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AULA 01 – PARTE 01

Parte geral

Direito objetivo - complexo de normas que regulam as relações com fixação em abstrato

Artigo 186 - danos morais

Subjetivo - é a projeção individual da norma - formado por elementos

Trilogia - sujeito, objeto, relação jurídica

Livro I - sujeito

- é o titular do direito subjetivo


- pessoa natural e pessoa jurídica
- entes despersonalizados

Pessoa natural - é o ser humano

Personalidade jurídica (civil):

- aptidão genética reconhecida a toda e qualquer pessoa para que possa ser titular de
relações jurídicas e reclamar tudo o que diz direito a personalidade

Relações jurídicas, proteção em relação à titularidade aos direitos da personalidade

Direitos aos nossos atributos fundamentais - integridade física, imagem

Teorias:

Início da vida

- natalista: a personalidade começa com o nascimento com vida


- primeira metade do artigo 2º
- ocorre com a separação do ventre materno
- com a primeira respiração
- não se exige outro requisito (viabilidade de vida, registro de nascimento)
- registro é declaratório
- neomorto - nasceu, respirou e faleceu (três direitos) - dois registros
- natimorto - já nasceu morto (não tem personalidade) - só um registro (livro especial)
- nascituro: o ser que foi concebido mas ainda não nasceu
- teoria da aparência - segunda parte do artigo 2º
Da personalidade condicional:

- a personalidade está subordinada a uma condição (mesmo com a concepção) -


nascimento com vida
- Para MHD, a concepção traz uma personalidade formal (direitos da personalidade) e
se nascer com vida, tem personalidade material que traz o sentido patrimonial

Teoria concepcionista:

- a personalidade se inicia com a concepção


- começa na concepção
- não se exige nada, apenas a concepção

Argumentos

- reconhecimento de paternidade do nascituro (art. 1.609, CC)


- tem legitimidade para ser herdeiro (art. 1.798, CC)
- pode ser nomeado curador ao nascituro (art. 1.799, CC)
- pode ser donatário (art. 542, CC)
- art. 8º - dá ao nascituro o direito de nascer saudável (ECA)
- aborto como crime (CP)
- alimentos gravídicos (lei 11.804/08)
- titular de direitos da personalidade (STJ)
- dano moral ao nascituro

ENUNCIADO TEM NATUREZA DE DOUTRINA

Enunciado 1, CJF - A proteção que o Código defere ao nascituro alcança o natimorto no que
concerne aos direitos da personalidade, tais como: nome, imagem e sepultura.

Aula 01 - Parte 04

Fim da personalidade

- art 6º - A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto
aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.
- personalidade também termina com a morte
- Mas os direitos da personalidade permanecem
Espécies de morte:

- morte real: em que há um corpo e suas funções vitais cessaram - isso ocorre com a
falência do encefálica (mais ampla) (doação de órgãos)
- morte civil ou fictícia - está viva mas vai agir como se estivesse morta (não é
admitida)
- todavia tem resquícios na parte sucessório

- morte presumida:
- lei 9.140/95: pessoas desaparecidas na ditadura são presumidas mortas

Art. 7 Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência:

com ou sem decretação de ausência

I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida; (ex: eliza,
brumadinho)
II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois
anos após o término da guerra.
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser
requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data
provável do falecimento.
na sentença, vai colocar a data provável do óbito

Ausência - arts. 22 até 39

Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela haver notícia, se não houver
deixado representante ou procurador a quem caiba administrar-lhe os bens, o juiz, a
requerimento de qualquer interessado ou do Ministério Público, declarará a ausência, e
nomear-lhe-á curador.
sem deixar vestígios
Art. 23. Também se declarará a ausência, e se nomeará curador, quando o ausente deixar
mandatário que não queira ou não possa exercer ou continuar o mandato, ou se os seus
poderes forem insuficientes.
deixa mandatário mas este quer ou não pode continuar com os poderes

Procedimento:

- declaração de ausência - algum interessado, MP


- a lei não exige tempo para começar o procedimento
- arrecadação de bens - o juiz vai contabilizar os bens
- nomeação do curador - alguém vai administrar

Curador:

- cônjuge (separados não)


- depende do tempo da separação de fato
- os pais
- descendentes (mais próximos)
- se não há ninguém, nomeará um terceiro (curador)

Enunciado 97, CJF - No que tange à tutela especial da família, as regras do Código Civil que
se referem apenas ao cônjuge devem ser estendidas à situação jurídica que envolve o
companheiro, como, por exemplo, na hipótese de nomeação de curador dos bens do ausente
(art. 25 do Código Civil).

