paulo, 16 de outubro de 2022”.
tipos textuais;
– Garantir os efeitos de sentido dos enunciados; 10 – Marcar a omissão de um termo:
– Demarcar das unidades de um texto; “Eu faço o recheio, e você, a cobertura.” (omissão do verbo
– Sinalizar os limites das estruturas sintáticas. “fazer”).

— Sinais de pontuação que auxiliam na elaboração de um • Entre as sentenças


enunciado 1 – Para separar as orações subordinadas adjetivas explicativas
“Meu aluno, que mora no exterior, fará aulas remotas.”
Vírgula
De modo geral, sua utilidade é marcar uma pausa do enunciado 2 – Para separar as orações coordenadas sindéticas e
para indicar que os termos por ela isolados, embora compartilhem assindéticas, com exceção das orações iniciadas pela conjunção “e”:
da mesma frase ou período, não compõem unidade sintática. Mas, “Liguei para ela, expliquei o acontecido e pedi para que nos
se, ao contrário, houver relação sintática entre os termos, estes ajudasse.”
não devem ser isolados pela vírgula. Isto quer dizer que, ao mesmo
tempo que existem situações em que a vírgula é obrigatória, em 3 – Para separar as orações substantivas que antecedem a
outras, ela é vetada. Confira os casos em que a vírgula deve ser principal:
empregada: “Quando será publicado, ainda não foi divulgado.”

• No interior da sentença 4 – Para separar orações subordinadas adverbiais desenvolvidas


1 – Para separar elementos de uma enumeração e repetição: ou reduzidas, especialmente as que antecedem a oração principal:

ENUMERAÇÃO Por ser sempre assim, ninguém dá


Reduzida
atenção!
Adicione leite, farinha, açúcar, ovos, óleo e chocolate.
Porque é sempre assim, já ninguém dá
Paguei as contas de água, luz, telefone e gás. Desenvolvida
atenção!

REPETIÇÃO 5 – Separar as sentenças intercaladas:


Os arranjos estão lindos, lindos! “Querida, disse o esposo, estarei todos os dias aos pés do seu
leito, até que você se recupere por completo.”
Sua atitude foi, muito, muito, muito indelicada.

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• Antes da conjunção “e” 2 – Para introduzirem citação direta:


1 – Emprega-se a vírgula quando a conjunção “e” adquire “Desse estudo, Lavoisier extraiu o seu princípio, atualmente
valores que não expressam adição, como consequência ou muito conhecido: “Nada se cria, nada se perde, tudo se
diversidade, por exemplo. transforma’.”
“Argumentou muito, e não conseguiu convencer-me.” 3 – Para iniciar fala de personagens:
“Ele gritava repetidamente:
2 – Utiliza-se a vírgula em casos de polissíndeto, ou seja, sempre – Sou inocente!”
que a conjunção “e” é reiterada com com a finalidade de destacar
alguma ideia, por exemplo: Reticências
“(…) e os desenrolamentos, e os incêndios, e a fome, e a sede; 1 – Para indicar interrupção de uma frase incompleta
e dez meses de combates, e cem dias de cancioneiro contínuo; e o sintaticamente:
esmagamento das ruínas...” (Euclides da Cunha) “Quem sabe um dia...”

3 – Emprega-se a vírgula sempre que orações coordenadas 2 – Para indicar hesitação ou dúvida:
apresentam sujeitos distintos, por exemplo: “Então... tenho algumas suspeitas... mas prefiro não revelar
“A mulher ficou irritada, e o marido, constrangido.” ainda.”

O uso da vírgula é vetado nos seguintes casos: separar sujeito 3 – Para concluir uma frase gramaticalmente inacabada com o
e predicado, verbo e objeto, nome de adjunto adnominal, nome objetivo de prolongar o raciocínio:
e complemento nominal, objeto e predicativo do objeto, oração “Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se nas
substantiva e oração subordinada (desde que a substantivo não seja faces duns longes cor-de-rosa...” (Cecília - José de Alencar).
apositiva nem se apresente inversamente).
4 – Suprimem palavras em uma transcrição:
Ponto “Quando penso em você (...) menos a felicidade.” (Canteiros -
1 – Para indicar final de frase declarativa: Raimundo Fagner).
“O almoço está pronto e será servido.”
Ponto de Interrogação
2 – Abrevia palavras: 1 – Para perguntas diretas:
– “p.” (página) “Quando você pode comparecer?”
– “V. Sra.” (Vossa Senhoria)
– “Dr.” (Doutor) 2 – Algumas vezes, acompanha o ponto de exclamação para
destacar o enunciado:
3 – Para separar períodos: “Não brinca, é sério?!”
“O jogo não acabou. Vamos para os pênaltis.”
Ponto de Exclamação
Ponto e Vírgula 1 – Após interjeição:
1 – Para separar orações coordenadas muito extensas ou “Nossa Que legal!”
orações coordenadas nas quais já se tenha utilizado a vírgula:
“Gosto de assistir a novelas; meu primo, de jogos de RPG; 2 – Após palavras ou sentenças com carga emotiva
nossa amiga, de praticar esportes.” “Infelizmente!”

2 – Para separar os itens de uma sequência de itens: 3 – Após vocativo


“Os planetas que compõem o Sistema Solar são: “Ana, boa tarde!”
Mercúrio;
Vênus; 4 – Para fechar de frases imperativas:
Terra; “Entre já!”
Marte;
Júpiter; Parênteses
Saturno; a) Para isolar datas, palavras, referências em citações, frases
Urano; intercaladas de valor explicativo, podendo substituir o travessão ou
Netuno.” a vírgula:
“Mal me viu, perguntou (sem qualquer discrição, como
Dois Pontos sempre)
1 – Para introduzirem apostos ou orações apositivas, quem seria promovido.”
enumerações ou sequência de palavras que explicam e/ou resumem
ideias anteriores. Travessão
“Anote o endereço: Av. Brasil, 1100.” 1 – Para introduzir a fala de um personagem no discurso direto:
“Não me conformo com uma coisa: você ter perdoado aquela “O rapaz perguntou ao padre:
grande ofensa.” — Amar demais é pecado?”

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2 – Para indicar mudança do interlocutor nos diálogos: 2. FCC - 2022 - TRT - 22ª Região (PI) - Analista Judiciário - Biblio-
“— Vou partir em breve. teconomia- O rio de minha terra é um deus estranho.
— Vá com Deus!” Ele tem braços, dentes, corpo, coração,
muitas vezes homicida,
3 – Para unir grupos de palavras que indicam itinerários: foi ele quem levou o meu irmão.
“Esse ônibus tem destino à cidade de São Paulo — SP.” É muito calmo o rio de minha terra.
Suas águas são feitas de argila e de mistérios.
4 – Para substituir a vírgula em expressões ou frases explicativas: Nas solidões das noites enluaradas
“Michael Jackson — o retorno rei do pop — era imbatível.” a maldição de Crispim desce
sobre as águas encrespadas.
Aspas O rio de minha terra é um deus estranho.
1 – Para isolar palavras ou expressões que violam norma culta, Um dia ele deixou o monótono caminhar de corpo mole
como termos populares, gírias, neologismos, estrangeirismos,
para subir as poucas rampas do seu cais.
arcaísmos, palavrões, e neologismos.
Foi conhecendo o movimento da cidade,
“Na juventude, ‘azarava’ todas as meninas bonitas.”
a pobreza residente nas taperas marginais.
“A reunião será feita ‘online’.”
Pois tão irado e tão potente fez-se o rio
2 – Para indicar uma citação direta: que todo um povo se juntou para enfrentá-lo.
“A índole natural da ciência é a longanimidade.” (Machado de Mas ele prosseguiu indiferente,
Assis) carregando no seu dorso bois e gente,
até roçados de arroz e de feijão.
Na sua obstinada e galopante caminhada,
QUESTÕES destruiu paredes, casas, barricadas,
deixando no percurso mágoa e dor.
Depois subiu os degraus da igreja santa
1. PREFEITURA DE LUZIÂNIA-GO – PROFESSOR I – AROEIRA – e postou-se horas sob os pés do Criador.
2021 E desceu devagarinho, até deitar-se
Nos enunciados abaixo, pode-se observar a presença de dife- novamente no seu leito.
rentes tipologias textuais como base dos gêneros materializados Mas toda noite o seu olhar de rio
nas sequências enunciativas. Numere os parênteses conforme o fica boiando sob as luzes da cidade.
código de cada tipologia.
(Adaptado de: MORAES, Herculano. O rio da minha terra. Disponível
( ) 1 - --- Não; é casada. --- Com quem? --- Com um estancieiro
em: https://www.escritas.org)
do Rio grande. --- Chama-se? --- Ele? Fonseca, ela, Maria Cora. --- O
marido não veio com ela? --- Está no Rio Grande. (ASSIS, Machado
No trecho até roçados de arroz e de feijão, o termo “até” clas-
de Assis.Maria Cora.)
sifica-se como
( ) 2 - Ao acertar os seis números na loteria, Paulo foi para casa,
(A) pronome.
entrou calado no quarto e dormiu.
(B) preposição.
( ) 3 - Incorpore em sua vida quatro sentimentos positivos: a
(C) artigo.
compaixão, a generosidade, a alegria e o otimismo.
(D) advérbio.
( ) 4 - No meu ponto de vista, a mulher ideal deve ter como ca-
(E) conjunção.
racterísticas físicas o cabelo liso, pele macia, olhos claros, nariz fino.
Ser amiga, compreensiva e, acima de tudo, ser fiel. (ALVES, André,
Escola. Estadual Pereira Barreto. Texto adaptado.)
( ) 5 - As palavras mal empregadas podem ter efeitos mais
negativos do que os traumas físicos.
( 1 ) narrativa;
( 2 ) dialogal;
( 3 ) argumentativa;
( 4 ) injuntiva;
( 5 ) descritiva.
Está correta a alternativa:
(A) 1 - 2 - 3 - 4 - 5.
(B) 1 - 3 - 2 - 4 - 5.
(C) 2 - 1 - 4 - 5 - 3.
(D) 4 - 3 - 2 - 5 - 1.

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3. INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto a seguir para responder à questão que a ele se refere.
Texto 01

Disponível em: https://brainly.com.br/tarefa/38102601. Acesso em: 18 set. 2022.

De acordo com o texto, “[...] sair de um acidente em alta velocidade pelo vidro da frente” indica uma
(A) solução.
(B) alternativa.
(C) prevenção.
(D) consequência.
(E) precaução.

4. FGV - 2022 - TJ-DFT - Oficial de Justiça Avaliador Federal- “Quando se julga por indução e sem o necessário conhecimento dos fatos,
às vezes chega-se a ser injusto até mesmo com os malfeitores.” O raciocínio abaixo que deve ser considerado como indutivo é:
(A) Os funcionários públicos folgam amanhã, por isso meu marido ficará em casa;
(B) Todos os juízes procuram julgar corretamente, por isso é o que ele também procura;
(C) Nos dias de semana os mercados abrem, por isso deixarei para comprar isso amanhã;
(D) No inverno, chove todos os dias, por isso vou comprar um guarda-chuva;
(E) Ontem nevou bastante, por isso as estradas devem estar intransitáveis.

5. FGV - 2022 - TJ-DFT - Analista Judiciário - Segurança da Informação- “Também leio livros, muitos livros: mas com eles aprendo
menos do que com a vida. Apenas um livro me ensinou muito: o dicionário. Oh, o dicionário, adoro-o. Mas também adoro a estrada, um
dicionário muito mais maravilhoso.”
Depreende-se desse pensamento que seu autor:
(A) nada aprende com os livros, com exceção do dicionário;
(B) deve tudo que conhece ao dicionário;
(C) adquire conhecimentos com as viagens que realiza;
(D) conhece o mundo por meio da experiência de vida;
(E)constatou que os dicionários registram o melhor da vida.

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6. COTEC - 2022 - Prefeitura de Paracatu - MG - Técnico Higiene Dental - INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto 01 a seguir para
responder à questão que a ele se refere.
Texto 01

Disponível em: http://bichinhosdejardim.com/triste-fim-relacoes-afetivas/. Acesso em: 18 set. 2022.

A vírgula, na fala do primeiro quadro, foi usada de acordo com a norma para separar um
(A) vocativo.
(B) aposto explicativo.
(C) expressão adverbial.
(D) oração coordenada.
(E) predicativo.

7. CESPE / CEBRASPE - 2022 - Prefeitura de Maringá - PR - Médico Texto CG1A1


Por muitos séculos, pessoas surdas ao redor do mundo eram consideradas incapazes de aprender simplesmente por possuírem
uma deficiência. No Brasil, infelizmente, isso não era diferente. Essa visão capacitista só começou a mudar a partir do século XVI, com
transformações que ocorreram, num primeiro momento, na Europa, quando educadores, por conta própria, começaram a se preocupar
com esse grupo.
Um dos educadores mais marcantes na luta pela educação dos surdos foi Ernest Huet, ou Eduard Huet, como também era conhe-
cido. Huet, acometido por uma doença, perdeu a audição ainda aos 12 anos; contudo, como era membro de uma família nobre da França,
teve, desde cedo, acesso à melhor educação possível de sua época e, assim, aprendeu a língua de sinais francesa no Instituto Nacional
de Surdos-Mudos de Paris. No Brasil, tomando-se como inspiração a iniciativa de Huet, fundouse, em 26 de setembro de 1856, o Impe-
rial Instituto de SurdosMudos, instituição de caráter privado. No seu percurso, o instituto recebeu diversos nomes, mas a mudança mais
significativa se deu em 1957, quando foi denominado Instituto Nacional de Educação dos Surdos – INES, que está em funcionamento até
hoje! Essa mudança refletia o princípio de modernização da década de 1950, pelo qual se guiava o instituto, com suas discussões sobre
educação de surdos.
Dessa forma, Huet e a língua de sinais francesa tiveram grande influência na língua brasileira de sinais, a Libras, que foi ganhando
espaço aos poucos e logo passou a ser utilizada pelos surdos brasileiros. Contudo, nesse mesmo período, muitos educadores ainda defen-
diam a ideia de que a melhor maneira de ensinar era pelo método oralizado, ou seja, pessoas surdas seriam educadas por meio de línguas
orais. Nesse caso, a comunicação acontecia nas modalidades de escrita, leitura, leitura labial e também oral. No Congresso de Milão, em
11 de setembro de 1880, muitos educadores votaram pela proibição da utilização da língua de sinais por não acreditarem na efetividade
desse método na educação das pessoas surdas.
Essa decisão prejudicou consideravelmente o ensino da Língua Brasileira de Sinais, mas, mesmo diante dessa proibição, a Libras
continuou sendo utilizada devido à persistência dos surdos. Posteriormente, buscou-se a legitimidade da Língua Brasileira de Sinais, e os
surdos continuaram lutando pelo seu reconhecimento e regulamentação por meio de um projeto de lei escrito em 1993. Porém, apenas
em 2002, foi aprovada a Lei 10.436/2002, que reconhece a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como meio legal de comunicação e expressão
no país.

Internet:: <www.ufmg.br>(com adaptações)

Assinale a opção correta a respeito do emprego das formas verbais e dos sinais de pontuação no texto CG1A1.
(A) A correção gramatical e a coerência do texto seriam preservadas, caso a vírgula empregada logo após o vocábulo “mas” (primeiro
período do quarto parágrafo) fosse eliminada.
(B) A forma verbal “tiveram” (primeiro período do terceiro parágrafo) poderia ser substituída por “obtiveram” sem prejuízo aos sen-
tidos e à correção gramatical do texto.
(C) A forma verbal “continuou” (primeiro período do quarto parágrafo) está flexionada no singular para concordar com o artigo
definido “a”, mas poderia ser substituída, sem prejuízo à correção gramatical, pela forma verbal “continuaram”, que estabeleceria
concordância com o termo “Libras”.
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(D) A forma verbal “acreditarem” (quarto período do terceiro 10. Unoesc - 2022 - Prefeitura de Maravilha - SC - Agente Admi-
parágrafo) concorda com “educadores” e por isso está flexio- nistrativo - Edital nº 2- Considerando a acentuação tônica, assinale
nada no plural. as alternativas abaixo com (V) verdadeiro ou (F) falso.
(E) No primeiro período do terceiro parágrafo do texto, é facul- ( ) As palavras “gramática” e “partir” são, respectivamente,
tativo o emprego da vírgula imediatamente após “Libras”. proparoxítona e oxítona.
( ) “Nós” é uma palavra oxítona.
8. FCC - 2022 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário - ( ) “César” não é proparoxítona, tampouco oxítona.
Área Judiciária- A chama é bela ( ) “Despretensiosamente” é uma palavra proparoxítona.
Nos anos 1970 comprei uma casa no campo com uma ( ) “Café” é uma palavra paroxítona.
bela lareira, e para meus filhos, entre 10 e 12 anos, a experiência do A sequência correta de cima para baixo é:
fogo, da brasa que arde, da chama, era um fenômeno absolutamen- (A) F, V, V, F, V.
te novo. E percebi que quando a lareira estava acesa eles deixavam (B) V, V, F, V, F.
a televisão de lado. A chama era mais bela e variada do que qual- (C) V, F, V, F, V.
quer programa, contava histórias infinitas, não seguia esquemas (D) V, V, V, F, F.
fixos como um programa televisivo.
O fogo também se faz metáfora de muitas pulsões, do infla- 11. CESPE / CEBRASPE - 2022 - TCE-PB - Médico- Texto CB1A1-I
mar-se de ódio ao fogo da paixão amorosa. E o fogo pode ser a luz A história da saúde não é a história da medicina, pois apenas
ofuscante que os olhos não podem fixar, como não podem encarar de 10% a 20% da saúde são determinados pela medicina, e essa
o Sol (o calor do fogo remete ao calor do Sol), mas devidamente porcentagem era ainda menor nos séculos anteriores. Os outros
amestrado, quando se transforma em luz de vela, permite jogos de três determinantes da saúde são o comportamento, o ambiente e a
claro-escuro, vigílias noturnas nas quais uma chama solitária nos biologia – idade, sexo e genética. As histórias da medicina centradas
obriga a imaginar coisas sem nome... no atendimento à saúde não permitem uma compreensão global
O fogo nasce da matéria para transformar-se em substância da melhoria da saúde humana. A história dessa melhoria é uma his-
cada vez mais leve e aérea, da chama rubra ou azulada da raiz à cha- tória de superação. Antes dos primeiros progressos, a saúde huma-
ma branca do ápice, até desmaiar em fumaça... Nesse sentido, a na- na estava totalmente estagnada. Da Revolução Neolítica, há 12 mil
tureza do fogo é ascensional, remete a uma transcendência e, con- anos, até meados do século XVIII, a expectativa de vida dos seres
tudo, talvez porque tenhamos aprendido que ele vive no coração da humanos ocidentais não evoluíra de modo significativo. Estava pa-
Terra, é também símbolo de profundidades infernais. É vida, mas é ralisada na faixa dos 25-30 anos. Foi somente a partir de 1750 que
também experiência de seu apagar-se e de sua contínua fragilidade. o equilíbrio histórico se modificou positivamente. Vários elementos
alteraram esse contexto, provocando um aumento praticamente
(Adaptado de: ECO, Umberto. Construir o inimigo. Rio de Janeiro: contínuo da longevidade. Há 200 anos, as suecas detinham o re-
Record, 2021, p. 54-55) corde mundial com uma longevidade de 46 anos. Em 2019, eram as
japonesas que ocupavam o primeiro lugar, com uma duração média
Está plenamente adequada a pontuação da seguinte frase: de vida de 88 anos. Mesmo sem alcançar esse recorde, as popula-
(A) Os filhos do autor diante da lareira, não deixaram de se es- ções dos países industrializados podem esperar viver atualmente
pantar, com o espetáculo inédito daquelas chamas bruxulean- ao menos 80 anos. Desde 1750, cada geração vive um pouco mais
tes. do que a anterior e prepara a seguinte para viver ainda mais tempo.
(B) Como metáfora, o fogo por conta de seus inúmeros atribu-
tos, chega mesmo a propiciar expansões, simbólicas e metafó- Jean-David Zeitoun. História da saúde humana: vamos viver cada vez
ricas. mais?
(C) Tanto como a do Sol, a luz do fogo, uma vez expandida, Tradução Patrícia Reuillard. São Paulo: Contexto, 2022, p. 10-11 (com
pode ofuscar os olhos de quem, imprudente, ouse enfrentá-la. adaptações).
(D) O autor do texto em momentos descritivos, não deixa de
insinuar sua atração, pela magia dos poderes e do espetáculo
No que se refere a aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, jul-
do fogo.
gue o item seguinte.
(E) Disponíveis metáforas, parecem se desenvolver quando,
A inserção de uma vírgula imediatamente após o termo “au-
por amor ou por ódio extremos somos tomados por paixões
mento” (nono período) prejudicaria a correção gramatical e o sen-
incendiárias.
tido original do texto.
( )CERTO
9. AGIRH - 2022 - Prefeitura de Roseira - SP - Enfermeiro 36
( )ERRADO
horas - Assinale o item que contém erro de ortografia.
(A) Na cultura japonesa, fica desprestigiado para sempre quem
inflinge as regras da lealdade. 12. FGV - 2022 - SEAD-AP - Cuidador Uma das marcas da textu-
(B) Não conseguindo prever o resultado a que chegariam, sen- alidade é a coerência. Entre as frases abaixo, assinale aquela que se
tiu-se frustrado. mostra coerente.
(C) Desgostos indescritíveis, porventura, seriam rememorados (A) Avise-me se você não receber esta carta.
durante a sessão de terapia. (B) Só uma coisa a vida ensina: a vida nada ensina.
(D) Ao reverso de outros, trazia consigo autoconhecimento e (C) Quantos sofrimentos nos custaram os males que nunca
autoafirmação. ocorreram.
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(D) Todos os casos são únicos e iguais a outros. cilidade que encontra ela em escrever seus textos.
(E) Como eu disse antes, eu nunca me repito. (D) Os possíveis entraves para escrever um conto, revela a au-
tora, logo se dissipou em sua primeira tentativa.
13. OBJETIVA - 2022 - Prefeitura de Dezesseis de Novembro - (E) Não haveria de surgir impulsos mais fortes, para essa escri-
RS - Controlador Interno- Considerando-se a concordância nominal, tora, do que os que a levaram a imaginar histórias.
marcar C para as afirmativas Certas, E para as Erradas e, após, assi-
nalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA: 15. SELECON - 2019 - Prefeitura de Cuiabá - MT - Técnico em
( ) Agora que tudo passou, sinto que tenho menas tristezas na Nutrição Escolar- Considerando a regência nominal e o emprego do
minha vida. acento grave, o trecho destacado em “inerentes a esta festa” está
( ) Posso pedir teu bloco e tua caneta emprestada? corretamente substituído em:
( ) É proibido a entrada de animais na praia. (A) inerentes à determinado momento
(A) C - E - C. (B) inerentes à regras de convivência
(B) C - E - E. (C) inerentes à regulamentos anteriores
(C) E - E - C. (D) inerentes à evidência de incorreções
(D) E - C - E.
16. Assinale a frase com desvio de regência verbal.
14. FCC - 2022 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário (A) Informei-lhe o bloqueio do financiamento de pesquisas.
- Área Judiciária (B) Avisaram-no a liberação de recursos para ciência e tecno-
O meu ofício logia.
O meu ofício é escrever, e sei bem disso há muito tempo. (C) Os acadêmicos obedecem ao planejamento estratégico.
Espero não ser mal-entendida: não sei nada sobre o valor daquilo (D) Todos os homens, por natureza, aspiram ao saber.
que posso escrever. Quando me ponho a escrever, sinto-me extra- (E) Assistimos ao filme que apresentou a obra daquele grande
ordinariamente à vontade e me movo num elemento que tenho cientista.
a impressão de conhecer extraordinariamente bem: utilizo instru-
mentos que me são conhecidos e familiares e os sinto bem firmes 17. MPE-GO - 2022 - MPE-GO - Oficial de Promotoria - Edital
em minhas mãos. Se faço qualquer outra coisa, se estudo uma lín- nº 007- Sendo (C) para as assertivas corretas e (E) para as erradas,
gua estrangeira, se tento aprender história ou geografia, ou tricotar assinale a alternativa com a sequência certa considerando a obser-
uma malha, ou viajar, sofro e me pergunto como é que os outros vância das normas da língua portuguesa:
conseguem fazer essas coisas. E tenho a impressão de ser cega e ( ) O futebol é um esporte de que o povo gosta.
surda como uma náusea dentro de mim. ( ) Visitei a cidade onde você nasceu.
Já quando escrevo nunca penso que talvez haja um modo ( ) É perigoso o local a que você se dirige.
mais correto, do qual os outros escritores se servem. Não me im- ( ) Tenho uma coleção de quadros pela qual já me ofereceram
porta nada o modo dos outros escritores. O fato é que só sei escre- milhões.
ver histórias. Se tento escrever um ensaio de crítica ou um artigo (A) E – E – E – C
sob encomenda para um jornal, a coisa sai bem ruim. O que escrevo (B) C – C – C – E
nesses casos tenho de ir buscar fora de mim. E sempre tenho a sen- (C) C – E – E – E
sação de enganar o próximo com palavras tomadas de empréstimo (D) C – C – C – C
ou furtadas aqui e ali.
Quando escrevo histórias, sou como alguém que está em seu 18. FADCT - 2022 - Prefeitura de Ibema - PR - Assistente Admi-
país, nas ruas que conhece desde a infância, entre as árvores e os nistrativo- A frase “ O estudante foi convidado para assistir os deba-
muros que são seus. Este é o meu ofício, e o farei até a morte. Entre tes políticos.” apresenta, de acordo com a norma padrão da Língua
os cinco e dez anos ainda tinha dúvidas e às vezes imaginava que portuguesa, um desvio de:
podia pintar, ou conquistar países a cavalo, ou inventar uma nova (A) Concordância nominal.
máquina. Mas a primeira coisa séria que fiz foi escrever um conto, (B) Concordância verbal.
um conto curto, de cinco ou seis páginas: saiu de mim como um mi- (C) Regência verbal.
lagre, numa noite, e quando finalmente fui dormir estava exausta, (D) Regência nominal
atônita, estupefata.
19. FUNCERN - 2019 - Prefeitura de Apodi - RN - Professor de
(Adaptado de: GINZBURG, Natalia. As pequenas virtudes. Trad. Maurí- Ensino Fundamental I ( 1º ao 5º ano)-
cio Santana Dias. São Paulo: Cosac Naify, 2015, p, 72-77, passim) Os pontos cegos de nosso cérebro e o risco eterno de aciden-
tes
As normas de concordância verbal encontram-se plenamente Luciano Melo
observadas em: O motorista aguarda o momento seguro para conduzir seu
(A) As palavras que a alguém ocorrem deitar no papel acabam carro e atravessar o cruzamento. Olha para os lados que atravessará
por identificar o estilo mesmo de quem as escreveu. e, estático, aguarda que outros veículos deixem livre o caminho pela
(B) Gaba-se a autora de que às palavras a que recorre nunca via transversal à sua frente. Enquanto espera, olha de um lado a ou-
falta a espontaneidade dos bons escritos. tro a vigiar a pista quase livre. Finalmente não avista mais nenhum
(C) Faltam às tarefas outras de que poderiam se incumbir a fa- veículo que poderá atrapalhar seu planejado movimento. É hora de
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dirigir, mas, no meio da travessia, ele é surpreendido por uma grave No trecho “[...]poderemos assistir à queda de um deles.”, a
colisão. Uma motocicleta atinge a traseira de seu veículo. ocorrência do acento grave é justificada
Eu tomo a defesa do motorista: ele não viu a moto se aproxi- (A) pela exigência de artigo do termo regente, que é um ver-
mar. Presumo que vários dos leitores já passaram por situação se- bo, e pela exigência de preposição do termo regido, que é um
melhante, mas, caso você seja exceção e acredite que enxergaria nome.
a motocicleta, eu o convido a assistir a um vídeo que existe sobre (B) pela exigência de preposição do termo regente, que é um
isso. O filme prova quão difícil é perceber objetos que de repente nome, e pela exigência de artigo do termo regido, que é um
somem ou aparecem em uma cena. verbo.
Nossa condição humana está casada com uma inabilidade de (C) pela exigência de artigo do termo regente, que é um nome,
perceber certas mudanças. Claro que notamos muitas alterações à e pela exigência de artigo do termo regido, que é um verbo.
nossa volta, especialmente se olharmos para o ponto alvo da modi- (D) pela exigência de preposição do termo regente, que é um
ficação no momento em que ela ocorrerá. Assim, se olharmos fixa- verbo, e pela exigência de artigo do termo regido, que é um
mente para uma janela cheia de vasos de flores, poderemos assistir nome.
à queda de um deles. Mas, se desviarmos brevemente nossos olhos
da janela, justamente no momento do tombo, é possível que nem 20. MPE-GO - 2022 - MPE-GO - Oficial de Promotoria - Edital
notemos a falta do enfeite. O fenômeno se chama cegueira para nº 006
mudança: nossa incapacidade de visualizar variações do ambiente
A importância dos debates
entre uma olhada e outra.
É promissor que os candidatos ao governo gaúcho venham
No mundo real, mudanças são geralmente antecedidas por
dando ênfase nas conversas diretas a projetos de governo de inte-
uma série de movimentos. Se esses movimentos superam um limiar
resse específico dos eleitores
atrativo, vão capturar nossa atenção que focará na alteração consi-
O primeiro confronto direto entre os candidatos Eduardo Leite
derada dominante. Por sua vez, modificações que não ultrapassam
(PSDB) e José Ivo Sartori (MDB), que disputam o governo do Estado
o limiar não provocarão divergência da atenção e serão ignoradas.
em segundo turno, reafirmou a importância dessa alternativa de-
Quando abrimos nossos olhos, ficamos com a impressão de
mocrática para ajudar os eleitores a fazer suas escolhas. Uma das
termos visão nítida, rica e bem detalhada do mundo que se estende
vantagens do sistema de votação em dois turnos, instituído pela
por todo nosso campo visual. A consciência de nossa percepção não
Constituição de 1988, é justamente a de propiciar um maior de-
é limitada, mas nossa atenção e nossa memória de curtíssimo prazo
talhamento dos programas de governo dos dois candidatos mais
são. Não somos capazes de memorizar tudo instantaneamente à
votados na primeira etapa.
nossa volta e nem podemos nos ater a tudo que nos cerca. Nossa in-
Foi justamente o que ocorreu ontem entre os postulantes ao
trospecção da grandiosidade de nossa experiência visual confronta
Palácio Piratini. Colocados frente a frente nos microfones da Rá-
com nossas limitações perceptivas práticas e cria uma vivência rica,
dio Gaúcha, ambos tiveram a oportunidade de enfrentar questões
porém efêmera e sujeita a erros de interpretações. Dimensiona um
importantes ligadas ao cotidiano dos eleitores. A viabilidade de as
gradiente entre o que é real e o que se presume, algo que favorece
principais demandas dos gaúchos serem contempladas vai depen-
os acidentes de trânsito.
der acima de tudo da estratégia de cada um para enfrentar a crise
Podemos interpretar que o acidente do exemplo do início do
das finanças públicas.
texto se deu porque o motorista convergiu sua atenção às partes
Diferentemente do que os eleitores estão habituados a assistir
centrais da pista, por onde os carros preferencialmente circulam
no horário eleitoral obrigatório e a acompanhar por postagens dos
sob velocidade mais ou menos previsível. Assim que o último carro
candidatos nas redes sociais, debates se prestam menos para pro-
passou, ficou fácil pressupor que o centro da pista permaneceria
paganda pessoal, estratégias de marketing e para a disseminação
vazio por um intervalo de tempo seguro para a travessia. As late-
de informações inconfiáveis e notícias falsas, neste ano usadas lar-
rais da pista, locais em que motocicletas geralmente trafegam, não
gamente em campanhas. Além disso, têm a vantagem de desafiar
tiveram a atenção merecida, e a velocidade da moto não estava no
os candidatos com questionamentos de jornalistas e do público. As
padrão esperado.
respostas, inclusive, podem ser conferidas por profissionais de im-
O mundo aqui fora é um caos repleto de acontecimentos, e
prensa, com divulgação posterior, o que facilita o discernimento por
nossos cérebros têm que coletar e reter alguns deles para que pos-
parte de eleitores sobre o que corresponde ou não à verdade.
samos compreendê-lo e, assim, agirmos em busca da nossa sobre-
O Rio Grande do Sul enfrenta uma crise fiscal no setor público
vivência. Mas essas informações são salpicadas, incompletas e mu-
que, se não contar com uma perspectiva de solução imediata, pra-
táveis. Traçar uma linha que contextualize todos esses dados não é
ticamente vai inviabilizar a implantação de qualquer plano de go-
simples. Eventualmente, esse jogo mental de ligar pontinhos cria
verno. Por isso, é promissor que, enquanto em outros Estados pre-
armadilha para nós mesmos, pois por vezes um ponto que deveria
dominam denúncias e acusações, os candidatos ao governo gaúcho
ser descartado é inserido em uma lógica apenas por ser chamativo.
venham dando ênfase nas conversas diretas a projetos de governo
E outro, ao contrário, deveria ser considerado, mas é menospreza-
de interesse específico dos eleitores.
do, pois à primeira vista não atendeu a um pressuposto.
Democracia se faz com diálogo e transparência. Sem discus-
Essas interpretações podem provocar outras tragédias além
sões amplas, perdem os cidadãos, que ficam privados de informa-
de acidentes de carro.
ções essenciais para fazer suas escolhas com mais objetividade e
Disponível em:<https://www1.folha.uol.com.br>. Acesso em: 20 abr. menos passionalismo.
2019. (texto adaptado)
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(A IMPORTÂNCIA dos debates. GaúchaZH, 17 de outubro de 2018. Dis-


ponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br. Acesso em: 30 de agosto
ANOTAÇÕES
de 2022)
______________________________________________________
No segundo parágrafo do texto, há a frase: “Colocados frente
a frente nos microfones da Rádio Gaúcha, ambos tiveram a oportu- ______________________________________________________
nidade de enfrentar questões importantes ligadas ao cotidiano dos
eleitores.” Conforme se observa, na expressão em destaque, não há ______________________________________________________
ocorrência da crase.
______________________________________________________
Assim, seguindo a regra gramatical acerca da crase, assinale a
alternativa em que há o emprego da crase indevidamente: ______________________________________________________
(A) cara a cara; às ocultas; à procura.
(B) face a face; às pressas; à deriva. ______________________________________________________
(C) à frente; à direita; às vezes.
(D) à tarde; à sombra de; a exceção de. ______________________________________________________

______________________________________________________

GABARITO ______________________________________________________

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______________________________________________________
1 C
2 D ______________________________________________________
3 D ______________________________________________________
4 E
______________________________________________________
5 D
6 A ______________________________________________________

7 D ______________________________________________________
8 C
______________________________________________________
9 A
______________________________________________________
10 D
11 CERTO ______________________________________________________
12 B ______________________________________________________
13 D
______________________________________________________
14 B
15 D ______________________________________________________

16 B ______________________________________________________
17 D _____________________________________________________
18 C
_____________________________________________________
19 D
20 D ______________________________________________________

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MATEMÁTICA

Z*- = {… -4, -3, -2, -1}: conjunto dos números inteiros não posi-
NÚMEROS: CONJUNTOS NUMÉRICOS (NATURAIS, INTEI- tivos e não nulos.
ROS, RACIONAIS, IRRACIONAIS E REAIS). , DIVISIBILIDADE
Conjunto dos Números Racionais (Q)
Números racionais são aqueles que podem ser representados
— Conjuntos Numéricos em forma de fração. O numerador e o denominador da fração preci-
O grupo de termos ou elementos que possuem características sam pertencer ao conjunto dos números inteiros e, é claro, o deno-
parecidas, que são similares em sua natureza, são chamados de minador não pode ser zero, pois não existe divisão por zero.
conjuntos. Quando estudamos matemática, se os elementos pare- O conjunto dos números racionais é representado pelo Q. Os
cidos ou com as mesmas características são números, então dize- números naturais e inteiros são subconjuntos dos números racio-
mos que esses grupos são conjuntos numéricos1. nais, pois todos os números naturais e inteiros também podem ser
Em geral, os conjuntos numéricos são representados grafica- representados por uma fração. Além destes, números decimais e
mente ou por extenso – forma mais comum em se tratando de ope- dízimas periódicas também estão no conjunto de números racio-
rações matemáticas. Quando os representamos por extenso, escre- nais.
vemos os números entre chaves {}. Caso o conjunto seja infinito, ou Vejamos um exemplo de um conjunto de números racionais
seja, tenha incontáveis números, os representamos com reticências com 4 elementos:
depois de colocar alguns exemplos. Exemplo: N = {0, 1, 2, 3, 4…}. Qx = {-4, 1/8, 2, 10/4}
Existem cinco conjuntos considerados essenciais, pois eles são
os mais usados em problemas e questões no estudo da Matemáti- Também temos subconjuntos dos números racionais:
ca. São eles: Naturais, Inteiros, Racionais, Irracionais e Reais. Q* = subconjunto dos números racionais não nulos, formado
pelos números racionais sem o zero.
Conjunto dos Números Naturais (N) Q+ = subconjunto dos números racionais não negativos, forma-
O conjunto dos números naturais é representado pela letra N. do pelos números racionais positivos.
Ele reúne os números que usamos para contar (incluindo o zero) e Q*+ = subconjunto dos números racionais positivos, formado
é infinito. Exemplo: pelos números racionais positivos e não nulos.
N = {0, 1, 2, 3, 4…} Q- = subconjunto dos números racionais não positivos, forma-
do pelos números racionais negativos e o zero.
Além disso, o conjunto dos números naturais pode ser dividido Q*- = subconjunto dos números racionais negativos, formado
em subconjuntos: pelos números racionais negativos e não nulos.
N* = {1, 2, 3, 4…} ou N* = N – {0}: conjunto dos números natu-
rais não nulos, ou sem o zero. Conjunto dos Números Irracionais (I)
Np = {0, 2, 4, 6…}, em que n ∈ N: conjunto dos números natu- O conceito de números irracionais é dependente da definição
rais pares. de números racionais. Assim, pertencem ao conjunto dos números
Ni = {1, 3, 5, 7..}, em que n ∈ N: conjunto dos números naturais irracionais os números que não pertencem ao conjunto dos racio-
ímpares. nais.
P = {2, 3, 5, 7..}: conjunto dos números naturais primos. Em outras palavras, ou um número é racional ou é irracional.
Não há possibilidade de pertencer aos dois conjuntos ao mesmo
Conjunto dos Números Inteiros (Z) tempo. Por isso, o conjunto dos números irracionais é complemen-
O conjunto dos números inteiros é representado pela maiús- tar ao conjunto dos números racionais dentro do universo dos nú-
cula Z, e é formado pelos números inteiros negativos, positivos e o meros reais.
zero. Exemplo: Z = {-4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4…} Outra forma de saber quais números formam o conjunto dos
O conjunto dos números inteiros também possui alguns sub- números irreais é saber que os números irracionais não podem ser
conjuntos: escritos em forma de fração. Isso acontece, por exemplo, com deci-
Z+ = {0, 1, 2, 3, 4…}: conjunto dos números inteiros não nega- mais infinitos e raízes não exatas.
tivos. Os decimais infinitos são números que têm infinitas casas de-
Z- = {…-4, -3, -2, -1, 0}: conjunto dos números inteiros não po- cimais e que não são dízimas periódicas. Como exemplo, temos
sitivos. 0,12345678910111213, π, √3 etc.
Z*+ = {1, 2, 3, 4…}: conjunto dos números inteiros não negati-
vos e não nulos, ou seja, sem o zero.

1 https://matematicario.com.br/
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MATEMÁTICA

Conjunto dos Números Reais (R) – O número 49 é múltiplo de 7, pois existe número inteiro que,
O conjunto dos números reais é representado pelo R e é forma- multiplicado por 7, resulta em 49.
do pela junção do conjunto dos números racionais com o conjunto 49 = 7 · 7
dos números irracionais. Não esqueça que o conjunto dos racionais
é a união dos conjuntos naturais e inteiros. Podemos dizer que en- – O número 324 é múltiplo de 3, pois existe número inteiro
tre dois números reais existem infinitos números. que, multiplicado por 3, resulta em 324.
Entre os conjuntos números reais, temos: 324 = 3 · 108
R*= {x ∈ R│x ≠ 0}: conjunto dos números reais não-nulos.
R+ = {x ∈ R│x ≥ 0}: conjunto dos números reais não-negativos. – O número 523 não é múltiplo de 2, pois não existe número
R*+ = {x ∈ R│x > 0}: conjunto dos números reais positivos. inteiro que, multiplicado por 2, resulte em 523.
R– = {x ∈ R│x ≤ 0}: conjunto dos números reais não-positivos. 523 = 2 · ?”
R*– = {x ∈ R│x < 0}: conjunto dos números reais negativos.
• Múltiplos de 4
— Múltiplos e Divisores Como vimos, para determinar os múltiplos do número 4, deve-
Os conceitos de múltiplos e divisores de um número natural mos multiplicar o número 4 por números inteiros. Assim:
estendem-se para o conjunto dos números inteiros2. Quando tra- 4·1=4
tamos do assunto múltiplos e divisores, referimo-nos a conjuntos 4·2=8
numéricos que satisfazem algumas condições. Os múltiplos são en- 4 · 3 = 12
contrados após a multiplicação por números inteiros, e os divisores 4 · 4 = 16
são números divisíveis por um certo número. 4 · 5 = 20
Devido a isso, encontraremos subconjuntos dos números in- 4 · 6 = 24
teiros, pois os elementos dos conjuntos dos múltiplos e divisores 4 · 7 = 28
são elementos do conjunto dos números inteiros. Para entender o 4 · 8 = 32
que são números primos, é necessário compreender o conceito de 4 · 9 = 36
divisores. 4 · 10 = 40
4 · 11 = 44
Múltiplos de um Número 4 · 12 = 48
Sejam a e b dois números inteiros conhecidos, o número a é
múltiplo de b se, e somente se, existir um número inteiro k tal que ...
a = b · k. Desse modo, o conjunto dos múltiplos de a é obtido multi-
plicando a por todos os números inteiros, os resultados dessas mul- Portanto, os múltiplos de 4 são:
tiplicações são os múltiplos de a. M(4) = {4, 8, 12, 16, 20. 24, 28, 32, 36, 40, 44, 48, … }
Por exemplo, listemos os 12 primeiros múltiplos de 2. Para isso
temos que multiplicar o número 2 pelos 12 primeiros números in- Divisores de um Número
teiros, assim: Sejam a e b dois números inteiros conhecidos, vamos dizer que
2·1=2 b é divisor de a se o número b for múltiplo de a, ou seja, a divisão
2·2=4 entre b e a é exata (deve deixar resto 0).
2·3=6 Veja alguns exemplos:
2·4=8 – 22 é múltiplo de 2, então, 2 é divisor de 22.
2 · 5 = 10 – 63 é múltiplo de 3, logo, 3 é divisor de 63.
2 · 6 = 12 – 121 não é múltiplo de 10, assim, 10 não é divisor de 121.
2 · 7 = 14
2 · 8 = 16 Para listar os divisores de um número, devemos buscar os nú-
2 · 9 = 18 meros que o dividem. Veja:
2 · 10 = 20 – Liste os divisores de 2, 3 e 20.
2 · 11 = 22 D(2) = {1, 2}
2 · 12 = 24 D(3) = {1, 3}
D(20) = {1, 2, 4, 5, 10, 20}
Portanto, os múltiplos de 2 são:
M(2) = {2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18, 20, 22, 24} Observe que os números da lista dos divisores sempre são di-
visíveis pelo número em questão e que o maior valor que aparece
Observe que listamos somente os 12 primeiros números, mas nessa lista é o próprio número, pois nenhum número maior que ele
poderíamos ter listado quantos fossem necessários, pois a lista de será divisível por ele.
múltiplos é dada pela multiplicação de um número por todos os Por exemplo, nos divisores de 30, o maior valor dessa lista é o
inteiros. Assim, o conjunto dos múltiplos é infinito. próprio 30, pois nenhum número maior que 30 será divisível por
Para verificar se um número é ou não múltiplo de outro, de- ele. Assim:
vemos encontrar um número inteiro de forma que a multiplicação D(30) = {1, 2, 3, 5, 6, 10, 15, 30}.
entre eles resulte no primeiro número. Veja os exemplos:

2 https://brasilescola.uol.com.br/matematica/multiplos-divisores.htm
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MATEMÁTICA

Propriedade dos Múltiplos e Divisores Se o número não for divisível por 2, 3 e 5 continuamos as divi-
Essas propriedades estão relacionadas à divisão entre dois in- sões com os próximos números primos menores que o número até
teiros. Observe que quando um inteiro é múltiplo de outro, é tam- que:
bém divisível por esse outro número. – Se for uma divisão exata (resto igual a zero) então o número
Considere o algoritmo da divisão para que possamos melhor não é primo.
compreender as propriedades. – Se for uma divisão não exata (resto diferente de zero) e o quo-
N = d · q + r, em que q e r são números inteiros. ciente for menor que o divisor, então o número é primo.
– Se for uma divisão não exata (resto diferente de zero) e o
Lembre-se de que: quociente for igual ao divisor, então o número é primo.
N: dividendo;
d, divisor; Exemplo: verificar se o número 113 é primo.
q: quociente; Sobre o número 113, temos:
r: resto. – Não apresenta o último algarismo par e, por isso, não é
divisível por 2;
– Propriedade 1: A diferença entre o dividendo e o resto (N – r) – A soma dos seus algarismos (1+1+3 = 5) não é um número
é múltipla do divisor, ou o número d é divisor de (N – r). divisível por 3;
– Propriedade 2: (N – r + d) é um múltiplo de d, ou seja, o nú- – Não termina em 0 ou 5, portanto não é divisível por 5.
mero d é um divisor de (N – r + d).
Veja o exemplo: Como vimos, 113 não é divisível por 2, 3 e 5. Agora, resta saber
Ao realizar a divisão de 525 por 8, obtemos quociente q = 65 e se é divisível pelos números primos menores que ele utilizando a
resto r = 5. operação de divisão.
Assim, temos o dividendo N = 525 e o divisor d = 8. Veja que
as propriedades são satisfeitas, pois (525 – 5 + 8) = 528 é divisível Divisão pelo número primo 7:
por 8 e:
528 = 8 · 66

— Números Primos
Os números primos são aqueles que apresentam apenas dois
divisores: um e o próprio número3. Eles fazem parte do conjunto
dos números naturais.
Por exemplo, 2 é um número primo, pois só é divisível por um
e ele mesmo.
Quando um número apresenta mais de dois divisores eles são
chamados de números compostos e podem ser escritos como um
produto de números primos. Divisão pelo número primo 11:
Por exemplo, 6 não é um número primo, é um número com-
posto, já que tem mais de dois divisores (1, 2 e 3) e é escrito como
produto de dois números primos 2 x 3 = 6.
Algumas considerações sobre os números primos:
– O número 1 não é um número primo, pois só é divisível por
ele mesmo;
– O número 2 é o menor número primo e, também, o único
que é par; Observe que chegamos a uma divisão não exata cujo quociente
– O número 5 é o único número primo terminado em 5; é menor que o divisor. Isso comprova que o número 113 é primo.
– Os demais números primos são ímpares e terminam com os
algarismos 1, 3, 7 e 9.
OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS
Uma maneira de reconhecer um número primo é realizando
divisões com o número investigado. Para facilitar o processo, veja As operações matemáticas abrangem os cálculos que são utili-
alguns critérios de divisibilidade: zados para a resolução das equações. Basicamente têm-se a adição,
– Divisibilidade por 2: todo número cujo algarismo da unidade a subtração, a divisão e a multiplicação, que, apesar de abrangerem
é par é divisível por 2; um raciocínio simples, são de suma importância para realização de
– Divisibilidade por 3: um número é divisível por 3 se a soma qualquer cálculo matemático, como por exemplo, na tabuada. As
dos seus algarismos é um número divisível por 3; escolas já apresentam esses conteúdos nas séries iniciais e à medi-
– Divisibilidade por 5: um número será divisível por 5 quando o da que os alunos vão avançando compreendem os conceitos mais
algarismo da unidade for igual a 0 ou 5. complexos.

3 https://www.todamateria.com.br/o-que-sao-numeros-primos/
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Adição As propriedades da Multiplicação são:

Na adição existe o cálculo de adicionar números naturais a - Comutatividade: a ordem dos fatores não altera o produto.
outros. Essa operação matemática também é conhecida popular- Ex.: 4 x 2 = 8 e 2 x 4 = 8.
mente como soma. O resultado final da adição é chamado de total - Associatividade: quando tem mais de dois fatores não impor-
ou soma e os números utilizados são as parcelas. O operador arit- ta a sua ordem, pois o resultado será o mesmo. Ex.: (3 x 5) x 2 = 30
mético, ou seja, o sinal que indica o seu cálculo é o (+). Observe o ou 3 x (5 x 2) = 30
exemplo: - Distributividade: quando temos que multiplicar e somar deve-
mos iniciar o cálculo pela multiplicação, mesmo que a soma esteja
6 (parcela) + 2 (parcela) = 8 (soma ou total) dentro de parênteses. Ex.: 2 x (3 + 3) = (2 x 3) + (2 x 3) = 6 + 6 = 12.
- Elemento neutro: número 1, sendo que qualquer número
As propriedades da adição são: multiplicado por ele resultará nele mesmo.

- Elemento neutro: zero, ou seja, qualquer número somado a Divisão


zero terá como resultado ele mesmo. Ex.: 6 + 0 = 6.
- Comutatividade: a ordem de duas parcelas não altera o resul- Nessa operação é possível dividir dois números em partes
tado final. Ex.: 8 + 2 = 10 e 2 + 8 = 10. iguais. Essa operação tem os seguintes elementos: dividendo, di-
- Associatividade: a ordem de mais de duas parcelas também visor, quociente e resto. O sinal utilizado é (÷), mas podemos ver
não altera o resultado, mas é necessário considerar a regra do uso também os sinais (/) ou (:). Observe o exemplo:
dos parênteses, que significa que deve-se iniciar a adição a partir do
que está dentro deles. Ex.: 8 + (2 + 1) = 11 e (8 + 2) + 1 = 11. 31 (dividendo) ÷ 2 (divisor) = 15 (quociente) 1 (resto)
- Números negativos e positivos: os números positivos e nega-
tivos podem ser somados, mas existem algumas regras que devem Ao dividir 31 por 2 não temos um resultado exato, sendo assim,
ser consideradas. Quando os números possuem sinais diferentes temos o 15 como quociente e 1 de resto.
(negativos e positivos) o resultado acompanhará o sinal do número
maior. Ex.: (-3) + 4 = 1. Já no caso de dois números negativos, o re- As propriedades da divisão são as seguintes:
sultado também será negativo. Ex.: (-8) + (-7) = - 1.
- A ordem dos elementos altera o resultado final, pois não é
comutativa. Ex.: 8 ÷ 2 = 4 é diferente de 2 ÷ 8 = 0,25.
Subtração - Não é associativa; na divisão os parênteses devem ser resol-
vidos primeiro. Ex.: (6 ÷ 3) ÷ 3 = 3 ÷ 3 = 1 é diferente de 6 ÷ (3 ÷ 3)
A subtração abrange a redução de um número por outro. Os = 6 ÷ 1 = 6.
seus elementos são: minuendo, subtraendo e diferença ou resto. O - Elemento neutro: número 1, ou seja, o valor dividido por ele
(-) é o sinal utilizado na operação. Veja o exemplo: terá como resultado ele mesmo.
- Números positivos e negativos: os sinais interferem no resul-
8 (minuendo) – 2 (subtraendo) = 6 (diferença ou resto) tado final, sendo assim, quando forem iguais ele fica positivo, mas
quando forem diferentes ele ficará negativo. Ex.: +10 ÷ +5 = +2; -10
As propriedades da subtração são: ÷ -5 = +2; +10 ÷ -5 = -2.

- O resultado é alterado no caso de mudança na ordem de apre- Vale destacar que essas são as operações matemáticas mais
sentação dos valores, e nesse caso a diferença terá o sinal trocado. básicas. Apesar disso, elas são utilizadas na realização de diversas
Ex.: 8 - 2 = 6 é diferente de 2 - 8 = -6. outras operações, como, por exemplo, soma de frações e subtração
- Não existe elemento neutro. de frações.

Multiplicação Fonte: Disponível em: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/ma-


tematica/operacoes-matematicas. Acesso em: 16.fev.2023.
A Multiplicação está intimamente relacionada à adição, pois
pode-se dizer que ela é a soma de um número pela quantidade de PROBLEMAS COM AS QUATRO OPERAÇÕES
vezes que deverá ser multiplicado. O símbolo mais conhecido é o
(x), mas muitas pessoas utilizam o (*) ou (.) para representar essa Os cálculos desse tipo de problemas, envolvem adições e sub-
operação. Os nomes dados aos seus elementos são fatores e produ- trações, posteriormente as multiplicações e divisões. Depois os pro-
tos. Vejamos um exemplo: blemas são resolvidos com a utilização dos fundamentos algébricos,
isto é, criamos equações matemáticas com valores desconhecidos
4 (fator) x 4 (fator) = 16 (produto) (letras). Observe algumas situações que podem ser descritas com
utilização da álgebra.
Observe que o exemplo também poderia ser representado: 4
+ 4 + 4 + 4 = 16.

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MATEMÁTICA

É bom ter mente algumas situações que podemos encontrar: (PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRÃO PRETO/SP – AGENTE
DE ADMINISTRAÇÃO – VUNESP) Uma loja de materiais elétricos
testou um lote com 360 lâmpadas e constatou que a razão entre o
número de lâmpadas queimadas e o número de lâmpadas boas era
2 / 7. Sabendo-se que, acidentalmente, 10 lâmpadas boas quebra-
ram e que lâmpadas queimadas ou quebradas não podem ser ven-
didas, então a razão entre o número de lâmpadas que não podem
ser vendidas e o número de lâmpadas boas passou a ser de
(A) 1 / 4.
(B) 1 / 3.
(C) 2 / 5.
(D) 1 / 2.
Exemplos: (E) 2 / 3.
(PREF. GUARUJÁ/SP – SEDUC – PROFESSOR DE MATEMÁTICA –
CAIPIMES) Sobre 4 amigos, sabe-se que Clodoaldo é 5 centímetros Resolução:
mais alto que Mônica e 10 centímetros mais baixo que Andreia. Sa- Chamemos o número de lâmpadas queimadas de ( Q ) e o nú-
be-se também que Andreia é 3 centímetros mais alta que Doralice e mero de lâmpadas boas de ( B ). Assim:
que Doralice não é mais baixa que Clodoaldo. Se Doralice tem 1,70 B + Q = 360 , ou seja, B = 360 – Q ( I )
metros, então é verdade que Mônica tem, de altura:
(A) 1,52 metros.
(B) 1,58 metros.
(C) 1,54 metros.
, ou seja, 7.Q = 2.B ( II )
(D) 1,56 metros.
Substituindo a equação ( I ) na equação ( II ), temos:
Resolução:
7.Q = 2. (360 – Q)
Escrevendo em forma de equações, temos:
7.Q = 720 – 2.Q
C = M + 0,05 ( I )
7.Q + 2.Q = 720
C = A – 0,10 ( II )
9.Q = 720
A = D + 0,03 ( III )
Q = 720 / 9
D não é mais baixa que C
Q = 80 (queimadas)
Se D = 1,70 , então:
Como 10 lâmpadas boas quebraram, temos:
( III ) A = 1,70 + 0,03 = 1,73
Q’ = 80 + 10 = 90 e B’ = 360 – 90 = 270
( II ) C = 1,73 – 0,10 = 1,63
( I ) 1,63 = M + 0,05
M = 1,63 – 0,05 = 1,58 m
Resposta: B
Resposta: B
(CEFET – AUXILIAR EM ADMINISTRAÇÃO – CESGRANRIO) Em
três meses, Fernando depositou, ao todo, R$ 1.176,00 em sua ca-
derneta de poupança. Se, no segundo mês, ele depositou R$ 126,00 FATORAÇÃO
a mais do que no primeiro e, no terceiro mês, R$ 48,00 a menos do
que no segundo, qual foi o valor depositado no segundo mês?
(A) R$ 498,00 Fatoração é o nome do processo matemático usado para
(B) R$ 450,00 decompor um número em algarismos primos ou para simplificar
(C) R$ 402,00 expressões polinomiais4. Isso é feito quando os representamos
(D) R$ 334,00 usando produtos de fatores, ou seja, multiplicações. Ainda é
(E) R$ 324,00 possível determinar o MDC e o MMC usando essa operação.
A ideia de fatoração surge a partir do teorema fundamental da
Resolução: aritmética, uma afirmação que diz: “Qualquer número inteiro maior
Primeiro mês = x que 1 pode ser escrito na forma de produtos de números primos”.
Segundo mês = x + 126 Lembre-se: números primos são aqueles que só se dividem
Terceiro mês = x + 126 – 48 = x + 78 por eles mesmos e por 1, eles não têm outros divisores. Compare o
Total = x + x + 126 + x + 78 = 1176 número 6 e o número 13:
3.x = 1176 – 204 6 é divisível por 1, 2, 3 e 6.
x = 972 / 3 13 só é divisível por 1 e 13, portanto, é primo.
x = R$ 324,00 (1º mês)
* No 2º mês: 324 + 126 = R$ 450,00
Resposta: B

4 https://bityli.com/OgpRZv
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Isso tudo quer dizer que podemos representar o número 12, por exemplo, em uma forma decomposta que só envolve a multiplicação
dos menores números primos. Se fizermos a fatoração do 12, teremos o resultado: 2 x 2 x 3.

— Para que Serve a Fatoração?


A fatoração é muito importante quando estamos lidando com radiciação ou equações irracionais, pois é por meio dela que conseguimos
“tirar a raiz” de certos números.
Ela também pode ser uma ferramenta muito útil para identificar o Máximo Divisor Comum (MDC) e o Mínimo Múltiplo Comum (MMC)
de um número.
A fatoração de polinômios é o que nos permite simplificar as expressões algébricas para conseguirmos resolvê-las. Você deve se
lembrar que usamos muito a simplificação de polinômios na Geometria Analítica e na Física.
Em outras palavras, usamos a fatoração de expressões para converter os polinômios que possuem somas e subtrações (difícil fazer
operações) em uma equação com fatores multiplicativos (fácil de fazer operações).
Números são os algarismos puros, que não apresentam letras. Exemplo: 24, 13 e 456.
Monômios são expressões que misturam números com 1 letra. Exemplo: 2x e 5y.
Polinômios são expressões algébricas com duas ou mais letras. Exemplo: 2x+4y.

— Como Se Faz a Conta de Fatoração Completa?


A Fatoração Completa é aquela que representa a decomposição total de um número. Para isso, vamos fazer a divisão desse número
pelos menores número primo, até que seja impossível seguir com as contas.
O passo a passo é o seguinte:
1° Passo: Pegue o número que irá fatorar e faça um traço vertical ao lado dele.
2° Passo: Divida-o pelo menor número primo possível e registre-o depois do traço.
3° Passo: Escreva o quociente da divisão (resultado) abaixo do número inicial.
4° Passo: Divida o quociente pelo menor número primo.
5° Passo: Repita o processo até que o quociente seja 1, ou seja, não há mais o que dividir.

Os números primos que ficarem depois do traço são os fatores. Se multiplicados, representam a fatoração do número inicial.

Repare na imagem abaixo, ela contém o exemplo resolvido e explicado.

— Fatoração de Polinômios
Fatoração é um processo utilizado na matemática que consiste em representar um número ou uma expressão como produto de
fatores5.
Ao escrever um polinômio como a multiplicação de outros polinômios, frequentemente conseguimos simplificar a expressão.
Confira abaixo os tipos de fatoração de polinômios:

Fator Comum em Evidência


Usamos esse tipo de fatoração quando existe um fator que se repete em todos os termos do polinômio.
Esse fator, que pode conter número e letras, será colocado na frente dos parênteses.
Dentro dos parênteses ficará o resultado da divisão de cada termo do polinômio pelo fator comum.
Na prática, vamos fazer os seguintes passos:
5 https://www.todamateria.com.br/fatoracao/
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MATEMÁTICA

1) Identificar se existe algum número que divide todos os - Cubo: elevado a três;
coeficientes do polinômio e letras que se repetem em todos os - Diferença: subtração;
termos. - Produto: multiplicação.
2) Colocar os fatores comuns (número e letras) na frente dos
parênteses (em evidência). — Propriedades dos Produtos Notáveis
3) Colocar dentro dos parênteses o resultado da divisão de
cada fator do polinômio pelo fator que está em evidência. No caso Quadrado da Soma de Dois Termos
das letras, usamos a regra da divisão de potências de mesma base. O quadrado da soma dos dois termos é representado pela
seguinte expressão:
a) Qual é a forma fatorada do polinômio 12x + 6y - 9z? (a + b)² = (a + b) . (a + b)
Primeiro, identificamos que o número 3 divide todos os
coeficientes e que não existe nenhuma letra que se repete. Logo, ao aplicar a propriedade distributiva temos que:
Colocamos o número 3 na frente dos parênteses, dividimos (a + b)² = a² + 2ab + b²
todos os termos por três e o resultado iremos colocar dentro dos
parênteses: Assim, o quadrado do primeiro termo é somado ao dobro
12x + 6y - 9z = 3 (4x + 2y - 3z) do primeiro termo pelo segundo termo, e por fim, somado ao
quadrado do segundo termo.
b) Fatore 2a²b + 3a³c - a4. Geralmente, esse resultado é ensinado da seguinte maneira7:
Como não existe número que divide ao mesmo tempo 2, 3 e “O quadrado do primeiro termo mais duas vezes o primeiro
1, não iremos colocar nenhum número na frente dos parênteses. vezes o segundo mais o quadrado do segundo termo”.
A letra a se repete em todos os termos. O fator comum será o
a², que é o menor expoente do a na expressão. Exemplo:
Dividimos cada termo do polinômio por a²: (x + 7)² = x² + 2.x.7 + 7² = x² + 14x + 49
2a²b : a² = 2a² - 2b = 2b
3a³c : a² = 3a³ - 2c = 3ac Quadrado da Diferença de Dois Termos
a4 : a² = a² O quadrado da diferença dos dois termos é representado pela
seguinte expressão:
Colocamos o a² na frente dos parênteses e os resultados das (a – b)² = (a – b) . (a – b)
divisões dentro dos parênteses:
2a²b + 3a³c - a4 = a² . (2b + 3ac – a²) Logo, ao aplicar a propriedade distributiva temos que:
(a – b)² = a² - 2ab + b²
Agrupamento
No polinômio que não exista um fator que se repita em todos Logo, o quadrado do primeiro termo é subtraído ao dobro do
os termos, podemos usar a fatoração por agrupamento. produto do primeiro termo pelo segundo termo e, por fim, somado
Para isso, devemos identificar os termos que podem ser ao quadrado do segundo termo.
agrupados por fatores comuns. Geralmente, esse produto notável é ensinado da seguinte
Nesse tipo de fatoração, colocamos os fatores comuns dos maneira:
agrupamentos em evidência. “O quadrado do primeiro termo menos duas vezes o primeiro
Exemplo: Fatore o polinômio mx + 3nx + my + 3ny vezes o segundo mais o quadrado do segundo termo”.
Os termos mx e 3nx tem como fator comum o x. Já os termos
my e 3ny possuem como fator comum o y. Exemplo:
Colocando esses fatores em evidência: (x – 4) = x² - 2.x.4 + 4² = x² - 8x + 16
x (m + 3n) + y (m + 3n)
Produto da Soma pela Diferença de Dois Termos
O produto da soma pela diferença dois termos é representado
Note que o (m + 3n) agora também se repete nos dois termos. pela seguinte expressão:
Colocando novamente em evidência, encontramos a forma a² - b² = (a + b) . (a – b)
fatorada do polinômio: Nota-se que ao aplicar a propriedade distributiva da
mx + 3nx + my + 3ny = (m + 3n) (x + y) multiplicação, o resultado da expressão é a subtração do quadrado
do primeiro e do segundo termo.
— Produtos notáveis Esse produto notável é ensinado da seguinte maneira:
Os produtos notáveis são expressões algébricas utilizadas O quadrado do primeiro termo menos o quadrado do segundo
em muitos cálculos matemáticos, por exemplo, nas equações de termo”.
primeiro e de segundo grau6.
O termo “notável” refere-se à importância e notabilidade Exemplo:
desses conceitos para a área da matemática. (xy + 4) . (xy – 4) = (xy)² – 4²
Antes de sabermos suas propriedades é importante estar 7 https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/matematica/o-que-sao-
atento a alguns conceitos importantes: -produtos-notaveis.htm#:~:text=Produtos%20not%C3%A1veis%20
- Quadrado: elevado a dois; s%C3%A3o%20multiplica%C3%A7%C3%B5es%20em,soma%20e%20
6 https://www.todamateria.com.br/produtos-notaveis/ cubo%20da%20diferen%C3%A7a.
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Cubo da Soma de Dois Termos O fator comum é o 3 e o 1 é o menor expoente.


O cubo da soma de dois termos é representado pela seguinte m.d.c
expressão: (15,24) = 3
(a + b)³ = (a + b) . (a + b) . (a + b)
Mínimo Múltiplo Comum
Logo, ao aplicar a propriedade distributiva temos: O mínimo múltiplo comum (m.m.c) de dois ou mais números é
a³ + 3a²b + 3ab² + b³ o menor número, diferente de zero.

Dessa forma, o cubo do primeiro termo é somado ao triplo do Para calcular devemos seguir as etapas:
produto do quadrado do primeiro termo pelo segundo termo e o • Decompor os números em fatores primos
triplo do produto do primeiro termo pelo quadrado do segundo • Multiplicar os fatores entre si
termo. Por fim, ele é somado ao cubo do segundo termo.
Exemplo:
Exemplo:
(x + 5)³ = x³ + 3x²5 + 3x5² + 5³ = x³ + 15x² + 75x + 125 15,24 2
O Cubo da Diferença de Dois Termos 15,12 2
O cubo da diferença de dois termos é representado pela 15,6 2
seguinte expressão:
15,3 3
(a – b)³ = (a – b) . (a – b) . (a – b)
5,1 5
Logo, ao aplicar a propriedade distributiva temos: 1
a³ - 3a²b + 3ab² - b³
Para o mmc, fica mais fácil decompor os dois juntos.
Assim, o cubo do primeiro termo é subtraído ao triplo do Basta começar sempre pelo menor primo e verificar a divisão
produto do quadrado do primeiro termo pelo segundo termo. Por com algum dos números, não é necessário que os dois sejam divisí-
conseguinte, ele é somado ao triplo do produto do primeiro termo veis ao mesmo tempo.
pelo quadrado do segundo termo. E, por fim, é subtraído ao cubo Observe que enquanto o 15 não pode ser dividido, continua
do segundo termo. aparecendo.

Exemplo: Assim, o mmc (15,24) = 23.3.5 = 120


(x – 2y)³ = x³ – 3x²2y + 3x(2y)² – (2y)³ = x³ – 3x²2y + 3x4y² – 8y³
= x³ – 6x²y + 12xy² – 8y³ Exemplo
O piso de uma sala retangular, medindo 3,52 m × 4,16 m, será
revestido com ladrilhos quadrados, de mesma dimensão, inteiros,
MÁXIMO DIVISOR COMUM E MÍNIMO MÚLTIPLO CO- de forma que não fique espaço vazio entre ladrilhos vizinhos. Os
MUM, ladrilhos serão escolhidos de modo que tenham a maior dimensão
possível.
Máximo Divisor Comum Na situação apresentada, o lado do ladrilho deverá medir
O máximo divisor comum de dois ou mais números naturais
não-nulos é o maior dos divisores comuns desses números. (A) mais de 30 cm.
Para calcular o m.d.c de dois ou mais números, devemos seguir (B) menos de 15 cm.
as etapas: (C) mais de 15 cm e menos de 20 cm.
• Decompor o número em fatores primos (D) mais de 20 cm e menos de 25 cm.
• Tomar o fatores comuns com o menor expoente (E) mais de 25 cm e menos de 30 cm.
• Multiplicar os fatores entre si. Resposta: A.

Exemplo: 352 2 416 2


176 2 208 2
15 3 24 2
88 2 104 2
5 5 12 2
44 2 52 2
1 6 2
22 2 26 2
3 3
11 11 13 13
1
1 1

15 = 3.5 24 = 23.3

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MATEMÁTICA

Devemos achar o mdc para achar a maior medida possível • Frações com denominadores potências de 10: décimos, cen-
E são os fatores que temos iguais:25=32 tésimos, milésimos, décimos de milésimos, centésimos de milési-
Exemplo mos etc.
(MPE/SP – Oficial de Promotora I – VUNESP/2016) No aero- • Denominadores diferentes dos citados anteriormente: Enun-
porto de uma pequena cidade chegam aviões de três companhias cia-se o numerador e, em seguida, o denominador seguido da pa-
aéreas. Os aviões da companhia A chegam a cada 20 minutos, da lavra “avos”.
companhia B a cada 30 minutos e da companhia C a cada 44 mi-
nutos. Em um domingo, às 7 horas, chegaram aviões das três com- Tipos de frações
panhias ao mesmo tempo, situação que voltará a se repetir, nesse – Frações Próprias: Numerador é menor que o denominador.
mesmo dia, às: Ex.: 7/15
(A) 16h 30min. – Frações Impróprias: Numerador é maior ou igual ao denomi-
(B) 17h 30min. nador. Ex.: 7/6
(C) 18h 30min. – Frações aparentes: Numerador é múltiplo do denominador.
(D) 17 horas. As mesmas pertencem também ao grupo das frações impróprias.
(E) 18 horas. Ex.: 6/3
– Frações mistas: Números compostos de uma parte inteira e
Resposta: E. outra fracionária. Podemos transformar uma fração imprópria na
forma mista e vice e versa. Ex.: 1 1/12 (um inteiro e um doze avos)
20,30,44 2 – Frações equivalentes: Duas ou mais frações que apresentam
a mesma parte da unidade. Ex.: 2/4 = 1/2
10,15,22 2 – Frações irredutíveis: Frações onde o numerador e o denomi-
5,15,11 3 nador são primos entre si. Ex.: 5/11 ;
5,5,11 5
Operações com frações
1,1,11 11 • Adição e Subtração
1,1,1 Com mesmo denominador: Conserva-se o denominador e so-
ma-se ou subtrai-se os numeradores.
Mmc(20,30,44)=2².3.5.11=660

1h---60minutos
x-----660
x=660/60=11

Então será depois de 11horas que se encontrarão Com denominadores diferentes: é necessário reduzir ao mes-
7+11=18h mo denominador através do MMC entre os denominadores. Usa-
mos tanto na adição quanto na subtração.

OPERAÇÕES COM FRAÇÕES,

Fração é todo número que pode ser escrito da seguinte forma


a/b, com b≠0. Sendo a o numerador e b o denominador. Uma fração
é uma divisão em partes iguais. Observe a figura:
O MMC entre os denominadores (3,2) = 6

• Multiplicação e Divisão
Multiplicação: É produto dos numerados pelos denominadores
dados. Ex.:
– Divisão: É igual a primeira fração multiplicada pelo inverso da
segunda fração. Ex.:
O numerador indica quantas partes tomamos do total que foi
dividida a unidade.
O denominador indica quantas partes iguais foi dividida a uni-
dade.
Lê-se: um quarto.

Atenção:
• Frações com denominadores de 1 a 10: meios, terços, quar-
tos, quintos, sextos, sétimos, oitavos, nonos e décimos.
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MATEMÁTICA

Obs.: Sempre que possível podemos simplificar o resultado da


fração resultante de forma a torna-la irredutível.

Exemplo:
(EBSERH/HUPES – UFBA – TÉCNICO EM INFORMÁTICA – IADES)
O suco de três garrafas iguais foi dividido igualmente entre 5 pesso-
as. Cada uma recebeu

(A)

(B)

Evolução do sistema de numeração decimal

(C) Características
- Possui símbolos diferentes para representar quantidades de 1
a 9 e um símbolo para representar a ausência de quantidade (zero).
- Como é um sistema posicional, mesmo tendo poucos símbo-
los, é possível representar todos os números.
- As quantidades são agrupadas de 10 em 10, e recebem as
(D)
seguintes denominações:
10 unidades = 1 dezena
10 dezenas = 1 centena
(E)
10 centenas = 1 unidade de milhar, e assim por diante

Exemplos
Resolução:
Se cada garrafa contém X litros de suco, e eu tenho 3 garrafas,
então o total será de 3X litros de suco. Precisamos dividir essa quan-
tidade de suco (em litros) para 5 pessoas, logo teremos:

Onde x é litros de suco, assim a fração que cada um recebeu de


suco é de 3/5 de suco da garrafa.

Resposta: B

REPRESENTAÇÃO DECIMAL, NÚMEROS DECIMAIS PERIÓ-


DICOS E NÃO PERIÓDICOS.

O sistema de numeração decimal é de base 10, ou seja utiliza


10 algarismos (símbolos) diferentes para representar todos os nú-
meros. Ordens e Classes
Formado pelos algarismos 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, é um sistema
posicional, ou seja, a posição do algarismo no número modifica o No sistema de numeração decimal cada algarismo representa
seu valor. uma ordem, começando da direita para a esquerda e a cada três
É o sistema de numeração que nós usamos. Ele foi concebido ordens temos uma classe.
pelos hindus e divulgado no ocidente pelos árabes, por isso, é tam-
bém chamado de «sistema de numeração indo-arábico».

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MATEMÁTICA

CLASSE DOS CLASSE DOS CLASSE DOS CLASSE DAS


BILHÕES MILHÕES MILHARES UNIDADES SIMPLES
12ª 11ª 10ª 9ª 8ª 7ª 6ª 5ª 4ª 3ª 2ª 1ª
ordem ordem ordem ordem ordem ordem ordem ordem ordem ordem ordem ordem
Centenas Dezenas Unidades Centenas Dezenas Unidades Centenas Dezenas Unidades
de de de de de de de de de Centenas Dezenas Unidades
Bilhão Bilhão Bilhão Milhão Milhão Milhão Milhar Milhar Milhas

Para fazer a leitura de números muito grandes, dividimos os algarismos do número em classes (blocos de 3 ordens), colocando um
ponto para separar as classes, começando da direita para a esquerda.

Exemplos
1) 57283
Primeiro, separamos os blocos de 3 algarismos da direita para a esquerda e colocamos um ponto para separar o número: 57. 283.
No quadro acima vemos que 57 pertence a classe dos milhares e 283 a classe das unidades simples. Assim, o número será lido como:
cinquenta e sete mil, duzentos e oitenta e três.

2) 12839696
Separando os blocos de 3 algarismos temos: 12.839.696
O número então será lido como: doze milhões, oitocentos e trinta e nove mil, seiscentos e noventa e seis.

Fonte:
https://www.todamateria.com.br/sistema-de-numeracao-decimal

DÍZIMAS PERIÓDICAS

As dízimas periódicas podem ser representadas por fração, portanto são consideradas números racionais.
Como representar esses números?

Representação Decimal das Frações


Temos 2 possíveis casos para transformar frações em decimais

1º) Decimais exatos: quando dividirmos a fração, o número decimal terá um número finito de algarismos após a vírgula.

2º) Terá um número infinito de algarismos após a vírgula, mas lembrando que a dízima deve ser periódica para ser número racional
OBS: período da dízima são os números que se repetem, se não repetir não é dízima periódica e assim números irracionais, que tra-
taremos mais a frente.

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MATEMÁTICA

MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM – MMC E MÁXIMO DIVISOR


COMUM – MDC.
Representação Fracionária dos Números Decimais
Prezado Candidato, o tema acima supracitado, já foi abordado
1ºcaso) Se for exato, conseguimos sempre transformar com o em tópicos anteriores.
denominador seguido de zeros.
O número de zeros depende da casa decimal. Para uma casa,
um zero (10) para duas casas, dois zeros(100) e assim por diante.
MATEMÁTICA COMERCIAL: RAZÕES, PROPORÇÕES, REGRA
DE TRÊS SIMPLES E COMPOSTA.

A razão estabelece uma comparação entre duas grandezas,


sendo o coeficiente entre dois números8.
Já a proporção é determinada pela igualdade entre duas razões,
ou ainda, quando duas razões possuem o mesmo resultado.
Note que a razão está relacionada com a operação da divisão.
Vale lembrar que duas grandezas são proporcionais quando formam
uma proporção.
Ainda que não tenhamos consciência disso, utilizamos
cotidianamente os conceitos de razão e proporção. Para preparar
uma receita, por exemplo, utilizamos certas medidas proporcionais
entre os ingredientes.
Para encontrar a razão entre duas grandezas, as unidades de
medida terão de ser as mesmas.
A partir das grandezas A e B temos:

2ºcaso) Se dízima periódica é um número racional, então como Razão


podemos transformar em fração?

Exemplo 1
Transforme a dízima 0, 333... .em fração
Sempre que precisar transformar, vamos chamar a dízima dada
de x, ou seja ou A : B, onde b ≠ 0.
X=0,333...
Proporção
Se o período da dízima é de um algarismo, multiplicamos por 10.
10x=3,333...

E então subtraímos:
10x-x=3,333...-0,333...
9x=3 onde todos os coeficientes são ≠ 0.
X=3/9
X=1/3 Exemplo: Qual a razão entre 40 e 20?
Agora, vamos fazer um exemplo com 2 algarismos de período.

Exemplo 2
Seja a dízima 1,1212...
Façamos x = 1,1212...
100x = 112,1212... . Lembre-se que numa fração, o numerador é o número acima e
o denominador, o de baixo.
Subtraindo:
100x-x=112,1212...-1,1212...
99x=111
X=111/99

8 https://www.todamateria.com.br/razao-e-proporcao/
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MATEMÁTICA

Se o denominador for igual a 100, temos uma razão do tipo — Regra de três simples e composta
porcentagem, também chamada de razão centesimal. A regra de três é a proporção entre duas ou mais grandezas, que
podem ser velocidades, tempos, áreas, distâncias, cumprimentos,
entre outros9.
É o método para determinar o valor de uma incógnita quando
são apresentados duas ou mais razões, sejam elas diretamente ou
inversamente proporcionais.

Além disso, nas razões, o coeficiente que está localizado acima As Grandezas
é chamado de antecedente (A), enquanto o de baixo é chamado de Dentro da regra de três simples e composta existem grandezas
consequente (B). diretamente e inversamente proporcionais.
Caracteriza-se por grandezas diretas aquelas em que o
acréscimo ou decréscimo de uma equivale ao mesmo processo na
outra. Por exemplo, ao triplicarmos uma razão, a outra também
será triplicada, e assim sucessivamente.

Qual o valor de x na proporção abaixo? Exemplo: Supondo que cada funcionário de uma microempresa
com 35 integrantes gasta 10 folhas de papel diariamente. Quantas
folhas serão gastas nessa mesma empresa quando o quadro de
colaboradores aumentar para 50?

x = 12 . 3
x = 36

Assim, quando temos três valores conhecidos, podemos


descobrir o quarto, também chamado de “quarta proporcional”.
Na proporção, os elementos são denominados de termos. A
primeira fração é formada pelos primeiros termos (A/B), enquanto Ao analisarmos o caso percebemos que o aumento de
a segunda são os segundos termos (C/D). colaboradores provocará também um aumento no gasto de papel.
Nos problemas onde a resolução é feita através da regra de três, Logo, essa é uma razão do tipo direta, que deve ser resolvida através
utilizamos o cálculo da proporção para encontrar o valor procurado. da multiplicação cruzada:
— Propriedades da Proporção 35x = 50 . 10
1. O produto dos meios é igual ao produto dos extremos, por 35x = 500
exemplo: x = 500/35
x = 14,3

Portanto, serão necessários 14,3 papéis para suprir as


demandas da microempresa com 50 funcionários.

Logo: A · D = B · C. Por outro lado, as grandezas inversas ocorrem quando o


aumento ou diminuição de uma resultam em grandezas opostas.
Essa propriedade é denominada de multiplicação cruzada. Ou seja, se uma é quadruplicada, a outra é reduzida pela metade,
e assim por diante.
2. É possível trocar os extremos e os meios de lugar, por
exemplo: Exemplo: Se 7 pedreiros constroem uma casa grande em 80
dias, apenas 5 deles construirão a mesma casa em quanto tempo?

é equivalente

9 https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/matematica/regra-de-
Logo, D. A = C . B. -tres-simples-e-composta
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MATEMÁTICA

Nesta situação, é preciso inverter uma das grandezas, pois


a relação é inversamente proporcional. Isso acontece porque
a diminuição de pedreiros provoca o aumento no tempo de
construção.

70x = 120 . 2
70x = 240
x = 240/70
x = 3,4 h

5x = 80 . 7 Regra de Três Composta


5x = 560 A regra de três composta é a razão e proporção entre três ou
x = 560/5 mais grandezas diretamente ou inversamente proporcionais, ou
x = 112 seja, as relações que aparecem em mais de duas colunas.

Sendo assim, serão 112 dias para a construção da casa com 5 Exemplo: Uma loja demora 4 dias para produzir 160 peças
pedreiros. de roupas com 8 costureiras. Caso 6 funcionárias estiverem
trabalhando, quantos dias levará para a produção de 300 peças?
Regra de Três Simples
A regra de três simples funciona na relação de apenas
duas grandezas, que podem ser diretamente ou inversamente
proporcionais.

Exemplo 1: Para fazer um bolo de limão utiliza-se 250 ml do


suco da fruta. Porém, foi feito uma encomenda de 6 bolos. Quantos
limões serão necessários?
Inicialmente, deve-se analisar cada grandeza em relação ao
valor desconhecido, isto é:
- Relacionando os dias de produção com a quantidade de peças,
percebe-se que essas grandezas são diretamente proporcionais,
pois aumentando o número de peças cresce a necessidade de mais
dias de trabalho.
- Relacionando a demanda de costureiras com os dias de
produção, observa-se que aumentando a quantidade de peças
Reparem que as grandezas são diretamente proporcionais, já o quadro de funcionárias também deveria aumentar. Ou seja, as
que o aumento no pedido de bolos pede uma maior quantidade grandezas são inversamente proporcionais.
de limões. Logo, o valor desconhecido é determinado pela
multiplicação cruzada: Após análises, organiza-se as informações em novas colunas:

x = 250 . 6
x = 1500 ml de suco

Exemplo 2: Um carro com velocidade de 120 km/h percorre um


trajeto em 2 horas. Se a velocidade for reduzida para 70 km/h, em
quanto tempo o veículo fará o mesmo percurso?

4/x = 160/300 . 6/8


4/x = 960/2400
960x = 2400 . 4
960x = 9600
x = 9600/960
x = 10 dias

Observa-se que neste exemplo teremos uma regra de três


simples inversa, uma vez que ao diminuirmos a velocidade do carro
o tempo de deslocamento irá aumentar. Então, pela regra, uma das
razões deverá ser invertida e transformada em direta.

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MATEMÁTICA

Vamos continuar usando o exemplo do 20% de 200 para


aprender essa técnica.
PORCENTAGEM. DESCONTO.
1º passo: dividir o valor por 100 e encontrar o resultado que
A porcentagem representa uma razão cujo denominador é representa 1%.
100, ou seja, .

O termo por cento é abreviado usando o símbolo %, que


significa dividir por 100 e, por isso, essa razão também é chamada
de razão centesimal ou percentual10. 2º passo: multiplicar o valor que representa 1% pela
Saber calcular porcentagem é importante para resolver porcentagem que se quer descobrir.
problemas matemáticos, principalmente na matemática financeira
para calcular descontos, juros, lucro, e assim por diante. 2 x 20 = 40

— Calculando Porcentagem de um Valor Chegamos mais uma vez à conclusão que 20% de 200 é 40.
Para saber o percentual de um valor basta multiplicar a razão
centesimal correspondente à porcentagem pela quantidade total. Método 2: Calcular porcentagem utilizando frações
Exemplo: para descobrir quanto é 20% de 200, realizamos a equivalentes
seguinte operação: As frações equivalentes representam a mesma porção do todo
e podem ser encontradas dividindo o numerador e o denominador
da fração pelo mesmo número natural.

Veja como encontrar a fração equivalente de .

Generalizando, podemos criar uma fórmula para conta de


porcentagem:

Se a fração equivalente de é , então para calcular


20% de um valor basta dividi-lo por 5. Veja como fazer:

Se preferir, você pode fazer o cálculo de porcentagem da


seguinte forma:
1º passo: multiplicar o percentual pelo valor.

20 x 200 = 4.000
— Calcular porcentagem de aumentos e descontos
2º passo: dividir o resultado anterior por 100. Aumentos e descontos percentuais podem ser calculados
utilizando o fator de multiplicação ou fator multiplicativo.

Calculando Porcentagem de Forma Rápida


Alguns cálculos podem levar muito tempo na hora de fazer uma Essa fórmula é diferente para acréscimo e decréscimo no preço
prova. Pensando nisso, trouxemos dois métodos que te ajudarão a de um produto, ou seja, o resultado será fatores diferentes.
fazer porcentagem de maneira mais rápida.
Fator multiplicativo para aumento em um valor
Método 1: Calcular porcentagem utilizando o 1% Quando um produto recebe um aumento, o fator de
Você também tem como calcular porcentagem rapidamente multiplicação é dado por uma soma.
utilizando o correspondente a 1% do valor. Fator de multiplicação = 1 + i.

10 https://www.todamateria.com.br/calcular-porcentagem/
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MATEMÁTICA

Exemplo: Foi feito um aumento de 25% em uma mercadoria Por isso, os juros compostos também são chamados de juros
que custava R$ 100. O valor final da mercadoria pode ser calculado sobre juros, ou seja, o valor é corrigido sobre um valor que já foi
da seguinte forma: corrigido.

1º passo: encontrar a taxa de variação. Sendo assim, para períodos maiores de aplicação ou empréstimo
a correção por juros compostos fará com que o valor final a ser
recebido ou pago seja maior que o valor obtido com juros simples.

2º passo: aplicar a taxa na fórmula do fator multiplicativo.


Fator de multiplicação = 1 + 0,25.
Fator de multiplicação = 1,25.

3º passo: multiplicar o valor inicial pelo fator multiplicativo.

100 x 1,25 = 125 reais.

Um acréscimo de 25% fará com que o valor final da mercadoria


seja R$ 125.

Fator multiplicativo para desconto em um valor


Para calcular um desconto de um produto, a fórmula do fator
multiplicativo envolve uma subtração. A maioria das operações financeiras utiliza a correção pelo
Fator de multiplicação = 1 - 0,25. sistema de juros compostos. Os juros simples se restringem as
operações de curto período.
Exemplo: Ao aplicar um desconto de 25% em uma mercadoria
que custa R$ 100, qual o valor final da mercadoria? — Fórmula de Juros Simples
1º passo: encontrar a taxa de variação. Os juros simples são calculados aplicando a seguinte fórmula:

Sendo:
J: juros.
2º passo: aplicar a taxa na fórmula do fator multiplicativo. C: valor inicial da transação, chamado em matemática financeira
Fator de multiplicação = 1 - 0,25. de capital.
Fator de multiplicação = 0,75. i: taxa de juros (valor normalmente expresso em porcentagem).
t: período da transação.
3º passo: multiplicar o valor inicial pelo fator multiplicativo.
Podemos ainda calcular o valor total que será resgatado (no
100 x 0,75 = 75 reais. caso de uma aplicação) ou o valor a ser quitado (no caso de um
empréstimo) ao final de um período predeterminado.
Esse valor, chamado de montante, é igual a soma do capital com
os juros, ou seja:
JUROS SIMPLES.

Os juros simples e compostos são cálculos efetuados com


o objetivo de corrigir os valores envolvidos nas transações Podemos substituir o valor de J, na fórmula acima e encontrar a
financeiras, isto é, a correção que se faz ao emprestar ou aplicar seguinte expressão para o montante:
uma determinada quantia durante um período de tempo11.
O valor pago ou resgatado dependerá da taxa cobrada pela
operação e do período que o dinheiro ficará emprestado ou
aplicado. Quanto maior a taxa e o tempo, maior será este valor.

— Diferença entre Juros Simples e Compostos A fórmula que encontramos é uma função afim, desta forma, o
Nos juros simples a correção é aplicada a cada período e valor do montante cresce linearmente em função do tempo.
considera apenas o valor inicial. Nos juros compostos a correção é
feita em cima de valores já corrigidos. Exemplo: Se o capital de R$ 1 000,00 rende mensalmente R$
11 https://www.todamateria.com.br/juros-simples-e-compostos/ 25,00, qual é a taxa anual de juros no sistema de juros simples?
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MATEMÁTICA

Solução: Primeiro, vamos identificar cada grandeza indicada no Substituindo esses valores na fórmula de juros compostos,
problema. temos:

C = R$ 1 000,00
J = R$ 25,00
t = 1 mês
i=?

Agora que fizemos a identificação de todas as grandezas,


podemos substituir na fórmula dos juros: Observação: o resultado será tão melhor aproximado quanto o
número de casas decimais utilizadas na potência.
Portanto, ao final de um ano o montante será igual a
R$ 2 339,71.

ESTATÍSTICA: CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE ESTATÍSTICA


DESCRITIVA (POPULAÇÃO, AMOSTRA E AMOSTRAGEM).
ORGANIZAÇÃO DE DADOS (TABELAS E GRÁFICOS).

Estatística descritiva
Entretanto, observe que essa taxa é mensal, pois usamos
o período de 1 mês. Para encontrar a taxa anual precisamos O objetivo da Estatística Descritiva é resumir as principais ca-
multiplicar esse valor por 12, assim temos: racterísticas de um conjunto de dados por meio de tabelas, gráficos
e resumos numéricos.
i = 2,5.12= 30% ao ano
Noções de estatística
— Fórmula de Juros Compostos
O montante capitalizado a juros compostos é encontrado A estatística torna-se a cada dia uma importante ferramenta de
aplicando a seguinte fórmula: apoio à decisão. Resumindo: é um conjunto de métodos e técnicas
que auxiliam a tomada de decisão sob a presença de incerteza.

Estatística descritiva (Dedutiva)


Sendo:
M: montante.
O objetivo da Estatística Descritiva é resumir as principais ca-
C: capital.
racterísticas de um conjunto de dados por meio de tabelas, gráficos
i: taxa de juros.
e resumos numéricos. Fazemos uso de:
t: período de tempo.

Diferente dos juros simples, neste tipo de capitalização, a fórmula Tabelas de frequência
para o cálculo do montante envolve uma variação exponencial.
Daí se explica que o valor final aumente consideravelmente para Ao dispor de uma lista volumosa de dados, as tabelas de frequ-
períodos maiores. ência servem para agrupar informações de modo que estas possam
ser analisadas. As tabelas podem ser de frequência simples ou de
Exemplo: Calcule o montante produzido por R$ 2 000,00 frequência em faixa de valores.
aplicado à taxa de 4% ao trimestre, após um ano, no sistema de
juros compostos. Gráficos

Solução: Identificando as informações dadas, temos: O objetivo da representação gráfica é dirigir a atenção do ana-
lista para alguns aspectos de um conjunto de dados. Alguns exem-
C = 2 000 plos de gráficos são: diagrama de barras, diagrama em setores,
i = 4% ou 0,04 ao trimestre histograma, boxplot, ramo-e-folhas, diagrama de dispersão, gráfico
t = 1 ano = 4 trimestres sequencial.
M=?

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MATEMÁTICA

Resumos numéricos — Crítica dos dados: depois de obtidos os dados, os mesmos


devem ser cuidadosamente criticados, à procura de possível falhas
Por meio de medidas ou resumos numéricos podemos levantar e imperfeições, a fim de não incorrermos em erros grosseiros ou
importantes informações sobre o conjunto de dados tais como: a de certo vulto, que possam influir sensivelmente nos resultados. A
tendência central, variabilidade, simetria, valores extremos, valores crítica pode ser externa e interna.
discrepantes, etc. — Apuração dos dados: soma e processamento dos dados ob-
tidos e a disposição mediante critérios de classificação, que pode
Estatística inferencial (Indutiva) ser manual, eletromecânica ou eletrônica.
— Exposição ou apresentação de dados: os dados devem ser
Utiliza informações incompletas para tomar decisões e tirar apresentados sob forma adequada (tabelas ou gráficos), tornando
conclusões satisfatórias. O alicerce das técnicas de estatística infe- mais fácil o exame daquilo que está sendo objeto de tratamento
rencial está no cálculo de probabilidades. Fazemos uso de: estatístico.
— Análise dos resultados: realizadas anteriores (Estatística
Estimação Descritiva), fazemos uma análise dos resultados obtidos, através
dos métodos da Estatística Indutiva ou Inferencial, que tem por
A técnica de estimação consiste em utilizar um conjunto de da- base a indução ou inferência, e tiramos desses resultados conclu-
dos incompletos, ao qual iremos chamar de amostra, e nele calcular sões e previsões.
estimativas de quantidades de interesse. Estas estimativas podem Censo
ser pontuais (representadas por um único valor) ou intervalares.
É uma avaliação direta de um parâmetro, utilizando-se todos os
Teste de Hipóteses componentes da população.

O fundamento do teste estatístico de hipóteses é levantar su- Principais propriedades:


posições acerca de uma quantidade não conhecida e utilizar, tam-
bém, dados incompletos para criar uma regra de escolha. - Admite erros processual zero e tem 100% de confiabilidade;
- É caro;
- É lento;
População e amostra - É quase sempre desatualizado (visto que se realizam em perí-
odos de anos 10 em 10 anos);

- Nem sempre é viável.

Dados brutos: é uma sequência de valores numéricos não or-


ganizados, obtidos diretamente da observação de um fenômeno
coletivo.
Rol: é uma sequência ordenada dos dados brutos.

— Gráficos
É o conjunto de todas as unidades sobre as quais há o interesse de Os gráficos são representações que facilitam a análise de
investigar uma ou mais características. dados, os quais costumam ser dispostos em tabelas quando se
Variáveis e suas classificações realiza pesquisas estatísticas12. Eles trazem muito mais praticidade,
principalmente quando os dados não são discretos, ou seja, quando
Qualitativas – quando seus valores são expressos por atribu- são números consideravelmente grandes. Além disso, os gráficos
tos: sexo (masculino ou feminino), cor da pele, entre outros. Dize- também apresentam de maneira evidente os dados em seu aspecto
mos que estamos qualificando. temporal.
Quantitativas – quando seus valores são expressos em núme-
ros (salários dos operários, idade dos alunos, etc). Uma variável Elementos do Gráfico
quantitativa que pode assumir qualquer valor entre dois limites
recebe o nome de variável contínua; e uma variável que só pode Ao construirmos um gráfico em estatística, devemos levar em
assumir valores pertencentes a um conjunto enumerável recebe o consideração alguns elementos que são essenciais para sua melhor
nome de variável discreta. compreensão. Um gráfico deve ser simples devido à necessidade
de passar uma informação de maneira mais rápida e coesa, ou seja,
em um gráfico estatístico, não deve haver muitas informações,
Fases do método estatístico devemos colocar nele somente o necessário.
— Coleta de dados: após cuidadoso planejamento e a devida As informações em um gráfico devem estar dispostas de
determinação das características mensuráveis do fenômeno que se maneira clara e verídica para que os resultados sejam dados de
quer pesquisar, damos início à coleta de dados numéricos necessá- modo coeso com a finalidade da pesquisa.”
rios à sua descrição. A coleta pode ser direta e indireta.
12 https://brasilescola.uol.com.br/matematica/graficos.htm
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MATEMÁTICA

Tipos de Gráficos
Em estatística é muito comum a utilização de diagramas para representar dados, diagramas são gráficos construídos em duas
dimensões, isto é, no plano. Existem vários modos de representá-los. A seguir, listamos alguns.

• Gráfico de Pontos

Também conhecido como Dotplot, é utilizado quando possuímos uma tabela de distribuição de frequência, sendo ela absoluta
ou relativa. O gráfico de pontos tem por objetivo apresentar os dados das tabelas de forma resumida e que possibilite a análise das
distribuições desses dados.
Exemplo: Suponha uma pesquisa, realizada em uma escola de educação infantil, na qual foram coletadas as idades das crianças. Nessa
coleta foi organizado o seguinte rol:
Rol: {1, 1, 2, 2, 2, 2, 3, 3, 4, 4, 4, 4, 4, 4, 5, 5, 6}
Podemos organizar esses dados utilizando um Dotplot.

Observe que a quantidade de pontos corresponde à frequência de cada idade e o somatório de todos os pontos fornece-nos a
quantidade total de dados coletados.

• Gráfico de linha
É utilizado em casos que existe a necessidade de analisar dados ao longo do tempo, esse tipo de gráfico é muito presente em análises
financeiras. O eixo das abscissas (eixo x) representa o tempo, que pode ser dado em anos, meses, dias, horas etc., enquanto o eixo das
ordenadas (eixo y) representa o outro dado em questão.
Uma das vantagens desse tipo de gráfico é a possibilidade de realizar a análise de mais de uma tabela, por exemplo.
Exemplo: Uma empresa deseja verificar seu faturamento em determinado ano, os dados foram dispostos em uma tabela.

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MATEMÁTICA

Veja que nesse tipo de gráfico é possível ter uma melhor noção a respeito do crescimento ou do decrescimento dos rendimentos da
empresa.

• Gráfico de Barras

Tem como objetivo comparar os dados de determinada amostra utilizando retângulos de mesma largura e altura. Altura essa que deve
ser proporcional ao dado envolvido, isto é, quanto maior a frequência do dado, maior deve ser a altura do retângulo.
Exemplo: Imagine que determinada pesquisa tem por objetivo analisar o percentual de determinada população que acesse ou tenha:
internet, energia elétrica, rede celular, aparelho celular ou tablet. Os resultados dessa pesquisa podem ser dispostos em um gráfico como
este:

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MATEMÁTICA

• Gráfico de Colunas

Seu estilo é semelhante ao do gráfico de barras, sendo utilizado para a mesma finalidade. O gráfico de colunas então é usado quando
as legendas forem curtas, a fim de não deixar muitos espaços em branco no gráfico de barra.
Exemplo: Este gráfico está, de forma genérica, quantificando e comparando determinada grandeza ao longo de alguns anos.