Livro II - Objeto

Livro III - relação jurídica

AULA 02 - PARTE 01

Artigo 26 - prazo de um ano a três anos a contar da arrecadação dos bens

Efeitos - partilha dos bens e imissão da posse

Declaração dos bens - sucessão provisória

O prazo depende

- se sumiu vai ser de um ano (artigo 22)


- sumiu mas deixou um mandatário - prazo de três anos (artigo 23) mas é necessário que
algum interessado comece a sucessão (artigo 27)
- imitir - entrar na posse depois dá a propriedade (em caso de volta)

Artigo 26 - teve revogação tácita pelo artigo 745, §1º, CPC

Art. 745. Feita a arrecadação, o juiz mandará publicar editais na rede mundial de
computadores, no sítio do tribunal a que estiver vinculado e na plataforma de editais do
Conselho Nacional de Justiça, onde permanecerá por 1 (um) ano, ou, não havendo sítio, no
órgão oficial e na imprensa da comarca, durante 1 (um) ano, reproduzida de 2 (dois) em 2
(dois) meses, anunciando a arrecadação e chamando o ausente a entrar na posse de seus bens.
§ 1º Findo o prazo previsto no edital, poderão os interessados requerer a abertura da sucessão
provisória, observando-se o disposto em lei.

1 - declaração de ausência

2- sucessão provisória
3- sucessão definitiva

Terceira fase (fase da sucessão definitiva)

Deve ultrapassar um prazo de 10 anos

Efeitos: propriedade aos herdeiros

O que é posse - vira propriedade

Na ausência presumida, é dado como morto na sucessão definitiva

Artigo 38 - pode começar a sucessão mesmo sem a presunção

Requisitos: 80 anos de idade e o desaparecimento deve ser de 05 anos

Pula toda a fase inicial

Aula 02 - Parte 03

Se o ausente retornar até a sucessão definitiva - ele terá seus bens de volta

Dentro dos 10 anos após a sucessão definitiva, receberá os bens no estado em que se
encontram, mesmo os sub rogados (vai devolver com o valor anterior)

Se aparecer após os 10 anos, perderá tudo (doutrina)

Comoriência - presunção relativa (juris tantum) de simultaneidade de morte entre duas


pessoas que sejam herdeiras ou beneficiárias entre si

É aquele que admite prova em contrário

Para mortes simultâneas

Tentar descobrir para descobrir a ordem hereditária

Se foi ao mesmo tempo, nenhum herdou do outro

As partes dividem de acordo com sua posição hereditária (cota)

Artigo 8º, CC - se falecerem na mesma ocasião, em lugares diferentes, não configura


comoriência
Capacidade - medida da personalidade

Espécies

- de direito, de gozo, de aquisição - de ter direitos e deveres (1º)


- de fato, exercício, de ação - aptidão para praticar por si só os atos da vida civil

Nem todas as pessoas a possui

Pode suprir a falta de capacidade de fato

Representação e assistência

Legitimação - são requisitos especiais de determinadas pessoas em determinadas situações

Exemplo: pai não pode vender para filho (anulável)

Exceção: deve obter a autorização de todos (cônjuge e filhos)

Aula 02 - Parte 03

Artigo 497, CC - curador compra bem de tutelado (não pode) pois falta legitimação

Artigo 1.647, CC - quando a lei precisa de legitimação (autorização do cônjuge)

I - regime parcial, locação - lei especial - se for doação com mais de 10 anos, precisará da
vênia do cônjuge

(legitimidade - direito processual civil - uma condição para ação)

Teoria das incapacidades

Premissas

I- a capacidade é a regra e a incapacidade é a exceção (a lei menciona as exceções)

II- é a restrição legal a prática pessoal dos atos da vida pública (não existe contratual)

III- faz isso para proteger essas pessoas

Graus de incapacidade
Aula 02 - Parte 05

Incapacidade total - inaptidão para os atos da vida civil (absolutamente incapazes)

Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores
de 16 (dezesseis) anos. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)

O ato será nulo caso seja feito algo com um absolutamente incapaz

Incapacidade parcial - é mais tênue

Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: (Redação dada
pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)

I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;

II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)
(Vigência)

III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;
(Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)

Neste caso, o procedimento é anulável

Tem um representante

Assistência - ex: menor de 16 anos

Assistente e assistido

Estatuto da pessoa com deficiência (01/16)

Art. 2º Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de
natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais
barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de
condições com as demais pessoas.

Essa lei se derivou de um tratado internacional

A sociedade que deve se adequar a pessoa com deficiência

Tem capacidade civil plena

Art. 6º A deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa, inclusive para
Art. 84. A pessoa com deficiência tem assegurado o direito ao exercício de sua capacidade
legal em igualdade de condições com as demais pessoas.

Na falta dos pais, terá um tutor

Pai e mãe não podem ser tutores

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