• Gráfico de Setor

É utilizado para representar dados estatísticos com um círculo dividido em setores, as áreas dos setores são proporcionais às frequências
dos dados, ou seja, quanto maior a frequência, maior a área do setor circular.
Exemplo: Este exemplo, de forma genérica, está apresentando diferentes variáveis com frequências diversas para determinada
grandeza, a qual pode ser, por exemplo, a porcentagem de votação em candidatos em uma eleição.

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MATEMÁTICA

• Histograma
O Histograma é uma ferramenta de análise de dados que apresenta diversos retângulos justapostos (barras verticais)13.
Por esse motivo, ele se assemelha ao gráfico de colunas, entretanto, o histograma não apresenta espaço entre as barras.

• Infográficos

Os infográficos representam a união de uma imagem com um texto informativo. As imagens podem conter alguns tipos de gráficos.

13 https://www.todamateria.com.br/tipos-de-graficos/
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MATEMÁTICA

— Tabelas
As tabelas são usadas para organizar algumas informações ou dados. Da mesma forma que os gráficos, elas facilitam o entendimento,
por meio de linhas e colunas que separam os dados.

Sendo assim, são usadas para melhor visualização de informações em diversas áreas do conhecimento. Também são muito frequentes
em concursos e vestibulares.

MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL (MÉDIA, MODA E MEDIANA).

Média aritmética de um conjunto de números é o valor que se obtém dividindo a soma dos elementos pelo número de elementos do
conjunto.
Representemos a média aritmética por .
A média pode ser calculada apenas se a variável envolvida na pesquisa for quantitativa. Não faz sentido calcular a média aritmética
para variáveis quantitativas.
Na realização de uma mesma pesquisa estatística entre diferentes grupos, se for possível calcular a média, ficará mais fácil estabelecer
uma comparação entre esses grupos e perceber tendências.
Considerando uma equipe de basquete, a soma das alturas dos jogadores é:

1,85 + 1,85 + 1,95 + 1,98 + 1,98 + 1,98 + 2,01 + 2,01+2,07+2,07+2,07+2,07+2,10+2,13+2,18 = 30,0

Se dividirmos esse valor pelo número total de jogadores, obteremos a média aritmética das alturas:

A média aritmética das alturas dos jogadores é 2,02m.

Média Ponderada
A média dos elementos do conjunto numérico A relativa à adição e na qual cada elemento tem um “determinado peso” é chamada
média aritmética ponderada.

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MATEMÁTICA

Mediana (Md) Variância


Sejam os valores escritos em rol: x1 , x2 , x3 , ... xn Há um índice que mede a “dispersão” dos elementos de um
conjunto de números em relação à sua média aritmética, e que é
Sendo n ímpar, chama-se mediana o termo xi tal que o núme- chamado de variância. Esse índice é assim definido:
ro de termos da sequência que precedem xi é igual ao número de Seja o conjunto de números x1 , x2 , x3 , ... xn, tal que é sua
termos que o sucedem, isto é, xi é termo médio da sequência (xn) média aritmética. Chama-se variância desse conjunto, e indica-se
em rol. por , o número:
Sendo n par, chama-se mediana o valor obtido pela média arit-
mética entre os termos xj e xj +1, tais que o número de termos que
precedem xj é igual ao número de termos que sucedem xj +1, isto é,
a mediana é a média aritmética entre os termos centrais da sequ-
ência (xn) em rol.

Exemplo 1:
Determinar a mediana do conjunto de dados: Isto é:
{12, 3, 7, 10, 21, 18, 23}

Solução:
Escrevendo os elementos do conjunto em rol, tem-se: (3, 7, 10,
12, 18, 21, 23). A mediana é o termo médio desse rol. Logo: Md=12
Resposta: Md=12.
Exemplo 2:
E para amostra
Determinar a mediana do conjunto de dados:
{10, 12, 3, 7, 18, 23, 21, 25}.

Solução:
Escrevendo-se os elementos do conjunto em rol, tem-se:
(3, 7, 10, 12, 18, 21, 23, 25). A mediana é a média aritmética
entre os dois termos centrais do rol. Exemplo 1:
Em oito jogos, o jogador A, de bola ao cesto, apresentou o se-
guinte desempenho, descrito na tabela abaixo:
Logo:

Resposta: Md=15 JOGO NÚMERO DE PONTOS


1 22
Moda (Mo)
Num conjunto de números: x1 , x2 , x3 , ... xn, chama-se moda 2 18
aquele valor que ocorre com maior frequência. 3 13

Observação: 4 24
A moda pode não existir e, se existir, pode não ser única. 5 26
6 20
Exemplo 1:
O conjunto de dados 3, 3, 8, 8, 8, 6, 9, 31 tem moda igual a 8, 7 19
isto é, Mo=8. 8 18
Exemplo 2: a) Qual a média de pontos por jogo?
O conjunto de dados 1, 2, 9, 6, 3, 5 não tem moda. b) Qual a variância do conjunto de pontos?
Medidas de dispersão Solução:
Duas distribuições de frequência com medidas de tendência
central semelhantes podem apresentar características diversas. a) A média de pontos por jogo é:
Necessita-se de outros índices numéricas que informem sobre o
grau de dispersão ou variação dos dados em torno da média ou de
qualquer outro valor de concentração. Esses índices são chamados
medidas de dispersão.

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MATEMÁTICA

b) A variância é:
SEQUÊNCIAS: PROGRESSÕES ARITMÉTICAS E GEOMÉTRI-
CAS.

— Sequência Numérica
Na matemática, a sequência numérica ou sucessão numérica
corresponde a uma função dentro de um agrupamento de números.
De tal modo, os elementos agrupados numa sequência
Desvio médio numérica seguem uma sucessão, ou seja, uma ordem no conjunto14.
Definição
Medida da dispersão dos dados em relação à média de uma se- — Classificação
quência. Esta medida representa a média das distâncias entre cada As sequências numéricas podem ser finitas ou infinitas, por
elemento da amostra e seu valor médio. exemplo:
SF = (2, 4, 6, ..., 8).
SI = (2,4,6,8...).

Note que quando as sequências são infinitas, elas são indicadas


pelas reticências no final. Além disso, vale lembrar que os elementos
Desvio padrão da sequência são indicados pela letra a. Por exemplo:
Definição 1° elemento: a1 = 2.
Seja o conjunto de números x1 , x2 , x3 , ... xn, tal que é sua 4° elemento: a4 = 8.
média aritmética. Chama-se desvio padrão desse conjunto, e indi-
ca-se por , o número: O último termo da sequência é chamado de enésimo, sendo
representado por an. Nesse caso, o an da sequência finita acima
seria o elemento 8.
Assim, podemos representá-la da seguinte maneira:
SF = (a1, a2, a3,...,an).
SI = (a1, a2, a3, an...).
Isto é:
— Lei de Formação
A Lei de Formação ou Termo Geral é utilizada para calcular
qualquer termo de uma sequência, expressa pela expressão:
an = 2n² - 1

— Lei de Recorrência
Exemplo: A Lei da Recorrência permite calcular qualquer termo de uma
As estaturas dos jogadores de uma equipe de basquetebol são: sequência numérica a partir de elementos antecessores:
2,00 m; 1,95 m; 2,10 m; 1,90 m e 2,05 m. Calcular:
a) A estatura média desses jogadores. — Progressão Aritmética (PA)
b) O desvio padrão desse conjunto de estaturas.
Uma progressão aritmética é uma sequência formada por
Solução: termos que se diferenciam um do outro por um valor constante,
que recebe o nome de razão, calculado por15:
Sendo a estatura média, temos: r = a2 – a1

Onde:
r é a razão da PA;
a2 é o segundo termo;
a1 é o primeiro termo.

Sendo assim, os termos de uma progressão aritmética podem


Sendo o desvio padrão, tem-se: ser escritos da seguinte forma:

14 https://www.todamateria.com.br/sequencia-numerica/
15 https://www.todamateria.com.br/pa-e-pg/
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MATEMÁTICA

Note que em uma PA de n termos a fórmula do termo geral (an) Já o termo médio entre três números consecutivos de uma PA
da sequência é: corresponde à média aritmética do antecessor e do sucessor.
an = a1 + (n – 1) . r Exemplo: Dada a PA (2, 4, 6, 8, 10, 12, 14) vamos determinar a
razão, o termo médio e a soma dos termos.
Alguns casos particulares são: uma PA de 3 termos é 1. Razão da PA
representada por (x - r, x, x + r) e uma PA de 5 termos tem seus
componentes representados por (x - 2r, x - r, x, x + r, x + 2r).

Tipos de PA
De acordo com o valor da razão, as progressões aritméticas são
classificadas em 3 tipos:
1. Constante: quando a razão for igual a zero e os termos da 2. Termo médio
PA são iguais.
Exemplo: PA = (2, 2, 2, 2, 2, ...), onde r = 0

2. Crescente: quando a razão for maior que zero e um termo a


partir do segundo é maior que o anterior;
Exemplo: PA = (2, 4, 6, 8, 10, ...), onde r = 2

3. Decrescente: quando a razão for menor que zero e um termo


a partir do segundo é menor que o anterior.
Exemplo: PA = (4, 2, 0, - 2, - 4, ...), onde r = - 2
3. Soma dos termos
As progressões aritméticas ainda podem ser classificadas em
finitas, quando possuem um determinado número de termos, e
infinitas, ou seja, com infinitos termos.

Soma dos Termos de uma PA


A soma dos termos de uma progressão aritmética é calculada
pela fórmula:

— Progressão Geométrica (PG)


Uma progressão geométrica é formada quando uma sequência
tem um fator multiplicador resultado da divisão de dois termos
Onde, n é o número de termos da sequência, a1 é o primeiro consecutivos, chamada de razão comum, que é calculada por:
termo e an é o enésimo termo. A fórmula é útil para resolver
questões em que são dados o primeiro e o último termo.
Quando um problema apresentar o primeiro termo e a razão
da PA, você pode utilizar a fórmula:

Onde,
q é a razão da PG;
a2 é o segundo termo;
a1 é o primeiro termo.
Essas duas fórmulas são utilizadas para somar os termos de
uma PA finita. Uma progressão geométrica de n termos pode ser representada
da seguinte forma:
Termo médio da PA
Para determinar o termo médio ou central de uma PA com
um número ímpar de termos calculamos a média aritmética com o
primeiro e último termo (a1 e an):
Sendo a1 o primeiro termo, o termo geral da PG é calculado
por a1.q(n-1).

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MATEMÁTICA

Tipos de PG Termo Médio da PG


De acordo com o valor da razão (q), podemos classificar as Para determinar o termo médio ou central de uma PG com um
Progressões Geométricas em 4 tipos: número ímpar de termos calculamos a média geométrica com o
1. Crescente: com a razão q > 1 e termos positivos ou, 0 < q < 1 primeiro e último termo (a1 e an):
e termos negativos;

Exemplos:
PG: (3, 9, 27, 81, ...), onde q = 3.
PG: (-90, -30, -15, -5, ...), onde q = 1/3.
Exemplo: Dada a PG (1, 3, 9, 27 e 81) vamos determinar a razão,
2. Decrescente: com a razão q > 1 e termos negativos ou, 0 < q o termo médio e a soma dos termos.
< 1 e os termos positivos; 1. Razão da PG

Exemplo:
PG: (-3, -9, -27, -81, ...), onde q = 3.
PG: (90, 30, 15, 5, ...), onde q = 1/3.

3. Oscilante: a razão é negativa (q < 0) e os termos são números


negativos e positivos;
Exemplo: PG: (3, -6, 12, -24, 48, -96, …), onde q = - 2. 2. Termo médio

4. Constante: a razão é sempre igual a 1 e os termos possuem


o mesmo valor.

Exemplo: PG: (3, 3, 3, 3, 3, 3, 3, ...), onde q = 1.

Soma dos Termos de uma PG


A soma dos termos de uma progressão geométrica é calculada
pela fórmula:
3. Soma dos termos

Sendo a1 o primeiro termo, q a razão comum e n o número de


termos.
Se a razão da PG for menor que 1, então utilizaremos a fórmula
a seguir para determinar a soma dos termos.

Essas fórmulas são utilizadas para uma PG finita. Caso a soma


pedida seja de uma PG infinita com 0 < q < 1, a fórmula utilizada é: CÁLCULO ALGÉBRICO: EQUAÇÕES DO 1° GRAU.

— Equação do 1° Grau
Na Matemática, a equação é uma igualdade que envolve uma
ou mais incógnitas16. Quem determina o “grau” dessa equação é
o expoente dessa incógnita, ou seja, se o expoente for 1, temos a
equação do 1º grau. Se o expoente for 2, a equação será do 2º grau;
se o expoente for 3, a equação será de 3º grau. Exemplos:
4x + 2 = 16 (equação do 1º grau)
x² + 2x + 4 = 0 (equação do 2º grau)
16 https://escolakids.uol.com.br/matematica/equacao-primeiro-grau.
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MATEMÁTICA

x³ + 2x² + 5x – 2 = 0 (equação do 3º grau)

A equação do 1º grau é apresentada da seguinte forma:

É importante dizer que a e b representam qualquer número real


e a é diferente de zero (a 0). A incógnita x pode ser representada por
qualquer letra, contudo, usualmente, utilizamos x ou y como valor
a ser encontrado para o resultado da equação. O primeiro membro
da equação são os números do lado esquerdo da igualdade, e o
segundo membro, o que estão do lado direito da igualdade. 4° exemplo:
Esse exemplo envolve números negativos e, antes de passar
Como resolver uma equação do primeiro grau o número para o outro lado, devemos sempre deixar o lado da
Para resolvermos uma equação do primeiro grau, devemos incógnita positivo, por isso vamos multiplicar toda a equação por -1.
achar o valor da incógnita (que vamos chamar de x) e, para que isso
seja possível, é só isolar o valor do x na igualdade, ou seja, o x deve
ficar sozinho em um dos membros da equação.
O próximo passo é analisar qual operação está sendo feita no
mesmo membro em que se encontra x e “jogar” para o outro lado
da igualdade fazendo a operação oposta e isolando x. Passando o número 3, que está multiplicando x, para o outro
1° exemplo: lado, teremos:

Nesse caso, o número que aparece do mesmo lado de x é o 4 e


ele está somando. Para isolar a incógnita, ele vai para o outro lado
da igualdade fazendo a operação inversa (subtração):
— Propriedade Fundamental das Equações
A propriedade fundamental das equações é também chamada
de regra da balança. Não é muito utilizada no Brasil, mas tem
a vantagem de ser uma única regra. A ideia é que tudo que for
2° exemplo: feito no primeiro membro da equação deve também ser feito no
segundo membro com o objetivo de isolar a incógnita para se obter
o resultado. Veja a demonstração nesse exemplo:

O número que está do mesmo lado de x é o 12 e ele está


subtraindo. Nesse exemplo, ele vai para o outro lado da igualdade Começaremos com a eliminação do número 12. Como ele
com a operação inversa, que é a soma: está somando, vamos subtrair o número 12 nos dois membros da
equação:

3° exemplo:
Para finalizar, o número 3 que está multiplicando a incógnita
será dividido por 3 nos dois membros da equação:

Vamos analisar os números que estão no mesmo lado da


incógnita, o 4 e o 2. O número 2 está somando e vai para o outro
lado da igualdade subtraindo e o número 4, que está multiplicando,
passa para o outro lado dividindo.

htm#:~:text=Na%20Matem%C3%A1tica%2C%20a%20equa%C3%A7%-
C3%A3o%20%C3%A9,equa%C3%A7%C3%A3o%20ser%C3%A1%20
de%203%C2%BA%20grau.
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MATEMÁTICA

Relações de Girard
São as relações existentes entre os coeficientes e as raízes de
RAÍZES DE UMA EQUAÇÃO ALGÉBRICA uma equação algébrica.
Para uma equação do 2º grau, da forma ax2 + bx + c = 0, já
Sendo P(x) um polinômio em C, chama-se equação algébrica à conhecemos as seguintes relações entre os coeficientes e as raízes
igualdade P(x) = 0. x1 e x2:
Portanto, as raízes da equação algébrica, são as mesmas do po- Soma: x1 + x2 = - b/a;
linômio P(x). O grau do polinômio, será também o grau da equação. Produto: x1 . x2 = c/a.

Exemplo: 3x4 - 2x3 + x + 1 = 0 é uma equação do 4º grau Para uma equação do 3º grau, da forma ax3 + bx2 + cx + d = 0,
sendo x1, x2 e x3 as raízes, temos as seguintes relações de Girard:
Propriedades Importantes x1 + x2 + x3 = - b/a;
- Toda equação algébrica de grau n possui exatamente n raízes. x1.x2 + x1.x3 + x2.x3 = c/a;
Exemplo: a equação x3 - x = 0 possui 3 raízes a saber: x = 0 ou x1.x2.x3 = - d/a.
x = 1 ou x = -1. Dizemos então que o conjunto verdade ou conjunto
solução da equação dada é S = {0, 1, -1}. Para uma equação do 4º grau, da forma ax4 + bx3 + cx2 + dx + e =
0, sendo as raízes iguais a x1, x2, x3 e x4, temos as seguintes relações
- Se b for raiz de P(x) = 0, então P(x) é divisível por (x – b). Esta de Girard:
propriedade é muito importante para abaixar o grau de uma equa- x1 + x2 + x3 + x4 = -b/a;
ção, o que se consegue dividindo P(x) por x - b, aplicando Briot-Ru- x1.x2 + x1.x3 + x1.x4 + x2.x3 + x2.x4 + x3.x4 = c/a;
ffini. x1.x2.x3 + x1.x2.x3 + x1.x3.x4 + x2.x3.x4 = - d/a;
x1.x2.x3.x4 = e/a.
- Se o número complexo (a + bi) for raiz de P(x) = 0, então o
conjugado (a – bi) também será raiz. Teorema das Raízes Racionais
Exemplo: qual o grau mínimo da equação P(x) = 0, sabendo-se Seja a equação polinomial ax4 + bx3 + cx2 + dx + e = 0, segundo
que três de suas raízes são os números 5, 3 + 2i e 4 - 3i. Ora, pelo
o teorema, se o número racional for raiz da equação polino-
que acabamos de ver, se um número complexo é solução, então o
mial, onde p e q são primos entre si, então “e” é divisível por p e
seu conjugado também será solução, assim sendo, os complexos
“a” é divisível por q.
conjugados 3 - 2i e 4 + 3i são também raízes. Logo, concluímos que
Exemplo
o grau mínimo de P(x) é igual a 5, ou seja, P(x) possui no mínimo 5
Queremos saber se a equação x3 – x2 + x – 6 = 0 possui raízes
raízes.
racionais: p deve ser divisor de 6, portanto: ±6, ±3, ±2, ±1; q deve
ser divisor de 1, portanto: ±1; Portanto, os possíveis valores da fra-
- Se a equação P(x) = 0 possuir k raízes iguais a m então dizemos
ção são p/q: ±6, ±3, ±2 e ±1. Substituindo esses valores na equação,
que m é uma raiz de grau de multiplicidade k.
descobrimos que 2 é uma de suas raízes. Como esse polinômio é
Exemplo: a equação (x - 4)10 = 0 possui 10 raízes iguais a 4. Por-
de grau 3 (x3) é necessário descobrir apenas uma raiz para determi-
tanto 4 é raiz décupla ou de multiplicidade 10.
nar as demais. Se fosse de grau 4 (x4) precisaríamos descobrir duas
raízes. As demais raízes podem facilmente ser encontradas utilizan-
- Se a soma dos coeficientes de uma equação algébrica P(x) = 0
do-se o dispositivo prático de Briot-Ruffini e a fórmula de Bháskara.
for nula, então a unidade é raiz da equação (1 é raiz).
Exemplo: 1 é raiz de 40x5 -10x3 + 10x - 40 = 0, pois a soma dos
O Teorema de Bolzano
coeficientes é igual a zero, isto é, 40 – 10 + 10 – 40 = 0.
Também conhecido por “Teorema dos Valores Intermédios” ou
ainda por “Teorema de Bolzano-Cauchy” é muito usado na mate-
- Toda equação de termo independente nulo, admite um nú-
mática por causa do seu corolário que permite verificar a existência
mero de raízes nulas igual ao menor expoente da variável.
ou não de zeros numa função contínua num intervalo. O teorema
Exemplo: a equação 3x5 + 4x2 = 0 possui cinco raízes, das quais
refere o seguinte:
duas são nulas.
Se f é uma função contínua num intervalo [a,b], qualquer que
- Se x1 , x2 , x3 , ... , xn são raízes da equação a0xn + a1xn-1 + a2xn-2
seja o valor k compreendido entre f(a) e f(b), existe pelo menos um
+ ... + an = 0, então ela pode ser escrita na forma fatorada: a0(x – x1)
valor c compreendido entre a e b tal que f(c) = k.
. (x – x2) . (x – x3) . ... . (x – xn) = 0.
Exemplo: Se - 1, 2 e 53 são as raízes de uma equação do 3º
grau, então podemos escrever: (x + 1) . (x – 2) . (x – 53) = 0, que
desenvolvida fica: x3 - 54x2 + 51x + 106 = 0.

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MATEMÁTICA

FUNÇÕES: CONCEITOS DE FUNÇÃO (FUNÇÕES REAIS DE


UMA VARIÁVEL, GRÁFICO, DOMÍNIO E IMAGEM). FUN-
ÇÕES POLINOMIAIS

Na Matemática, função corresponde a uma associação dos


elementos de dois conjuntos, ou seja, a função indica como os
elementos estão relacionados17.
Por exemplo, uma função de A em B significa associar cada
elemento pertencente ao conjunto A a um único elemento que
compõe o conjunto B, sendo assim, um valor de A não pode estar
ligado a dois valores de B.

pt.wikipedia.org/wiki/Teorema_do_valor_intermediário

Dada a função f(x), para um intervalo aberto ]a,b[, temos que:


f(a).f(b) < 0 → Existe um número ímpar de raízes no intervalo ]
a,b[
f(a).f(b) > 0 → Existe um número par, ou zero raízes no intervalo
]a,b[
f(a).f(b) = 0 → a ou b é raiz.
Notação para função: f: A → B (lê-se: f de A em B).
Esse teorema é bastante intuitivo, pois se f(a). f(b) possui um
produto negativo, significa que os sinais de f(a) e f(b) são diferentes, — Representação das Funções
e portanto f(a) e f(b) estão em lados opostos em relação ao eixo x. Em uma função f: A → B o conjunto A é chamado de domínio
Com isso, temos que a função deve ter cruzado o eixo x um número (D) e o conjunto B recebe o nome de contradomínio (CD).
ímpar de vezes (logo há um número ímpar de raízes no intervalo Um elemento de B relacionado a um elemento de A recebe
dado). Se f(a).f(b) >0, os dois estão no mesmo lado em relação ao o nome de imagem pela função. Agrupando todas as imagens
eixo x. Com isso, f cruzou o eixo um número par ou 0 vezes. Se f(a). de B temos um conjunto imagem, que é um subconjunto do
f(b) = 0, implica que f(a) = 0 ou f(b)=0, logo temos que a ou b são contradomínio.
raízes.
Exemplo: observe os conjuntos A = {1, 2, 3, 4} e B = {1, 2, 3, 4, 5,
Temos também a Regra de Descartes que determina o número 6, 7, 8}, com a função que determina a relação entre os elementos
de raízes positivas e negativas de um polinômio. f: A → B é x → 2x. Sendo assim, f(x) = 2x e cada x do conjunto A é
De acordo com essa regra, se os termos de um polinômio com transformado em 2x no conjunto B.
coeficientes reais são colocados em ordem decrescente de grau, en-
tão o número de raízes positivas do polinômio é ou igual ao número
de permutações de sinal ou menor por uma diferença par. Mais pre-
cisamente falando, o número de permutações é igual ao número
de raízes positivas acrescido do número de raízes imaginárias (que
sempre acontecem aos pares em polinômios de coeficientes reais).
Por exemplo, x³ + x² - 5x + 3, observe que esse polinômio pos-
sui uma mudança de sinal entre o segundo e o terceiro termo e
também entre o terceiro e o quarto termo, ou seja, possui duas
variações de sinal, assim possui duas raízes positivas, agora subs-
tituindo x por – x teremos, , - x³ + x² + 5x + 3, que possui apenas
uma variação de sinal, entre o primeiro e o segundo termo, assim
só possui uma raiz negativa.

Note que o conjunto de A {1, 2, 3, 4} são as entradas, “multiplicar


por 2” é a função e os valores de B {2, 4, 6, 8}, que se ligam aos
elementos de A, são os valores de saída.
Portanto, para essa função:
- O domínio é {1, 2, 3, 4};
- O contradomínio é {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8};
- O conjunto imagem é {2, 4, 6, 8}.
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Tipos de Funções Função Bijetora


As funções recebem classificações de acordo com suas Na função bijetora os conjuntos apresentam o mesmo número
propriedades. Confira a seguir os principais tipos. de elementos relacionados. Essa função recebe esse nome por ser
ao mesmo tempo injetora e sobrejetora.
Função Sobrejetora
Na função sobrejetora o contradomínio é igual ao conjunto Exemplo:
imagem. Portanto, todo elemento de B é imagem de pelo menos
um elemento de A.
Notação: f: A → B, ocorre a Im(f) = B

Exemplo:

Para a função acima:


- O domínio é {-1, 1, 2, 4};
- O contradomínio é {2, 3, 5, 7};
- O conjunto imagem é {2, 3, 5, 7}.

Função Afim
A função afim, também chamada de função do 1º grau, é uma
Para a função acima: função f: ℝ→ℝ, definida como f(x) = ax + b, sendo a e b números
- O domínio é {-4, -2, 2, 3}; reais18. As funções f(x) = x + 5, g(x) = 3√3x - 8 e h(x) = 1/2 x são
- O contradomínio é {12, 4, 6}; exemplos de funções afim.
- O conjunto imagem é {12, 4, 6}. Neste tipo de função, o número a é chamado de coeficiente de
x e representa a taxa de crescimento ou taxa de variação da função.
Função Injetora Já o número b é chamado de termo constante.
Na função injetora todos os elementos de A possuem
correspondentes distintos em B e nenhum dos elementos de A Gráfico de uma Função do 1º grau
compartilham de uma mesma imagem em B. Entretanto, podem O gráfico de uma função polinomial do 1º grau é uma reta
existir elementos em B que não estejam relacionados a nenhum oblíqua aos eixos Ox e Oy. Desta forma, para construirmos seu
elemento de A. gráfico basta encontrarmos pontos que satisfaçam a função.
Exemplo: Exemplo: Construa o gráfico da função f (x) = 2x + 3.
Para construir o gráfico desta função, vamos atribuir valores
arbitrários para x, substituir na equação e calcular o valor
correspondente para a f (x).
Sendo assim, iremos calcular a função para os valores de
x iguais a: - 2, - 1, 0, 1 e 2. Substituindo esses valores na função,
temos:
f (- 2) = 2. (- 2) + 3 = - 4 + 3 = - 1
f (- 1) = 2 . (- 1) + 3 = - 2 + 3 = 1
f (0) = 2 . 0 + 3 = 3
f (1) = 2 . 1 + 3 = 5
f (2) = 2 . 2 + 3 = 7

Para a função acima:


- O domínio é {0, 3, 5};
- O contradomínio é {1, 2, 5, 8};
- O conjunto imagem é {1, 5, 8}.

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Os pontos escolhidos e o gráfico da f (x) são apresentados na imagem abaixo:

No exemplo, utilizamos vários pontos para construir o gráfico, entretanto, para definir uma reta bastam dois pontos.
Para facilitar os cálculos podemos, por exemplo, escolher os pontos (0,y) e (x,0). Nestes pontos, a reta da função corta o eixo Ox e Oy
respectivamente.

Coeficiente Linear e Angular


Como o gráfico de uma função afim é uma reta, o coeficiente a de x é também chamado de coeficiente angular. Esse valor representa
a inclinação da reta em relação ao eixo Ox.
O termo constante b é chamado de coeficiente linear e representa o ponto onde a reta corta o eixo Oy. Pois sendo x = 0, temos:

y = a.0 + b ⇒ y = b

Quando uma função afim apresentar o coeficiente angular igual a zero (a = 0) a função será chamada de constante. Neste caso, o seu
gráfico será uma reta paralela ao eixo Ox.
Abaixo representamos o gráfico da função constante f (x) = 4:

Ao passo que, quando b = 0 e a = 1 a função é chamada de função identidade. O gráfico da função f (x) = x (função identidade) é uma
reta que passa pela origem (0,0).

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Além disso, essa reta é bissetriz do 1º e 3º quadrantes, ou seja, divide os quadrantes em dois ângulos iguais, conforme indicado na
imagem abaixo:

Temos ainda que, quando o coeficiente linear é igual a zero (b = 0), a função afim é chamada de função linear. Por exemplo as funções
f (x) = 2x e g (x) = - 3x são funções lineares.
O gráfico das funções lineares são retas inclinadas que passam pela origem (0,0).
Representamos abaixo o gráfico da função linear f (x) = - 3x:

Função Crescente e Decrescente


Uma função é crescente quando ao atribuirmos valores cada vez maiores para x, o resultado da f (x) será também cada vez maior.
Já a função decrescente é aquela que ao atribuirmos valores cada vez maiores para x, o resultado da f (x) será cada vez menor.
Para identificar se uma função afim é crescente ou decrescente, basta verificar o valor do seu coeficiente angular.
Se o coeficiente angular for positivo, ou seja, a é maior que zero, a função será crescente. Ao contrário, se a for negativo, a função será
decrescente.

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Por exemplo, a função 2x - 4 é crescente, pois a = 2 (valor positivo). Entretanto, a função - 2x + - 4 é decrescente visto que a = - 2
(negativo). Essas funções estão representadas nos gráficos abaixo:

A função quadrática, também chamada de função polinomial de 2º grau, é uma função representada pela seguinte expressão19:
f(x) = ax² + bx + c

Onde a, b e c são números reais e a ≠ 0.

Exemplo:
f(x) = 2x² + 3x + 5,

sendo,
a=2
b=3
c=5

Nesse caso, o polinômio da função quadrática é de grau 2, pois é o maior expoente da variável.

— Como resolver uma função quadrática


Confira abaixo o passo-a-passo por meio um exemplo de resolução da função quadrática:

Exemplo: Determine a, b e c na função quadrática dada por: f(x) = ax² + bx + c, sendo:


f (-1) = 8
f (0) = 4
f (2) = 2

Primeiramente, vamos substituir o x pelos valores de cada função e assim teremos:


f (-1) = 8
a (-1)² + b (–1) + c = 8
a - b + c = 8 (equação I)

f (0) = 4
a . 0² + b . 0 + c = 4
c = 4 (equação II)

f (2) = 2
a . 2² + b . 2 + c = 2
4a + 2b + c = 2 (equação III)
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Pela segunda função f (0) = 4, já temos o valor de c = 4. Substituindo esses valores na fórmula de Bhaskara, temos:
Assim, vamos substituir o valor obtido para c nas equações I e
III para determinar as outras incógnitas (a e b):

(Equação I)
a-b+4=8
a-b=4
a=b+4
Já que temos a equação de a pela Equação I, vamos substituir
na III para determinar o valor de b:

(Equação III)
4a + 2b + 4 = 2
Portanto, as raízes são 2 e 3.
4a + 2b = - 2
Observe que a quantidade de raízes de uma função quadrática
4 (b + 4) + 2b = - 2
vai depender do valor obtido pela expressão: Δ = b² – 4. ac, o qual é
4b + 16 + 2b = - 2
chamado de discriminante.
6b = - 18
b=-3
Assim,
- Se Δ > 0, a função terá duas raízes reais e distintas (x1 ≠ x2);
Por fim, para encontrar o valor de a substituímos os valores de
- Se Δ < 0, a função não terá uma raiz real;
b e c que já foram encontrados. Logo:
- Se Δ = 0, a função terá duas raízes reais e iguais (x1 = x2).
(Equação I)
— Gráfico da Função Quadrática
a-b+c=8
O gráfico das funções do 2º grau são curvas que recebem
a - (- 3) + 4 = 8
o nome de parábolas. Diferente das funções do 1º grau, onde
a=-3+4
conhecendo dois pontos é possível traçar o gráfico, nas funções
a=1
quadráticas são necessários conhecer vários pontos.
A curva de uma função quadrática corta o eixo x nas raízes ou
Sendo assim, os coeficientes da função quadrática dada são:
zeros da função, em no máximo dois pontos dependendo do valor
a=1
do discriminante (Δ). Assim, temos:
b=-3
- Se Δ > 0, o gráfico cortará o eixo x em dois pontos;
c=4
- Se Δ < 0, o gráfico não cortará o eixo x;
- Se Δ = 0, a parábola tocará o eixo x em apenas um ponto.
— Raízes da Função
As raízes ou zeros da função do segundo grau representam aos
Existe ainda um outro ponto, chamado de vértice da parábola,
valores de x tais que f(x) = 0. As raízes da função são determinadas
que é o valor máximo ou mínimo da função. Este ponto é encontrado
pela resolução da equação de segundo grau:
usando-se a seguinte fórmula:
f(x) = ax² +bx + c = 0

Para resolver a equação do 2º grau podemos utilizar vários


métodos, sendo um dos mais utilizados é aplicando a Fórmula de
Bhaskara, ou seja: O vértice irá representar o ponto de valor máximo da função
quando a parábola estiver voltada para baixo e o valor mínimo
quando estiver para cima.

Exemplo: Encontre os zeros da função f(x) = x2 – 5x + 6.


Sendo:
a=1
b=–5
c=6

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É possível identificar a posição da concavidade da curva analisando apenas o sinal do coeficiente a. Se o coeficiente for positivo, a
concavidade ficará voltada para cima e se for negativo ficará para baixo, ou seja:

Assim, para fazer o esboço do gráfico de uma função do 2º grau, podemos analisar o valor do a, calcular os zeros da função, seu vértice
e o ponto em que a curva corta o eixo y, ou seja, quando x = 0.
A partir dos pares ordenados dados (x, y), podemos construir a parábola num plano cartesiano, por meio da ligação entre os pontos
encontrados.

FUNÇÕES EXPONENCIAIS E FUNÇÕES LOGARÍTMICAS.

Função Exponencial é aquela que a variável está no expoente e cuja base é sempre maior que zero e diferente de um20.
Essas restrições são necessárias, pois 1 elevado a qualquer número resulta em 1. Assim, em vez de exponencial, estaríamos diante de
uma função constante.
Além disso, a base não pode ser negativa, nem igual a zero, pois para alguns expoentes a função não estaria definida.
Por exemplo, a base igual a - 3 e o expoente igual a 1/2. Como no conjunto dos números reais não existe raiz quadrada de número
negativo, não existiria imagem da função para esse valor.

Exemplos:
f(x) = 4x
f(x) = (0,1)x
f(x) = (⅔)x

Nos exemplos acima 4, 0,1 e ⅔ são as bases, enquanto x é o expoente.

— Gráfico da Função Exponencial


O gráfico desta função passa pelo ponto (0,1), pois todo número elevado a zero é igual a 1. Além disso, a curva exponencial não toca
no eixo x.
Na função exponencial a base é sempre maior que zero, portanto, a função terá sempre imagem positiva. Assim sendo, não apresenta
pontos nos quadrantes III e IV (imagem negativa).
Abaixo representamos o gráfico da função exponencial.

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— Função Crescente ou Decrescente


A função exponencial pode ser crescente ou decrescente. Notamos que para esta função, enquanto os valores de x
Será crescente quando a base for maior que 1. Por exemplo, a aumentam, os valores das respectivas imagens diminuem. Desta
função y = 2x é uma função crescente. forma, constatamos que a função f(x) = (1/2)x é uma função
decrescente.
Para constatar que essa função é crescente, atribuímos valores Com os valores encontrados na tabela, traçamos o gráfico
para x no expoente da função e encontramos a sua imagem. Os dessa função. Note que quanto maior o x, mais perto do zero a
valores encontrados estão na tabela abaixo. curva exponencial fica.

— Função Logarítmica
Observando a tabela, notamos que quando aumentamos o A função logarítmica de base a é definida como f (x) = loga x,
valor de x, a sua imagem também aumenta. Abaixo, representamos com a real, positivo e a ≠ 121. A função inversa da função logarítmica
o gráfico desta função. é a função exponencial.
O logaritmo de um número é definido como o expoente ao qual
se deve elevar a base a para obter o número x, ou seja:

Exemplos:
f (x) = log3 x
Por sua vez, as funções cujas bases são valores maiores que
zero e menores que 1, são decrescentes. Por exemplo, f(x) = (1/2)x é
uma função decrescente.
g (x) =
Calculamos a imagem de alguns valores de x e o resultado
h (x) = log10 x = log x
encontra-se na tabela abaixo.

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— Gráfico da Função Logarítmica Por sua vez, as funções cujas bases são valores maiores que
De uma forma geral, o gráfico da função y = loga x está localizado
no I e IV quadrantes, pois a função só é definida para x > 0. zero e menores que 1 são decrescentes, ou seja, x1 < x2 loga x1
Além disso, a curva da função logarítmica não toca o eixo y e > loga x2. Por exemplo, é uma função decrescente, pois a base é
corta o eixo x no ponto de abscissa igual a 1, pois y = loga 1 = 0, para igual a .
qualquer valor de a.

Abaixo, apresentamos o esboço do gráfico da função


logarítmica. Calculamos a imagem de alguns valores de x desta função e o
resultado encontra-se na tabela abaixo:

Notamos que, enquanto os valores de x aumentam, os valores


— Função Crescente e Decrescente das respectivas imagens diminuem. Desta forma, constatamos que
Uma função logarítmica será crescente quando a base a for a função é uma função decrescente.

maior que 1, ou seja, x1 < x2 loga x1 < loga x2. Por exemplo, a Com os valores encontrados na tabela, traçamos o gráfico
função f (x) = log2 x é uma função crescente, pois a base é igual a 2. dessa função. Note que quanto menor o valor de x, mais perto do
Para verificar que essa função é crescente, atribuímos valores zero a curva logarítmica fica, sem, contudo, cortar o eixo y.
para x na função e calculamos a sua imagem. Os valores encontrados
estão na tabela abaixo.

Observando a tabela, notamos que quando o valor de x — Funções Trigonométricas


aumenta, a sua imagem também aumenta. Abaixo, representamos As funções trigonométricas são as funções relacionadas aos
o gráfico desta função. triângulos retângulos, que possuem um ângulo de 90°. São elas:
seno, cosseno e tangente.

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MATEMÁTICA

As funções trigonométricas estão baseadas nas razões Solução: Podemos começar a resolução do problema
existentes entre dois lados do triângulo em função de um ângulo. apresentado, construindo uma árvore de possibilidades, conforme
Elas são formadas por dois catetos (oposto e adjacente) e a ilustrado abaixo:
hipotenusa:

Lê-se cateto oposto sobre a hipotenusa.

Lê-se cateto adjacente sobre a hipotenusa.

Acompanhando o diagrama, podemos diretamente contar


quantos tipos diferentes de lanches podemos escolher. Assim,
identificamos que existem 24 combinações possíveis.
Lê-se cateto oposto sobre cateto adjacente. Podemos ainda resolver o problema usando o princípio
multiplicativo. Para saber quais as diferentes possibilidades de
lanches, basta multiplicar o número de opções de sanduíches,
ANÁLISE COMBINATÓRIA E PROBABILIDADE. PRINCÍPIO bebidas e sobremesa.
FUNDAMENTAL DE CONTAGEM. COMBINAÇÃO, ARRANJO Total de possibilidades: 3.2.4 = 24.
E PERMUTAÇÃO SIMPLES. PROBABILIDADE DE UM EVEN- Portanto, temos 24 tipos diferentes de lanches para escolher
TO. na promoção.

— Tipos de Combinatória
A análise combinatória ou combinatória é a parte da O princípio fundamental da contagem pode ser usado
Matemática que estuda métodos e técnicas que permitem resolver em grande parte dos problemas relacionados com contagem.
problemas relacionados com contagem22. Entretanto, em algumas situações seu uso torna a resolução muito
Muito utilizada nos estudos sobre probabilidade, ela faz análise trabalhosa.
das possibilidades e das combinações possíveis entre um conjunto Desta maneira, usamos algumas técnicas para resolver
de elementos. problemas com determinadas características. Basicamente há três
tipos de agrupamentos: arranjos, combinações e permutações.
— Princípio Fundamental da Contagem Antes de conhecermos melhor esses procedimentos de cálculo,
O princípio fundamental da contagem, também chamado de precisamos definir uma ferramenta muito utilizada em problemas
princípio multiplicativo, postula que: de contagem, que é o fatorial.
“quando um evento é composto por n etapas sucessivas e O fatorial de um número natural é definido como o produto
independentes, de tal modo que as possibilidades da primeira etapa deste número por todos os seus antecessores. Utilizamos o símbolo
é x e as possibilidades da segunda etapa é y, resulta no número total ! para indicar o fatorial de um número.
de possibilidades de o evento ocorrer, dado pelo produto (x) . (y)”. Define-se ainda que o fatorial de zero é igual a 1.
Exemplo:
Em resumo, no princípio fundamental da contagem, multiplica- 0! = 1.
se o número de opções entre as escolhas que lhe são apresentadas. 1! = 1.
Exemplo: Uma lanchonete vende uma promoção de lanche 3! = 3.2.1 = 6.
a um preço único. No lanche, estão incluídos um sanduíche, uma 7! = 7.6.5.4.3.2.1 = 5.040.
bebida e uma sobremesa. São oferecidas três opções de sanduíches: 10! = 10.9.8.7.6.5.4.3.2.1 = 3.628.800.
hambúrguer especial, sanduíche vegetariano e cachorro-quente
completo. Como opção de bebida pode-se escolher 2 tipos: suco Note que o valor do fatorial cresce rapidamente, conforme
de maçã ou guaraná. Para a sobremesa, existem quatro opções: cresce o número. Então, frequentemente usamos simplificações
cupcake de cereja, cupcake de chocolate, cupcake de morango e para efetuar os cálculos de análise combinatória.
cupcake de baunilha. Considerando todas as opções oferecidas, de
quantas maneiras um cliente pode escolher o seu lanche?

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— Arranjos Exemplo: A fim de exemplificar, podemos pensar na escolha de


Nos arranjos, os agrupamentos dos elementos dependem da 3 membros para formar uma comissão organizadora de um evento,
ordem e da natureza dos mesmos. dentre as 10 pessoas que se candidataram.
Para obter o arranjo simples de n elementos tomados, p a p (p De quantas maneiras distintas essa comissão poderá ser
≤ n), utiliza-se a seguinte expressão: formada?
Note que, ao contrário dos arranjos, nas combinações a ordem
dos elementos não é relevante. Isso quer dizer que escolher Maria,
João e José é equivalente a escolher João, José e Maria.

Exemplo: Como exemplo de arranjo, podemos pensar na


votação para escolher um representante e um vice-representante
de uma turma, com 20 alunos. Sendo que o mais votado será o
representante e o segundo mais votado o vice-representante.
Dessa forma, de quantas maneiras distintas a escolha poderá Observe que para simplificar os cálculos, transformamos
ser feita? Observe que nesse caso, a ordem é importante, visto que o fatorial de 10 em produto, mas conservamos o fatorial de 7,
altera o resultado. pois, desta forma, foi possível simplificar com o fatorial de 7 do
denominador.
Assim, existem 120 maneiras distintas formar a comissão.

— Probabilidade e Análise Combinatória


A Probabilidade permite analisar ou calcular as chances de
obter determinado resultado diante de um experimento aleatório.
Logo, o arranjo pode ser feito de 380 maneiras diferentes. São exemplos as chances de um número sair em um lançamento de
dados ou a possibilidade de ganhar na loteria.
— Permutações A partir disso, a probabilidade é determinada pela razão entre
As permutações são agrupamentos ordenados, onde o número o número de eventos possíveis e número de eventos favoráveis,
de elementos (n) do agrupamento é igual ao número de elementos sendo apresentada pela seguinte expressão:
disponíveis.
Note que a permutação é um caso especial de arranjo, quando
o número de elementos é igual ao número de agrupamentos.
Desta maneira, o denominador na fórmula do arranjo é igual a 1
na permutação.
Assim a permutação é expressa pela fórmula: Sendo:
P (A): probabilidade de ocorrer um evento A.
n (A): número de resultados favoráveis.
n (Ω): número total de resultados possíveis.
Exemplo: Para exemplificar, vamos pensar de quantas maneiras
diferentes 6 pessoas podem se sentar em um banco com 6 lugares. Para encontrar o número de casos possíveis e favoráveis,
Como a ordem em que irão se sentar é importante e o número muitas vezes necessitamos recorrer as fórmulas estudadas em
de lugares é igual ao número de pessoas, iremos usar a permutação: análise combinatória.
Exemplo: Qual a probabilidade de um apostador ganhar o
prêmio máximo da Mega-Sena, fazendo uma aposta mínima, ou
seja, apostar exatamente nos seis números sorteados?
Logo, existem 720 maneiras diferentes para as 6 pessoas se Solução: Como vimos, a probabilidade é calculada pela razão
sentarem neste banco. entre os casos favoráveis e os casos possíveis. Nesta situação, temos
apenas um caso favorável, ou seja, apostar exatamente nos seis
— Combinações números sorteados.
As combinações são subconjuntos em que a ordem dos Já o número de casos possíveis é calculado levando em
elementos não é importante, entretanto, são caracterizadas pela consideração que serão sorteados, ao acaso, 6 números, não
natureza dos mesmos. importando a ordem, de um total de 60 números.
Assim, para calcular uma combinação simples de n elementos
tomados p a p (p ≤ n), utiliza-se a seguinte expressão:

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MATEMÁTICA

Para fazer esse cálculo, usaremos a fórmula de combinação, conforme indicado abaixo:

Assim, existem 50 063 860 modos distintos de sair o resultado. A probabilidade de acertarmos então será calculada como:

— Probabilidade
A teoria da probabilidade é o campo da Matemática que estuda experimentos ou fenômenos aleatórios e através dela é possível
analisar as chances de um determinado evento ocorrer23.
Quando calculamos a probabilidade, estamos associando um grau de confiança na ocorrência dos resultados possíveis de experimentos,
cujos resultados não podem ser determinados antecipadamente. Probabilidade é a medida da chance de algo acontecer.
Desta forma, o cálculo da probabilidade associa a ocorrência de um resultado a um valor que varia de 0 a 1 e, quanto mais próximo de
1 estiver o resultado, maior é a certeza da sua ocorrência.
Por exemplo, podemos calcular a probabilidade de uma pessoa comprar um bilhete da loteria premiado ou conhecer as chances de
um casal ter 5 filhos, todos meninos.

— Experimento Aleatório
Um experimento aleatório é aquele que não é possível conhecer qual resultado será encontrado antes de realizá-lo.
Os acontecimentos deste tipo quando repetidos nas mesmas condições, podem dar resultados diferentes e essa inconstância é
atribuída ao acaso.
Um exemplo de experimento aleatório é jogar um dado não viciado (dado que apresenta uma distribuição homogênea de massa) para
o alto. Ao cair, não é possível prever com total certeza qual das 6 faces estará voltada para cima.

— Fórmula da Probabilidade
Em um fenômeno aleatório, as possibilidades de ocorrência de um evento são igualmente prováveis.
Sendo assim, podemos encontrar a probabilidade de ocorrer um determinado resultado através da divisão entre o número de eventos
favoráveis e o número total de resultados possíveis:

Sendo:
P(A): probabilidade da ocorrência de um evento A.
n(A): número de casos favoráveis ou, que nos interessam (evento A).
n(Ω): número total de casos possíveis.

O resultado calculado também é conhecido como probabilidade teórica.


Para expressar a probabilidade na forma de porcentagem, basta multiplicar o resultado por 100.

Exemplo: Se lançarmos um dado perfeito, qual a probabilidade de sair um número menor que 3?

Solução: Sendo o dado perfeito, todas as 6 faces têm a mesma chance de caírem voltadas para cima. Vamos então, aplicar a fórmula
da probabilidade.

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Para isso, devemos considerar que temos 6 casos possíveis (1, — Tipos de Eventos
2, 3, 4, 5, 6) e que o evento “sair um número menor que 3” tem 2 Evento é qualquer subconjunto do espaço amostral de um
possibilidades, ou seja, sair o número 1 ou 2. Assim, temos: experimento aleatório.

Evento certo
O conjunto do evento é igual ao espaço amostral.
Exemplo: Em uma delegação feminina de atletas, uma ser
sorteada ao acaso e ser mulher.

Evento Impossível
O conjunto do evento é vazio.

Exemplo: Imagine que temos uma caixa com bolas numeradas


de 1 a 20 e que todas as bolas são vermelhas.
Para responder na forma de uma porcentagem, basta
multiplicar por 100. O evento “tirar uma bola vermelha” é um evento certo, pois
todas as bolas da caixa são desta cor. Já o evento “tirar um número
maior que 30”, é impossível, visto que o maior número na caixa é
20.
Portanto, a probabilidade de sair um número menor que 3 é
de 33%. Evento Complementar
Os conjuntos de dois eventos formam todo o espaço amostral,
— Ponto Amostral sendo um evento complementar ao outro.
Ponto amostral é cada resultado possível gerado por um
experimento aleatório. Exemplo: No experimento lançar uma moeda, o espaço
amostral é Ω = {cara, coroa}.
Exemplo: Seja o experimento aleatório lançar uma moeda e
verificar a face voltada para cima, temos os pontos amostrais cara e Seja o evento A sair cara, A = {cara}, o evento B sair coroa é
coroa. Cada resultado é um ponto amostral. complementar ao evento A, pois, B={coroa}. Juntos formam o
próprio espaço amostral.
— Espaço Amostral
Representado pela letra Ω(ômega), o espaço amostral Evento Mutuamente Exclusivo
corresponde ao conjunto de todos os pontos amostrais, ou, Os conjuntos dos eventos não possuem elementos em comum.
resultados possíveis obtidos a partir de um experimento aleatório. A intersecção entre os dois conjuntos é vazia.
Por exemplo, ao retirar ao acaso uma carta de um baralho,
o espaço amostral corresponde às 52 cartas que compõem este Exemplo: Seja o experimento lançar um dado, os seguintes
baralho. eventos são mutuamente exclusivos
Da mesma forma, o espaço amostral ao lançar uma vez um A: ocorrer um número menor que 5, A = {1, 2, 3, 4}.
dado, são as seis faces que o compõem: B: ocorrer um número maior que 5, A = {6}.
Ω = {1, 2, 3, 4, 5, 6}.
— Probabilidade Condicional
A quantidade de elementos em um conjunto chama-se A probabilidade condicional relaciona as probabilidades entre
cardinalidade, expressa pela letra n seguida do símbolo do conjunto eventos de um espaço amostral equiprovável. Nestas circunstâncias,
entre parênteses. a ocorrência do evento A, depende ou, está condicionada a
Assim, a cardinalidade do espaço amostral do experimento ocorrência do evento B.
lançar um dado é n(Ω) = 6. A probabilidade do evento A dado o evento B é definida por:

— Espaço Amostral Equiprovável


Equiprovável significa mesma probabilidade. Em um espaço
amostral equiprovável, cada ponto amostral possui a mesma
probabilidade de ocorrência.
Onde o evento B não pode ser vazio.
Exemplo: Em uma urna com 4 esferas de cores: amarela, azul,
preta e branca, ao sortear uma ao acaso, quais as probabilidades de Exemplo de caso de probabilidade condicional: Em um encontro
ocorrência de cada uma ser sorteada? de colaboradores de uma empresa que atua na França e no Brasil,
um sorteio será realizado e um dos colaboradores receberá um
Sendo experimento honesto, todas as cores possuem a mesma prêmio. Há apenas colaboradores franceses e brasileiros, homens
chance de serem sorteadas. e mulheres.

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MATEMÁTICA

Como evento de probabilidade condicional, podemos associar a probabilidade de sortear uma mulher (evento A) dado que seja
francesa (evento B).
Neste caso, queremos saber a probabilidade de ocorrer A (ser mulher), apenas se for francesa (evento B).

GEOMETRIA PLANA: ÁREAS E PERÍMETROS (TRIÂNGULOS, QUADRILÁTEROS E CIRCUNFERÊNCIAS).

— Geometria Plana
É a área da matemática que estuda as formas que não possuem volume. Triângulos, quadriláteros, retângulos, circunferências são
alguns exemplos de figuras de geometria plana (polígonos)24.
Para geometria plana, é importante saber calcular a área, o perímetro e o(s) lado(s) de uma figura a partir das relações entre os
ângulos e as outras medidas da forma geométrica.
Algumas fórmulas de geometria plana:

— Teorema de Pitágoras
Uma das fórmulas mais importantes para esta frente matemática é o Teorema de Pitágoras.
Em um triângulo retângulo (com um ângulo de 90º), a soma dos quadrados dos catetos (os “lados” que formam o ângulo reto) é igual
ao quadrado da hipotenusa (a aresta maior da figura).
Teorema de Pitágoras: a² + b² = c²

— Lei dos Senos


Lembre-se que o Teorema de Pitágoras é válido apenas para triângulos retângulos. A lei dos senos e lei dos cossenos existe para
facilitar os cálculos para todos os tipos de triângulos.
Veja a fórmula abaixo. Onde a, b e c são lados do triângulo.
Para qualquer triângulo ABC inscrito em uma circunferência de centro O e raio R, temos que:

— Lei dos Cossenos


A lei dos cossenos pode ser utilizada para qualquer tipo de triângulo, mesmo que ele não tenha um ângulo de 90º. Basta conhecer o
cosseno de um dos ângulos e o valor de dois lados (arestas) do triângulo.
Veja a fórmula abaixo. Onde a, b e c são lados do triângulo.
Para qualquer triângulo ABC, temos que:

24 https://bityli.com/BMvcWO
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MATEMÁTICA

— Relações Métricas do Triângulo Retângulo


As relações trigonométricas no triângulo retângulo são fórmulas simplificadas. Elas podem facilitar a resolução das questões em que
o Teorema de Pitágoras é aplicável.
Para um triângulo retângulo, sua altura relativa à hipotenusa e as projeções ortogonais dos catetos, temos o seguinte:
- Onde a é hipotenusa;
- b e c são catetos;
- m e n são projeções ortogonais;
- h é altura.

— Teorema de Tales
O Teorema de Tales é uma propriedade para retas paralelas.

Se as retas CC’, BB’ e AA’ são paralelas, então:

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MATEMÁTICA

— Fórmulas Básicas de Geometria Plana

Polígonos
O perímetro é a soma de todos os lados da figura, ou seja, o comprimento do polígono.
Onde A é a área da figura, veja as principais fórmulas:

Fórmulas da Circunferência

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MATEMÁTICA

Conversão para radiano, comprimento e área do círculo: Mediatriz de um segmento de reta é a reta perpendicular a
Conversão de unidades: π rad corresponde a 180°. esse segmento pelo seu ponto médio.
Comprimento de uma circunferência: C = 2 · π · R.
Área de uma circunferência: A = π · R² Na figura, a reta m é a mediatriz de .

MEDIANA E MEDIATRIZ.

Mediana
Mediana de um triângulo é um segmento de reta que liga um
vértice ao ponto médio do lado oposto.
Na figura, é uma mediana do ABC.
Um triângulo tem três medianas.

Mediatriz de um triângulo é uma reta do plano do triângulo


que é mediatriz de um dos lados desse triângulo.
Na figura, a reta m é a mediatriz do lado do .
Um triângulo tem três mediatrizes.

A bissetriz de um ângulo interno de um triângulo intercepta o


lado oposto

Bissetriz interna de um triângulo é o segmento da bissetriz de


um ângulo do triângulo que liga um vértice a um ponto do lado
oposto.
Na figura, é uma bissetriz interna do .
Um triângulo tem três bissetrizes internas. QUESTÕES

1. PREFEITURA DE GUZOLÂNDIA/SP - ESCRITURÁRIO -


OMNI/2021
Podemos definir um número primo, como um número natu-
ral, que é divisível por exatamente dois números naturais. Como os
números racionais são números escritos como a fração entre dois
números inteiros, assinale a opção CORRETA em relação aos núme-
ros primos e racionais.
(A) Os números primos não são racionais, já que não podemos
escrevê-los na forma de uma fração.
Altura de um triângulo é o segmento que liga um vértice a um (B) O único número primo e racional é o número 1.
ponto da reta suporte do lado oposto e é perpendicular a esse lado. (C) Todos os números primos também são racionais.
(D) Não existe número primo que seja par.
Na figura, é uma altura do . 2. PREFEITURA DE PAULÍNIA/SP - CARGOS DE NÍVEL FUNDA-
MENTAL - FGV/2021
Um triângulo tem três alturas. Observe o exemplo seguinte.
O número 10 possui 4 divisores, pois os únicos números que
dividem 10 exatamente são: 1, 2, 5 e 10.
O número de divisores de 48 é
(A) 6.
(B) 7.
(C) 8.
(D) 9.
(E) 10.

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MATEMÁTICA

3. PREFEITURA DE ITATIBA/SP - PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁ- 6. PREFEITURA DE MINISTRO ANDREAZZA/RO - AGENTE ADMI-
SICA - AVANÇA SP/2020 NISTRATIVO - IBADE/2020
No que se refere aos Conjuntos Numéricos, julgue os itens a Em uma determinada loja de departamentos, o fogão custava
seguir e, ao final, assinale a alternativa correta: R$ 400,00. Após negociação o vendedor aplicou um desconto de R$
I – Reúnem diversos conjuntos cujos elementos são quase to- 25,00. O valor percentual de desconto foi de:
dos números. (A) 5,57%
II – São formados por números naturais, inteiros, racionais, ir- (B) 8,75%
racionais e reais. (C) 12,15%
III – O ramo da Matemática que estuda os conjuntos numéricos (D) 6,25%
é a Teoria dos Sistemas. (E) 6,05%

(A) Apenas o item I é verdadeiro. 7. ALEPI - CONSULTOR LEGISLATIVO - COPESE - UFPI/2020


(B) Apenas o item II é verdadeiro. Marina comprou 30% de uma torta de frango e 80% de um bolo
(C) Apenas o item III é verdadeiro. em uma padaria. Após Marina deixar a padaria, Pedro comprou o
(D) Apenas os itens I e III são verdadeiros. que sobrou da torta de frango por 14 reais e o que sobrou do bolo
(E) Todos os itens são verdadeiros. por 6 reais, o valor que Marina pagou em reais é:
(A) 28
4. PREFEITURA DE ARAPONGAS/PR - FISCAL AMBIENTAL - FAFI- (B) 30
PA/2020 (C) 32
O conjunto dos números reais (ℝ) é formado pela união de ou- (D) 34
tros conjuntos numéricos: naturais (ℕ), inteiros (ℤ), racionais (ℚ) e (E) 36
irracionais. Das alternativas a seguir, qual representa um conjunto
de múltiplos de um número real e, ao mesmo tempo, um subcon- 8. PREFEITURA DE PIRACICABA/SP - PROFESSOR - VUNESP/2020
junto dos números naturais? Do número total de candidatos inscritos em um processo
(A) {1, 5, 7, 9, 11, 13}. seletivo, apenas 30 não compareceram para a realização da prova.
(B) {−1, 5, −7, 9, −11, 13}. Se o número de candidatos que fizeram a prova representa 88%
(C) {1, −5, 7, −9, 11, −13}. do total de inscritos, então o número de candidatos que realizaram
(D) {⋯ , 27, 36, 45, 54, 63, 72, ⋯ }. essa prova é
(E) {1, 5, 7, −9, −11, −13}. (A) 320.
(B) 300.
5. CRMV/AM - SERVIÇOS GERAIS – QUADRIX/2020 (C) 250.
(D) 220.
(E) 200.

9. PREFEITURA DE PIRACICABA/SP - PROFESSOR - VUNESP/2020


Uma escola tem aulas nos períodos matutino e vespertino.
Nessa escola, estudam 400 alunos, sendo o número de alunos do
período vespertino igual a 2/3 do número de alunos do período
matutino. A razão entre o número de alunos do período vespertino
e o número total de alunos dessa escola é:
(A) 1/4
(B) 1/3
(C) 2/5
(D) 3/5
(E) 2/3

10. UEPA - TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR - FADESP/2020


Doze funcionários de um escritório de contabilidade trabalham
A partir dos números escritos no quadro acima, julgue o item. 8 horas por dia, durante 25 dias, para atender a um certo número de
Os números 13 e 17 são primos. clientes. Se dois funcionários adoecem e precisam ser afastados por
( ) CERTO tempo indeterminado, o total de dias que os funcionários restantes
( ) ERRADO levarão para atender ao mesmo número de pessoas, trabalhando 2
horas a mais por dia, no mesmo ritmo de trabalho, será de:
(A) 23 dias.
(B) 24 dias.
(C) 25 dias.
(D) 26 dias.

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MATEMÁTICA

11. COMUR DE NOVO HAMBURGO/RS - AGENTE DE 15. PREFEITURA DE FUNDÃO/ES - FISCAL DE VIGILÂNCIA
ATENDIMENTO E VENDAS - FUNDATEC/2021 Qual o resultado da SANITÁRIA - IDCAP/2020
equação de primeiro grau 2x - 7 = 28 - 5x? Qual dos gráficos abaixo representa uma função exponencial?
(A) 3.
(B) 5.
(C) 7.
(D) -4,6. (A)
(E) Não é possível resolver essa equação.

12. PREFEITURA DE VENÂNCIO AIRES/RS - PSICOPEDAGOGO -


OBJETIVA/2021
Um posto de combustível está com promoção em prol de uma (B)
entidade. Em dias normais, o litro da gasolina está R$ 4,00, mas,
na promoção, abastecendo o carro e doando o valor de R$ 20,00
para uma entidade beneficente, o litro da gasolina sai por R$ 3,75. A
promoção feita pelo posto pode ser descrita por uma função. Como (C)
é chamada essa função e como podemos escrevê-la?
(A) Função de primeiro grau, f(x) = 4x − 3,75x + 20
(B) Função de segundo grau, f(x) = 4x2 − 3,75x + 20
(C) Função de segundo grau, f(x) = 3,75x2 + 20 (D)
(D) Função de primeiro grau, f(x) = 3,75x + 20
(E) Função de segundo grau, f(x) = 4x + 3,75 + 20

13. PREFEITURA DE CATANDUVAS/PR - ASSISTENTE (E)


ADMINISTRATIVO - FAUEL/2021
Assinale a sequência de números que é uma Progressão 16. PREFEITURA DE JAGUARIÚNA/SP - DENTISTA - VUNESP/2021
Aritmética e, ao mesmo tempo, uma Progressão Geométrica. O gráfico representa a distribuição da quantidade de pessoas
(A) {1; 2; 3; 4; 5} que responderam “sim” a quatro perguntas apresentadas em uma
(B) {1; -1; 1; -1; 1} pesquisa.
(C) {0; 0; 0; 0; 0}
(D) {1; 2; 4; 8; 16}

14. PREFEITURA DE ALTO BELA VISTA/SC - TÉCNICO EM


ENFERMAGEM - AMAUC/2021
Sobre a Progressão Aritmética (PA) a seguir, assinale a
alternativa incorreta:

(A) A razão da PA é igual a 9.


(B) Para aplicar a fórmula do somatório dos termos da PA, se faz
necessário o conhecimento de sua razão.
Sabendo que o ângulo central do setor que representa a
(C) O trigésimo termo da PA é igual a 284.
pergunta 4 mede 135º, é correto afirmar que o número de pessoas
(D) O trigésimo quinto termo da PA é igual a 263.
que respondeu a essa pergunta foi:
(E) O somatório dos dez primeiros termos da PA é igual a 635.
(A) 70.
(B) 75.
(C) 80.
(D) 85.
(E) 90.

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MATEMÁTICA

17. PREFEITURA DE SÃO ROQUE/SP - INSPETOR DE ALUNOS - VUNESP/2020


Uma faculdade realizará a Semana da Educação. Veja no gráfico as inscrições que foram realizadas para cada modalidade oferecida
na Semana da Educação.

As modalidades que tiveram menos e mais inscrições, respectivamente, foram


(A) Sarau e Palestra.
(B) Sarau e Apresentações de trabalho.
(C) Oficinas e Palestra.
(D) Oficinas e Minicursos.
(E) Minicursos e Apresentações de trabalho.

18. PREFEITURA DE SÃO ROQUE/SP - INSPETOR DE ALUNOS - VUNESP/2020


No município de Linda Flor há cinco escolas de Ensino Fundamental. Veja na tabela a seguir a quantidade de alunos matriculados em
cada etapa do Ensino Fundamental nessas escolas.

De acordo com a tabela, a escola de Ensino Fundamental do município de Linda Flor que possui a maior quantidade de alunos
matriculados é:
(A) Carlos Silva.
(B) Dulce da Costa.
(C) Mário Gomes.
(D) Nilce Modesto.
(E) Osvaldo Bastos.

19. PREFEITURA DE TAUBATÉ/SP - ESCRITURÁRIO - VUNESP/2022


Um mestre de obras precisa de um pedaço de madeira cortada em formato de triângulo retângulo, com o maior lado medindo 37 cm,
e o menor lado medindo 12 cm. O perímetro desse pedaço de madeira triangular deve ser de:
(A) 81 cm.
(B) 82 cm.
(C) 83 cm.
(D) 84 cm.
(E) 85 cm.

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MATEMÁTICA

20. CÂMARA DE IPIRANGA DO NORTE/MT - ASSISTENTE 25. PREFEITURA DE ARENÁPOLIS/MT - TÉCNICO EM


ADMINISTRATIVO - OBJETIVA/2022 ENFERMAGEM - MÉTODO SOLUÇÕES EDUCACIONAIS
Um terreno retangular com comprimento de 16m e largura de Acerca dos produtos notáveis, assinale a alternativa incorreta.
12m será dividido ao meio por uma de suas diagonais. Supondo- (A) (a + b)² = a² + 2ab + b².
se que será utilizado uma cerca para fazer essa divisão, ao todo, (B) (a - b)² = a² – 2ab + b².
quantos metros de cerca serão necessários? (C) (a + b) x (a – b) = a² -ab - b².
(A) 18m (D) (a + b)³ = a³ + 3a²b + 3ab² + b³
(B) 20m
(C) 22m
(D) 24m GABARITO

21. PREFEITURA DE BATAGUASSU/MS - PROFESSOR DE


MATEMÁTICA - PREFEITURA DE BATAGUASSU – /MS/2021
Se ab = 8 e a2b + ab2 + a + b = 90, então qual o valor de a3+ b3? 1 C
(A) 740. 2 E
(B) 750.
3 B
(C) 760.
(D) 840. 4 D
5 CERTO
22. PREFEITURA DE VARGEM BONITA/MG - TÉCNICO EM
ENFERMAGEM - UNOESC/2020 6 D
Com relação às expressões algébricas são feitas as seguintes 7 B
afirmações:
I. 2(4 - 2y) = 8 - 8y 8 D
II. 2(2a + 6) = 4(a + 3) 9 C
III. (x + y)² = x²+ 2xy+ y²
10 B
É correto que se afirma apenas em: 11 B
(A) II. 12 D
(B) III.
(C) I e III. 13 C
(D) II e III. 14 D

23. CÂMARA DE IMBÉ/RS - AUXILIAR DE RECURSOS HUMANOS 15 E


- FUNDATEC/2020 16 E
Assinale a alternativa que apresenta o resultado da seguinte
17 C
operação:
(d + g).(j + k) 18 B
19 D
(A) d² + 2dg + 2dj + k²
(B) dj + dk + gj + gk 20 B
(C) dj² + dk² + gj² + gk² 21 C
(D) dg + jk + dj + dk + gj + gk
22 D
(E) dg² + jk + dj + dk + gj + gk²
23 B
24. PREFEITURA DE FUNDÃO/ES - TÉCNICO EM CONTABILIDADE 24 C
- IDCAP/2020
Um número natural n = 5 é determinado pela expressão (x + y)² 25 C
/ (x + y).(x - y). Sendo y = 8 o valor de x será:
(A) X = 4
(B) X = 20
(C) X = 12
(D) X = 18
(E) X = 5

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a solução para o seu concurso!
RACIOCÍNIO LÓGICO

NOÇÕES BÁSICAS DA LÓGICA MATEMÁTICA: PROPOSI- Nos próximos exemplos, veremos como relacionar uma ou
ÇÕES, PROBLEMAS COM TABELAS, ARGUMENTAÇÃO E AS- mais proposições através de conectivos.
SOCIAÇÃO LÓGICA.
Existem cinco conectivos fundamentais, são eles:

^: e (aditivo) conjunção
Raciocínio lógico é o modo de pensamento que elenca Posso escrever “Carlos é professor e a moeda do Brasil é o
hipóteses, a partir delas, é possível relacionar resultados, obter Real”, posso escrever p ^ q.
conclusões e, por fim, chegar a um resultado final.
Mas nem todo caminho é certeiro, sendo assim, certas v: ou (um ou outro) ou disjunção
estruturas foram organizadas de modo a analisar a estrutura da p v q: Carlos é professor ou a moeda do Brasil é o Real
lógica, para poder justamente determinar um modo, para que
o caminho traçado não seja o errado. Veremos que há diversas : “ou” exclusivo (este ou aquele, mas não ambos) ou
estruturas para isso, que se organizam de maneira matemática. disjunção exclusiva (repare o ponto acima do conectivo).
A estrutura mais importante são as proposições. p v q: Ou Carlos é professor ou a moeda do Brasil é o Real (mas
nunca ambos)
Proposição: declaração ou sentença, que pode ser verdadeira
ou falsa. ¬ ou ~: negação
~p: Carlos não é professor
Ex.: Carlos é professor.
->: implicação ou condicional (se… então…)
As proposições podem assumir dois aspectos, verdadeiro ou p -> q: Se Carlos é professor, então a moeda do Brasil é o Real
falso. No exemplo acima, caso Carlos seja professor, a proposição é
verdadeira. Se fosse ao contrário, ela seria falsa. ⇔: Se, e somente se (ou bi implicação) (bicondicional)
Importante notar que a proposição deve afirmar algo, p ⇔ q: Carlos é professor se, e somente se, a moeda do Brasil
acompanhado de um verbo (é, fez, não notou e etc). Caso a nossa é o Real
frase seja “Brasil e Argentina”, nada está sendo afirmado, logo, a
frase não é uma proposição. Vemos que, mesmo tratando de letras e símbolos, estas
Há também o caso de certas frases que podem ser ou não estruturas se baseiam totalmente na nossa linguagem, o que torna
proposições, dependendo do contexto. A frase “N>3” só pode mais natural decifrar esta simbologia.
ser classificada como verdadeira ou falsa caso tenhamos algumas Por fim, a lógica tradicional segue três princípios. Podem
informações sobre N, caso contrário, nada pode ser afirmado. parecer princípios tolos, por serem óbvios, mas pensemos aqui, que
Nestes casos, chamamos estas frases de sentenças abertas, devido estamos estabelecendo as regras do nosso jogo, então é primordial
ao seu caráter imperativo. que tudo esteja extremamente estabelecido.
O processo matemático em volta do raciocínio lógico nos
permite deduzir diversas relações entre declarações, assim, 1 – Princípio da Identidade
iremos utilizar alguns símbolos e letras de forma a exprimir estes p=p
encadeamentos. Literalmente, estamos afirmando que uma proposição é igual
As proposições podem ser substituídas por letras minúsculas (ou equivalente) a ela mesma.
(p.ex.: a, b, p, q, …)
2 – Princípio da Não contradição
Seja a proposição p: Carlos é professor p=qvp≠q
Uma outra proposição q: A moeda do Brasil é o Real Estamos estabelecendo que apenas uma coisa pode acontecer
às nossas proposições. Ou elas são iguais ou são diferentes, ou seja,
É importante lembrar que nosso intuito aqui é ver se a não podemos ter que uma proposição igual e diferente a outra ao
proposição se classifica como verdadeira ou falsa. mesmo tempo.
Podemos obter novas proposições relacionando-as entre si. 3 – Princípio do Terceiro excluído
Por exemplo, podemos juntar as proposições p e q acima obtendo pv¬p
uma única proposição “Carlos é professor e a moeda do Brasil é o
Real”.

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103
a solução para o seu concurso!
RACIOCÍNIO LÓGICO

Por fim, estabelecemos que uma proposição ou é verdadeira ou é falsa, não havendo mais nenhuma opção, ou seja, excluindo uma
nova (como são duas, uma terceira) opção).

DICA: Vimos então as principais estruturas lógicas, como lidamos com elas e quais as regras para jogarmos este jogo. Então, escreva
várias frases, julgue se são proposições ou não e depois tente traduzi-las para a linguagem simbólica que aprendemos.

LÓGICA SENTENCIAL (OU PROPOSICIONAL)

A lógica proposicional é baseada justamente nas proposições e suas relações. Podemos ter dois tipos de proposições, simples ou
composta.
Em geral, uma proposição simples não utiliza conectivos (e; ou; se; se, e somente se). Enquanto a proposição composta são duas ou
mais proposições (simples) ligadas através destes conectivos.
Mas às vezes uma proposição composta é de difícil análise. “Carlos é professor e a moeda do Brasil é o Real”. Se Carlos não for
professor e a moeda do Brasil for o real, a proposição composta é verdadeira ou falsa? Temos uma proposição verdadeira e falsa? Como
podemos lidar com isso?
A melhor maneira de analisar estas proposições compostas é através de tabelas-verdades.

A tabela verdade é montada com todas as possibilidades que uma proposição pode assumir e suas combinações. Se quiséssemos
saber sobre uma proposição e sua negativa, teríamos a seguinte tabela verdade:

p ~p
V F
F V

A tabela verdade de uma conjunção (p ^ q) é a seguinte:

p q p^q
V V V
V F F
F V F
F F F

Todas as tabelas verdades são as seguintes:

p q p^q pvq p -> q p ⇔q p v. q


V V V V V V F
V F F V F F V
F V F V V F V
F F F F V V F

Note que quando tínhamos uma proposição, nossa tabela verdade resultou em uma tabela com 2 linhas e quando tínhamos duas
proposições nossa tabela era composta por 4 linhas.
A fórmula para o número de linhas se dá através de 2^n, onde n é o número de proposições.
Se tivéssemos a seguinte tabela verdade:

p q r p v q -> r

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104
a solução para o seu concurso!
RACIOCÍNIO LÓGICO

Mesmo sem preenchê-la, podemos afirmar que ela terá 2³ linhas, ou seja, 8 linhas.
Mais um exemplo:

p q p -> q ~p ~q ~q -> ~p
V V V F F V
V F F F V F
F V V V F V
F F V V V V

Note que o resultado de p->q é igual a ~q -> ~p (V-F-F-V). Quando isso acontece, diremos que as proposições compostas são logicamente
equivalentes (iguais).

Outro exemplo de como a tabela verdade pode nos ajudar a resolver certas proposições mais complicadas: Quero saber os resultados
para a proposição composta (p^q) -> pvq. O que vamos fazer primeiro é montar a tabela verdade para p^q e pvq.

p q p^q pvq
V V V V
V F F V
F V F V
F F F F

Agora que sabemos como nossos elementos se comportam, vamos relacionar com p->q:

p q p->q
V V V
V F F
F V V
F F V

Desta forma, sabemos que a implicação que relaciona V com V resulta em V, e V com F resulta em F, e assim por diante.
Podemos então agora montar nossa tabela completa com todas estas informações:

p q p^q pvp p->q (p^q) -> pvq


V V V V V V
V F F V F V
F V F V V V
F F F F V V

O processo pode parecer trabalhoso, mas a prática faz com que seja rápida a montagem destas tabelas, chegando rapidamente na
análise da questão e com seu resultado prontamente obtido.

Geralmente, não é simples construir uma tabela verdade, algumas relações podem facilitar as análises. Uma delas são as Leis de
Morgan, que negam algumas relações. São elas:
– 1ª lei de Morgan: ¬(p^q) = (¬p) v (¬q)
– 2ª lei de Morgan: ¬(p v q) = (¬p) ^ (¬q)

Vejamos o exemplo para decifrar o que dizem estas leis:


p: Carlos é professor
q: a moeda do Brasil é o Real

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a solução para o seu concurso!
RACIOCÍNIO LÓGICO

Então, através de Morgan, negar p ^ q (Carlos é professor E a moeda do Brasil é o Real,) equivale a dizer, Carlos não é professor OU a
moeda do Brasil não é o real
Da mesma forma, negar p v q (Carlos é professor OU a moeda do Brasil é o Real) equivale a Carlos não é professor E a moeda do Brasil
não é o Real.

Estas leis podem parecer abstratas mas através da prática é possível familiarizar-se com elas, já que são importantes aliadas para
resolver diversas questões.

LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO

Quando falamos sobre lógica de argumentação, estamos nos referindo ao processo de argumentar, ou seja, através de argumentos é
possível convencer sobre a veracidade de certo assunto.
No entanto, a construção desta argumentação não é necessariamente correta. Veremos alguns casos de argumentação, e como eles
podem nos levar a algumas respostas corretas e outras falsas.

Analogias: Argumentação pela semelhança (analogamente)


Todo ser humano é mortal
Sócrates é um ser humano
Logo Sócrates é mortal

Inferências: Argumentar através da dedução


Se Carlos for professor, haverá aula
Se houve aula, então significa que Carlos é professor, caso contrário, então Carlos não é professor

Deduções: Argumentar partindo do todo e indo a uma parte específica


Roraima fica no Brasil
A moeda do Brasil é o Real
Logo, a moeda de Roraima é o Real

Indução: É a argumentação oposta a dedução, indo de uma parte específica e chegando ao todo
Todo professor usa jaleco
Todo médico usa jaleco
Então todo professor é médico

Vemos que nem todas as formas de argumentação são verdades universais, contudo, estão estruturadas de forma a parecerem
minimamente convincentes. Para isso, devemos diferenciar uma argumentação verdadeira de uma falsa. Quando a argumentação resultar
num resultado falso, chamaremos tal argumentação de sofismo1.
No sofismo temos um encadeamento lógico, no entanto, esse encadeamento se baseia em algumas sutilezas que nos conduzem a
resultados falsos. Por exemplo:

A água do mar é feita de água e sal


A bolacha de água e sal é feita de água e sal
Logo, a bolacha de água e sal é feita de mar (ou o mar é feito de bolacha)
Esta argumentação obviamente é falsa, mas está estruturada de forma a parecer verdadeira, principalmente se vista com pressa.
Convidamos você, caro leitor, para refletir sobre outro exemplo de sofismo:
Queijo suíço tem buraco
Quanto mais queijo, mais buraco
Quanto mais buraco, menos queijo
Então quanto mais queijo, menos queijo?

ASSOCIAÇÃO LÓGICA.

Esses são problemas aos quais prestam informações de diferentes tipos, relacionados a pessoas, coisas ou objetos fictícios. O objetivo
é descobrir o correlacionamento entre os dados dessas informações, ou seja, a relação que existe entre eles.
Explicaremos abaixo um método que facilitará muito a resolução de problemas desse tipo. Para essa explicação, usaremos um exemplo
com nível de complexidade fácil.

1 O termo sofismo vem dos Sofistas, pensadores não alinhados aos movimentos platônico e aristotélico na Grécia dos séculos V e IV AEC, sendo
considerados muitas vezes falaciosos por essas linhas de pensamento. Desta forma, o termo sofismo se refere a quando a estrutura foge da
lógica tradicional e se obtém uma conclusão falsa.
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RACIOCÍNIO LÓGICO

01. Três homens, Luís, Carlos e Paulo, são casados com Lúcia, Patrícia e Maria, mas não sabemos quem é casado com quem. Eles
trabalham com Engenharia, Advocacia e Medicina, mas também não sabemos quem faz o quê. Com base nas dicas abaixo, tente descobrir
o nome de cada marido, a profissão de cada um e o nome de suas esposas.
A – O médico é casado com Maria.
B – Paulo é advogado.
C – Patrícia não é casada com Paulo.
D – Carlos não é médico.

Vamos montar o passo a passo para que você possa compreender como chegar a conclusão da questão.

1º passo – vamos montar uma tabela para facilitar a visualização da resolução, a mesma deve conter as informações prestadas no
enunciado, nas quais podem ser divididas em três grupos: homens, esposas e profissões.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos
Luís
Paulo
Lúcia
Patrícia
Maria

Também criamos abaixo do nome dos homens, o nome das esposas.

Observação: a montagem dessa tabela vale para qualquer número de grupos do problema. Ou seja, se forem, por exemplo, cinco
grupos, um deles será a referência para as linhas iniciais e os outros quatro serão distribuídos nas colunas. Depois disso, da direita para a
esquerda, os grupos serão “levados para baixo” na forma de linhas, exceto o primeiro.
Veja um exemplo com quatro grupos: imagine que tenha sido afirmado que cada um dos homens tem uma cor de cabelo: loiro, ruivo
ou castanho.
Neste caso, teríamos um quarto grupo e a tabela resultante seria:

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria Loiro Ruivo Castanho


Carlos
Luís
Paulo
Loiro
Ruivo
Castanho
Lúcia
Patrícia
Maria

A ordem em que você copia as colunas para as linhas é importante para criar esses “degraus” na tabela, ou seja, primeiro os elementos
do grupo mais à direita passam para as linhas (ou o último grupo de informações), depois o “segundo mais à direita” e assim por diante, até
que fique apenas o primeiro grupo (mais à esquerda) sem ter sido copiado como linha. Esses espaços em branco na tabela, representam
regiões onde as informações seriam cruzadas com elas mesmas, o que é desnecessário.

2º passo – construir a tabela gabarito.


Essa tabela não servirá apenas como gabarito, mas em alguns casos ela é fundamental para que você enxergue informações que ficam
meio escondidas na tabela principal.
Haverá também ocasiões em que ela lhe permitirá conclusões sobre um determinado elemento. Tendo por exemplo quatro grupos de
elementos, se você preencheu três, logo perceberá que só restará uma alternativa, que será esta célula.
Um outro ponto que deve ser ressaltado é que as duas tabelas se complementam para visualização das informações. Por isso, a tabela
gabarito deve ser usada durante o preenchimento da tabela principal, e não depois.
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RACIOCÍNIO LÓGICO

A primeira linha de cabeçalho será preenchida com os nomes dos grupos. Nas outras linhas, serão colocados os elementos do grupo
de referência inicial na tabela principal (no nosso exemplo, o grupo dos homens).

Homens Profissões Esposas


Carlos
Luís
Paulo

3º passo – vamos dar início ao preenchimento de nossa tabela, com as informações mais óbvias do problema, aquelas que não deixam
margem a nenhuma dúvida.
Em nosso exemplo:

A – O médico é casado com Maria — marque um “S” na tabela principal na célula comum a “Médico” e “Maria”, e um “N” nas demais
células referentes a esse “S”.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos
Luís
Paulo
Lúcia N
Patrícia N
Maria S N N

Observe ainda que: se o médico é casado com Maria, ele NÃO PODE ser casado com Lúcia e Patrícia, então colocamos “N” no
cruzamento de Medicina e elas. E se Maria é casada com o médico, logo ela NÃO PODE ser casada com o engenheiro e nem com o
advogado (logo colocamos “N” no cruzamento do nome de Maria com essas profissões). Não conseguimos nenhuma informação referente
a Carlos, Luís e Paulo.

B – Paulo é advogado. – Vamos preencher as duas tabelas (tabela gabarito e tabela principal) agora.

Homens Profissões Esposas


Carlos
Luís
Paulo Advogado

C – Patrícia não é casada com Paulo. – Vamos preencher com “N” na tabela principal.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos N
Luís N
Paulo N N S
Lúcia N N
Patrícia N
Maria S N N

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RACIOCÍNIO LÓGICO

D – Carlos não é médico. – Preenchemos com um “N” na tabela principal a célula comum a Carlos e “médico”.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos N N
Luís N
Paulo N N S
Lúcia N N
Patrícia N
Maria S N N

Notamos aqui que Luís então é o médico, pois foi a célula que ficou em branco.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos N N
Luís S N N
Paulo N N S
Lúcia N N
Patrícia N
Maria S N N

Podemos também completar a tabela gabarito.

Homens Profissões Esposas


Carlos
Luís Médico
Paulo Advogado

Novamente observamos uma célula vazia no cruzamento de Carlos com Engenharia. Marcamos um “S” nesta célula. E preenchemos
sua tabela gabarito.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos N S N
Luís S N N
Paulo N N S
Lúcia N N
Patrícia N
Maria S N N

Homens Profissões Esposas


Carlos Engenheiro
Luís Médico
Paulo Advogado

4º passo – após as anotações feitas na tabela principal e na tabela gabarito, vamos procurar informações que levem a novas conclusões,
que serão marcadas nessas tabelas.
Observe, na tabela principal, que Maria é esposa do médico, que se descobriu ser Luís, fato que poderia ser registrado na tabela-
gabarito. Mas não vamos fazer agora, pois essa conclusão só foi facilmente encontrada porque o problema que está sendo analisado é
muito simples. Vamos continuar o raciocínio e fazer as marcações mais tarde.
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RACIOCÍNIO LÓGICO

Além disso, sabemos que Patrícia não é casada com Paulo. Como Paulo é o advogado, podemos concluir que Patrícia não é casada
com o advogado.
Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria
Carlos N S N
Luís S N N
Paulo N N S
Lúcia N N
Patrícia N N
Maria S N N

Verificamos, na tabela acima, que Patrícia tem de ser casada com o engenheiro, e Lúcia tem de ser casada com o advogado.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos N S N
Luís S N N
Paulo N N S
Lúcia N N S N
Patrícia N S N
Maria S N N

Concluímos, então, que Lúcia é casada com o advogado (que é Paulo), Patrícia é casada com o engenheiro (que e Carlos) e Maria é
casada com o médico (que é Luís).
Preenchendo a tabela-gabarito, vemos que o problema está resolvido:

Homens Profissões Esposas


Carlos Engenheiro Patrícia
Luís Médico Maria
Paulo Advogado Lúcia

1º) Não se preocupe em terminar a tabela principal, uma vez que você tenha preenchido toda tabela gabarito. Ganhe tempo e parta
para a próxima questão.
2º) Nunca se esqueça de que essa técnica é composta por duas tabelas que devem ser utilizadas em paralelo, ou seja, quando uma
conclusão for tirada pelo uso de alguma delas, as outras devem ser atualizadas. A prática de resolução de questões de variados níveis de
complexidade vai ajudá-lo a ficar mais seguro.

Referência
ROCHA, Enrique. Raciocínio lógico para concursos: você consegue aprender: teoria e questões. Niterói: Impetus – 2010.

VERDADES E MENTIRAS: RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS.

Raciocínio Analítico trabalha com uma área da lógica conhecida como “lógica informal”. Ao contrário da lógica formal, onde os
argumentos são classificados como V ou F, a “lógica informal” possui uma série de possibilidades: um argumento pode ser mais sólido ou
menos sólido, uma premissa pode reforçar ou enfraquecer um argumento, uma conclusão pode ser mais provável ou menos provável…
Você verá que as questões de Raciocínio Analítico exigem bastante senso crítico, bastante capacidade de interpretação, observe o
exemplo citado abaixo.
Vejamos:

“Beber café causa câncer. Afinal, todas as pessoas com câncer que eu conheço bebiam café. Além disso, uma médica bastante
conhecida parou de ingerir este alimento para evitar a doença. É bom lembrar também que o número de casos de câncer tem aumentado,
assim como o consumo de café”.

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RACIOCÍNIO LÓGICO

Aqui temos as premissas e as conclusões na qual podemos Resolução: (“enfraquecer” o argumento é aquela afirmação
montar a estrutura deste argumento, para assim analisá-lo. que deixa a conclusão mais longe da sua validade) repare que duas
Premissa 1: todas as pessoas com câncer que eu conheço das alternativas de resposta não enfraquecem o argumento, mas
bebiam café sim o reforçam: A e C. As outras duas alternativas enfraquecem o
Premissa 2: uma médica bastante conhecida parou de ingerir argumento, como vimos acima. Mas preste atenção na pergunta
este alimento para evitar a doença feita no enunciado: nós devemos marcar aquela informação que
Premissa 3: o número de casos de câncer tem aumentado, MAIS enfraquece o argumento. Com base na análise que fizemos
assim como o consumo de café acima, creio que você não tenha dificuldade de marcar a alternativa
Conclusão: Beber café causa câncer D. Afinal, na alternativa B, o mero fato de a médica ter estudado
oncologia por um curto período e há muito tempo atrás não
A conclusão deste argumento está logo no início do texto. invalida totalmente a opinião dela, embora realmente enfraqueça
um pouco a argumentação do autor do texto.
Conforme dito no início ao estudar Raciocínio Analítico,
estamos no campo da “lógica informal”, que é menos rigorosa/ Mais alguns exemplos:
extremista. De qualquer forma, a uma primeira vista podemos fazer
um julgamento preliminar desse argumento. O seu senso crítico não 1 – Cinco aldeões foram trazidos à presença de um velho rei,
deve ter deixado que você fique inteiramente convencido da ideia acusados de haver roubado laranjas do pomar real. Abelim, o
que estava sendo defendida pelo texto. Isto porque, de fato, essa primeiro a falar, falou tão baixo que o rei que era um pouco surdo
fala apresenta alguns erros de argumentação que são as falácias. não ouviu o que ele disse. Os outros quatro acusados disseram:
Observe que: Bebelim: Cebelim é inocente, Cebelim: Dedelim é inocente,
Dedelim: Ebelim é culpado, Ebelim: Abelim é culpado.
Premissa 1: “todas as pessoas com câncer que eu conheço O mago Merlim, que vira o roubo das laranjas e ouvira as
bebiam café”. declarações dos cinco acusados, disse então ao rei: Majestade,
Quantas pessoas de fato a pessoa que faz tal afirmação apenas um dos cinco acusados é culpado e ele disse a verdade; os
conhecia? 100? 200? O fato é que, isto não significa generalizar, é outros quatro são inocentes e todos os quatro mentiram. O velho
afirmar que TODO mundo que bebe café vai morrer de câncer. rei, que embora um pouco surdo era muito sábio, logo concluiu
corretamente que o culpado era:
Premissa 2: “uma médica bastante conhecida parou de ingerir (A) Abelim
este alimento para evitar a doença”. (B) Bebelim
Será essa médica é uma especialista em oncologia (C) Cebelim
(especialidade médica que se dedica ao estudo e tratamento da (D) Dedelim
neoplasia, incluindo sua etiologia e desenvolvimento)? Ou será que (E) Ebelim
ela é pediatra? Aqui a pessoa que escreve este texto baseou suas
informações prestadas por uma médica que ela conhecia, não é Resolução: se quatro dos inocentes mentiram e somente um
possível saber qual é a especialidade da médica. culpado disse a verdade temos no quadro abaixo duas informações
conflitantes: as duas primeiras pois se ambas mentem não poderia
Premissa 3: “o número de casos de câncer tem aumentado, haver dois culpados!!!. Então somente um dos dois que disseram
assim como o consumo de café”. que são inocentes está correto. Desta forma se acha o culpado!
Uma informação não pode afirmar a correlação entre as Como consequência os outros últimos estão mentindo pois há 4
mesmas. Há estudos que comprovem isso? Este fato é isolado a inocentes que mentem. Testemos quem é o culpado:
uma região?
Dica: Não poderá ter dois inocentes que mentem pois só pode
Logo a conclusão não pode ser aceita como válida ou como ter um culpado.
uma verdade, pois nossos questionamentos nos levam a crer que
este argumento não é dito como válido. Pois podem existir pessoas Para hipótese 1 temos: Supondo que quem diz a verdade é B
com câncer que não bebem café e pessoas que bebem café e não e disse que Cebelim é inocente (e que pela questão todo inocente
tem câncer. mente) conclui-se que Dedelim é culpado (Cebelim mente). Na
terceira linha vemos que Dedelim mente (veja a coluna da hipótese
Se na prova perguntasse: “Qual das informações abaixo, se for 1). Isto não pode acontecer (dizer que D é culpado e a tabela na
verdadeira, mais enfraquece o argumento apresentado?” hipótese dizer que mente).
(A) O autor do texto conhece 100 pessoas com câncer.
(B) a médica referida pelo autor é pediatra, só tendo estudado Para a hipótese 2 temos: Bebelim mente e C é culpado (que
oncologia brevemente durante a faculdade há 20 anos. diz a verdade sempre), desta forma pela segunda linha da tabela
(C) as regiões do país onde o aumento do consumo de café D é inocente. Se D é inocente e mente então E é inocente e se E é
tem sido maior nos últimos anos também são as regiões que têm inocente e mete então A é inocente. Sendo assim, o culpado é C
registrado os maiores aumentos na incidência de câncer. (Cebelim).
(D) todos os conhecidos do autor bebem café.

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RACIOCÍNIO LÓGICO

(D) CORRETO. É possível acreditar que uma redução na


dificuldade das provas seja capaz de gerar um aumento expressivo
nas notas dos alunos. Basta cobrar os tópicos mais básicos e/ou
mais intuitivos de cada disciplina. Esta tese é mais crível que as
demais.
(E) ERRADO. Ainda que os professores, com medo da demissão,
tenham melhorado a qualidade de suas aulas, é improvável que
está melhoria de qualidade seja responsável por uma variação tão
expressiva nas notas.
Resposta: D.

Resposta C.
DIAGRAMAS LÓGICOS
2 – Há 2 anos, a Universidade Delta implantou um processo em
que os alunos da graduação realizam uma avaliação da qualidade
didática de todos os seus professores ao final do semestre letivo. Os diagramas lógicos são usados na resolução de vários proble-
Os professores mal avaliados pelos alunos em três semestres mas. É uma ferramenta para resolvermos problemas que envolvam
consecutivos são demitidos da instituição. Desde então, as notas argumentos dedutivos, as quais as premissas deste argumento po-
dos alunos têm aumentado: a média das notas atuais é 70% maior dem ser formadas por proposições categóricas.
do que a média de 2 anos atrás. A causa mais provável para o
aumento de 70% nas notas é: ATENÇÃO: É bom ter um conhecimento sobre conjuntos para
(A) a melhoria da qualidade dos alunos que entraram na conseguir resolver questões que envolvam os diagramas lógicos.
Universidade Delta nos últimos 2 anos, atraídos pelo processo de
avaliação dos docentes. Vejamos a tabela abaixo as proposições categóricas:
(B) a demissão dos professores mal avaliados, que são
substituídos por professores mais jovens, com mais energia para
motivar os alunos para o estudo. TIPO PREPOSIÇÃO DIAGRAMAS
(C) o aumento da cola durante as avaliações, fenômeno que
tem sido observado, nos últimos anos, nas principais instituições
educacionais brasileiras.
(D) uma diminuição no nível de dificuldade das avaliações TODO
elaboradas pelos professores, receosos de serem mal avaliados A
AéB
pelos alunos caso sejam exigentes.
(E) a melhoria da qualidade das aulas em geral, o que garante Se um elemento pertence ao conjunto A,
que os alunos aprendam os conteúdos de maneira mais profunda, então pertence também a B.
elevando a média das avaliações.

Resolução: antes de avaliar as alternativas, repare que


um aumento de 70% significa que, se a nota média dos alunos
anteriormente era 6 (em 10 pontos), após o aumento a nota média
passou a ser 10 (nota máxima!). Isto é, estamos diante de um NENHUM
aumento muito expressivo das notas. E
AéB
(A) ERRADO. Pode até ser que alunos melhores tenham sido
atraídos pelo processo mais rigoroso de avaliação dos docentes,
mas é improvável que isto justifique um aumento tão grande nas Existe pelo menos um elemento que
notas. Seriam necessários alunos MUITO melhores. pertence a A, então não pertence a B, e
(B) ERRADO. Note que a medida foi implementada há apenas vice-versa.
4 semestres (2 anos), e são necessários pelo menos 3 semestres
completos para que os professores mal avaliados começassem
a ser demitidos. Isto é, é improvável acreditar que os efeitos da
substituição de professores estivessem sendo sentidos de maneira
tão intensa em tão pouco tempo.
(C) ERRADO. Se de fato houve aumento da cola, é provável que
isso tenha influenciado um aumento das notas, mas um aumento
tão expressivo como o citado no item A (de 6 para 10 pontos)
exigiria um aumento massivo da cola.

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RACIOCÍNIO LÓGICO

(C) alguma casa de cultura que não é cinema é teatro.


(D) existe casa de cultura que não é cinema.
(E) todo teatro que não é casa de cultura não é cinema.

Resolução:
Vamos chamar de:
Cinema = C
Existe pelo menos um elemento co- Casa de Cultura = CC
mum aos conjuntos A e B. Teatro = T
Podemos ainda representar das seguin- Analisando as proposições temos:
tes formas: - Todo cinema é uma casa de cultura

ALGUM
I
AéB

- Existem teatros que não são cinemas

- Algum teatro é casa de cultura

ALGUM
O
A NÃO é B

Perceba-se que, nesta sentença, a aten-


ção está sobre o(s) elemento (s) de A que
não são B (enquanto que, no “Algum A é
B”, a atenção estava sobre os que eram B,
ou seja, na intercessão). Visto que na primeira chegamos à conclusão que C = CC
Temos também no segundo caso, a dife- Segundo as afirmativas temos:
rença entre conjuntos, que forma o con- (A) existem cinemas que não são teatros- Observando o último
junto A - B diagrama vimos que não é uma verdade, pois temos que existe pelo
menos um dos cinemas é considerado teatro.
Exemplo:
(GDF–ANALISTA DE ATIVIDADES CULTURAIS ADMINISTRAÇÃO
– IADES) Considere as proposições: “todo cinema é uma casa de
cultura”, “existem teatros que não são cinemas” e “algum teatro é
casa de cultura”. Logo, é correto afirmar que
(A) existem cinemas que não são teatros.
(B) existe teatro que não é casa de cultura.
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a solução para o seu concurso!
RACIOCÍNIO LÓGICO

Não há como sistematizar este assunto, então iremos ver


alguns exemplos para nos inspirar para que busquemos resolver
demais questões.

Exemplos:
1 – A sequência de números a seguir foi construída com um
padrão lógico e é uma sequência ilimitada:

0, 1, 2, 3, 4, 5, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 30,
31, 32, 33, 34, 35, 40, …

A partir dessas informações, identifique o termo da posição 74


(B) existe teatro que não é casa de cultura. – Errado, pelo mes- e o termo da posição 95. Qual a soma destes dois termos?
mo princípio acima.
(C) alguma casa de cultura que não é cinema é teatro. – Errado, Vamos analisar esta sequência dada:
a primeira proposição já nos afirma o contrário. O diagrama nos 1º) Vemos que a sequência vai de 6 em 6 termos e pula para a
afirma isso dezena seguinte

Os primeiros 6 termos vão de 0 a 5


Do 7º termo ao 12º termo: 10 a 15
13º termo ao 18º termo: 20 a 25

2º) Vemos que o padrão segue a tabuada do 6

6 x 1 = 6 (0 até 5)
6 x 2 = 12 (10 até 15)
6 x 3 = 18 (20 até 25)
(D) existe casa de cultura que não é cinema. – Errado, a justifi-
cativa é observada no diagrama da alternativa anterior. 3º) O número que está multiplicando o 6 menos uma unidade
(E) todo teatro que não é casa de cultura não é cinema. – Cor- representa a dezena que estamos começando a contar:
reta, que podemos observar no diagrama abaixo, uma vez que todo
cinema é casa de cultura. Se o teatro não é casa de cultura também 6 x 1 1 - 1 = 0 (0 até 5)
não é cinema. 6 x 2 2 - 1 = 1 (10 até 15)
6 x 3 3 - 1 = 2 (20 até 25)

4º) Se dividirmos 74 por 6 e 95 por 6 descobriremos seus


valores

74 : 6 = 12 (sobra 2)
95 : 6 = 15 (sobra 5)

5º) O termo 74 então está dois termos após 6 x 12

6 x 12 12 - 1 = 11 (110 até 115)


Então o termo 74 está no intervalo entre 120 até 125
Resposta: E O 74º termo é o número 121

6º) Da mesma forma, 95 está 5 após 6 x 15

SEQUÊNCIAS LÓGICAS. 6 x 15 15 - 1 = 14 (140 até 145)


O termo 95 está no intervalo entre 150 até 155
O 95º termo é o número 154
A lógica sequencial envolve a percepção e interpretação de
objetos que induzem a uma sequência, buscando reconhecer essa 7º) Somando 121 + 154 = 275
sequência e estabelecer sucessores a este objeto.
Muitas vezes essas questões vêm atreladas com aspectos 2. Analise a sequência a seguir:
aritméticos (sequências numéricas) ou geometria (construção de
certas figuras). 4; 7; 13; 25; 49

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RACIOCÍNIO LÓGICO

Admitindo-se que a regularidade dessa sequência permaneça a mesma para os números seguintes, é correto afirmar que o sétimo
termo será igual a?

1º) Do primeiro termo para o segundo, estamos somando 3.


2º) Do segundo termo para o terceiro, estamos somando 6.
3º) Do terceiro termo para o quarto, estamos somando 12.
4º) Do quarto termo para o quinto, estamos somando 24.
5º) Podemos estabelecer o padrão que estamos multiplicando a soma anterior por 2.
6º) Assim, do quinto termo para o sexto, estaríamos somando 48. E do sexto para o sétimo estaríamos somando 96
7º) Dessa forma, basta somarmos 49 com 48 e 96: 49 + 48 + 96 = 193

3 – Observe a sequência:

O padrão de formação dessa sequência permanece para as figuras seguintes. Desse modo, a figura que deve ocupar a 131ª posição
na sequência é idêntica à qual figura?
1º) Vemos que o padrão retorna para a origem a cada 7 termos.
2º) Os termos 14, 21, 28, 35, …, irão ser os mesmos que o padrão da 7ª figura.
3º) Os termos 8, 15, 22, 29, 36, …, irão ser os mesmos que o padrão da 1ª figura.
4º) Vamos então dividir 131 por 7 para descobrir essa equivalência.

131 : 7 = 18 (sobra 5)

5º) Justamente essa sobra, 5, será a posição equivalente.


Assim, a figura da 131ª posição é idêntica a figura da 5ª posição.

CASA DE POMBOS

PRINCIPIO DA CASA DE POMBOS (PCP)

Vejamos as seguintes afirmações:

Afirmação 1: Se temos que colocar sete pombos em seis casas, então alguma das casas terá que conter dois pombos ou mais.
Se tentarmos colocar apenas um pombo por casa, observe o que acontecerá com o sétimo pombo…

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a solução para o seu concurso!
RACIOCÍNIO LÓGICO

Afirmação 2: Se temos que colocar quatro livros em três gavetas, então alguma das gavetas terá que conter mais do que um livro.
Vamos tentar colocar um livro em cada gaveta:
- o primeiro será colocado na primeira gaveta;
- o segundo livro será colocado na segunda gaveta;
- o terceiro livro será colocado na terceira gaveta;
- para o quarto livro não teremos gaveta vazia para colocá-lo.

As afirmações 1 e 2 são situações particulares de uma ferramenta básica da Matemática: o Princípio das Casas de Pombos. Esse
princípio foi utilizado pela primeira vez pelo matemático alemão Johann Peter Gustav Lejeune Dirichlet (1805-1859), em 1834, e por isso é
também conhecido como Princípio das Gavetas de Dirichlet.

Esse Princípio trata de números inteiros positivos e seu enunciado é simples e intuitivo. Quem não conhece a sua aplicabilidade pode
até acreditar que se trata de uma “pegadinha”.
Em síntese temos:

Princípio das Casas de Pombos: Se tivermos n + 1 pombos para serem colocados em n casas,
então pelo menos uma casa deverá conter dois ou mais pombos.

Princípio das Gavetas de Dirichlet: Se tivermos n + 1 objetos para serem colocados em n


gavetas, então pelo menos uma gaveta deverá conter dois ou mais objetos.

A maneira com que justificamos o Princípio das Casas de Pombos nos dá uma estratégia para utilizá-lo na resolução de problemas: a
partir dos dados do problema a ser resolvido, devemos:
1) identificar quais são as “casas” e quais são os “pombos”,
2) distribuir os pombos nas casas,
3) determinar a relação existente entre ambos: pombos e casas.

Exemplos

1) Qual o número mínimo de pessoas que devemos reunir para que tenhamos certeza de que duas entre elas fazem aniversário no
mesmo mês?
Resposta: O número mínimo de pessoas é 13.

Solução: Para este problema temos:


- casas: meses do ano (12);
- pombos: pessoas (13);
- relação: associamos cada pessoa ao seu mês de nascimento.
Pelo Princípio das Casas de Pombos, como temos 12 casas e 13 pombos, uma das casas receberá, pelo menos, 2 pombos, ou seja, um
dos meses terá dois aniversariantes.

2) Em uma floresta existem 106 jaqueiras. É conhecido que cada uma dessas jaqueiras não produz anualmente mais do que 92 frutos.
Prove que existem 2 jaqueiras na floresta que têm a mesma quantidade de frutos.

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RACIOCÍNIO LÓGICO

Solução: Para este problema temos:


- casas: quantidade de frutos (0, 1, 2, 3, …, 92); ORIENTAÇÃO ESPACIAL E TEMPORAL.
- pombos: jaqueiras (106);
- relação: associamos cada jaqueira a quantidade de frutos que
ela contém. Existem tipos de questões de lógica que envolvem situações
Temos 106 jaqueiras e 93 (contando a partir do zero) casas específicas que necessitam de algo a mais para resolver do que
identificadas pelos números 0; 1; 2; 3; …; 92. O número k associado somente as tabelas verdade. Um exemplo disso são questões
a cada casa significa que nela serão colocadas jaqueiras que têm envolvendo espaço (posição, fila e tamanho e etc.) e tempo (horas,
exatamente k frutos. dias, calendário e etc.).
Como 106 > 94 = 93 + 1, o Princípio das Casas de Pombos nos Não há uma forma de elaborar estratégias específicas para a
garante que existem, pelo menos, duas jaqueiras com a mesma resolução de questões deste tipo, então iremos fornecer alguns
quantidade de frutos. exemplos para inspirar quais análises podem ser feitas.

3) São escolhidos cinco pontos, ao acaso, sobre a superfície de Exemplos:


um quadrado de lado 2. Mostre que pelo menos um dos segmentos 1 – Em um determinado ano, o mês de setembro teve 5 sábados
determinados por dois desses pontos tem comprimento, no máxi- e 5 domingos. Rodrigo faz aniversário no dia 1º de setembro. Em
mo, igual a √2. qual dia da semana foi o seu aniversário esse ano?
Solução:
Inicialmente, vamos dividir o quadrado em quatro quadrados Aqui, temos um exercício lidando com tempo. Neste caso,
de lado 1: estamos lidando com calendário, envolvendo dias de um mês.
Numa primeira vista, esta questão pode parecer muito difícil de
resolver, pois, aparentemente, há informações faltando. Mas vamos
ver como proceder na análise:
1º) Vamos nos atentar que setembro possui 30 dias;
2º) Dessa forma, dividindo este valor por 7, descobrimos
quantas semanas há nesse mês: 30 : 7 = 4 (e sobra 2).
3º) Assim, esse mês terá 4 semanas e mais dois dias.
4º) Se o mês começasse numa quinta-feira, teríamos então:
4 domingos
4 segundas
4 terças
Com isso, façamos: 4 quartas
- casas: os quadrados menores (4); 4 quintas
- pombos: pontos (5); 5 sextas
- relação: associamos cada ponto ao quadrado a que ele per- 5 sábados
tence.
Pelo Princípio das Casas de Pombos, a superfície de um dos 5º) No exemplo acima, para dar 5 sextas e 5 sábados, o mês
quadrados contém, pelo menos, dois dos cinco pontos dados. começou numa quinta. Assim, para termos 5 sábados e 5 domingos,
Observe que, para cada quadrado, a distância máxima entre o mês deve começar numa sexta.
dois pontos sobre a sua superfície é igual ao comprimento de sua 6º) Como o aniversário de Rodrigo é no dia 1º de setembro,
diagonal, que mede √2, veja: então seu aniversário será numa sexta-feira

---

2 – Observando o calendário de 2021, temos que o dia 23 de


outubro caiu em um sábado. Sabendo que o ano de 2020 foi o
último ano bissexto, o dia 23 de outubro de 2024 cairá em uma:

Vamos operar de maneira semelhante à questão anterior:


1º) Vamos dividir 365 (dias por ano) por 7 (dias por semana)
Assim, os dois pontos que estão sobre a superfície de um mes- para vermos quantas semanas temos no ano
mo quadrado estão a uma distância de no máximo √2. 365 : 7 = 52 (sobra 1)
Dessa forma, dados cinco pontos, como pelo menos dois es-
tarão em uma mesma “casa”, eles determinam um segmento de 2º) A divisão acima nos diz que a cada ano, avançamos um dia.
comprimento, no máximo, igual a √2. Ou seja, se o dia 1º de janeiro de 2023 foi num domingo, em 2024
será numa segunda.
Referências 3º) Devemos analisar também o ano bissexto, pois nestes anos,
http://clubes.obmep.org.br há um dia a mais, então seria para dividirmos 366 por 7.
366 : 7 = 52 (sobra 2)

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RACIOCÍNIO LÓGICO

4º) O último ano bissexto foi em 2020, então o próximo será 3º) Ana e Dora estão nas cadeiras pares
em 2024. Nos anos bissextos, fevereiro ganha um dia a mais. Se Ana estiver na cadeira 2, temos a configuração:
5º) Temos então que de 2021 para 2024:
1 – Carla 2 – Ana 3 – Bela 4 – Dora
2021 2022: +1 dia na semana
2022 2023: +1 dia na semana Se Ana estiver na cadeira na cadeira 4, temos a configuração
2023 2024: +2 dias na semana
= +4 dias na semana 1 – Dora 2 – Bela 3 – Carla 4 – Ana

6º) Como o dia 23 de outubro de 2021 caiu num sábado, o Mas essa opção não é possível, pois Ana e Dora estão nas pares.
dia 23 de outubro de 2024 cairá 4 dias da semana depois, ou seja, Logo, estão sentadas Carla na cadeira 1, Ana na cadeira 2, Bela
numa quarta. na cadeira 3 e Dora na cadeira 4.

– Lembrando: calendário e horas ---


Janeiro – 31 dias
Fevereiro – 28* dias Vemos que cabe ao candidato uma certa criatividade aliada ao
Março – 31 dias raciocínio para abordar as questões. Não há nada muito complexo,
Abril – 30 dias mas deve ser cuidadosamente vista para evitar deslizes e más
Maio – 31 dias interpretações.
Junho – 30 dias
Julho – 31 dias
Agosto – 31 dias
Setembro – 30 dias QUESTÕES
Outubro – 31 dias
Novembro – 30 dias
Dezembro – 31 dias 1. (VUNESP - Tec CPDJ (TJM SP)/TJM SP/Desenvolvedor/2021)
Considere as proposições p e q, em que: p: o dia está ensolara-
*Os anos bissextos acontecem a cada 4 anos (múltiplos de 4 do e a temperatura é baixa. q: é inverno.
como 2000, 2004, 2008, 2012, 2016, 2020, 2024, 2028, …) e nestes A negação da condicional p → q está corretamente represen-
anos fevereiro possui 29 dias. tada por:
(A) Se o dia não está ensolarado ou a temperatura não está
1 dia = 24 horas baixa, então não é inverno.
1 hora = 60 minutos (B) Se o dia não está ensolarado ou a temperatura não está
1 minuto = 60 segundos baixa, então é inverno.
(C) Se o dia não está ensolarado e a temperatura não está bai-
3 – Ana, Bela, Carla e Dora estão sentadas em volta de uma xa, então é inverno.
mesa quadrada em cadeiras numeradas de 1 a 4, como mostra a (D) O dia não está ensolarado ou a temperatura não é baixa e
figura a seguir: é inverno.
(E) O dia está ensolarado e a temperatura é baixa e não é in-
verno.

2. (VUNESP - Tec (CODEN)/CODEN/Informática/2021)


Considere a afirmação: Se estudei muito para o concurso, en-
tão não pude lavar o tapete. Uma afirmação equivalente a esta é
(A) Se pude lavar o tapete, então não estudei muito para o con-
curso.
(B) Se não estudei muito para o concurso, então pude lavar o
Sabe-se que: tapete.
– Ana não está em frente a Bela. (C) Ou estudei muito para o concurso ou não pude lavar o ta-
– Bela tem Carla a sua esquerda. pete.
– Ana e Dora estão nas cadeiras pares. (D) Estudei muito para o concurso e não pude lavar o tapete.
(E) Pude lavar o tapete e não estudei muito para o concurso.
Onde cada uma está sentada?
Vamos proceder com a seguinte análise: 3. (VUNESP - Tec (CODEN)/CODEN/Informática/2021)
1º) Como Ana não está na frente a Bela, então elas estão uma Considere verdadeiras as afirmações I, II e III.
do lado da outra. I. Se Francisco é mecânico, então Geraldo é encanador.
2º) Bela tem Carla a sua esquerda. II. Se Heitor é vendedor, então Geraldo não é encanador.
Então ela tem a Ana a sua direita. III. Se Heitor não é vendedor, então José é pedreiro.
E por fim, Dora está a sua frente. Considere falsidade a afirmação a seguir.
IV. Se Lucas é eletricista, então José é pedreiro.
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RACIOCÍNIO LÓGICO

A partir dessas informações, é correto concluir que um sorteio, de maneira que as três sabem quem mente e quem diz
(A) Lucas não é eletricista. a verdade. Observe um trecho de diálogo que elas tiveram durante
(B) Geraldo é encanador. a brincadeira:
(C) Francisco não é mecânico. Ana: Bia não está de blusa verde.
(D) José é pedreiro. Bia: Ana e Cleo estão mentindo.
(E) Heitor não é vendedor. Cleo: Bia está de blusa verde.
Bia: o mês atual não é fevereiro.
4. (VUNESP - Tec (PB Saúde)/PB Saúde/Informática/2021) Cleo: o mês atual tem menos de 30 dias.
As afirmações a seguir e as respectivas valorações, referem- se De acordo com esse diálogo, conclui-se que apenas
a cinco pessoas que SÃO ou NÃO SÃO capacitadas para exercer de- (A) Ana fala a verdade.
terminada função em uma empresa. (B) Bia fala a verdade.
I. Se Bruno não é, então André é. Afirmação FALSA. (C) Cleo fala a verdade.
II. André é ou Cleide é. Afirmação VERDADEIRA. (D) Ana e Bia falam a verdade.
III. Cleide é e Denise é. Afirmação FALSA. (E) Ana e Cleo falam a verdade.
IV. Se Cleide é, então Elisa não é.
Afirmação VERDADEIRA. Desse modo, pode-se concluir que 8. (VUNESP - Ana CPDJ (TJM SP)/TJM SP/Analista de Re-
(A) André é capacitado. des/2021)
(B) Bruno é capacitado. Um turista está em uma ilha cujos nativos têm um compor-
(C) Cleide não é capacitada. tamento peculiar: cada um deles ou fala apenas verdades ou fala
(D) Denise é capacitada. apenas mentiras. Para facilitar a vida dos turistas, existe uma lei
(E) Elisa não é capacitada. que obriga os nativos a usarem um crachá com seu próprio nome
escrito. O turista se encontrou com um grupo de 4 nativos e fez
5. (VUNESP - Esc (TJ SP)/TJ SP/”Capital e Interior”/2021) a seguinte pergunta para eles: Quais de vocês falam a verdade? E
obteve as seguintes respostas:
Observe o diagrama a seguir. Org: eu ou Com ou Art ou Eti.
Com: somente eu e Art.
Art: eu e Com e Org.
Eti: pelo menos Art.

O turista se despediu, ficou de costas para os quatro nativos e


ouviu que um deles gritou: “Eu não sou Org.” Desses nativos, quem
mentiu foi
(A) apenas Com.
(B) apenas Art.
A partir das informações fornecidas pelo diagrama, conclui- se (C) apenas Com, Art e Eti.
que a única afirmação verdadeira é: (D) apenas Org, Com e Art.
(A) Os cantores pianistas são dançarinos. (E) Org, Com, Art e Eti.
(B) Todo pianista é cantor ou dançarino.
(C) Os pianistas que não são dançarinos são cantores. 9. (VUNESP - CFO/QC (EsFCEx)/EsFCEx/Magistério de Matemá-
(D) Todo cantor é pianista. tica/2021)
(E) Os dançarinos que são pianistas são cantores. Considere a seguinte sentença quantificada:

6. (VUNESP - Esc (TJ SP)/TJ SP/”Capital e Interior”/2021)


Identifique a afirmação que corresponda à negação lógica da
afirmação a seguir: Se a questão é fácil, então todos os candidatos Uma negação para a sentença apresentada é:
acertam.
(A) A questão é fácil ou pelo menos um candidato acerta. (A)
(B) A questão é fácil e pelo menos um candidato não acerta.
(C) Se a questão não é fácil, então nenhum candidato acerta.
(D) Se todos os candidatos não acertam, então a questão não (B)
é fácil.
(E) A questão não é fácil e todos os candidatos acertam.
(C)
7. (VUNESP - Ana (PB Saúde)/PB Saúde/Rede, Sistemas e Sof-
tware/2021)
Ana, Bia e Cleo estão participando de uma brincadeira em que (D)
ou só dizem verdades ou só dizem mentiras. Para decidir que tipo
de frases cada uma irá dizer (verdadeiras ou mentirosas), foi feito
(E)

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RACIOCÍNIO LÓGICO

10. (VUNESP - Tec CPDJ (TJM SP)/TJM SP/Desenvolvedor/2021) 15. IBGE – 2022 De acordo com a proposição lógica a frase “Se
Observando o padrão de formação da sequência 71, 102, 77, o coordenador realizou a previsão orçamentária, então o trabalho
107, 83, 112, 89, 117, …, o número de elementos que estão entre foi realizado com sucesso” é equivalente a frase:
1 000 e 1 111 é (A) Se o coordenador não realizou a previsão orçamentária, en-
(A) 41. tão o trabalho não foi realizado com sucesso.
(B) 42. (B) O coordenador realizou a previsão orçamentária e o traba-
(C) 43. lho foi realizado com sucesso.
(D) 44. (C) O coordenador realizou a previsão orçamentária ou o traba-
(E) 45. lho foi realizado com sucesso.
(D) Se o trabalho não foi realizado com sucesso, então o coor-
11. (VUNESP - Ana CPDJ (TJM SP)/TJM SP/Analista de Re- denador não realizou a previsão orçamentária.
des/2021) (E) Se o trabalho foi realizado com sucesso, então o coordena-
Considere a sequência 222, 244, 286, 348, 431, 445, 499, 593, dor realizou a previsão orçamentária.
628, …. em que todos os seus elementos têm três algarismos. Con-
sidere agora uma segunda sequência, que tenha o mesmo padrão
de formação da sequência anterior, de maneira que seu primeiro GABARITO
elemento seja 333 e que todos os seus elementos têm três algaris-
mos. O número de elementos dessa nova sequência compreendi-
dos entre 600 e 800 é
(A) 2. 1 E
(B) 3.
(C) 4. 2 A
(D) 5. 3 C
(E) 6.
4 E
12. IBGE – 2022- Sabendo que o valor lógico da proposição 5 A
simples p: “Carlos acompanhou o trabalho da equipe” é verdadeira
6 B
e que o valor lógico da proposição simples q: “O recenseador visitou
todos os locais” é falso, então é correto afirmar que o valor lógico 7 C
da proposição composta: 8 E
(A) p disjunção q é falso
(B) p conjunção q é falso 9 C
(C) p condicional q é verdade 10 A
(D) p bicondicional q é verdade
(E) p disjunção exclusiva q é falso 11 B
12 B
13 PC – BA- “O acidente foi investigado e o autor foi encon-
13 B
trado”. De acordo com a lógica proposicional, a negação da frase é
descrita como: 14 CERTO
(A) “o acidente não foi investigado e o autor não foi encontra- 15 D
do”
(B) “o acidente não foi investigado ou o autor não foi encon-
trado”
(C) “o acidente não foi investigado e o autor foi encontrado”
(D) “o acidente foi investigado e o autor não foi encontrado”
(E) “o acidente não foi investigado ou o autor foi encontrado”

14. CRF – GO 2022- Julgue o item:


A frase “Dois mil mais vinte mais dois” não é uma proposição.
( ) CERTO
( ) ERRADO

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INFORMÁTICA BÁSICA
Exceto para Analista Empresarial

Processador ou CPU (Unidade de Processamento Central)


INFORMÁTICA BÁSICA: CONCEITOS BÁSICOS DE HARDWA- É o cérebro de um computador. É a base sobre a qual é
RE E SOFTWARE construída a estrutura de um computador. Uma CPU funciona,
basicamente, como uma calculadora. Os programas enviam
Hardware cálculos para o CPU, que tem um sistema próprio de “fila” para
fazer os cálculos mais importantes primeiro, e separar também os
O hardware são as partes físicas de um computador. Isso cálculos entre os núcleos de um computador. O resultado desses
inclui a Unidade Central de Processamento (CPU), unidades de cálculos é traduzido em uma ação concreta, como por exemplo,
armazenamento, placas mãe, placas de vídeo, memória, etc.1. aplicar uma edição em uma imagem, escrever um texto e as letras
Outras partes extras chamados componentes ou dispositivos aparecerem no monitor do PC, etc. A velocidade de um processador
periféricos incluem o mouse, impressoras, modems, scanners, está relacionada à velocidade com que a CPU é capaz de fazer os
câmeras, etc. cálculos.
Para que todos esses componentes sejam usados
apropriadamente dentro de um computador, é necessário que a
funcionalidade de cada um dos componentes seja traduzida para
algo prático. Surge então a função do sistema operacional, que
faz o intermédio desses componentes até sua função final, como,
por exemplo, processar os cálculos na CPU que resultam em uma
imagem no monitor, processar os sons de um arquivo MP3 e mandar
para a placa de som do seu computador, etc. Dentro do sistema
operacional você ainda terá os programas, que dão funcionalidades
diferentes ao computador. CPU.3
Coolers
Gabinete Quando cada parte de um computador realiza uma tarefa,
O gabinete abriga os componentes internos de um elas usam eletricidade. Essa eletricidade usada tem como uma
computador, incluindo a placa mãe, processador, fonte, discos de consequência a geração de calor, que deve ser dissipado para que o
armazenamento, leitores de discos, etc. Um gabinete pode ter computador continue funcionando sem problemas e sem engasgos
diversos tamanhos e designs. no desempenho. Os coolers e ventoinhas são responsáveis por
promover uma circulação de ar dentro da case do CPU. Essa circulação
de ar provoca uma troca de temperatura entre o processador e
o ar que ali está passando. Essa troca de temperatura provoca o
resfriamento dos componentes do computador, mantendo seu
funcionamento intacto e prolongando a vida útil das peças.

Gabinete.2

1 https://www.palpitedigital.com/principais-componentes-inter-
nos-pc-perifericos-hardware-software/#:~:text=O%20hardware%20
s%C3%A3o%20as%20partes,%2C%20scanners%2C%20c%C3%A2me- Cooler.4
ras%2C%20etc. 3 https://www.showmetech.com.br/porque-o-processador-e-uma-pe-
2 https://www.chipart.com.br/gabinete/gabinete-gamer-gamemax- ca-importante
-shine-g517-mid-tower-com-1-fan-vidro-temperado-preto/2546 4 https://www.terabyteshop.com.br/produto/10546/cooler-deepcool-
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INFORMÁTICA BÁSICA

Placa-mãe Placas de vídeo


Se o CPU é o cérebro de um computador, a placa-mãe é o Permitem que os resultados numéricos dos cálculos de um
esqueleto. A placa mãe é responsável por organizar a distribuição processador sejam traduzidos em imagens e gráficos para aparecer
dos cálculos para o CPU, conectando todos os outros componentes em um monitor.
externos e internos ao processador. Ela também é responsável por
enviar os resultados dos cálculos para seus devidos destinos. Uma
placa mãe pode ser on-board, ou seja, com componentes como
placas de som e placas de vídeo fazendo parte da própria placa
mãe, ou off-board, com todos os componentes sendo conectados
a ela.

Placa de vídeo 7

Periféricos de entrada, saída e armazenamento


São placas ou aparelhos que recebem ou enviam informações
para o computador. São classificados em:
– Periféricos de entrada: são aqueles que enviam informações
para o computador. Ex.: teclado, mouse, scanner, microfone, etc.

Placa-mãe.5

Fonte
É responsável por fornecer energia às partes que compõe um
computador, de forma eficiente e protegendo as peças de surtos
de energia.

Periféricos de entrada.8

– Periféricos de saída: São aqueles que recebem informações


do computador. Ex.: monitor, impressora, caixas de som.

Fonte 6 -01001-xway/p/dh97g572hc/in/ftpc
-gammaxx-c40-dp-mch4-gmx-c40p-intelam4-ryzen 7https://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2012/12/conheca-me-
5 https://www.terabyteshop.com.br/produto/9640/placa-mae-biostar- lhores-placas-de-video-lancadas-em-2012.html
-b360mhd-pro-ddr4-lga-1151 8https://mind42.com/public/970058ba-a8f4-451b-b121-3ba-
6 https://www.magazineluiza.com.br/fonte-atx-alimentacao-pc-230w- 35c51e1e7
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INFORMÁTICA BÁSICA

Software
Software é um agrupamento de comandos escritos em uma
linguagem de programação12. Estes comandos, ou instruções, criam
as ações dentro do programa, e permitem seu funcionamento.
Um software, ou programa, consiste em informações que
podem ser lidas pelo computador, assim como seu conteúdo
audiovisual, dados e componentes em geral. Para proteger os
direitos do criador do programa, foi criada a licença de uso. Todos
estes componentes do programa fazem parte da licença.
A licença é o que garante o direito autoral do criador ou
distribuidor do programa. A licença é um grupo de regras estipuladas
pelo criador/distribuidor do programa, definindo tudo que é ou não
é permitido no uso do software em questão.
Periféricos de saída.9 Os softwares podem ser classificados em:
– Software de Sistema: o software de sistema é constituído
– Periféricos de entrada e saída: são aqueles que enviam pelos sistemas operacionais (S.O). Estes S.O que auxiliam o usuário,
e recebem informações para/do computador. Ex.: monitor para passar os comandos para o computador. Ele interpreta nossas
touchscreen, drive de CD – DVD, HD externo, pen drive, impressora ações e transforma os dados em códigos binários, que podem ser
multifuncional, etc. processados
– Software Aplicativo: este tipo de software é, basicamente,
os programas utilizados para aplicações dentro do S.O., que não
estejam ligados com o funcionamento do mesmo. Exemplos: Word,
Excel, Paint, Bloco de notas, Calculadora.
– Software de Programação: são softwares usados para criar
outros programas, a parir de uma linguagem de programação,
como Java, PHP, Pascal, C+, C++, entre outras.
– Software de Tutorial: são programas que auxiliam o usuário
de outro programa, ou ensine a fazer algo sobre determinado
assunto.
– Software de Jogos: são softwares usados para o lazer, com
vários tipos de recursos.
– Software Aberto: é qualquer dos softwares acima, que tenha
Periféricos de entrada e saída.10 o código fonte disponível para qualquer pessoa.

– Periféricos de armazenamento: são aqueles que armazenam Todos estes tipos de software evoluem muito todos os dias.
informações. Ex.: pen drive, cartão de memória, HD externo, etc. Sempre estão sendo lançados novos sistemas operacionais, novos
games, e novos aplicativos para facilitar ou entreter a vida das
pessoas que utilizam o computador.

HISTÓRIA DA COMPUTAÇÃO

Desde a antiguidade o homem procurou montar máquinas


para automatizar os cálculos e, desta forma, facilitar a vida em
sociedade.
Vamos relatar cronologicamente essas invenções:

Periféricos de armazenamento.11

9 https://aprendafazer.net/o-que-sao-os-perifericos-de-saida-para-
-que-servem-e-que-tipos-existem
10 https://almeida3.webnode.pt/trabalhos-de-tic/dispositivos-de-en-
trada-e-saida
11 https://www.slideshare.net/contatoharpa/perifricos-4041411 12 http://www.itvale.com.br
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INFORMÁTICA BÁSICA

Data Histórico
Foi inventado o ábaco na babilônia (antigo instrumento de cálculo)
Antiguidade Primeiramente era concebido escrevendo linhas com pedras na areia.
2500 ac. Nações como Mesopotâmia, Índia, Egito, China, Egito foram utilizadores deste instrumento em suas sociedades.
Gutemberg desenvolve a primeira impressora, antes era necessário que os escribas desenvolvessem copias
1440
manuais.
1500 Leonardo da Vinci faz o projeto da primeira calculadora mecânica.
Blaise Pascal criou a pascalina. Pascalina era um dispositivo que funcionava com engrenagens e realizava
1662 dc. cálculos como a soma e a subtração. Este dispositivo ficou conhecido como a primeira calculadora mecânica do
mundo.
Joseph Marie Jacquard criou o tear programável para a indústria têxtil. Desta forma utilizava-se cartões
1801 - 1804 dc. perfurados para desenhos em tecidos pre-programados. Desta forma o desenho estava concebido no cartão. Os
primeiros computadores utilizavam esta forma de programação.
1822 dc. Charles Babbage publicou a máquina diferencial capaz de resolver equações polinômicas.
George Boole baseando-se em Leibniz publicou e evoluiu o conceito para um sistema completo de sistema
1847 computacional, criou e desenvolveu o sistema binário que representa os algoritmos no sistema binário 0 e 1.
Desta forma George Boole organizou estes conceitos. Este sistema é a base da informática atual.
No contexto da II guerra mundial foi construído o ENIAC. O ENIAC era computador que se utilizava de
eletricidade e válvulas.
1943 dc. Desta forma muitos estudos ocorreram na área de lógica e inteligência artificial e criptografia liderados por Alan
Turing. Desta forma o ENIAC é considerado o primeiro computador do mundo, pois durante os seus 10 anos de
operação, o ENIAC realizou um total de contas maior que a humanidade tinha realizado até então.
2º geração de computadores (foram criadas máquinas menores e com menos aquecimento, criação dos
1959 a 1964
transistores que vieram substituir a válvula eletrônica.
1965 a 1970 3º geração de computadores (tamanho reduzido, primeiros softwares, circuitos integrados, etc.
Década e 1970 Surgimento da APPLE COMPUTER, MICROSOFT, IBM, etc.
Atualmente Note Books, smartphones, demais dispositivos dotados de inteligência artificial, internet das coisas, etc.
(4º geração)
Futuro O sistema quântico irá substituir o sistema binário.

UNIDADES DE INFORMAÇÃO, TIPOS DE MEDIA E ESTRUTURA GERAL DO COMPUTADOR

— Unidades de Informação
Unidades de informação são as diferentes formas de representação de dados dentro de um sistema computacional. Elas são usadas
para medir a quantidade de informação armazenada ou processada. As principais unidades de informação incluem:
– Bit (Binary Digit): A menor unidade de informação, representando um dígito binário, que pode ser 0 ou 1.
– Byte: Um conjunto de 8 bits. É a unidade básica para armazenamento e processamento de dados.
– Kilobyte (KB): 1.024 bytes ou 2^10 bytes.
– Megabyte (MB): 1.024 kilobytes ou 2^20 bytes.
– Gigabyte (GB): 1.024 megabytes ou 2^30 bytes.
– Terabyte (TB): 1.024 gigabytes ou 2^40 bytes.
– Petabyte (PB): 1.024 terabytes ou 2^50 bytes.

— Tipos de Mídia
Os computadores utilizam diferentes tipos de mídia para armazenar e transferir dados. Alguns dos tipos mais comuns de mídia incluem:
– Disco Rígido (HDD - Hard Disk Drive): Mídia magnética de armazenamento permanente usada em computadores para armazenar
dados, programas e arquivos.
– Disco de Estado Sólido (SSD - Solid State Drive): Mídia de armazenamento não volátil que utiliza memória flash para armazenar
dados, sendo mais rápida que os discos rígidos tradicionais.
– CD (Compact Disc) e DVD (Digital Versatile Disc): Mídias ópticas usadas para armazenar e distribuir dados, música, vídeos, entre
outros.
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INFORMÁTICA BÁSICA

– Pendrive ou USB Flash Drive: Pequenos dispositivos – Windows 10 Mobile: o Windows 10 Mobile é voltado para os
portáteis de armazenamento que se conectam a uma porta USB do dispositivos de tela pequena cujo uso é centrado no touchscreen,
computador. como smartphones e tablets
– Cartões de Memória: Usados em câmeras, smartphones e – Windows 10 Mobile Enterprise: também voltado para
outros dispositivos móveis para armazenar dados e mídia. smartphones e pequenos tablets, o Windows 10 Mobile Enterprise
– Nuvem (Cloud): Armazenamento de dados online, acessível tem como objetivo entregar a melhor experiência para os
de qualquer lugar com acesso à Internet. consumidores que usam esses dispositivos para trabalho.
– Windows 10 IoT: edição para dispositivos como caixas
— Estrutura Geral do Computador eletrônicos, terminais de autoatendimento, máquinas de
A estrutura geral de um computador é composta por várias atendimento para o varejo e robôs industriais – todas baseadas no
partes interconectadas que permitem o processamento de Windows 10 Enterprise e Windows 10 Mobile Enterprise.
informações. As principais partes de um computador são: – Windows 10 S: edição otimizada em termos de segurança e
– Unidade Central de Processamento (CPU): Responsável por desempenho, funcionando exclusivamente com aplicações da Loja
executar as instruções e processar os dados. Microsoft.
– Memória RAM (Random Access Memory): Armazena – Windows 10 Pro – Workstation: como o nome sugere, o
temporariamente os dados e programas em execução para acesso Windows 10 Pro for Workstations é voltado principalmente para
rápido pela CPU. uso profissional mais avançado em máquinas poderosas com vários
– Placa-mãe (Motherboard): Placa de circuito que conecta processadores e grande quantidade de RAM.
todos os componentes do computador.
– Disco Rígido (ou SSD): Responsável pelo armazenamento Área de Trabalho (pacote aero)
permanente dos dados e do sistema operacional. Aero é o nome dado a recursos e efeitos visuais introduzidos no
– Placa de Vídeo (GPU): Responsável por processar e exibir Windows a partir da versão 7.
gráficos e vídeos.
– Fonte de Alimentação: Fornecer energia para o funcionamento
de todos os componentes.
– Periféricos: Dispositivos externos, como teclado, mouse,
monitor, impressora, entre outros, que permitem a interação com
o computador.

SISTEMA OPERACIONAL

Lançado em 2015, O Windows 10 chega ao mercado com a


proposta ousada, juntar todos os produtos da Microsoft em uma
única plataforma. Além de desktops e notebooks, essa nova versão
equipará smartphones, tablets, sistemas embarcados, o console
Xbox One e produtos exclusivos, como o Surface Hub e os óculos de Área de Trabalho do Windows 10.
realidade aumentada HoloLens13. Fonte: https://edu.gcfglobal.org/pt/tudo-sobre-o-windows-10/sobre-
-a-area-de-trabalho-do-windows-10/1/
Versões do Windows 10
– Windows 10 Home: edição do sistema operacional voltada Aero Glass (Efeito Vidro)
para os consumidores domésticos que utilizam PCs (desktop e Recurso que deixa janelas, barras e menus transparentes,
notebook), tablets e os dispositivos “2 em 1”. parecendo um vidro.
– Windows 10 Pro: o Windows 10 Pro também é voltado para
PCs (desktop e notebook), tablets e dispositivos “2 em 1”, mas traz
algumas funcionalidades extras em relação ao Windows 10 Home,
os quais fazem com que essa edição seja ideal para uso em pequenas
empresas, apresentando recursos para segurança digital, suporte
remoto, produtividade e uso de sistemas baseados na nuvem.
– Windows 10 Enterprise: construído sobre o Windows 10 Pro,
o Windows 10 Enterprise é voltado para o mercado corporativo.
Os alvos dessa edição são as empresas de médio e grande porte,
e o Sistema apresenta capacidades que focam especialmente
em tecnologias desenvolvidas no campo da segurança digital e
produtividade.
– Windows 10 Education: Construída a partir do Windows
10 Enterprise, essa edição foi desenvolvida para atender as
necessidades do meio escolar. Efeito Aero Glass.
13 https://estudioaulas.com.br/img/ArquivosCurso/materialDemo/ Fonte: https://www.tecmundo.com.br/windows-10/64159-efeito-aero-
SlideDemo-4147.pdf -glass-lancado-mod-windows-10.htm
Editora
125
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INFORMÁTICA BÁSICA

Aero Flip (Alt+Tab)


Permite a alternância das janelas na área de trabalho,
organizando-as de acordo com a preferência de uso.

Efeito Aero Snap.

Aero Peek (Win+Vírgula – Transparência / Win+D – Minimizar


Efeito Aero Flip. Tudo)
O Aero Peek (ou “Espiar área de trabalho”) permite que o
Aero Shake (Win+Home) usuário possa ver rapidamente o desktop. O recurso pode ser útil
Ferramenta útil para quem usa o computador com multitarefas. quando você precisar ver algo na área de trabalho, mas a tela está
Ao trabalhar com várias janelas abertas, basta “sacudir” a janela cheia de janelas abertas. Ao usar o Aero Peek, o usuário consegue
ativa, clicando na sua barra de título, que todas as outras serão ver o que precisa, sem precisar fechar ou minimizar qualquer
minimizadas, poupando tempo e trabalho. E, simplesmente, basta janela. Recurso pode ser acessado por meio do botão Mostrar área
sacudir novamente e todas as janelas serão restauradas. de trabalho (parte inferior direita do Desktop). Ao posicionar o
mouse sobre o referido botão, as janelas ficam com um aspecto
transparente. Ao clicar sobre ele, as janelas serão minimizadas.

Efeito Aero Shake (Win+Home)


Efeito Aero Peek.
Aero Snap (Win + Setas de direção do teclado)
Recurso que permite melhor gerenciamento e organização das Menu Iniciar
janelas abertas. Algo que deixou descontente grande parte dos usuários do
Basta arrastar uma janela para o topo da tela e a mesma é Windows 8 foi o sumiço do Menu Iniciar.
maximizada, ou arrastando para uma das laterais a janela é dividida
de modo a ocupar metade do monitor. O novo Windows veio com a missão de retornar com o Menu
Iniciar, o que aconteceu de fato. Ele é dividido em duas partes: na
direita, temos o padrão já visto nos Windows anteriores, como XP,

Editora
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126
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INFORMÁTICA BÁSICA

Vista e 7, com a organização em lista dos programas. Já na direita


temos uma versão compacta da Modern UI, lembrando muito os
azulejos do Windows Phone 8.

Paint 3D.

Cortana
Menu Iniciar no Windows 10. Cortana é um/a assistente virtual inteligente do sistema
Fonte: https://pplware.sapo.pt/microsoft/windows/windows-10-5-di- operacional Windows 10.
cas-usar-melhor-menu-iniciar Além de estar integrada com o próprio sistema operacional, a
Cortana poderá atuar em alguns aplicativos específicos. Esse é o
Nova Central de Ações caso do Microsoft Edge, o navegador padrão do Windows 10, que
A Central de Ações é a nova central de notificações do Windows vai trazer a assistente pessoal como uma de suas funcionalidades
10. Ele funciona de forma similar à Central de Ações das versões nativas. O assistente pessoal inteligente que entende quem você
anteriores e também oferece acesso rápido a recursos como modo é, onde você está e o que está fazendo. O Cortana pode ajudar
Tablet, Bloqueio de Rotação, Luz noturna e VPN. quando for solicitado, por meio de informações-chave, sugestões e
até mesmo executá-las para você com as devidas permissões.

Para abrir a Cortana selecionando a opção

na Barra de Tarefas. Podendo teclar ou falar o tema que deseja.

Central de ações do Windows 10.


Fonte: https://support.microsoft.com/pt-br/help/4026791/
windows-how-to-open-action-center Cortana no Windows 10.
Paint 3D Fonte: https://www.tecmundo.com.br/cortana/76638-cortana-ganhar-
O novo App de desenhos tem recursos mais avançados, -novo-visual-windows-10-rumor.htm
especialmente para criar objetos em três dimensões. As ferramentas
antigas de formas, linhas e pintura ainda estão lá, mas o design Microsot Edge
mudou e há uma seleção extensa de funções que prometem deixar O novo navegador do Windows 10 veio para substituir o
o programa mais versátil. Internet Explorer como o browser-padrão do sistema operacional
Para abrir o Paint 3D clique no botão Iniciar ou procure por da Microsoft. O programa tem como características a leveza, a
Paint 3D na caixa de pesquisa na barra de tarefas. rapidez e o layout baseado em padrões da web, além da remoção
de suporte a tecnologias antigas, como o ActiveX e o Browser
Helper Objects.

Editora
127
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INFORMÁTICA BÁSICA

Dos destaques, podemos mencionar a integração com


serviços da Microsoft, como a assistente de voz Cortana e o
serviço de armazenamento na nuvem OneDrive, além do suporte a
ferramentas de anotação e modo de leitura.
O Microsoft Edge é o primeiro navegador que permite fazer
anotações, escrever, rabiscar e realçar diretamente em páginas da
Web.
Use a lista de leitura para salvar seus artigos favoritos
para mais tarde e lê-los no modo de leitura .

Focalize guias abertas para visualizá-las e leve seus favoritos e


sua lista de leitura com você quando usar o Microsoft Edge em ou-
tro dispositivo.
O Internet Explorer 11, ainda vem como acessório do Windows
10. Devendo ser descontinuado nas próximas atualizações. Windows Hello.

Para abrir o Edge clique no botão Iniciar , Microsoft Edge Bibliotecas


As Bibliotecas são um recurso do Windows 10 que permite
a exibição consolidada de arquivos relacionados em um só local.
ou clique no ícone na barra de tarefas. Você pode pesquisar nas Bibliotecas para localizar os arquivos
certos rapidamente, até mesmo quando esses arquivos estão em
pastas, unidades ou em sistemas diferentes (quando as pastas
são indexadas nos sistemas remotos ou armazenadas em cache
localmente com Arquivos Offline).

Microsoft Edge no Windows 10.

Windows Hello
O Windows Hello funciona com uma tecnologia de credencial
chamada Microsoft Passport, mais fácil, mais prática e mais segura
do que usar uma senha, porque ela usa autenticação biométrica. O
usuário faz logon usando face, íris, impressão digital, PIN, bluetooth Tela Bibliotecas no Windows 10.
do celular e senha com imagem.
Fonte: https://agorafunciona.wordpress.com/2017/02/12/como-re-
Para acessar o Windows Hello, clique no botão , selecio- mover-as-pastas-imagens-da-camera-e-imagens-salvas
ne Configurações
One Drive
O OneDrive é serviço um de armazenamento e
> Contas > Opções de entrada. Ou procure por Hello compartilhamento de arquivos da Microsoft. Com o Microsoft
ou Configurações de entrada na barra de pesquisa. OneDrive você pode acessar seus arquivos em qualquer lugar e em
qualquer dispositivo.
O OneDrive é um armazenamento on-line gratuito que vem
com a sua conta da Microsoft. É como um disco rígido extra que
está disponível para todos os dispositivos que você usar.

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INFORMÁTICA BÁSICA

OneDivre.
Fonte: https://tecnoblog.net/286284/como-alterar-o-local-da-
-pasta-do-onedrive-no-windows-10 Central de Segurança do Windows Defender
A Central de Segurança do Windows Defender fornece a área
Manipulação de Arquivos de proteção contra vírus e ameaças.
É um conjunto de informações nomeadas, armazenadas e
organizadas em uma mídia de armazenamento de dados. O arquivo Para acessar a Central de Segurança do Windows Defender, cli-
está disponível para um ou mais programas de computador, sendo que no botão ,
essa relação estabelecida pelo tipo de arquivo, identificado pela
extensão recebida no ato de sua criação ou alteração. selecione Configurações > Atualização e segurança >
Windows Defender. Ou procure por Windows Defender na barra de
Há arquivos de vários tipos, identificáveis por um nome, seguido pesquisa.
de um ponto e um sufixo com três (DOC, XLS, PPT) ou quatro letras
(DOCX, XLSX), denominado extensão. Assim, cada arquivo recebe
uma denominação do tipo arquivo.extensão. Os tipos mais comuns
são arquivos de programas (executavel.exe), de texto (texto.docx),
de imagens (imagem.bmp, eu.jpg), planilhas eletrônicas (tabela.
xlsx) e apresentações (monografia.pptx).

• Pasta Windows Defender.


As pastas ou diretórios: não contém informação propriamente
dita e sim arquivos ou mais pastas. A função de uma pasta é Fonte: https://answers.microsoft.com/pt-br/protect/forum/all/
organizar tudo o que está dentro das unidades. central-de-seguran%C3%A7a-do-windows-defender/9ae1b77e-de-
O Windows utiliza as pastas do computador para agrupar 7c-4ee7-b90f-4bf76ad529b1
documentos, imagens, músicas, aplicações, e todos os demais tipos
de arquivos existentes. Lixeira
Para visualizar a estrutura de pastas do disco rígido, bem como A Lixeira armazena temporariamente arquivos e/ou pastas
os arquivos nela armazenados, utiliza-se o Explorador de Arquivos. excluídos das unidades internas do computador (c:\).
Para enviar arquivo para a lixeira:
• Manipulação de arquivos e/ou pastas (Recortar/Copiar/Co- - Seleciona-lo e pressionar a tecla DEL.
lar) - Arrasta-lo para a lixeira.
Existem diversas maneiras de manipular arquivos e/ou pastas. - Botão direito do mouse sobre o arquivo, opção excluir.
1. Através dos botões RECORTAR, COPIAR E COLAR. (Mostrados - Seleciona-lo e pressionar CTRL+D.
na imagem acima – Explorador de arquivos).
2. Botão direito do mouse. Arquivos apagados permanentemente:
3. Selecionando e arrastando com o uso do mouse (Atenção - Arquivos de unidades de rede.
com a letra da unidade e origem e destino). - Arquivos de unidades removíveis (pen drive, ssd card...).

Editora
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INFORMÁTICA BÁSICA

- Arquivos maiores do que a lixeira. (Tamanho da lixeira é


mostrado em MB (megabytes) e pode variar de acordo com o SOFTWARE APLICATIVOS E SOFTWARE BÁSICO, UTILITÁ-
tamanho do HD (disco rígido) do computador). RIOS
- Deletar pressionando a tecla SHIFT.
- Desabilitar a lixeira (Propriedades).
Software Livre refere-se a todo programa de computador
que pode ser executado, copiado, modificado e redistribuído sem
Para acessar a Lixeira, clique no ícone correspondente que haja a necessidade da autorização do seu proprietário para
na área de trabalho do Windows 10. isso14. Esse tipo de software disponibiliza para seus usuários e
desenvolvedores o livre acesso ao código-fonte para que possam
Outros Acessórios do Windows 10 realizar alterações da maneira que desejarem.
Existem outros, outros poderão ser lançados e incrementados, O código-fonte são as instruções que formam um programa15. É
mas os relacionados a seguir são os mais populares: baseado em uma linguagem de programação. Depois de concluído,
– Alarmes e relógio. esse código deve ser transformado em linguagem de máquina para
– Assistência Rápida. que o computador efetivamente faça das instruções um software.
– Bloco de Notas. Tendo acesso ao código-fonte, uma pessoa com conhecimentos para
– Calculadora. isso pode estudá-lo ou mesmo alterá-lo conforme sua necessidade
– Calendário. ou interesse
– Clima. A FSF (Free Software Foundation - Fundação para o Software
– E-mail. Livre) é a criadora do conceito. Ela é uma organização sem fins
– Facilidade de acesso (ferramenta destinada a deficientes lucrativos, fundada no ano de 1985 por Richard Stallman, idealizador
físicos). do GNU - sistema operacional tipo Unix. A filosofia da FSF apoia-se
– Ferramenta de Captura. na liberdade de expressão e não nos lucros. Stallman acredita que
– Gravador de passos. os softwares proprietários (aqueles que não são livres) são injustos,
– Internet Explorer. restritivos e de certa forma discriminatórios.
– Mapas. Em 1983, Stallman começou o Projeto GNU após ter sofrido
– Mapa de Caracteres. uma experiência negativa com um software comercial. Funcionário
– Paint. do Laboratório de Inteligência Artificial do MIT, ele identificou uma
– Windows Explorer. falha no software de uma impressora Xerox e tentou consertá-la.
– WordPad. No entanto, a empresa não liberou para Stallman o código-fonte,
– Xbox. motivando-o a criar um mecanismo legal que garantisse que todos
pudessem desfrutar dos direitos de copiar, modificar e redistribuir
Principais teclas de atalho um software. Isso gerou a criação da Licença GPL e, posteriormente,
CTRL + F4: fechar o documento ativo. da FSF.
CTRL + R ou F5: atualizar a janela. Os usuários de software livre estão isentos dessas restrições,
CTRL + Y: refazer. pois eles não necessitam pedir autorização ao proprietário, além
CTRL + ESC: abrir o menu iniciar. de não serem obrigados a concordar com cláusulas restritivas de
CTRL + SHIFT + ESC: gerenciador de tarefas. outros, bem como licenças proprietárias, como cópias restritas.
WIN + A: central de ações. Algumas licenças de utilização foram criadas para poder
WIN + C: cortana. garantir a equidade e a organização de direitos entre os usuários. A
WIN + E: explorador de arquivos. mais utilizada delas é a GPL - General Public License (Licença Pública
WIN + H: compartilhar. do Uso Geral).
WIN + I: configurações. Um programa pode ser considerado software livre quando se
WIN + L: bloquear/trocar conta. enquadra nas quatro liberdades essenciais:
WIN + M: minimizar as janelas. Liberdade 0: a liberdade de execução do programa para
WIN + R: executar. qualquer finalidade;
WIN + S: pesquisar. Liberdade 1: a liberdade de estudar e entender como o
WIN + “,”: aero peek. programa funciona, além de poder adaptá-lo de acordo com as suas
WIN + SHIFT + M: restaurar as janelas. necessidades. Para isso, o acesso ao código-fonte do software faz-se
WIN + TAB: task view (visão de tarefas). necessário;
WIN + HOME: aero shake. Liberdade 2: a liberdade de redistribuir cópias com o intuito de
ALT + TAB: alternar entre janelas. ajudar outras pessoas;
WIN + X: menu de acesso rápido. Liberdade 3: a liberdade de distribuir cópias alteradas a outras
F1: ajuda. pessoas. Isso permite que as demais pessoas tenham acesso
ao software em sua versão melhorada, se beneficiando de suas
mudanças.

14 https://canaltech.com.br/software/o-que-e-software-livre-25494/
15 https://www.infowester.com/freexopen.php
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130
a solução para o seu concurso!
INFORMÁTICA BÁSICA

Software Gratuito um software livre, modificá-lo e distribuí-lo de maneira restrita,


Software gratuito (freeware) é um programa que pode ser devendo compartilhar o programa - seja ele alterado ou não -
utilizado sem pagar por ele. Ou seja, um software pode ser gratuito pelas mesmas condições em que o obteve (compartilhamento pela
e livre, por outro lado, pode ser também gratuito e fechado. Um mesma licença).
software nesta condição é restrito, isto é, somente o autor ou a Este cenário é válido para as licenças compatíveis com tais
entidade que o desenvolve tem acesso ao código-fonte, portanto condições, como é o caso da GPL.
você não pode alterá-lo ou simplesmente estudá-lo, somente usá- Vale frisar, no entanto, que há licenças para software livre que
lo da forma como foi disponibilizado. Muitas vezes, há limitações não contemplam as características do copyleft.
também em sua distribuição.
Portanto, software livre e software gratuito não são a mesma Open Source
coisa. É comum ver Software Livre e Código Aberto (Open Source)
sendo tratados como se fossem a mesma coisa. De igual maneira,
Software livre é gratuito? não é difícil encontrar a expressão “código aberto” como mero
Software livre consiste na ideia de que pode ser utilizado, sinônimo de “código-fonte aberto”. Não há, necessariamente, erros
distribuído, estudado o código-fonte e até modificado, sem aqui, mas há diferenças.
necessidade de pedir autorização ao seu desenvolvedor. Softwares O Open Source é um movimento que surgiu em 1998 por
nestas condições geralmente não requerem pagamento, mas isso iniciativa principal de Bruce Perens, mas com o apoio de várias
não é regra: um programa pode ser livre, mas não necessariamente outras pessoas que não estavam totalmente de acordo com os ideais
gratuito. filosóficos ou com outros aspectos do Software Livre, resultando na
Uma pessoa pode pagar para receber um software livre ou criação da Open Source Initiative (OSI).
cobrar para distribuir um programa nesta condição, por exemplo, A Open Source Initiative não ignora as liberdades da Free
desde que esta ação não entre em conflito com as liberdades Software Foundation, por outro lado, tenta ser mais flexível. Para
apontadas pela Free Software Foundation. isso, a organização definiu dez quesitos para que um software possa
Como exemplo, um programador pode desenvolver um ser considerado Open Source:
aplicativo, disponibilizá-lo como software livre e vendê-lo em seu 1- Distribuição livre;
site, desde que não impeça o comprador de acessar o código-fonte, 2- Acesso ao código-fonte;
fazer alterações, redistribuir e assim por diante. 3- Permissão para criação de trabalhos derivados;
4- Integridade do autor do código-fonte;
GNU Public License (GPL) 5- Não discriminação contra pessoas ou grupos;
Quando um software é criado, o desenvolvedor o associa a um 6- Não discriminação contra áreas de atuação;
documento que determina quais ações o utilizador pode ou não 7-Distribuição da licença;
executar. Esta é a licença de software. Por exemplo, ao adquirir 8- Licença não específica a um produto;
uma solução de ERP, é possível que ela seja implementada em um 9- Licença não restritiva a outros programas;
número limitado de máquinas. Esta e outras condições devem ficar 10- Licença neutra em relação à tecnologia.
explícitas na licença.
A GNU Public License (GPL) nada mais é do que uma licença Analisando as características da Free Software Foundation e
criada pela Free Software Foundation baseada nas liberdades que da Open Source Initiative, percebemos que, em muitos casos, um
a entidade defende. Ou seja, quando um programa possui licença software livre pode também ser considerado código aberto e vice-
GPL, significa que é, de fato, um software livre. versa.
É importante frisar que um programa não necessita A diferença está, essencialmente, no fato de a OSI ter
obrigatoriamente de uma licença GPL para ser um software livre. receptividade maior em relação às iniciativas de software do
É possível o uso de outras licenças, desde que compatíveis com as mercado. Assim, empresas como Microsoft e Oracle, duas gigantes
liberdades em questão. do software proprietário, podem desenvolver soluções de código
aberto utilizando suas próprias licenças, desde que estas respeitem
Copyleft os critérios da OSI. No Software Livre, empresas como estas
A expressão copyleft (copy + left) é um trocadilho com o termo provavelmente enfrentariam algum tipo de resistência, uma vez
copyright (copy + right), que se refere aos direitos de uso ou cópia que suas atividades principais ou mesmo os programas oferecidos
de uma propriedade intelectual. No caso, a palavra left faz alusão a podem entrar em conflito com os ideais morais da Free Software
um contexto mais generoso: enquanto o copyright dá mais foco nas Foundation.
restrições, o copyleft se baseia nas permissões.
No caso do software livre, o desenvolvedor poderia deixar seu LINUX
programa em domínio público, isto é, sujeito a toda e qualquer O Linux não é um ambiente gráfico como o Windows, mas
forma de utilização, alteração e distribuição. Porém, esta situação podemos carregar um pacote para torná-lo gráfico assumindo assim
pode fazer com que indivíduos ou entidades modifiquem este uma interface semelhante ao Windows. Neste caso vamos carregar
software e o disponibilizem mediante uma série de restrições, o pacote Gnome no Linux. Além disso estaremos também usando a
ignorando as liberdades que o tornariam livre. distribuição Linux Ubuntu para demonstração, pois sabemos que o
É para evitar problemas do tipo que o copyleft entra em Linux possui várias distribuições para uso.
cena: com ele, as liberdades de modificação e distribuição são
garantidas, tanto em um projeto original quanto em um derivado.
Isso significa que uma pessoa ou uma organização não poderá obter
Editora
131
a solução para o seu concurso!
INFORMÁTICA BÁSICA

No caso da figura acima temos quatro pastas e quatro arquivos.

Arquivos e atalhos
Como vimos anteriormente: pastas servem para organização,
vimos que uma pasta pode conter outras pastas, arquivos e atalhos.
• Arquivo é um item único que contém um determinado dado.
Estes arquivos podem ser documentos de forma geral (textos, fotos,
vídeos e etc..), aplicativos diversos, etc.
• Atalho é um item que permite fácil acesso a uma determinada
pasta ou arquivo propriamente dito.
Vamos olhar abaixo o
No caso do Linux temos que criar um lançador que funciona
Linux Ubuntu em modo texto: como um atalho, isto é, ele vai chamar o item indicado.

Linux Ubuntu em modo gráfico (Área de trabalho):

Perceba que usamos um comando para criar um lançador, mas


nosso objetivo aqui não é detalhar comandos, então a forma mais
rápida de pesquisa de aplicativos, pastas e arquivos é através do
botão:

Conceito de pastas e diretórios


Pasta algumas vezes é chamada de diretório, mas o nome
“pasta” ilustra melhor o conceito. Pastas servem para organizar,
armazenar e organizar os arquivos. Estes arquivos podem ser
documentos de forma geral (textos, fotos, vídeos, aplicativos
diversos).

Dentro deste contexto temos uma hierarquia de pastas.


Desta forma já vamos direto ao item desejado

Área de transferência
Perceba que usando a interface gráfica funciona da mesma
forma que o Windows.
A área de transferência é muito importante e funciona em
segundo plano. Ela funciona de forma temporária guardando vários
tipos de itens, tais como arquivos, informações etc.
– Quando executamos comandos como “Copiar” ou “Ctrl + C”,
estamos copiando dados para esta área intermediária.
– Quando executamos comandos como “Colar” ou “Ctrl + V”,
estamos colando, isto é, estamos pegando o que está gravado na
área de transferência.

Editora
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132
a solução para o seu concurso!
INFORMÁTICA BÁSICA

Manipulação de arquivos e pastas


No caso da interface gráfica as funcionalidades são semelhantes CONCEITOS BÁSICOS DE REDES DE COMPUTADORES, TI-
ao Windows como foi dito no tópico acima. Entretanto, podemos POS E TOPOLOGIAS DE REDE, COMPONENTES DE REDE,
usar linha de comando, pois já vimos que o Linux originalmente não MODOS E MEIOS DE TRANSMISSÃO, CONCEITOS BÁSICOS
foi concebido com interface gráfica. DA INTERNET E SERVIÇOS

REDES DE COMPUTADORES

Uma rede de computadores é formada por um conjunto


de módulos processadores capazes de trocar informações e
compartilhar recursos, interligados por um sistema de comunicação
Na figura acima utilizamos o comando ls e são listadas as pastas (meios de transmissão e protocolos)16.
na cor azul e os arquivos na cor branca.

Uso dos menus


Como estamos vendo, para se ter acesso aos itens do Linux
são necessários diversos comandos. Porém, se utilizarmos uma
interface gráfica a ação fica mais intuitiva, visto que podemos
utilizar o mouse como no Windows. Estamos utilizando para fins
de aprendizado a interface gráfica “GNOME”, mas existem diversas
disponíveis para serem utilizadas.

As redes de computadores possuem diversas aplicações


comerciais e domésticas.
As aplicações comerciais proporcionam:
– Compartilhamento de recursos: impressoras, licenças de
software, etc.
– Maior confiabilidade por meio de replicação de fontes de
dados
– Economia de dinheiro: telefonia IP (VoIP), vídeo conferência,
etc.
– Meio de comunicação eficiente entre os empregados da
empresa: e-mail, redes sociais, etc.
– Comércio eletrônico.

As aplicações domésticas proporcionam:


– Acesso a informações remotas: jornais, bibliotecas digitais,
Programas e aplicativos etc.
Dependendo da distribuição Linux escolhida, esta já vem com – Comunicação entre as pessoas: Twitter, Facebook, Instagram,
alguns aplicativos embutidos, por isso que cada distribuição tem etc.
um público alvo. O Linux em si é puro, mas podemos destacar duas – Entretenimento interativo: distribuição de músicas, filmes,
bem comuns: etc.
• Firefox (Navegador para internet); – Comércio eletrônico.
• Pacote LibreOffice (Pacote de aplicativos semelhante ao – Jogos.
Microsoft Office).
Modelo Cliente-Servidor
Uma configuração muito comum em redes de computadores
emprega o modelo cliente-servidor O cliente solicita o recurso ao
servidor:

16 NASCIMENTO, E. J. Rede de Computadores. Universidade Federal


do Vale do São Francisco.
Editora
133
a solução para o seu concurso!
INFORMÁTICA BÁSICA

Meios de transmissão
Existem várias formas de transmitir bits de uma máquina para
outra através de meios de transmissão, com diferenças em termos
de largura de banda, atraso, custo e facilidade de instalação e
manutenção. Existem dois tipos de meios de transmissão: guiados
e não guiados:
– Meios de transmissão guiados: os cabos de par trançado,
cabo coaxial e fibra ótica;
– Meios de transmissão não guiados: as redes terrestres sem
fios, satélites e raios laser transmitidos pelo ar.

No modelo cliente-servidor, um processo cliente em uma


máquina se comunica com um processo servidor na outra máquina.
O termo processo se refere a um programa em execução.
Uma máquina pode rodar vários processos clientes e servidores
simultaneamente.

Equipamentos de redes
Existem diversos equipamentos que podem ser utilizados nas
redes de computadores17. Alguns são:
– Modem (Modulador/Demodulador): é um dispositivo de
hardware físico que funciona para receber dados de um provedor
de serviços de internet através de um meio de conexão como Fonte: http://eletronicaapolo.com.br/novidades/o-que-e-o-ca-
cabos, fios ou fibra óptica. .Cconverte/modula o sinal digital em bo-de-rede-par-trancado
sinal analógico e transmite por fios, do outro lado, deve ter outro
modem para receber o sinal analógico e demodular, ou seja, • Cabos de pares trançado
converter em sinal digital, para que o computador possa trabalhar Os pares trançados são o meio de transmissão mais antigo
com os dados. Em alguns tipos, a transmissão já é feita enviando e ainda mais comum em virtude do custo e desempenho obtido.
os próprios sinais digitais, não precisando usar os modens, porém, Consiste em dois fios de cobre encapados e entrelaçados. Este
quando se transmite sinais através da linha telefônica é necessário entrelaçado cancela as ondas de diferentes partes dos fios diminuindo a
o uso dos modems. interferência. Os pares trançados são comuns em sistemas telefônicos,
– Placa de rede: possui a mesma tarefa dos modens, porém, que é usado tanto para chamadas telefônicas quanto para o acesso
somente com sinais digitais, ou seja, é o hardware que permite os à internet por ADSL, estes pares podem se estender por diversos
computadores se comunicarem através da rede. A função da placa quilômetros, porém, quando a distância for muito longa, existe a
é controlar todo o recebimento e envio dos dados através da rede. necessidade de repetidores. E quando há muitos pares trançados em
– Hub: atuam como concentradores de sinais, retransmitindo paralelo percorrendo uma distância grande, são envoltos por uma capa
os dados enviados às máquinas ligadas a ele, ou seja, o hub tem a protetora. Existem dois tipos básico deste cabo, que são:
função de interligar os computadores de uma rede local, recebendo – UTP (Unshielded Twisted Pair – Par trançado sem blindagem):
dados de um computador e transmitindo à todos os computadores utilizado em redes de baixo custo, possui fácil manuseio e instalação
da rede local. e podem atingir até 100 Mbps na taxa de transmissão (utilizando as
– Switch: semelhante ao hub – também chamado de hub especificações 5 e 5e).
inteligente - verifica os cabeçalhos das mensagens e a retransmite – STP (Shielded Twisted Pair – Par trançado com blindagem):
somente para a máquina correspondente, criando um canal de possui uma utilização restrita devido ao seu custo alto, por isso, é
comunicação exclusiva entre origem e destino. utilizado somente em ambientes com alto nível de interferência
– Roteador: ao invés de ser conectado às máquinas, está eletromagnética. Existem dois tipos de STP:
conectado às redes. Além de possuir as mesmas funções do switch, 1- Blindagem simples: todos os pares são protegidos por uma
possui a capacidade de escolher a melhor rota que um determinado camada de blindagem.
pacote de dados deve seguir para chegar a seu destino. Podemos 2- Blindagem par a par: cada par de fios é protegido por uma
citar como exemplo uma cidade grande e o roteador escolhe o camada de blindagem.
caminho mais curto e menos congestionado.
– Access Point (Ponto de acesso – AP): similar ao hub, oferece • Cabo coaxial
sinais de rede em formas de rádio, ou seja, o AP é conectado a uma O cabo coaxial consiste em um fio condutor interno envolto por
rede cabeada e serve de ponto de acesso a rede sem fio. anéis isolantes regularmente espaçados e cercado por um condutor
cilíndrico coberto por uma malha. O cabo coaxial é mais resistente à
interferência e linha cruzada do que os cabos de par trançado, além

17 http://www.inf.ufpr.br/albini/apostila/Apostila_Redes1_Beta.pdf
Editora
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a solução para o seu concurso!
INFORMÁTICA BÁSICA

de poder ser usado em distâncias maiores e com mais estações. Tipos de Redes
Assim, o cabo coaxial oferece mais capacidade, porém, é mais caro • Redes Locais
do que o cabo de par trançado blindado. As redes locais (LAN - Local Area Networks) são normalmente
Os cabos coaxiais eram usados no sistema telefônico para redes privativas que permitem a interconexão de equipamentos
longas distância, porém, foram substituídos por fibras óticas. Estes presentes em uma pequena região (um prédio ou uma universidade
cabos estão sendo usados pelas redes de televisão a cabo e em ou que tenha poucos quilômetros de extensão).
redes metropolitanas. As LANs podem ser cabeadas, sem fio ou mistas.
Atualmente as LANs cabeadas mais usadas usam o padrão IEEE
• Fibras óticas 802.3
A fibra ótica é formada pelo núcleo, vestimenta e jaqueta, o Para melhorar a eficiência, cada computador é ligado por um
centro é chamado de núcleo e a próxima camada é a vestimenta, cabo a uma porta de um comutador (switch).
tanto o núcleo quanto a vestimenta consistem em fibras de vidro
com diferentes índices de refração cobertas por uma jaqueta
protetora que absorve a luz. A fibra de vidro possui forma cilíndrica,
flexível e capaz de conduzir um raio ótico. Estas fibras óticas são
agrupadas em um cabo ótico, e podem ser colocadas várias fibras
no mesmo cabo.
Nas fibras óticas, um pulso de luz indica um bit e a ausência de
luz indica zero bit. Para conseguir transmitir informações através da
fibra ótica, é necessário conectar uma fonte de luz em uma ponta
da fibra ótica e um detector na outra ponta, assim, a ponta que vai
transmitir converte o sinal elétrico e o transmite por pulsos de luz, a
ponta que vai receber deve converter a saída para um sinal elétrico.
As fibras óticas possuem quatro características que a diferem
dos cabos de par traçado e coaxial, que são:
– Maior capacidade: possui largura de banda imensa com
velocidade de dados de centenas de Gbps por distâncias de dezenas Exemplo de rede LAN.
de quilômetros;
– Menor tamanho e menor peso: são muito finas e por Fonte: http://www.bosontreinamentos.com.br/redes-computadores/
isso, pesam pouco, desta forma, reduz os requisitos de suporte qual-a-diferenca-entre-lan-man-e-wan-em-redes-de-dados
estrutural;
– Menor atenuação: possui menor atenuação comparando Dependendo do cabeamento e tecnologia usados, essas redes
com os cabos de par trançado e coaxial, por isso, é constante em atingem velocidades de 100Mbps, 1Gbps ou até 10Gbps.
um intervalo de frequência maior; Com a preferência do consumidor por notebooks, as LANs sem
– Isolamento eletromagnético: as fibras óticas não sofrem fio ficaram bastante populares. O padrão mais utilizado é o IEEE
interferências externas, à ruído de impulso ou à linha cruzada, e 802.11 conhecido como Wi-Fi. A versão mais recente, o 802.11n,
estas fibras também não irradiam energia. permite alcançar velocidades da ordem de 300Mbps.
LANs sem fio são geralmente interligadas à rede cabeada
Esse sistema das fibras óticas funciona somente por um através de um ponto de acesso.
princípio da física: quando um raio de luz passa de um meio para
outro, o raio é refratado no limite sílica/ar. A quantidade de refração • Redes Metropolitanas
depende das propriedades das duas mídias (índices de refração). Uma rede metropolitana (MAN - Metropolitan Area Network)
Para ângulos de incidência acima de um certo valor crítico ou acima é basicamente uma grande versão de uma LAN onde a distância
é interceptado dentro da fibra e pode se propagar por muitos entre os equipamentos ligados à rede começa a atingir distâncias
quilômetros praticamente sem perdas. Podemos classificar as fibras metropolitanas (uma cidade).
óticas em:
– Monomodo: se o diâmetro da fibra for reduzido a alguns
comprimentos de onda, a luz só poderá se propagar em linha
reta, sem ricochetear, produzindo assim, uma fibra de modo único
(fibra monomodo). Estas fibras são mais caras, porém amplamente
utilizadas em distâncias mais longas podendo transmitir dados a
100 Gbps por 100 quilômetros sem amplificação.
– Multimodo: se o raio de luz incidente na fronteira acima do
ângulo critico for refletido internamente, muitos raios distintos
estarão ricocheteando em diferentes ângulos. Dizemos que cada
raio tem um modo específico, desta forma, na fibra multimodo, os
raios são ricocheteados em diferentes ângulos

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Exemplos de MANs são as redes de TV a cabo e as redes IEEE Topologia de redes


802.16 (WiMAX). A topologia de rede é o padrão no qual o meio de rede está
conectado aos computadores e outros componentes de rede18.
Essencialmente, é a estrutura topológica da rede, e pode ser
descrito fisicamente ou logicamente.
Há várias formas nas quais se pode organizar a interligação
entre cada um dos nós (computadores) da rede. A topologia física
é a verdadeira aparência ou layout da rede, enquanto que a lógica
descreve o fluxo dos dados através da rede.
Existem duas categorias básicas de topologias de rede:
– Topologia física: representa como as redes estão conectadas
(layout físico) e o meio de conexão dos dispositivos de redes (nós
ou nodos). A forma com que os cabos são conectados, e que
genericamente chamamos de topologia da rede (física), influencia
em diversos pontos considerados críticos, como a flexibilidade,
velocidade e segurança.
– Topologia lógica: refere-se à maneira como os sinais
agem sobre os meios de rede, ou a maneira como os dados são
transmitidos através da rede a partir de um dispositivo para o outro
Exemplo de rede WAN. sem ter em conta a interligação física dos dispositivos. Topologias
lógicas são capazes de serem reconfiguradas dinamicamente por
Fonte: https://informaticaeadministracao.wordpress. tipos especiais de equipamentos como roteadores e switches.
com/2014/04/22/lan-man-e-wan
Topologia Barramento
• Redes a Longas Distâncias Todos os computadores são ligados em um mesmo barramento
Uma rede a longas distâncias (WAN - Wide Area Network) é uma físico de dados. Apesar de os dados não passarem por dentro de cada
rede que cobre uma área geográfica grande, usualmente um país ou um dos nós, apenas uma máquina pode “escrever” no barramento
continente. Os hospedeiros da rede são conectados por uma sub- num dado momento. Todas as outras “escutam” e recolhem para
rede de comunicação. A sub-rede é composta de dois elementos: si os dados destinados a elas. Quando um computador estiver a
linhas de transmissão e elementos de comutação (roteadores). transmitir um sinal, toda a rede fica ocupada e se outro computador
tentar enviar outro sinal ao mesmo tempo, ocorre uma colisão e é
preciso reiniciar a transmissão.

Vantagens:
– Uso de cabo é econômico;
– Mídia é barata, fácil de trabalhar e instalar;
Exemplo de rede WAN. – Simples e relativamente confiável;
– Fácil expansão.
Fonte: https://10infrcpaulo.wordpress.com/2012/12/11/wan
Desvantagens:
Nos enlaces de longa distância em redes WAN são usadas – Rede pode ficar extremamente lenta em situações de tráfego
tecnologias que permitem o tráfego de grandes volumes de dados: pesado;
SONET, SDH, etc. – Problemas são difíceis de isolar;
Quando não há cabos, satélites podem ser utilizados em parte – Falha no cabo paralisa a rede inteira.
dos enlaces.
A sub-rede é em geral operada por uma grande empresa de
telecomunicações conhecida como provedor de serviço de Internet
(ISP - Internet Service Provider).
18 https://www.oficinadanet.com.br/artigo/2254/topologia_de_re-
des_vantagens_e_desvantagens
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• Topologia Estrela
A mais comum atualmente, a topologia em estrela utiliza
cabos de par trançado e um concentrador como ponto central da
rede. O concentrador se encarrega de retransmitir todos os dados
para todas as estações, mas com a vantagem de tornar mais fácil a
localização dos problemas, já que se um dos cabos, uma das portas
do concentrador ou uma das placas de rede estiver com problemas,
apenas o nó ligado ao componente defeituoso ficará fora da rede.

Vantagens:
– Maior redundância e confiabilidade;
– Facilidade de diagnóstico.

Desvantagem:
– Instalação dispendiosa.

Modelos de Referência
Vantagens: Dois modelos de referência para arquiteturas de redes
– A codificação e adição de novos computadores é simples; merecem destaque: OSI e TCP/IP.
– Gerenciamento centralizado;
– Falha de um computador não afeta o restante da rede. • Modelo de referência ISO OSI (Open Systems Interconnec-
tion)
Desvantagem: Modelo destinado à interconexão de sistemas abertos. Possui
– Uma falha no dispositivo central paralisa a rede inteira. 7 camadas: física, enlace de dados, rede, transporte, sessão,
apresentação e aplicação.
• Topologia Anel
Na topologia em anel os dispositivos são conectados em série,
formando um circuito fechado (anel). Os dados são transmitidos
unidirecionalmente de nó em nó até atingir o seu destino. Uma
mensagem enviada por uma estação passa por outras estações,
através das retransmissões, até ser retirada pela estação destino ou
pela estação fonte.

Modelo OSI.
Vantagens:
– Todos os computadores acessam a rede igualmente; O modelo OSI não é uma arquitetura de rede, pois não
– Performance não é impactada com o aumento de usuários. especifica os serviços e protocolos que devem ser usados em cada
camada.
Desvantagens: O modelo OSI informa apenas o que cada camada deve fazer:
– Falha de um computador pode afetar o restante da rede;
– Problemas são difíceis de isolar. 1. Camada física
A sua função é assegurar o transporte de bits através de um meio
• Topologia Malha de transmissão. Dessa forma, as questões de projeto dessa camada
Esta topologia é muito utilizada em várias configurações, pois estão ligadas a níveis de tensão, tempo de bit, interfaces elétricas
facilita a instalação e configuração de dispositivos em redes mais e mecânicas, quantidade de pinos, sentidos da comunicação, etc.
simples. Todos os nós estão atados a todos os outros nós, como se
estivessem entrelaçados. Já que são vários os caminhos possíveis 2. Camada de enlace de dados
por onde a informação pode fluir da origem até o destino. A sua principal função é transmitir quadros entre duas máquinas
ligadas diretamente, transformando o canal em um enlace de dados
confiável.
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- Divide os dados em quadros e os envia sequencialmente.


- Regula o tráfego
- Detecta a ocorrência de erros ocorridos na camada física

- Em redes de difusão, uma subcamada de controle de acesso ao meio é inserida para controlar o acesso ao canal compartilhado

3. Camada de rede
A sua função é encaminhar pacotes entre a máquina de origem e a máquina de destino.
- O roteamento pode ser estático ou dinâmico.
- Realiza o controle de congestionamento.
- Responsável pela qualidade de serviço.
- Tem que permitir que redes heterogêneas se comuniquem, sendo assim, deve lidar com questões como endereçamento, tamanho
dos pacotes e protocolos heterogêneos.

4. Camada de transporte
A sua função básica é efetuar a comunicação fim-a-fim entre processos, normalmente adicionando novas funcionalidades ao serviço
já oferecido pela camada de rede. Pode oferecer um canal ponto a ponto livre de erros com entrega de mensagens na ordem correta.

5. Camada de sessão
A sua função é controlar quem fala e quando, entre a origem e o destino (analogia com operações críticas em bancos de dados).

6. Camada de apresentação
A sua função básica é transformar a sintaxe dos dados (forma de representação) sem afetar a semântica. Gerencia estruturas de dados
abstratas.

7. Camada de aplicação
Contém uma série de protocolos necessários para os usuários. É nessa camada que o usuário interage.

• Modelo TCP/IP
Arquitetura voltada para a interconexão de redes heterogêneas (ARPANET)
Posteriormente, essa arquitetura ficou conhecida como modelo TCP/IP graças aos seus principais protocolos.
O modelo TCP/IP é composto por quatro camadas: enlace, internet, transporte e aplicação.

Modelo TCP/IP.

1. Camada de enlace
Não é uma camada propriamente dita, mas uma interface entre os hospedeiros e os enlaces de transmissão

2. Camada internet (camada de rede)


Integra toda a arquitetura, mantendo-a unida. Faz a interligação de redes não orientadas a conexão.
Tem o objetivo de rotear as mensagens entre hospedeiros, ocultando os problemas inerentes aos protocolos utilizados e aos tamanhos
dos pacotes. Tem a mesma função da camada de rede do modelo OSI.
O protocolo principal dessa camada é o IP.

3. Camada de transporte
Permite que entidades pares (processos) mantenham uma comunicação.
Foram definidos dois protocolos para essa camada: TCP (Transmission Control Protocol) e UDP (User Datagram Protocol).
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O TCP é um protocolo orientado a conexões confiável que permite a entrega sem erros de um fluxo de bytes.
O UDP é um protocolo não orientado a conexões, não confiável e bem mais simples que o TCP.

4. Camada de aplicação
Contém todos os protocolos de nível mais alto.

Modelo TCP/IP e seus protocolos.

Modelo OSI versus TCP/IP.

INTERNET, INTRANET E NAVEGADORES

Internet
A Internet é uma rede mundial de computadores interligados através de linhas de telefone, linhas de comunicação privadas, cabos
submarinos, canais de satélite, etc19. Ela nasceu em 1969, nos Estados Unidos. Interligava originalmente laboratórios de pesquisa e se
chamava ARPAnet (ARPA: Advanced Research Projects Agency). Com o passar do tempo, e com o sucesso que a rede foi tendo, o número de
adesões foi crescendo continuamente. Como nesta época, o computador era extremamente difícil de lidar, somente algumas instituições
possuíam internet.
No entanto, com a elaboração de softwares e interfaces cada vez mais fáceis de manipular, as pessoas foram se encorajando a
participar da rede. O grande atrativo da internet era a possibilidade de se trocar e compartilhar ideias, estudos e informações com outras
pessoas que, muitas vezes nem se conhecia pessoalmente.

19 https://cin.ufpe.br/~macm3/Folders/Apostila%20Internet%20-%20Avan%E7ado.pdf
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Conectando-se à Internet É através do protocolo DNS (Domain Name System), que é


Para se conectar à Internet, é necessário que se ligue a uma possível associar um endereço de um site a um número IP na rede.
rede que está conectada à Internet. Essa rede é de um provedor O formato mais comum de um endereço na Internet é algo como
de acesso à internet. Assim, para se conectar você liga o seu http://www.empresa.com.br, em que:
computador à rede do provedor de acesso à Internet; isto é feito www: (World Wide Web): convenção que indica que o
por meio de um conjunto como modem, roteadores e redes de endereço pertence à web.
acesso (linha telefônica, cabo, fibra-ótica, wireless, etc.). empresa: nome da empresa ou instituição que mantém o
serviço.
World Wide Web com: indica que é comercial.
A web nasceu em 1991, no laboratório CERN, na Suíça. Seu br: indica que o endereço é no Brasil.
criador, Tim Berners-Lee, concebeu-a unicamente como uma
linguagem que serviria para interligar computadores do laboratório URL
e outras instituições de pesquisa, e exibir documentos científicos de Um URL (de Uniform Resource Locator), em português,
forma simples e fácil de acessar. Localizador-Padrão de Recursos, é o endereço de um recurso (um
Hoje é o segmento que mais cresce. A chave do sucesso da World arquivo, uma impressora etc.), disponível em uma rede; seja a
Wide Web é o hipertexto. Os textos e imagens são interligados por Internet, ou uma rede corporativa, uma intranet.
meio de palavras-chave, tornando a navegação simples e agradável. Uma URL tem a seguinte estrutura: protocolo://máquina/
caminho/recurso.
Protocolo de comunicação
Transmissão e fundamentalmente por um conjunto de HTTP
protocolos encabeçados pelo TCP/IP. Para que os computadores É o protocolo responsável pelo tratamento de pedidos e
de uma rede possam trocar informações entre si é necessário que respostas entre clientes e servidor na World Wide Web. Os
todos os computadores adotem as mesmas regras para o envio e o endereços web sempre iniciam com http:// (http significa Hypertext
recebimento de informações. Este conjunto de regras é conhecido Transfer Protocol, Protocolo de transferência hipertexto).
como Protocolo de Comunicação. No protocolo de comunicação
estão definidas todas as regras necessárias para que o computador Hipertexto
de destino, “entenda” as informações no formato que foram São textos ou figuras que possuem endereços vinculados a
enviadas pelo computador de origem. eles. Essa é a maneira mais comum de navegar pela web.
Existem diversos protocolos, atualmente a grande maioria das
redes utiliza o protocolo TCP/IP já que este é utilizado também na Navegadores
Internet. Um navegador de internet é um programa que mostra
O protocolo TCP/IP acabou se tornando um padrão, inclusive informações da internet na tela do computador do usuário.
para redes locais, como a maioria das redes corporativas hoje tem Além de também serem conhecidos como browser ou web
acesso Internet, usar TCP/IP resolve a rede local e também o acesso browser, eles funcionam em computadores, notebooks, dispositivos
externo. móveis, aparelhos portáteis, videogames e televisores conectados
à internet.
TCP / IP Um navegador de internet condiciona a estrutura de um site
Sigla de Transmission Control Protocol/Internet Protocol e exibe qualquer tipo de conteúdo na tela da máquina usada pelo
(Protocolo de Controle de Transmissão/Protocolo Internet). internauta.
Embora sejam dois protocolos, o TCP e o IP, o TCP/IP aparece Esse conteúdo pode ser um texto, uma imagem, um vídeo, um
nas literaturas como sendo: jogo eletrônico, uma animação, um aplicativo ou mesmo servidor.
- O protocolo principal da Internet; Ou seja, o navegador é o meio que permite o acesso a qualquer
- O protocolo padrão da Internet; página ou site na rede.
- O protocolo principal da família de protocolos que dá suporte Para funcionar, um navegador de internet se comunica com
ao funcionamento da Internet e seus serviços. servidores hospedados na internet usando diversos tipos de
protocolos de rede. Um dos mais conhecidos é o protocolo HTTP,
Considerando ainda o protocolo TCP/IP, pode-se dizer que: que transfere dados binários na comunicação entre a máquina, o
A parte TCP é responsável pelos serviços e a parte IP é navegador e os servidores.
responsável pelo roteamento (estabelece a rota ou caminho para o
transporte dos pacotes). Funcionalidades de um Navegador de Internet
A principal funcionalidade dos navegadores é mostrar para o
Domínio usuário uma tela de exibição através de uma janela do navegador.
Se não fosse o conceito de domínio quando fossemos acessar Ele decodifica informações solicitadas pelo usuário, através de
um determinado endereço na web teríamos que digitar o seu códigos-fonte, e as carrega no navegador usado pelo internauta.
endereço IP. Por exemplo: para acessar o site do Google ao invés Ou seja, entender a mensagem enviada pelo usuário, solicitada
de você digitar www.google.com você teria que digitar um número através do endereço eletrônico, e traduzir essa informação na tela
IP – 74.125.234.180. do computador. É assim que o usuário consegue acessar qualquer
site na internet.

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O recurso mais comum que o navegador traduz é o HTML, Internet Explorer


uma linguagem de marcação para criar páginas na web e para ser Lançado em 1995, vem junto com o Windows, está sendo
interpretado pelos navegadores. substituído pelo Microsoft Edge, mas ainda está disponível como
Eles também podem reconhecer arquivos em formato PDF, segundo navegador, pois ainda existem usuários que necessitam de
imagens e outros tipos de dados. algumas tecnologias que estão no Internet Explorer e não foram
Essas ferramentas traduzem esses tipos de solicitações por atualizadas no Edge.
meio das URLs, ou seja, os endereços eletrônicos que digitamos na Já foi o mais navegador mais utilizado do mundo, mas hoje
parte superior dos navegadores para entrarmos numa determinada perdeu a posição para o Google Chrome e o Mozilla Firefox.
página.
Abaixo estão outros recursos de um navegador de internet:
– Barra de Endereço: é o espaço em branco que fica localizado
no topo de qualquer navegador. É ali que o usuário deve digitar a
URL (ou domínio ou endereço eletrônico) para acessar qualquer
página na web.
– Botões de Início, Voltar e Avançar: botões clicáveis básicos
que levam o usuário, respectivamente, ao começo de abertura do
navegador, à página visitada antes ou à página visitada seguinte.
– Favoritos: é a aba que armazena as URLs de preferência Principais recursos do Internet Explorer:
do usuário. Com um único simples, o usuário pode guardar esses – Transformar a página num aplicativo na área de trabalho,
endereços nesse espaço, sendo que não existe uma quantidade permitindo que o usuário defina sites como se fossem aplicativos
limite de links. É muito útil para quando você quer acessar as instalados no PC. Através dessa configuração, ao invés de apenas
páginas mais recorrentes da sua rotina diária de tarefas. manter os sites nos favoritos, eles ficarão acessíveis mais facilmente
– Atualizar: botão básico que recarrega a página aberta naquele através de ícones.
momento, atualizando o conteúdo nela mostrado. Serve para – Gerenciador de downloads integrado.
mostrar possíveis edições, correções e até melhorias de estrutura – Mais estabilidade e segurança.
no visual de um site. Em alguns casos, é necessário limpar o cache – Suporte aprimorado para HTML5 e CSS3, o que permite uma
para mostrar as atualizações. navegação plena para que o internauta possa usufruir dos recursos
– Histórico: opção que mostra o histórico de navegação do implementados nos sites mais modernos.
usuário usando determinado navegador. É muito útil para recuperar – Com a possibilidade de adicionar complementos, o navegador
links, páginas perdidas ou revisitar domínios antigos. Pode ser já não é apenas um programa para acessar sites. Dessa forma, é
apagado, caso o usuário queira. possível instalar pequenos aplicativos que melhoram a navegação e
– Gerenciador de Downloads: permite administrar os oferecem funcionalidades adicionais.
downloads em determinado momento. É possível ativar, cancelar – One Box: recurso já conhecido entre os usuários do Google
e pausar por tempo indeterminado. É um maior controle na Chrome, agora está na versão mais recente do Internet Explorer.
usabilidade do navegador de internet. Através dele, é possível realizar buscas apenas informando a
– Extensões: já é padrão dos navegadores de internet terem palavra-chave digitando-a na barra de endereços.
um mecanismo próprio de extensões com mais funcionalidades.
Com alguns cliques, é possível instalar temas visuais, plug-ins com Microsoft Edge
novos recursos (relógio, notícias, galeria de imagens, ícones, entre Da Microsoft, o Edge é a evolução natural do antigo Explorer20.
outros. O navegador vem integrado com o Windows 10. Ele pode receber
– Central de Ajuda: espaço para verificar a versão instalada aprimoramentos com novos recursos na própria loja do aplicativo.
do navegador e artigos (geralmente em inglês, embora também Além disso, a ferramenta otimiza a experiência do usuário
existam em português) de como realizar tarefas ou ações específicas convertendo sites complexos em páginas mais amigáveis para
no navegador. leitura.

Firefox, Internet Explorer, Google Chrome, Safari e Opera


são alguns dos navegadores mais utilizados atualmente. Também
conhecidos como web browsers ou, simplesmente, browsers,
os navegadores são uma espécie de ponte entre o usuário e o
conteúdo virtual da Internet.

Outras características do Edge são:


– Experiência de navegação com alto desempenho.
– Função HUB permite organizar e gerenciar projetos de
qualquer lugar conectado à internet.
– Funciona com a assistente de navegação Cortana.
– Disponível em desktops e mobile com Windows 10.

20 https://bit.ly/2WITu4N
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– Não é compatível com sistemas operacionais mais antigos. Ele entrega uma interface limpa, intuitiva e agradável de usar.
Além disso, a ferramenta também é leve e não prejudica a qualidade
Firefox da experiência do usuário.
Um dos navegadores de internet mais populares, o Firefox é
conhecido por ser flexível e ter um desempenho acima da média.
Desenvolvido pela Fundação Mozilla, é distribuído
gratuitamente para usuários dos principais sistemas operacionais.
Ou seja, mesmo que o usuário possua uma versão defasada do
sistema instalado no PC, ele poderá ser instalado.

Outros pontos de destaques do Opera são:


– Alto desempenho com baixo consumo de recursos e de
energia.
– Recurso Turbo Opera filtra o tráfego recebido, aumentando a
velocidade de conexões de baixo desempenho.
– Poupa a quantidade de dados usados em conexões móveis
Algumas características de destaque do Firefox são: (3G ou 4G).
– Velocidade e desempenho para uma navegação eficiente. – Impede armazenamento de dados sigilosos, sobretudo em
– Não exige um hardware poderoso para rodar. páginas bancárias e de vendas on-line.
– Grande quantidade de extensões para adicionar novos – Quantidade moderada de plug-ins para implementar novas
recursos. funções, além de um bloqueador de publicidade integrado.
– Interface simplificada facilita o entendimento do usuário. – Disponível em desktop e mobile.
– Atualizações frequentes para melhorias de segurança e
privacidade. Safari
– Disponível em desktop e mobile. O Safari é o navegador oficial dos dispositivos da Apple. Pela
sua otimização focada nos aparelhos da gigante de tecnologia, ele
Google Chorme é um dos navegadores de internet mais leves, rápidos, seguros e
É possível instalar o Google Chrome nas principais versões do confiáveis para usar.
sistema operacional Windows e também no Linux e Mac.
O Chrome é o navegador de internet mais usado no mundo.
É, também, um dos que têm melhor suporte a extensões, maior
compatibilidade com uma diversidade de dispositivos e é bastante
convidativo à navegação simplificada.

O Safari também se destaca em:


– Sincronização de dados e informações em qualquer
dispositivo Apple (iOS).
Principais recursos do Google Chrome: – Tem uma tecnologia anti-rastreio capaz de impedir o
– Desempenho ultra veloz, desde que a máquina tenha recursos direcionamento de anúncios com base no comportamento do
RAM suficientes. usuário.
– Gigantesca quantidade de extensões para adicionar novas – Modo de navegação privada não guarda os dados das páginas
funcionalidades. visitadas, inclusive histórico e preenchimento automático de
– Estável e ocupa o mínimo espaço da tela para mostrar campos de informação.
conteúdos otimizados. – Compatível também com sistemas operacionais que não seja
– Segurança avançada com encriptação por Certificado SSL da Apple (Windows e Linux).
(HTTPS). – Disponível em desktops e mobile.
– Disponível em desktop e mobile.

Opera
Um dos primeiros navegadores existentes, o Opera segue
evoluindo como um dos melhores navegadores de internet.

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Intranet
A intranet é uma rede de computadores privada que assenta sobre a suíte de protocolos da Internet, porém, de uso exclusivo de
um determinado local, como, por exemplo, a rede de uma empresa, que só pode ser acessada pelos seus utilizadores ou colaboradores
internos21.
Pelo fato, a sua aplicação a todos os conceitos emprega-se à intranet, como, por exemplo, o paradigma de cliente-servidor. Para tal, a
gama de endereços IP reservada para esse tipo de aplicação situa-se entre 192.168.0.0 até 192.168.255.255.

Dentro de uma empresa, todos os departamentos possuem alguma informação que pode ser trocada com os demais setores, podendo
cada sessão ter uma forma direta de se comunicar com as demais, o que se assemelha muito com a conexão LAN (Local Area Network),
que, porém, não emprega restrições de acesso.
A intranet é um dos principais veículos de comunicação em corporações. Por ela, o fluxo de dados (centralização de documentos,
formulários, notícias da empresa, etc.) é constante, pretendendo reduzir os custos e ganhar velocidade na divulgação e distribuição de
informações.
Apesar do seu uso interno, acessando aos dados corporativos, a intranet permite que computadores localizados numa filial, se
conectados à internet com uma senha, acessem conteúdos que estejam na sua matriz. Ela cria um canal de comunicação direto entre a
empresa e os seus funcionários/colaboradores, tendo um ganho significativo em termos de segurança.

MICROSOFT OFFICE EXCEL: NOÇÕES BÁSICAS DO EXCEL. COMPARTILHAMENTO E IMPRESSÃO. FUNÇÕES, FÓRMULAS, OPE-
RADORES LÓGICOS, ERROS. IMPORTAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS, TABELAS, CLASSIFICAÇÃO E FILTRAGEM, GRÁFICOS, TA-
BELAS DINÂMICAS, MODELOS DE DADOS. INSERÇÃO E FORMATAÇÃO DE DADOS, BUSCA E LOCALIZAÇÃO, LAYOUT, VALIDA-
ÇÃO, PERSONALIZAÇÃO

O Microsoft Excel 2016 é um software para criação e manutenção de Planilhas Eletrônicas.


A grande mudança de interface do aplicativo ocorreu a partir do Excel 2007 (e de todos os aplicativos do Office 2007 em relação as
versões anteriores). A interface do Excel, a partir da versão 2007, é muito diferente em relação as versões anteriores (até o Excel 2003). O
Excel 2016 introduziu novas mudanças, para corrigir problemas e inconsistências relatadas pelos usuários do Excel 2010 e 2013.
Na versão 2016, temos uma maior quantidade de linhas e colunas, sendo um total de 1.048.576 linhas por 16.384 colunas.
O Excel 2016 manteve as funcionalidades e recursos que já estamos acostumados, além de implementar alguns novos, como22:
- 6 tipos novos de gráficos: Cascata, Gráfico Estatístico, Histograma, Pareto e Caixa e Caixa Estreita.
- Pesquise, encontra e reúna os dados necessários em um único local utilizando “Obter e Transformar Dados” (nas versões anteriores
era Power Query disponível como suplemento.
- Utilize Mapas 3D (em versões anteriores com Power Map disponível como suplemento) para mostrar histórias junto com seus dados.
Especificamente sobre o Excel 2016, seu diferencial é a criação e edição de planilhas a partir de dispositivos móveis de forma mais fácil
e intuitivo, vendo que atualmente, os usuários ainda não utilizam de forma intensa o Excel em dispositivos móveis.

Tela Inicial do Excel 2016.


21 https://centraldefavoritos.com.br/2018/01/11/conceitos-basicos-ferramentas-aplicativos-e-procedimentos-de-internet-e-intranet-parte-2/
22 https://ninjadoexcel.com.br/microsoft-excel-2016/
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Ao abrir uma planilha em branco ou uma planilha, é exibida a área de trabalho do Excel 2016 com todas as ferramentas necessárias
para criar e editar planilhas23.

As cinco principais funções do Excel são24:


– Planilhas: Você pode armazenar manipular, calcular e analisar dados tais como números, textos e fórmulas. Pode acrescentar gráfico
diretamente em sua planilha, elementos gráficos, tais como retângulos, linhas, caixas de texto e botões. É possível utilizar formatos pré-
definidos em tabelas.
– Bancos de dados: você pode classificar pesquisar e administrar facilmente uma grande quantidade de informações utilizando
operações de bancos de dados padronizadas.
– Gráficos: você pode rapidamente apresentar de forma visual seus dados. Além de escolher tipos pré-definidos de gráficos, você
pode personalizar qualquer gráfico da maneira desejada.
– Apresentações: Você pode usar estilos de células, ferramentas de desenho, galeria de gráficos e formatos de tabela para criar
apresentações de alta qualidade.
– Macros: as tarefas que são frequentemente utilizadas podem ser automatizadas pela criação e armazenamento de suas próprias
macros.

Planilha Eletrônica
A Planilha Eletrônica é uma folha de cálculo disposta em forma de tabela, na qual poderão ser efetuados rapidamente vários tipos de
cálculos matemáticos, simples ou complexos.
Além disso, a planilha eletrônica permite criar tabelas que calculam automaticamente os totais de valores numéricos inseridos,
imprimir tabelas em layouts organizados e criar gráficos simples.

• Barra de ferramentas de acesso rápido


Essa barra localizada na parte superior esquerdo, ajudar a deixar mais perto os comandos mais utilizados, sendo que ela pode ser
personalizada. Um bom exemplo é o comando de visualização de impressão que podemos inserir nesta barra de acesso rápido.

Barra de ferramentas de acesso rápido.


23 https://juliobattisti.com.br/downloads/livros/excel_2016_basint_degusta.pdf
24 http://www.prolinfo.com.br
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INFORMÁTICA BÁSICA

• Barra de Fórmulas
Nesta barra é onde inserimos o conteúdo de uma célula podendo conter fórmulas, cálculos ou textos, mais adiante mostraremos
melhor a sua utilidade.

Barra de Fórmulas.

• Guia de Planilhas
Quando abrirmos um arquivo do Excel, na verdade estamos abrindo uma pasta de trabalho onde pode conter planilhas, gráficos,
tabelas dinâmicas, então essas abas são identificadoras de cada item contido na pasta de trabalho, onde consta o nome de cada um.
Nesta versão quando abrimos uma pasta de trabalho, por padrão encontramos apenas uma planilha.

Guia de Planilhas.

– Coluna: é o espaçamento entre dois traços na vertical. As colunas do Excel são representadas em letras de acordo com a ordem
alfabética crescente sendo que a ordem vai de “A” até “XFD”, e tem no total de 16.384 colunas em cada planilha.
– Linha: é o espaçamento entre dois traços na horizontal. As linhas de uma planilha são representadas em números, formam um total
de 1.048.576 linhas e estão localizadas na parte vertical esquerda da planilha.

Linhas e colunas.

Célula: é o cruzamento de uma linha com uma coluna. Na figura abaixo podemos notar que a célula selecionada possui um endereço
que é o resultado do cruzamento da linha 4 e a coluna B, então a célula será chamada B4, como mostra na caixa de nome logo acima da
planilha.

Células.

• Faixa de opções do Excel (Antigo Menu)


Como na versão anterior o MS Excel 2013 a faixa de opções está organizada em guias/grupos e comandos. Nas versões anteriores ao
MS Excel 2007 a faixa de opções era conhecida como menu.
1. Guias: existem sete guias na parte superior. Cada uma representa tarefas principais executadas no Excel.
2. Grupos: cada guia tem grupos que mostram itens relacionados reunidos.
3. Comandos: um comando é um botão, uma caixa para inserir informações ou um menu.
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Faixa de opções do Excel.


• Pasta de trabalho
É denominada pasta todo arquivo que for criado no MS Excel. Tudo que for criado será um arquivo com extensão: xls, xlsx, xlsm, xltx
ou xlsb.

Fórmulas
Fórmulas são equações que executam cálculos sobre valores na planilha. Uma fórmula sempre inicia com um sinal de igual (=).
Uma fórmula também pode conter os seguintes itens: funções, referências, operadores e constantes.

– Referências: uma referência identifica uma célula ou um intervalo de células em uma planilha e informa ao Microsoft Excel onde
procurar os valores ou dados a serem usados em uma fórmula.
– Operadores: um sinal ou símbolo que especifica o tipo de cálculo a ser executado dentro de uma expressão. Existem operadores
matemáticos, de comparação, lógicos e de referência.

– Constantes: é um valor que não é calculado, e que, portanto, não é alterado. Por exemplo: =C3+5.
O número 5 é uma constante. Uma expressão ou um valor resultante de uma expressão não é considerado uma constante.

– Níveis de Prioridade de Cálculo


Quando o Excel cria fórmulas múltiplas, ou seja, misturar mais de uma operação matemática diferente dentro de uma mesma fórmula,
ele obedece a níveis de prioridade.
Os Níveis de Prioridade de Cálculo são os seguintes:
Prioridade 1: Exponenciação e Radiciação (vice-versa).
Prioridade 2: Multiplicação e Divisão (vice-versa).
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Prioridade 3: Adição e Subtração (vice-versa).

Os cálculos são executados de acordo com a prioridade matemática, conforme esta sequência mostrada, podendo ser utilizados
parênteses “ () ” para definir uma nova prioridade de cálculo.

– Criando uma fórmula


Para criar uma fórmula simples como uma soma, tendo como referência os conteúdos que estão em duas células da planilha, digite
o seguinte:

Funções
Funções são fórmulas predefinidas que efetuam cálculos usando valores específicos, denominados argumentos, em uma determinada
ordem ou estrutura. As funções podem ser usadas para executar cálculos simples ou complexos.
Assim como as fórmulas, as funções também possuem uma estrutura (sintaxe), conforme ilustrado abaixo:

Estrutura da função.

NOME DA FUNÇÃO: todas as funções que o Excel permite usar em suas células tem um nome exclusivo.
Para obter uma lista das funções disponíveis, clique em uma célula e pressione SHIFT+F3.
ARGUMENTOS: os argumentos podem ser números, texto, valores lógicos, como VERDADEIRO ou FALSO, matrizes, valores de erro
como #N/D ou referências de célula. O argumento que você atribuir deve produzir um valor válido para esse argumento. Os argumentos
também podem ser constantes, fórmulas ou outras funções.

• Função SOMA
Esta função soma todos os números que você especifica como argumentos. Cada argumento pode ser um intervalo, uma referência
de célula, uma matriz, uma constante, uma fórmula ou o resultado de outra função. Por exemplo, SOMA (A1:A5) soma todos os números
contidos nas células de A1 a A5. Outro exemplo: SOMA (A1;A3; A5) soma os números contidos nas células A1, A3 e A5.

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• Função MÉDIA
Esta função calcula a média aritmética de uma determinada faixa de células contendo números. Para tal, efetua o cálculo somando os
conteúdos dessas células e dividindo pela quantidade de células que foram somadas.

• Função MÁXIMO e MÍNIMO


Essas funções dado um intervalo de células retorna o maior e menor número respectivamente.

• Função SE
A função SE é uma função do grupo de lógica, onde temos que tomar uma decisão baseada na lógica do problema. A função SE verifica
uma condição que pode ser Verdadeira ou Falsa, diante de um teste lógico.
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Sintaxe Exemplo:
SE (teste lógico; valor se verdadeiro; valor se falso) Vamos calcular a somas das vendas dos vendedores por Gênero.
Observando a planilha acima, na célula C9 digitaremos a função
Exemplo: =SOMASE (B2:B7;”M”; C2:C7) para obter a soma dos vendedores.
Na planilha abaixo, como saber se o número é negativo, temos
que verificar se ele é menor que zero. • Função CONT.SE
Na célula A2 digitaremos a seguinte formula: Esta função conta quantas células se atender ao critério
solicitado. Ela pede apenas dois argumentos, o intervalo a ser
analisado e o critério para ser verificado.

Sintaxe
CONT.SE (intervalo analisado; critério)
Onde:
Intervalo analisado (obrigatório): intervalo em que a função vai
analisar o critério.
Critério (obrigatório): Valor ou Texto a ser procurado no
intervalo a ser analisado.

• Função SOMASE
A função SOMASE é uma junção de duas funções já estudadas
aqui, a função SOMA e SE, onde buscaremos somar valores desde
que atenda a uma condição especificada:

Sintaxe Aproveitando o mesmo exemplo da função anterior, podemos


SOMASE (intervalo analisado; critério; intervalo a ser somado) contar a quantidade de homens e mulheres.
Onde: Na planilha acima, na célula C9 digitaremos a função =CONT.SE
Intervalo analisado (obrigatório): intervalo em que a função vai (B2:B7;”M”) para obter a quantidade de vendedores.
analisar o critério.
Critério (obrigatório): Valor ou Texto a ser procurado no
intervalo a ser analisado. MICROSOFT OFFICE WORD: INTRODUÇÃO E CONCEITOS
Intervalo a ser somado (opcional): caso o critério seja atendido BÁSICOS. COMPARTILHAMENTO E COAUTORIA, COMEN-
é efetuado a soma da referida célula analisada. Não pode conter TÁRIOS, CONTROLE DE ALTERAÇÕES. FORMATAÇÃO DE
texto neste intervalo. TEXTO, LISTA NUMERADAS E MARCADORES, ESPAÇA-
MENTO, ESTILOS, TEMAS. LAYOUT DE PÁGINA, MARGENS,
ORIENTAÇÃO, BORDAS, CABEÇALHO E RODAPÉ, NUMERA-
ÇÃO, QUEBRA DE PÁGINA, SUMÁRIO. TABELAS, IMAGENS,
ÍCONES, WORDART, MARCA D’ÁGUA, RÉGUA, FORMAS
GEOMÉTRICAS. IMPRESSÃO E EXPORTAÇÃO DE DO-
CUMENTOS, MALA DIRETA

Essa versão de edição de textos vem com novas ferramentas e


novos recursos para que o usuário crie, edite e compartilhe docu-
mentos de maneira fácil e prática25.
O Word 2016 está com um visual moderno, mas ao mesmo
tempo simples e prático, possui muitas melhorias, modelos
de documentos e estilos de formatações predefinidos para
agilizar e dar um toque de requinte aos trabalhos desenvolvidos.
Trouxe pouquíssimas novidades, seguiu as tendências atuais da

25 http://www.popescolas.com.br/eb/info/word.pdf
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INFORMÁTICA BÁSICA

computação, permitindo o compartilhamento de documentos e


possuindo integração direta com vários outros serviços da web,
como Facebook, Flickr, Youtube, Onedrive, Twitter, entre outros.

Novidades no Word 2016


– Diga-me o que você deseja fazer: facilita a localização e a
realização das tarefas de forma intuitiva, essa nova versão possui a
caixa Diga-me o que deseja fazer, onde é possível digitar um termo
ou palavra correspondente a ferramenta ou configurações que
procurar.

– Pesquisa inteligente: integra o Bing, serviço de buscas da


Microsoft, ao Word 2016. Ao clicar com o botão do mouse sobre
qualquer palavra do texto e no menu exibido, clique sobre a função
Pesquisa Inteligente, um painel é exibido ao lado esquerdo da tela
do programa e lista todas as entradas na internet relacionadas com
a palavra digitada.
– Equações à tinta: se utilizar um dispositivo com tela sensível
– Trabalhando em grupo, em tempo real: permite que vários ao toque é possível desenhar equações matemáticas, utilizando
usuários trabalhem no mesmo documento de forma simultânea. o dedo ou uma caneta de toque, e o programa será capaz de
reconhecer e incluir a fórmula ou equação ao documento.

– Histórico de versões melhorado: vá até Arquivo > Histórico


para conferir uma lista completa de alterações feitas a um
documento e para acessar versões anteriores.
– Compartilhamento mais simples: clique em Compartilhar
para compartilhar seu documento com outras pessoas no
SharePoint, no OneDrive ou no OneDrive for Business ou para
enviar um PDF ou uma cópia como um anexo de e-mail diretamente
Ao armazenar um documento on-line no OneDrive ou no do Word.
SharePoint e compartilhá-lo com colegas que usam o Word 2016
ou Word On-line, vocês podem ver as alterações uns dos outros
no documento durante a edição. Após salvar o documento on-line,
clique em Compartilhar para gerar um link ou enviar um convite por
e-mail. Quando seus colegas abrem o documento e concordam em
compartilhar automaticamente as alterações, você vê o trabalho
em tempo real.

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INFORMÁTICA BÁSICA

– Formatação de formas mais rápida: quando você insere formas da Galeria de Formas, é possível escolher entre uma coleção de
preenchimentos predefinidos e cores de tema para aplicar rapidamente o visual desejado.
– Guia Layout: o nome da Guia Layout da Página na versão 2010/2013 do Microsoft Word mudou para apenas Layout26.

Interface Gráfica

Navegação gráfica

Atalho de barra de status

Faixas de opções e modo de exibição

Guia de Início Rápido.27


26 CARVALHO, D. e COSTA, Renato. Livro Eletrônico.
27 https://www.udesc.br/arquivos/udesc/id_cpmenu/5297/Guia_de_Inicio_Rapido___Word_2016_14952206861576.pdf
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INFORMÁTICA BÁSICA

Ao clicar em Documento em branco surgirá a tela principal do Word 201628.

Área de trabalho do Word 2016.

Barra de Ferramentas de Acesso Rápido


Permite adicionar atalhos, de funções comumente utilizadas no trabalho com documentos que podem ser personalizados de acordo
com a necessidade do usuário.

Faixa de Opções
Faixa de Opções é o local onde estão os principais comandos do Word, todas organizadas em grupos e distribuídas por meio de guias,
que permitem fácil localização e acesso. As faixas de Opções são separadas por nove guias: Arquivos; Página Inicial, Inserir, Design, Layout,
Referências, Correspondências, Revisão e Exibir.

– Arquivos: possui diversas funcionalidades, dentre algumas:


– Novo: abrir um Novo documento ou um modelo (.dotx) pré-formatado.
– Abrir: opções para abrir documentos já salvos tanto no computador como no sistema de armazenamento em nuvem da Microsoft,
One Drive. Além de exibir um histórico dos últimos arquivos abertos.
– Salvar/Salvar como: a primeira vez que irá salvar o documento as duas opções levam ao mesmo lugar. Apenas a partir da segunda
vez em diante que o Salvar apenas atualiza o documento e o Salvar como exibe a janela abaixo. Contém os locais onde serão armazenados
os arquivos. Opções locais como na nuvem (OneDrive).

28 Melo, F. INFORMÁTICA. MS-Word 2016.


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INFORMÁTICA BÁSICA

– Imprimir: opções de impressão do documento em edição. Desde a opção da impressora até as páginas desejadas. O usuário tanto
pode imprimir páginas sequenciais como páginas alternadas.

– Página Inicial: possui ferramentas básicas para formatação de texto, como tamanho e cor da fonte, estilos de marcador, alinhamento
de texto, entre outras.

Grupo Área de Transferência


Para acessá-la basta clicar no pequeno ícone de uma setinha para baixo no canto inferior direito, logo à frente de Área de Transferência.
Colar (CTRL + V): cola um item (pode ser uma letra, palavra, imagem) copiado ou recortado.
Recortar (CTRL + X): recorta um item (pode ser uma letra, palavra, imagem) armazenando-o temporariamente na Área de Transferência
para em seguida ser colado no local desejado.
Copiar (CTRL+C): copia o item selecionado (cria uma cópia na Área de Transferência).
Pincel de Formatação (CTRL+SHIFT+C / CTRL+SHIFT+V): esse recurso (principalmente o ícone) cai em vários concursos. Ele permite
copiar a formatação de um item e aplicar em outro.

Grupo Fonte

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INFORMÁTICA BÁSICA

Fonte: permite que selecionar uma fonte, ou seja, um tipo de letra a ser exibido em seu texto. Em cada texto pode
haver mais de um tipo de fontes diferentes.

Tamanho da fonte: é o tamanho da letra do texto. Permite escolher entre diferentes tamanhos de fonte na lista ou
que digite um tamanho manualmente.

Negrito: aplica o formato negrito (escuro) ao texto selecionado. Se o cursor estiver sobre uma palavra, ela ficará toda
em negrito. Se a seleção ou a palavra já estiver em negrito, a formatação será removida.

Itálico: aplica o formato itálico (deitado) ao texto selecionado. Se o cursor estiver sobre uma palavra, ela ficará toda
em itálico. Se a seleção ou palavra já estiver em itálico, a formatação será removida.

Sublinhado: sublinha, ou seja, insere ou remove uma linha embaixo do texto selecionado. Se o cursor não está em
uma palavra, o novo texto inserido será sublinhado.

Tachado: risca uma linha, uma palavra ou apenas uma letra no texto selecionado ou, se o cursor somente estiver
sobre uma palavra, esta palavra ficará riscada.

Subscrito: coloca a palavra abaixo das demais.

Sobrescrito: coloca a palavra acima das demais.

Cor do realce do texto: aplica um destaque colorido sobre a palavra, assim como uma caneta marca texto.

Cor da fonte: permite alterar a cor da fonte (letra).

Grupo Parágrafo

Marcadores: permite criar uma lista com diferentes marcadores.

Numeração: permite criar uma lista numerada.

Lista de vários itens: permite criar uma lista numerada em níveis.

Diminuir Recuo: diminui o recuo do parágrafo em relação à margem esquerda.

Aumentar Recuo: aumenta o recuo do parágrafo em relação à margem esquerda.

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INFORMÁTICA BÁSICA

Classificar: organiza a seleção atual em ordem alfabética ou numérica.

Mostrar tudo: mostra marcas de parágrafos e outros símbolos de formatação ocultos.

Alinhar a esquerda: alinha o conteúdo com a margem esquerda.

Centralizar: centraliza seu conteúdo na página.

Alinhar à direita: alinha o conteúdo à margem direita.

Justificar: distribui o texto uniformemente entre as margens esquerda e direita.

Espaçamento de linha e parágrafo: escolhe o espaçamento entre as linhas do texto ou entre parágrafos.

Sombreamento: aplica uma cor de fundo no parágrafo onde o cursor está posicionado.

Bordas: permite aplicar ou retirar bordas no trecho selecionado.

Grupo Estilo
Possui vários estilos pré-definidos que permite salvar configurações relativas ao tamanho e cor da fonte, espaçamento entre linhas
do parágrafo.

Grupo Edição

CTRL+L: ao clicar nesse ícone é aberta a janela lateral, denominada navegação, onde é possível localizar um
uma palavra ou trecho dentro do texto.

CTRL+U: pesquisa no documento a palavra ou parte do texto que você quer mudar e o substitui por outro
de seu desejo.

Seleciona o texto ou objetos no documento.

Inserir: a guia inserir permite a inclusão de elementos ao texto, como: imagens, gráficos, formas, configurações de quebra de página,
equações, entre outras.
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INFORMÁTICA BÁSICA

Adiciona uma folha inicial em seu documento, parecido como uma capa.

Adiciona uma página em branco em qualquer lugar de seu documento.

Uma seção divide um documento em partes determinadas pelo usuário para que sejam aplicados diferentes
estilos de formatação na mesma ou facilitar a numeração das páginas dentro dela.

Permite inserir uma tabela, uma planilha do Excel, desenhar uma tabela, tabelas rápidas ou converter o texto em tabela e
vice-versa.

Design: esta guia agrupa todos os estilos e formatações disponíveis para aplicar ao layout do documento.

Layout: a guia layout define configurações características ao formato da página, como tamanho, orientação, recuo, entre outras.

Referências: é utilizada para configurações de itens como sumário, notas de rodapé, legendas entre outros itens relacionados a
identificação de conteúdo.

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INFORMÁTICA BÁSICA

Correspondências: possui configuração para edição de cartas, mala direta, envelopes e etiquetas.

Revisão: agrupa ferramentas úteis para realização de revisão de conteúdo do texto, como ortografia e gramática, dicionário de
sinônimos, entre outras.

Exibir: altera as configurações de exibição do documento.

Formatos de arquivos
Veja abaixo alguns formatos de arquivos suportados pelo Word 2016:
.docx: formato xml.
.doc: formato da versão 2003 e anteriores.
.docm: formato que contém macro (vba).
.dot: formato de modelo (carta, currículo...) de documento da versão 2003 e anteriores.
.dotx: formato de modelo (carta, currículo...) com o padrão xml.
.odt: formato de arquivo do Libre Office Writer.
.rtf: formato de arquivos do WordPad.
.xml: formato de arquivos para Web.
.html: formato de arquivos para Web.
.pdf: arquivos portáteis.

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INFORMÁTICA BÁSICA

SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO: CONCEITOS BÁSICOS DE


SEGURANÇA, POLÍTICAS DE CONTROLE DE ACESSO DE
USUÁRIOS

— Confidencialidade, integridade, disponibilidade, autentici-


dade e não repúdio

1. Confidencialidade
A confidencialidade é o primeiro pilar da segurança da
informação, pois garante que os dados estejam acessíveis
a determinados usuários e protegidos contra pessoas não
autorizadas. É um componente essencial da privacidade, que se
aplica especialmente a dados pessoais, sensíveis, financeiros,
psicográficos e outras informações sigilosas.
Para garantir esse pilar nas suas políticas de segurança de TI,
você deve incluir medidas de proteção como controle de acesso,
criptografia, senhas fortes, entre outras estratégias. Inclusive,
a confidencialidade dos dados pessoais de usuários é um dos
requisitos centrais de conformidade com a GPDR (General Data
Protection Regulation) e LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados
Pessoais).

2. Integridade
A integridade na segurança da informação diz respeito à
preservação, precisão, consistência e confiabilidade dos dados
durante todo o seu ciclo de vida.
Para erguer esse pilar em uma empresa, é preciso implementar
mecanismos de controle para evitar que as informações
sejam alteradas ou deletadas por pessoas não autorizadas.
Frequentemente, a integridade dos dados é afetada por erros
humanos, políticas de segurança inadequadas, processos falhos e
ciberataques.

3. Disponibilidade
Para que um sistema de informação seja útil, é fundamental
que seus dados estejam disponíveis sempre que necessário. Logo,
a disponibilidade é mais um pilar da segurança da informação, que
garante o acesso em tempo integral (24/7) pelos usuários finais.
Para cumprir esse requisito, você precisa garantir a estabilidade
e acesso permanente às informações dos sistemas, por meio
de processos de manutenção rápidos, eliminação de falhas de
software, atualizações constantes e planos para administração de
crises.
Vale lembrar que os sistemas são vulneráveis a desastres
naturais, ataques de negação de serviço, blecautes, incêndios e
diversas outras ameaças que prejudicam sua disponibilidade.

4. Autenticidade
A autenticidade é o pilar que valida a autorização do usuário
para acessar, transmitir e receber determinadas informações. Seus
mecanismos básicos são logins e senhas, mas também podem ser
utilizados recursos como a autenticação biométrica, por exemplo.
Esse pilar confirma a identidade dos usuários antes de liberar o
acesso aos sistemas e recursos, garantindo que não se passem por
terceiros.

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INFORMÁTICA BÁSICA

5. Irretratabilidade Definição de uma política de segurança


Também chamado de “não repúdio”, do inglês non-repudiation, Uma política de segurança é a expressão formal das regras pelas
esse pilar é inspirado no princípio jurídico da irretratabilidade. Esse quais é fornecido acesso aos recursos tecnológicos da empresa.
pilar garante que uma pessoa ou entidade não possa negar a autoria
da informação fornecida, como no caso do uso de certificados Propósitos de uma política de segurança
digitais para transações online e assinatura de documentos O principal propósito de uma política de segurança é informar
eletrônicos. Na gestão da segurança da informação, isso significa aos usuários, equipe e gerentes, as suas obrigações para a proteção
ser capaz de provar o que foi feito, quem fez e quando fez em um da tecnologia e do acesso à informação. A política deve especificar
sistema, impossibilitando a negação das ações dos usuários. os mecanismos através dos quais estes requisitos podem ser
alcançados. Outro propósito é oferecer um ponto de referência
— Políticas de segurança a partir do qual se possa adquirir, configurar e auditar sistemas
As decisões que você como administrador toma ou deixa de computacionais e redes, para que sejam adequados aos requisitos
tomar, relacionadas à segurança, irão determinar quão segura ou propostos. Portanto, uma tentativa de utilizar um conjunto de
insegura é a sua rede, quantas funcionalidades ela irá oferecer, e ferramentas de segurança na ausência de pelo menos uma política
qual será a facilidade de utilizá-la. No entanto, você não consegue de segurança implícita não faz sentido.
tomar boas decisões sobre segurança, sem antes determinar quais
são as suas metas de segurança. Até que você determine quais Uma política de uso apropriado (Appropriate - ou Acceptable
sejam elas, você não poderá fazer uso efetivo de qualquer coleção - Use Policy - AUP) pode também ser parte de uma política de
de ferramentas de segurança pois você simplesmente não saberá o segurança. Ela deveria expressar o que os usuários devem e não
que checar e quais restrições impor. devem fazer em relação aos diversos componentes do sistema,
Por exemplo, seus objetivos provavelmente serão muito incluindo o tipo de tráfego permitido nas redes. A AUP deve ser
diferentes dos que são definidos por um vendedor de produto. tão explícita quanto possível para evitar ambiguidades ou maus
Os vendedores procuram deixar a configuração e a operação de entendimentos. Por exemplo, uma AUP pode lista newsgroups
seus produtos o mais simplificado possível, o que implica que as USENET proibidos.
configurações default normalmente serão bastante tão abertas (e
por conseguinte inseguras) quanto possível. Se por um lado isto Quem deve ser envolvido na formulação da política?
torna o processo de instalação de novos produtos mais simples, Para que uma política de segurança se torne apropriada e
também deixa acessos abertos, para qualquer usuário. efetiva, ela deve ter a aceitação e o suporte de todos os níveis de
Seus objetivos devem ser determinados a partir das seguintes empregados dentro da organização. É especialmente importante
determinantes: que a gerência corporativa suporte de forma completa o processo
1. Serviços oferecidos versus Segurança fornecida - Cada da política de segurança, caso contrário haverá pouca chance que
serviço oferecido para os usuários carrega seus próprios riscos de ela tenha o impacto desejado. A seguinte lista de indivíduos deveria
segurança. Para alguns serviços, o risco é superior que o benefício estar envolvida na criação e revisão dos documentos da política de
do mesmo, e o administrador deve optar por eliminar o serviço ao segurança:
invés de tentar torná-lo menos inseguro. – O administrador de segurança do site
2. Facilidade de uso versus Segurança - O sistema mais fácil de – O pessoal técnico de tecnologia da informação
usar deveria permitir acesso a qualquer usuário e não exigir senha, – Os Administradores de grandes grupos de usuários dentro da
isto é, não haveria segurança. Solicitar senhas torna o sistema um organização
pouco menos conveniente, mas mais seguro. Requerer senhas – A equipe de reação a incidentes de segurança
“one-time” geradas por dispositivos, torna o sistema ainda mais – Os Representantes de grupos de usuários afetados pela
difícil de utilizar, mas bastante mais seguro. política de segurança
3. Custo da segurança versus o Risco da perda - Há muitos – O Conselho Legal
custos diferentes para segurança: monetário (o custo da aquisição
de hardware e software como firewalls, e geradores de senha “one- A lista acima é representativa para muitas organizações que tem
time”), performance (tempo cifragem e decifragem), e facilidade controle acionário, mas não necessariamente para todas. A ideia
de uso. Há também muitos níveis de risco: perda de privacidade (a é trazer representações dos membros, gerentes com autoridade
leitura de uma informação por indivíduos não autorizados), perda sobre o orçamento e política, pessoal técnico que saiba o que pode
de dados (corrupção ou deleção de informações), e a perda de e o que não pode ser suportado, e o conselho legal que conheça as
serviços (ocupar todo o espaço disponível em disco, impossibilidade decorrências legais das várias políticas. Em algumas organizações,
de acesso à rede). Cada tipo de custo deve ser contrabalançado ao pode ser apropriado incluir pessoal de auditoria. Envolver este
tipo de perda. grupo é importante se as políticas resultantes deverão alcançar a
Seus objetivos devem ser comunicados a todos os usuários, maior aceitabilidade possível. Também é importante mencionar
pessoal operacional, e gerentes através de um conjunto de regras que o papel do conselho legal irá variar de país para país.
de segurança, chamado de “política de segurança”. Nós utilizamos
este termo ao invés de “política de segurança computacional”, uma O que faz uma boa política de segurança?
vez que o escopo inclui todos os tipos de tecnologias de informação As características de uma boa política de segurança são:
e informações armazenadas e manipuladas pela tecnologia. 1. Ela deve ser implementável através de procedimentos de
administração, publicação das regras de uso aceitáveis, ou outros
métodos apropriados.

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INFORMÁTICA BÁSICA

2. Ela deve ser exigida com ferramentas de segurança, onde apropriado, e com sanções onde a prevenção efetiva não seja tecnicamente
possível.
3. Ela deve definir claramente as áreas de responsabilidade para os usuários, administradores e gerentes.

Os componentes de uma boa política de segurança incluem:


1. Guias para a compra de tecnologia computacional que especifiquem os requisitos ou características que os produtos devem possuir.
2. Uma política de privacidade que defina expectativas razoáveis de privacidade relacionadas a aspectos como a monitoração de
correio eletrônico, logs de atividades, e acesso aos arquivos dos usuários.
3. Uma política de acesso que define os direitos e os privilégios para proteger a organização de danos, através da especificação de linhas
de conduta dos usuários, pessoal e gerentes. Ela deve oferecer linhas de condutas para conexões externas, comunicação de dados, conexão
de dispositivos a uma rede, adição de novos softwares, etc. Também deve especificar quaisquer mensagens de notificação requeridas (por
exemplo, mensagens de conexão devem oferecer aviso sobre o uso autorizado, e monitoração de linha, e não simplesmente “welcome”.
4. Uma política de contabilidade que defina as responsabilidades dos usuários. Deve especificar a capacidade de auditoria, e oferecer
a conduta no caso de incidentes (por exemplo, o que fazer e a quem contactar se for detectada uma possível intromissão.
5. Uma política de autenticação que estabeleça confiança através de uma política de senhas efetiva, e através da linha de conduta para
autenticação de acessos remotos e o uso de dispositivos de autenticação.
6. Um documento de disponibilidade que define as expectativas dos usuários para a disponibilidade de recursos. Ele deve endereçar
aspectos como redundância e recuperação, bem como especificar horários de operação e de manutenção. Ele também deve incluir
informações para contato para relatar falhas de sistema e de rede.
7. Um sistema de tecnologia de informação e política de manutenção de rede que descreva como tanto o pessoal de manutenção
interno como externo devem manipular e acessar a tecnologia. Um tópico importante a ser tratado aqui é como a manutenção remota é
permitida e como tal acesso é controlado. Outra área para considerar aqui é a terceirização e como ele é gerenciada.
8. Uma política de relatório de violações que indique quais os tipos de violações devem ser relatados e a quem estes relatos devem ser
feitos. Uma atmosfera de não ameaça e a possibilidade de denúncias anônimas irá resultar uma grande probabilidade que uma violação
seja relatada.
9. Suporte a informação que ofereça aos usuários informações para contato para cada tipo de violação; linha de conduta sobre como
gerenciar consultas externas sobre um incidente de segurança, ou informação que seja considerada confidencial ou proprietária; referências
cruzadas para procedimentos de segurança e informações relacionadas, tais como as políticas da companhia e leis e regulamentações
governamentais.

Pode haver requisitos regulatórios que afetem alguns aspectos de sua política de segurança (como a monitoração). Os criadores da
política de segurança devem considerar a busca de assistência legal na criação da mesma. No mínimo, a política deve ser revisada por um
conselho legal.
Uma vez que a política tenha sido estabelecida ela deve ser claramente comunicada aos usuários, pessoal e gerentes. Deve-se criar
um documento que os usuários assinem, dizendo que leram, entenderam e concordaram com a política estabelecida. Esta é uma parte
importante do processo. Finalmente sua política deve ser revisada regularmente para verificar se ela está suportando com sucesso suas
necessidades de segurança.

Mantendo a política flexível


No intuito de tornar a política viável a longo prazo, é necessário bastante flexibilidade baseada no conceito de segurança arquitetural.
Uma política deve ser largamente independente de hardware e softwares específicos. Os mecanismos para a atualização da política devem
estar claros. Isto inclui o processo e as pessoas envolvidas.
Também é importante reconhecer que há expectativas para cada regra. Sempre que possível a política deve expressar quais expectativas
foram determinadas para a sua existência. Por exemplo, sob que condições um administrador de sistema tem direito a pesquisar nos
arquivos do usuário. Também pode haver casos em que múltiplos usuários terão acesso à mesma userid. Por exemplo, em sistemas com
um usuário root, múltiplos administradores de sistema talvez conheçam a senha e utilizem a conta.
Outra consideração é chamada a “Síndrome do Caminhão de Lixo”. Isto se refere ao que pode acontecer a um site se uma pessoa
chave repentinamente não esteja mais disponível para sua função (ficou doente ou deixou a companhia). Enquanto a grande segurança
reside na mínima disseminação de informação, o risco de perder informação crítica cresce quando a informação não é compartilhada. É
importante determinar qual o peso ideal desta medida em seu site.

— Políticas de classificação da informação


Toda classificação deve ser realizada no momento que a informação for gerada ou sempre que necessário em momento posterior. É
importante destacar que toda informação classificada em grau de sigilo é sigilosa, mas nem toda informação sigilosa é classificada em grau
de sigilo.
Se utilizando do SEI - Sistema Eletrônico de Informação, principal meio de tramitação de documentos no GDF, o nivelamento da
classificação se apresenta da seguinte maneira:
• Público - todo o conteúdo de todos os documentos de um determinado processo são visualizados por qualquer pessoa, sendo
servidor do Iprev/DF ou não.

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• Restrito - o acesso ao conteúdo dos documentos em um A norma ISO 27001 adota o modelo PDCA (Plan-Do-Check-Act)
processo é restrito às unidades, de menor hierarquia a qual a para descrever a estrutura de um SGSI. A imagem a seguir, junto
pessoa pertence, pelas quais esse processo tramitar, e, obviamente, com descrição de cada uma das etapas provavelmente irá ajudá-lo
à todas as pessoas que estiverem vinculadas àquelas unidades. a ganhar um pouco mais de intimidade com o conceito.  
• Sigiloso - o acesso aos documentos e ao processo é exclusivo
às pessoas a quem for atribuída permissão específica.

Vale ressaltar que, no sistema SEI, o grau de sigilo do menor


elemento se sobrepõe ao maior, ou seja, mesmo se o processo for
classificado como público se houver algum documento classificado
como restrito ou sigiloso, todo o processo passa a ter essa
classificação.
Para a realização da classificação devem ser considerados quatro
aspectos importantes, os quais devem servir como norteadora. São
eles:
• Integridade – informação atualizada, completa e mantida
por pessoal autorizado.
• Disponibilidade – disponibilidade constante e sempre que
necessário para pessoal autorizado.
• Valor – a informação deve ter um valor agregado para a
instituição.
• Confidencialidade – acesso exclusivo por pessoal autorizado.

No que tange a confidencialidade, procurando um


entendimento melhor desse conceito, foi traçado um paralelo
entre esse aspecto, o grau de sigilo e o impacto causado por sua
quebra, consolidado na tabela a seguir:
Estabelecer o SGSI
É a etapa que da vida ao SGSI. Suas atividades devem
estabelecer políticas, objetivos, processos e procedimentos
para a gestão de segurança da informação. São os instrumentos
estratégicos fundamentais para que a organização possa integrar
suas à segurança da informação às políticas e objetivos globais da
organização.

Requisitos da Norma ISO 27001 para esta etapa:


– Definição do escopo do SGSI (a quais processos organizacionais,
departamentos e partes interessadas se aplica).
– A Política do SGSI (que inclui objetivo, diretrizes, alinhamento
ao negócio, critérios de avaliação de riscos, dentre outros aspectos).
– Abordagem de gestão (a metodologia da organização utilizada
para identificação, análise, avaliação e tratamento de riscos).
– Objetivos de controle e controles selecionados (a empresa
deve declarar quais medidas foram selecionadas para tratar a
— Sistemas de gestão de segurança da informação segurança da informação).
É um sistema de gestão corporativo (não necessariamente um – Declaração de aplicabilidade (com os objetivos de controle
sistema automatizado) voltado para a #Segurança da Informação, selecionados).
que inclui toda a abordagem organizacional usada para proteger – Implementar o SGSI
a informação empresarial e seus critérios de Confidencialidade, – Consiste em implementar e operar a política de segurança,
Integridade e Disponibilidade. os controles / medidas de segurança, processos e procedimentos.
O SGSI inclui estratégias, planos, políticas, medidas, controles,
e diversos instrumentos usados para estabelecer, implementar, Requisitos da Norma ISO 27001 para esta etapa:
operar, monitorar, analisar criticamente, manter e melhorar a – Formular um plano de tratamento de riscos que identifique
segurança da informação. a ação de gestão apropriada, recursos, responsabilidades e
prioridades para a #Gestão de Riscos.
Escopo de um Sistema de Gestão de Segurança da Informação – Implementar o plano de tratamento de riscos para alcançar
(SGSI) os objetivos de controle identificados, que inclua considerações de
financiamentos e atribuição de papéis e responsabilidades.
– Implementar os controles selecionados.

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– Definir como medir a eficácia dos controles ou grupos de Segundo CERT.br, um incidente de segurança pode ser definido
controles selecionados, e especificar como estas medidas devem como qualquer evento adverso, confirmado ou sob suspeita,
ser usadas para avaliar a eficácia dos controles de modo a produzir relacionado a segurança de sistemas de computação ou de #Redes
resultados comparáveis e reproduzíveis. de Computadores.
– Implementar programas de conscientização e treinamento. Em geral, qualquer situação em que um ou mais ativos da
– Gerenciar as operações do SGSI. informação está(ão) sob risco, é considerado um incidente de
– Gerenciar os recursos para o SGSI. segurança.
– Implementar procedimentos e outros controles capazes de
permitir a pronta detecção de eventos de segurança da informação Objetivos do processo
e resposta a incidentes de segurança da informação. Quem conhece a gestão de incidentes da ITIL, vai provavelmente
– Monitorar e analisar criticamente o SGSI familiarizar-se com os objetivos descritos a seguir. Vale observar,
– Reúne as práticas necessárias para avaliar a eficiência e entretanto, que o foco em incidentes de segurança torna o processo
eficácia do sistema de gestão e apresentar os resultados para a mais específico e elaborado. Característica que fica ainda mais clara
análise crítica pela direção. A política de segurança é usada para no item 4 deste artigo (atividades do processo).
comparar e desempenho alcançado com as diretrizes definidas. Outro diferenciador em comparação à gestão de incidentes
tradicional é o fato deste processo incorporar parte das atividades
Requisitos da Norma ISO 27001 para esta etapa: que seriam de responsabilidade da gestão de eventos em
– Executar procedimentos de monitoração e análise crítica gerenciamento de serviços de TI, uma vez que o próprio conceito
– Realizar análises críticas regulares da eficácia do SGSI (conforme apresentado no item 1) define como incidente “ qualquer
(incluindo o atendimento da política e dos objetivos do SGSI, e a evento adverso, confirmado ou sob suspeita.”
análise crítica de controles de segurança), levando em consideração
os resultados de auditorias de segurança da informação, incidentes São objetivos da gestão de incidentes de SI:
de segurança da informação, resultados da eficácia das medições, a) Garantir a detecção de eventos e tratamento adequado,
sugestões e realimentação de todas as partes interessadas. sobretudo na categorização destes como incidentes de segurança
– Medir a eficácia dos controles para verificar que os requisitos da informação ou não.
de segurança da informação foram atendidos. b) Garantir que incidentes de segurança da informação são
– Analisar criticamente as análises/avaliações de riscos a identificados, avaliados e respondidos de maneira mais adequada
intervalos planejados e analisar criticamente os riscos residuais e os possível.
níveis de riscos aceitáveis identificados. c) Minimizar os efeitos adversos de incidentes de segurança da
– Conduzir auditorias internas do SGSI a intervalos planejados. informação (tratando-os o mais brevemente possível).
– Realizar uma análise crítica do SGSI pela direção em bases d) Reportar as vulnerabilidades de segurança da informação,
regulares para assegurar que o escopo permanece adequado e que além de tratá-las adequadamente.
são identificadas melhorias nos processos do SGSI. e) Ajudar a prevenir futuras ocorrências, através da manutenção
– Atualizar os planos de segurança da informação para levar de uma base de lições aprendidas (algo parecido com a base dados
em consideração os resultados das atividades de monitoramento e de erros conhecidos).
análise crítica.
– Registrar ações e eventos que possam ter um impacto na 3) Equipe de Resposta a Incidentes
eficácia ou no desempenho do SGSI. Equipe de membros devidamente qualificados que lida com
– Manter e melhorar continuamente o SGSI incidentes durante o seu ciclo de vida (ver item 4 deste artigo sobre
– Executar as ações corretivas e preventivas, com base nos o conceito de ciclo de vida).
resultados da auditoria interna do SGSI e da análise crítica pela
direção ou outra informação pertinente, para alcançar a melhoria Pode ser abordado como um subgrupo de gestão de incidentes
contínua do SGSI. com expertise em segurança da informação. Pessoas podem
assumir funções em tempo integral ou parcial para o tratamento
Requisitos da Norma ISO 27001 para esta etapa: de incidentes de segurança. São denominadas CSIRTs (Computer
– Implementar as melhorias identificadas no SGSI. Security Incident Response Teams).
– Executar as ações preventivas e corretivas apropriadas.
– Aplicar as lições aprendidas de experiências de segurança
da informação de outras organizações e aquelas da própria
organização.
– Comunicar as ações e melhorias a todas as partes interessadas
com um nível de detalhe apropriado às circunstâncias e, se
relevante, obter a concordância sobre como proceder.
– Assegurar -se de que as melhorias atinjam os objetivos
pretendidos.

— Tratamento de incidentes de segurança da informação

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4) Ciclo de vida do incidente de segurança - atividades do pro- – reportar o evento / incidente a partes interessadas;
cesso – atribuir as responsabilidades adequadas para o tratamento
do incidente / evento;
Atividade 01 - Planejamento do Processo – fornecer os procedimentos adequados a cada responsável;
Cuidar de incidentes “cotidianos” tais como problemas em – Outras atividades mais específicas podem ser necessárias
desktops e erros de aplicação já não é tarefa simples. Tratando-se para armazenar de forma adequada evidências / provas sobre a
de incidentes de segurança da informação, então, a primeira coisa causa do incidente (sobretudo em caso de ataques).
que imaginamos é que devem existir tarefas mais complexas que
tratarão casos que não ocorrem a todo momento. Atividade 04 - Responder ao incidente de segurança
Instrumentos básicos que são necessários para que incidentes A partir deste ponto, as atividades descritas já partem do
se segurança sejam sanados rapidamente: pressuposto de que a ocorrência foi classificada como incidente
– Política de gestão de incidentes de segurança da informação, de segurança e, portanto, este deve ser tratado no contexto do
sem esquecer do bom e velho comprometimento da alta direção processo.
– Políticas de #Gestão de Riscos atualizadas, sobretudo para
aqueles que envolvem tecnologia (lembrando que este artigo Sub atividades:
está focando no processo de gestão de incidentes de SI dentro do – conduzir ações conforme acordado na atividade de avaliação
escopo de TI) e decisão (atividade 03 deste artigo);
– Fluxo de incidentes de segurança da informação – respostas a incidentes de segurança da informação, incluindo
– Estabelecimento da equipe de resposta a incidentes a análise forense;
– Planejamento e capacitação da equipe de suporte técnico – instigar a resposta requerida, independe do responsável por
especializada tratá-la;
– Conscientização da equipe em relação a sensibilidade – escalonamento para responsáveis por gestão da continuidade,
envolvida com o gerenciamento de incidentes de segurança da quando o impacto da situação for percebido como desastroso;
informação – pode envolver posterior análise forense, se necessário;
– Ferramentas de #Testes e monitoramento – atualizar todos as partes envolvidas sobre o andamento do
– Ferramenta de registro dos incidentes e eventos tratamento do incidente;
– Entre outros – dar continuidade a sub atividade - citada no item anterior - de
recolhimento de provas eletrônicas e armazenada seguro destas,
Atividade 02- Detecção e comunicação caso seja necessário para a perseguição legal ou disciplinar do autor;
Envolve a detecção (normalmente com a ajuda de ferramentas – resposta para conter e eliminar o incidente de segurança da
de automação), coleta de informações associadas e relatórios informação;
sobre ocorrências de segurança da informação, vulnerabilidades – recuperar serviços impactados.
de segurança que não foram antes exploradas, assim como os
incidentes propriamente ditos, sejam eles provocados de forma Atividade 05 - Atualizar lições aprendidas
intencional ou não intencional. Ao ler as sub atividades da fase 05, espero que perceba o
quanto este processo é importante para a manutenção da Gestão
Atividade 03 - Avaliação e decisão da SI de forma adequada em sua organização.
O principal objetivo aqui é avaliar os eventos de segurança Sub atividades:
da informação e decisão sobre se é incidente de segurança da – identificação das lições aprendidas;
informação. – identificação de melhorias para a segurança da informação ;
É preciso realizar uma avaliação das informações relevantes – identificação de melhorias para a avaliação de riscos de
associadas com a ocorrência de eventos de segurança da informação segurança da informação e os resultados das análises;
e classificar o evento como um incidente ou não. – identificação e realização de melhorias para a gestão de
Perceba como a política de gestão de incidentes de segurança informações de incidentes de segurança;
(citada na atividade 01) é importante para prover referências na – identificação novos procedimentos e conhecimentos a serem
condução das sub atividades listadas a seguir, da mesma forma que adicionados às bases utilizadas pela equipe de resposta a incidentes;
será relevante para as atividades 04 e 05. – identificação de melhorias para processos, procedimentos,
normas e controles de maneria geral utilizados para a proteção da
Sub atividades: informação;
– decidir sobre a classificação (como evento ou incidente); – identificação e estudo de tendências, assim como propostas
– utilizar bases de dados e procedimentos para investigação, de eliminação das mesmas;
assim como manter estas bases e procedimentos atualizadas; – comunicação a todas as partes interessadas sobre as
– avaliar a situação com base nas classificações de eventos / necessidades de melhorias identificadas;
incidentes de segurança; – garantia de que todas as melhorias identificadas são aplicadas.
– identificação de serviços afetados;
– mensuração dos impactos nos ativos da informação Se você está comparando esta atividade com práticas
considerando os critérios da informação: confidencialidade, sugeridas pelo processo de gestão de problemas da ITIL você
integridade e disponibilidade; está interpretando corretamente. As boas práticas em gestão de
– classificar e priorizar o incidente / evento; incidentes de S.I. sobrepõem-se aos processos de gerenciamento
– realizar o escalonamento adequado; de incidentes e problemas da ITIL.
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Pouco importa se você irá trabalhar com um único processo Tipos de backup
ou com processos separados, mas recomendo que separe bem • Backups completos (normal): cópias de todos os arquivos,
as responsabilidades de quem está cuidando da recuperação do independente de backups anteriores. Conforma a quantidade de
serviço e quem é responsável pelas atividades proativas (sobretudo dados ele pode ser é um backup demorado. Ele marca os arquivos
citadas nesta atividade 05). Atribuir atividades reativas e proativas copiados.
a uma mesma pessoa pode não ser uma boa ideia, sobretudo em • Backups incrementais: é uma cópia dos dados criados e
casos como tratamento de incidentes. alterados desde o último backup completo (normal) ou incremental,
ou seja, cópia dos novos arquivos criados. Por ser mais rápidos e
ocupar menos espaço no disco ele tem maior frequência de backup.
POLÍTICAS DE BACKUP E PROTEÇÃO DE DADOS, PRIVACI- Ele marca os arquivos copiados.
DADE, GERENCIADORES E POLÍTICAS DE SENHAS • Backups diferenciais: da mesma forma que o backup
incremental, o backup diferencial só copia arquivos criados ou
alterados desde o último backup completo (normal), mas isso pode
Backup é uma cópia de segurança que você faz em outro variar em diferentes programas de backup. Juntos, um backup
dispositivo de armazenamento como HD externo, armazenamento completo e um backup diferencial incluem todos os arquivos no
na nuvem ou pen drive por exemplo, para caso você perca os dados computador, alterados e inalterados. No entanto, a diferença
originais de sua máquina devido a vírus, dados corrompidos ou deste para o incremental é que cada backup diferencial mapeia
outros motivos e assim possa restaurá-los (recuperá-los)29. as modificações em relação ao último backup completo. Ele é
Backups são extremamente importantes, pois permitem30: mais seguro na manipulação de dados. Ele não marca os arquivos
• Proteção de dados: você pode preservar seus dados para copiados.
que sejam recuperados em situações como falha de disco rígido,
atualização malsucedida do sistema operacional, exclusão ou • Arquivamento: você pode copiar ou mover dados que deseja
substituição acidental de arquivos, ação de códigos maliciosos/ ou que precisa guardar, mas que não são necessários no seu dia a
atacantes e furto/perda de dispositivos. dia e que raramente são alterados.
• Recuperação de versões: você pode recuperar uma versão
antiga de um arquivo alterado, como uma parte excluída de um
texto editado ou a imagem original de uma foto manipulada. CÓDIGOS MALICIOSOS, VÍRUS, CAVALOS DE TRÓIA,
SPYWARES, RANSOMWARES, WORMS, SPAM, ETC
Muitos sistemas operacionais já possuem ferramentas
de backup e recuperação integradas e também há a opção de
instalar programas externos. Na maioria dos casos, ao usar estas Códigos maliciosos (Malware)
ferramentas, basta que você tome algumas decisões, como: Códigos maliciosos (malware) são programas especificamente
• Onde gravar os backups: podem ser usadas mídias (como desenvolvidos para executar ações danosas e atividades maliciosas
CD, DVD, pen-drive, disco de Blu-ray e disco rígido interno ou em um computador31. Algumas das diversas formas como os códigos
externo) ou armazená-los remotamente (on-line ou off-site). A maliciosos podem infectar ou comprometer um computador são:
escolha depende do programa de backup que está sendo usado – Pela exploração de vulnerabilidades existentes nos programas
e de questões como capacidade de armazenamento, custo e instalados;
confiabilidade. Um CD, DVD ou Blu-ray pode bastar para pequenas – Pela autoexecução de mídias removíveis infectadas, como
quantidades de dados, um pen-drive pode ser indicado para dados pen-drives;
constantemente modificados, ao passo que um disco rígido pode – Pelo acesso a páginas Web maliciosas, utilizando navegadores
ser usado para grandes volumes que devam perdurar. vulneráveis;
• Quais arquivos copiar: apenas arquivos confiáveis e que – Pela ação direta de atacantes que, após invadirem o
tenham importância para você devem ser copiados. Arquivos de computador, incluem arquivos contendo códigos maliciosos;
programas que podem ser reinstalados, geralmente, não precisam – Pela execução de arquivos previamente infectados, obtidos
ser copiados. Fazer cópia de arquivos desnecessários pode ocupar em anexos de mensagens eletrônicas, via mídias removíveis, em
espaço inutilmente e dificultar a localização dos demais dados. páginas Web ou diretamente de outros computadores (através do
Muitos programas de backup já possuem listas de arquivos e compartilhamento de recursos).
diretórios recomendados, podendo optar por aceitá-las ou criar
suas próprias listas. Uma vez instalados, os códigos maliciosos passam a ter acesso
• Com que periodicidade realizar: depende da frequência aos dados armazenados no computador e podem executar ações
com que os arquivos são criados ou modificados. Arquivos em nome dos usuários, de acordo com as permissões de cada
frequentemente modificados podem ser copiados diariamente usuário.
ao passo que aqueles pouco alterados podem ser copiados Os principais motivos que levam um atacante a desenvolver
semanalmente ou mensalmente. e a propagar códigos maliciosos são a obtenção de vantagens
financeiras, a coleta de informações confidenciais, o desejo de
autopromoção e o vandalismo. Além disto, os códigos maliciosos
são muitas vezes usados como intermediários e possibilitam a
29 https://centraldefavoritos.com.br/2017/07/02/procedimentos-de-
-backup/
30 https://cartilha.cert.br/mecanismos/ 31 https://cartilha.cert.br/malware/
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prática de golpes, a realização de ataques e a disseminação de Bot e botnet


spam (mais detalhes nos Capítulos Golpes na Internet, Ataques na Bot é um programa que dispõe de mecanismos de
Internet e Spam, respectivamente). comunicação com o invasor que permitem que ele seja controlado
A seguir, serão apresentados os principais tipos de códigos remotamente. Possui processo de infecção e propagação similar
maliciosos existentes. ao do worm, ou seja, é capaz de se propagar automaticamente,
explorando vulnerabilidades existentes em programas instalados
Vírus em computadores.
Vírus é um programa ou parte de um programa de computador, A comunicação entre o invasor e o computador infectado pelo
normalmente malicioso, que se propaga inserindo cópias de si bot pode ocorrer via canais de IRC, servidores Web e redes do tipo
mesmo e se tornando parte de outros programas e arquivos. P2P, entre outros meios. Ao se comunicar, o invasor pode enviar
Para que possa se tornar ativo e dar continuidade ao processo instruções para que ações maliciosas sejam executadas, como
de infecção, o vírus depende da execução do programa ou arquivo desferir ataques, furtar dados do computador infectado e enviar
hospedeiro, ou seja, para que o seu computador seja infectado é spam.
preciso que um programa já infectado seja executado. Um computador infectado por um bot costuma ser chamado de
O principal meio de propagação de vírus costumava ser os zumbi (zombie computer), pois pode ser controlado remotamente,
disquetes. Com o tempo, porém, estas mídias caíram em desuso sem o conhecimento do seu dono. Também pode ser chamado de
e começaram a surgir novas maneiras, como o envio de e-mail. spam zombie quando o bot instalado o transforma em um servidor
Atualmente, as mídias removíveis tornaram-se novamente o de e-mails e o utiliza para o envio de spam.
principal meio de propagação, não mais por disquetes, mas, Botnet é uma rede formada por centenas ou milhares de
principalmente, pelo uso de pen-drives. computadores zumbis e que permite potencializar as ações danosas
Há diferentes tipos de vírus. Alguns procuram permanecer executadas pelos bots.
ocultos, infectando arquivos do disco e executando uma série Quanto mais zumbis participarem da botnet mais potente ela
de atividades sem o conhecimento do usuário. Há outros que será. O atacante que a controlar, além de usá-la para seus próprios
permanecem inativos durante certos períodos, entrando em ataques, também pode alugá-la para outras pessoas ou grupos que
atividade apenas em datas específicas. Alguns dos tipos de vírus desejem que uma ação maliciosa específica seja executada.
mais comuns são: Algumas das ações maliciosas que costumam ser executadas
– Vírus propagado por e-mail: recebido como um arquivo anexo por intermédio de botnets são: ataques de negação de serviço,
a um e-mail cujo conteúdo tenta induzir o usuário a clicar sobre este propagação de códigos maliciosos (inclusive do próprio bot), coleta
arquivo, fazendo com que seja executado. de informações de um grande número de computadores, envio
– Vírus de script: escrito em linguagem de script, como VBScript de spam e camuflagem da identidade do atacante (com o uso de
e JavaScript, e recebido ao acessar uma página Web ou por e-mail, proxies instalados nos zumbis).
como um arquivo anexo ou como parte do próprio e-mail escrito
em formato HTML. Spyware
– Vírus de macro: tipo específico de vírus de script, escrito em Spyware é um programa projetado para monitorar as atividades
linguagem de macro, que tenta infectar arquivos manipulados por de um sistema e enviar as informações coletadas para terceiros.
aplicativos que utilizam esta linguagem como, por exemplo, os que Pode ser usado tanto de forma legítima quanto maliciosa,
compõe o Microsoft Office (Excel, Word e PowerPoint, entre outros). dependendo de como é instalado, das ações realizadas, do tipo de
– Vírus de telefone celular: vírus que se propaga de celular informação monitorada e do uso que é feito por quem recebe as
para celular por meio da tecnologia bluetooth ou de mensagens informações coletadas. Pode ser considerado de uso:
MMS (Multimedia Message Service). A infecção ocorre quando – Legítimo: quando instalado em um computador pessoal,
um usuário permite o recebimento de um arquivo infectado e o pelo próprio dono ou com consentimento deste, com o objetivo de
executa. verificar se outras pessoas o estão utilizando de modo abusivo ou
não autorizado.
Worm – Malicioso: quando executa ações que podem comprometer a
Worm é um programa capaz de se propagar automaticamente privacidade do usuário e a segurança do computador, como monitorar
pelas redes, enviando cópias de si mesmo de computador para e capturar informações referentes à navegação do usuário ou inseridas
computador. em outros programas (por exemplo, conta de usuário e senha).
Diferente do vírus, o worm não se propaga por meio da Alguns tipos específicos de programas spyware são:
inclusão de cópias de si mesmo em outros programas ou arquivos, – Keylogger: capaz de capturar e armazenar as teclas digitadas
mas sim pela execução direta de suas cópias ou pela exploração pelo usuário no teclado do computador.
automática de vulnerabilidades existentes em programas instalados – Screenlogger: similar ao keylogger, capaz de armazenar a
em computadores. posição do cursor e a tela apresentada no monitor, nos momentos
Worms são notadamente responsáveis por consumir muitos em que o mouse é clicado, ou a região que circunda a posição onde
recursos, devido à grande quantidade de cópias de si mesmo o mouse é clicado.
que costumam propagar e, como consequência, podem afetar o – Adware: projetado especificamente para apresentar
desempenho de redes e a utilização de computadores. propagandas.

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Backdoor Antivírus
Backdoor é um programa que permite o retorno de um invasor O antivírus é um software de proteção do computador que
a um computador comprometido, por meio da inclusão de serviços elimina programas maliciosos que foram desenvolvidos para
criados ou modificados para este fim. prejudicar o computador.
Pode ser incluído pela ação de outros códigos maliciosos, que O vírus infecta o computador através da multiplicação dele
tenham previamente infectado o computador, ou por atacantes, (cópias) com intenção de causar danos na máquina ou roubar
que exploram vulnerabilidades existentes nos programas instalados dados.
no computador para invadi-lo. O antivírus analisa os arquivos do computador buscando
Após incluído, o backdoor é usado para assegurar o acesso padrões de comportamento e códigos que não seriam comuns
futuro ao computador comprometido, permitindo que ele seja em algum tipo de arquivo e compara com seu banco de dados.
acessado remotamente, sem que haja necessidade de recorrer Com isto ele avisa o usuário que tem algo suspeito para ele tomar
novamente aos métodos utilizados na realização da invasão ou providência.
infecção e, na maioria dos casos, sem que seja notado. O banco de dados do antivírus é muito importante neste
processo, por isso, ele deve ser constantemente atualizado, pois
Cavalo de troia (Trojan) todos os dias são criados vírus novos.
Cavalo de troia, trojan ou trojan-horse, é um programa que, além Uma grande parte das infecções de vírus tem participação do
de executar as funções para as quais foi aparentemente projetado, usuário. Os mais comuns são através de links recebidos por e-mail
também executa outras funções, normalmente maliciosas, e sem o ou download de arquivos na internet de sites desconhecidos ou
conhecimento do usuário. mesmo só de acessar alguns sites duvidosos pode acontecer uma
Exemplos de trojans são programas que você recebe ou contaminação.
obtém de sites na Internet e que parecem ser apenas cartões Outro jeito de contaminar é através de dispositivos de
virtuais animados, álbuns de fotos, jogos e protetores de tela, armazenamentos móveis como HD externo e pen drive. Nestes
entre outros. Estes programas, geralmente, consistem de um único casos devem acionar o antivírus para fazer uma verificação antes.
arquivo e necessitam ser explicitamente executados para que sejam Existem diversas opções confiáveis, tanto gratuitas quanto
instalados no computador. pagas. Entre as principais estão:
Trojans também podem ser instalados por atacantes que, após – Avast;
invadirem um computador, alteram programas já existentes para – AVG;
que, além de continuarem a desempenhar as funções originais, – Norton;
também executem ações maliciosas. – Avira;
– Kaspersky;
Rootkit – McAffe.
Rootkit é um conjunto de programas e técnicas que permite
esconder e assegurar a presença de um invasor ou de outro código Filtro anti-spam
malicioso em um computador comprometido. Spam é o termo usado para referir-se aos e-mails não
Rootkits inicialmente eram usados por atacantes que, após solicitados, que geralmente são enviados para um grande número
invadirem um computador, os instalavam para manter o acesso de pessoas.
privilegiado, sem precisar recorrer novamente aos métodos Spam zombies são computadores de usuários finais que foram
utilizados na invasão, e para esconder suas atividades do responsável comprometidos por códigos maliciosos em geral, como worms,
e/ou dos usuários do computador. Apesar de ainda serem bastante bots, vírus e cavalos de tróia. Estes códigos maliciosos, uma vez
usados por atacantes, os rootkits atualmente têm sido também instalados, permitem que spammers utilizem a máquina para o
utilizados e incorporados por outros códigos maliciosos para envio de spam, sem o conhecimento do usuário. Enquanto utilizam
ficarem ocultos e não serem detectados pelo usuário e nem por máquinas comprometidas para executar suas atividades, dificultam
mecanismos de proteção. a identificação da origem do spam e dos autores também. Os spam
zombies são muito explorados pelos spammers, por proporcionar o
Ransomware anonimato que tanto os protege.
Ransomware é um tipo de código malicioso que torna Estes filtros são responsáveis por evitar que mensagens
inacessíveis os dados armazenados em um equipamento, indesejadas cheguem até a sua caixa de entrada no e-mail.
geralmente usando criptografia, e que exige pagamento de resgate
(ransom) para restabelecer o acesso ao usuário32. Anti-malwares
Ferramentas anti-malware são aquelas que procuram
O pagamento do resgate geralmente é feito via bitcoins. detectar e, então, anular ou remover os códigos maliciosos de um
Pode se propagar de diversas formas, embora as mais comuns computador. Antivírus, anti-spyware, anti-rootkit e anti-trojan são
sejam através de e-mails com o código malicioso em anexo ou que exemplos de ferramentas deste tipo.
induzam o usuário a seguir um link e explorando vulnerabilidades
em sistemas que não tenham recebido as devidas atualizações de
segurança.

32 https://cartilha.cert.br/ransomware/
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6. (CESPE – SEDF) Com relação aos conceitos básicos e modos


QUESTÕES de utilização de tecnologias, ferramentas, aplicativos e procedimen-
tos associados à Internet, julgue o próximo item.
Embora exista uma série de ferramentas disponíveis na Inter-
1. (FGV-SEDUC -AM) O dispositivo de hardware que tem como net para diversas finalidades, ainda não é possível extrair apenas o
principal função a digitalização de imagens e textos, convertendo as áudio de um vídeo armazenado na Internet, como, por exemplo, no
versões em papel para o formato digital, é denominado Youtube (http://www.youtube.com).
(A) joystick. ( ) CERTO
(B) plotter. ( ) ERRADO
(C) scanner.
(D) webcam. 7. (CESP-MEC WEB DESIGNER) Na utilização de um browser, a
(E) pendrive. execução de JavaScripts ou de programas Java hostis pode provocar
danos ao computador do usuário.
2. (CKM-FUNDAÇÃO LIBERATO SALZANO) João comprou um ( ) CERTO
novo jogo para seu computador e o instalou sem que ocorressem ( ) ERRADO
erros. No entanto, o jogo executou de forma lenta e apresentou
baixa resolução. Considerando esse contexto, selecione a alterna- 8. (FGV – SEDUC -AM) Um Assistente Técnico recebe um e-mail
tiva que contém a placa de expansão que poderá ser trocada ou com arquivo anexo em seu computador e o antivírus acusa existên-
adicionada para resolver o problema constatado por João. cia de vírus.
(A) Placa de som Assinale a opção que indica o procedimento de segurança a ser
(B) Placa de fax modem adotado no exemplo acima.
(C) Placa usb (A) Abrir o e-mail para verificar o conteúdo, antes de enviá-lo
(D) Placa de captura ao administrador de rede.
(B) Executar o arquivo anexo, com o objetivo de verificar o tipo
(E) Placa de vídeo
de vírus.
(C) Apagar o e-mail, sem abri-lo.
3. (CKM-FUNDAÇÃO LIBERATO SALZANO) Há vários tipos de pe-
(D) Armazenar o e-mail na área de backup, para fins de moni-
riféricos utilizados em um computador, como os periféricos de saída
toramento.
e os de entrada. Dessa forma, assinale a alternativa que apresenta (E) Enviar o e-mail suspeito para a pasta de spam, visando a
um exemplo de periférico somente de entrada. analisá-lo posteriormente.
(A) Monitor
(B) Impressora 9. (CESPE – PEFOCE) Entre os sistemas operacionais Windows
(C) Caixa de som 7, Windows Vista e Windows XP, apenas este último não possui ver-
(D) Headphone são para processadores de 64 bits.
(E) Mouse ( ) CERTO
( ) ERRADO
4. (VUNESP-2019 – SEDUC-SP) Na rede mundial de computado-
res, Internet, os serviços de comunicação e informação são disponi- 10. (CPCON – PREF, PORTALEGRE) Existem muitas versões do
bilizados por meio de endereços e links com formatos padronizados Microsoft Windows disponíveis para os usuários. No entanto, não é
URL (Uniform Resource Locator). Um exemplo de formato de ende- uma versão oficial do Microsoft Windows
reço válido na Internet é: (A) Windows 7
(A) http:@site.com.br (B) Windows 10
(B) HTML:site.estado.gov (C) Windows 8.1
(C) html://www.mundo.com (D) Windows 9
(D) https://meusite.org.br (E) Windows Server 2012
(E) www.#social.*site.com
11. (MOURA MELO – CAJAMAR) É uma versão inexistente do
5. (IBASE PREF. DE LINHARES – ES) Quando locamos servido- Windows:
res e armazenamento compartilhados, com software disponível e (A) Windows Gold.
localizados em Data-Centers remotos, aos quais não temos acesso (B) Windows 8.
presencial, chamamos esse serviço de: (C) Windows 7.
(A) Computação On-Line. (D) Windows XP.
(B) Computação na nuvem.
(C) Computação em Tempo Real. 12. (QUADRIX CRN) Nos sistemas operacionais Windows 7 e
(D) Computação em Block Time. Windows 8, qual, destas funções, a Ferramenta de Captura não exe-
(E) Computação Visual cuta?
(A) Capturar qualquer item da área de trabalho.
(B) Capturar uma imagem a partir de um scanner.
Editora
167
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INFORMÁTICA BÁSICA

(C) Capturar uma janela inteira (C) Definir o alinhamento do texto.


(D) Capturar uma seção retangular da tela. (D) Inserir uma tabela no texto
(E) Capturar um contorno à mão livre feito com o mouse ou
uma caneta eletrônica 19. (CESPE – TRE-AL) Considerando a janela do PowerPoint
2002 ilustrada abaixo julgue os itens a seguir, relativos a esse apli-
13. (IF-PB) Acerca dos sistemas operacionais Windows 7 e 8, cativo.
assinale a alternativa INCORRETA: A apresentação ilustrada na janela contém 22 slides ?.
(A) O Windows 8 é o sucessor do 7, e ambos são desenvolvidos
pela Microsoft.
(B) O Windows 8 apresentou uma grande revolução na interfa-
ce do Windows. Nessa versão, o botão “iniciar” não está sem-
pre visível ao usuário.
(C) É possível executar aplicativos desenvolvidos para Windows
7 dentro do Windows 8.
(D) O Windows 8 possui um antivírus próprio, denominado ( ) CERTO
Kapersky. ( ) ERRADO
(E) O Windows 7 possui versões direcionadas para computado-
res x86 e 64 bits. 20. (CESPE – CAIXA) O PowerPoint permite adicionar efeitos so-
noros à apresentação em elaboração.
14. (CESPE BANCO DA AMAZÔNIA) O Linux, um sistema multi- ( ) CERTO
tarefa e multiusuário, é disponível em várias distribuições, entre as ( ) ERRADO
quais, Debian, Ubuntu, Mandriva e Fedora.
( ) CERTO
( ) ERRADO GABARITO

15. (FCC – DNOCS) - O comando Linux que lista o conteúdo de


um diretório, arquivos ou subdiretórios é o
(A) Init 0. 1 C
(B) Init 6. 2 E
(C) Exit
3 E
(D) Ls.
(E) Cd. 4 D
5 B
16. (SOLUÇÃO) O Linux faz distinção de letras maiúsculas ou
minúsculas 6 ERRADO
( ) CERTO 7 CERTO
( ) ERRADO 8 C
17. (CESP -UERN) Na suíte Microsoft Office, o aplicativo 9 CERTO
(A) Excel é destinado à elaboração de tabelas e planilhas eletrô- 10 D
nicas para cálculos numéricos, além de servir para a produção
11 A
de textos organizados por linhas e colunas identificadas por nú-
meros e letras. 12 B
(B) PowerPoint oferece uma gama de tarefas como elaboração 13 D
e gerenciamento de bancos de dados em formatos .PPT.
(C) Word, apesar de ter sido criado para a produção de texto, é 14 CERTO
útil na elaboração de planilhas eletrônicas, com mais recursos 15 D
que o Excel.
(D) FrontPage é usado para o envio e recebimento de mensa- 16 CERTO
gens de correio eletrônico. 17 A
(E) Outlook é utilizado, por usuários cadastrados, para o envio
18 D
e recebimento de páginas web.
19 CERTO
18. (FUNDEP – UFVJM-MG) Assinale a alternativa que apresen- 20 CERTO
ta uma ação que não pode ser realizada pelas opções da aba “Pági-
na Inicial” do Word 2010.
(A) Definir o tipo de fonte a ser usada no documento.
(B) Recortar um trecho do texto para incluí-lo em outra parte
do documento.
Editora
168
168
a solução para o seu concurso!
INFORMÁTICA BÁSICA
*Somente para analista empresarial

vale a 1024GB.
NOÇÕES DE INFORMÁTICA BÁSICA: COMPUTADOR, HAR- O número 1024 parece estranho, porém as unidades de arma-
DWARE, SOFTWARE zenamento utilizam códigos binários para gravar as informações
(portanto, sempre múltiplo de 2).
Geralmente é ligado à placa-mãe por meio de um cabo, que
Prezado Candidato, o tema acima supracitado, já foi aborda- pode ser padrão IDE, SATA, SATA II ou SATA III.
do na matéria de Informática Básica
HD Externo

PERIFÉRICOS, DISPOSITIVOS DE ENTRADA E SAÍDA E HÍ-


BRIDO, ETC.

HD (Hard Disk - Disco Rígido)1

Os HDs externos são discos rígidos portáteis com alta capacida-


de de armazenamento, chegando facilmente à casa dos Terabytes.
Eles, normalmente, funcionam a partir de qualquer entrada USB do
computador.
As grandes vantagens destes dispositivos são:
O HD é o item responsável pelo armazenamento de dados per- Alta capacidade de armazenamento;
manentes (os dados armazenados no HD não são perdidos quando Facilidade de instalação;
o computador é desligado, como é o caso da memória RAM). O HD Mobilidade, ou seja, pode-se levá-lo para qualquer lugar sem
é o local onde é instalado e mantido o sistema operacional, todos necessidade de abrir o computador.
os outros programas que são instalados no computador e todos os
arquivos que do usuário. SSD2
O armazenamento do HD é contado normalmente em GB (Gi-
gabytes), porem atualmente já existe discos rígidos com capacidade
de TB (Tera Bytes - 1024 GB). Para se ter acesso aos dados do HD, é
necessário um Sistema operacional.
Atualmente os sistemas operacionais conseguem utilizar o HD
como uma extensão da memória, na chamada Gestão de memória
Virtual. Porém esta função é utilizada somente quando a memória
principal (memória RAM) está sobrecarregada.
Os HD’s Externos são uma grande evolução. Estes podem ser
carregados em mochilas, pastas, no bolso ou mesmo na mão sem
problema algum.
Os dados do HD são guardados em uma mídia magnética, pare- O SSD (solid-state drive) é uma nova tecnologia de armazena-
cida com um DVD. Esta é muito sensível, se receber muitas batidas mento considerada a evolução do disco rígido (HD). Ele não possui
pode se deslocar e o HD perde a utilidade. Nestes casos é quase partes móveis e é construído em torno de um circuito integrado
impossível recuperar dados do HD. semicondutor, o qual é responsável pelo armazenamento, diferen-
Obs: Um GB Equivale a 1024 MB(Mega Bytes), e cada TB equi- temente dos sistemas magnéticos (como os HDs).
1 Fonte: http://www.infoescola.com/informatica/disco-rigido/ 2 Fonte: https://www.tecmundo.com.br/memoria/202-o-que-e-ssd-.htm
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INFORMÁTICA BÁSICA

Mas o que isso representa na prática? Muita evolução em re- na maior capacidade de armazenamento.
lação aos discos rígidos. Por exemplo, a eliminação das partes me- Também possui as versões DVD-R e DVD-RW, sendo R de grava-
cânicas reduz as vibrações e tornam os SSDs completamente silen- ção única e RW que possibilita a regravação de dados. A capacidade
ciosos. dos DVDs é de 120 minutos de vídeo ou 4,7 GB de dados, existindo
Outra vantagem é o tempo de acesso reduzido à memória flash ainda um tipo de DVD chamado Dual Layer, que contém duas ca-
presente nos SSDs em relação aos meios magnéticos e ópticos. O madas de gravação, cuja capacidade de armazenamento chega a
SSD também é mais resistente que os HDs comuns devido à ausên- 8,5 GB.
cia de partes mecânicas – um fator muito importante quando se
trata de computadores portáteis. Blu-Ray
O SSD ainda tem o peso menor em relação aos discos rígidos,
mesmo os mais portáteis; possui um consumo reduzido de energia; O Blu-Ray é o sucessor do DVD. Sua capacidade varia entre 25 e
consegue trabalhar em ambientes mais quentes do que os HDs (cer- 50 GB. O de maior capacidade contém duas camadas de gravação.
ca de 70°C); e, por fim, realiza leituras e gravações de forma mais Seu processo de fabricação segue os padrões do CD e DVD co-
rápida, com dispositivos apresentando 250 MB/s na gravação e 700 muns, com a diferença de que o feixe de laser usado para leitura é
MB/s na leitura. ainda menor que o do DVD, o que possibilita armazenagem maior
Mas nem tudo são flores para o SSD. Os pequenos velozes ain- de dados no disco.
da custam muito caro, com valores muito superiores que o dos HDs. O nome do disco refere-se à cor do feixe de luz do leitor ótico
A capacidade de armazenamento também é uma desvantagem, que, na verdade, para o olho humano, apresenta uma cor violeta
pois é menor em relação aos discos rígidos. De qualquer forma, azulada. O “e” da palavra blue (azul) foi retirado do nome por fins
eles são vistos como a tecnologia do futuro, pois esses dois fatores jurídicos, já que muitos países não permitem que se registre co-
negativos podem ser suprimidos com o tempo. mercialmente uma palavra comum. O Blu-Ray foi introduzido no
Obviamente, é apenas uma questão de tempo para que as em- mercado no ano de 2006.
presas que estão investindo na tecnologia consigam baratear seus
custos e reduzir os preços. Diversas companhias como IBM, Toshiba Pen Drive
e OCZ trabalham para aprimorar a produção dos SSDs, e fica cada
vez mais evidente que os HDs comuns estão com seus dias conta-
dos.

CD, CD-R e CD-RW

O Compact Disc (CD) foi criado no começo da década de 80 e


é hoje um dos meios mais populares de armazenar dados digital-
mente.
Sua composição é geralmente formada por quatro camadas:
- Uma camada de policarbonato (espécie de plástico), onde fi-
cam armazenados os dados.
É um dispositivo de armazenamento de dados em memória
- Uma camada refletiva metálica, com a finalidade de refletir
flash e conecta-se ao computador por uma porta USB. Ele
o laser.
combina diversas tecnologias antigas com baixo custo, baixo
- Uma camada de acrílico, para proteger os dados.
consumo de energia e tamanho reduzido, graças aos avanços nos
- Uma camada superficial, onde são impressos os rótulos.
microprocessadores. Funciona, basicamente, como um HD externo
e quando conectado ao computador pode ser visualizado como um
Na camada de gravação existe uma grande espiral que tem um
drive. O pen drive também é conhecido como thumbdrive (por ter o
relevo de partes planas e partes baixas que representam os bits.
tamanho aproximado de um dedo polegar - thumb), flashdrive (por
Um feixe de laser “lê” o relevo e converte a informação. Temos
usar uma memória flash) ou, ainda, disco removível.
hoje, no mercado, três tipos principais de CDs:
Ele tem a mesma função dos antigos disquetes e dos CDs, ou
1. CD Comercial: que já vem gravado com música ou dados.
seja, armazenar dados para serem transportados, porém, com uma
2. CD-R: que vem vazio e pode ser gravado uma única vez.
capacidade maior, chegando a 256 GB.
3. CD-RW: que pode ter seus dados apagados e regravados.
Cartão de Memória
Atualmente, a capacidade dos CDs é armazenar cerca de 700
MB ou 80 minutos de música.

DVD, DVD-R e DVD-RW

O Digital Vídeo Disc ou Digital Versatille Disc (DVD) é hoje o


formato mais comum para armazenamento de vídeo digital. Foi in-
ventado no final dos anos 90, mas só se popularizou depois do ano
2000. Assim como o CD, é composto por quatro camadas, com a
diferença de que o feixe de laser que lê e grava as informações é
menor, possibilitando uma espiral maior no disco, o que proporcio-
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170
a solução para o seu concurso!
INFORMÁTICA BÁSICA

Assim como o pen drive, o cartão de memória é um tipo de Algumas das principais versões incluem:
dispositivo de armazenamento de dados com memória flash, muito ANDROID 2.0: Lançado em 2009, trouxe suporte a múltiplas
encontrado em máquinas fotográficas digitais e aparelhos celulares contas de usuário e Bluetooth estéreo.
smartphones. ANDROID 4.0: Lançado em 2011, introduziu melhorias na in-
Nas máquinas digitais registra as imagens capturadas e nos te- terface do usuário e multitarefa aprimorada.
lefones é utilizado para armazenar vídeos, fotos, ringtones, endere- ANDROID 5.0: Lançado em 2014, introduziu o Material Design,
ços, números de telefone etc. uma linguagem de design renovada para o sistema operacional.
O cartão de memória funciona, basicamente, como o pen dri- ANDROID 6.0: Lançado em 2015, trouxe recursos para econo-
ve, mas, ao contrário dele, nem sempre fica aparente no dispositivo mia de bateria.
e é bem mais compacto. ANDROID 7.0: Lançado em 2016, trouxe suporte a várias jane-
Os formatos mais conhecidos são: las e barra de notificação redesenhada.
- Memory Stick Duo. ANDROID 8.0: Lançado em 2017, introduziu melhorias na bate-
- SD (Secure Digital Card). ria e Picture-in-Picture.
- Mini SD. ANDROID 9.0: Lançado em 2018, introduziu gestos de navega-
- Micro SD. ção e suporte a dispositivos com tela dobrável.
ANDROID 10: Lançado em 2019, trouxe o Modo Escuro e me-
Unidade de Disquete lhorias em privacidade e segurança.
ANDROID 11: Lançado em 2020, que trouxe melhorias na ges-
As unidades de disquete armazenam informações em discos, tão de notificações e recursos aprimorados para dispositivos inteli-
também chamados discos flexíveis ou disquetes. Comparado a gentes.
CDs e DVDs, os disquetes podem armazenar apenas uma pequena ANDROID 12:Lançado em 2021, que introduziu o Material You,
quantidade de dados. Eles também recuperam informações de for- permitindo personalizar a aparência do sistema operacional.
ma mais lenta e são mais vulneráveis a danos. Por esses motivos,
as unidades de disquete são cada vez menos usadas, embora ainda SISTEMAS OPERACIONAIS IOS:
sejam incluídas em alguns computadores. O iOS é um sistema operacional móvel desenvolvido pela Apple
Inc. e lançado em 2007, exclusivo para dispositivos Apple, como
iPhones, iPads e iPods Touch. O iOS oferece uma experiência de
usuário fluída e uma interface gráfica altamente polida e fácil de
usar.
O iOS também passou por diversas atualizações desde seu lan-
çamento, que trouxeram melhorias e novos recursos. O sistema é
conhecido por sua facilidade de uso e interface amigável.

O macOS é um sistema operacional desenvolvido e distribu-


ído pela Apple Inc. para seus computadores Mac. A versão mais
recente do macOS é o macOS Ventura, que traz novas maneiras de
Disquete. trabalhar, compartilhar e colaborar em seus aplicativos favoritos,
jogar jogos avançados e aproveitar interações com seus outros dis-
Por que estes discos são chamados de “disquetes”? Apesar de a positivos Apple. Para manter a segurança, estabilidade e compatibi-
parte externa ser composta de plástico rígido, isso é apenas a capa. lidade do seu computador, a Apple recomenda o uso da versão mais
O interior do disco é feito de um material de vinil fino e flexível. recente do macOS compatível com o seu Mac.
O macOS Ventura inclui muitos novos recursos e melhorias. Por
exemplo, o aplicativo Mail agora possui uma busca mais precisa e
NOÇÕES DE SISTEMAS OPERACIONAIS: LINUX, WINDOWS, completa, com sugestões antes mesmo de você começar a digitar.
MACOS, ANDROID E IOS Também há novos recursos na caixa de correio, como a capacidade
de cancelar o envio de mensagens, agendar envios e adicionar links.
O Spotlight também foi aprimorado, com uma busca de ima-
Prezado Candidato, Linux E Windows, já foi abordado na maté- gens melhorada que permite encontrar imagens no Fotos, Mensa-
ria de Informática Básica gens, Notas e Finder diretamente pelo Spotlight. Os resultados da
busca também estão mais detalhados e agora incluem ações rápi-
Sistemas Operacionais Android das para ajustar um alarme, criar um Foco, encontrar o nome de
Lançado em 2008, o ANDROID é um sistema operacional de- uma música com o Shazam e acessar um atalho.
senvolvido pela GOOGLE. Ele é baseado no núcleo do Linux e é O Safari também recebeu melhorias, incluindo acesso mais
usado em dispositivos móveis, como smartphones, tablets e smar- seguro com Chaves-senha, desempenho aprimorado e Grupos de
twatches. Uma característica do Android é sua personalização, per- Abas Compartilhadas para compartilhar abas e favoritos com outras
mitindo que fabricantes de dispositivos adaptem o sistema para pessoas. Esses são apenas alguns exemplos dos muitos novos recur-
suas necessidades específicas. sos e melhorias incluídos no macOS Ventura.
O ANDROID passou por diversas atualizações, cada uma iden- Além dos novos recursos e melhorias mencionados anterior-
tificada por um número de versão. A primeira versão foi lançada mente, o macOS Ventura também inclui atualizações de segurança
em setembro de 2008, e desde então, o sistema evoluiu bastante. e desempenho para manter seu Mac seguro e funcionando sem
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171
a solução para o seu concurso!
INFORMÁTICA BÁSICA

problemas. A Apple também oferece suporte contínuo para o siste- • Área de trabalho do Word
ma operacional, com atualizações regulares para corrigir problemas Nesta área podemos digitar nosso texto e formata-lo de acordo
e adicionar novos recursos. com a necessidade.
É possível atualizar o MACOS através da opção “Atualização de
Software” nas Preferências do Sistema do seu Mac. É importante
verificar se o seu Mac é compatível com a versão mais recente do
macOS antes de tentar atualizá-lo.

NAVEGADORES: GOOGLE CHROME, MOZILLA FIREFOX, IN-


TERNET EXPLORER

Prezado Candidato, o tema acima supracitado, já foi aborda-


do na matéria de Informática Básica

• Iniciando um novo documento


NOÇÕES DE SEGURANÇA NA INTERNET.

Prezado Candidato, o tema acima supracitado, já foi aborda-


do na matéria de Informática Básica

PACOTE OFFICE: WORD, EXCEL, POWER POINT),


MICROSOFT 365

Microsoft Office

A partir deste botão retornamos para a área de trabalho do


Word, onde podemos digitar nossos textos e aplicar as formatações
desejadas.

• Alinhamentos
Ao digitar um texto, frequentemente temos que alinhá-lo para
atender às necessidades. Na tabela a seguir, verificamos os alinha-
mentos automáticos disponíveis na plataforma do Word.

GUIA PÁGINA TECLA DE


ALINHAMENTO
INICIAL ATALHO
Justificar (arruma a direito
e a esquerda de acordo Ctrl + J
com a margem
O Microsoft Office é um conjunto de aplicativos essenciais para
uso pessoal e comercial, ele conta com diversas ferramentas, mas Alinhamento à direita Ctrl + G
em geral são utilizadas e cobradas em provas o Editor de Textos –
Word, o Editor de Planilhas – Excel, e o Editor de Apresentações – Centralizar o texto Ctrl + E
PowerPoint. A seguir verificamos sua utilização mais comum:
Alinhamento à esquerda Ctrl + Q
Word
O Word é um editor de textos amplamente utilizado. Com ele • Formatação de letras (Tipos e Tamanho)
podemos redigir cartas, comunicações, livros, apostilas, etc. Vamos Presente em Fonte, na área de ferramentas no topo da área de
então apresentar suas principais funcionalidades. trabalho, é neste menu que podemos formatar os aspectos básicos
de nosso texto. Bem como: tipo de fonte, tamanho (ou pontuação),
Editora
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a solução para o seu concurso!
INFORMÁTICA BÁSICA

se será maiúscula ou minúscula e outros itens nos recursos auto-


máticos. Arquivo Salvar

Excel
O Excel é um editor que permite a criação de tabelas para cál-
culos automáticos, análise de dados, gráficos, totais automáticos,
GUIA PÁGINA INICIAL FUNÇÃO dentre outras funcionalidades importantes, que fazem parte do dia
a dia do uso pessoal e empresarial.
Tipo de letra São exemplos de planilhas:
– Planilha de vendas;
Tamanho – Planilha de custos.

Desta forma ao inserirmos dados, os valores são calculados au-


Aumenta / diminui tamanho tomaticamente.

Recursos automáticos de caixa-altas • Mas como é uma planilha de cálculo?


e baixas – Quando inseridos em alguma célula da planilha, os dados são
calculados automaticamente mediante a aplicação de fórmulas es-
pecíficas do aplicativo.
Limpa a formatação
– A unidade central do Excel nada mais é que o cruzamento
entre a linha e a coluna. No exemplo coluna A, linha 2 ( A2 )
• Marcadores
Muitas vezes queremos organizar um texto em tópicos da se-
guinte forma:

Podemos então utilizar na página inicial os botões para operar


diferentes tipos de marcadores automáticos:

• Outros Recursos interessantes: – Podemos também ter o intervalo A1..B3

GUIA ÍCONE FUNÇÃO


- Mudar Forma
- Mudar cor de
Página inicial Fundo
- Mudar cor do
texto

- Inserir Tabelas
Inserir
- Inserir Imagens

– Para inserirmos dados, basta posicionarmos o cursor na cé-


lula, selecionarmos e digitarmos. Assim se dá a iniciação básica de
Verificação uma planilha.
Revisão e correção
ortográfica

Editora
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a solução para o seu concurso!
INFORMÁTICA BÁSICA

• Formatação células Nesta tela já podemos aproveitar a área interna para escre-
ver conteúdos, redimensionar, mover as áreas delimitadas ou até
mesmo excluí-las. No exemplo a seguir, perceba que já movemos as
caixas, colocando um título na superior e um texto na caixa inferior,
também alinhamos cada caixa para ajustá-las melhor.

• Fórmulas básicas

ADIÇÃO =SOMA(célulaX;célulaY)
SUBTRAÇÃO =(célulaX-célulaY) Perceba que a formatação dos textos é padronizada. O mesmo
tipo de padrão é encontrado para utilizarmos entre o PowerPoint, o
MULTIPLICAÇÃO =(célulaX*célulaY) Word e o Excel, o que faz deles programas bastante parecidos, no que
DIVISÃO =(célulaX/célulaY) diz respeito à formatação básica de textos. Confira no tópico referente
ao Word, itens de formatação básica de texto como: alinhamentos, ti-
• Fórmulas de comum interesse pos e tamanhos de letras, guias de marcadores e recursos gerais.
Especificamente sobre o PowerPoint, um recurso amplamente
utilizado a guia Design. Nela podemos escolher temas que mudam
MÉDIA (em um intervalo de a aparência básica de nossos slides, melhorando a experiência no
=MEDIA(célula X:célulaY)
células) trabalho com o programa.
MÁXIMA (em um intervalo
=MAX(célula X:célulaY)
de células)
MÍNIMA (em um intervalo
=MIN(célula X:célulaY)
de células)

PowerPoint
O PowerPoint é um editor que permite a criação de apresenta-
ções personalizadas para os mais diversos fins. Existem uma série
de recursos avançados para a formatação das apresentações, aqui
veremos os princípios para a utilização do aplicativo.

• Área de Trabalho do PowerPoint

Com o primeiro slide pronto basta duplicá-lo, obtendo vários


no mesmo formato. Assim liberamos uma série de miniaturas, pe-
las quais podemos navegador, alternando entre áreas de trabalho.
A edição em cada uma delas, é feita da mesma maneira, como já
apresentado anteriormente.
Editora
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a solução para o seu concurso!
INFORMÁTICA BÁSICA

tos com telas simples funciona normalmente.


O Office 2013 conta com uma grande integração com a nuvem,
desta forma documentos, configurações pessoais e aplicativos po-
dem ser gravados no Skydrive, permitindo acesso através de smar-
tfones diversos.

• Atualizações no Word
– O visual foi totalmente aprimorado para permitir usuários
trabalhar com o toque na tela (TouchScreen);
– As imagens podem ser editadas dentro do documento;
– O modo leitura foi aprimorado de modo que textos extensos
agora ficam disponíveis em colunas, em caso de pausa na leitura;
– Pode-se iniciar do mesmo ponto parado anteriormente;
– Podemos visualizar vídeos dentro do documento, bem como
editar PDF(s).

• Atualizações no Excel
– Além de ter uma navegação simplificada, um novo conjunto
de gráficos e tabelas dinâmicas estão disponíveis, dando ao usuário
melhores formas de apresentar dados.
– Também está totalmente integrado à nuvem Microsoft.
Percebemos agora que temos uma apresentação com quatro
slides padronizados, bastando agora editá-lo com os textos que se • Atualizações no PowerPoint
fizerem necessários. Além de copiar podemos mover cada slide de – O visual teve melhorias significativas, o PowerPoint do Offi-
uma posição para outra utilizando o mouse. ce2013 tem um grande número de templates para uso de criação
As Transições são recursos de apresentação bastante utilizados de apresentações profissionais;
no PowerPoint. Servem para criar breves animações automáticas – O recurso de uso de múltiplos monitores foi aprimorado;
para passagem entre elementos das apresentações. – Um recurso de zoom de slide foi incorporado, permitindo o
destaque de uma determinada área durante a apresentação;
– No modo apresentador é possível visualizar o próximo slide
antecipadamente;
– Estão disponíveis também o recurso de edição colaborativa
de apresentações.

Office 2016
O Office 2016 foi um sistema concebido para trabalhar junta-
mente com o Windows 10. A grande novidade foi o recurso que
permite que várias pessoas trabalhem simultaneamente em um
Tendo passado pelos aspectos básicos da criação de uma apre- mesmo projeto. Além disso, tivemos a integração com outras fer-
sentação, e tendo a nossa pronta, podemos apresentá-la bastando ramentas, tais como Skype. O pacote Office 2016 também roda em
clicar no ícone correspondente no canto inferior direito. smartfones de forma geral.

• Atualizações no Word
– No Word 2016 vários usuários podem trabalhar ao mesmo
tempo, a edição colaborativa já está presente em outros produtos,
mas no Word agora é real, de modo que é possível até acompanhar
quando outro usuário está digitando;
– Integração à nuvem da Microsoft, onde se pode acessar os
documentos em tablets e smartfones;
– É possível interagir diretamente com o Bing (mecanismo de
Um último recurso para chamarmos atenção é a possibilidade pesquisa da Microsoft, semelhante ao Google), para utilizar a pes-
de acrescentar efeitos sonoros e interativos às apresentações, le- quisa inteligente;
vando a experiência dos usuários a outro nível. – É possível escrever equações como o mouse, caneta de to-
que, ou com o dedo em dispositivos touchscreen, facilitando assim
Office 2013 a digitação de equações.
A grande novidade do Office 2013 foi o recurso para explorar • Atualizações no Excel
a navegação sensível ao toque (TouchScreen), que está disponível – O Excel do Office 2016 manteve as funcionalidades dos ante-
nas versões 32 e 64. Em equipamentos com telas sensíveis ao toque riores, mas agora com uma maior integração com dispositivos mó-
(TouchScreen) pode-se explorar este recurso, mas em equipamen- veis, além de ter aumentado o número de gráficos e melhorado a
questão do compartilhamento dos arquivos.
Editora
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a solução para o seu concurso!
INFORMÁTICA BÁSICA

• Atualizações no PowerPoint
– O PowerPoint 2016 manteve as funcionalidades dos ante-
riores, agora com uma maior integração com dispositivos moveis,
além de ter aumentado o número de templates melhorado a ques-
tão do compartilhamento dos arquivos;
– O PowerPoint 2016 também permite a inserção de objetos
3D na apresentação.

Office 2019
O OFFICE 2019 manteve a mesma linha da Microsoft, não hou-
ve uma mudança tão significativa. Agora temos mais modelos em
3D, todos os aplicativos estão integrados como dispositivos sensí-
veis ao toque, o que permite que se faça destaque em documentos.

• Atualizações no Word
– Houve o acréscimo de ícones, permitindo assim um melhor
desenvolvimento de documentos;

• Atualizações no PowerPoint
– Foram adicionadas a ferramenta transformar e a ferramenta
de zoom facilitando assim o desenvolvimento de apresentações;
– Inclusão de imagens 3D na apresentação.

– Outro recurso que foi implementado foi o “Ler em voz alta”.


Ao clicar no botão o Word vai ler o texto para você.

• Atualizações no Excel
– Foram adicionadas novas fórmulas e gráficos. Tendo como
destaque o gráfico de mapas que permite criar uma visualização de
algum mapa que deseja construir.

Office 365
O Office 365 é uma versão que funciona como uma assinatura
semelhante ao Netflix e Spotif. Desta forma não se faz necessário
sua instalação, basta ter uma conexão com a internet e utilizar o
Word, Excel e PowerPoint.
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INFORMÁTICA BÁSICA

Observações importantes: 7. CESPE-BACEN


– Ele é o mais atualizado dos OFFICE(s), portanto todas as me- No que diz respeito ao Microsoft Exchange 2010 e Sharepoint
lhorias citadas constam nele; 2010, julgue os itens subsecutivos.
– Sua atualização é frequente, pois a própria Microsoft é res- Em um sítio do SharePoint 2010, desde que o usuário tenha
ponsável por isso; permissão, é possível criar lista, biblioteca, quadro de discussão,
– No nosso caso o Word, Excel e PowerPoint estão sempre atu- pesquisa, página ou sítio novos.
alizados. ( ) CERTO
( ) ERRADO

QUESTÕES 8. PREFEITURA DE ARACRUZ/ES – AUDITOR DE CONTROLE IN-


TERNO – IBADE/2019
Dentre os sistemas operacionais abaixo, o que foi desenhado
1. FCC - TÉCNICO EM INFORMÁTICA - 2020 para Tablets e Smart Phones denomina-se:
O macOS é um sistema operacional desenvolvido pela empre- (A) Windows Server.
sa: (B) Android.
(A) Microsoft (C) Windows Office.
(B) Apple (D) Linux.
(C) Google (E) Z/OS.
(D) IBM
9. UFT – ADMINISTRADOR – COPESE – UFT/2018
2. CONCURSO: CESPE - ANALISTA DE SISTEMAS - 2021 Apesar das muitas especificações que um smartphone pode
Qual é a linguagem de programação principal utilizada para de- ter, o maior responsável por sua usabilidade é o sistema operacio-
senvolver aplicativos no macOS? nal. Assim como nos computadores, eles são a ponte que oferece
(A) Java ao usuário uma interação simples e amigável com os aplicativos.
(B) C++ É, portanto, um dos quesitos mais importantes para se analisar ao
(C) Swift comprar um smartphone. Assinale a única alternativa que contém
(D) Python exemplos de sistemas operacionais tradicionalmente encontrados
em smartphones.
3. CESGRANRIO - TÉCNICO EM TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (A) Apple iOS, Windows Phone e Google Android.
- 2022 (B) Windows NT, Google plus e Apple Itunes.
Quais dos itens abaixo são aplicativos nativos do macOS? (C) Firefox Edge, Apple Symbian e Microsoft Edge.
(A) Safari, Microsoft Word, Adobe Photoshop (D) Apple Intelligence, Google Analytics e Microsoft Azure.
(B) iTunes, Google Chrome, Microsoft Excel
(C) Mail, Calendar, Reminders
(D) Spotify, GIMP, Firefox GABARITO

4. ESAF - ANALISTA DE SUPORTE TÉCNICO - 2023


Para realizar a instalação de aplicativos no macOS, o usuário 1 B
pode utilizar a loja oficial da Apple, que se chama:
(A) App Store 2 C
(B) Mac App Shop 3 C
(C) Software Center
4 A
(D) Mac Market
5 D
5. CESPE - PROGRAMADOR - 2023 6 B
Qual é o kernel utilizado pelo macOS?
(A) Linux 7 CERTO
(B) Unix 8 B
(C) Windows NT
(D) XNU (X is Not Unix) 9 A

6. CRESCER – PREFEITURA DE CAMPO ALEGRE


O principal programa de correio eletrônico da empresa Micro-
soft é o:
(A) SharePoint.
(B) Outlook.
(C) Publisher.
(D) OneNote.

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ANOTAÇÕES

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